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RESUMOS

DE
BIOQUÍMICA
Mário Miguel Barata Pimenta Fernandes
Bioquímica e Biologia Celular
Ciências do Desporto, 1ºsemestre, 1ºano, Turma E, 2010/2011
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
CONCEITOS GERAIS
 Metabolismo
 Conjunto de todas as reacções químicas que ocorrem no corpo

 Reacções catabólicas
 Quebra de moléculas

 Reacções anabólicas
 Síntese de moléculas

 Bioenergética
 Conversão de nutrientes (gorduras, hidratos de carbono, proteínas) em energia.

 Estudo de estruturas moleculares e eventos, sublinhando processos biológicos


 Relação entre genes e características celulares que estes controlam
 Código genético para proteínas celulares específicas
 Processo de síntese proteica

 Resultados de exercitação no treino em modificações na síntese proteica


 Resultados de treino de força numa síntese proteica do músculo contráctil evoluída

 Biologia molecular potencia “ferramentas” para perceber a resposta celular ao


exercício
SÍNTESE PROTEICA EM RESUMO
REACÇÕES QUÍMICAS NA CÉLULA
 Reacções exergónicas
 Reacções exotérmicas onde há libertação de energia (compensação). Ex: Fosforilação do ATP (P+ADP=ATP);
Quebra da glicose

 Reacções endergónicas
 Reacções endotérmicas onde há necessidade de ocorrer consumo de energia.

 Reacções acopuladas

 Libertação de energia numa reacção exergónica leva à activcação de uma reacção endergónica. Ex:
Reacções oxidação-redução
REACÇÕES OXIDAÇÃO-REDUÇÃO
 Oxidação
 Remoção de um electrão

 Redução Forma reduzida


 Junção de um electrão

Forma oxidada
 Oxidação e Redução são sempre reacções acopuladas

 Geralmente envolve a transferência de átomos de hidrogénio mais que electrões


livres
 Átomo de hidrogénio contém um electrão;

 A molécula que perde o hidrogénio também perde um electrão e é, consequentemente, oxidado.

 Importância do NAD e do FAD


ENZIMAS
 As mesmas podem ter diversas isoformas (podem comprometer o seu
reconhecimento e afinidade)

 Catalisadores que regulam a velocidade das reacções


 Menor que a energia de activação (Energia necessária para que a reacção ocorra)

 Factores que regulam a actividade enzimática


 Temperatura

 pH

 Interacção com substratos específicos


 Bloqueio e modelo-chave – Modelo “chave e fechadura” - Complementar
MODELO CHAVE-FECHADURA DA ACÇÃO ENZIMÁTICA
VALOR DIAGNÓSTICO DA MEDIÇÃO DA
ACTIVIDADE ENZIMÁTICA NO SANGUE
CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS
 Oxidoreductases /Oxiredutores
 Catalisam reacções oxidação-redução Kinases muito activas durante a

 Transferases fosforilação ou redução.

 Transferem elementos de uma molécula para a outra

 Hidrolases
 Destroem as membranas, pela adição de água

 Liases
 Grupos de elementos são removidos para formar uma dupla membrana ou para serem adicionados a
uma dupla membrana

 Isomerases
 Reestruturação molecular

 Ligases
 Catalisam a formação de membrana entre moléculas do mesmo substrato
FACTORES QUE INFLUENCIAM A ACTIVIDADE ENZIMÁTICA
 Temperatura
 Pequeno aumento da temperatura corporal aumenta a
actividade enzimática

 Exercício resultam num aumento da temperatura corporal

 pH
 Mudanças no pH reduz a actividade enzimática

 Ácido láctico produzido durante o exercício

 Se há produção de um ácido por via metabólica, o pH do


meio baixa – Pode desnaturar as proteínas (Podem perder as
suas funções)

 Ex: Febre alta; Hipotermia; Stress/Choque térmico.

Todas as funções de protecção e suporte são mantidas


pelos “chaperons”, que vão maturar as proteínas e,
consequentemente, regular o stress térmico.
MACROMOLÉCULAS
 Hidratos de Carbono
 Glicose – Açúcar no sangue (manutenção)

 Glicogénio – Polímero formado por glicose. Forma de armazenamento de glicose no fígado e tecido
muscular; Sintetizado pela enzima glicogen synthase; Glicogenólise – Degradação do glicogénio em
glicose, tendo a fosforilase um papel muito importante no processo.

 Ácidos Gordos
 Tipo primário de gordura usado pelo músculo

 Triglicerídeos – Armazenamento de gordura nos tecidos muscular e adiposo

 Fosfolípidos – Não são usados como fonte de energia.

 Esteróides
 Derivados do colestrol

 Necessários para sintetizar hormonas sexuais


 Proteínas
 Compostas por aminoácidos

 Algumas podem ser convertidas em glicose no fígado – Gliconeogénese

 Outros podem ser convertidos em intermediários metabólicos – Contribuem como “combustível” no


músculo

 No geral, não sendo fonte de energia primária durante o exercício.


BIOENERGÉTICA
 Formação de ATP
 Quebra da Fosfocreatina (PC)

 Degradação da glicose e glicogénio – Glicólise

 Formação oxidativa do ATP

 Vias anaeróbias
 Não envolve oxigénio (02)

 Quebra da fosfocreatina e glicólise

 Vias aeróbias
 Requer oxigénio (02)

 Fosforilação oxidativa
PRODUÇÃO ANAERÓBIA DE ATP

 Sistema ATP-Fosfocreatina (ATP-PC)


 Fonte imediata de ATP

 Glicólise
 Glicose – 2 ácidos pirúvicos ou 2 ácidos lácticos

 Fase de investimento de energia


 Requer 2 ATP

 Fase de geração de energia


 Produz 4 ATP, 2 NADH e dois piruvatos ou lactatos
METABOLISMO DE FOSFATOS DE ALTA ENERGIA
E HIDRATOS DE CARBONO
Sistemas de Energia

 ATP/CP – Fosfatos de alta energia (Sistema aláctico anaeróbio) – Principal sistema de


obtenção de energia. Não é rigorosa – Há sempre formação de ácido láctico, mesmo sendo em
muito pouca quantidade.

 Glicólise (Sistema láctico anaeróbio)

 Glicogenólise (Quebra de glicogénio)

 Glicogénese (Síntese de glicogénio)

 Gliconeogénese (Síntese de glicose a partir de compostos não glicosados) – (≈


glicólise inversa) Reacções bidireccionais.

