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X FATECLOG

LOGÍSTICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO


FATEC GUARULHOS – GUARULHOS/SP - BRASIL
31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019
ISSN 2357-9684

A APLICABILIDADE DOS PRECEITOS DA CURVA


ABC EM UMA UNIDADE OPERACIONAL NO SETOR
MANUAL
MICHEL DE OLIVEIRA SOUZA (FACULDADE DE
TECNOLOGIA - FATEC- MOGI DAS CRUZES)
michel_osouza@hotmail.com
DYENEKER KELTKE BATISTA DE OLIVEIRA
(FACULDADE DE TECNOLOGIA - FATEC- MOGI
DAS CRUZES) dyenekerkeltke@gmail.com
MARCOS JOSÉ CORREA BUENO
(FACULDADE DE TECNOLOGIA - FATEC- MOGI
DAS CRUZES) marcosjcbueno@gmail.com

RESUMO

Este artigo tem como premissa abordar e fazer uma análise sobre a aplicabilidade da curva ABC em uma unidade operacional
no setor manual, abordando as vantagens de seu uso em um eventual aumento de produtividade que pode acontecer
gradativamente, porém imperceptível até o momento que as operações logísticas estejam comprometidas, veremos o efeito
e os benefícios desta aplicação. Foi feito um estudo de caso deste aspecto. A metodologia escolhida foi a exploratório-
descritiva de caráter quantitativo, sendo a célula de trabalho manual chamada de ERM- estação de registo manual como
cenário de estudo. É visto o que é a curva ABC com uma nova visão para os dados e informações.

PALAVRAS-CHAVE: Curva ABC 1. Unidade operacional 2. Máquina de triagem 3.

ABSTRACT

This article has as premise to approach and to make an analysis on the applicability of the ABC curve in an operating unit in
the manual sector, addressing the advantages of its use in an eventual increase of productivity that can happen gradually,
but imperceptible until the moment that the logistical operations are compromised, we will see the effect and benefits of this
application. A case study of this aspect was made. THE methodology chosen was the exploratory-descriptive one of
quantitative character, being the manual work cell called ERM – Manual Recording Station as the study scenario, It is seen
what the ABC curve is with a new insight into data and information.

Keywords: ABC Curve 1. Operating unit 2.Sorting machine 3

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1. INTRODUÇÃO

Um panorama constante das atividades logísticas é essencial para o seu funcionamento


e os avanços tecnológicos logísticos, são novas opções para maximizar a produtividade. Esses
avanços em conjunto com os conhecimentos adquiridos pelo profissional logístico são sem
sombra de dúvidas cruciais para sua continuidade. Baseando-se no processo de operação
logística em uma unidade de tratamento de encomendas dos correios, onde existe o setor
automatizado e o setor manual, este artigo visa o tratamento logístico interno de objetos de
forma manual, utilizando os preceitos da curva ABC, para mapeamento de quantidade de carga,
fator extremamente importantes para a produção.
Quanto a metodologia utilizada na pesquisa é caracterizada como um estudo de caso, de
natureza descritiva, com abordagem quantitativa dos dados. Segundo Yin (1989, p. 23), "o
estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro
de um contexto da vida real, quando a fronteira entre o fenômeno e o contexto não é claramente
evidente e onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas". No caso analisado, procura-se
estudar a movimentação de itens no sistema de triagem de um operador logístico, aplicando-se
o método da curva ABC. A pesquisa bibliográfica incorporada ao artigo visa oferecer base
teórica para aplicação da ferramenta citada (GIL, 2008)
O cenário deste artigo é a uma unidade de tratamento, localizada na zona norte da cidade
de São Paulo, é parte logística da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos- ECT.

2. EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 A curva ABC

A logística oferece diversas ferramentas de aplicação prática, objetivando em geral


reduzir custos ou tornar um processo mais ágil, que ajudem no planejamento estratégico e
oferece visões ao gerente sobre ações futuras que poderão ser tomadas no melhoramento dos
processos
Segundo Rosa (2011) a técnica de curva ABC tem por função destacar os produtos que
merecem mais atenção e o que podem receber menos desta atenção.
Apesar de não haver um método totalmente aceito de indicar qual o percentual de itens
pertence a cada categoria, segundo Martins e Alt (2003), esta abordagem consiste em analisar
os itens componentes do estoque levando em consideração seu valor
De acordo com Viana (2010), após identificar-se a importância relativa dos materiais,
as classes da curva ABC podem ser definidas em: (a) classe A – representa 20% dos itens, que
são os mais importantes e devem ser tratados com atenção especial; (b) classe B – compreende
50% dos itens e apresenta importância intermediária; e (c) classe C – composta pelos 30%
restantes que são menos importantes
Basicamente, a Curva ABC, conforme figura 1, consiste na verificação em certo espaço
de tempo, do consumo em valor monetário e quantidade de itens de estoque, para sua
classificação.
• Classe A: itens muito importantes
• Classe B: importância intermediaria
• Classe C: itens com menos importância.

