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Administração de materiais
Sendo assim, é uma atividade fundamental para toda a organização que produz bens e
serviços.
Materiais produtivos
São materiais que constituirão o produto a ser fabricado, ou seja, a matéria-prima.
Materiais improdutivos
São os materiais usados na fábrica de modo geral; os de consumo indireto na
produção e os materiais de manutenção.
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Classificação ABC
Com o objetivo de reduzir os investimentos em estoques, controlá-los seletivamente e
diminuir os riscos de falta de material foi desenvolvida a classificação ABC, também
chamada curva ABC de materiais.
O valor de uso é o produto do custo unitário do material pela sua média de consumo.
Os materiais de baixo valor de uso, classe C, podem operar com altos estoques de
segurança e controles simples.
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Há ainda, a classe B que deve operar com médio estoque de segurança e médio
controle.
Classes
Eixo
A B C
valor de uso (ordenada) 70 a 80% 10 a 20% 5 a 10%
Número de itens de estoque (abscissas) 5 a 10% 10 a 20% 70 a 85%
Estoque de segurança
É um estoque feito propositadamente em demasia para que possa atuar como
proteção contra previsões inexatas e outras eventualidades. Ele é indispensável
quando se deseja que a manutenção mantenha seu fluxo contínuo e atenda
rapidamente as necessidades da produção.
Onde:
Es = estoque de segurança
C = consumo médio (mensal, anual, etc.)
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Estoque máximo
Administrar materiais pelo sistema de estoque máximo é ter risco apenas acidental de
atingir o estoque zero.
Onde:
C = consumo médio
T = prazo de entrega do fornecedor
Es = estoque de segurança
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Exemplo:
Uma empresa deseja manter um estoque máximo durante dois meses de um produto
para atender os serviços de manutenção. O consumo mensal é de 50 peças e o prazo
de entrega do fornecedor é de seis meses.
Calcular: Es, L, Qo e Q1
Solução:
Es = C . Fa
Es = 50 . 2 = 100 peças
L = C . T + Es
L = 50 . 6 + 100 = 400 peças
Qo = C . T + 2Es
Qo = 50 . 6 + 200 = 500 peças
Q1 = C . T
Q1 = 300 peças
Note que o pedido inicial é maior que todos os outros pedidos pois é preciso um tempo
de adaptação dos setores envolvidos.
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Onde:
t = é um tempo necessário para que um novo pedido seja aprovado e chegue até o
fornecedor.
t = pode ser também um prazo que completamente o intervalo entre dois pedidos
feitos pelo lote econômico.
Os materiais que devem ser administrados pelo estoque máximo são os da curva ABC
que não possuam substitutos temporários e interfiram diretamente na produção, como
rolamentos especiais, válvulas, etc.
Estoque mínimo
Administrar materiais pelo estoque mínimo é admitir um risco de 15% do estoque
chegar a zero. Este sistema trabalha com a previsão de um novo suprimento ocorrer
quando a última peça for usada.
Os materiais de manutenção que devem ser administrados pelo estoque mínimo são
os materiais classe A e B que não interfiram diretamente na produção e, ainda, possam
ser substituídos temporariamente, como o caso de estopa e lâmpadas comuns.
Estoque médio
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Este sistema trabalha com a previsão do novo suprimento ocorrer quando o estoque
de segurança atingir 50% do seu número de produtos.
Para estes materiais não são feitos inventários e seu custo é diluído no custo da
manutenção.
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Sobressalente crítico
É um elemento de grande interferência na produção, não tem demanda normal
prevista e, geralmente, depois de encomendado, tem longo prazo de espera para sua
entrega; portanto sua estocagem deve ser prioritária.
Esses materiais devem ser analisados com muito cuidado quando entrarem para
estoque. E, a cada cinco anos, devem sofrer uma nova análise.
Nível 1/0
Existe um sobressalente em estoque e, quando ele for utilizado, deve-se comprar ou
fabricar outro.
Nível 2/1
Existem dois sobressalentes em estoque e, quando um for utilizado, deve-se comprar
ou fabricar outro.
