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Manual de Procedimentos
Temática Contábil e Balanços
Fascículo No 01/2015
// Demonstrações Contábeis
Deming
a Demonstração do Resultado
Balanço Patrimonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 do Exercício (DRE)
a Há algo de errado com a
teoria da administração?
© 2015 by IOB | SAGE
Capa:
Marketing IOB | SAGE
ISBN 978-85-379-2329-0
14-13176 CDD-658.15
Índices para catálogo sistemático:
1. Administração financeira : Empresas 658.15
2. Análise de balanços : Empresas : Administração
financeira 658.15
3. Balanços : Empresas : Administração
financeira 658.15
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
Temática Contábil e Balanços
a Contabilidade Gerencial
A crescente importância da pensáveis à própria sobrevivência das sociedades
humanas, no seu feitio atual.
produtividade
SUMÁRIO Tendo em vista as previsões demográficas e as
1. Introdução generalizadas pretensões desenvolvimentistas das
2. O problema ecológico - Poluição e exaustão de economias mundiais, crescem as preocupações de
recursos naturais
cientistas, autoridades e homens de negócios no que
3. A produtividade como um dos fatores de superação
do problema ecológico respeita ao futuro do planeta, caracterizado como um
4. Conclusão sistema fechado (e, portanto, limitado) de recursos
materiais e energéticos.
1. INTRODUÇÃO
Em cada momento, são quatro as categorias de
Há muito tempo - provavelmente desde que se recursos utilizados na atividade econômica, sumaria-
tornou evidente o contínuo acirramento da competição mente descritos a seguir:
entre as empresas e a consequente necessidade do
cultivo de vantagens competitivas -, a produtividade 1 - recursos financeiros (dinheiro, investimentos e
tornou-se uma das mais destacadas priorida- demais ferramentas financeiras);
des do gerenciamento empresarial. 2 - recursos humanos (trabalho manual
Para a visão ou intelectual, criatividade, treinamen-
Mais recentemente, em face da convencional do to, capacitação administrativa e de-
expectativa de esgotamento dos capitalismo, o bem- mais instrumentos de preparação e
recursos materiais e energéticos do -estar econômico chega atualização da mão de obra);
planeta e dos já preocupantes níveis a ser mais importante do 3 - recursos de capital não financei-
de poluição das suas hidrosfera e que a preservação ros (construções, instalações, máqui-
atmosfera (tudo provocado - na sua ambiental nas e equipamentos de qualquer na-
maior parte - pela generalizada e descon- tureza); e
trolada intensificação da atividade industrial),
4 - recursos naturais (terras férteis, sistemas
o aumento da produtividade vem assumindo des-
vivos animais e vegetais, reservas hídricas e
taque como um dos principais fatores de superação
minerais, e demais fontes de matérias-primas
desses graves problemas.
e de energia).
Este artigo aborda o assunto, comentado alguns Na atividade econômica, os recursos humanos
dos postulados teóricos do chamado Capitalismo utilizam-se dos recursos de capital financeiros e não
Natural. financeiros, para, agindo sobre os recursos naturais,
transformá-los em produtos e serviços aptos ao aten-
Até recentemente considerada como um dos dimento das necessidades e desejos das pessoas.
carros-chefe da vantagem competitiva empresarial,
a produtividade - entendida no sentido que lhe é O presente texto examina a prevista consequên-
atribuído pelos engenheiros (ou seja: no sentido de cia ecológica da moderna organização capitalista da
“fazer cada vez mais com cada vez menos”) - ampliou atividade econômica (no seu conceito convencional),
consideravelmente a sua importância, revestindo-se indicando (em linha com as propostas dos teóricos
do caráter obrigatório de uma das providências indis- que se têm ocupado do assunto) a crescente produ-
tividade como um dos mais destacados fatores de Não podemos esquecer, por um lado, que, con-
superação dos efeitos que esse tipo de organização forme ensinava Peter Drucker, “a primeira responsabi-
tende a exercer sobre o esgotamento e a poluição dos lidade social de uma empresa é o bom desempenho
recursos naturais. econômico, sendo impossível o cumprimento de qual-
quer outra responsabilidade, sem tal estabilidade”.
