Você está na página 1de 4

Os capacetes de segurança para uso em segurança no

trabalho

A NBR 8221 (EB1132) de 04/2015 – Capacete de segurança para uso ocupacional –


Especificação e métodos de ensaio estabelece tipos e classes de capacetes de
segurança para uso ocupacional, fixa os requisitos mínimos quanto às
características físicas e de desempenho, e prescreve os ensaios para a avaliação dos
referidos capacetes, os quais são destinados à proteção da cabeça contra impactos,
penetração e riscos elétricos no uso ocupacional.

Os capacetes de segurança para uso ocupacional destinam-se a reduzir a


quantidade de força de um golpe de impacto mas não podem oferecer total
proteção à cabeça em casos de impacto e penetração severos. O uso de capacetes
de segurança nunca deve ser visto como substituição às boas práticas de segurança
e controles de engenharia. Alterações, acoplamento de outros equipamentos de
proteção individual (EPI) ou adição de acessórios podem afetar o desempenho do
capacete.

Os capacetes são projetados para oferecer proteção acima das linhas de ensaio,
que são claramente definidas nesta norma. Capacetes podem se estender abaixo
das linhas de ensaio por estilo ou propósitos práticos, mas isso não implica
proteção abaixo destas. O capacete de segurança é classificado conforme a
proteção oferecida quanto aos riscos de impacto e elétricos, sendo classificado
como Tipo I ou Tipo II, quanto à sua proteção contra impactos e Classes G, E ou C,
quanto a sua proteção contra riscos elétricos.

O capacete Tipo II contempla os requisitos do capacete Tipo I, assim como o


capacete Classe E contempla os requisitos das Classes G e C. O capacete Classe G
contempla os requisitos da Classe C. O capacete de segurança Tipo I é concebido
para reduzir a força de impacto resultante de um golpe no topo da cabeça.

O capacete de segurança Tipo II é concebido para reduzir a força de impacto


resultante de um golpe no topo ou nas laterais da cabeça. Capacete Classe G
(geral). O capacete de segurança Classe G é concebido para reduzir o risco de
choque elétrico quando houver contato com condutores elétricos de baixa tensão,
e é ensaiado com 2.200 V. Esta tensão não busca ser um indicador da tensão na
qual o capacete protege o usuário.

O capacete de segurança Classe E é concebido para reduzir o risco de choque


elétrico quando houver contato com condutores elétricos de alta tensão, e é
ensaiado com 20.000 V. Esta tensão não busca ser um indicador da tensão na qual
o capacete protege o usuário. O capacete de segurança Classe C não oferece
proteção contra riscos elétricos.

Cada capacete deve ter marcações permanentes e legíveis, em qualquer região do


casco, contendo as seguintes informações: nome ou marca de identificação do
fabricante ou importador; data de fabricação; lote de fabricação. Cada capacete
deve ter marcações legíveis, em qualquer região do casco, contendo as seguintes
informações: número e ano desta norma; indicações aplicáveis de Tipo e Classe.
Cada capacete deve ser acompanhado por instruções do fabricante com as
seguintes informações: instruções de colocação e retirada do sistema de suspensão
no casco; método correto para ajuste de tamanho da suspensão; instruções sobre
limitações e utilização; orientações sobre higienização, vida útil, cuidado e
manutenção periódica; se aplicável, instruções sobre montagem e ajuste para uso
invertido.

Devem constar nas instruções a forma de identificação e a correta interpretação da


data de fabricação, e quando o número do lote for o mesmo da data de fabricação,
esta informação também deve constar nas instruções. Quando o capacete possuir
acessórios e/ou jugular, estes devem ser acompanhados por instruções de
montagem, ajuste e utilização. Para a inflamabilidade, o capacete de segurança
deve ser ensaiado de acordo com 7.1, em qualquer lugar acima da LEE. A chama
deve se extinguir em até 5 s após a remoção da chama de ensaio.

