Você está na página 1de 44

0

AUTARQUIA EDUCACIONAL DO BELO JARDIM - AEB


FACULDADE DO BELO JARDIM - FBJ
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

MARIA ISABEL DE SIQUEIRA SOUZA


ROSICLEIDE PEREIRA DE ANDRADE SILVA

CONHECIMENTO DE ALUNAS DA EDUCAÇAO BÁSICA A CERCA DO HPV


(PAPILOMA VÍRUS HUMANO)

BELO JARDIM - PE
2018
1

MARIA ISABEL DE SIQUEIRA SOUZA


ROSICLEIDE PEREIRA DE ANDRADE SILVA

CONHECIMENTO DE ALUNAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA ACERCA DO HPV


(PAPILOMA VÍRUS HUMANO)

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Licenciatura
Plena em Ciências Biológicas da
Faculdade do Belo Jardim - FBJ, em
cumprimento às exigências para obtenção
do título de Graduado. ORIENTADOR:
Prof° Me. Eliézer Henrique Pires Aciole.

BELO JARDIM - PE
2018
2

MARIA ISABEL DE SIQUEIRA SOUZA


ROSICLEIDE PEREIRA DE ANDRADE SILVA

CONHECIMENTO DE ALUNAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA A CERCA DO HPV


(PAPILOMA VÍRUS HUMANO)

Aprovada em ___/___/_______.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________
Orientador: Prof. Me. Eliezer Henrique Pires Aciole – FBJ

___________________________________________________________________
Examinador: Prof. Hiasmim de Lima Cordeiro Missena - FBJ

___________________________________________________________________
Examinador: Prof. Alexandra Aguiar - FBJ
3

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a DEUS pelo seu grandioso amor e


misericórdia para com os homens. A minha mãe, mulher de
fibra e dedicada e a todos os meus professores que
percorreram este caminho comigo.
4

AGRADECIMENTOS

À Deus pelo o dom da minha existência, por sempre guiar minha vida me
dando tranquilidade e sabedoria para seguir em frente com os meus objetivos e não
desanimar com as dificuldades que ocorreram no caminho.
A minha mãe, Damiana, minha irmã Lucicleide e meu namorado
Rosicleiton que me deram todo o suporte em meus estudos e sempre me
incentivaram e me apoiaram em todos os momentos e me mostraram o quanto é
importante estudar. Sem eles eu não teria alcançado este sonho.
Ao meu orientador Eliezer Henrique Pires Aciole pela orientação, apoio,
puxões de orelhas e ensinamentos, sem dúvida é um excelente profissional. A
minha parceira de TCC Maria Izabel de Siqueira Souza pela paciência, conselhos,
amizade e trocas de conhecimentos durante todo o período estudos.
Agradeço a diretora e professora Anna Paula Simão de Lima da Escola
Municipal Professora Maria Galvão, pela recepção e atenção que tiveram comigo
durante a apresentação da minha pesquisa de campo com alunas (os) da mesma. A
Autarquia Educacional do Belo Jardim-AEB, por me proporcionar várias
oportunidades de conhecimentos e aprendizado.
Rosicleide Pereira de Andrade Silva

À Deus por ter me dado saúde e força para superar qualquer obstáculo e
por permitir que tudo isso viesse a se tornar realidade.
Aos meus irmãos Junior, Simone, Jair e Aparecida por todo apoio e por
acreditar em mim e na minha capacidade, sem eles não teria conseguido. Ao meu
pai que me deu todo apoio e suporte que estava ao seu alcance e a minha mãe pela
força, incentivo, esforço e renuncias, hoje colhemos junto o fruto do nosso empenho.
Essa vitória é muito mais sua do que minha.
Ao meu orientador Eliezer Pires Aciole pelo suporte no pouco tempo que
lhe coube, com toda paciência, correções e incentivos. A minha parceira e amiga
Rosicleide Pereira de Andrade Silva por todos os momentos, conselhos e
conhecimentos partilhados durante o período. A instituição, direção e administração
que oportunizaram minha chegada até aqui.
A todos que direta ou indiretamente ajudaram na minha formação
Maria Isabel de Siqueira Souza
5

RESUMO

A adolescência configura um período de vulnerabilidade que envolve diversos


fatores, dentre eles: “o início da vida sexual precoce, falta de informação referente à
realização do ato sexual, não utilização do preservativo, desigualdade de gênero,
baixa renda e vulnerabilidade social”, esses fatores contribuem para a disseminação
de IST entre os jovens por isso é muito importante conhecer o nível de informação
dessa população a respeito desse tema principalmente a respeito do HPV para que
as autoridades de saúde possam traçar estratégias de prevenção e controle dessa
doença. Dentro desse contexto esse trabalho teve como objetivo verificar o nível de
conhecimento de alunos da educação básica da rede pública municipal das cidades
do Belo Jardim e Brejo da Madre de Deus, Pernambuco, a cerca do Papiloma Vírus
Humano (HPV), seu modo de transmissão e prevenção, listar suas principais
dúvidas, verificar o quantitativo de alunos imunizados e promover atividades
pedagógicas de conscientização e esclarecimento sobre o HPV. Para tal finalidade
foi definido como método a pesquisa descritiva, com abordagem quali-quantitativa.
Esta pesquisa demonstrou que ainda é alarmante o nível de desinformação das
adolescentes em relação aos aspectos gerais do HPV principalmente quando se
tratam dos meios de transmissão, sinais, sintomas e consequências. Muitas das
entrevistadas têm conhecimento a respeito do câncer do colo do útero, porém não
sabe que a vacina quadrivante protege contra 4 tipos de vírus, nem que, tanto o
homem quanto a mulher podem contrair e transmitir a doença.

Palavras-chave: HPV, Educação em saúde, Prevenção.


6

ABSTRACT

Adolescence is a period of vulnerability that involves several factors, among them:


"the onset of early sexual life, lack of information regarding sexual intercourse, non-
use of condoms, gender inequality, low income and social vulnerability", these factors
contribute to the spread of STIs among young people, so it is very important to know
the information level of this population about this topic, especially regarding HPV.
Within this context, this work had as objective to verify the level of knowledge of
students of the basic education of the municipal public network of the cities of Belo
Jardim and Brejo of Madre de Deus, Pernambuco, about Human Papilloma Virus
(HPV), its mode of transmission and prevention, to list their main doubts, to verify the
quantitative of immunized students and to promote pedagogical activities of
awareness and clarification about HPV. For this purpose was defined as a
descriptive research method, with a qualitative-quantitative approach. This research
has shown that the level of disinformation of adolescents regarding the general
aspects of HPV is still alarming, especially when it comes to the means of
transmission, signs, symptoms and consequences. Many of the interviewees are
aware of cervical cancer, but do not know that the quadrivant vaccine protects
against 4 types of virus, neither that the man and the woman can contract and
transmit the disease.

Keywords: HPV. Health education. Prevention.


7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Ilustração do vírus HPV............................................................................12


Figura 2 - Ilustração do câncer de colo de útero.......................................................14
Figura 3 - Distribuição espacial das taxas de mortalidade estimada por câncer do
colo do útero no mundo, 2012.................................................................15
Figura 4 - Representação espacial das taxas ajustadas por idade pela população
mundial de mortalidade por câncer de colo do útero, por 100.000
mulheres, nas Unidades da Federação, 2015........................................16
Figura 5 - Demonstração dos materiais utilizados no procedimento do exame de
Papanicolau.............................................................................................20
Figura 6 - Proteção quadrivalente contra o HPV............................................................22
Figura 7 - Vacina utilizada para tratamento do HPV.....................................................23
Figura 8 - Percentual de alunas que sabem como ocorre a transmissão do HPV....26
Figura 9 - Percentual de alunas que reconhecem o câncer de colo uterino como
sendo a consequência mais grave do HPV............................................27
Figura 10 - Percentual de alunas que sabiam que o HPV pode afetar ambos os
sexos.......................................................................................................28
Figura 11 - Percepção sobre os aspectos gerais do HPV.........................................29
Figura 12 - Conhecimento a respeito da vacina contra o HPV..................................30
Figura 13 - Total de alunas imunizadas.....................................................................30
8

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 12

2.1 História da evolução do Papiloma Vírus Humano-HPV ................................... 12

2.2 Relações do Papiloma Vírus Humano com câncer de colo uterino ................. 13

2.3 Manifestação, diagnóstico, prevenção e tratamento do Condiloma Cervical. .. 17

2.4 A relação da vacina como forma de prevenção contra o Papiloma Vírus


Humana (HPV) ..................................................................................................... 21

2.5 Método utilizado para a prevenção do Papiloma Vírus Humano no Homem ... 23

3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 25

3.1 Atividades desenvolvidas...................................................................................27

3.2 TCLE – Termo de Consentimento LivreEsclarecido............................................28


3.3 Termo de assentimento para participante menor de idade.................................30

3.4 Questionário........................................................................................................32

