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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ

IFCE CAMPUS FORTALEZA

LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS

DEPARTAMENTO DE ARTES

DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

PROFESSORA DORA GADELHA

RAFAELA TEIXEIRA DE OLIVEIRA


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

2 QUESTÕES E REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL.........................5

3 CONCLUSÃO PESSOAL..................................................................................................13

4 REFERÊNCIAS...............................................................................................................15
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INTRODUÇÃO

Este seguinte texto tem como proposta o pensamento crítico e reflexivo a


partir de questões pertinentes na História da Educação. O sistema educacional no
Brasil é marcado por uma elite que favorece os mais rentáveis de renda. As
aberturas democráticas, após os anos chumbo, criaram medidas para a entrada de
jovens negrxs e de baixa renda nas universidades, antigamente totalmente restrita à
minoria elitizada e aristocrática. Hoje, vemos uma retomada anacrônica desse
período autoritário, com um governo neoliberal que ataca os direitos sociais e
afirmativos.

Nesta contextualização, pedagogos e educadores como Paulo Freire e


Marilena Chauí são influentes no cenário educacional brasileiro, reforçando um
ensino crítico, que problematiza as questões sociais. Outra pessoa em destaque é a
arte-educadora Ana Mae Barbosa, que pensa em uma cultura visual a fim de pensar
uma produção artística a partir da realidade que o indivíduo está inserido. Os
estudos de história da educação me deu embasamento para pensar essxs
pedagogos, que surgem como ruptura num sistema, às vezes, tão tecnicista e
meritocrático.

É a partir dessas leituras, dessas confluências que vão surgir essas questões
que serão apresentadas, tangenciando outros textos e minhas impressões sobre
leituras e percepções que tive no cotidiano e em filmes. São pensamentos que
surgiram a partir de atravessamentos desses materiais que utilizei como estudo. A
partir das questões propostas, montei uma síntese de pensamentos acerca de
épocas, leis, diretrizes e acontecimentos que envolvem a educação, principalmente,
do Brasil. Um filme que auxiliou como suporte para pensar algumas problemáticas
foi o “Pro dia nascer feliz”, trazendo reflexões sobre como a história da educação
aflige a contemporaneidade, e tornaram a me questionar, como pensar uma
educação para o agora?
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QUESTÕES E REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

1. Um processo que articulasse o ensino e a educação num contexto da colonização


surgiu a partir da vinda dos jesuítas ao território brasilis. A Europa encontrava-se
num contexto histórico da Reforma Protestante, em contrapartida a essas ideias, o
ensino jesuítico irá lançar uma educação com moldes respaldados no ensino
religioso.

A Companhia de Jesus foi uma ordem religiosa com o objetivo de converter os


índios ao cristianismo. Uma colonização com princípios enraizados na exploração,
em que quando os indígenas não eram coagidos com forças físicas, eram utilizados
controles ideológicos coloniais que tentavam condicionar a cultura e a vivência
desses povos.

Os jesuítas acreditavam possuir a missão de difundir a fé católica, a partir da


conversão dos indígenas, os religiosos “instruíam” os nativos. Essa educação,
preconizada no período colonial, era efetiva com o objetivo de conversão dos
indígenas, e, depois, voltou-se com um enfoque ao povoamento, com um ensino
focado nos elementos da cultura europeia. A partir dessas narrativas é possível
visualizar como o ensino e seu conteúdo era hierarquizado, favorecendo
características de uma cultura em detrimento de outra, ponto crucial que demarca
uma educação estritamente colonial.

Em relação à metodologia abordada na época, houve a organização de duas: o


Plano Nóbrega e o Ratio Studiorum, que foi o mais aceito. A metodologia era
marcada pela repetição, disputas, memorização e exercícios; a avaliação era
realizada por meio de exames escritos e orais e em relação ao conteúdo, tratava-se
de um currículo humanístico.

De maneira geral, sem especificidades, a abordagem contemporânea brasileira na


educação, muitas vezes com seus métodos mecanizados e prescrições práticas,
assemelham-se com essa metodologia, aparentemente. Os jesuítas enfrentaram
dificuldades para perpassar os ensinamentos aos indígenas devido ao idioma dos
nativos, sendo assim, a educação baseava-se em saber ler, escrever e contar, nos
quais os meninos aprendiam a contar e as meninas a tear, já ocorrendo divisão
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sexual de acordo com cada tarefa, além disso, eram utilizados métodos lúdicos de
canto e teatro a fim de manter a atenção de crianças e adolescentes. Todo esse
processo acontecia nas casas de bê-á-bá.