 Via pentose-fosfato
Células musculares

Glicogénio Células do músculo esquelético

Células do fígado
Fase de activação
Gliconeogénese

Glicose
Reacções Red-Ox

Degradação de
triglicerídeos e
proteínas
MOLÉCULA DE ATP
 ATP + H2O ATP + Pi + 7 kcal/mol

 Precisamos de ATP para todas as reacções


nas células

O ATP é utilizado pela célula para:

Produzir calor
Produzir contracção muscular

O ATP é produzido por moléculas mais


energéticas e produz, normalmente,
moléculas menos energéticas.
FOSFOCREATINA (CREATINA FOSFATO)
As suas reservas são os factores mais

limitativos do processo

Terminam rapidamente
Depleção garante, mais
ou menos, metade do
ATP para manter a
sustentabilidade celular. Fosfocreatina
A primeira ligação
fosfato é a mais
Desfosforilação acopulada Fosforilação
rentável.

Depleção forte (muitos


sprints, fortes) leva a
que haja necessidade
de os nossos músculos
obterem energia
Reacção acopulada
rapidamente a partir da
desfosforilação
ENERGIA LIVRE LIBERTADA POR HIDRÓLISE

Intermediários da glicólise
Rentabilidade alta

Rentabilidade intermédia

Rentabilidade baixa
SHUTTLE FOSFOCREATINA (SISTEMA ATP-CP)

Ocorre no cytosol e, principalmente, nas mitocôndrias

Re-síntese rápida

Creatinafosfato

Tem de ser resintetizada


Metabolismo aeróbio beneficia bastante os atletas
que, principalmente, realizavam actividades
Cytosol
anaeróbias – Re-síntese de fosfocreatina muito
rápida e eficiente.
No entanto, quando o ATP é gasto
na contracção muscular, a energia da
CP é transferida rapidamente de volta
ao ATP por acção da CKcitoplasmática.
Ocorre, assim, a re-síntese do ATP:

Em suma, o sistema ATP-CP é


assegurado pela acção de duas
enzimas. Assim, a CKmitocôndrial está
relacionada com a ressíntese da
fosfocreatina e a CKcitoplasmática
está relacionada com a degradação da
fosfocreatina.

CP + ADP + Pi ATP + C + Pi
CKc
GLICOSE
C6H12O6+ 6 O2 6 CO2+ 6 H2O + 36-38ATP

Maior energia que pode ser


extraída

Menor número de reacções


Todos os mecanismos celulares que necessitam de energia vêm buscá-la a estas fontes. Podem recorrer mais a uns
sistemas de energia que a outros. ADP não só é um bom promotor da glicólise, mas também da fosforilação oxidativa.

GLICÓLISE Composto reduzido A partir daí, tudo ocorre em duplicado


Muito importante

Em função do fluxo glicolítico Intervenção do NADH


Hexokinase
Reacção Red-Ox

Fase de rendimento
Fase de investimento
Fosforilação da
glicose

Isomerase
Fosfogliceromutase
Formação de „tases‟ significa,
Frutose-6-Fosfato usualmente, mudança
do grupo fosfato
Fosfofrutokinase Enzima importante Enolase

Forma Frutose-
1,6-Difosfato
Kinase piruvato
Desfosforila ATP

Via sequencial Lactase deshidrogenase

Via alternativa de gordura Lactato vai ser reduzido


Glicólise – Formação de ácido pirúvico a partir da glicose
(glucose).
CONVERSÃO DE ÁCIDO PIRÚVICO EM ÁCIDO LÁCTICO

A adição de dois átomos de hidrogénio ao ácido pirúvico origina NAD e ácido láctico.
Controlo da Glicólise
Pontos de controlo
• Factores que aumentam a pole de Glicose-6-Fosfato
• Estimulação da glicogenólise (Eniferina e contracções)
• Estimulação da regulação da glicose (Contracções e
insulina)

Pontos de controlo em processos


reversíveis
 Níveis metabólicos resultantes da glicólise
 Citrato, ATP, Creatinafosfato (inibidores)
 ADP, Pi (Fosfato inorgânico), AMP, pH aumentado
 Geralmente no passo catalisado pela fosfofrutokinase
 Controlados por:
 LDH (Lactatehidrogenase) – Principais isoformas

 PDH (Fosfatohidrogenase) – Competindo com o LDH pelo piruvato

 NADH/NAD+ proporcionalidade (RedOx)

 Redução citoplasmática abranda glicólise

 Oxidação citoplasmática acelera glicólise

Glicogenólise

Glicogénese

Ponto central

Papel central da Glicose-6-Fosfato


Musculares

Cardíacas
DISTRIBUIÇÃO DE LDH
 Hidrogénios transportados e electrões associados
 Da mitocôndria para geração de ATP (aeróbia)

 Para converter ácido pirúvico em ácido láctico (anaeróbia)

 NAD

 FAD

 O NADH é “shuttled” para a mitocôndria


 NADH produzido na glicólise deve ser reconvertido em NAD
 Ao converter o ácido pirúvico em ácido láctico

 Ao enviar o hidrogénio para a mitocôndria

 Um sistema específico de transporte “shuttles” o hidrogénio através da membrana mitocondrial


 Localizado dentro da membrana mitocôndrial.
PRODUÇÃO EQUIVALENTE REDUZIDA “SHUTTLES”
“SHUTTLES”

A membrana interna da mitocôndria é impermeável a determinadas substâncias. No


entanto, para que a glicólise ocorra devidamente é imprescindível que muitas dessas
substâncias sejam oxidadas ou reduzidas no interior da mitocôndria. Assim, para contrariar a
barreira imposta pela membrana mitocôndrial, estas substâncias utilizam shuttles que
permitam a sua oxidação ou redução dentro desta.

Na glicólise actuam, então, três shuttles fundamentais. O shuttle malato-aspartato e o


shuttle glicerol-fosfato actuam na glicólise aeróbia e o shuttle do lactato actua na glicólise
anaeróbia.

