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Aula 01 – Poder Representativo, Organização Eleitoral e Justiça

Eleitoral

Matéria: Direito Eleitoral


Professora: Patrícia Gasparro Sevilha Greco
Aula – Alistamento Eleitoral, Registro de Candidaturas

1. ALISTAMENTO ELEITORAL...............................................................4
1.1- Ato de Alistamento....................................................................................................................5
1.2- Fases do alistamento..................................................................................................................8
1.2.1-Fase de Qualificação 9
1.2.2- Fase de Inscrição 16
1.3- Efeitos do alistamento.............................................................................................................17
1.4- Cancelamento e exclusão.........................................................................................................20
1.5- Revisão do Eleitorado...............................................................................................................26
1.6- Diferenças entre Alistamento, Segunda Via e Transferência....................................................29
2 -REGISTRO DE CANDIDATURAS......................................................33
2.1- Convenção Partidária...............................................................................................................33
2.3- Coligação Partidária.................................................................................................................36
2.4- Processo de Registro de Candidatura.......................................................................................42
2.5-Impugnações ao Registro de Candidatura.................................................................................55
3- QUESTÕES COMENTADAS..............................................................59
4- QUESTÕES.....................................................................................94
5- GABARITO...................................................................................112
6- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO...................................................113

Olá meus caros!


Mais uma etapa em nossa jornada de estudos se inicia! O conteúdo a
ser visto nesta aula é bastante importante e muito cobrado em concursos!
Iniciaremos a análise acerca da primeira etapa do processo eleitoral, o qual
se inaugura com o ALISTAMENTO! Adquirida esta condição de elegibilidade
primordial, passaremos a ver o registro de candidaturas, seu rito, suas
impugnações e consequências.
Mais uma vez, para manter nossa tradição, sugiro que respire fundo e
estude com a máxima concentração. Antecipe-se, pegue o material que
precisar, tome uma xícara de chá ou de café e sorva tanto a bebida quanto
o conteúdo desta aula!
No mais, trazemos várias questões objetivas bem pontuais que nos
auxiliarão a reforçar o conteúdo ministrado. Serenidade e persistência!
Foque em fazer o melhor, que o resultado virá naturalmente.
Forte abraço,
Patrícia Gasparro Sevilha Greco
1. ALISTAMENTO ELEITORAL
O processo eleitoral se inicia com o alistamento e este também é o
termo inicial da cidadania em sentido estrito. Qual a diferença entre
cidadania em sentido estrito e sentido amplo?

CIDADANIA EM CIDADANIA EM
SENTIDO AMPLO SENTIDO ESTRITO

Capacidade de titularizar É a capacidade para o


direitos e obrigações exercício dos direitos
políticos

Assim, a pessoa quando se alista na Justiça Eleitoral adquire, ao


mesmo tempo, a qualidade de cidadão, podendo, com isto, exercer a
capacidade política ativa, que consiste no direito e dever de votar, e
adquire, ainda, uma das condições de elegibilidade, conforme o artigo
14, §3º, inciso III de nossa Constituição Federal, a qual é o passo inicial,
também, para o exercício dos direitos políticos passivos (o de ser votado).
Art. 14. (...)
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
(...)
III - o alistamento eleitoral;

O ato de alistamento é regido pelos artigos 42 a 50 do Código


Eleitoral e pela Resolução nº 21.538/03 do Tribunal Superior Eleitoral, mas
é importante salientar que o Código Eleitoral, por ser muito anterior à atual
Constituição Federal tem boa parte de suas disposições superadas.
O alistamento tem por natureza jurídica ser um procedimento, a
priori, administrativo de qualificação e de inscrição da pessoa
natural, atribuindo-lhe, com isto, a capacidade eleitoral ativa. Veja-se que
se ressaltou que o alistamento tem caráter administrativo A PRIORI,
todavia, há casos, conforme veremos mais adiante, que se pode revestir em
processo de contencioso judicial, quando um alistamento for impugnado ou
cair em duplicidade, por exemplo.
1.1- Ato de Alistamento
O processo de alistamento não é realizado de ofício pela Justiça
Eleitoral, dependendo de iniciativa da pessoa natural, a qual deverá buscar
a Zona Eleitoral que atenda seu município e, de posse da documentação
necessária, promover as duas fases do Alistamento: QUALIFICAÇÃO e
INSCRIÇÃO.