Os jesuítas foram os responsáveis pela organização das primeiras escolas formais


no Brasil, com o método Ratio Studiorum, suas abordagens privilegiando o
ensinamento religioso não atendia aos interesses do Estado e do Marquês de
Pombal, afastando a Igreja do domínio na educação.

2. O Governo do Marquês de Pombal destaca-se com o caractere de déspota


esclarecido, em que vai priorizar uma economia e política centralizadora e
absolutista, mas, em decorrência de necessidades em que se vivia naquela época,
teve de adotar medidas que se convergiam com as ideias iluministas.

Em decorrência desta contextualização, Marquês de Pombal suprime as escolas


jesuíticas e expulsa os jesuítas do Brasil, pois esse ensino não correspondia aos
interesses do Estado, que buscavam modernizar suas organizações, e esse ensino
que buscava interesses religiosos não se relacionava com os novos ideais
iluministas. Com esses adventos, surgiram as primeiras escolas públicas do país,
em que foi aderido o “subsídio literário”, que foram taxas centradas em certos
produtos destinadas á manutenção do ensino primário secundário. Eram prestadas
as aulas régias, com conteúdos marcados por um ensino clássico, incluindo aulas de
gramática de latim e língua grega, por exemplo.

O ensino e a educação durante o governo de Pombal representaram uma grande


reforma ao quadro educacional brasileiro, mas foi lido como um retrocesso pelo
educador Fernando Azevedo, pois destruiu a estrutura de ensino dos jesuítas por
uma educação sem moldes preparatórios para a realidade brasileira.

3. Com a Vinda da Família Real ao Brasil, em 1808, devido à insurgência de


Portugal a Napoleão referente ao Bloqueio Continental, a corte começou um
investimento na educação e medidas que fomentassem a comunicação e a cultura
como a imprensa e o museu. Mais especificamente com relação à educação, foi
adotado o ensino superior, então foi criada a Faculdade de Direito e cursos de
Medicina e de Anatomia.
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Foram se estruturando cursos que pudessem atender às demandas daquela época,


que fez com que surgissem cursos com uma formação profissional para as áreas de
mecânica, eletricidade, marcenaria, encadernação e outros.

Outras características marcantes foram as Casas de Educandos que tinham “de


garantir atendimento, prioritariamente, aos menores desvalidos, objetivando a
diminuição da vagabundagem e da criminalidade”, que é um discurso atual para se
adentrar na educação profissional e técnica com o objetivo de “tirar o adolescente
das ruas”. Ademais, foi implantada a Academia Real Militar.

4. A Constituição de 1824 foi outorgada, e ao que diz respeito à educação, tinha o


objetivo de organizar a educação nacional, a própria Carta Magna dizia sobre a
educação: “A instituição primária é gratuita para todos os cidadãos”. Havia então a
garantia do ensino primário, e, constava, também, “criação de colégios e
universidades, onde serão ensinados os elementos das ciências, belas artes e
artes”. Com relação à primeira lei sobre a instrução pública nacional, o primeiro
projeto dizia: “Haverá no Império escolas primárias em cada termo, ginásios em
cada comarca e universidades nos mais apropriados locais”.

5. O ministro Roberto Campos organizou essa reforma no campo educacional


tornando efetiva uma série de decretos, que estabeleciam uma comunicação entre
as instituições de cada estado da federação e o poder central, pois planejava uma
política nacional de educação. Antes dessa reforma, os estados da federação
abordavam suas próprias políticas educacionais, o que tinha como consequência um
ensino secundário de caráter propedêutico, esse cenário vinha a mudar com essa
comunicação estabelecida entre os estados e o governo central, direcionando o
plano de sistema educacional.