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 34

4.1 Caracterização da percepção a cerca do HPV, entre alunas de escolas


públicas ................................................................................................................ 34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 39

REFERENCIAS ....................................................................................................... 41
9

1 INTRODUÇÃO

A adolescência é um momento de diversas transformações físicas,


psicossociais, cognitivas bem como um período de desenvolvimento humano no
qual, muitos jovens iniciam sua sexual. Por isso, a adolescência configura um
período de vulnerabilidade que envolve diversos fatores, dentre eles: “o início da
vida sexual precoce, falta de informação referente à realização do ato sexual, não
utilização do preservativo, desigualdade de gênero, baixa renda e vulnerabilidade
social” (AMORAS et al, 2015).
De acordo com o Estatuto da Criança e do adolescente (ECA,1990)
“adolescente é aquela pessoa entre doze e dezoito anos de idade”, segundo a OMS
(Organização Mundial da Saúde) “é aquela pessoa com idade entre 10 e 19 anos”,
ou seja, é o período de transição entre a infância e a vida adulta. Durante esse
período o indivíduo passa por um processo essencialmente biológico pelo qual
ocorre um acelerado desenvolvimento cognitivo e a estruturação de personalidade.
Esse grupo representa 21,7% da população brasileira, sendo 11,1% entre os 10 e 14
anos e 10,6% entre 15 e 19 (IBGE). É importante, no entanto observar que o numero
de jovens que iniciam atividade sexual ainda nesta fase de suas vidas é superior ao
de algumas décadas passadas. Devido a estímulos oferecidos por parte da
sociedade contemporânea para que o inicio da vida sexual seja precoce, e nem
sempre é reforçada a importância do sexo seguro o que favorece a contaminação
pela mais variadas Infecções Sexualmente Transmissíveis. (BELISSE et al, 2009)
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus,
bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do
contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina,
com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer,
ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação
(OMS). São exemplos de IST’s: herpes genital, sífilis, gonorreia, infecção pelo
HIV, infecção pelas hepatites virais B e C, Papiloma vírus Humano (HPV), (MS-
Ministério da saúde) que tem como traço comum de importância epidemiológica a
transmissão durante a atividade sexual. O grande problema ainda são os altos
índices de exposição a essas infecções, entre elas o Papiloma Vírus Humano,
acredita-se que cerca de 50% da população sexualmente ativa em algum momento
10

da vida cruza com Papiloma Vírus Humano (HPV). Estima-se que três milhões de
pessoas em todo mundo, tenha lesões de verruga genital, condiloma acuminado, 10
milhões de pessoas apresentam lesões intra-epiteliais de alto grau em colo uterino e
que ocorre no mundo 500 mil casos de câncer de colo de útero anualmente
(PANOBIANCO et al, 2013).
O Papiloma Vírus Humano é um vírus DNA pertencente à família
Papivaviridae. O período de incubação é extremamente variável indo desde três
semanas até cerca de oito meses e depende de imunocompetência do individuo. Em
alguns casos, o período de latência pode chegar a anos ou indefinidamente
(NAKAGAWA, SCHIRMER, BARBIERI, 2010).
A vacina contra o HPV é uma importante aliada para evitar o câncer de
colo do útero em mulheres e, além de disponível em hospitais particulares, também
passou a ser aplicada gratuitamente na rede pública de saúde em meninas e
meninos de 9 a 14 anos (SANTOS 2017).
Segundo o Programa Nacional de Imunização (PNI) o projeto completo de
vacinação é composto por três doses. O esquema normal da vacina é a 1° dose (0,
2 e 6 meses), 2° dose após dois meses e a 3° após seis meses. Portanto, o
ministério da saúde adotará o plano estendido 1° dose, 2° dose seis meses depois, e
3° dose cinco anos depois (SANTOS, 2017)
Em adolescentes que não estão expostas aos tipos de HPV a vacina
quadrivalente é fortemente eficaz, provocando a produção de anticorpos altamente
maior que a quantidade encontrada na infecção naturalmente adquirida no período
de dois anos. A época mais favorável é nesta faixa etária, principalmente antes da
atividade sexual. Com inclusão da vacina no calendário imunológico, disponibilizada
pelo SUS, tenderá a uma adesão efetiva a imunização com consequente menos
incidência de lesões de colo de útero e de vagina (SANTOS, 2017).
A maioria das pessoas que tem HPV nunca desenvolve doença, porém,
não se sabe exatamente o porquê, mas o HPV é um fator necessário, mas não
suficiente para o desenvolvimento do câncer (não existe câncer do colo uterino sem
HPV, mas ele isoladamente não consegue causar doença). É necessária a presença
de outros fatores, o mais importante é a deficiência imunológica. Todavia, não há,
até o momento, qualquer forma de estimular a imunidade especificamente contra o
HPV e estudos que buscaram testar tratamentos que tinham este objetivo falharam
em mostrar qualquer efeito (INCA, 2012).
11

Dentro desse contexto esse trabalho teve como objetivo verificar o nível
de conhecimento de alunos da educação básica da rede pública municipal das
cidades do Belo Jardim e Brejo da Madre de Deus, Pernambuco, a cerca do
Papiloma Vírus Humano (HPV), seu modo de transmissão e prevenção, listar suas
principais dúvidas, verificar o quantitativo de alunos imunizados e promover
atividades pedagógicas de conscientização e esclarecimento sobre o HPV. Para tal
finalidade foi definido como método a pesquisa descritiva, com abordagem quali-
quantitativa.
12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 História da evolução do Papiloma Vírus Humano-HPV

Com destaque atualmente, o Papiloma Vírus humano já era conhecido na


antiguidade, a doença reconhecida por Hipócrates (460-377 A.C.), na Era Romana
foi descrita como verrugas na pele. Embora houvesse relatos de sua existência na
Idade Média, naquela época não existia distinção entre a diversidade de infecções
sexualmente transmissíveis. Durante o século XVIII, chegou a ser confundida com
indícios da sífilis e, seguidamente, com a gonorreia, mas foi no século XX que
certificaram de que as verrugas eram causadas por vírus (QUEIROZ, PESSOA,
SOUZA, 2005)
Um avanço significativo foi feito por Barretet AL século XX, que
verificaram a presença de verrugas genitais com esposas de soldados, que voltaram
da guerra onde haviam mantido relações com mulheres nativas, com alta
prevalência de condilomatose genital (FOCACCIA e VERONESI, 1997).
No ano de 1933, Shope e Hurst descobriu que os papilomas podiam ser
transmitidos de coelhos selvagens, aos coelhos domésticos por meio de filtrados
livres de células. Descobriu também que o agente causador desses tumores era um
vírus, muito semelhante ao que produzia os papilomas, em homens e o denominou
de papiloma vírus. Rous e Kidd em 1940 observaram que os papilomas podiam
tornar-se malignos, progredindo para carcinomas escamosos (GOMPEL e KOSS,
1997).

Figura 1. Ilustração do vírus HPV.


Fonte: MASTERMED, 2013.
13

Nas últimas décadas tem-se testemunhado o aumento da detecção da


infecção viral como, discutida e incomoda forma de doenças de transmissão sexual.
A infecção pelo HPV é particularmente importante devido a sua alta prevalência
(FOCOCCIA e VERONESI, 1997).
O HPV é a Infecção Sexualmente Transmissível (IST) mais comum em
todo o mundo, embora, na maioria das vezes (70 a 90%), não apresente sintomas
(BRASIL, 2013b).
Estudos mostram que, no nosso País, a prevalência da infecção pelo HPV
é elevada e afeta, mais recorrentemente, os adolescentes e jovens, sugerindo que a
infecção se produz em geral em idade mais precoce, no início das relações sexuais
(BRASIL, 2015a).

