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Pop Art
Forma de arte que criticava o consumismo e o materialismo da década de
50
O Pop Art foi um movimento artístico que teve início nos anos 50, inicialmente na Inglaterra e Estados
Unidos, como uma forma de reação ao expressionismo abstrato. O termo é uma abreviatura de Popular Art,
dada pelo crítico inglês Lawrence Alloway, ao caracterizar aquela arte que se iniciava com destaque,
principalmente na publicidade, anúncios e revistas.
Ao contrário do que muitos pensam, o pop art não significava manifestações artísticas realizadas pelas classes
mais populares da sociedade, e sim uma interpretação por parte dos artistas sobre a cultura popular. Para
isso, eles utilizavam elementos da cultura de massa para criticar a sociedade consumista que começava a
crescer naquele período.
O pop art deixou um importante legado até os dias atuais e pode ser visto, por exemplo, no grafismo, design,
quadrinhos e também na moda. Já foi, inclusive, inspiração para grandes grifes como Tom Ford, Prada,
Valentino, Kenzo, entre outras.
Os artistas dessa corrente trabalhavam com cores vivas, inusitadas e massificadas pela publicidade. Eles
elegiam as imagens pictóricas e os símbolos de natureza popular.
Esses símbolos eram ironizados de modo a constituir uma crítica subjetiva ao excesso de consumo da
sociedade capitalista. Isso porque o capitalismo é incentivado de forma abundante pela dimensão publicitária,
cinematográfica, etc.
Entretanto, de certa forma, a pop arte alimentava-se e confundia-se com essa indústria cultural.
Apesar de diferirem pelo mundo afora, os artistas, de modo geral, mantinham as mesmas temáticas, os
desenhos simplificados e as cores saturadas.
A Pop Art buscava evidenciar a crise da arte do século XX por meio de um retorno à arte figurativa. Fazia
um bom contraponto ao expressionismo abstrato e ao hermetismo da arte moderna.
Ela recusa-se à separação entre arte e vida. Daí a arte pop ser capaz de se conectar ao seu público a partir
de signos e símbolos extraídos do imaginário da cultura de massa e da vida cotidiana.
Este feito foi levado a cabo quando estes artistas utilizaram na arte a linguagem do design comercial. Com
isso, diluíram as diferenças que separavam arte erudita da arte popular.
Ficou famoso por retratar ídolos da música popular e do cinema, evidenciando o quanto estas figuras são
impessoais e vazias. São exemplos Marilyn Monroe, Michael Jackson e Elvis Presley.
1. Marilyn Monroe (1962)
A primeira representação de Marilyn foi feita logo após o falecimento da diva, em 1962. Depois foi
reproduzida novamente em outras cores e formatos.
Marilyn Monroe (1962), Andy Warhol. A primeira série de imagens mostra a diva colorida, e a segunda em
preto e branco é como se sugerisse a morte da celebridade.
2. Triple Elvis (1963)
4. Sopa Campbell (1962)
O precursor do pop art foi o grupo de artistas ingleses denominado Independent Group (IG). Fundado em
1952, no Instituto de Arte Contemporânea de Londres, esse grupo era formado pelos artistas Eduardo
Paolozzi, Laurence Alloway, Reyner Banham, Smithson e Richard Hamilton. Eles inovaram ao utilizar em
suas obras novos meios de produção gráfica como uma forma de levar a arte para todas as camadas da
sociedade.
O grupo se desfez em 1956, após a exibição da mostra “This is Tomorrow”, em Londres. Na ocasião, Richard
Hamilton apresentou a colagem “O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes”,
considerada uma das primeiras obras do pop art.
Nos Estados Unidos, diferente do que ocorreu na Inglaterra, os artistas começaram os trabalhos do pop art de
maneira isolada. Somente em 1963 aconteceram as primeiras exposições com obras de arte que possuíam
características desse movimento, a partir de material publicitário. Foram elas: “Arte 1963: novo vocabulário”
e “Os novos realistas”.
Os artistas americanos que se destacaram no pop art foram: Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes
Oldenburg, Tom Wesselmann, além de Robert Rauschenberg, Jasper Johns, entre outros.
Romero Brito (1963): reconhecido internacionalmente, esse brasileiro possui obras em muitas galerias do
Brasil e do mundo. Suas pinturas apresentam características como traços remarcados, cores vibrantes e
formas geométricas.