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Figura 1: Modelo de Curva ABC

Fonte: Gonçalves (2010)

Carvalho (2016) diz que é inegável a utilidade da aplicação do princípio ABC aos mais
variados tipos de analise onde busca-se priorizar o estabelecimento do que é mais ou menos
importante num extenso universo de situações e na administração.
Conforme afirmação de Ballou (1993) nem todos os itens de produtos devem receber o
mesmo tratamento logístico. Entendemos que cada gama de produtos com suas particularidades
deve ser tratada de acordo sua relação na curva ABC.
A Curva ABC também é usada para estabelecimento de prioridades e para a
programação da produção. Partindo destes preceitos e sabendo que a classificação e
conhecimento são fundamentais, utilizando esta ferramenta poderemos, fazer uma gestão com
excelência. A Curva ABC não necessariamente se aplica a exclusivamente problemas de gestão
de materiais. Pode também ser aplicada em questões envolvendo atividades de armazenagem e
movimentação. Esta proposta ainda é ressaltada por Viana (2010) que informa que a
classificação ABC pode ser implantada de várias maneiras. No caso do almoxarifado estudado,
os itens mais importantes são aqueles que possuem maior quantidade de movimentações. Isso
acontece devido ao fato de que se trata de um órgão público, que não tem objetivos mercantis,
como vendas ou lucros com as saídas dos materiais
Quanto a definição das classes ABC, obedecerá a critérios de bom senso e produtividade,
faremos assim a sua aplicabilidade em uma célula de trabalho no setor logístico manual de
tratamento de encomendas. Este setor é conhecido como ERM- Estação de registro manual.

3. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA
3.1 Estudo de Caso: Funcionamento de uma unidade operacional

Na unidade operacional, o termo tratamento de objetos é relativo ao processo interno de


movimentação, triagem e expedição dos objetos que adentram o complexo operacional.
Antes de iniciar o estudo e a utilização da curva ABC, é preciso entender este
funcionamento operacional.
Os objetos postados nas agências dos correios são encaminhados a unidades
operacionais conhecidas como centro de tratamento de encomendas ou CTE, sigla que iremos
utilizar durante este estudo. Estes objetos ou encomendas chegam de forma bruta de diversas
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agências e das diversas regiões que são atreladas a um CTE específico. O CTE Vila Maria
engloba os objetos postados em todas as agências dos correios localizadas na zona norte e leste
da cidade de São Paulo.
Ao chegar no centro de tratamento as encomendas estes objetos podem ser tratados em
sua triagem de forma manual ou automatizadas, e este fator a depender das características destes
objetos.
Após essa triagem os objetos são paletizados e movimentados internamente para
entrepostos onde são encaminhados para seu destino. Este transporte da unidade de tratamento
ao destino é feito pelo modal rodoviário.

3.2 A triagem automatizada de objetos

As encomendas tratadas na sua triagem de forma automatizada são objetos que podem
ser grandes ou pequenos mais dentro de padrões estabelecidos, como peso máximo de 30 kg e
tamanho padronizado.
Na parte automatizada os objetos são induzidos em esteiras de transporte continuo, onde
posteriormente são inseridas automaticamente em bandejas ou transportadores na máquina de
triagem. Após esta etapa são feitas as leituras de peso, tamanho e CEP de destino por scanners
na própria máquina. E com essas informações, a máquina faz a triagem destes objetos
automaticamente para deslizadores.
Existem 152 deslizadores na máquina de triagem do CTE de estudo, e pela estrutura da
própria máquina são divididas em quatro conjuntos, classificadas como rampas A, B, C e D.

• Rampa A possui os deslizadores do 1~36


• Rampa B possui os deslizadores do 37~76
• Rampa C possui os deslizadores do 77~116
• Rampa D possui os deslizadores do 117~152

Cada deslizador é atrelado a uma direção ou destino, como por exemplo o deslizador de
número 1 da rampa A é referente a cidade de Fortaleza no estado do Ceará, quanto o deslizador
de número 152 da rampa D é referente a cidade de São Luís no estado do Maranhão. Após
chegar nestes deslizadores, os objetos já estão triados pela própria máquina, então é feita a
paletização de acordo com destino destes objetos pelo colaborador. E após esta etapa é feita a
movimentação para os entrepostos onde será feito o encaminhamento não apenas de um objeto
e sim de paletes para o seu destino. A figura 2 demonstra os fluxos da máquina de triagem.

