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ADMONIÇÕES – Tríduo Pascal

QUINTA-FEIRA SANTA

SEXTA-FEIRA SANTA

"Profundo silêncio, para anunciar, invocar, adorar e comungar a Paixão e


Morte do Senhor. A celebração da Paixão tem hoje um expressivo início,
com uma procissão em silêncio e um gesto de prostração"
Neste Dia do Tríduo Pascal escutamos a longa leitura da Paixão segundo S.
João, oramos por todos os homens nas mais diversas necessidades, adoramos
a Cruz e anunciamos a morte do Senhor ao comungar o seu Corpo.
Hoje começa a «Páscoa», a «passagem» de Jesus da morte para a Vida. Hoje
é o primeiro ato dessa «passagem», dessa entrega, que ainda ontem
recordávamos no memorial da Eucaristia. Hoje a dor, a Cruz e a morte
pedem-nos o mais silencioso pranto, a mais profunda e sentida oração e
comunhão nos sentimentos de Cristo que se entregou até à morte e morte de
Cruz. «A nossa contemplação do rosto de Cristo trouxe-nos até ao aspeto
mais paradoxal do seu mistério, que se manifesta na hora extrema — a hora
da Cruz. Mistério no mistério, diante do qual o ser humano pode apenas
prostrar-se em adoração» (N.M.I.25)


Liturgia da Palavra

Escolhido por Deus para libertar da opressão do pecado o Seu Povo, o


«Servo» realizará na humilhação e na dor a sua missão de resgate. Rei e
profeta, será também consagrado, com a unção do «Servo», para exercer a
função sacerdotal de mediador. Pelo sacrifício da sua vida, oferecido a favor
dos homens e em sua substituição, reconciliará os homens com Deus. No
seu aniquilamento conhecerá a glorificação: o seu sacrifício dará origem a
uma humanidade nova. Apresentando a figura misteriosa do «Servo» é
Jesus Cristo que o profeta anuncia. Ele é o «Servo de Deus». Da Sua morte
nascerá um novo Povo, a Igreja.
Depois de termos escutado a Palavra de Deus que nos descrevia a figura do
Servo e tendo-o identificado com Jesus, escutemos agora o Canto da Paixão
segundo S. João. Este é um dos momentos altos da nossa Celebração.

ADORAÇÃO DA CRUZ
A cruz é hoje o centro da nossa celebração. Elevamos a Cruz vitoriosa do
Senhor, para a adorar; na Cruz, Jesus venceu todo o mal e tudo o que há de
morte em nós. Da Cruz brota uma fonte inesgotável de Vida.
A nossa oferta de hoje destina-se à conservação dos lugares santos. Vamos
contemplar a beleza da cruz, porque, por ela Jesus realizou a maior entrega
à humanidade, cumprindo a vontade do Pai. Ela não simboliza apenas a dor
e o fracasso, mas a possibilidade de vida nova, tal como o grão de trigo que
é lançado na terra: só gera vida nova pela transformação e pela morte de si
mesmo.

COMUNHÃO

“Neste dia, a Igreja não celebra a Eucaristia. Mas reserva a comunhão,


recordando as palavras do Apóstolo: «sempre que comerdes deste pão e
beberdes deste vinho anunciareis a morte do Senhor, até que Ele Venha».
A Paixão e morte na Cruz, anunciada, invocada e venerada é agora
comungada, partilhada”!

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