ALISTAMENTO QUALIFICAÇÃO INSCRIÇÃO

Sempre é bom relembrar que não é qualquer pessoa natural que


pode solicitar o alistamento eleitoral, dependendo, para tanto, de dois
critérios: o da NACIONALIDADE e o ETÁRIO.

ALISTAMENTO

CRITÉRIO
CRITÉRIO ETÁRIO
NACIONALIDADE

Artigo 12, CF/88 Artigo 14, §1°, CF/88

Pelo critério da NACIONALIDADE (artigo 12, Constituição Federal),


apenas os brasileiros, sejam natos ou naturalizados, podem requerer o seu
alistamento, de modo que este é vedado aos inalistáveis: ESTRANGEIROS
e CONSCRITOS (artigo 14, §2º da Constituição Federal).
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.
§ 1º   Aos portugueses com residência permanente no País, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos
os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
nesta Constituição.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta
Constituição.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

Quanto ao critério ETÁRIO, este é disciplinado pelo artigo 14, §1º da


Constituição Federal:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante:
(...)
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Este tema é bastante exigido em concursos públicos, portanto, é


sempre bom relembrá-lo!

1. (Procurador, Consórcio Intermunicipal Grande ABC, 2015,


CAIP-IMES). O alistamento eleitoral e o voto são:
A) facultativos para os maiores de dezoito anos.
B) obrigatórios para os maiores de setenta anos.
C) obrigatórios para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
D) facultativos para os analfabetos.
Comentários:
Conforme pudemos ver, a dicção do artigo 14, §2º, II, alínea “c” da
Constituição Federal, o voto é facultativo aos maiores de dezesseis e
menores de dezoito anos, logo, a única alternativa que contempla esta
hipótese é a “C”.
Gabarito 1: C

2. (Técnico Judiciário – Área Administrativa, TRE-PE, 2017,


CESPE). O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para
A) maiores de setenta e cinco anos de idade.
B) maiores de dezoito anos de idade.
C) maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade.
D) analfabetos.
E) maiores de setenta anos de idade.
Comentários:
Aplicando-se o disposto no artigo 14, §2°, alínea “c” da Constituição
Federal, vemos que o voto é obrigatório aos maiores de dezoito e menores
de setenta anos, logo a única alternativa que contempla este intervalo
etário é a “B”.
Gabarito 2: B

nascidos no Brasil (desde que


os pais não sejam estrangeiros
e a serviço de seu país)

Nascidos no estrangeiro de pai


Primária
ou mãe brasileira e que um
(natos):
deles esteja a serviço do Brasil

Nascidos no estrangeiro de pai


ou mãe brasileira e que venham
a optar pela nacionalidade
brasileira

Originário de país de língua


portuguesa e que venha a
Nacionalidade residir um ano ininterrupto no
Brasil, tenha idoneidade moral,
e opte pela nacionalidade
brasileira

os estrangeiros de qualquer
nacionalidade, residentes na
República Federativa do Brasil
Secundária há mais de quinze anos
(naturalizados ininterruptos e sem
) condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade
brasileira

CRITÉRIOS
PARA Aos portugueses com
ALISTAMEN residência permanente no País,
TO se houver reciprocidade em
ELEITORAL favor de brasileiros, serão
atribuídos os direitos inerentes
ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição

Maiores de 16 anos e menores


de 18

Facultativo Maiores de 70 anos

Etário Analfabetos

Maiores de 18 e menores de 70
Obrigatório
anos
1.2- Fases do alistamento
Conforme já pudemos antecipar, o alistamento é composto de DUAS
FASES: a denominada QUALIFICAÇÃO e a INSCRIÇÃO, conforme
determina o artigo 42 do Código Eleitoral:
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e
inscrição do eleitor.
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral
o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado
ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer
delas.