Obviamente, essa ótica expandida da produ-
Por outro lado, não se pode, também, esquecer
tividade impõe uma mudança significativa (já em
que as ameaças do previsto esgotamento de recursos
marcha) do conceito e da filosofia das empresas,
naturais e dos intoleráveis níveis de poluição (cujos
implicando em equivalente adaptação do seu estilo
efeitos já são claramente sentidos nos centros mais
administrativo.
populosos e mais industrializados do mundo) não
serão impunemente ignoradas, tal a gravidade das
2. O PROBLEMA ECOLÓGICO - POLUIÇÃO E suas consequências, as quais, certamente, com-
EXAUSTÃO DE RECURSOS NATURAIS prometerão, a médio e a longo prazos, até mesmo a
obtenção dos resultados econômicos de curto prazo
A filosofia básica da organização capitalista da que os homens de negócios visam proteger como sua
atividade econômica (no seu formato tradicional) responsabilidade prioritária.
inclui, entre os seus principais pressupostos, a ideia
de que, não obstante a importância para a preser- 3. A PRODUTIVIDADE COMO UM DOS FATORES
vação do meio ambiente, a preocupação diante do DE SUPERAÇÃO DO PROBLEMA ECOLÓGICO
problema não pode ter precedência sobre as exi-
gências do crescimento econômico, uma vez que a Conforme vemos, nos dias que correm, a remu-
manutenção de um elevado nível de vida é o objetivo neração máxima do capital e a supressão da sinto-
fundamental do sistema. matologia de fim de mundo que os ambientalistas
vêm denunciando (objetivos considerados, por muita
gente, como mutuamente excludentes) criam um sério
Como se vê, para a visão convencional do capi-
dilema gerencial: ou se atende ao objetivo básico das
talismo, o bem-estar econômico chega a ser mais
empresas (a continuidade do lucro máximo de curto
importante do que a preservação ambiental (como se
prazo) ou se contribui para a agilização da penúria
pudesse existir alguma forma de bem-estar em meio
apocalíptica (a anunciada hecatombe ecológica).
à desolação de um entorno destruído).
Nessa altura, surge a luta pela produtividade como
Se, por causa dessa política imprudente, ocorrer uma forma de conciliar (ao menos temporariamente)
algum eventual episódio de escassez de recursos os dois objetivos, resguardando o interesse econô-
naturais específicos, o sistema estará apto (sustentam mico, sem, no entanto, menosprezar, indevidamente,
os partidários da filosofia tradicional) a substituí-los a gravidade das advertências ambientais.
por recursos equivalentes, desenvolvidos mediante o
uso de novas tecnologias, em permanente evolução. Não se trata, no entanto, de uma luta esporádica
e intermitente pela produtividade, mas de um esforço
permanente e deveras ambicioso, que abrange todos
Essa concorrência entre dois objetivos conflitantes
os recursos (financeiros, humanos, naturais e previa-
representa, sem a menor sombra de dúvida, um novo
mente produzidos) e busca índices de eficiência de
e desgastante desafio para os gestores de empresas,
extrema ousadia.
uma vez que a inadiável necessidade de atender ao
problema ecológico não exime esses gestores da Segundo os pesquisadores Paul Hawken, Amory
responsabilidade de gerar a melhor remuneração Lovins e Hunter Lovins, o “Clube Fator Dez” - grupo
possível dos recursos financeiros investidos no em- reunido, na França, em fins do século passado, para
preendimento. discutir a ameaça do impacto ecológico e social do
uso inconsequente de materiais e de energia, con-
Será preciso ter muito bom senso e discernimento tando com representantes europeus, dos Estados
apurado para chegar a uma composição ideal entre Unidos, do Canadá, da Índia e do Japão - chegaram
objetivos que tendem à total divergência, caso não à conclusão de que “no prazo de uma geração, as
sejam adotadas sábias medidas para assegurar a sua nações poderiam decuplicar a eficiência com que
conciliação, sem que, a nenhum deles, seja atribuída empregam a energia, os recursos naturais e outros
uma indevida e desastrosa prioridade. materiais” na sua atividade econômica.