2.2 Relações do Papiloma Vírus Humano com câncer de colo uterino

A associação do vírus HPV com o câncer de colo de útero começou em


1949, quando o patologista George Papanicolaou introduziu o exame mais difundido
no mundo para detectar a doença: o exame Papanicolaou. Esse exame permitiu
identificar mulheres com alterações celulares pré-maligna, possibilitando observar
uma associação da atividade sexual com o desenvolvimento do câncer de colo de
útero. No entanto, somente na década de 70, o conhecimento acerca da etiologia da
doença teve considerável avanço. Estudos constataram que tal associação
implicava na presença de um agente etiológico de transmissão sexual. Harold zur
Hausen, um infectologista alemão, constatou que o Papiloma Vírus
Humano (vírus HPV) poderia ser esse agente estabelecendo inicialmente a relação
do vírus com as verrugas e condilomas. Somente anos mais tarde, o vírus foi
relacionado com o desenvolvimento do carcinoma de colo de útero (NAKAGAWA,
SCHIRMER e BARBIERI, 2010)
Esta associação vem sendo investigado há muitos anos. Hoje se sabe o
papel central deste vírus na carcinogênese cervical e a afirmação de que não existe
câncer do colo do útero sem que o HPV se faça presente (PINTO, et al., 2002;
NICOLAU, 2003)
Estima-se que o HPV é responsável por 4,8% dos casos de cânceres no
mundo, dos quais 87% são relacionados ao câncer do colo do útero, 9,5% a outros
cânceres da região anal-genital e 3,5% são da orofaringe (BRASIL, c2008).
14

Entre os 2,2 milhões de tumores provocados por vírus e outros agentes


infecciosos, 30% são causados pelo HPV (ou seja, 640 mil). Segundo o Instituto
Nacional do Câncer (INCA,2006), o câncer do colo uterino é a terceira neoplasia
mais comum entre as mulheres, sendo a quarta causa de morte por câncer, porém,
é uma das poucas neoplasias que podem ser prevenidas, sendo uma doença com
longo período de evolução, com capacidade de ser detectada em fases precoces. O
máximo de incidência do câncer do colo do útero ocorre por volta dos 10 a 20 anos
após a infecção pelo HPV.
Cerca de 95% de casos de câncer são relacionados aos HPV, mas a
doença poderá se desenvolver ou não, dependendo não só do tipo de HPV, mas
também de outros fatores relacionados com o hospedeiro, como o estado
imunológico, tabagismo e uso de contraceptivo oral (BRASIL, 2006).
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é o
terceiro tumor mais frequente na população feminina, excluindo-se o câncer de pele
não melanoma, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Entretanto, na região Norte do país, o câncer do colo do útero é o primeiro mais
frequente na população feminina.

Figura 2. Ilustração do câncer de colo de útero


Fonte: LIMA, et al, 2003.

As estimativas do Instituto Nacional do Câncer - INCA (2018) apontaram a


previsão de 16.370 novos casos da doença. Em 2015, o Sistema de Informações
sobre Mortalidade do Ministério da Saúde registrou 5.727 mortes por câncer do colo
15

do útero no país. Nos países desenvolvidos, a incidência desse câncer tem sido
significativamente reduzida como resultado de programas de detecção precoce, e a
introdução da vacinação irão contribuir nas próximas décadas para tal redução
(BRASIL, c2008).
Com a ocorrência de aproximadamente 528 mil casos no mundo (figura
3), o câncer do colo do útero configura-se como um importante problema de saúde
pública, sendo o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, excluindo o
câncer de pele não melanoma. Atinge, principalmente, mulheres das regiões da
África Oriental e Oriente, com taxas de incidência padronizadas, superiores a 30
casos por 100 mil mulheres. Incidências bem mais reduzidas são observadas na
Austrália e Nova Zelândia, com taxas de 5,5/100.000 (FERLAY et al., 2013).

Figura 3. Distribuição espacial das taxas de mortalidade estimada por câncer do colo do útero no
mundo, 2012.
Fonte: FERLAY et al., 2013.

No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais


frequente entre as mulheres, não incluindo o câncer de pele não melanoma.
Segundo o INCA (2018), foram estimados para o ano de 2018, 16.370 casos novos,
com incidência de 15,43 casos por 100 mil mulheres, mas com variações regionais
importantes. O câncer do colo do útero é o primeiro mais incidente na região Norte,
com aproximadamente 26 casos por 100.000 mulheres. Nas Regiões
16

Nordeste (20,47/100 mil) e Centro-Oeste (18,32/100 mil), ocupa o 2º lugar, enquanto


que nas Regiões Sudeste e Sul ocupa o 4º lugar com, respectivamente, 9, 97 e
14,07 casos para cada 100 mil mulheres (INCA, 2018).
As taxas de mortalidade por câncer do colo do útero são mais elevadas
no continente Africano, Sulamericano e em alguns países da Oceania, que
concentram 87% dos 266 mil óbitos que estavam estimados para o ano de 2012 no
mundo. Aproximadamente 9 em cada 10 óbitos ocorrem em países de média e baixa
renda (FERLAY et al., 2013), como resultado do acesso precário a serviços de
detecção precoce e tratamento.
Em 2015, o câncer do colo do útero representou a quarta causa de morte
por câncer em mulheres, com 5.727 óbitos, apresentando uma taxa de mortalidade
ajustada para a população mundial de 5,13 óbitos para cada 100 mil mulheres, ou
seja, o risco de morrer por essa neoplasia no Brasil foi de cinco óbitos para cada 100
mil mulheres (INCA, 2017a).

Figura 4. Representação espacial das taxas ajustadas por idade pela população mundial de
mortalidade por câncer de colo do útero, por 100.000 mulheres, nas Unidades da Federação, 2015.
Fonte: INCA, 2017a.

Observa-se, na figura 4, que a região Norte apresenta índices mais


elevados de mortalidade, com taxa padronizada pela população mundial de 12,20
mortes por 100.000 mulheres. Em seguida, estão as regiões Nordeste (6,15/100
mil), Centro-Oeste (6,62/100 mil), Sul (4,65/100 mil) e Sudeste (3,68/100 mil).
Constata-se que risco de morrer por câncer do colo do útero na região Norte é três
vezes maior do que na região Sudeste (INCA 2017a).
17

2.3 Manifestação, diagnóstico, prevenção e tratamento do Condiloma Cervical.

A maioria das infecções por HPV é assintomática ou inaparente. Tanto o homem


quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.
Habitualmente, as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não
produzem lesões, o que é chamdo de infecção latente. Quando não há lesões, não é
possível garantir que o HPV não está presente, mas apenas que não está produzindo
doença. Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV
desenvolverão alguma forma de manifestação. A infecção pode se manifestar de
duas formas: clínica e subclínica (IARC, 2007).
As lesões clínicas se apresentam como verrugas ou lesões exofíticas.
São tecnicamente denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas
de "crista de galo", de "figueira" ou de "cavalo de crista". Têm aspecto de couve-flor
e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva,
região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis
(normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas
lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos (INCA,
2000).
As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas
nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal. No colo do útero
são chamadas de (INCA, 2000):
• Lesão intraepitelial de baixo grau, neoplasia intraepitelial grau I (NIC I):
reflete apenas a manifestação do vírus e é transitória na maioria das vezes;
• Lesão intraepitelial de alto grau, neoplasia intraepitelial graus II ou III
(NIC II ou III): é a verdadeira lesão precursora do câncer do colo do útero.
A incubação, ou seja, o período necessário para surgirem as primeiras
manifestações da infecção pelo HPV é de aproximadamente dois a oito meses, mas
pode ser tão precoce quanto três dias ou demorar vinte anos ou mais. Assim, por
causa da ampla variabilidade no tempo para que apareça uma lesão, torna-se
praticamente impossível determinar em que época e de que forma um indivíduo foi
infectado pelo HPV (LETO et al, 2011).
O diagnóstico do Papiloma Vírus Humano não apresenta dificuldade em
formas clinicas. Os condilomas acuminados, dos genitais externos já tem o
18

conhecimento de diversos profissionais, desde a antiguidade, sendo descritos por


Gregos e Romanos. O meio mais frequente de contágio é a forma subclínica, nos
portadores do sexo feminino. Logo após o contágio, o vírus pode desaparecer
graças ao sistema de defesa do organismo ou permanecer oculto por longo período.
Embora as verrugas tenham possibilidade de desaparecer espontaneamente,
também é necessário o tratamento para a remoção das mesmas, não sendo
possível exterminar o vírus (NETO, FOCCI, BARACAT, 2006)
Existem mais de 200 tipos diferentes do vírus, que podem provocar
lesões na pele ou mucosa pelo contato entre genitais e relações sexuais com a
ausência do preservativo. Sendo possível regredir espontaneamente e em outros
casos obter lesões associadas ao câncer (CARDOSO, 2012).
Segundo Bagarelli e Oliane (2004) e Alvarenga et al. (2000), quando o
HPV infecta a célula, pode haver interação do seu genoma ao da célula hospedeira
imatura, impedindo a diferenciação e maturação celular. A célula transformada
contém o DNA viral. Infecção persistente por 10 a 20 anos permite o
desenvolvimento de alterações genéticas adicionais e progressão de lesões de
baixo, moderado e alto grau para câncer invasor.
As lesões condilomatosas podem apresentar diversas formas no local de
alteração, podendo ser únicas ou múltiplas, restritas ou difusas e de tamanhos
variável. Dependendo do tamanho e localização, podem ser dolorosas, friáveis e/ou
pruriginosas, de crescimento exofítico, papilar, frondoso ou róseo (BRASIL, 2006;
CASTRO e DUARTE, 2004).
Atualmente, o diagnóstico da infecção pelo HPV que ocorre na ausência
de manifestações clínicas ou subclínicas só pode ser realizado por meio de exames
de biologia molecular, que mostram a presença ou a atividade do vírus. Entretanto,
não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV, mas, sim, suas
manifestações (IARC, 2007).
O diagnóstico das verrugas anogenitais pode ser feito por meio do exame
clínico. Já as lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames
laboratoriais (Papanicolaou ou citopatológico, histopatológico e de biologia
molecular) ou do uso de instrumentos com poder de magnificação (lentes de
aumento), após a aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia,
peniscopia, anuscopia) (BRASIL, 2002).
19