Convém distinguir que a glicólise é sempre anaeróbia, dando-se no cytosol, porém esta
designação é relativa à velocidade da reacção, já que o shuttle do lactato se dá com maior
velocidade.
SHUTTLE MALATO-ASPARTATO
A membrana interna da mitocôndria é impermeável ao NAD. Assim, a oxidação mitocôndrial do
NADH durante a glicólise aeróbia só é possível se o NAD transferir os seus hidrogénios para uma
substância transportadora que, mais tarde, consiga ultrapassar a membrana mitocôndrial, o oxaloacetato
(OAA). Deste modo, o OAA junta-se ao NADH+H+ e é reduzido, transformando-se em malato:

MDH citoplasmática
OAA + NADH + H+ Malato + NAD+

Neste sentido, o malato entra na mitocôndria transportando os hidrogénios recebidos. No interior


da mitocôndria, o malato junta-se ao NAD+ mitocôndrial e liberta os hidrogénios ocorrendo, por isso, a
redução do NADH e, posteriormente a oxidação do mesmo:

MDH cmitocôndrial
Malato + NAD+ OAA + NADH + H+

No entanto, a membrana mitocôndrial é, também, impermeável ao OAA. Assim, para o OAA sair da
mitocôndria necessita de se transformar em aspartato.
Conclusões:
 Por cada molécula de NADH oxidada no interior
da mitocôndria produzem-se 3ATP no sistema
energético.

 É o shuttle mais energético.

 Predomina no músculo cardíaco.

 É o que mais se desenvolve com o treino


aeróbio.
SHUTTLE GLICEROL-FOSFATO

 No interior da mitocôndria ocorre a redução da Dihidroxiacetona-fosfato em glicerol-3-fosfato:

DH
Dihidroxiacetona-fosfato + NADH + H+ Glicerol-3-fosfato + NAD+

 Assim, o glicerol-3-fosfato entra na mitocôndria transportando os hidrogénios recebidos. No interior


da mitocôndria o glicerol-3-fosfato liberta os hidrogénios transferindo-os para o FAD. Deste modo, o
FAD é reduzido e transforma-se em FADH2. Isto quer dizer que aqui o glicerol-3-fosfato é oxidado e,
por isso, transformado em dihidroxiacetona-fosfato.

Conclusões:
 Por cada molécula de NADH oxidada forma-se uma molécula de FADH2.
 Por cada molécula de NADH oxidada produzem-se 2ATP no sistema energético (já que o FAD é menos
energético que o NAD).
 É menos energético que o shuttle malato-aspartato.
 Predomina no músculo esquelético.
SHUTTLE DO LACTATO INTRACELULAR
 No exercício, as concentrações de ADP aumentam e, por isso, a glicólise é estimulada
produzindo-se, então, grandes quantidades de NADH e piruvato. Deste modo, se o indivíduo
não for treinado, a mitocôndria fica saturada e, por isso, a entrada do NADH e do piruvato para
a mitocôndria entra em ruptura, já que esta não permite a entrada destas substâncias na
totalidade. Assim, o NADH e o piruvato que estão em excesso e que, por isso, não entram para
a miticôndria, reagem entre si, por acção da LDH, existente na matriz da mitocôndria, e dão
origem ao lactato e ao NAD+:

LDH
NADH + H+ + Piruvato NAD+ + Lactato

 O lactato entra na mitocôndria e é oxidado:

LDH
NAD+ + Lactato NADH+ H+ + Piruvato
 Nos nossos músculos, temos a presença de mitocôndrias e, dentro destas, ocorrem algumas
das reacções referentes a este shuttle, para além das que ocorrem no cytosol.

 Conclusão: Por cada molécula de NADH oxidada, produzem-se 3 ATP no sistema energético.
Enzima monoclonal – Só se liga à LDH para a marcar.
SHUTTLE DE LACTATO ENTRE ORGÃOS
SÍNTESE E QUEBRA DE GLICOGÉNIO

Enzima-chave

Glicogénio sintetase

Adrenalina (lento)
Ca2+ (rápido) Fosforilase
Pi

Activada para fosforilar


GLICOGENÓLISE
No metabolismo de glicogenólise, o cálcio (Ca2+) e
o fosfato (Pi) ajudam a que a enzima Fosforilase-
kinase-PO4, activa, possa degradar a glicose. Quer um
quer o outro são agentes estimuladores rápidos da
activação da principal enzima da glicogenólise, a
fosforilação.

Na glicogenólise, o glicogénio sintetase é a


principal enzima reguladora.

O mecanismo lento é desencadeado por via


hormonal, por libertação de adrenalina. Em função da
necessidade mais ou menos rápida da degradação de
glicogénio, assim predomina mais um ou outro
mecanismo de activação da fosforilase e,
consequentemente, da glicogenólise.
REGULAÇÃO DA GLICOGÉNESE E DA GLICOGENÓLISE
PARADOXO DA GLICOSE
GLICONEOGÉNESE

O fígado transforma alanina, piruvato e lactato em glicose.


PERCURSORES AMINOÁCIDOS GLICONEOGÉNICOS
GLICONEOGÉNESE

Fosfatoenolpiruvato-
carboxikinase
Fosfatoenolpiruvato-
carboxikinase
VIA DAS PENTOSES-FOSFATO (ALTERNATIVA DA
GLICÓLISE)

Síntese da ribose para a formação de nucleótidos e


ácido nucleico, sendo esta muito importante para a
destes últimos.
Geração de NADPH, agente redutor muito forte, para
reacções antioxidantes, síntese de ácidos gordos e
esteróides (stress oxidativo).
OXIDAÇÃO
 Catabolismo de proteínas, gorduras e hidratos de
carbono ocorre em três etapas da respiração
Lactato
celular.
 Etapa 1: Oxidação de ácidos gordos, glicose e alguns Elevado fluxo
aminoácidos ligados à acetil-CoA. glicolípido

 Etapa 2: Oxidação dos grupos acetil via ciclo de


Krebs, incluindo quatro passos onde os electrões
são abstraídos.

 Etapa 3: Electrões levados pelo NADH e pelo FADH2


são introduzidos na cadeia transportadora de
electrões na mitocôndria, a cadeia respiratória,
ultimamente reduzindo 02 para H20. Este fluxo
electrónico controla a síntese de ATP, o processo de
fosforilação oxidativa.

Ciclo de Krebs = Ciclo de ácido cítrico = Ciclo dos ácidos tricarboxilícos


ESTRUTURA MITOCÔNDRIAL

• Altamente permeável
• Duas membranas
• Membrana interna envaginada
• Apenas 13 proteínas mitocôndriais são sintetizadas pelo DNA mitocôndrial.
As restantes apenas o são no DNA nuclear.