Para a transmissão de força, o capacete de segurança deve ser ensaiado conforme


7.2 e não pode transmitir para a cabeça-padrão uma força superior a 4.450 N.
Adicionalmente, para cada condicionamento, deve ser calculada a média das forças
máximas transmitidas nos ensaios individuais. O valor da média não pode ser
superior a 3 780 N.
Para a penetração no topo, o capacete de segurança deve ser ensaiado de acordo
com 7.3. O punção não pode entrar em contato com o topo da cabeça-padrão.
Capacetes de segurança Classe G e Classe E devem atender aos requisitos de
isolamento elétrico, conforme listado abaixo. O capacete de segurança Classe C não
é ensaiado para isolamento elétrico.

O capacete de segurança Classe G deve ser ensaiado de acordo com 7.7.3.1 e deve
resistir a 2.200 VCA (RMS) a 60 Hz, por 1 min. A corrente de fuga não pode ser
superior a 3,0 mA. O capacete de segurança que atende aos requisitos Classe E
para isolamento elétrico deve inicialmente passar no ensaio de transmissão de
força especificado em 7.2.

O capacete de segurança classe E deve ser ensaiado de acordo com 7.7.3.2 e deve
resistir a 20.000 VCA (RMS) a 60 Hz, por 3 min. A corrente de fuga não pode ser
superior a 9,0 mA. A 30.000 V, a amostra ensaiada não pode sofrer descarga
disruptiva.

O capacete de segurança Tipo II deve ser ensaiado de acordo com 7.4, em qualquer
lugar acima da LED. A desaceleração máxima não pode ser superior a 150 g. Para a
penetração excêntrica, o capacete de segurança Tipo II deve ser ensaiado de
acordo com 7.5, em qualquer ponto acima da LED. Para cada condição especificada,
o punção não pode entrar em contato com a cabeça padrão, quando atingir
qualquer ponto acima da LED.

A jugular deve ter largura superior ou igual a 12,7 mm, quando submetida a uma
carga de (15 ± 0,5) N. O capacete de segurança Tipo II fornecido com jugular deve
ser ensaiado para retenção de acordo com 7.6. Para cada condicionamento
especificado, a jugular e/ou seus dispositivos de fixação e ajuste, quando existirem,
não podem apresentar alongamento residual superior a 25 mm.

Para o uso invertido, o capacete de segurança Tipo I para uso invertido deve
atender aos requisitos de ensaio de transmissão de força, quando montado na
posição invertida na cabeça padrão. O capacete de segurança Tipo II para uso
invertido deve atender aos requisitos de ensaio de transmissão de força, atenuação
de energia de impacto lateral e penetração excêntrica, quando montado na posição
invertida na cabeça-padrão.
Quando medido de acordo com 7.8, o capacete para alta visibilidade deve
demonstrar cromaticidade que esteja dentro de uma das áreas definidas na tabela
abaixo, e o fator de luminância total (Y expresso como porcentagem) deve ser
superior ao mínimo correspondente na tabela abaixo.

Clique na imagem acima para uma melhor visualização

As cabeças padrão, utilizadas para o ensaio de atenuação de energia de impacto


lateral (7.4), devem ser feitas de material de baixa ressonância, como sílica uretano
moldada, e devem ter uma dureza de (60 ± 6) shore “D”. A cabeça padrão,
juntamente com os seus conjuntos de apoio, deve ter uma massa de (5,0 ± 0,05)
kg, com o centro de gravidade aproximadamente ao centro da esfera de
montagem. As cabeças padrão utilizadas para estes ensaios devem ser dos
tamanhos E e M.

Caso as dimensões do modelo do capacete a ser ensaiado não sejam adequadas a


um destes tamanhos, este tamanho de cabeça padrão deve ser substituído pelo
tamanho de cabeça padrão J. Quando a suspensão não apresentar ajuste do
tamanho da circunferência, deve-se utilizar a maior cabeça-padrão especificada no
Anexo A, que seja menor do que à circunferência interna do capacete.

As cabeças padrão, para o ensaio de retenção da jugular, devem ser dos tamanhos
E e M. Caso as dimensões do modelo do capacete a ser ensaiado não sejam
adequadas a um destes tamanhos, este tamanho de cabeça-padrão deve ser
substituído pelo tamanho de cabeça-padrão J. Quando a suspensão não apresentar
ajuste do tamanho da circunferência, deve-se utilizar a maior cabeça padrão
especificada no Anexo A, que seja menor do que à circunferência interna do
capacete.

Você também pode gostar