Como a probabilidade de falha do fuso é pequena a curto prazo, ele está no nível 1/10.
.E[
Interferência X
É classificado nesta categoria o material que não interfere no processo produtivo ou
interfere mas não causa descontinuidade do processo.
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Nesse último caso, existe o reserva imediato (estepe ou “stand by”) ou existe material
equivalente para substituição sem prejuízo da qualidade do processo, exemplos:
parafuso, pino, bomba de refrigeração com “stand by”.
Interferência Y
É classificado nesta categoria o material que se falhar prejudica, em parte, o processo
produtivo, pois reduz a quantidade produzida (em 15% no máximo) porém não impede
a fabricação do produto.
Esse material não possui equivalente para substituição e pode ser mantido pelo
sistema de estoque médio. Exemplo: fusíveis em geral.
Interferência Z
É classificado nesta categoria o material cuja falha ocasiona parada do processo, ou
seja, sua interferência é direta no processo produtivo, por isso não deve faltar.
Exemplos: correntes, acoplamentos, etc.
Lote econômico
A determinação do nível de estoque mais econômico deve-se ao fato de alguns custos
crescerem com o aumento do estoque e outros diminuírem.
A determinação do lote econômico deve ser fruto de uma boa análise feita por
compras, almoxarifado e manutenção.
Observação
O quadro abaixo mostra o inter-relacionamento dos vários sistemas expostos na
administração de estoques para manutenção.
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Análise de sobressalentes
Passo 1
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Passo 2
Passo 3
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Cuidados na armazenagem
Diodos e transístores
Devem ser guardados com as pontas curto-circuitadas para que a eventual ionização
do ar em volta não cause estragos internos.
Correias de borracha
Devem permanecer deitadas e com temperatura controlada entre 20 e 24º C.
Motores de reserva
Devem ser guardados em temperatura ambiente de 40ºC em ambiente de baixíssima
umidade para evitar a condensação de água em seu interior nas primeiras horas de
funcionamento.
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Outro cuidado importante é o de girar seus eixos (com a mão) a cada 30 ou 45 dias
para evitar danos aos rolamentos.
Rolamentos
Devem permanecer deitados a fim de evitar a corrosão eletrônica, que haverá assim
que se seu peso consiga romper o filme lubrificante entre o corpo rolante e a capa,
caso sejam mantidos em pé.
Especificação e codificação
Especificação
Elaborar a especificação para adquirir sobressalentes e materiais para manutenção é
sempre um trabalho demorado e criterioso. Pode ser necessário desmontar o
equipamento para levantar croquis ou, então, no caso de material crítico é preciso
definir quando fazer a especificação.
Codificação
Um sistema de codificação bem escolhido deve indicar a finalidade do material
(equipamento no qual será usado) e ser o mais simples possível.
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AA.BB.CCCCCC - D
AA - classe
BB - subclasse
CCCCCC - número sequêncial
D - dígito de controle
Essa estrutura atende aos três tipos de materiais existentes no almoxarifado, a saber:
Matéria-prima;
Material de consumo;
Sobressalentes de manutenção.
Classe e subclasse
Para os dois primeiros tipos de materiais, a classe será estabelecida conforme sua
natureza. A subclasse será definida pela especificação genérica do material.
Exemplos:
12.20.CCCCCC - D
12.32.CCCCCC - D
Onde:
12 = classe dos materiais ferrosos
20 = subclasse do aço ABNT 1010
32 = subclasse do aço-prata
07.20.CCCCCC - D
07.40.CCCCCC - D
Onde:
07 = classe dos lubrificantes e acessórios para lubrificação
20 = subclasse dos óleos hidráulicos
40 = subclasse dos filtros
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Exemplos:
50.15.CCCCCC - D
50.10.CCCCCC - D
50.13.CCCCCC - D
Onde:
50 = classe de sobressalentes de uso geral
15 = subclasse dos anéis elásticos
54 = classe dos tornos automáticos
10 = subclasse dos retentores
13 = subclasse dos rolamentos de esferas
Número sequêncial
Esse número pode ir de 000001 a 999999 independentemente da classe e subclasse
e, na prática, passa a ser o número de identificação do material, pois a classe e a
subclasse são muito importantes como dados cadastrais e usos em relatórios e
estudos estatísticos.
