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COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

COMPLICAÇÕES MECÂNICAS
HEMATOMA
➔ Coleção de sangue e coágulo na ferida

• Hemostasia inadequada
Não quer dizer que é culpa do cirurgião, pode ser um tecido que não estava
fechando direito, ou até um fechamento que necessitou ser precoce
• Anticoagulante sistêmico ou coagulopatia
• Tosse vigorosa e/ou vômito
Tudo que aumentar pressão na região do abdome, por exemplo
• HAS → descontrolada
• Uso de AAS ou baixa dose de heparina: risco discretamente aumentado

• Desconforto
• Elevação e mudança da cor na borda da ferida
• Edema
• Extravasamento de sangue entre a sutura
Complicação comum: abdome vai extravasando devagar (qtde de volume que cabe é muito
grande), causando confusão mental e alterações hemodinâmicas, como modificação da
frequência cardíaca.

HEMOPERITÔNIO
• Sangramento é a causa mais comum de choque (hipovolêmico) nas primeiras 24
horas após cirurgia abdominal
• Problemas técnicos com hemostasia
• Distúrbio de coagulação

• Taquicardia
• Hipotensão
• Oligúria
Sempre que tiver oligúria, tem que procurar o que está acontecendo
• Vasoconstrição periférica
• Aumento da circunferência abdominal
• Hipertensão intra-abdominal
• Síndrome do compartimento abdominal
A pressão dentro da cavidade aumenta tanto que não há possibilidade de perfusão
sanguínea adequada, levando a uma isquemia tecidual por aumento da pressão
externa da cavidade. Pode acontecer em articulações tbm.
LIVRO: As doenças preexistentes e os medicamentos tomados antes da cirurgia, assim
como os que são administrados durante o procedimento, também podem causar hipotensão.
O diagnóstico diferencial de colapso circulatório pós-operatório imediato também inclui
embolia pulmonar, disritmias cardíacas, pneumotórax, infarto do miocárdio e reações
alérgicas graves. As infusões para expandir o volume intravascular devem ser iniciadas tão
logo outras doenças tenham sido descartadas. Se a hipotensão ou outros sinais de
hipovolemia persistirem, o paciente deve ser submetido imediatamente a uma nova cirurgia.
Na cirurgia, o sangramento deve ser interrompido, os coágulos, retirados e a cavidade
peritoneal, lavada com solução fisiológica.

SEROMA
➔ Coleção de fluido na ferida
Tecidos com grande qtde de vasos linfáticos, cujos vasos não estão trabalhando
corretamente, podem formar seromas. Em quase todas as cirurgias da tireoide tem que fazer
remoção do seroma, por exemplo, porque não tem drenagem linfática boa.
• Retalhos na pele e transecção de vasos linfáticos
• Retarda a cicatrização e aumenta risco de infecção
• Tratamento: aspiração com agulha

EVISCERAÇÃO
• Ruptura de todas as camadas da parede abdominal e extrusão das vísceras
• 1 a 3% dos procedimentos no abdome
Risco muito alto!!

DEISCÊNCIA DA FERIDA
• Ruptura parcial ou total das camadas da ferida cirúrgica

Fatores sistêmicos
• Idade → mais velhos
• Diabetes
• Uremia
• Imunossupressão
• Icterícia
• Sepse
• Hipoalbuminemia
• Câncer
• Obesidade
• Corticoide
Fatores locais
• Fechamento da ferida
• Fechamento dos espaços mortos
• Estomas e drenos → incisão separada
• Pressão intra-abdominal (aumento): íleo, DPOC (respiração abdominal), tosse,
obstrução intestinal, cirrose com ascite.
• Cicatrização deficiente

LIVRO: Embora a deiscência da ferida operatória possa ocorrer em qualquer momento após
o fechamento da ferida, ela é mais comumente observada entre o quinto e o oitavo dia de
pós-operatório, quando a força da ferida é menor. A deiscência da ferida operatória pode,
ocasionalmente, ser a primeira manifestação de sepse intra-abdominal. O primeiro sinal de
deiscência é, muitas vezes, uma secreção de líquido serossanguinolento da ferida operatória
ou, em alguns casos, a evisceração súbita. O paciente pode descrever uma sensação de
estalo associada à tosse intensa ou vômito

VAZAMENTO DA ANASTOMOSE
Causas
• Idade
• Desnutrição e deficiência de vitaminas
• Diabetes
• Tabagismo
• Anemia
• Doença inflamatória intestinal (Chron e retocolite)
• Radio, quimioterapia
• Isquemia
• Hipotensão
• Contaminação
• Infecção