A biópsia de lesões anogenitais sugestivas de HPV está indicada nos


casos de existência de dúvida no diagnóstico; presença de lesão suspeita de
neoplasia (lesões pigmentadas, endurecidas, fixas ou ulceradas); ausência de
resposta ao tratamento convencional; aumento das lesões durante o tratamento;
pacientes com imunodeficiência (HIV, uso de drogas imunossupressoras,
corticoides, entre outros) (BRASIL, 2015a).
A transmissão da infecção pelo HPV ocorre principalmente por via sexual,
por isso são necessárias ações que eliminem ou diminuam a exposição ao vírus,
como o uso de preservativo, a diminuição do número de parceiros ou parceiras
sexuais e a vacinação contra o HPV. (BRASIL, 2013a).
Entretanto, apesar de a camisinha prevenir a maioria das Infecções
Sexualmente Transmissíveis (ISTs), ela não impede totalmente a infecção pelo HPV,
uma vez que, a transmissão pode ocorrer mesmo sem a penetração vaginal ou anal,
e as lesões podem estar presentes em áreas não protegidas pela camisinha, como
vulva, região pubiana, perineal e perianal ou bolsa testicular essas regiões podem
ser mais bem protegidas com o uso da camisinha feminina (IARC, 2007).
A prevenção do câncer depende de medidas para reduzir ou evitar a
exposição aos seus fatores de risco (prevenção primária) e de ações de detecção
precoce para a identificação de lesões precursoras ou pré-malignas, com o
encaminhamento para o tratamento oportuno (prevenção secundária) (INCA, 2012).
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à
diminuição do risco de contágio pelo HPV, porém a adoção da vacina não elimina a
necessidade da prevenção secundária, pois as vacinas contra o HPV não oferecem
proteção para 30% dos casos de câncer do colo do útero causados por outros tipos
virais oncogênicos (BRASIL, 2013b).
O rastreamento é a principal estratégia de detecção precoce do câncer do
colo do útero. Consiste na aplicação de um teste ou exame em uma população
assintomática, aparentemente saudável, para a identificação de lesões precursoras
ou sugestivas de câncer (BRASIL, 2013b).
Países que implantaram programas organizados de rastreamento do
câncer do colo do útero reduziram a incidência e a mortalidade por essa neoplasia,
por meio de altas coberturas de exames citopatológicos e de tratamento para as
mulheres diagnosticadas com alguma lesão pré-cancerosa. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), com uma cobertura da população-alvo de, no
20

mínimo 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos


alterados, é possível reduzir de 60 a 90% a incidência do câncer do colo do útero.
No Brasil, o rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões
precursoras é recomendado a todas as mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram
atividade sexual, por meio do exame citopatológico (Papanicolaou), e deve ser
realizado a cada três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual (INCA,
2016).

Figura 5. Demonstração dos materiais utilizados no procedimento do exame de Papanicolau.


Fonte: COELHO, 2017.

O exame de Papanicolau, também chamado de Prevenção de Câncer


Ginecológico, foi idealizado há muitos anos pelo cientista George N. Papanicolau. É
um exame que tem reduzido em 70% as mortes por câncer no colo do útero. Ele é
realizado através da retirada das células que descamam do colo uterino que ficam
retidas no fundo da vagina. Após a coleta com uma espátula, este esfregaço é
preparado e corado em lâmina de vidro, para ser em seguida examinado ao
microscópio por um citopatologista que revelará se há algum indicio de células
cancerosas (NETO, FOCCHI e BARACAT, 2001).
As lesões intraepiteliais de baixo grau não oferecem maiores riscos,
tendendo a desaparecer mesmo sem tratamento na maioria das mulheres. A
21

conduta recomendada inicialmente é a repetição do exame preventivo em seis


meses (INCA, 2016).
O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a
redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. As diretrizes
brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, a retirada
(excisão) das lesões intraepiteliais de alto grau (INCA, 2016).
Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero, estão
a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. O tipo de tratamento vai depender do
estadiamento da doença, do tamanho do tumor e de fatores pessoais, como idade e
desejo de preservação da fertilidade (INCA, 2000).

2.4 A relação da vacina como forma de prevenção contra o Papiloma Vírus Humana
(HPV)

Existem mais de 100 tipos de HPV que podem infectar a pele e as


mucosas de homens e mulheres, dos quais 40 estão relacionados às infecções
genitais e anais. Sua principal forma de transmissão é pela via sexual, havendo ou
não penetração. Alguns tipos do vírus provocam verrugas, sendo 90% dos casos
provocados pelos tipos 6 e 11, ou lesões que tendem à regressão. Pelo menos
outros 13 tipos podem produzir lesões com potencial de progressão para o câncer,
tendo os tipos 16 e 18 presentes em cerca de 70% dos casos de câncer de colo de
útero no mundo. (BRASIL, 2006)
Estudos apontam que quase 80% das mulheres sexualmente ativas terão
contato com o vírus em algum momento de suas vidas, frequentemente logo após o
início da atividade sexual. A maioria das mulheres que tem contato com o HPV
nunca apresentará doença, cerca de 5% das mulheres poderá apresentar alguma
alteração no preventivo e 1% apresentará uma lesão com potencial de progressão
para o câncer em alguns anos se deixada sem tratamento. (BRASIL, 2006)
Com a intenção de diminuir o contágio por esse vírus é que o Ministério
da Saúde iniciou a vacinação contra o HPV, que passou a ser oferecida pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos, idade em que se
acredita que a maioria das meninas ainda não iniciou a atividade sexual e, portanto,
ainda não teve contato com o HPV. (BRASIL, 2013a).
22

A vacinação de adolescentes dos sexos masculino e feminino contra o


Papilomavírus Humano (HPV) é uma importante estratégia de saúde pública para a
prevenção do câncer do colo do útero, além de contribuir também para a redução de
outros cânceres, como de vagina, vulva, pênis, ânus, boca e orofaringe, bem como
de outros agravos relacionados ao HPV, como as verrugas genitais e a
papilomatose de laringe (BRASIL, 2016)
O processo de vacinação é composto por três doses, decorrendo que a
segunda delas aplicada com intervalo de seis meses e garante proteção contra o
HPV. Já a terceira dose serve como um reforço para manter a imunização
duradoura, deve ser aplicada depois de cinco anos (BRASIL, 2013a).
A vacina tem como função prevenir a transmissão do vírus causador do
câncer no colo uterino, contraído por relações sexuais, tendo contato direto com pele
ou mucosa infectada e também durante o parto. Segundo o Ministério da Saúde, a
vacina protege, em ate 98,8%, contra quatro subtipos do Papiloma Vírus Humano,
sendo que dois deles estão responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de
câncer de colo de útero em todo o mundo (BRASIL, 2013a).

Figura 6. Proteção quadrivalente contra o HPV.


Fonte: TOLEDO, 2017.

A introdução da vacina do HPV foi aprovada pela Agência Nacional de


Vigilância de Saúde (ANVISA), em 2006, e existem dois tipos: a bivalente, que evita
23

os tipos de HPV 16 e 18 e a quadrivalente relacionadas com as formas 6, 11, 16 e


18. A administração, em três doses, é realizada em mulheres com idade entre 9 e 26
anos, segundo (PASSOS, 2008). O objetivo é imunizar meninas antes do início da
vida sexual. A indicação da ANVISA, no entanto, estende-se a mulheres até os 26
anos (BRASIL, 2017).
A vacina anti-HPV constitui uma das maiores conquistas na luta contra o
câncer. No dia 08 de junho de 2006, nos Estados Unidos foi aprovada a liberação de
uma vacina contra o HPV para ser aplicado em mulheres entre 9 e 26 anos de idade
e que nunca tiveram contato com o Vírus. O produto do laboratório fabricante Merck
Sharp & Dohme, com o nome comercial Gardasil, foi testado em vários países,
inclusive no Brasil. A proteção das mulheres que receberam as doses foi de 100%
(ZARDO et al, 2013).

