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A lei dos três estados (teológico, metafísico e positivo) é sem dúvida um estado de
espírito. Mas a verdade é que não se pode pensar sem um sistema qualquer e este
corresponde a um movimento natural compreendido por todos.
Os três estados:
Teológico: o estado onde Deus está presente em tudo, as coisas acontecem por causa da
vontade dele.Metafísico: no qual a ignorância da realidade e a descrença num Deus todo
poderoso levam a crer em relações misteriosas entre as coisas, nos espíritos, como
exemplo.Positivo: a humanidade busca respostas científicas todas as coisas. Este estado
ficou conhecido como Positivismo.
Introdução
A Lei dos Três Estados é uma obra de Auguste Comte, em que este elaborou uma
classificação da história da humanidade nos seguintes estados em ordem cronológica: o
teológico, o metafísico e o positivo. Segundo o Filósofo, cada passo desse desenvolvimento
cronológico pressupõe o anterior. No estado teológico, o espírito humano vive num universo
natural e sobrenatural, no qual impera o fetichismo. No estado metafísico, simples
modificação geral do primeiro, substituem-se as forças sobrenaturais pelas abstracções. Por
fim, no estado positivo, o espírito humano passa a valorizar o raciocínio lógico em vez do
metafísico-abstracto e tenta explicar os factos com base em leis objectivas, não mais
recorrendo a elementos da natureza ou deuses, nem a leis do ser em geral. De maneira geral,
podemos dizer que o estado teológico e o metafísico se caracterizam, quanto ao método,
pelo domínio fundamental da imaginação sobre a observação e, quanto à doutrina, pela
pesquisa exclusiva de noções absolutas. O primeiro estado corresponderia à imaginação; o
segundo, à argumentação; o terceiro, à observação. O estado positivo é a idade industrial
regida pelos interesses económicos. O Positivismo instaura as ciências como pesquisa
daquilo que é determinado, certo e útil. A forma de governo que corresponde ao estado
positivo é a república ditatorial ou científica. Há, então, uma passagem do poder.
O Autor
Em pleno século XIX, no período em questão sob os golpes dos Aliados, o Império
Francês desmoronou (1814), e a França reencontrou suas fronteiras de 1792. Depois da
queda de Bonaparte, os Bourbons reinstalaram-se no trono - Luís XVIII (1814-1824),
Carlos X (1824-1830) - apesar de uma breve tentativa de restabelecimento do Império (os
Cem Dias, 1815). Auguste Comte, nesta época tratou algumas fórmulas fundamentais:
"Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto" (1819) e "Todas as concepções humanas
passam por três estádios sucessivos - teológico, metafísico e positivo -, com uma velocidade
proporcional à velocidade dos fenómenos correspondentes" (1822), a então estudada “Lei
dos Três Estados”.
A Filosofia Positiva de Comte
A filosofia positiva de Comte nega que a explicação dos fenómenos naturais, assim
como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva dos factos abandona a
consideração das causas dos fenómenos (Deus ou natureza) e pesquisa suas leis, vistas como
relações abstractas e constantes entre fenómenos observáveis.
No primeiro, os fatos observados são explicados pelo sobrenatural, por entidades cuja
vontade arbitrária comanda a realidade. Assim, busca-se o absoluto e as causas primeiras e
finais ("de onde vim? Para onde vou?"). A fase teológica tem várias subfases: o fetichismo,
o politeísmo, o monoteísmo.
Evolução da Humanidade;
Estado Teológico;
Estado Metafísico;
Estado Científico;
Sobrenatural;
Realidade;
Positividade;
Absoluto;
Relativo;
Sociedade.
Crítica
Eu penso que esta obra é um importante passo para a evolução da humanidade, pois Comte
estudou a evolução das concepções intelectuais da humanidade. Ao formular as três leis, o
Filósofo, mostra que cada passo do desenvolvimento cronológico das mesmas pressupõe o
anterior. Sendo que no estado teológico, o espírito humano vive num universo natural e
sobrenatural, no qual impera o fetichismo, no estado metafísico, substituem-se as forças
sobrenaturais pelas abstracções e no estado positivo, o espírito humano passa a valorizar o
raciocínio lógico em vez do metafísico-abstracto e tenta explicar os factos com base em leis
objectivas, não mais recorrendo a elementos da natureza ou deuses, nem a leis do ser em
geral. O mérito do autor foi o de aplicar ao domínio do espírito a lei da evolução. Penso que
a sua ideia não é completa em si mesma e nunca poderia organizar estavelmente a sociedade
sendo que o espírito positivo não é a simples compreensão do dado, mas sim a acção no
verdadeiro sentido, porque nele a existência nunca é explicada senão para continuar o seu
ser pela compreensão duma lei que é sempre provisória. A intuição humana é, fatalmente,
separada da natureza, e ao estudar esta obra verifiquei a verdade dessa inadaptação
necessária do homem e do universo, e encontrar aí, ao mesmo tempo, a chave para
compreender a aspiração de todo o espírito livre à perfeição infinita.
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/
http://www.infoescola.com/sociologia/auguste-comte-e-a-lei-dos-tres-estados/
http://blogsocinova.fcsh.unl.pt/djustino/archive/2008/10/13/25398.aspx