Exemplos:
De 010.000 a 049.999 -mecânica
De 050.000 a 099.999 -elétrica
De 200.000 a 299.999 -limpeza, segurança e higiene.
Dígito de controle
Usado nos sistemas computadorizados, é fornecido pelo próprio programa de
estocagem do computador, quando se estabelece o código pela primeira vez.
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Fluxo de informações
Aplicação direta
Materiais que, mesmo constando da lista do almoxarifado, não passam por ele.
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Aplicação temporária
Materiais que, sendo item de estoque ou não, ficam empenhados numa ordem de
serviço por algum tempo. É o caso de materiais usados em reformas, instalações ou
projetos que precisam ficar estocados até que se complete o lote compra ou se tenha a
disponibilidade de mão-de-obra para a execução do serviço.
Aplicação transitória
É o caso de materiais que serão substituídos por outros mais modernos ou eficientes.
Esses materiais terão utilização até esgotar o estoque. E após um período (um ano por
exemplo), os ainda restantes serão postos a venda ou sucatados.
Não deve ser permitido o uso do material substituído antes que as condições de
estoque zero ou prazo sejam satisfeitas.
Aplicação normal
É o caso de materiais de uso comum, com rotatividade normal considerados os
padrões da empresa.
Aplicação prioritária
Trata-se, nesse caso, dos sobressalentes críticos.
Compra de sobressalentes
CA ES
I
V
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Onde:
C = custo da compra
A = custo administrativo da compra, formado por papéis, hora-comprador, etc.
E = custo administrativo do estoque que, formado por hora-almoxarife, requisições,
etc.
S = custo da substituição
V = tempo de vida útil
Observação
Para calcular o custo de substituição de um sobressalente, considera-se o maior
período de vida útil oferecido pelos fornecedores, ou seja, entre várias alternativas de
vida útil oferecidas pelo mercado, custeia-se a substituição pela maior, custo dos
outros sobressalentes de vida útil menor, será calculado proporcionalmente.
Assim, se um componente com 120 dias de vida útil tem um custo de substituição de
$ 8,00, outro componente com 60 dias de vida útil custará $ 16,00.
Exemplo:
Custo de utilização
C A E
Fornecedores V(dias)
$
O primeiro passo é calcular o custo de substituição (S). Para isso busca-se esse custo
junto à gerência de manutenção e multiplica-se pelo tempo necessário ao serviço.
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Esse é o valor de S a ser considerado para F3, que é o maior tempo de vida útil
oferecido.
Assim:
240
S para F1 = . $20,00
180
S = $ 26,66
240
S para F2 = S2 = . $20,00
120
S = $ 40,00
240
S para F4 = S4 = . $20,00
150
S = $ 32,00
240
S para F5 = S5 = . $20,00
200
S = $ 24,00
I para F1
I1 =
800,00 10,00 14,00 26,66
180
I1 = 4,72
Portanto, a melhor compra será feita junto ao fornecedor 3, tendo o menor I e maior
custo.
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Quantidade de sobressalentes
Para minimizar o problema e dar uma orientação segura, existe uma tabela, construída
com dados práticos e tendo por referência a quantidade de peças instaladas.
Esse tipo de tabela deve ser usada até que o histórico do consumo exija atualização.
2 1 1 2
3 1 2 3
4 2 4 6
5 2 5 9
8 3 7 12
10 3 7 13
15 3 8 15
20 4 8 18
25 4 8 18
30 4 10 20
35 5 10 20
40 5 10 22
45 6 12 22
50 6 12 23
70 7 14 27
100 9 16 32
200 10 20 39
300 11 22 43
500 14 25 50
800 16 35 70
1.000 20 40 80
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Questionário - resumo
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