Proteína transportadora onde o ATP formado é translocado e


substituído pelo ADP, sendo a sua grande parte produzida na
mitocôndria.
SISTEMAS DE TRANSPORTE MITOCÔNDRIAL
 Os processos involvem:
 Teoria quimiosmótica

 Fluxo de electrões sobre a cadeia de transportadores da membrana

 Retirando energia através de “saltos” protónicos, criando um gradiente protónico

 Descarregamento do gradiente protónico através da ATP sintetase (Complexos F) para criar ATP.

Maiores sistemas de transporte da membrana interna da mitocôndria para substratos respiratórios e


produtos. A translocase fosfato e a translocase adenina nucleotídica movem substratos para a fosforilação
oxidativa (ATP e Pi) para dentro da mitocôndria e os produtos (ATP) para fora. Os outros sistemas de transporte
movem substratos e produtos para a oxidação do ciclo de ácido cítrico, dentro ou fora da matriz, como ditado
pela necessidade metabólica da célula.
Transportador de fosfato

Transportador de piruvato
ACTIVAÇÃO DO COMPLEXO PDH
São inibidores da actividade
da piruvato desidrogenase
Aminoácido

Inactivação

Activação
CICLO DE KREBS
Desidrogenase piruvato
Muita concentração
Citrato tem três grupos de NADH na matriz
carboxílicos
leva a mitocôndria a
Aconitase um estado
mitocôndrial muito
Consumo de água

Libertação de mais um NADH reduzido, sendo


assim muito
Importante na
3 fosfatos
síntese de ATP
importante.

5C Desidrogenase isocitrato
4C Uma das principais reguladoras do ciclo
Estimulada com a presença de NADH

CS
IDH

CDH

- Locais-chave do ciclo de Krebs


 Descarboxilação – Leva a que um CO2 seja libertado.

 Ácido pirúvico – 3C – convertido em acetil-CoA – 2C.

 Acetil-CoA combina com oxaloacetato (4C) para formar citrato (6C).

 Citrato é metabolizado para oxaloacetato – Leva a que 2 moléculas de CO2 sejam libertadas.

 Produz três moléculas de NADH e um FADH, importantíssimas para a produção de energia, no seu estado
reduzido – Fundamental para a teoria quimiosmótica.

 Também forma uma molécula de GTP, que produz um ATP.


ORGANIZAÇÃO DA CADEIA TRANSPORTADORA
DE ELECTRÕES NA MITOCÔNDRIA
Membrana interna mitocôndrial

Fica temporariamente reduzido

Co-enzima “Q”

Única que faz parte


do ciclo de Krebs

Importantíssima para a aceitação de


Vai doar os seus electrões à proteína
electrões dos complexos I e II.
cytochrome c oxidase
 Resumo do fluxo de electrões e proteína através dos quatro complexos da cadeia respiratória.
Electrões chegam à Co-Enzima Q via os complexos I e II. CoQH2 serve como transportador
móvel de electrões e protões e transfere electrões para o complexo III, que os transfere para
outra ligação conectada móvel, cytochrome c (citocroma c). O complexo IV vai transferir
electrões desde o cytochome c reduzido para o 02. O fluxo de electrões pelos complexos I, II e
IV é acompanhado pelo fluxo de protões desde a matriz até ao espaço intermembranar.
Electrões provenientes da β-oxidação dos ácidos gordos pode também entrar na cadeia
respiratória pelo UQ. Um quinto complexo irá utilizar a energia proveniente do transporte
electrónico para sintetizar ATP, sendo aqui que ocorre a fosforilação oxidativa. O aceitador final
de electrões é o oxigénio.

 A membrana torna-se muito permeável, pois se abrisse portas, todos os hidrogénios voltavam
para a matriz. Este gradiente ou força proto-motriz pode servir como tampão e ser importante
para capturar cálcio.
Vai ceder um
dos seus

Formação do fosfatos para


formar a
gradiente
creatinafosfato
protónico Qi

ATP synthase
ADP
UGP
AM

Ca2+ ATP
COMPLEXO I
COMPLEXO II E CO-ENZIMA Q
COMPLEXO III
COMPLEXO IV
BIOENERGÉTICA NO TRANSPORTE DE
ELECTRÕES NA MITOCÔNDRIA

Necessita energia para permitir o bombardeamento protónico para que estas possam
libertar electrões para o espaço intermembranar.
VIA DE TRANSPORTE DE ELECTRÕES NA
MITOCÔNDRIA
MODULAÇÃO DA ETC E DA FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
REGULAÇÃO DA FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
 A gordura de Brown potencia calor fosforilação oxidativa
não-acopulada pelo transporte de electrões.

 Dinitrofenol é um agente não-acopulante uma vez usado


como medicamento dietético.
RESUMO DAS VIAS METABÓLICAS
CONVERSÕES METABÓLICAS DOS NUTRIENTES

Catabolismo – Degradação de gordura ≠ Anabolismo – Acumulação de gordura


 Glicólise – Degradação de nutrientes

 Pool‟s:
 Glicose

 Aminoácidos

 Ácidos gordos (livres)

 A intensidade do exercício é que vai determinar o esgotamento de glicose e uso das gorduras
na obtenção de energia – Via lenta

 Fosfocreatina muito potente, mas com pouca consistência – Daí a não se dever usar a
fosfocreatina sempre, quando é desnecessário, de modo a termos esta para uma situação
especial (terramoto, fugir de um leão,…)
ARMAZENAMENTO DE ÁCIDOS GORDOS NO TECIDO

Vesícula

Triacylglycerol - Triglicerol
 Emulsionante – Ajuda a tornar a gordura saudável.

 Lipase – Enzima que degrada lípidos e que é hidrosolúvel.

 Quilomicron – É formado por fosfolípidos, colestrol e epolipoproteínas.

 O fígado secreta a bílis, que se encontra armazenada na vesícula.

 Os ácidos gordos e outros produtos da degradação são envolvidos pela mucosa intestinal e
convertidos em triglicerídeos.

 Os lípidos são transformados novamente na forma de triglicerídeos, sendo envolvidos por


fosfolípidos, colestrol e epolipoproteínas, formando quilomicrons, que os transportam para
determinados sítios.