Essa conclusão, que representa uma redução O problema não é simples e o esforço da sua
de 90% no volume de recursos consumidos na ativi- superação deverá ser longo e atribulado, esperando-
dade produtiva da humanidade, tornou-se (pelo seu -se, das empresas e dos seus gestores, as adap-
potencial redutor da pressão sobre o consumo de tações compatíveis com a relevância das metas a
fatores produtivos), uma espécie de meta para muitos serem atingidas.
ambientalistas, e é aqui citada apenas para dar ao
leitor uma ideia dos índices de produtividade que Podemos começar com a produtividade, mas,
esses especialistas têm em mente. certamente, a complexidade do problema exigirá
providências complementares (e ainda mais impor-
Possivelmente, avanços de produtividade dessa tantes), incluindo, talvez até mesmo o abandono, por
magnitude não sejam ainda factíveis, mas é preciso toda a humanidade, daquilo que Keynes chamava
considerar que mesmo índices muito mais modestos de “necessidades relativas”, ou seja, aquelas neces-
já serão relevantes para deter ou, ao menos, retardar sidades cuja satisfação “nos torna superiores aos
a tragédia do desabastecimento de recursos naturais nossos semelhantes” (o “consumo de ostentação ou
e da poluição da Terra. conspícuo”, de T. Veblen) e que, por isso mesmo,
são insaciáveis e ilimitadas e, portanto, impactam
Adicionalmente, deve-se considerar que os índi- significativa e inutilmente os limitados recursos pro-
ces atuais de produtividade são inexpressivos, tendo dutivos do planeta.
em vista o altíssimo nível de desperdício que ainda
vigora na quase totalidade da economia mundial.
N
Estudos são frequentemente desenvolvidos em
todo o mundo sobre o assunto, e não será de surpre-
ender que melhorias de produtividade de magnitude
próxima da prevista pelo “Fator Dez” revelem um alto
grau de viabilidade, desde que impulsionadas por um Análise dos custos diferenciais - Uma
ataque decidido contra os desperdícios.
ferramenta importante para a tomada
4. CONCLUSÃO
de decisões nos momentos de crise
SUMÁRIO
As pessoas mais otimistas recusam-se a acreditar 1. Introdução
na proximidade do apocalipse. 2. Um pouco de teoria
3. Custos diferenciais em aceitar ou rejeitar pedidos
4. Custos diferenciais nas decisões de comprar e deixar
Entretanto, a gravidade, a lógica e a intensidade de produzir
dos rumores que povoam os meios de comunicação, 5. Custos diferenciais no planejamento da capacidade
a autoridade da maioria das pessoas que subscreve no curto prazo
esses rumores e, principalmente, a indiscutível e con- 6. Custos diferenciais e expansão da capacidade
tínua eclosão de indícios de devastação do planeta 7. Conclusão
(tais como o incontido desmatamento e a irresponsá-
vel explosão demográfica) acentuam as expectativas
1. INTRODUÇÃO
pessimistas e conferem credibilidade aos dizeres dos Desde o final de 2008, quando refletiram no País
cartazes que velhinhos guedelhudos vez por outra os primeiros sinais da crise econômica mundial, exe-
expõem pelas ruas e esquinas das cidades: “o fim cutivos e empresários brasileiros têm se dedicado à
está próximo!”. busca de alternativas para reduzir esse impacto em
suas operações financeiras.
Seja como for - esteja, o fim, próximo ou distante
-, permanece a proatividade como uma das regras As mais diversas análises a respeito dessa crise
básicas do bom gerenciamento. continuam a demonstrar a incerteza dos números da
economia neste ano de 2009. A única certeza é que
Assim, no momento, a atitude mais racional é a crise será longa e mais severa do que se imaginava
mantermo-nos proativos e prepararmo-nos, antecipa- no início.
damente, para o pior, dando início, desde já, ao que
não pode deixar de ser feito para evitar os desastres A experiência das empresas e dos especialistas
previstos. tem demonstrado que, nesse momento, em quase
Nas decisões de produzir ou comprar, geralmente Uma primeira observação é a de que a empresa
encontramos confronto entre alternativas opostas. deve comprar de terceiros porque o preço do
O que devemos levar em conta é se o custo de se produto comprado é R$ 5,00 menor do que o seu
produzir internamente é menor do que o de comprar custo total (R$ 15,00 - R$ 10,00). Todavia, conforme
de um fornecedor. Os seguintes exemplos podem ser já afirmamos, devemos levar em consideração os
citados: custos diretos e indiretos. Se todos os custos indi-
a) devemos produzir uma determinada peça que retos alocados (R$ 6,00) permanecerem e forem
estamos comprando de fornecedores? eliminados somente os diretos (R$ 9,00), a proposta
não deverá ser aceita, já que, se a empresa recusar
b) no caso de possuirmos uma frota de veículos a proposta, continuará tendo uma economia R$ 1,00
muito grande, devemos continuar comprando (R$ 10,00 - R$ 9,00).
