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Ervio Artur Cussaia Malunga

EXERCÍCIO DE FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS NATURAIS

Licenciatura em ensino de Física com habilitações em Energias Renováveis

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2020
Ervio Artur Cussaia Malunga

EXERCÍCIO DE FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS NATURAIS

Trabalho da disciplina de Filosofia a ser


apresentado no curso de Física, e a ser entregue
ao departamento de ciências exactas e
Tecnológicas, como requisito de avaliação
Parcial.

Mestre: Ezequiel Lampião

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2020
1. Primeira questão

No concernente da questão colocada, pode-se afirmar que Kuhn contribuiu na seguinte


perspectiva no que diz respeito a crítica virada a história das ciências, visto que, a Física
experimental era exposta antes de avaliar os argumentos que compreendem o funcionamento
do dispositivo.

Nessa perspectiva acima em destaque, Kuhn argumentou da seguinte forma que: “Talvez a
ciência não se desenvolva pela acumulação de descobertas e invenções individuais ...” É
nesse sentido que podemos perceber o entendimento de ciência para Kuhn. Ao contrário do
que sempre vimos nos manuais científicos, a ciência não é o acúmulo gradual de
conhecimentos, mas é a complexa relação entre teorias, dados e paradigmas.

Fazendo uma referência ao pensamento do Platão, avança-se na seguinte visão onde


Kuhn afirma que a observação é feita sobre aquilo que é possível “ver” dentro de um
paradigma. Se tomarmos como exemplo a astronomia, veremos que, para Ptolomeu, em seu
Almagest, a Terra tinha de ser o centro do universo ou seja “Geocentrismo”. Isso porque toda
a conformação teórica tinha de derivar da perfeição geométrica, produto dos sólidos de Platão.

2. Segunda questão

A Techne não é para Heidegger um simples fazer, uma simples arte de execução ou de
domínio de certos procedimentos práticos, manuais. Para Heidegger, a Techne é um saber que
vai indicar o modo como o humano lida com a physis (Física).

Ao afirmar que “a essência da técnica não é de modo algum algo tecnológico” Heidegger
aponta para o fato de que a técnica é Ge-stell: uma armação, um modo de o homem desvelar o
real para dele dispor. Nesse sentido, a técnica dispõe da natureza como reserva, como um
dispositivo de energia a ser acumulada para o uso futuro. Assim, a técnica revela a terra e o
homem, engolindo e diminuindo o mundo. A técnica não é simplesmente algo feito pelo
homem, mas sim uma fase no destino do humano.

3. Terceira questão
a) Thomas Kuhn em discordância em relação as afirmações dos três leitores, observa-se
que Thomas Kuhn por meio da obra" a função do dogma na investigação científica", o
autor coloca que, devido aos paradigmas que existem como modelos explicativos da
realidade, as ciências naturais não são neutras, pois estão permeados por ideologias e
sofrem também a influência económica. Isto se da, pois os paradigmas estabelecem
modelos que foram criados a partir de um contexto particular, sofrendo a influência
das ideologias dominantes e da economia. Estas visões particulares vão se somando a
outras e acabam por criar modelos gerais que por sua vez, estão permeados por
dogmas. Não é possível assim, como afirmamos três leitores, determinar que a ciência
não possua um lado dogmático.

b) Jürgen Habermas, em concordância com o editorial, utilizando-se da sua perspetiva,


deve-se entender que, segundo este autor, a questão da fé e religião misturou-se no
fim da idade antiga e início da idade média. Esta forma de pensar acabou por moldar
o modo como o ocidente compreende a questão religiosa. Assim, pensando na
justificativa religiosa, Jürgen Habermas, entende que o conflito entre o senso comum,
como fonte de explicação imediata, e a razão, com a exigência da justificativa
racional, na verdade e mal compreendido.

O autor percebe uma destas concepções não se anula, pelo contrário, ambas as formas
se combinam e possuem possibilidades de compreensão e explicação mútua. a mais
dificuldade é o facto de que o estado liberal pretende determinar o modo com os
indivíduos devem perceber a questão religiosa isto é, o estado secular não
compreende a questão religiosa, mas estabelece que as crianças devam ser entendidos
a partir da visão privada, exigindo uma postura clara e publica da fé professada.
Assim ocorre a separação da questão religiosa com a questão racional. A exigência de
uma tradução da fé para a linguagem racional cria uma perda do sentimento religioso,
apenas para que as maiorias deem o seu consentimento em relação aquilo que o crente
acredita, ampliando ainda mais o abismo entre uma possível conciliação entre a fé e a
razão.

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