1.2.1-Fase de Qualificação
No tocante à qualificação, esta se entende como o procedimento que
comprova que a pessoa natural preenche os requisitos necessários para se
tornar eleitor, perante a Justiça Eleitoral. Ela é feita no cartório eleitoral e,
uma vez preenchidos os requisitos legais, o juiz eleitoral daquele cartório irá
deferir o REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL (RAE).
O procedimento de alistamento, conforme dito, é administrativo,
mas, se por alguma razão o magistrado eleitoral o indeferir, como, por
exemplo, no caso do eleitor tê-lo feito mediante documentação falsa, passa
a ser processo de contencioso judicial, devendo seguir trâmite e rito legais.
Para poder preencher o RAE, que, hoje, é eletrônico e feito por um
servidor da Justiça Eleitoral, o eleitor tem que comprovar, mediante a
apresentação de documentos: sua NACIONALIDADE, NÃO SER
CONSCRITO, IDADE MÍNIMA, DOMICÍLIO ELEITORAL e eventual
regularização caso o título seja feito após a idade máxima legal.

FASE DE QUALIFICAÇÃO
(requisitos)

NÃO SER DOMICÍLIO EVENTUAL


NACIONALIDADE IDADE MÍNIMA
CONSCRITO ELEITORAL REGULARIZAÇÃO

No quesito “NACIONALIDADE”, o eleitor pode comprová-la


mediante a apresentação da certidão de nascimento, casamento, carteira de
identidade, etc. Todavia, muita atenção, não é qualquer documento oficial
que é hábil a comprovar a nacionalidade, assim, carteira nacional de
habilitação (CNH) e o cadastro de pessoa física (CPF), muito embora sejam
documentos oficiais, não trazem o local de nascimento, não sendo, pois,
documentos aceitos, caso não apresentado nenhum outro, para efeitos de
alistamento.
Ainda falando sobre a NACIONALIDADE, é importante salientar que
o brasileiro naturalizado tem o prazo de 01 (um) ano após a entrega do
certificado de naturalização para promover seu alistamento eleitoral, pelo
que, feito a destempo, deverá pagar uma multa, a qual será vista no
quesito “regularização”, o qual veremos logo adiante.
Os portugueses amparados pelo Estatuto da Igualdade não são
obrigados a se alistar, mas, em o fazendo, seu voto passa a ser obrigatório.
Quanto ao quesito de “NÃO SER CONSCRITO”, pode ocorrer do
eleitor ainda não ter promovido seu alistamento eleitoral na data em que foi
convocado a prestar o serviço militar obrigatório, de modo que, ao se dirigir
à Justiça Eleitoral, toda pessoa natural do sexo masculino, até os quarenta
e cinco anos de idade, tem que levar o Certificado de Alistamento
Militar (CAM) ou o Certificado de Quitação do Serviço Militar, na
ocasião de seu alistamento.
Caso conste sua convocação militar no CAM, este futuro eleitor não
poderá promover o seu alistamento eleitoral até que tenha
cumprido com suas obrigações militares. Mas, e se o conscrito já tenha
feito seu alistamento eleitoral antes de ser convocado pelo exército? Neste
caso, o eleitor ficará com seus direitos políticos suspensos, muito
embora sua inscrição eleitoral (número de seu título) seja mantida.
Logo, nesta última hipótese, não há de se falar em cancelamento do título,
mas em mera suspensão do exercício dos direitos políticos, por força da
vedação constitucional do artigo 14, §2°:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

Quanto à IDADE MÍNIMA de dezesseis anos ela, via de regra, é


verificada na data em que o alistando se dirige à Justiça Eleitoral, porém, de
acordo com a Resolução 21.538/03, em seu artigo 14, o menor de
dezesseis (16) anos pode realizar sua inscrição desde complete esta idade
até o dia do pleito. Mas, por que esta permissão? É porque nos cento e
cinquenta dias (150) que antecedem o pleito, o cadastro eleitoral fica
impossibilitado de promover mudanças em sua base de cadastro, e isto
inclui novos alistamentos, de modo que, se se aguardasse até a data em
que este eleitor fizesse dezesseis anos, ele restaria impossibilitado de se
alistar, vez que o cadastro eleitoral estaria impossibilitado de receber seu
alistamento.
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se
realizarem eleições, do menor que completar 16 anos até a
data do pleito, inclusive.
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado
até o encerramento do prazo fixado para requerimento de
inscrição eleitoral ou transferência.