serviços de manutenção de terceiros ou o
custo seria menor se fosse estabelecida uma
Na análise de decisões de produzir ou comprar,
oficina interna?
diversos outros fatores devem ser considerados além
c) podemos produzir as nossas ferramentas e dos custos. Existem algumas vantagens em produzir,
deixar de comprá-las de fornecedores? as quais são desvantagens em comprar e pontos
d) devemos continuar vendendo a distribuidores positivos em comprar, que são negativos para a pro-
ou devemos vender diretamente aos lojistas? dução. Por exemplo:
Procura em Mão de obra Produção horas Custos da mão de Custos de Custos de demissão
Mês
horas necessária (1) normais obra - R$ (2) admissão - R$ - R$ (3)
Janeiro 10.000 45 9.000 9.000,00 - 3.000,00
Fevereiro 16.000 80 16.000 16.000,00 3.500,00 -
Março 20.000 100 20.000 20.000,00 2.000,00 -
Abril 7.000 35 7.000 7.000,00 - 13.000,00
Maio 9.000 45 9.000 9.000,00 1.000,00 -
Junho 11.000 55 11.000 11.000,00 1.000,00 -
Total - - - 72.000,00 7.500,00 16.000,00
(2) Procura - estoque inicial = produção requerida Custo de falta de estoques 30.000,00
(10.000 - 1.000 = 9.000). Custo total 102.750,00
a) produção normalizada = 12.000;
b) estoque adicional (12.000 - 9.000) = 3.000. Finalmente, a última alternativa seria o pagamento
de horas extras, fazendo-se estoque para se evitar
(3) Para fevereiro, teremos 1.000 unidades ao a compra externa. A mão de obra seria mantida no
custo de R$ 200,00 = R$ 2.000,00. mesmo nível, e os custos seriam os seguintes:
Para o mês de janeiro teremos: capacidade disponível no segundo trimestre pode ser
utilizada com pedidos adicionais de terceiros.
(1) Produção do primeiro trimestre média (10.000 -
1.000 + 16.000 + 20.000) ÷ 3 = 15.000.
Através desses exemplos, mostramos como a
(2) 15.000 média - 12.000 mão de obra = 3.000. análise de custos diferenciais pode ajudar na redu-
(3) 1.000 (estoque inicial) + 15.000 (média) - ção de custos quando planejamos a capacidade
10.000 = 6.000. para períodos de curto prazo. Devemos considerar
também que a redução dos custos pode, algumas
3.000 (mão de obra extra) x R$1,50 =
(4)
vezes, não ser a melhor alternativa. A análise de
R$ 4.500,00.
custos diferenciais fornece um excelente enfoque
(5) 6.000 x R$ 0,25 por unidade = R$ 1.500,00. quando combinada com outras técnicas de maxi-
mização de lucros, como, por exemplo, técnicas de
Custo total R$ produtividade.
Mão de obra 72.000,00
Hora extra 13.500,00
6. CUSTOS DIFERENCIAIS E EXPANSÃO DA
Custo de fazer estoques 2.750,00
CAPACIDADE
Custo total 88.250,00
Até aqui, provamos que a empresa pode atingir o
A análise das três alternativas indica que a volume de produção utilizando a capacidade ociosa
terceira é a mais benéfica. A análise dos custos da fábrica. Em caso específico, a empresa somente
diferenciais indica uma redução de custos em poderá atingir o volume adicionando mais equipa-
relação à alternativa inicial de R$ 7.250,00 (R$ mentos ou outros ativos imobilizados. Mesmo assim, o
95.500,00 - R$ 88.250,00) e de R$ 14.500,00 em enfoque do custo incremental pode ser útil na análise
relação à segunda alternativa (R$ 102.750,00 - de sua estratégia. Com isso, o custo diferencial ou
R$ 88.250,00). incremental tende a ser variável ou semivariável em
sua natureza, custos fixos podem ser incluídos na
Em adição, alguns fatores qualitativos também análise dos custos diferenciais quando se tratar de
podem ser mencionados. Com a implementação da mudança de capacidade.
