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Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2020
Ervio Artur Cussaia Malunga
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2020
1. Primeira questão
Nessa perspectiva acima em destaque, Kuhn argumentou da seguinte forma que: “Talvez a
ciência não se desenvolva pela acumulação de descobertas e invenções individuais ...” É
nesse sentido que podemos perceber o entendimento de ciência para Kuhn. Ao contrário do
que sempre vimos nos manuais científicos, a ciência não é o acúmulo gradual de
conhecimentos, mas é a complexa relação entre teorias, dados e paradigmas.
2. Segunda questão
A Techne não é para Heidegger um simples fazer, uma simples arte de execução ou de
domínio de certos procedimentos práticos, manuais. Para Heidegger, a Techne é um saber que
vai indicar o modo como o humano lida com a physis (Física).
Ao afirmar que “a essência da técnica não é de modo algum algo tecnológico” Heidegger
aponta para o fato de que a técnica é Ge-stell: uma armação, um modo de o homem desvelar o
real para dele dispor. Nesse sentido, a técnica dispõe da natureza como reserva, como um
dispositivo de energia a ser acumulada para o uso futuro. Assim, a técnica revela a terra e o
homem, engolindo e diminuindo o mundo. A técnica não é simplesmente algo feito pelo
homem, mas sim uma fase no destino do humano.
3. Terceira questão
a) Thomas Kuhn em discordância em relação as afirmações dos três leitores, observa-se
que Thomas Kuhn por meio da obra" a função do dogma na investigação científica", o
autor coloca que, devido aos paradigmas que existem como modelos explicativos da
realidade, as ciências naturais não são neutras, pois estão permeados por ideologias e
sofrem também a influência económica. Isto se da, pois os paradigmas estabelecem
modelos que foram criados a partir de um contexto particular, sofrendo a influência
das ideologias dominantes e da economia. Estas visões particulares vão se somando a
outras e acabam por criar modelos gerais que por sua vez, estão permeados por
dogmas. Não é possível assim, como afirmamos três leitores, determinar que a ciência
não possua um lado dogmático.
O autor percebe uma destas concepções não se anula, pelo contrário, ambas as formas
se combinam e possuem possibilidades de compreensão e explicação mútua. a mais
dificuldade é o facto de que o estado liberal pretende determinar o modo com os
indivíduos devem perceber a questão religiosa isto é, o estado secular não
compreende a questão religiosa, mas estabelece que as crianças devam ser entendidos
a partir da visão privada, exigindo uma postura clara e publica da fé professada.
Assim ocorre a separação da questão religiosa com a questão racional. A exigência de
uma tradução da fé para a linguagem racional cria uma perda do sentimento religioso,
apenas para que as maiorias deem o seu consentimento em relação aquilo que o crente
acredita, ampliando ainda mais o abismo entre uma possível conciliação entre a fé e a
razão.