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Encontro com Rama: As continuações


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 Ficção Científica e Fantasia  17/04/2011 3 minutos
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Há uns dias eu retomei a leitura de um livro que havia literalmente sido abandonado
Daniel Borba
por mim: Rama Revealed (1993), escrito por Arthur C. Clarke e Gentry Lee.

Este é o quarto livro da série iniciada por Clarke em 1973 com Rendezvous with Rama
(conhecido por aqui como Encontro com Rama).

O primeiro livro da série é um clássico. Uma FC da melhor qualidade, escrito por um


dos melhores contadores de história que eu já li. O livro é tão bom que eu não me atrevo
a falar muito dele agora porque já faz um bom tempo que li e muitos detalhes já
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desapareceram da minha memória.
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Mas só para dar uma “geral”: Rendezvous with Rama mostra o encontro da
humanidade com uma tecnologia totalmente desconhecida. Uma nave cilíndrica de uns
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50 km de comprimento e 10 km de raio aparece a uma velocidade assombrosa cruzando
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o Sistema Solar. A nave recebe o nome de Rama (uma divindade hindu) e uma
receber notificações de novos
expedição é enviada da Terra para estudá-la. Acho que é só isso que falo por enquanto artigos por email.
desse livro.
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Quase vinte anos após o lançamento, Arthur C. Clarke, dessa vez de 48

em parceria com Gentry Lee, trouxe a continuação para Digite seu endereço de e-m
Rendezvous with Rama na forma de uma trilogia que é
praticamente independente do primeiro livro: Rama II, The Clique aqui!

Garden of Rama e Rama Revealed.

Interesses financeiros a parte, Rendezvous with Rama era um Traduções e revisões:

livro que não precisava de continuações. E não precisava Inglês/Português e


mesmo. Especialmente porque fica claro para o leitor que Clarke Português/Inglês.

deixou toda a escrita para Gentry Lee. Clarke era um exímio Entre em contato pelo email:
contador de histórias e só por isso, os livros já perdem bastante. dfborba@hotmail.com

Antes de prosseguir, devo dizer que é bem possível que spoilers venham a surgir de
agora em diante. Vou tentar ao máximo segurar, mas pode ser que escape alguma coisa. Visitas:

Continue por sua própria conta e risco…:D 135.468 passaram por aqui!

Curiosamente, o primeiro contato que eu tive com o “Universo Rama” foi lendo Rama II
(lançado em 1989). Nesse livro, uma nave nos mesmos moldes da primeira Rama
aparece no Sistema Solar e novamente uma equipe de pesquisa é enviada a partir da
Terra.

A grande personagem dessa trilogia é Nicole des Jardins, que entra na expedição como
oficial médica da Newton, a espaçonave destacada para explorar Rama II. Filha de pai
francês e mãe marfinense, ela foi criada na África e passou por vários rituais religiosos,
ao mesmo tempo em que viajava constantemente para a Europa e estudava nos
melhores centros. No final da adolescência, tornou-se campeã olímpica e conseguiu Seguir
destaque na área científica como pesquisadora. De quebra, ainda teve uma filha com o
herdeiro do trono britânico.

Nicole e parte da tripulação da Newton travam contato com duas raças alienígenas a
bordo de Rama II: os avians e os octospiders (mantendo os nomes originais). O contato
existe, mas a comunicação é quase nula. O que se entende, trocando em miúdos, é que
os avians são uma raça boazinha e os octospiders são uma raça do mal.

Uma série de desavenças entre os tripulantes da Newton faz com que Nicole des Jardins
e mais dois tripulantes sejam abadonados em Rama II, que ruma para fora do Sistema
Solar. Um desses tripulantes, Richard Wakefield, virá a se tornar marido de Nicole.

Rama II não é um livro ruim. Seu grande pecado é ser a continuação de um livro
excelente do qual nem consegue se aproximar. O livro tem várias virtudes. As descrições
de Rama II são muito bem feitas, as duas raças alienígenas apresentadas são bem
descritas e a maneira como o contato com os humanos é feito convence.

Além disso, a personagem principal é uma verdadeira heroína. O leitor se identifica


e divide com ela os medos e tensões da exploração da nave alienígena.

Outro ponto positivo é o ritmo e as reviravoltas na história. O resultado é uma


leitura interessante e que prende bem a atenção.

Mas… sim, sempre há um mas….hehe…

O final do livro dá a entender que o mistério de Rama, seu propósito e sua origem vão
ser revelados. Como parte do sucesso e do apelo de Rama está em seu mistério, o leitor
já tem aquela sensação desagradável de que a trilogia não vai acabar bem.

O livro seguinte é The Garden of Rama, que vai ser comentado no próximo post…:)

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Publicado

17/04/2011

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9 comentários em “Encontro com Rama: As continuações”

Tibor Moricz
17/04/2011 às 11:05

Encontro com Rama foi, sem nenhuma dúvida, o melhor livro que li na vida. Superior a Duna
e outros. Mas faz tempo que o li e seria bom lê-lo novamente.

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Daniel Borba
18/04/2011 às 15:34

Oi Tibor, acho que eu ainda prefiro Fundação a Encontro com Rama. E do Clarke
eu gostei muito de A Cidade e as Estrelas e O Fim da Infância. Difícil saber qual
deles é melhor…

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Marcello Branco
18/04/2011 às 11:21

Encontro com Rama é “A” obra-prima da ficção científica hard. Um tour de forçe de de
verossimilhança e especulação criativa.

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Daniel Borba
18/04/2011 às 15:36

Oi Marcello, acho que as implicações todas que esse livro traz são fantásticas. Sem
dúvida é um dos melhores livros já escritos, não só dentro da FC. Tenho falado
tanto nele que estou com vontade de ler de novo…rs

 Responder

Alvaro (Pai Nerd)


19/04/2011 às 7:28

Eu gosto de Encontro com Rama e acho que não precisa de continuações. Como 2001. Eu sei
que 2010 tem seus méritos, mas o principal demérito foi fechar um pouco o leque de
possibilidades abertas em 2001, fixando algumas interpretações do que seriam os monolitos
negros. Por isso nem me atrevi a chegar perto de Rama II.

Muito boa a sua resenha.

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Daniel Borba
19/04/2011 às 20:20

Oi Alvaro, eu gostei de 2010. Já as continuações, 2061 e 3001, achei muito ruins.


Eu tenho o problema de querer ir até o fim pra ver o quanto o autor consegue
estragar seus trabalhos…rs

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Roberto de Sousa Causo


23/04/2011 às 8:16

Concordo com o Álvaro. “Encontro com Rama” é sobre os mistérios do universo — explicar
mistérios nem sempre é uma boa idéia, especialmente em uma parceria meio desastrada como
a de Clarke com Gentry Lee. Clarke é um agnóstico interessado no que o conhecimento do
universo traz de numinoso; Lee, um religioso convencional que nem contribuiu muito para o
aspecto tecnológico de “Rama II”.

Clarke passou por uma fase em que precisava encher o caixa do seu instituto no Sri Lanka, o
que é um fim perfeitamente aceitável. Mas neste caso me parece que ele vendeu barato demais Seguir
um clássico da FC.

O fato é que, desde que ele se voltou mais fortemente para a divulgação científica, sua FC
perdeu muito do interesse.

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Sybylla (@Sybylla_)
21/02/2013 às 21:22

Gostei muito de Encontro com Rama, mas As Canções da Terra Distante me apeteceu mais. rs
Curiosamente, não gostei de O Fim da Infância, não sei bem porque.

E Asimov, é clássico. Imperdível e de escrita impecável.

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