Diagnóstico
Quadro de abdome agudo
• Dor
• Febre
• Peritonite
• Drenagem de pus, bile, material fecal
• Radiologia: coleção de fluido ou gás
Não precisa ter rompido tudo, apenas uma parte de vazamento de anastomose de cólon já
é um quadro de abdome agudo
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (isquêmico principalmente)
➔ Dano neural isquêmico devido à diminuição da perfusão

• Idosos
• Aterosclerose
• Hipotensão per ou pós-operatória
Principal causa: hipotensão, por sepse, sangramento, parada cardíaca ou efeitos dos
anestésicos

• Endarterectomia carotídea
• Cirurgia cardíaca aberta com circulação extracorpórea
• AVE ou ataque isquêmico transitório
• Fibrilação atrial
• HAS
• Doença vascular cerebral, cardíaca ou periférica → cirurgias não-cardíacas e não
carotídeas têm esses fatores de risco para AVE

LIVRO: A patogênese do AVE pode estar relacionada à hipoxemia, à embolia ou à má


perfusão

CONVULSÃO
• Epilepsia
• Alterações metabólicas
• Medicamentos
Para dor e alguns tipos de anti-eméticos
• Doença inflamatória intestinal: susceptibilidade maior → colite ulcerativa e Chron
Não se sabe a causa, mas pela estatística
Distúrbio mecânico que provem de atividade elétrica desorganizada no cérebro. Em cirurgias
grandes, há alterações metabólicas (acúmulo de CO2 principalmente, alteração grande da
glicemia, desidratação, mudança iônica severa, etc.), que podem levar a uma convulsão.

PSICOSE
• Delírio com alteração da consciência e do cognitivo
• Confusão
• Medo
• Desorientação de tempo e local
• 3º dia de PO
• Cirurgia torácica
• Idoso
• Distúrbios do humor – depressão
• Medicamentos: corticoide, meperidina, cimetidina
• Excluir desordens metabólicas e sepse
Às vezes um dos primeiros indícios de infecção pós-operatória é a psicose

DELÍRIO TREMENS
• Alcoólatras que param de beber subitamente
• Pródromo: alterações da personalidade, ansiedade, tremor
• Síndrome completa: agitação, alucinação, ansiedade, confusão, excesso de
atividade, convulsão, hipertermia

• Consequências: estado hiperdinâmico cardiorrespiratório e metabólico


• Tratamento: benzodiazepínicos, vitamina B1 / Tiamina e sulfato de magnésio (o
sulfato de magnésio é para evitar que tenha convulsão) → adm todos

LIVRO: A hiperventilação e a alcalose metabólica contribuem para o desenvolvimento da


síndrome completa. Hipomagnesemia e hipocalemia secundária à alcalose ou déficits
nutricionais podem precipitar as convulsões. A readaptação do metabolismo sem o etanol
requer cerca de duas semanas, e é durante esse período que os alcoólatras estão em maior
risco de desenvolver delirium tremens

COMPLICAÇÕES CARDÍACAS
FATORES PREDISPONENTES
• Arritmia
• Angina instável
• Insuficiência cardíaca
• HAS severa
• Doença valvular – estenose aórtica
Devem ser corrigidos antes da cirurgia, se possível

Complicações cardíacas
• Suspender drogas anticoagulantes orais e substituir por heparina em pacientes com
alto risco para tromboembolismo
LIVRO: Os anticoagulantes orais devem ser interrompidos 3 a 5 dias antes da cirurgia, e o
tempo de protrombina deve retornar ao normal. Os pacientes com risco elevado de doença
tromboembólica devem receber heparina até cerca de 6 horas antes da cirurgia, quando a
heparina deve ser interrompida. Se necessário, a heparina pode ser reiniciada 36 a 48 horas
após a cirurgia, juntamente com anticoagulação oral

• Avaliar medicamentos usados na anestesia geral


LIVRO: A anestesia geral deprime o miocárdio, e alguns agentes anestésicos predispõem a
arritmias por meio da sensibilização do miocárdio às catecolaminas. A monitoração da
atividade cardíaca e da pressão arterial durante a cirurgia pode detectar arritmias e
hipotensão arterial precoce. Em pacientes com risco cardíaco elevado, a anestesia regional
pode ser mais segura do que a anestesia geral para procedimentos abaixo da cicatriz
umbilical

• Evitar hemorragia: hipotensão


• Marca-passo: alterado pelo eletrocautério
• Evitar excesso de fluido: sobrecarga e insuficiência do ventrículo esquerdo

Em pacientes cardíacos → Excesso de fluido – insuficiência cardíaca; pouco fluido –


hipotensão, hipoperfusão, isquemia

LIVRO: As complicações não cardíacas podem afetar o desenvolvimento de


complicações cardíacas por meio da crescente demanda cardíaca em pacientes com
reserva limitada. A sepse pós-operatória e a hipoxemia são os principais fatores

COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS
• Causa mais comum de morbidade após cirurgias de grande porte
• 2ª causa mais comum de morte em pacientes acima de 60 anos
• Cirurgias torácicas e do abdome superior
Mais comuns após cirurgias de emergência
Atelectasia, pneumonia, insuficiência respiratória e embolia.

