Ricardo Reis passeia pela cidade de Lisboa, visitando locais históricos como estátuas de Eça de Queirós e Camões, a Igreja de São Roque, o Jardim da Estrela e o Castelo de São Jorge. Ele reflete sobre a cidade, a história e trechos de suas próprias obras enquanto caminha pelas ruas da capital portuguesa.
Ricardo Reis passeia pela cidade de Lisboa, visitando locais históricos como estátuas de Eça de Queirós e Camões, a Igreja de São Roque, o Jardim da Estrela e o Castelo de São Jorge. Ele reflete sobre a cidade, a história e trechos de suas próprias obras enquanto caminha pelas ruas da capital portuguesa.
Ricardo Reis passeia pela cidade de Lisboa, visitando locais históricos como estátuas de Eça de Queirós e Camões, a Igreja de São Roque, o Jardim da Estrela e o Castelo de São Jorge. Ele reflete sobre a cidade, a história e trechos de suas próprias obras enquanto caminha pelas ruas da capital portuguesa.
Capítulo III Ricardo Reis sai do hotel bragança - Sobe a Rua do Alecrim - Para diante da estátua de Eça de Queirós no largo barão de Quintela - “pára diante da estátua de Eça de Queirós, ou Queiroz ,por cabal respeito da ortografia que o dono do nome usou, ai como podem ser diferentes as maneiras de escrever, e o nome ainda é o menos, assombroso é falarem estes a mesma língua e serem, um Reis, o outro, Eça, provavelmente a língua é que vai escolhendo os escritores de que precisa, serve-se deles para que exprimam uma parte pequena do que é, quando a 36 língua tiver dito tudo, e calado, sempre quero ver como iremos nós viver.” Logo a seguir observa Camões - “ainda agora contemplámos o Eça e já podemos observar o Camões, a este não se lembraram de pôr-lhe versos no pedestal, e se um pusessem qual poriam, aqui, com grave dor, com triste acento, o melhor é deixar o pobre amargurado” Sobe a Rua da Misericórdia - “subir o que falta da rua, da Misericórdia que já foi do Mundo, infelizmente não se pode ter tudo nem ao mesmo tempo, ou mundo ou misericórdia.” Passa no Largo de S. Roque – “Eis o antigo Largo de S. Roque, e a igreja do mesmo santo, aquele a quem um cão foi lamber as feridas da peste, bubónica seria, animal que nem parece pertencer à espécie da cadela Ugolina, que só sabe dilacerar e devorar, dentro desta famosa igreja é que está a capela de S. João Baptista” “Eis também, na diagonal de dois quiosques que vendem tabaco, lotaria e aguardentes, a marmórea memória mandada implantar pela colónia italiana por ocasião do himeneu do rei D. Luís, tradutor de Shakespeare, e D. Maria Pia de Sabóia, filha de Verdi, isto é, de Vittorio Emmanuele de d'Italia” Para na Travessa da Água da Flor – Após a chuva Ricardo Reis atravessa o jardim, vai olhar a cidade e o castelo - "Ricardo Reis atravessa o jardim, vai olhar a cidade, o castelo com as suas muralhas derrubadas, o casario a cair pelas encostas." Chega ás portas do antigo convento – “quando ele chegar ao portão do que foi convento de S. Pedro de Alcântara, hoje recolhimento de meninas pedagogicamente” Segue pela Rua de D. Pedro V - referencia as odes “Ricardo Reis rebusca na memória fragmentos de versos que já levam vinte anos de feitos, como o tempo passa, Deus triste, preciso talvez porque nenhum havia como tu, Nem mais nem menos és, mas outro deus, Não a ti, Cristo, odeio ou menosprezo, Mas cuida não procures usurpar o que aos outros é devido, Nós homens nos façamos unidos pelos deuses” Chegou á Praça do Rio de Janeiro – “que foi do Príncipe Real e quiçá o torne a ser um dia, quem viver verá.” Desceu a Rua do Século - Subiu a rampa da Calçada dos Caetanos - Atravessou o Bairro Alto, descendo pela Rua do Norte - Volta á Praça de Luís de Camões -