Esta previsão de fechamento do cadastro eleitoral existe no


artigo 91, caput, da Lei 9.504/97:
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de
transferência será recebido dentro dos cento e cinqüenta dias
anteriores à data da eleição.

Para melhor ilustrar esta possibilidade, imaginemos um alistando de


nome X e que seja nascido em 17 de setembro de 2002. Ele terá, no ano de
2018, até o dia 09 de maio deste ano para promover seu alistamento, eis
que o dia 10 de maio já cai na vedação dos cento e cinquenta dias
anteriores ao pleito. Como as eleições somente se darão, no primeiro turno,
em 07 de outubro, ele completará seus 16 anos (idade mínima) antes da
eleição, logo, até o dia 09 de maio ele poderá promover seu alistamento,
caso queira, vez que seu voto é facultativo (artigo 14, II, “c” da CF/88).

151 DIAS ANTES DO


PLEITO
Marco final para realização de
qualquer alistamento, revisão
ou transferência eleitoral

DIA DO PLEITO
Marco final para ter os 16 anos
completos
Marco para contagem
regressiva de 150 dias de
cadastro fechado

É bom relembrar que a idade mínima para o exercício do voto


cuida-se de cláusula pétrea de nossa Constituição Federal, de modo
que ela não pode ser aumentada, pelo que retiraria o exercício, ainda que
facultativo, deste direito de uma parcela da população que não mais
atingisse a idade mínima.
Bem compreendidas as questões acerca da idade mínima, resta saber
se há uma idade máxima para se realizar o alistamento. Em verdade,
qualquer brasileiro nato pode realizar seu alistamento a qualquer tempo,
todavia, caso tenha mais de dezenove (19) anos, por força do artigo
8ª do Código Eleitoral e artigo 15 da Resolução nº 21.538/2003 do
Tribunal Superior Eleitoral, deverá pagar uma multa para
regularizar a sua situação eleitoral e, assim, promover seu devido
alistamento:
Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os dezenove
anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de
adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá na multa de três
a dez por cento sobre o valor do salário mínimo da região,
imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através
de selo federal inutilizado no próprio requerimento.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que
requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia
anterior à eleição subsequente à data em que completar
dezenove anos.

Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o


naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida
a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz
eleitoral e cobrada no ato da inscrição.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que
requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo quinquagésimo
primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que
completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº
9.504/1997, art. 91).

Conforme pudemos adiantar, o Código Eleitoral, muito embora ainda


discipline a matéria afeta ao alistamento eleitoral, sofreu muitas
modificações legais e, como este artigo 8º é bastante cobrado em concursos
públicos, cabem algumas ponderações acerca dele:

1) A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º, inciso IV vedou


a vinculação do salário mínimo para qualquer fim, de modo que a
Resolução do Tribunal Superior Eleitoral nº 21.538/2003, em seu
artigo 85 passou a indicar a base de cálculo para aplicação das
multas previstas por este código e por leis conexas. Por outro
lado, o artigo 80, § 4º, desta mesma Resolução, estabelece o
percentual mínimo de 3% e o máximo de 10% do valor indicado
pelo art. 85 para arbitramento da multa pelo não exercício do
voto. Finalmente, a Lei nº 10.522/2002, em seu artigo 29,
extinguiu a Ufir e adotou como seu último valor o do dia 1º de
janeiro de 1997, correspondente a R$1,0641. Em outras palavras,
a multa pelo alistamento tardio é de R$3,51 (três reais e
cinquenta e um centavos).

2) Vale lembrar que se o alistando era analfabeto e o deixou de ser,


não se aplica a multa caso ele venha a realizar seu alistamento
tardio (Res.-TSE nº 21538/2003, art. 16, parágrafo único).

Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo


(Constituição Federal, art. 14, § 1º, II, a).
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá
requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa
prevista no art. 15 (Código Eleitoral, art. 8º).

3) A Lei nº 5.143/1966, em seu artigo 15, revogou a lei relativa ao


imposto do selo, de modo que a Resolução do Tribunal Superior
Eleitoral nº 21.975/2004, em seu artigo 4º, determinou a
utilização obrigatória da Guia de Recolhimento da União para
recolhimento das multas eleitorais, penalidades pecuniárias e
doações de pessoas físicas ou jurídicas, não mais se falando em
selos.

4) Quanto às pessoas que tenham deficiência que lhes impossibilite o


voto, a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral nº 21.920/2004,
em seu artigo 1º, parágrafo único, isentou de sanção as pessoas
com deficiência nos casos que especifica; §§ 2º e 3º, permitindo a
expedição de certidão de quitação eleitoral permanente para esses
casos.

5) O prazo para não aplicação da pena de multa já não é mais do


centésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em
que completar dezenove anos, passando este a ser do centésimo
quinquagésimo primeiro dia, por força do artigo 91, caput da lei
9.504/97 e do artigo 15 da Resolução 21.538/2003 do Tribunal
Superior Eleitoral.
No quesito DOMICÍLIO, ele, além da importância para o
alistamento, ainda é critério de elegibilidade, porquanto há um prazo
mínimo de seis meses de domicílio eleitoral na circunscrição para o qual
queira se candidatar (artigo 14, §3º, IV da Constituição Federal e artigo 9º,
caput da Lei 9.504/97).
Entende-se por DOMICÍLIO ELEITORAL o lugar em que a pessoa
tenha vínculos políticos (p. ex. em que ela participe de diretórios
políticos), ou sociais (p. ex. seja proprietário de imóveis), profissionais
(exerça alguma profissão ou, ainda, que seja estudante naquela cidade) ou,
até mesmo, afetivos (more na mesma casa que seus pais).
Deste modo podemos verificar que o DOMICÍLIO ELEITORAL é
bem mais abrangente que o domicílio civil, ainda que o Código
Eleitoral, em seu artigo 42, mencione apenas este como sendo o local de
residência, em verdade, a jurisprudência vem dando um sentido bem
mais elastecido.
Como exemplos de julgados para os quais o conceito de domicílio
eleitoral basta a demonstração de vínculos políticos, sociais,
afetivos, patrimoniais ou de negócios, cite-se, por exemplo, o Ac.-TSE,
de 8.4.2014, no REspe nº 8551; de 5.2.2013, no AgR-AI nº 7286; e, de
16.11.2000, no AgRgREspe nº 18124.
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e
inscrição do eleitor.
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral
o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado
ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer
delas.