6. Durante a década de 1930 surgiram ideias construtivas no campo psicológico,


influenciando ideias na área da educação. John Dewey, trazendo ideias do
empirismo, acreditava numa relação do indivíduo com conhecimento a partir de
vivências, criticava o ensino tradicional e não acreditava que o ensino deveria ser
repassado de forma reprodutiva, mas, a partir de trocas de vivências e sensações
com diálogos entre os indivíduos. Suas ideias influenciaram o cenário educacional
brasileiro, sendo pauta para a construção do movimento Escola Nova
(escolanovismo). Nesse contexto, os liberais democráticos defendiam a Escola
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Nova, pois acreditavam na educação como forma de mudar a sociedade, almejavam


a renovação de técnicas de ensino, e eram contrários ao academicismo presente
numa educação tradicionalista. Alguns dos principais representantes brasileiros do
movimento foram Fernando Azevedo, Lourenço Filho e Francisco Campos. Houve a
produção do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em que muitos
educadoras assinaram a causa, em que estabelecia as pautas principais do
movimento, tais como uma educação pública e laica.

7. Há uma ressonância entre os estudos levantados por Paulo Freire em relação à


Educação Libertadora e aos estudos de Augusto Boal, sobre o Teatro do Oprimido.
Eles eram contemporâneos e viveram durante os conhecidos Anos de Chumbo,
tendo sido os dois exilados. Levantaram ideias que se opunham às relações de
opressão, tendo em vista o sujeito como percursor de saberes mediante sua
inserção na sociedade, norteando o indivíduo numa relação dialética com os
saberes e o conhecimento, em que na medida em que o indivíduo transforma o
mundo, elx se transforma, pautando a transformação social por meio da educação e
da cultura, numa ideia de práxis. Na Educação Libertadora é pensado, de Paulo
Freire, que o sujeito se dá conta das relações de opressão, e, a partir disso, gera
transformações no seu modo de ler e intervir no mundo. Quando Boal pensou o
Teatro do Oprimido, Freire foi referência nessa elaboração, tendo o nome sido
homenagem à obra de Paulo Freire “Pedagogia do Oprimido”. A partir do teatro-
fórum, fomentado pelas ideias de Boal, o espectador era capaz de intervir durante os
atos, que muitas vezes apresentavam temáticas e problemáticas sociais. No T.O.
buscava-se questionar e problematizar esses espaços, convidando os espectadores
a refletirem sobre possíveis soluções para esse cenário sintomático, Boal via, pois, o
teatro como uma ferramenta capaz de fomentar as transformações sociais. Na tese
de Teixeira, ela irá comentar sobre pontos convergentes entre o autor e o
dramaturgo, que partem de princípios dialógicos comunicativos, numa concepção
libertadora, em que o sujeito constrói seu trajeto em busca da transformação a partir
das relações de opressão, promovendo autonomia numa sociedade multicultural.

8. Nas entrevistas e nos textos//artigos de Marilena Chauí são pontuadas as


cicatrizes do regime ditatorial no ensino universitário do país, em que a violência
repressiva, privatização e a reforma universitária fez uma educação voltada à
fabricação de mão de obra. Os efeitos no sistema educacional durante esse período
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alavancaram uma sequência de desastres, em que aos poucos as escolas públicas


eram sucateadas, com faltas de verbas, e, assim, começaram a surgir as escolas
particulares. Nessa contextualização, Chauí diz não acreditar mais na escola como
propensora e formadora do pensamento crítico. Há, segundo Marilena Chauí, três
aspectos que surtiram efeitos no processo educacional. O primeiro fala da violência
repressiva sobre os educadores, havendo ameaças, torturas, perseguições e
cassações. Segundo, como já fora mencionado, ela argumentará sobre os
processos de privatização, que hoje se concentra no ensino superior, mas começou
no fundamental e médio, em que as verbas não chegavam às escolas, ocasionando
a precarização do ensino público, sendo sua estrutura física e pedagógica
devastada, arquitetando esse consciente de que “escola particular é melhor". Em
terceiro, a reforma universitária com o programa MEC-USAID, em que os Estados
Unidos interferiram no sistema educacional, privilegiando um ensino tecnicista,
acrítico e detentor de mão de obra barata que viram favorecer as multinacionais e
todo o sistema arquitetado pelos americanos ao território brasileiro. E por fim, Chauí
dirá que o pensamento crítico se constrói a partir da participação em movimentos
sociais, nas ongs e nos partidos políticos.

