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Podemos sem dúvida dizer que uma educação tem tanto mais valor quanto mais
obedece à realidade na qual o jovem está inserido, quanto mais convida a prestar-lhe
atenção e a respeita até às suas mais pequenas indicações, em primeiro lugar à
necessidade original de dependência e à paciência evolutiva. (pág. 65-66 de “Educar é
um Risco”).
1. Que significado damos à palavra educação? Como ajudamos os nossos filhos no seu
caminho humano? Quais são as prioridades? Que significa para nós respeitar a vida
dos nossos filhos?
2. Qual é o significado da vida que afirmamos e comunicamos? Preparamo-nos para o
momento delicado da adolescência dos nossos filhos? Quais os problemas? Quais as
dúvidas?
3. A nossa pertença à Igreja como nos ajuda? Percebemos a necessidade desta ajuda?
4. Quem são os nossos colaboradores? São uma ajuda real?
Introdução
A ideia fundamental de uma educação voltada para
os jovens é o facto de que através deles se
reconstrói uma sociedade; portanto, o grande
problema da sociedade é, antes de mais educar os
jovens (o contrário do que acontece actualmente).
O tema principal para nós é a educação: como
educar-nos, em que consiste e come se desenvolve
De facto, na variedade das expressões, das culturas e dos costumes, o coração do homem é uno: o
meu coração e o teu coração, é o mesmíssimo coração de quem vive longe de nós, noutros países ou
continentes.
A primeira preocupação de uma educação verdadeira e adequada é a de educar o coração do homem
tal como Deus o criou. A moral não é senão continuar o gesto com que Deus originalmente criou o
homem, perante todas as coisas e na sua relação com elas.
De tudo o que se deve dizer sobre a educação, a nós interessa-nos sobretudo os seguintes pontos:
1. Para educar é preciso propor adequadamente o passado. Sem esta proposta do passado, do
conhecimento do passado, da tradição, o jovem cresce insensato ou cético. (…)
2. Segundo ponto importante: o passado só pode ser proposto aos jovens se for apresentado
dentro de uma vivência presente que lhes sublinhe a correspondência com as exigências
últimas do coração. O mesmo é dizer: de uma vivência presente que lhes dê razão de ser. (…)
3. A verdadeira educação deve ser uma educação para a crítica. Até aos dez anos (atualmente
talvez até antes), a criança pode ainda repetir: “Foi a professora que disse, foi a mãe que
disse”. Porquê? Porque, por natureza, quem ama a criança mete dentro do seu saco, às suas
costas, o que de melhor viveu na vida, o que de melhor escolheu.
Mas até certo ponto, a natureza dá à criança, a quem era criança, o instinto de pegar no saco e
pô-lo diante dos olhos (em grego diz-se pro-bállo, de onde deriva “problema”). Aquilo que lhe
disseram deve, portanto, transformar-se em problema. Se não se tornar num problema, nunca
irá amadurecer e ou o abandona irracionalmente ou agarra-se a ele também irracionalmente.
(…)