2.5 Método utilizado para a prevenção do Papiloma Vírus Humano no Homem

Embora a incidência de câncer cervical seja maior que a de câncer de


pênis, onde este mostra uma baixa prevalência no contexto global, este câncer se
apresenta como uma doença maligna rara, de alta morbidade e mortalidade,
acometendo principalmente homens com idade avançada, com pico de incidência na
sétima década de vida, sendo muito raro em indivíduos jovens. Em vista disto, há o
crescente empenho na detecção de HPV em pacientes do sexo masculino,
principalmente pela a gravidade que o mesmo desempenha como fonte
descontaminação de suas parceiras (INCA, 2017b).
24

Figura 7. Vacina utilizada para tratamento do HPV.


Fonte: REDE FONTE, 2014.

O Ministério da Saúde anunciou ampliação da oferta de vacina contra


HPV para meninos de 11 a 15 anos incompletos (até 14 anos, 11 meses e 29 dias).
A medida tem o objetivo de aumentar a cobertura da vacina em adolescentes do
sexo masculino. Atualmente, a vacina contra a doença já é disponibilizada em
meninos de 12 e 13 anos. A vacina contra o HPV contribui para redução da
incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres. A imunização também
previne câncer de pênis, ânus, verrugas genitais, boca e orofaringe (BRASIL, 2017).
Pesquisa realizada nos Estados Unidos, onde há vacinação desde 2006,
apontou redução de 88% da infecção oral por HPV. Estudo realizado com homens
de 18 a 70 anos do Brasil, México e Estados Unidos, aponta que os brasileiros têm
mais infecção por HPV que mexicanos e norte-americanos, com índices de 72% no
Brasil, 62% no México e 61% nos Estados Unidos. A pesquisa apontou ainda que a
incidência de câncer do pênis no país é três vezes maior que entre os norte-
americanos (BRASIL, 2017).
25

3 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e


quantitativa. A pesquisa descritiva tem como objetivo a descrição das características
de determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de
identificar possíveis relações entre variáveis. Entre as pesquisas descritivas
salientam-se aquelas que têm por objetivo estudar as características de um grupo
como: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de
saúde física e mental, entre outros (GIL, 2010).
O trabalho desenvolveu - se nas redes de ensino municipal e estadual,
fizeram parte desta pesquisa, discentes da Escola André Cordeiro, no Município de
Brejo Da Madre de Deus e Escola Estadual Professora Maria Galvão, no município
de Belo Jardim-PE, que se localiza a 49 km a Sul-Oeste de Santa Cruz do
Capibaribe. Apresenta 72.412 habitantes e área de 647,7 km2 que perfaz limites com
os seguintes municípios: Tacaimbó, Brejo da Madre de Deus e Sanharó. Possui
latitude 8° 20’ 9” Sul, Longitude: 36° 25’ 28” Oeste (IBGE, 2010).
Foram avaliadas 48 alunas com idade de 11 a 16 anos, no qual foi
aplicado um questionário. Como critério de inclusão definiram adolescentes do sexo
feminino na faixa etária de vacinação. Como critério de exclusão pais de alunos e
adultos.
Foi utilizado um questionário constituído de 9 questões objetivas, de
múltiplas escolhas e fechadas referente ao nível de conhecimento sobre o HPV e
com dados pessoais, do adolescente, como idade e sexo, não constando seu nome.
O tema abordado no questionário incluiu definições, modos de transmissão e de
prevenção Pailoma vírus humano. Posteriormente a este questionário foi ministrada
uma palestra, com o uso de data show, esclarecendo as dúvidas dos alunos a
respeito do tema.
Para amenizar quaisquer desconfortos e constrangimentos, pelo fato de
serem abordados temas como, sexo na adolescência e uso de preservativos, foi
assegurado total sigilo na identidade dos contribuintes. Utilizou-se o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido onde os responsáveis legais assinaram
autorizando a participação dos menores.
26

3.1 Atividades realizadas:

Aplicação do questionário - Escola Estadual Professora Maria Galvão, turma 1º ano


A. Belo Jardim, Pernambuco.

Aplicação de questionário – Escola Estadual André Cordeiro 1º D. Brejo da Madre de


Deus.

Palestra a respeito dos aspectos gerais do HPV.


Escola Estadual André Cordeiro. Brejo da Madre de Deus.
27

3.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO- TCLE

Prezado (a) Senhor (a)

Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa intitulada:
Conhecimentos de alunas da Educação Básica a Cerca do HPV, que está sendo
desenvolvida por Maria Isabel de Siqueira Souza e Rosicleide Pereira de A. Silva, estudantes
do curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas da Faculdade do Belo Jardim – FBJ,
sob a orientação do Prof. Me. Eliezer Aciole.

O objetivo desta pesquisa é verificar o conhecimento de alunas da rede pública de ensino


médio na cidade de Belo Jardim PE, sobre o Papiloma Vírus Humano (HPV), suas causas e
prevenções.

Este estudo é importante porque pode esclarecer para os/as adolescentes os sintomas, o ciclo
da doença, os tipos de HPV, forma de contágio prevenção e vacinação.

Dentre os possíveis benefícios desse trabalho está à contribuição para a prevenção e


diagnóstico precoce do HPV e outras ISTs.

Solicito a sua colaboração voluntária no procedimento, que será composto de entrevista,


através de um questionário constituinte de perguntas objetivas, de múltiplas escolhas e
fechadas, referente ao nível de conhecimento sobre o HPV e com dados pessoais do
adolescente, não contando seu nome.

Assim como todo estudo essa pesquisa pode trazer alguns desconfortos tais como,
constrangimento, pelo fato de falar de preservativo ou de outros assuntos ligados ao sexo na
adolescência, para amenizar esse constrangimento será assegurado total sigilo na identidade
dos alunos e será enviado aos pais um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para
menores de idade, onde só participará da pesquisa aqueles que trouxerem o termo assinado
pelos pais ou responsáveis.

Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a) não é
obrigado (a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo
pesquisador (a), não será cobrado nenhum valor pelas informações prestadas ou por qualquer
um dos procedimentos realizados. Caso decida não participar do estudo, ou resolver a
qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano. O (a) senhor (a) não terá
nenhuma despesa decorrente qualquer etapa do trabalho. Este termo será impresso em duas,
uma ficará em sua posse e a outra com o pesquisador. Os pesquisadores estarão a sua
disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário em qualquer etapa da
pesquisa por meio dos seguintes telefones: (81) 9.9847-7573 – (81) 9.9102-3233 ou pelo e-
mail izabel_siqueira@outlook.com rosycoimbra_57@hotmail.com

_____________________________________________

Assinatura do (a) pesquisador (a) responsável


28

Considerando, que fui informado (a) dos objetivos e da relevância do estudo proposto, de
como será minha participação, dos procedimentos e riscos decorrentes deste estudo, declaro o
meu consentimento em participar da pesquisa, como também concordo que os dados obtidos
na investigação sejam utilizados para fins científicos (divulgação em eventos e publicações).
Estou ciente que receberei uma via desse documento.

Belo Jardim, ____de _________de _________

_____________________________________________

Assinatura do participante ou responsável legal


29

3.3 TERMO DE ASSENTIMENTO PARA PARTICIPANTE MENOR DE IDADE

Prezado (a) participante:

Esta pesquisa é sobre: “Conhecimento de alunos da educação básica a cerca do HPV” e


está sendo desenvolvido por Maria Isabel de Siqueira Souza e Rosicleide Pereira de
Andrade Silva, do Curso de Ciências Biológicas da Autarquia Educacional do Belo Jardim –
AEB – Faculdade de Belo Jardim – FBJ, sob a orientação do professor Ms. Eliezer Henrique
Pires Alciole, cujo objetivo é analisar o conhecimento de alunos com a faixa etária de 14 a
16 anos do Colégio André Cordeiro do Município de Brejo Da Madre de Deus e do Colégio
Professora Maria Galvão da Município de Belo Jardim, localizados no estado de
Pernambuco, se existem alguma dificuldade em compreensão do assunto e sobre
prevenções traves de vacinas e outros métodos. A finalidade desse trabalho é contribuir
para uma possível melhoria no conhecimento e prevenção dos discentes da instituição,
tendo observado que uma grande porcentagem da população possui certa dificuldade de
conhecimento e abordagem do assunto, desde a infância até a fase adulta, acarretando uma
série de duvidas e problemas de saúde por falta de orientação. Solicitamos a sua
colaboração para realizarmos uma pesquisa que envolve respostas de um questionário que
possui 11 questões, com perguntas múltipla escolha, com fácil assimilação para os leitores
de acordo com seu nível escolar, onde iremos abordar sua visão sobre vacinação e métodos
preventivos a cerca do HPV e assim poder identificar seu conhecimento relacionado ao
assunto, como também sua autorização para apresentar os resultados deste estudo em
eventos da área de saúde e publicar em revista cientifica nacional e/ou internacional. Por
ocasião da publicação dos resultados, seu nome será mantido em sigilo absoluto.
Informamos que o individual participando terá benefícios, pois dependendo de sua falta de
como seja sua compreensão sobre o assunto terá novos hábitos podendo assim melhorar
seus hábitos preventivos podendo assim melhorar sua qualidade de vida. Esclarecemos que
sua participação no estudo é voluntária e, portanto, você não é obrigado (a) a fornecer as
informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo Pesquisador (a). Caso decida
não participar do estudo, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá
nenhum dano, nem haverá modificação na assistência que vem recebendo na instituição.
Os pesquisadores estarão a sua disposição para qualquer esclarecimento que considere
necessário em qualquer etapa da pesquisa.