9. A lei de diretrizes e bases da educação nacional n° 5 692/71 foi fundamentada na


teoria do capital humano, voltada para uma educação profissionalizante e tecnicista,
constituindo-se como uma ação pedagógica a fim do enfraquecimento da classe
trabalhadora. A lei insere-se na contextualização durante o Regime Militar no Brasil,
sendo direcionada com orientação capitalista, de modo a impossibilitar uma
educação crítica, pensando a educação como um investimento, e os estudantes
desse ensino técnico como forma de suprimir demandas da época, muito vinculadas
a uma economia ensejada pelos EUA em território brasileiro. Dessa maneira, o
ensino técnico foi implantado ao 2° grau, servindo ao grande capital internacional.
Com esta retomada histórica e contextualizada, é possível entender os parâmetros
da nova reforma do ensino médio na contemporaneidade e como isso afeta uma
ramificação de temáticas políticas e sociais. Em relação à lei 5 692/71, a nova
reforma do ensino médio tem como pauta principal uma educação tecnicista, que
tem como objetivo formar mão de obra para trabalhos técnicos e que não se voltam
para o trabalho laborial crítico. Segundo essa reforma, a formação técnica se daria,
concomitantemente, junta ao ensino básico. Além disso, português e matemática
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são tidas como matérias obrigatórias, deslocando disciplinas voltadas às


problemáticas humanas (história, sociologia...) como optativas, o que resulta numa
possível fissura dos docentes dessa área e a clara intenção do governo à classe
estudantil, não permitindo uma abrangência do pensamento crítico, assim como as
intenções nas mudanças de diretrizes educacionais durante a ditadura. A quebra do
currículo formativo, podendo montar-se um itinerário, assemelha-se à lei 5692/71
com relação aos créditos das disciplinas, causando uma falta de padronização no
sistema educacional. A lei e a reforma assemelham-se muito por não
proporcionarem a formação crítica, além de favorecer, indiretamente, as classes
sociais com mais poder aquisitivo.

10. Ensino de Artes no Brasil

CONTEXTUALIZAÇÃO
PERÍODO COLONIAL Neste momento, o ensino de artes no
Brasil começa com os padres jesuítas
em processos informais pelas oficinas
de artesões.
PERÍODO IMPERIAL Com a chegada da família real ao
Brasil, iniciou-se o ensino formal das
artes, em que se deu a criação da
Academia de Belas Artes, influenciada
por ideias neoclássicos da época.
Durante as aulas, haviam exercícios
de desenho com modelo vivo e
produções de retrato, e o estudo de
artes era restrito à uma pequena elite.
REPÚBLICA Neste período, é marcante as
transformações ocorridas durante o
século XX, e, assim, o ensino sofrerá
modificações. A partir dos anos 1920,
o ensino de arte foi incluído no
currículo escolar, mas ainda era um
ensino voltado para a produção de
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desenhos, mas, prevalecendo muito o


exercício da cópia como metodologia.
SEMANA DE ARTE MODERNA Em 1922 ocorria a Semana de Arte
Moderna, sendo uma ruptura ao
modelo classicista exposto durante
tanto tempo. As ideias de vanguardas
estavam sendo abraçadas no país, e
novos estudos com relação à
psicologia modificaram o ensino da
arte, entendendo-a como a expressão
dos sentimentos da criança, sendo
necessária ser expressa livremente
pelos alunos.
DITADURA MILITAR Durante essa época, foi homologada a
lei 5 692/71, em que o ensino de arte
foi tido como obrigatório na escola
com o nome de Educação Artística.
Quem ministrava essas aulas,
normalmente, eram professores de
outras áreas de ensino, e a
metodologia das aulas eram muito
relacionadas ao fazer, realizando
tarefas simplórias, alocando o ensino
de arte a um lugar de inferioridade
diante das demais disciplinas
escolares.
ABORDAGEM TRIANGULAR Em 1989, em decorrência do
surgimento de pesquisas voltadas ao
ensino pedagógico de artes, surge a
Proposta Triangular, estudada pela
Ana Mae Barbosa. Essa pesquisa irá
modificar o ensino de artes, atribuindo
conteúdos e uma contextualização
para se pensar e produzir arte,
propondo pensar sobre três ideais
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(fazer, ler imagens e estudar história


da arte).
LDB Com a LDB(Lei de Diretrizes e Bases
da educação nacional), constitui-se o
ensino de arte como componente
curricular obrigatório ao ensino básico
visando o desenvolvimento cultural
dos alunos.