• Cirurgias torácicas e do abdome superior


• DPOC
• Idosos – acima de 60 anos

LIVRO: Os pacientes idosos estão em risco muito maior, porque apresentam


diminuição da complacência, aumento de volumes residuais e de oclusão e aumento do
espaço morto, e todos esses fatores predispõem à atelectasia.
ATELECTASIA
• Complicação pulmonar mais comum no pós-operatório
• 25% dos pacientes submetidos à cirurgia abdominal
• Causa de 90% dos casos febris das 48 primeiras horas

LIVRO: É mais comum em pacientes idosos ou com excesso de peso e nos que
fumam ou apresentam sintomas de doença respiratória. Na maioria dos casos, a evolução é
autolimitada e a recuperação ocorre sem intercorrências.

• Hipoxemia → efeito imediato


• Sobrecarga cardíaca (do coração direito, por hipóxia que causa uma sobrecarga de
perfusão – hipertensão pulmonar)
• Infecção → efeito tardio
A atelectasia predispõe à infecção

Manifestações
• Febre
• Taquicardia
• Taquipneia
• Elevação do diafragma
• Diminuição do MV

LIVRO: A patogênese da atelectasia envolve fatores obstrutivos e não obstrutivos. A


obstrução pode ser causada por secreções resultantes de doença pulmonar obstrutiva
crônica, intubação ou agentes anestésicos. Casos ocasionais podem ocorrer em função da
formação de coágulos sanguíneos ou mau posicionamento da sonda endotraqueal. Na
maioria dos casos, no entanto, a causa não é a obstrução, mas o fechamento dos
bronquíolos.
A atelectasia no pós-operatório pode ser, em grande parte, evitada por mobilização
precoce, mudanças frequentes na posição, incentivo a tossir e uso de espirômetro de
incentivo. O ensino pré-operatório de exercícios respiratórios e a execução pós-operatória
desses exercícios podem evitar a atelectasia em pacientes sem doença pulmonar
preexistente.

ASPIRAÇÃO PULMONAR
• Inserção de tubos nasogástrico e endotraqueal
• Depressão do SNC por medicamentos
• Refluxo gastroesofágico
• Alimento no estômago
• Posição do paciente

• Volume aspirado
• pH
conteúdo pulmonar ácido pode causar também uma pneumonite química → edema e
inflamação locais aumentam o risco de infecção secundária
• Frequência

LIVRO: A magnitude da lesão pulmonar produzida pela aspiração de líquidos,


geralmente a partir de conteúdos gástricos, é determinada pelo volume aspirado, pelo pH e
pela frequência do evento. Se o aspirado tiver pH de 2,5 ou menos, pode levar à pneumonite
química imediata, que resulta em edema e inflamação local, alterações que aumentam o
risco de infecção secundária. A aspiração de material sólido pode produzir obstrução da via
aérea. A obstrução dos brônquios distais, embora bem tolerada inicialmente, pode levar à
atelectasia e à formação de abscesso pulmonar. Os segmentos basais são afetados com
maior frequência. Taquipneia, estertores e hipóxia estão normalmente presentes em poucas
horas; com menor frequência, cianose, sibilos e apneia podem surgir. Em pacientes com
aspiração maciça, a hipovolemia causada por perda excessiva de líquido e coloide no
pulmão lesionado pode levar à hipotensão e ao choque

• Jejum pré-operatório
• Posicionamento do paciente
• Intubação cuidadosa

PNEUMONIA PÓS-OPERATÓRIA
• Complicação pulmonar mais comum em pacientes que morrem após cirurgia
• Mais de 50% → gram-negativo
• Frequentemente polimicrobiana

Fatores predisponentes:
• Infecção peritoneal
• Suporte ventilatório prolongado
• Atelectasia
• Aspiração
• Secreção copiosa

