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O sangue que sai do coração é muito mais forte ou seja, possui muito mais pressão. Assim, as
artérias são muito mais espessas. As veias possuem maior facilidade em distender (alta
complacência) por isso são armazenamentos sanguíneos. As arteríolas regulam o fluxo
sanguíneo pois são invervados, realizando vasoconstrição ou vasodilatação.
O tecido cardíaco é um sincício, funcionando e contraindo como uma só célula. São conectadas
por discos intercalares, formados de desmossomos e junções comunicantes.
O potencial de ação chega na célula e abre os portões de Ca+ voltagem dependentes. Este
cálcio estimula a liberação de mais cálcio (maioria) pelo reticulo sarcoplasmático. O ca+ se liga
à troponina e então ocorre a contração.
A parede do VE é mais espessa que a do VD, por isso, contrai muito mais, para que o sangue
que sai dele tenha mais pressão para participar da circulação sistêmica. Uma falha na válvula
mitral pode causar edema pulmonar por induzir muita pressão nos capilares que chegam ao
AE.
O coração é auto excitável, por isso bate mesmo fora do coração. A inervação do coração serve
para mudar o ritmo cardíaco, mas este possui uma rede elétrica própria.
Feixe internodal: Vai até os miócitos do AD e AE, caracterizando a sístole atrial. Vai também
para o nodo atrioventricular.
Nodo atrioventricular: Atrasa o potencial de ação para que não ocorre a contração atrial e
ventricular ao mesmo tempo!!! Faz isso por meio das fibras de transição (mais finas, menos
Ca+ e menos junções GAP), pelo septo conjuntivo entre o AD e o VD e pela diferença entre os
potenciais de ação para a despolarização do nodo e para a entrada do sódio (entra menos
sódio, atrasa o potencial pois os canais são sódio dependentes).
Rede de Purkinje: Espalha o potencial para os miócitos dos VE e VD, fazendo sístole
ventricular.
Caso o NSA não produza um potencial, o coração não para. Os outros segmentos continuam
produzindo potencial, mas em valores mais baixos, acarretando em bradicardia.
Período refratário absoluto: Enquanto um potencial de ação está ocorrendo não é possível
que ocorra outro, independentemente da força do estímulo.
Em repouso passa 4-6 L de sangue pelo coração por minuto. Em exercício aumenta 4-7x.
** Por isso o uso de beta bloqueadores é utilizado para diminuir a pressão arterial. Bloqueia os
receptores dos canais de Na+. Se abaixa a FC, abaixa também a PA.
** o SNAS inerva todo o coração pois deve ser uma resposta rápida. Já o SNAP usa o nervo
vago, inervando o NSA e NAV, pois trata-se do coração voltando ao seu estado normal.
O débito cardíaco é controlado pelos fatores que controlam o fluxo sanguíneo local, pois estes
se somam formando o retorno venoso. Basicamente, é feito pela alteração do calibre do vaso
por fatores locais, sinais hormonais e sinais neurais.
A vasoconstrição periférica faz com que volte menos sangue, diminuindo o retorno venoso e
consequentemente o débito cardíaco.
Óxido nítrico (NO): Realiza a dilatação de artérias de maior calibre. Um fluxo aumentado em
artérias e arteríolas causa estresse de cisalhamento nas células, devido ao atrito do sangue
contra as paredes dos vasos. Isso causa liberação de NO, dilatando a artéria.
** Esses fatores locais são respostas imediatas (controle agudo). A longo prazo, são feitas
alterações na vascularização do tecido por fatores angiogênicos.
CONTROLE HORMONAL
VASODILATADORES
PRESSÃO ARTERIAL
PA: força exercida pelo sangue arterial/área da parede = DC x RPT (tônus vascular)
PA sistólica: pressão mais elevada durante a sístole do clico cardíaco (Pmax) VD=25 VE=120
PA diastólica: Pressão mais baixa no sist. Arterial sistêmico durante a diástole (Pmin) 8/80. É
menor pois após a sístole as artérias estão expandidas.
A diferença de pressão nos ventrículos se da pois o miocárdio esquerdo é muito mais espesso.
Nervosa - rápido
Reflexo baroceptor
Quimioceptores (corpos carotídeos e aórticos)
Hormonal - mais lento
Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Hormônio anti-diurético (ADH)
Adrenalina e noradrenalina pela medula suprarrenal
Peptídeo natriurético atrial
Rins
Auto-regulação (trocas líquidas nos capilares e estresse-relaxamento)
Hormônio anti-diurético: Liberado pelo hipotálamo, aumenta a reabsorção de água pelos rins.
Isso ocasiona um aumento no volume sanguíneo (DC) e aumento na PA. **aquaporinas
Peptídeo natriurético atrial (PNA): é liberado quando há aumento da PA. Relaxa o músculo
liso vascular, ocasionando vasodilatação e diminuição da RPT e promove perda de sal e água
na urina, abaixando a PA. Atua no córtex da adrenal inibindo a aldosterona.
Rins: é uma regulação a longo prazo, não de efeito imediato. Quanto maior a pressão de
perfusão renal, mais líquido é filtrado e aumenta a diurese. Assim, o débito cardíaco diminui e
a PA normaliza.
Trocas líquidas nos capilares: o aumento das pressão hidrostática capilar, aumenta a filtração
de água para os tecidos, reduzindo PA.
Complacência: capacitância vascular – qtd total de sangue que pode ser armazenada em
determinada porção da circulação para cada unidade de pressão.
C = distensibilidade x volume
Uma veia é mais complacente que uma artéria. Por isso, variações no volume arterial é muito
grave pois altera a PA drasticamente. Isso explica a transfusão sanguínea se dar em veias.
A distensibilidade das artérias reduz a pressão das pulsações para quase nenhuma quando o
sangue atinge os capilares. Isso para que o fluxo seja contínuo.
Pressão atrial direita/ venosa central: tendência do sangue a fluir das veias para o AD e
capacidade do coração de colocar sangue para fora dele. Normalmente é 0 (amb). Pode chegar
em 30mmHg na insuficiência cardíaca.
Bomba venosa: mecanismo que ajuda a veia a aumentar sua pressão. Os músculos as
comprimem para que ocorra o retorno venoso. Quando o musculo esta relaxado, as válvulas
das veias impedem o retorno. Em pacientes com falha nas válvulas as veias são varicosas,
ocasionando edemas.
MICROCIRCULAÇÃO
Os líquidos fluem por osmose através do capilar caso existam poros aquosos e diferença de
pressão. A troca de substâncias tem vários casos:
Equação de Starling: quando a resultante está no sentido do capilar para fora, o processo é
chamado de filtração. Quando está entrando no capilar é absorção.
SISTEMA LINFÁTICO
Constituido pela linfa, vasos e órgãos linfáticos. É uma via acessória pela qual os líquidos
podem ir dos espaços intersticiais para o sangue. Além disso podem transportar ptn e
partículas grandes como as gorduras. Os vasos terminam em dois grandes ductos principais: o
ducto torácico e o ducto linfático que desembocam no ângulo jugulo-subclávio.
Linfa: líquido semelhante ao sangue mas sem hemácias. 99% dos seus glóbulos brancos são
linfócitos. A linfa é renovada e jogada no sistema circular e é constantemente produzida, por
isso a de quem acaba de se alimentar com gordura é muito mais densa do que a da pessoa que
está em jejum.
Fluxo linfático: fluxo lento, 120ml/hr pelo ducto torácico. A intensidade é determinada por:
Órgãos linfoides: tonsilas, timo, linfonodos, baço (não participa da circulação linfática).