Finalmente, quanto ao quesito REGULARIZAÇÃO, este já pôde ser


adiantado por ocasião dos demais, vez que se trata do pagamento de multa
quando o alistamento é feito a destempo, seja para o brasileiro nato maior
de dezenove anos, seja para o naturalizado após o prazo de um ano após a
entrega do certificado de naturalização.
Cumprida a etapa de qualificação, em que o Requerimento de
Alistamento Eleitoral – RAE é preenchido vez que todos os quesitos
antes apontados foram comprovados, passa-se à segunda etapa: a
INSCRIÇÃO.
Os RAE’s são todos dirigidos ao juiz eleitoral daquela circunscrição
(Zona Eleitoral), o qual, verificando estar conforme os requisitos
necessários, defere-os e passa à segunda etapa. Entretanto, constatada
alguma irregularidade, aquele RAE poderá ser baixado em diligência, qual é
o caso, por exemplo, de dúvidas acerca do domicílio daquele eleitor, ou, até
mesmo, de sua identidade. Havendo o posterior indeferimento, o eleitor
pode recorrer ao TRE no prazo de cinco dias (artigo 17, §1° da Resolução nº
21.538/2003 do TSE).
A seguir, vemos o modelo de RAE conforme estabelecido pela
Resolução nº 21.538/2003 do Tribunal Superior Eleitoral, mas vale lembrar
que este formulário, nos dias atuais, é eletrônico e preenchido em sistema
próprio da Justiça Eleitoral.
1.2.2- Fase de Inscrição
Vencida a primeira etapa de QUALIFICAÇÃO do eleitor, COM O
DEFERIMENTO DO RAE- Requerimento de Alistamento Eleitoral, advém a
segunda, que consiste na INSCRIÇÃO deste mesmo eleitor, vinculando-o a
uma Zona Eleitoral e a uma seção eleitoral.
Caso algum delegado de partido político ou o membro do Ministério
Público não concorde com o deferimento do RAE de certo eleitor, poderá,
até o prazo de dez dias após a publicação da relação de RAE’s deferidos (a
qual se dará sempre no 1º e 15º dias de cada mês), recorrer desta decisão
ao TRE (artigo 17, da Resolução º 21.538/2003 – TSE).
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz
eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do
Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de
processamento eletrônico de dados enviará ao cartório
eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos,
relações de inscrições incluídas no cadastro, com os respectivos
endereços.
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de
inscrição, caberá recurso interposto pelo alistando no
prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer
qualquer delegado de partido político no prazo de dez
dias, contados da colocação da respectiva listagem à
disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15
de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que
tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo
que os partidos não as consultem (Lei nº 6.996/1982, art. 7º).
§ 2º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto
no § 1º, relações contendo os pedidos indeferidos.

DEFERE RAE INDEFERE RAE

Delegado de Partido
o Alistando pode
Político ou Ministério
recorrer no prazo de
Público recorre em dez
cinco dias a contar da
dias da afixação da
data da publicação de
relação de RAE's
RAE's indeferidas
deferidas
O recurso cabível é o RECURSO INOMINADO e seu prazo é contado
em dias corridos, vez que a contagem de prazo apenas em dias úteis,
prevista no Novo Código de Processo Civil não se aplica em âmbito eleitoral,
por força do artigo 7º da Resolução 23.478/2016-TSE.

“Art. 7º O disposto no art. 219 do Novo Código de Processo


Civil não se aplica aos feitos eleitorais.”

O artigo 219 do Novo Código de Processo Civil, por sua vez, dita que:
“Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei
ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos
prazos processuais.”

1.3- Efeitos do alistamento


Com o alistamento, passa-se à qualidade de eleitor, gerando, assim,
a capacidade eleitoral ativa – a de votar. É importante destacar que o
eleitor com voto facultativo, ou seja, aquele com mais de dezesseis anos e
menos de dezoito, ou então, o analfabeto, ao realizarem seu
alistamento, mantêm a facultatividade de seu voto.
Além disso, o eleitor que precise se ausentar do serviço para realizar
seu alistamento, desde que haja comunicação com quarenta e oito horas de
antecedência, poderá fazê-lo, por até dois dias consecutivos, qual
permite o artigo 48 do Código Eleitoral e o artigo 473 da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT)
CE: Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48
(quarenta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de
comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo
não excedente a 2 (dois) dias, para o fim de se alistar eleitor
ou requerer transferência.
CLT: "Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao
serviço sem prejuízo do salário: [...] V – até 2 (dois) dias
consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos
termos da lei respectiva". Lei nº 8.112/1990: "Art. 97. Sem
qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
[...] II – por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor".

Ademais, a expedição do título eleitoral pressupõe a quitação


eleitoral até a data da próxima eleição, vez que, para a emissão deste
documento deve haver o pleno gozo dos direitos políticos e a regularização
de quaisquer pendências que haver na Justiça Eleitoral. Advinda eleição, o
eleitor pode requerer certidão que comprove sua quitação eleitoral na
própria Justiça Eleitoral, caso necessite deste documento para os mais
diversos fins (obtenção de passaporte, posse em concurso público,
matrícula em faculdade ou universidade, etc).
O alistamento eleitoral ainda gera a possibilidade de convocação do
eleitor para realização de trabalhos eleitorais, como as de função de
mesário. Além disto, permite ao eleitor que este assine listas de apoiamento
para criação de novos partidos políticos (artigo 7º, §1° da Lei 9.096/95 e da
Resolução 23.571/2018-TSE).
LEI 9.096/95: Art. 7º O partido político, após adquirir
personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1o Só é admitido o registro do estatuto de partido político
que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele
que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de
eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo
menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por
um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um
décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um
deles.