Assinatura do (a) pesquisador (a)

Eu aceito participar da pesquisa, que tem o objetivo de analisar os conhecimentos dos


alunos do Colégio André Cordeiro do Município de Brejo Da Madre de Deus e o Colégio
Professora Maria Galvão do Município de Belo Jardim, localizados no estado de
Pernambuco, se foram vacinadas e se conhecem os métodos preventivos. Entendi as coisas
ruins e as coisas boas que podem acontecer. Entendi que posso dizer “sim” e participar,
mas que, a qualquer momento, posso dizer “não” e desistir sem que nada me aconteça.

Li e concordo em participar como voluntario da pesquisa descrita acima. Estou ciente que
meu pai e/ou responsável receberá uma via deste documento.

Brejo da Madre de Deus,______de_____________de_________


30

Impressão dactiloscópica

Assinatura do participante (menor de idade)

Contato com o Pesquisador (a) responsável:

Caso necessite de maiores informações sobre o presente estudo, favor ligar para os
pesquisadores: Maria Isabel de Siqueira Souza, Telefone: (81) 96338106, email:
izabel_siqueira@outlook.com e Rosicleide Pereira de Andrade Silva, Telefone: (81)
91023233, email: rosycoimbra_57@hotmail.com
31

3.4 QUESTIONÁRIO

1. Sabendo que nem todas as doenças sexualmente transmissíveis são


transmitidas somente pelo ato sexual, o HPV também pode ser contraído:

a) Através do aperto de mão


b) No momento do parto, quando a mãe adoece o bebê
c) Por meio da realização de tatuagens
d) Transfusão de sangue
e) Na ingestão de alimentos contaminados

2. Na maioria dos casos a infecção por HPV demonstra sintomas,


descobrindo apenas com a realização de exames. Como é chamado o exame
que detecta o vírus na mulher?

a) Endoscopia
b) TGO
c) Urocultura
d) Papanicolau
e) Hemograma completo

3. O condiloma acuminado, além de causar o HPV, apresenta relação com


o desenvolvimento de câncer:

a) De pulmão
b) De colo do útero
c) De testículo
d) De esôfago
e) De próstata

4. Qual a faixa etária de meninas que tem direito a vacina gratuita?

a) 11 a 13
32

b) 9 a 13
c) 9 a 12
d) 10 a 12
e) 14 a 15

5. Existem dois tipos de vacinas como forma de prevenção: quadrivalente


e bivalente, qual a sua função e qual a faixa etária que elas são
recomendadas?

a) Quadrivalente - protege contra 4 tipos de HPV. É recomendada para


meninas e mulheres entre 9 e 20 anos.
Bivalente- protege contra 2 tipos de HPV. É recomendada para meninas e
mulheres entre 12 e 22 anos.
b) Quadrivalente – protege contra 3 tipos de HPV. É recomendada para
meninas entre 9 e 13 anos.
Bivalente – protege contra 4 tipos de HPV. É recomendada para mulheres de 25
anos.
c) Quadrivalente – protege contra 2 tipos de HPV. É recomendada para
meninas e mulheres entre 9 e 26 anos.
Bivalente – protege contra 2 tipos de HPV. É recomendada apenas para
meninas e mulheres entre 9 e 25 anos.

6. A infecção por HPV afeta:

a) Apenas homens
b) Apenas mulheres
c) Ambos (homens e mulheres), na mesma proporção

7. Quais os efeitos a longo prazo do HPV?

a) Cancro da nasofaringe
b) Não tem qualquer efeito
c) Cancro do colo do útero
d) Outro (s) Qual/Quais?____________________________________
33

8. Classifique as seguintes afirmações assinalando verdadeiro ou falso:

O HPV é uma das principais infecções sexualmente transmissíveis detectadas


em mulheres jovens.
( ) Verdadeiro ( ) Falso ( ) Sem opinião
O HPV provoca verrugas genitais.
( ) Verdadeiro ( ) Falso ( ) Sem opinião

O HPV causa acne.


( ) Verdadeiro ( ) Falso ( ) Sem opinião

Existe uma vacina preventiva do HPV.


( ) Verdadeiro ( ) Falso ( ) Sem opinião

O HPV é o principal responsável pelo cancro do colo do útero.


( ) Verdadeiro ( ) Falso ( ) Sem opinião

A vacina do cancro do colo do útero é o meio mais eficaz para prevenir a


infecção do HPV.
( ) Verdadeiro ( ) Falso ( ) Sem opinião

9. Seção de identificação.
A presente seção tem como intuito apenas a obtenção de informações para
analise estatística de conhecimento, não violando o caráter de anonimato do
presente questionário.

Ano que está matriculado (a)? _______________


Sexo?_________________
Você já foi vacinada contra o HPV? Se sim, com quantos anos?
_________________

O questionário termina aqui. Agradecemos a colaboração!!!


34

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Caracterização da percepção a cerca do HPV, entre alunas de escolas públicas

Apesar de existirem diversas fontes de informação sobre IST e,


principalmente sobre o HPV, é evidente que os jovens não têm conhecimento
suficiente para garantir sua proteção (PANOBIANCO, 2013). Entre as entrevistadas
na pesquisa, apenas 25% afirmaram ter o conhecimento de que o HPV pode ser
transmitido da mãe para o bebê no momento do parto (Figura 8).

IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES TRANSMISSORES DO HPV

25%

8 ACERTARAM

24 ERRARAM

75%

Figura 8. Percentual de alunas que sabem como ocorre a transmissão do HPV.


Fonte: Próprio Autor, 2018.

Essas informações se assemelham ao que foi relatado por Abreu (2014),


cujo resultado constatou que menos da metade dos entrevistados sabiam o que é
HPV e a maioria não tinham um conhecimento mínimo sobre a doença. Osis et al
(2014), chegou a uma conclusão semelhante em que menos da metade da
população estudada relatou já ter ouvido sobre o HPV, e pouco mais de 1/4 dos
entrevistados possuía “conhecimento adequado” sobre o vírus”
Todas as entrevistadas (100%) sabiam que o HPV está associado ao
câncer do colo do útero.
35

Uma hipótese que pode explicar esses dados é que há uma ampla
divulgação das ações de controle do câncer do colo do útero e o Ministério da Saúde
promove um trabalho de conscientização a respeito desse tema.
O controle do câncer do colo do útero está previsto no Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis
(DCNT) no Brasil, 2011-2022 (BRASIL, 2011).
O mesmo se constata quando perguntadas qual a consequência mais
grave do HPV, cuja maioria (94%) respondeu ser o câncer do colo do útero (Figura
9).

CONSEQUÊNCIA MAIS GRAVE DA INFECÇÃO PELO HPV

6%

45 acertaram

3 erraram

94%

Figura 9. Percentual de alunas que reconhecem o câncer de colo uterino como sendo a
consequência mais grave do HPV.
Fonte: Próprio Autor, 2018.

A pesquisa também se propôs em saber se o público alvo tinha


conhecimento de que tanto homens como mulheres estão suscetíveis ao Papiloma
vírus humano: 35% responderam que apenas a mulher pode contrair a infecção
(Figura 10).
36

GÊNERO E HPV

35%

31 acertaram
17 erraram

65%

Figura 10. Percentual de alunas que sabiam que o HPV pode afetar ambos os sexos .
Fonte: Próprio Autor, 2018.