 No final do processo, os ácidos gordos serão enviados para os adipócitos (tecido adiposo).
ESTRUTURA MOLECULAR DOS TRIGLICERÍDEOS

Quebra das ligações entre


Triglicerídeo – Um glicerol e três ácidos gordos Desidratação Gordura + 3
Hidrólise
Saturados – Mais fáceis moléculas de água

Insaturados – Monoinsaturados ou Poliinsaturados


PASSOS DO CATABOLISMO LIPÍDICO
 Mobilização de Ácidos Gordos – Hidrólise de triglicerídeos armazenada em adipócitos.
Armazenamento na forma de triglicerídeos. Regulação hormonal vai permitir a sua activação.

 Circulação – Transporte plasmático, pelo plasma sanguíneo, de ácidos gordos com albumina
para o músculo

 Absorção – Entrada de ácidos gordos no músculo (FABP – Fatty acid binding proteins)

 Activação – Formação de acyl-CoA gordo (ácido gordo) no cytosol, dependente de ATP (A sua
degradação dá-se na mitocôndria).

 Translocação – Transporte do acyl-CoA gordo para a mitocôndria através do shuttle de


carnitina.

 β-oxidação – Produção do NADH, FADH2 e acetil-CoA a partir do acyl-CoA gordo.

 Oxidação mitocôndrial – Ciclo de Krebs e cadeia transportadora de electrões (Piruvato vai


para a mitocôndria – Acetil-CoA + Oxaloacetato = Citrato (Ácido cítrico).
MINI-RESUMO DO PROCESSO DO CATABOLISMO
LIPÍDICO
 Mobilização – Em determinadas circunstâncias, hormonas como as catecolaminas e a glicagina vão
contactar com receptores, activando a proteína G, sendo que esta, por sua vez, vai activar a adenil-ciclase
que, num processo dependente de ATP, activa o cAMP. Este último vai activar as proteínas cinases que, ao
doarem grupos fosfato, vão activar outras proteínas, como é o caso da triacilglicerol-lipase, que hidrolisa
triglicerídeos, formando-se ácidos gordos.

 Circulação – Os ácidos gordos formados vão ser transportados no sangue, associados à albumina, até
às células musculares.

 Absorção – Os ácidos gordos são absorvidos pelas células musculares, pela associação à FABP (Proteína
de ligação entre ácidos gordos).

 Activação – Os ácidos gordos são activados pela acil-CoA sintetase, incorporando-lhes acetil-CoA,
formando-se acetil-CoA gordo, isto é, um ácido gordo activo.

 Translocação – Este acil-CoA tem que entrar na mitocôndria, mas a membrana externa desta é
impermeável a este. Sendo assim, ele entra na mitocôndria através do shuttle de carnitina. Por acção da acil
carnitina transferase, o acil-CoA gordo separa a sua CoA, associando-se à carnitina e formando acil-carnitina,
estando então “autorizado” a entrar na mitocôndria. Já no interior deste organelo, após a acção da acil-
carnitina transferase II, a acil-carnitina forma acil-CoA.
 β-oxidação – Trata-se de um processo regulado por 4 passos.
 1ºpasso – O acil-CoA saturado sofre acção da acil-CoA desidrogenase e é oxidado, formando FADH2 e
acil-CoA insaturado.

 2ºpasso – Sofrendo acção da enolhidrase, transforma-se em β-hidroxiacil-CoA.

 3ºpasso – Este é oxidado pela hidroxiacil desidrogenase, formando NADH e β-cetoacil-CoA.

 4ºpasso – Por acção da β-cetotiolase, forma acetil-CoA.

Nota: Tal como no ciclo de Krebs, há a formação de equivalentes reduzidos (NADH e FADH2). Então, como
os ácidos gordos são cadeias de carbono (saturadas ou insaturadas), cujo seu número de carbonos é
variável, existem ácidos gordos de cadeia curta e de cadeia longa.
PRINCIPAIS CLASSES DE RECEPTORES DA
SUPERFÍCIE DA CÉLULA
PROTEÍNA G NA LIPOLISE
O receptor da proteína G é hormonal
(recebe a glicagina), estando
associado à proteína G, podendo não
actuar sobre a Adenilyl cyclase, que
converte ATP em cAMP, através de
um processo energético.
Caso o faça, activa a proteína cinase
A, que irá fosforilar outras proteínas
(as lipases dos triglicerídeos),
levando ultimamente a uma resposta
por parte da célula.
Estas lipases, ao sofrerem hidrólise,
libertam glicerol e formam ácidos
gordos, como a albumina.
TRANSPORTE DE ÁCIDOS GORDOS DESDE OS
ADIPÓCITOS PARA OS MIÓCITOS
A Serum albumin é uma proteína que se encontra dentro do
vaso sanguínea e que servirá como transportadora de ácidos
gordos antes do processo da β-oxidação. Esta última terá
lugar na matriz mitocôndrial.
RESUMO DO PROCESSO
 O corpo tem um suplemento limitado de glicose relativa à energia armazenada como gordura.
 Há 3 tipos de fontes de ácidos gordos para metabolismo energético nos animais: triglicerois
dietéticos das refeições, triglicerois sintetizados no fígado durante os períodos onde os fontes
energéticas internas são abundantes e triglicerois armazenados em adipócitos como gotico-
lípidos.
 Triglicerois dietéticos das refeições têm origem nas gorduras das comidas que ingerimos. A
quebra deste triglicerois ingeridos não ocorre no estômago, mas apenas começa quando parte
da comida digerida entra no intestino grosso.
 Quando as fontes de comida excedem as necessidades imediatas do corpo, regista-se um
excesso de energia, que é prontamente metabolizada e guardada como triglicerois dietéticos
em células gordas.
 A comida viaja até ao estômago, onde é digerida nos seus componentes, incluindo gorduras
(triglicerois).
 Estas moléculas depois viajam para o intestino grosso onde a bílis da vesícula emulsiona as
gorduras dietéticas relativamente insolúveis para formar micelas.
 Triglicerois formam micelas com núcleos não polares e são circulados por sais biliares durante
a solvatação. Os grupos R dos triglicerois são não polares, portanto eles apontam ao centro
das micelas.

 Depois, as micelas continuam pelo intestino grosso. Aqui uma enzima designada pancreatic
lipase degrada os triglicerois em ácidos gordos mais glicerol (Sofre hidrólise).