LIVRO: As defesas do hospedeiro contra a pneumonite incluem o reflexo da tosse, o


sistema mucociliar e a atividade dos macrófagos alveolares. Após a cirurgia, a tosse é
geralmente fraca e não pode desobstruir efetivamente a árvore brônquica. O mecanismo de
transporte mucociliar está danificado pela intubação endotraqueal, e a capacidade funcional
dos macrófagos alveolares está comprometida por diversos fatores que podem estar
presentes durante e após a cirurgia (oxigenação, edema pulmonar, aspiração
traqueobrônquica, terapia com corticosteroides, etc.). Além disso, a metaplasia escamosa e
a perda de coordenação ciliar dificultam ainda mais as defesas antibacterianas. Mais da
metade das infecções pulmonares que se seguem após cirurgias é causada por bacilos
gram-negativos. Muitas vezes, elas são polimicrobianas e geralmente adquiridas por
aspiração de secreções da orofaringe. Embora a colonização da orofaringe por bactérias
gram-negativas ocorra apenas em 20% dos indivíduos normais, ela é frequente após uma
grande cirurgia, como resultado de mecanismos debilitados de desobstrução da orofaringe.
Os fatores agravantes são azotemia, intubação endotraqueal prolongada e infecção
associada grave.

Sinais e sintomas
• Febre
• Taquipneia
• Aumento da secreção
• Consolidação pulmonar na radiografia de tórax

LIVRO: A manutenção da via aérea livre de secreções é uma preocupação primordial


na prevenção de pneumonia pós-operatória. Os exercícios respiratórios, a respiração
profunda e a tosse ajudam a evitar a atelectasia, que é um precursor da pneumonia. Embora
a dor pós-operatória possa contribuir para a respiração superficial, o bloqueio intercostal ou
os opioides peridurais não conseguem evitar a atelectasia e a pneumonia, quando
comparados com os métodos tradicionais de controle da dor pós-operatória. O uso profilático
de antimicrobianos não diminui a incidência de colonização por bactérias gram-negativas da
orofaringe ou de pneumonia. O tratamento consiste em medidas para ajudar na
desobstrução de secreções e na administração de antimicrobianos. A secreção obtida
diretamente da traqueia, em geral, por aspiração endotraqueal, é necessária para a
identificação específica do organismo infectante

COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS
ALTERAÇÕES DA MOTILIDADE
• Presença, força e a direção do peristaltismo: sistema nervoso entérico
• Íleo adinâmico pós-operatório: ausência ou diminuição da atividade propulsora do
intestino

• Anestesia
• Manipulação cirúrgica
• Medicamentos: opioides
Dolantina particularmente
• Anormalidades eletrolíticas
• Condições inflamatórias: peritonite, pancreatite
• Dor
LIVRO: A anestesia e o manejo cirúrgico resultam em diminuição da atividade de
propulsão normal do intestino, ou íleo adinâmico pós-operatório. Vários fatores contribuem
para o íleo ou podem prolongar sua evolução; eles incluem medicamentos – especialmente,
opioides –, anormalidades eletrolíticas, processos inflamatórios, como pancreatite ou
peritonite, e dor. O grau do íleo está relacionado com a extensão do manejo cirúrgico. O íleo
adinâmico pós-operatório normalmente leva a uma ligeira distensão abdominal e à ausência
de ruídos intestinais. Muitas vezes, o retorno do peristaltismo é observado pelo paciente
como cólicas leves, passagem de gases e retorno do apetite. A alimentação deve ser
suspensa até a evidência de retorno da motilidade gastrintestinal normal. Não há tratamento
específico para íleo adinâmico pós-operatório.

COMPLICAÇÕES GENITOURINÁRIAS
Evitar uso de sondas urinárias!!!!

RETENÇÃO URINÁRIA
• Incapacidade de urinar: é comum, principalmente em cirurgias pélvicas ou perineais
e anestesia raqui ou peridural

LIVRO: Os fatores responsáveis pela retenção urinária pós-operatória são a


interferência nos mecanismos neurais responsáveis pelo esvaziamento normal da bexiga e
pela distensão excessiva da bexiga urinária.
O cateterismo vesical profilático deve ser considerado sempre que uma cirurgia tiver
duração de mais de 3 horas ou quando grandes volumes de líquidos intravenosos são
infundidos. O cateter pode ser removido no fim da cirurgia se o paciente for capaz de
deambular em algumas horas. Quando o cateterismo vesical não é realizado, o paciente
deve ser encorajado a urinar imediatamente antes de ir para a sala de cirurgia e, logo que
possível, após o procedimento.