Essa informação evidencia a falta de conhecimento sobre a infecção no


homem o que contribui para uma não prevenção, estima-se que mais de 70% de
parceiros de mulheres com infecção cervical por HPV são portadores do DNA desse
vírus e que a infecção masculina contribua significativamente para a infecção e
subsequente doença cervical em mulheres (SANTOS, MAIORAL, HAAS, 2011).
Quando se refere aos aspectos gerais sobre do HPV: 83,33%
responderam (verdadeiro) quanto à existência de uma vacina contra o Papiloma
vírus humano, 10,4% responderam (falso) e 6,2% não opinaram; 52% responderam
(v) que o HPV causa acne, 8,3% responderam (f) e 39,6% não opinaram; 56,2%
responderam (v) que a vacina possui eficácia para prevenir o câncer de colo do
útero, 16,6% disseram que era falsa essa afirmativa e 27% não opinaram; 81,2%
responderam (v) sobre o HPV estar diretamente relacionado ao câncer do colo do
útero, 10,4% responderam (f) e 8,33% não opinaram; 71% responderam (v) que o
HPV provoca verrugas genitais, 14,6% responderam (f) e 14,6% não opinaram; 75%
responderam (v) sobre o HPV ser uma das principais IST detectadas em mulheres
jovens, 21% responderam (f) e 4% não opinaram (Figura 11).
37

6%
Há uma vacina para o HPV 10%
83,33%
8% 40%
O HPV causa ácne
52%
A vacina possui eficácia comprovada para 27%
17%
prevenir câncer do colo do útero 56%
O HPV está diretamente relacionado ao 8%
10%
câncer de colo do útero
82%

15%
O HPV provoca verruas genitais 14%
O HPV é uma das principais IST's detectadas 4% 71%
em mulheres jovens 21%
75%
0% 20% 40% 60% 80%
100%

NÃO OPINOU FALSO VERDADEIRO

Figura 11. Percepção sobre os aspectos gerais do HPV.


Fonte: Próprio Autor, 2018.

A partir desses dados constatou-se que as adolescentes possuem um


conhecimento fragmentado sobre o HPV, principalmente quando dizem respeito ao
modo de transmissão, sinais, sintomas e suas consequências. Este estudo
corrobora com outros relatos como o de Panobianco et al (2013), que afirma que “há
um déficit entre conhecimento e informação transmitida, o que acaba produzindo
uma lacuna no processo educacional de prevenção de DST entre os adolescentes”.
Sobre a prevenção ao HPV foi avaliado se elas tinham conhecimento da
vacina e se eram imunizadas: 60% delas sabiam que a faixa etária recomendada
para tomar a vacina era de 9 a 13 anos, porém apenas 44% sabia que existem dois
tipos de vacina a bivalente e a quadrivalente (Figura 12). A vacina HPV previne
vários tipos de cânceres contribuindo com a redução da incidência de cânceres
nas mulheres e homens. No mundo, dos 2,2 milhões de tumores provocados por
vírus e outros agentes infecciosos, 640 mil são causados pelo HPV. A vacina
utilizada no país previne 70% cânceres do colo útero, 90% câncer anal, 63% do
câncer de pênis, 70% dos cânceres de vagina, 72% dos cânceres de orofaringe e
90% das verrugas genitais. Além disso, as vacinas HPV protegem contra o pré-
câncer cervical em mulheres de 15 a 26 anos, associadas ao HPV16 /18. As
38

vacinas são seguras e não aumenta o risco de eventos adversos graves, aborto ou
interrupção da gravidez (BRASIL, 2014).

70%
60%
60% 56%

50%
44%
40%
40%

30%

20%

10%

0%
FAIXA ETÁRIA TIPOS DE VACINA

Faixa etária de indicação para a imunização do HPV


Tipo de vacina contra o HPV

Figura 12. Conhecimento a respeito da vacina contra o HPV.


Fonte: Próprio Autor, 2018.

Mesmo tendo pouco conhecimento sobre os aspectos gerais do HPV 92%


das entrevistadas relataram serem imunizadas (Figura 13). Uma hipótese que pode
justificar esse achado seria a de que o Ministério da Saúde, desde que, em 2014,
introduziu em seu calendário a vacina contra o HPV para meninas entre 11 e 13
anos veicula uma campanha na televisão, o que, de certa forma, pode ter ampliado
o conhecimento da população sobre a vacina, mas não sobre o vírus (BRASIL,
2014).

ÍNDICE DE IMUNIZAÇÕES

8%

Imunizados
Não imunizados

92%

Figura 13. Total de alunas imunizadas.


Fonte: Próprio Autor, 2018.
39

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O papel assumido pelos adolescentes no campo social, diante da prática


de sua sexualidade, é possível que apresentem riscos a sua saúde. Quanto à forma
preventiva das Infecções Sexualmente Transmissíveis as garotas mostram ter mais
conhecimento que os rapazes principalmente referentes ao uso do preservativo
masculino. Uma prática perigosa e bem equivocada referida por adolescentes é o
fato de lavar os genitais após o ato sexual como forma de prevenção, é um ato que
tem necessidade de ser abordado junto aos adolescentes como meio de orientação.
No contexto familiar, os pais mostram certa dificuldade em abordar a
questão da sexualidade com seus filhos na adolescência. Desta forma, muitos pais
concedem essa tarefa da orientação sexual à escola que por sua vez apresenta
certa dificuldade em cumprir tal tarefa. É importante ressaltar que o professor pode
sentir-se desprovido de lidar com pontos da orientação sexual perante seus alunos.
Atualmente pesquisas apontam a alta incidência de pacientes com
Papiloma Vírus Humano no sexo feminino, o que gera aumento na demanda de
consultas e de exame Papanicolau. São destacados os principais fatores de riscos
para o HPV, dentre eles: inicio antecipado da vida sexual e variedade de parceiros,
tabagismo, uso prolongado de anticoncepcionais orais. Também é comum existir o
receio por uma boa parte da população em fazer o exame, devido à vergonha, o
medo e a ansiedade, principalmente pelas mulheres e a prevenção do câncer do
colo do útero obteve um grande avanço ao confirmar associação do vírus HPV sobre
a doença.
Esta pesquisa demonstrou que ainda é alarmante o nível de
desinformação das adolescentes em relação aos aspectos gerais do HPV
principalmente quando se tratam dos meios de transmissão, sinais, sintomas e
consequências. Muitas das entrevistadas têm conhecimento a respeito do câncer do
colo do útero, porém não sabe que a vacina quadrivante protege contra 4 tipos de
vírus, nem que, tanto o homem quanto a mulher podem contrair e transmitir a
doença.
Em relação à prevenção, mesmo nas alunas imunizadas, mais da metade
(67%) não sabia responder qual o nome do exame preventivo, o Papanicolau. Ações
de educação e saúde nas escolas constituem uma importante estratégia de
40

promoção e prevenção as IST. Atualmente há uma maior preocupação nesse


aspecto no cotidiano dos adolescentes, com o constante fluxo de informações nas
redes sociais e na TV, é importante que os jovens tenham opções de informações
confiáveis sobre estes assuntos tão relevantes. Muitas vezes os pais se omitem do
papel orientador referente a esse tema por terem vergonha ou por também não
terem conhecimento suficiente. Cabe aos professores orientarem seus alunos na
prevenção dessas morbidades.
41

REFERENCIAS

ABREU, MERY NATALI SILVA; SOARES, ANGELA DEISE; RAMOS, DIEMACK ALLE OLIVEIRA;
SOARES, FERNANDA VIEIRA; FILHO, GERSON NUNES; VALADÃO, ANALINA FURTADO;
MOTTA, PATRÍCIA GONÇALVES DA - Conhecimento e percepção sobre o HPV na população com
mais de 18 anos da cidade de Ipatinga, MG, Brasil. Minas Gerais, Ciência & Saúde Coletiva, 23(3) 2014,
p. 849-860. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v23n3/1413-8123-csc-23-03-0849.pdf>.
Acesso em 07de Dezembro de 2018.

AMORAS, BRUNA CORRÊA; CAMPOS, ATOS RODRIGUES; BEZERRA, EVELINE PINHEIRO.


Reflexões sobre vulnerabilidade dos adolescentes a infecções sexualmente transmissíveis-
PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP. Macapá, v. 8,
n. 1, p. 163-171, jan.-jun. 2015. Disponível em: <http://periodicos.unifap.br/index.php/pracs ISSN
1984-4352>. Acesso em: 25 mar. 2018.

BAGARELLI, L, B.; OLIANI, A. H. Tipagem e estado físico de papiloma vírus humano in situ em
lesões intra-epiteliais do colo uterino. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de
Janeiro, v.26, n. 1, jan./fev. 2004, p. 59-64.

BELISSE, CLAUDIA LEILA. Atividade Sexual Precoce na Adolescência: a importância da


educação sexual nas escolas. Paraná, 2009, p. 15. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1460-8.pdf>. Acesso em 07de Dezembro
de 2018.

BRASIL, Ministério da saúde. Manual de controle das doenças sexualmente transmissíveis DST.
4° ed. Brasília. 2006, p. 11,12, 86-89(a).

