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Diabetes

Diabetes: é um grupo de doenças heterogêneas que promove hiperglicemia sustentada


(constante), causada pela diminuição relativa ou absoluta de insulina. Isso ocasiona alterações
no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, evoluindo para comprometimento da
função e da estrutura vascular.

A diabetes é um dos fatores agressores (assim como HAS, tabagismo e estresse) que podem
causar disfunção endotelial. Isso por que ocorre aumento da permeabilidade da íntima às
lipoproteínas do plasma e o surgimento de moléculas de adesão leucocitária na superfície do
endotélio. Essas alterações causam aterosclerose, que no caso da diabetes, afeta primeiro
vasos de pequeno calibre.

Diabetes x hipertensão: têm o mesmo efeito – aterosclerose e lesão endotelial. A diabetes


afeta primeiro pequenos vasos e a hipertensão vasos de grande calibre. Por isso sua associação
é perigosa, pois gera lesões sistêmicas.

*O aumento da presença de glicose no sangue aumenta a chance de ocorrerem reações


bioquímicas, gerando moléculas pesadas que migram para a periferia, lesando o endotélio. Há
mais glicose onde o fluxo é menor, por isso afeta os microvasos.

*Diabetes tipo 1 pode ser prevenida por aleitamento materno (quando imunomediada, não
idiopática). Para a diabetes tipo 2, a melhor forma de prevenção é a perda de peso e exercício.

Diabetes tipo 1: É uma doença autoimune, devido a um vírus que causa uma interpretação
errada do SI, gerando anticorpos anti-insulina, anti-ilhota ou anti-GAD; destruindo a célula
beta. Só começa a ter clinica quando já perdeu 60-70% das células.

Diabetes tipo 2: Pela alimentação ruim e falta de exercícios, ocorre excesso de glicose. Por isso
ocorre um processo de down regulation dos receptores de insulina (GLUT4), desenvolvendo
uma resistência insulínica. A contração muscular expressa GLUT4 mesmo sem insulina, por isso
o exercício físico é a prevenção primária não medicamentosa.

 A glicemia de jejum é a forma diagnóstica mais utilizada. O valor normal é <100. Acima
de 126 é diabetes. Entre esses valores deve ser refeito. Também pode ser feito um
teste após 2 horas de sobrecarga de glicose (Normal <140).
 A glicemia em jejum alterada indica falência de células beta, não suficiente para elevar
até 126. Já a tolerância a glicose diminuída indica resistência insulínica.
 Pode ser feito o teste da hemoglobina glicada (>6,5% é diabetes).

MEDICAMENTOS
 Estimulam liberação de insulina: sulfoniluréias + análogos de meglitinidas
+incretinomiméticos + inibidores de DPP4.
 Diminui liberação de glicose pelo fígado: biguanidas
 Diminui resistência insulínica: tiazolidinadionas
 Diminui absorção de carboidratos: inibidores da alfa-glicosidade
 Diminui reabsorção de glicose renal
 Reposição hormonal de insulina: insulina e análogos
SULFONIURÉIAS
Agem estimulando a liberação de insulina pelas células beta. A diferença entre elas é o tempo
de meia vida (os de segunda geração são maiores). Glibenclamida e glimepirida. A eficiência de
um medicamento é medido or sua redução da hemoglobina glicada. As sulfoniuréias abaixam
em 1,5 - 2. A meta de hemoglobina glicada é em media 7 ou 8.

*A combinação de remédios de diferentes classes não soma a capacidade de redução da


hemoglobina glicada. Apenas aumenta de pouco em pouco, até um limite.

Mecanismo de ação: As sulfoniuréias se ligam a receptores próprios nas células beta do


pâncreas  fecha canais de K+ ATP dependentes  facilita a despolarização ada membrana
celular, o influxo de Ca+ e a liberação de insulina.

Vantagens: reduz risco de complicações microvasculares e promove uma redução


relativamente maior da hemoglobina glicada (porém esse fato também pode gerar
hipoglicemia se não se alimentar na hora correta). Outras desvantagens – favorece o ganho de
peso e não protege contra retinopatia. Além de ter efeito cardiotóxico.

PROVA

 Teste oral de tolerância à glicose: 75g de glicose e analisa após 2 horas.


 Repaglinida: hipoglicemia e aumento de peso (sulfoniuréia)
 *Metformina causa flatulência e diarreia. Absorve bem VO.
 *Exenatida aumenta sitagliptina (diretamente) e GLP1 (indiretamente).
 RENAME: gliclazida (sulfoniureia) e metformina (biguanida)
 Insulina + metildopa: paciente gestante com hipertensão
 GLP1: NÃO aumenta risco de hipoglicemia
 Pancreatite aguda: incretinomiméticos
 Tosse -> ENALAPRIL; dor muscular -> SINVASTATINA; diarreia -> metformina
 Inibidores da DPP AUMENTAM o GLP1
 IECA devem ser usados se a creatinina estiver acima de 1,5 por piora renal.
 INSULINA NPH antes de deitar: homem não obeso que fez cx coronariana
 Suspender metformina e diminuir glibenclamida: paciente confuso por associação
remédios
 Tomar metoformina após refeições para reduzir desconforto.
 NPH: 18 horas REGULAR: 8 horas
 DPP-IV: há DIMINUIÇÃO do GLP1 Pós prandial
 Lipotoxicidade e glicotoxicidade SÃO fatores q colaboram para falência hepática

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