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BONO ESPECIAL
GERAL
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(Continuação do BONO Especial Nº 147/2008 da DCTIM..........................)
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de Artilharia da Marinha que ombro a ombro com os imperiais marinheiros
operaram no mar e em terra por ocasião das lutas da Independência.
Quão raras são as marinhas do mundo que podem orgulhar-se de tão
belo feito no nascedouro de suas pátrias!
Desde então, os Fuzileiros - Marinheiros da Brigada Real da
Marinha, embora sob diferentes denominações, envolveram-se em todos os
conflitos internos e externos que ameaçaram a integridade brasileira ou seus
interesses. A História do Corpo de Fuzileiros Navais confunde-se com a
própria História do Brasil. No altar da Pátria, 1622 Fuzileiros Navais
imolaram-se por um Brasil uno e soberano.
A esses Fuzileiros Navais, em quem poder não teve a morte, que não
fugiram ao seu destino, nem quiseram servir a outra Bandeira, somos devedores
de profundo preito de respeito e admiração.
Desde que regressamos de Caiena, em 1809, ocupamos esta majestosa
Fortaleza de São José que a brisa marinha vem diariamente beijar para nos
lembrar que somos gente do mar. Portanto, nossa formação, cultura,
adestramento, organização e meios devem obrigatoriamente subordinar-se ao
ambiente marítimo e aos condicionantes da guerra no mar.
Neste venerável pátio, desde então, vêm sendo depositados os
sonhos, as esperanças, o suor, a dedicação, o sangue e a crença de todos os
Fuzileiros Navais, de hoje e os de sempre, que se permitiram sonhar
desmesuradas utopias, mas que, em contrapartida, jamais delas se afastaram.
Pois, foi o compromisso que mantiveram com suas utopias que lhes
possibilitou, não só, construir o Corpo de Fuzileiros Navais ao qual temos
tanto orgulho em pertencer, mas, sobretudo, fecundar na Marinha uma doutrina
anfíbia que veio a lhe conferir diferencial de expressivo valor estratégico.
Feito que se torna ainda mais admirável, na medida em que se constata que sua
gestação se deu em uma conjuntura em que o pensamento estratégico naval
brasileiro, condicionado pelas traumáticas experiências vividas no mar,
durante as duas Grandes Guerras, encontrava-se voltado para a proteção do
tráfego marítimo em que não havia espaço para a dimensão anfíbia.
Este é um extraordinário legado que não temos, quaisquer que sejam
as procelas vindouras, o direito de macular.
Hoje, na medida em que os conflitos mais se aproximam das fímbrias
dos mares, o Corpo de Fuzileiros Navais constitui instrumento anfíbio de
grande valor dissuasório. Nossas características de prontidão operativa e
capacidade expedicionária conferem ao Poder Naval brasileiro credibilidade ao
exercício de sua presença, razão porque, a Marinha, cônscia da importância de
sua capacidade de projetar poder nos cenários de interesse, tem atribuído
prioridade à manutenção e à obtenção de novos meios que lhe assegurem
adequado e harmônico conjugado anfíbio, ainda que só o possa fazer, mediante
o sacrifício de outras necessidades igualmente essenciais.
A este esforço só nos resta retribuir com mais profissionalismo,
com mais dedicação, com mais entusiasmo.
Portanto, Fuzileiros Navais, nesta data tão significativa, exorto-
os.
A portarem orgulhosos nosso Estandarte, mas a desprezarem a
soberba que impede a correção de erros e equívocos, pois seria veleidade
julgar que não os temos.
A cultivarem o profissionalismo, só alcançável mediante árduo e
diuturno adestramento, ao invés da improvisação da esperteza e do safismo
que, ao fim e ao cabo, tudo degrada.
A submeterem-se à servidão da disciplina, sem confundi-la,
contudo, com a subserviência que abastarda e humilha.
A sonharem utopias, mas a manterem com elas inarredável
compromisso, para que possam realizá-las.
A serem senhores do próprio destino, para que outros não se
assenhoreiem dele.
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(Continuação do BONO Especial Nº 147/2008 da DCTIM..........................)
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Enfim, a fazerem do serviço da Pátria uma devoção, pois, onde
houver um Fuzileiro Naval ali há de haver: honra, dignidade e acendrado amor
ao Brasil.
ADSUMUS!
VIVA A MARINHA!
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