BRASIL. Ministério da Saúde ,Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de


Doenças Transmissíveis Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Guia prático
sobre hpv perguntas e respostas. Brasília, DF, Novembro de 2017, p. 45. Disponível em: <
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/dezembro/07/Perguntas-e-respostas-HPV-.pdf>.
Acesso em 07 de Dezembro de 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Informações de


Saúde (TABNET): estatísticas vitais. Brasília: Ed. Ministério da Saúde, c2008. Disponível em:
<http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&id=6937&VObj=http://tabnet.datasus.g
ov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10>. Acesso em: 25 mar. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. (Cadernos de Atenção Básica, n. 13).
2. ed. Brasília: Ed. Ministério da Saúde, 2013b. p. 124. Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_colo_utero_2013.pdf>. Acesso em 07
de Dezembro de 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de


Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas
não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. p.
160. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf>. Acesso em 07de
Dezembro de 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das


Doenças Transmissíveis. Informe técnico sobre a vacina contra o papilomavírus humano (HPV).
Brasília: Ed. Ministério da Saúde, 2013ª. 2014, p. 36. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/junho/26/Informe-T--cnico-Introdu----o-vacina-
HPV-18-2-2014.pdf>. Acesso em 07de Dezembro de 2018.
42

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Infecções


Sexualmente Transmissíveis: relatório de recomendação. Brasília: Ed. Ministério da Saúde, 2015a.
Disponível em:
<http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2015/Relatorio_PCDT_IST_CP.pdf>. Acesso em:
25 mar. 2018.

CARDOSO, EUGÊNIA MARCIA MOREIRA. Aspectos históricos, fisiopatológicos e preventivos


da infecção por papiloma vírus humano – hpv. Araçuaí Minas Gerais, 2012, p. 44. Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/6269.pdf>. Acesso em 07 de Dezembro de
2018.

COELHO RAQUEL AUTRAN. Rastreamento para câncer de colo uterino: o que há de novo? 2017,
[online]. Disponível em: <https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/156-rastreamento-para-cancer-
de-colo-uterino-o-que-ha-de-novo>. Acesso em 08 de Dezembro de 2018.

ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990.


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm>. Acesso em outubro de 2018.

FERLAY, J. et al. GLOBOCAN 2012 v1.0, Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC
CancerBase. Lyon, France: International Agency for Research on Cancer, 2013. Disponível em:
<http://globocan.iarc.fr>. Acesso em: 31 ago 2017.

FOCACCIA, R,; VERONESI, R. Tratado de infectologia. São Paulo: Atheneu, 1997. Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/6269.pdf>.

GOMPEL , C; KOSS, L.G. Citologia ginecológica: e suas bases anatomoclinicas. São Paulo:
Editora: monole, 1997. Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/6269.pdf>. Acesso em 07de Dezembro de
2018.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). ABC do


câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. 2. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: INCA,
2012, p. 134. Disponível em <http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/livro_abc_2ed.pdf>. Acesso em:
25 mar. 2018.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Estimativa


2018: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2018. Disponível em:
<http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/>. Acesso em: 25 mar. 2018.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Atlas da


Mortalidade. Rio de Janeiro: INCA, 2017a. Disponível em:
<https://mortalidade.inca.gov.br/MortalidadeWeb>. Acesso em: 26 fev. 2018.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Diretrizes


Brasileiras para o rastreamento do câncer. 2. ed. rev. ampl. atual. Rio de Janeiro: INCA, 2016.
Disponível em:
<http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/DDiretrizes_para_o_Rastreamento_do_cancer_do_colo_do_ut
ero_2016_corrigido.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2018.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Câncer do Colo
do útero. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 46, n. 4, p. 351-354, 2000. Disponível
em: <http://www.inca.gov.br/rbc/n_46/v04/pdf/normas.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2018.

INTERNATIONAL AGENCY OF RESEARCH ON CANCER (IARC). Working group on the evaluation


of carcinogenic risks to humans: Human papillomaviruses. Monographs on the evaluation of
carcinogenic risks to humans, v. 90, p. 1-636, 2007. Disponível em:
<http://monographs.iarc.fr/ENG/Monographs/vol90/mono90.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2018.

LETO, MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA; JÚNIOR, GILDO FRANCISCO DOS SANTOS; TOMIMORI,
JANE; PORRO, ADRIANA MARIA. Infecção pelo papilomavírus humano: etiopatogenia, biologia
43

molecular e manifestações clínicas. An. Bras. Dermatol. vol.86 no.2 Rio de Janeiro Mar./Apr. 2011.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962011000200014>. Acesso em 08 de Dezembro
de 2018.

LIMA, GERALDO RODRIGUES; MANOEL, J.B.C; BARACAT, EDMUND CHADA. Papilomavìrus


humano e o Câncer de colo uterino. In: Ginecologia de consultório. 1º Edição, editora de Projetos
Médicos. São Paulo-SP, 2003, p.213-218. Disponível em: <https://www.gineco.com.br/saude-
feminina/doencas-femininas/cancer-do-colo-do-utero/>. Acesso em 08 de Dezembro de 2018.

MASTERMED. Papilomavírus Humano (HPV). Novembro de 2013. [online]. Disponível em:


<http://www.mastermedsp.com.br/wordpress/?p=390>. Acesso em 08 de Dezembro de 2018.
NAKAGAWA, J. T.; SCHIRMER, J.; BARBIERI, M. Vírus HPV e câncer de colo de útero. Rev Bras
Enferm, Brasília, v. 63, n. 2, p. 307-11, mar./abr. 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n2/21.pdf>. Acesso em: 25 novembro. 2018.

NETO, J. E. et al. Prevenção da Infecção pelo Papilomavirus Humano. DST – Jornal Brasileiro de
Doenças Sexualmente Transmissíveis , v. 12, n.1, 2000, p. 39-42 .

OSIS MJD, DUARTE G. A, SOUSA M. H. Conhecimento e atitude de usuários do SUS sobre o


HPV e as vacinas disponíveis no Brasil. Rev Saude Publica 2014; 48(1):123-133.

PANOBIANCO, MARISLEI SANCHES; LIMA, ALINE DAIANE FAIM DE; OLIVEIRA, IÁCARA
SANTOS BARBOSA; GOZZO, THAIS DE OLIVEIRA. O Conhecimento Sobre O Hpv Entre
Adolescentes Estudantes De Graduação Em Enfermagem. vol.22, n.1, 2013, p.201-207.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
07072013000100024&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em 07de Dezembro de 2018.

QUEIROZ, DANIELLE TEIXEIRA; PESSOA, SARAH MARIA FRAXE; SOUSA, ROSILÉA ALVES DE.
Infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV): incertezas e desafios. Acta paul.
enferm. vol.18 no.2 São Paulo Apr./June 2005. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0103-
21002005000200012>.

REDE FONTE. Vacina contra o HPV divide não apenas mães evangélicas, mas também a
comunidade científica, que aponta falhas graves no tratamento. In, noticias, 2014 [online].
Disponível em:<http://www.redefonte.com/vacina-contra-o-hpv-divide-nao-apenas-maes-evangelicas-
mas-tambem-a-comunidade-cientifica-que-aponta-falhas-graves-no-tratamento/>. Acesso em 08 de
Dezembro de 2018.

SANTOS, AMANDA BARTOLOMEU. A incorporação da vacina hpv no sus: práticas de estado,


conhecimentos científicos e produção de diferença sexual nos documentos da implantação da política
de saúde. Porto Alegre, 2017, p.123. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/170421/001052499.pdf?sequence=1>. Acesso em
07 de Dezembro de 2018.

SANTOS, IRIS MATTOS; MAIORAL, MARIANA FRANZONI; HAAS, PATRÍCIA. Infecção por HPV
em homens: Importância na transmissão, tratamento e prevenção do vírus HPV. Santa
Catarina, Vol. 33, 2011, p.11-118. Disponível em: < https://biblat.unam.mx/pt/revista/estudos-de-
biologia/articulo/infeccao-por-hpv-em-homens-importancia-na-transmissao-tratamento-e-prevencao-
do-virus>. Acesso em 07 de Dezembro de 2018.

TOLEDO, MAURICIO. Tudo que você sempre quis perguntar sobre o HPV e câncer do colo do
útero. 2017, [online]. Disponível em:<http://portalbiomedico.com.br/tudo-que-voce-sempre-quis-
perguntar-sobre-o-hpv-e-cancer-do-colo-do-utero/>. Acesso em 08 de Dezembro de 2018.

ZARDO, GEISA PICKSIUS; FARAH, FLÁVIA PEIXOTO; MENDES, FERNANDA GABRIELA;


FRANCO, CAMILA AMENT GIULIANI DOS SANTOS; MOLINA, GISELI VIEIRA MACHADO; MELO,
GISLAINE NOCHETTI DE; KUSMA SOLENA ZIEMER. Vacina como agente de imunização contra
o HPV. Curitiba PR, 2013, p.10. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n9/1413-8123-csc-
19-09-3799.pdf>. Acesso em 07 de Dezembro de 2018.

Você também pode gostar