ITU
• Baixa: infecção hospitalar mais frequente
Principais fatores causais:
• Contaminação pré-existente do TGU
• Retenção urinária
• Cateterização
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS
• Complicações pós-operatórias mais comuns
• Infecção no sítio cirúrgico
• Colite por Clostridium difficile
• Parotidite
• ITU
• Pneumonia
A mais comum → ITU; a que mais mata → pneumonia, principalmente no idoso

• Aumento da prevalência das bactérias resistentes aos ATB: MRSA e Enterococcus


resistente à Vancomicina
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA, do inglês methicillin-
resistant Staphylococcus aureus) e Enterococcus resistente à vancomicina
(VRE, do inglês vancomycin-resistant Enterococcus).
• 30% na comunidade
• Hospitais, asilos e prisões

• Lavagem das mãos


• Utilização de técnicas de barreiras
• Descontaminação de superfícies

Até 30 dias após da cirurgia é infecção do sítio cirúrgico. Se tem prótese → 6 meses.

COMPLICAÇÕES HEMATOLÓGICAS
TROMBOEMBOLISMO VENOSO
70% na panturrilha.
• Tríade de Virchow:
o Hipercoagulabilidade
o Estase
o Dano vascular

• Trauma
• Portador de câncer
• Intervenções pélvicas
Esses três grupos têm risco maior de tromboembolismo profundo → mais susceptíveis
LIVRO: Os pacientes no pós-operatório devem ser cuidadosamente monitorados para
edema de extremidades inferiores, hipóxia ou dor pleurítica de início recente, uma vez que
podem ser portadores da síndrome

Fatores de risco modificáveis


• Tipo de cirurgia: quadril / MMII / cirurgia grande
• Ventilação mecânica
• Trauma
• Cateter venoso central
• Quimioterapia
• Terapia de reposição hormonal
• Gravidez
• Mobilidade

Fatores de risco não-modificáveis


• Trombofilia
• TVP prévia
• ICC
• DPOC
• AVE paralítico
• Câncer
• Trauma espinhal
• Obesidade
• Idade maior que 40 anos
• Varizes

LIVRO:
Terapia preventiva adequada → A terapia geralmente requer heparina regular com
heparina de baixo peso molecular, meias de compressão sequencial e deambulação
precoce. Os filtros da veia cava inferior podem ser considerados um método de prevenção
em pacientes que apresentam contraindicações para a anticoagulação ou apresentam
progressão da doença, apesar da anticoagulação adequada. O diagnóstico de trombose
venosa profunda pode ser realizado de forma eficaz em termos de custos, utilizando
ultrassonografia com Doppler.
Os objetivos do tratamento de TEV são a estabilização do coágulo, a revascularização
dos vasos afetados e a prevenção de complicações em longo prazo. A maioria dos pacientes
responde à anticoagulação com heparina intravenosa ou doses subcutâneas mais elevadas
de heparina de baixo peso molecular e, posteriormente, conversão para a terapia oral com
varfarina. Nos pacientes que apresentam instabilidade hemodinâmica em função de embolia
pulmonar, deve-se pensar em trombólise, embolectomia por aspiração ou procedimento de
Trendelenburg.
COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS PÓS-OPERATÓRIAS
FEBRE
Infecção
• 2º dia PO
• 40% dos pacientes após cirurgia grande

• Flebite relacionada ao cateter


• ITU
• Pneumonia
• 5º dia de PO: infecção no sítio cirúrgico principalmente, ou menos frequentemente,
abertura da anastomose e abcesso intra-abdominal

Atelectasia
• Febre nas primeiras 48 horas.

LIVRO:
As características frequentemente associadas a uma origem infecciosa da febre
incluem trauma pré-operatório, classe ASA maior que 2, início da febre após o segundo dia
de pós-operatório, elevação da temperatura inicial acima de 38,6 °C, contagem de leucócitos
no pós-operatório superior a 10.000/μL e ureia nitrogenada no soro de 15 mg/dL ou mais no
pós-operatório. Se três ou mais dos critérios supracitados estiverem presentes, a
probabilidade de infecção bacteriana associada é quase 100%.
A febre nas 48 horas após a cirurgia geralmente é causada por atelectasia. A
reexpansão do pulmão faz a temperatura do corpo voltar ao normal. Quando a febre aparece
após o segundo dia de pós-operatório, a atelectasia é uma explicação menos provável. O
diagnóstico diferencial de febre neste momento inclui flebite relacionada ao cateter,
pneumonia e infecção do trato urinário.
Uma avaliação diagnóstica dirigida para a detecção de sepse intra-abdominal é
indicada em pacientes que apresentam temperaturas elevadas (> 39 °C) e feridas sem
evidência de infecção por 5 dias ou mais de pós-operatório. A TC de abdome e pelve é o
exame preferencial e deve ser realizado precocemente, antes de ocorrer falência evidente
de órgãos.

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