alternativa 3, não tivemos problemas com as admis-
sões/demissões e as vendas não serão perdidas A seguir, apresentamos um exemplo da aplicação
pela falta de estoques. Observa-se, também, que a dos custos incrementais nesse caso:
Nesse exemplo, assumimos que a empresa não deve inibir o leitor de procurar outras aplicações
está prevendo uma oportunidade de aumentar sua para esta técnica na sua atividade diária.
participação no mercado vendendo mais unidades
de seus produtos. Esse aumento de volume, todavia,
somente será possível pela compra de equipamentos Devido à limitação de recursos, a seleção das
adicionais. Não existe estoque nem capacidade para alternativas deve ser com base no lucro máximo ou
produzir o total requerido. custo mínimo para cada alternativa disponível. O
custo incremental gira em torno dessas duas premis-
sas básicas.
O problema, nesse caso, é decidir se seria ou não
recomendável a compra de equipamentos adicionais
para a capacidade de 125%. Estamos assumindo, Alguns efeitos, todavia, devem ser sempre con-
nesse exemplo, que não serão necessários. Conforme siderados quando se utiliza o enfoque do custo dife-
demonstrado, a distribuição dos custos fixos na capa- rencial. Por exemplo: devemos sempre ter em mente
cidade normal representa R$ 10,00 por unidade, ou que o aumento de volume pela redução de preço
seja, R$ 85.000 ÷ 8.500 e na capacidade plena R$ pode também ser imitado pelo competidor. Com isso,
8,00 por unidade, R$ 100.000,00 ÷ 12.500. O custo o enfoque do custo diferencial no preço deve ser
variável permanece o mesmo independente da quan- aplicado com muito cuidado.
tidade produzida. Caso a empresa venha a necessitar
de equipamentos adicionais, a sua depreciação será
incluída nos custos fixos de R$ 100.000,00. Finalmente, podemos concluir que uma empresa
que cobre os seus custos variáveis e somente parte
Observa-se, por meio desse exemplo, que a dos custos fixos não poderá operar continuamente
redução de custo de R$ 2,00 por unidade está cla- com sucesso por longo período. A longo prazo, todos
ramente refletida no custo unitário total de R$ 39,00 os custos são variáveis e, assim, devem ser recupe-
para o volume de 8.500 e R$ 37,00 para o de 12.500, rados.
pois estamos assumindo a utilização dos recursos já
existentes. Mantendo essa limitação presente, a gerência
poderá utilizar a técnica do custo incremental sempre
7. CONCLUSÃO que pretender tomar vantagens de oportunidades a
curto prazo para aumentar lucros ou reduzir custos.
Neste procedimento, demonstramos a utilização
dos custos incrementais para a análise decisória de
alguns problemas operacionais. Outras alternativas A aplicação da técnica dos custos incrementais
poderiam ter sido incluídas, pois a sua utilização é torna-se uma ferramenta de grande utilidade para
bastante ampla. O nosso critério na seleção das alter- decisões de curto prazo.
nativas apresentadas foi a frequência em que surgem
essas alternativas na vida prática. Este fato, todavia, N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 TC01-09
Manual de Procedimentos
Temática Contábil e Balanços
a Demonstrações Contábeis
Balanço Patrimonial terceiros, se positiva, seria o que ela “deve” a seus
sócios (basicamente, o capital por eles investido na
SUMÁRIO empresa e os lucros por ela auferidos). Essa “dívida”
1. Introdução
2. Estrutura do balanço patrimonial
não seria, pelo menos em princípio, cobrada pelos
3. Classificação das contas no balanço sócios, como fariam terceiros - daí a denominação
4. Exemplo “não exigível”.
1. INTRODUÇÃO Nota
As disposições constantes do Procedimento Conceitual Básico (R1)
Segundo o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação -Financeiro foram recepcionadas, no âmbito da Comissão de Valores Mobi-
liários, por meio da Deliberação CVM nº 675/2011, e no âmbito do Conselho
de Relatório Contábil-Financeiro, do Comitê de Pronun Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC nº 1.374/2011 (NBC
ciamentos Contábeis (CPC): TG - Estrutura Conceitual).
Ativo Passivo
CIRCULANTE CIRCULANTE
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