 Os triglicerois são depois embalados com apoproteínas e colestrol em complexos sangue-


solúveis, chamados chylomicrons. Estes movem-se ao longo das membranas dos vasos
sanguíneos e dentro do fluxo sanguíneo.

 Os chylomicrons viajam através do fluxo sanguíneo e têm dois destinos possíveis. As gorduras
formadas no sangue podem viajar para as células gordas (adipócites) para reserva ou para
células musculares para quebra como combustível para energia.

 Para armazenamento da gordura nos adipócites, o triglicerol é clivado (cortado) na parede do


vaso sanguíneo pela lipoproteína lipase em ácidos gordos e glicerol. Estes compostos viajam
para a célula adipócita e são depois armazenados como triglicerois em gotículas de gordura.
 Claro que, se estivermos em exercício depois de comer, a gordura dietética vai ser utilizada nas
células musculares como energia.

 Durante exercício extensivo, como os músculos vão usar rapidamente o pequeno lote de
glicogénio armazenado no corpo, a energia guardada como gotículas de gordura nos
adipócites ficam móveis (são libertados) para trazerem reservas de energia para as
rapidamente miócites respiráveis.
 Resumidamente:
Os triglicerois na comida não são solúveis na água. Portanto a sais biliáticos como cholate e
glycocholate devem solvê-los para os tornar mais acessíveis às enzimas solúveis na água, como as lipases.
Os sais biliáticos rodeiam os ácidos gordos não polares e orientam os seus grupos hidrofóbicos e
carregados para as moléculas de água circundantes, dramaticamente aumentando a solubilidade do
triglicerol.
Uma vez solvatados, as barreiras segurando os ácidos gordos para o esqueleto do glicerol são
quebradas pelas enzimas designadas lipases. Isto acontece no intestino grosso.
Os ácidos gordos e glicerol são absorvidos para a mucosa intestinal.
Dentro da mucosa intestinal, os ácidos gordos e os glicerois são resintetizados em triglicerois. Depois
eles são recombinados com colestrois dietéticos e proteínas especializadas para formarem agregados,
chamados chylomicrons.
Os chylomicrons são transportados por via do fluxo sanguínea para os adipócites (para
armazenamento) ou miócites (para metabolismo energético). Os ácidos gordos armazenados nos adipócites
podem, mais tarde, ser libertados e ser transportados para miócites por serium albinum.
SHUTTLE DE CARNITINA – ENTRADA DE ÁCIDOS
GORDOS PARA A MITOCÔNDRIA

Muito específico
ACTIVAÇÃO EMPARELHADA DE ÁCIDOS GORDOS
DENTRO DO MÚSCULO
TRANSLOCAÇÃO DO ÁCIDO GORDO ACYL-COA
ATRAVÉS DA MEMBRANA, PELA CARNITINA

Como o Acyl-CoA não consegue entrar na membrana mitocôndrial por si


próprio, precisa da ajuda da transferase de carnitina para o poder fazer.
Já dentro da matriz mitocôndrial, a
transferase de carnitina vai dispôr o
acyl-CoA de acordo com a imagem,
podendo num dos casos levar ao
ciclo de β-oxidação

Ciclo de β-oxidação
RESUMIDAMENTE…
CICLO DE ΒETA-OXIDAÇÃO
Menos 2C que o primeiro Perdem-se 2C entre ciclos para o ciclo de Krebs Corta uma ligação entre 2 C
Continuação para o novo ciclo
Início do processo Fim do processo

1ºpasso
CoA > Acetyl-CoA
4ºpasso

H20
(HADH)
Seguem para a cadeia
2ºpasso 3ºpasso CoA > β-ketoacyl-CoA
transportadora de
electrões

Adiciona-se para se formar acetil-CoA e para continuar disponível


o acyl-CoA no ciclo normal
EM RESUMO
 Reacção 1 (1ºpasso)  Reacção 4 (4ºpasso)
 Oxidação do acyl-CoA  Clivagem de barreiras entre carbonos α e β
 Catalisado pela acyl-CoA desidrogenase  Catalisado pela tiolase
 Origina um FADH2  Requer CoA
 Forma acetil-CoA (entra no ciclo de Krebs)
 Reacção 2 (2ºpasso)  Forma acyl-CoA (gordo) – perde 2 carbonos
 Hidratação (+ 1 H2O) (re-entra na β-oxidação)

 Catalisado pela Enoyl-CoA hidratase


 Origina β-hidroxiacyl-CoA Quebra de gorduras em:
 Acetil-CoA > Ciclo de Krebs

 Reacção 3 (3ºpasso)  FADH2 – Fosforilação oxidativa

 Oxidação  NADH – Fosforilação oxidativa

 Catalisado pela Hidroxiacyl-CoA desidrogenase


 Origina um NADH Separa dois carbonos por ciclo por acetil-CoA
 Acyl-CoA restante continua no ciclo.
14 carbonos de ácidos gordos
6 rondas na β-oxidação
7 acetyl-CoA formados
INTERCONEXÕES DO CICLO DE BETA-OXIDAÇÃO
(CICLO DE KREBS)
CICLO DE KREBS
Glicólise

Ácidos gordos β-oxidação


emparelhados

Ácidos gordos
desemparelhados
(ímpares)

Propionil-CoA
ACOPULADA COM A PRODUÇÃO DE ATP
PEROXISSOMAS

NÃO ACOPULADA COM A PRODUÇÃO DE ATP


CADEIA MUITO LONGA DE ÁCIDOS GORDOS
BETA-OXIDAÇÃO NAS MITOCÔNDRIAS VS NOS
BETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GORDOS ÍMPARES
OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GORDOS E
CETOGÉNESE NO FÍGADO
(espontânea) Acetona
Acetoacetato
β-Hidroxibutirato

Cetogénese – Nível hepático

2 acetil-CoA
Entra na β-oxidação

Produção excessiva de Acetil-


CoA na β-oxidação, pode
levar a pouca glicose e a
pouca formação de
oxaloacetato.
PONTO FINAL DOS CORPOS CITÓTICOS NO
MÚSCULO ENERGÉTICO
METABOLISMO CATABÓLICO DE RÁPIDO ESTADO

Numa corrida do deserto, por exemplo, os níveis de acetil-CoA encontram-se baixos, o que leva
a uma paragem do ciclo de Krebs, para renovação do acetil-CoA e para enviar este para o
cérebro e não para os músculos.
CETOGÉNESE (FORMAÇÃO DE CORPOS
CITÓTICOS)

O excesso de corpos citóticos (citoses) nos


diabéticos leva a uma elevada acidose.
RESUMO DO METABOLISMO MITOCÔNDRIAL
DEGRADAÇÃO DAS PROTEÍNAS INGERIDAS
PELO SER HUMANO
Proteína – Macronutriente com menor peso
durante o funcionamento de energia no
exercício.
Contribui apenas com 10% da energia gasta
nas diferentes actividades físicas.