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Figura 2: Detalhes sobre a máquina de triagem

Fonte: Correios - Vitec (2019)

A figura 3 apresenta uma imagem do equipamento de triagem.


Figura 3: Equipamento de triagem

Fonte: CTE Cajamar (2019)

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3.3 A triagem manual de objetos

Os objetos com tratamento de triagem de forma manual são considerados disformes ou


embaraços e podem ter as seguintes características:

• Objetos de metal
• Isopores
• Cilíndricos
• Objetos de madeira
• Pneus e outros objetos circulares
• Extremidades adjacentes

Objetos de metal, madeira e cilíndricos, são tratadas de forma manual devido a suas
particularidades, pois podem danificar a máquina de triagem, já isopores por serem muitos
frágeis podem sofrer atritos com outros objetos e se romper, pneus e objetos circulares ao
deslizar podem rolar causando algum acidente ao operador de triagem. Estes objetos são
tratados em setor específico chamado de “ERM” – Estação de Registro Manual.

3.4 ERM - Estação de Registro Manual

Conforme apontado anteriormente esta estação faz o tratamento de triagem manual de


objetos fora de padrão como cilíndricos ou com extremidades adjacentes.
Ao chegar neste setor são inseridas de forma manual no sistema suas características,
como cep, peso e destino. Após a inclusão destes dados é feita sua paletização que pode ser
direta ou encaminhados para deslizadores na máquina de triagem no processo logístico.
As direções diretas são direções onde existe um alto índice de objetos para um mesmo
destino, desta forma após o tratamento manual de triagem nesta célula de trabalho, estes objetos
são paletizados no próprio setor e encaminhados diretamente para o entreposto onde em
caminhões seguirão o seu fluxo postal.
Já os objetos encaminhados para deslizadores são aqueles com menor quantidade de
objetos para um mesmo destino, não justificando a paletização direta. Desta forma no próprio
item é anotado um número, este número é referente a um deslizador da mesma direção do objeto
na máquina de triagem. Como exemplo, um objeto para a cidade de Fortaleza será anotado o
número 1, pois na máquina de triagem o deslizador de número 1 é referente a esta cidade.
Desta forma estes objetos serão paletizados de forma misturada, apenas de acordo com
o número da rampa a qual faz parte sendo A, B, C ou D.
Porém este processo causa uma segunda movimentação interna e uma segunda triagem
manual, pois após a primeira triagem e paletização, este palete com diversos objetos de diversas
direções serão movimentados até sua rampa de destino por um operador e serão triados
manualmente para o seu respectivo deslizador, onde este objeto terá que ser inserido mais uma
vez em outro palete, porém agora em seu palete de destino final.

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Além das rampas A, B, C e D temos a seguintes direções diretas no setor ERM:

• Rio de Janeiro
• Campinas
• Porto Alegre
• Belo horizonte

Em média eram tratados 2000 objetos ao dia neste setor. Na tabela 1 temos a
apresentação da quantidade de objetos tratados em função de seu destino.

Tabela 1: Produtividade anterior ao aumento de carga:


Direções Quantidade
Campinas 200
Rio de Janeiro 200
Porto Alegre 250
Belo Horizonte 250
Rampa A 200
Rampa B 200
Rampa C 450
Rampa D 250
Total 2000
Fonte: Próprio autor (2019)

3.5 Aumento de produtividade e balanceamento de carga

Foi observado que nos últimos meses a quantidade de carga tratada neste setor teve um
aumento considerável de 30%. Sendo de 20% nas direções de rampa, ou seja, 400 objetos e nas
direções diretas o aumento foi de 10% ou 200 objetos. Desta forma a segunda movimentação e
triagem dos objetos também aumentaram, assim era preciso rever os conceitos logísticos deste
setor. Na tabela 2 temos a produtividade após aumento da carga.

Tabela 2: Produtividade após aumento de carga:


Direções Quantidade
Campinas 300
Rio de Janeiro 250
Porto Alegre 275
Belo Horizonte 275
Rampa A 250
Rampa B 250
Rampa C 600
Rampa D 400
Total 2600
Fonte: Próprio autor (2019)

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As direções com números mais expressivos foram as rampas C e D, com aumento de


300 objetos, foi observado que novas direções poderiam se tornar diretas dentro dessas duas
direções de rampas. Desta forma existiria a redução do custo de movimentação interna e
transporte, diminuiria da mesma forma o retrabalho. Os resultados dos dados acumulados
podem ser observados na tabela 2.
Foi diagnosticado na rampa C que os deslizadores referentes a cidade de Florianópolis
no estado de Santa Catarina e Curitiba referente ao estado do Paraná, foram o que tiveram um
maior aumento dos números de objetos. Da mesma forma na rampa D, o deslizador referente a
cidade de Bauru localizada no estado de São Paulo, teve um aumento significativo.
Desta forma com esse aumento expressivo de carga, estas direções foram as elegíveis a
se tornar direções diretas.
Então após esses estudos as direções desta estação de trabalho se apresentaram conforme
tabela 3.