CONCLUSÃO PESSOAL

A partir da disciplina de História da Educação, pude entender como o sistema


educacional é um espaço de tensionamento, em que a política influi sobre interesses
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de determinada época, e a luta por uma educação crítica e não-tradicionalista ainda


é uma dificuldade.

Para se chegar a uma educação que conhecemos hoje, na


contemporaneidade, passou-se por muito embate de ideias, entre oprimidos e
opressores, e, embora, a educação ainda seja um privilégio para poucos, havia um
cenário mais precário às pessoas que não tinham acesso. Durante o período
imperial no Brasil, a educação era restrita a uma pequena elite aristocrática, com o
tempo se formalizou um ensino público para “todos”, assim entres aspas, porque
critico o ensino dos dias atuais, com um disfarce de ensino para todos e todas, mas
a assistência às pessoas sem muitas condições financeiras ainda é problemática. O
alcance ao nível superior, normalmente, fica restrito às pessoas de classe média e
rica, que direcionam seus filhos à escola particular, com um ensino todo voltado para
o vestibular, resultando numa passagem de massa dessas pessoas para as
universidades. Algumas medidas foram tomadas para conseguir uma equidade entre
essas pessoas de baixa renda e de alta renda, adotando medidas afirmativas como
as cotas, em que asseguraram espaços para pessoas negras, pobres e indígenas
ocupando as universidades, mas ainda é um espaço contrastante, pois surge outra
dificuldade, que é se mantar na faculdade.

Tempos sombrio é o que vivemos nesse governo, em que foram anunciados


os 30% de cortes em bolsas universitárias, em que tamanha é a perda de pesquisas,
além de dificultar essas pessoas de baixa renda a darem continuidade a seus
cursos. No filme “Pro dia nascer feliz” é possível ver o cenário contrastante entre as
diferentes escolas e estudantes de diferentes condições culturais. São brutais as
falas que se partem a partir do filme, porque você visualiza os interesses de cada
estudante em determinada situação, em que alguns tem um privilégio enorme só da
estrutura física escolar, enquanto outras possuem uma estrutura escassa, e de, às
vezes, não terem professores para darem aulas.

Além dessas problemáticas sociais, há ainda uma dificuldade com relação ao


currículo das escolas, que tem se voltado cada vez mais a um ensino tecnicista, que
era um ensino muito marcante durante a ditadura militar no Brasil. O pedagogo e
educador Paulo Freire critica um ensino não-crítico, seus escritos voltados para uma
educação Libertária, consiste num ensino crítico, pensando a relação entre oprimido
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e opressores, em que os oprimidos se darão conta dessa opressão e, a partir disso,


modificaram enquanto sujeitos suas práxis e formas de pensar. A educadora
Marilena Chauí acredita que só se alcança uma educação crítica a partir da
participação em movimentos sociais, ongs e manifestações, o que chego a
concordar que a participação nesses espaço possibilitam a visualização de
tensionamento entre diferentes grupos, possibilitando a troca e a vivência, formando
um pensamento crítico quanto a essa contextualização.

REFERÊNCIAS
15

Atenção para as referências bibliográficas. Existem autores que constam nas


referências e não estão no texto.

SILVA, Adnilson J. A lei 5692/71 e a educação profissionalizante no Brasil: seus


conceptores estrangeiros e seus executores brasileiros. Guarapuava, PR.

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia. 3a. ed..


São Paulo : Moderna, 2006.

RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da Educação Brasileira: a organização


escolar. 12 ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1992.

CONCEIÇÃO, José Luis Moneiro. Jesuítas na educação brasileira: dos objetivos


e métodos até a sua expulsão.

TEIXEIRA, Tânia Márcia Baraúna. Dimensões Sócio Educativas do Teatro do


Oprimido: Paulo Freire e Augusto Boal. 2007. Tese (Doutorado em Educação e
Sociedade do Departamento de Pedagogia Sistemática e Social). Universidade
Autônoma de Barcelona, Barcelona, 2007.

CANDA, Cilene N. Paulo Freire e Augusto Boal: Diálogos entre educação e


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https://www.webartigos.com/artigos/historia-da-arte-educacao-ou-historia-do-ensino-
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VILAÇA, Sérgio. História do Ensino da Arte no Brasil – CEAD – EBA – UFMG.


2012. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=GXJeJjmE4ns>. Acesso
em: 6 de jun. 2019.

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