Estômago – Qualidades especiais para


aguentar um componente muito ácido, fruto da
ligação do suco gástrico. O duodeno não tem a
mesma capacidade.

Duodeno – Responsável pelo


bombardeamento com base, especialmente ião
bicarbonato. Centro de apoio – “Call center”
 Para além do bicarbonato, o pâncreas também produz proteases.
 Se a reacção (ácido-base) ocorrer fora do tubo pancreático, o pâncreas pode começar a ser
degradado – Entupimento.

 Barriga de uma criança subnutrida – Não faz exercício, buscando energia às reservas de
hidratos de carbono e de gorduras. Não havendo recurso a estas, que é o que acontece, há
recurso às proteínas, originando a barriga. O tecido abdominal é tão fraco que há uma
“protusão” das vísceras abdominais.

 A degradação oxidativa pode ser levado a cabo pelos aminoácidos quando:


 Síntese e degradação de proteínas celulares normais, quando os aminoácidos que são libertados da
quebra das proteínas não são necessários na síntese de novas proteínas.
 Quando a dieta é rica em proteínas e os aminoácidos ingeridos excedem a necessidade do organismo
para a síntese de proteínas, já que eles não podem ser armazenados.
 Durante a fome, exercício físico prolongado ou diabetes descontrolados, quando os hidratos de carbono
são ora indisponíveis ora não correctamente utilizados (aminoácidos usados como combustível).
AMINOÁCIDOS NECESSÁRIOS E
DESNECESSÁRIOS

Não essenciais – Sintetizados no organismo; Não essenciais na alimentação


Essenciais – Não sintetizados no organismo; Essenciais na alimentação
ESTRUTURA GLOBAL DOS AMINOÁCIDOS E
FORMAÇÃO DE PEPTÍDIOS

Grupo Carboxilo Na estrutura dos


aminoácidos, o que os
distingue é a cadeia
lateral (R).
Cadeia
lateral
Desidratação

Grupo Amina

Importância grande para a Ligação peptídica


formação de polipeptídios -
Hidrólise

Terminal N Terminal C
POOL DE AMINOÁCIDOS NO CORPO

Sai do corpo

Cada cadeia polipeptídica

Gliconeogénese possui uma ligação


Entra no corpo
peptídica entre dois
através da dieta
aminoácidos.

Maturação proteica:
Primária – Linear
Formas
Secundária
Grupo amina
cada vez
Terciária
mais
Quaternária
enroladas
RESUMO DO CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS
NOS MAMÍFEROS

“Turnover”

1ºpasso de degradação de aminoácidos

“Resto” dos
aminoácidos

Excretados na urina
Restantes componentes do
ciclo de Krebs
TRANSAMINAÇÃO (REMOÇÃO DOS GRUPOS
AMINA DOS AMINOÁCIDOS)

H3N+

+ H3N+

aminotransferase Aminoácido

L-aminoácido α-cetoácido sem grupo


α-cetoglutarate L-glutamate amina

 O transporte de amina serve para recolher os grupos amina de diferentes aminoácidos na


forma de Glutamato.

 O Glutamato vai depois funcionar como dador de amina para vias biosintéticas ou para vias
excretoras, eliminando produtos nitrogenosos desnecessários.
TRANSAMINAÇÃO E DEAMINAÇÃO OXIDATIVA
Deaminação oxidativa
NAD+ NADH
Transaminação

Reduz
Viagem do grupo amina desde que pertence ao aminoácido até ao momento em que é expelido pela
urina.
A deaminação oxidativa actua sobre o glutamato, dando origem ao α-cetoglutarato e ao grupo amina,
sendo que este vai para a urina.
Um dos principais
REACÇÕES DE TRANSAMINAÇÃO COMUNS
DEAMINAÇÃO OXIDATIVA NA MITOCÔNDRIA

 Ocorre, essencialmente, na matriz mitocôndrial no fígado

 Envolve NAD+ como agente oxidante

 Reacção catalisada pela glutamate desidrogenase

 Nível hepático e, em alguns casos, renal.


CASOS ESPECIAIS DO GLUTAMATO, DA
GLUTAMINA E DA ALANINA
1. No cytosol dos hepatócitos, os grupos amina são transferidos para o α-cetoglutarate para
formar glutamato, que entra na mitocôndria e dá o sue grupo amina para formar amónio
(NH4+), usado na biosíntese de outros aminoácidos, nucleótidos ou excretados;

2. Excesso de amónio (componente tóxico que deve ser convertido num não-tóxico antes e ser
exportado para o fígado através do fluxo sanguíneo) na maioria dos outros teciso extra
hepáticos é convertido em glutamina e transportada para o fígado, sendo depois para a
mitocôndria dentro dele;

3. No músculo esquelético, os grupos amina são transferidos para o piruvato para formarem
alanina, que os transporta para o fígado.
GLUTAMINA RELACIONADA COM O TRANSPORTE DE
AMÓNIO A PARTIR DE TECIDOS EXTRA HEPÁTICOS

Glutamato

Necessita de ser mediadamente trabsformada


em glutamina.
Voltando a sofrer desidrogenase, transforma-se
em glutamate.
CICLO GLUTAMINA-GLICOSE

Deaminação
oxidativa

No músculo não é tanto assim. Trata-


se de um caso especial!
CICLO ALANINA-GLICOSE
Glicólise

Alanina aminotransferase

Alanina pode ser transformada no sangue.