Tabela 3: Produtividade após balanceamento de carga.


Direções Quantidade
Campinas 300
Rio de Janeiro 250
Porto Alegre 275
Belo Horizonte 275
Bauru 200
Florianópolis 200
Curitiba 200
Rampa A 250
Rampa B 250
Rampa C 200
Rampa D 200
Total 2600
Fonte: Próprio autor (2019)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após o balanceamento de produtividade, a utilização da curva ABC é crucial para a
excelência de uma operação logística. Desta forma mapeando os itens com maior produtividade
temos um parâmetro a seguir. Este parâmetro voltado para este estudo corresponde a
produtividade e importância de cada direção.
Conforme visto na tabela 4 : A curva ABC vemos que as direções diretas de Campinas,
Belo Horizonte e Porto Alegre, correspondem a “A” na curva ABC, seu volume acumulado e
classificação é de 32,69 % da produtividade do setor, pois separadamente são as direções com
a maior quantidade de carga. Desta forma em um dimensionamento de Layout, movimentação
e estoques de insumos como paletes seriam prioridades.
A seguir como “B”, na curva temos a direção direta de Rio de Janeiro e as direções de
rampas A e B, as três direções correspondem a 28,85% da produtividade do setor, sendo sua
importância intermediaria.
E por fim como “C” na curva temos as seguintes direções: Bauru, Curitiba e
Florianópolis sendo diretas e as direções de rampas C e D. Todas as cinco direções
correspondem a 38,46% da quantidade de carga do setor manual. Mesmo com a maior
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porcentagem de objetos, sua quantidade de carga separadamente é menor em relação as A e B


na curva ABC. Desta forma a movimentação para paletização de encomendas será menor, e o
consumo de paletes na mesma proporção.

Tabela 4: A curva ABC


Acumulado
Direções Quantidade
Acumulado % Classificação
Campinas 300 300 11,54%
Belo
275
Horizonte 575 22,12%
Porto Alegre 275
850 32,69% 32,69% A
Rio de
250
Janeiro 1100 42,31%
Rampa A 250 1350 51,92%
Rampa B 250 1600 61,54% 28,85% B
Rampa C 200 1800 69,23%
Rampa D 200 2000 76,92%
Bauru 200 2200 84,62%
Curitiba 200 2400 92,31%
Florianópolis 200 2600 100,00% 38,46% C
Total 2600 100,00%
Fonte: Autores (2019)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É certo que devemos nos atentar a aumentos de carga expressivos e que podem ocorrer
gradativamente ou mesmo sazonalmente. Em grande parte, o aumento de carga segue uma
constância, e esse aumento de carga tende a acompanhar o próprio fluxo, ou seja, as direções
com maiores volumes, tem possibilidades de maiores aumentos.
Outra questão fundamental nas operações logísticas é a importância da utilização da
curva ABC, trazendo sua aplicação neste estudo, além de mapear as atividades logísticas e a
quantidade de carga de cada direção, existe a possibilidade de organizar um Layout a qual se
ajuste a produtividade do setor, assim a movimentação de objetos para a sua paletização será
menor.
De acordo com os preceitos da curva ABC, referente a idealização de um Layout, quanto
maior a incidência de carga, mais próxima da posição de trabalho deve estar os paletes de “A”
da curva ABC, B em intermediário e C com um giro menor de movimentação, um pouco mais
afastado. Isto de acordo com o tipo de layout a ser implantado.
Já com a criação de mais direções diretas, excluímos a segunda triagem e movimentação
interna, atrelado a isso, reduzimos o efetivo necessário para tal atividade, utilizando este recurso
para uma nova tarefa. Reduzindo o custo da movimentação desta atividade, e agregado a esses
aspectos está o lead time, pois os objetos triados de forma direta serão encaminhados mais
rapidamente ao seu destino.

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REFERÊNCIAS

BALLOU, Ronald H, Logística empresarial, Editora atlas 1993, São Paulo

CARVALHO, Roberto A, Estoque de segurança aplicado a curva ABC de demanda. UFSC,


2016.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008

GONÇALVES, Paulo Sergio. Administração de materiais. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2010.

MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São


Paulo: Saraiva, 2003.

ROSA, Rodrigo A. Gestão operacional e logística. UFSC, 2011.

VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2010.

YIN, Robert K. Estudo de Caso: Métodos e Procedimentos. São Paulo: Pearson, 1989.

"O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do(s) autor(es)."

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