Ciclo da

Gliconeogénese ureia
RESUMO DA METABOLIZAÇÃO DOS
AMINOÁCIDOS NO FÍGADO

Transaminação
CICLO DE UREIA E REACÇÃO QUE ALIMENTAM
OS GRUPOS AMINO DENTRO DO CICLO
Gasto por cada grupo amina: 3 ATP Gasto de energia

Fora da
mitocôndria

Adição de
Gasto de energia
aspartato
Arginina succinato

Ciclo de
Krebs
Oxaloacetato

Um grupo amina
Hidrólise Marate

Fundamental 2 grupos amina


Composto que se forma fora da
(Mitocôndria vai
mitocôndria e que vai para dentro desta.
± 2,5 ATP excretar ambos, um
Ciclo da ureia – Forma de nos vermos livre do grupo amina
de cada vez).
DESTINO METABÓLICO DO AMÓNIO NA
MITOCÔNDRIA DO FÍGADO

Dentro da Mitocôndria

Forada Mitocôndria
CONEXÕES ENTRE OS CICLOS DA UREIA E O DE
KREBS (BICICLO DE KREBS)

A excreção de ureia não é um processo dispendioso porque, a uma dada altura, temos formação de fumarate,
transformando-se em malato e, depois, oxaloacetato modificando o NAD+ para o NADH, que se traduz por 2,5 ATP
por cada grupo amina, e que mais tarde, através da TGO, o oxaloacetato passa a aspartato, voltando a entrar no ciclo
de ureia.
RESUMO DO CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS
Grupo amina

No seu final, vai


gerar energia!

Diabético com pouca concentração


de ácidos gordos

Portanto, o oxaloacetato sofre gliconeogénese,


formando a glicose.
DEFINIÇÃO DE STRESS OXIDATIVO

Radicais livres ou espécies reactivas são átomos ou moléculas com um electrão desemparelhado na
órbita externa e, por isso, são muito instáveis/reactivos. Adquirem estabilidade quando se associam, por
exemplo, a fosfolípidos, proteínas e RNA, alterando-os e às suas funções, pelo que uma concentração
acrescida de radicais livres afecta a funcionalidade das células.
Mas também têm papéis positivos, quando associados à adaptação celular e sinalização.
SISTEMAS BIOLÓGICOS E ESPÉCIES REACTIVAS
Mecanismos Fontes

de auto- associadas

formação ao meio
ambiente
REDUÇÃO DO OXIGÉNIO MOLECULAR
PRODUÇÃO DO RADICAL HIDROXILO
ESPÉCIES REACTIVAS
XANTHINE OXIDASE

Fonte endogéna de produção


MIELOPEROXIDASE E OXIDASE DO LEUCÓCITO
NADPH

Sistema de
Produção de
produção de
espécies
radicais
reactivas de
oxigénio

À medida que a quantidade de VO2 aumenta, a produção de ROS também o faz, porém não em proporcionalidade
directa.
“Fuga” de electrões para o oxigénio, formando-se o peróxido de hidrogénio (Hidroxilo +
Óxido nitrico).

MITOCÔNDRIA
Uma maior duração ou intensidade de exercício leva a uma maior produção de
oxigénio, logo a uma maior produção de radicais. Porém, o desporto não é nefasto,
visto que as células, na presença de radicais, formam antioxidantes.

Potencial fonte de radicais livres de oxigénio


aquando de enfartes de miocárdio.
A produção de espécies reactivas ocorre:
 Em exercício físico intenso em que há falta de
oxigénio e os nutrientes para produção de energia .
Formam-se produtos resultantes da utilização
excessiva de ATP (espécies reactivas);
 No sistema de xanthine oxidase, com formação de
ácido úrico e superóxido;
 Em caso de lesão tecidual há infiltração de células
do sistema imunitário (neutrófilos), que têm como
função regenerar ou destruir as células lesadas, pelo
 Na mitocôndria, nomeadamente na que produzem espécies reactivas;
cadeia transportadora de electrões há
Componentes da membrana
electrões que escapam para o oxigénio,
Revertido pelos
formando-se radicais livres (2% a 5% do antioxidantes, que
oxigénio que inspiramos serve para a baixam o nível de
produção de radicais). controlo.

 Os principais radicais livres são:


superóxido, o peróxido de hidrogénio, o
hidroxilo e o peróxido de nitrito.
ANTIOXIDANTES
São compostos que servem para neutralizar os radicais livres , que podem ou não atrasar ou inibir
a modificação oxidativa das moléculas como sejam os lípidos, proteínas e DNA.
Podem ser inductíveis ou de dieta.
Uma suplementação exagerada de antioxidantes é prejudicial, na medida em que inibe o
desenvolvimento dos sistemas antioxidantes.
No exercício físico tanto se produzem mais espécies reactivas como se originam mais sistemas
antioxidantes.
ESPÉCIES REACTIVAS, ANTIOXIDANTES E
SISSTEMAS BIOLÓGICOS
PAPEL ANTIOXIDANTE DA GLUTATIONA

Glutationa Peroxidase

Via das pentoses-


fosfato como via de

Neutraliza a glutationa obtenção de NADPH


Agente redutor
NADP DEPEDENTE DE IDH
CICLO INTER-ÓRGÃOS DA GLUTATIONA
SINERGISMO ENTRE GLUTATIONA E VITAMINAS C
eE
ANTIOXIDANTES ENZIMÁTICOS
PAPEL FISIOPATOLÓGICO DAS RONS
 Doenças neurodegenerativas
 Esclerose lateral amiotrófica: Deficiência SOD

 Doenças de Huntington: Mitocôndria

 Doença de Parkinson

 Doença de Alzheimer

 Doenças cardiovasculares
 Ateroesclerose/Oxidação LDL

 Lesão I/R

 Cancro

 Envelhecimento
STRESS OXIDATIVO

 O stress oxidativo é uma situação patogénica ou produção de radicais livres sem que os sistemas
antioxidantes tenham capacidade de os neutralizar.

 O stress oxidativo está relacionado com doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, envelhecimento e


doença.

 A sinalização induzida pelas espécies reactivas pode conduzir a mecanismo de morte celular (necrose e
apoptose) se a célula canalizada estiver danificada, sem possibilidade de regeneração, tornando-se
prejudicial.
DESTINO CELULAR NUM ORGANISMO
MULTICELULAR
Diferenciação Proliferação

• Destino da célula decidido por


sinais promotores e de
sobrevivência
• Factores sobrevivenciais: Para
a manutenção da célula
• Factores promotores: Para a
proliferação celular,
diferenciação, apoptose e
transformação.

Apoptose Transformação
NECROSE E APOPTOSE
APOPTOSE

Estimula a apoptose
Via mitocôndrial

Via associada ao
retículo

Proteína efectora

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