Res. 23.571/2018-TSE: Art. 7º O partido político, após adquirir


personalidade jurídica na forma da lei civil, registrará seu
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral (Lei nº 9.096/1995, art.
7º, caput).
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político
que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele
que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de
eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo
menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por
um terço, ou mais, dos estados, com um mínimo de 0,1% (um
décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um
deles (Lei nº 9.096/1995, art. 7º, § 1º).

Outro efeito do alistamento é o de que, ao adquirir a qualidade de


eleitor, este pode subscrever apoio à lei de iniciativa popular (artigo
61, §2° da Constituição Federal).
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe
a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos,
na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
(...)
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles.

É bastante importante salientar que os dados do eleitorado são


acessíveis às instituições públicas e privadas, assim como às pessoas
físicas, todavia, o tratamento destas informações assegurará a preservação
da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem do cidadão (artigo
29, §1°, da Resolução 21.538/2003-TSE)
Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão
acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas
físicas, nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/1985, art. 9º,
I).
§ 1ºO tratamento das informações pessoais assegurará a
preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da
imagem do cidadão, restringindo-se o acesso a seu conteúdo
na forma deste artigo.
Gera capacidade eleitoral ativa

Permite a ausência ao serviço para a sua realização, nos


EFEITOS DO ALISTAMENTO

termos da legislação

A expedição do título pressupõe a quitação eleitoral

Permite a convocação para serviços eleitorais

Permite a assinatura de listas de apoiamento à criação de


novos partidos políticos

Permite a assinatura de projetos de lei de iniciativa popular

1.4- Cancelamento e exclusão


As hipóteses de cancelamento e exclusão do alistamento
eleitoral aquelas elencadas no artigo 71 do Código Eleitoral, ou seja:

Infração dos artigos 5º e 42 do CE

Suspensão ou perda dos direitos políticos

HIPÓTESES DE
CANCELAMENTO E pluralidade de inscrição
EXCLUSÃO

falecimento do eleitor

deixar de votar (ou justificar) em três eleições


consecutivas

“Art. 71. São causas de cancelamento:


I – a infração dos arts. 5º e 42;
II – a suspensão ou perda dos direitos políticos;
III – a pluralidade de inscrição;
IV –o falecimento do eleitor;
V – deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.
§ 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo
acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio,
a requerimento de delegado de partido ou de qualquer eleitor.”

A doutrina, muitas vezes, diferencia a exclusão do cancelamento,


mas, na prática, são duas faces da mesma moeda, vez que cancela-se o
registro e se exclui a pessoa do cadastro de eleitores.
De acordo com o §1° do artigo 71, na ocorrência de qualquer uma
das causas enumeradas (conforme aponta o excerto e quadro acima),
acarretará a exclusão do eleitor, sendo que esta pode ser: PROMOVIDA EX
OFFICIO, a REQUERIMENTO DO DELEGADO DE PARTIDO ou DE QUALQUER
ELEITOR. Por óbvio que o MINISTÉRIO PÚBLICO também é legitimado a
requerer esta exclusão.

LEGITIMADOS A PROPOR
EXCLUSÃO DE
ALISTAMENTO

DELEGADO DE QUALQUER
DE OFÍCIO MPE
PARTIDO ELEITOR

Com relação ao primeiro inciso: a) a mencionada infração ao artigo


5º do Código Eleitoral diz respeito ao alistamento dos ditos “inalistáveis”,
ou seja, dos estrangeiros e dos conscritos durante o período em que
estiverem servindo ao exército, é importante lembrar que o conceito de
inalistável é retirado do artigo 14, §2° da Constituição Federal; b) com
relação à infração do disposto no artigo 42 do Código Eleitoral, este faz
menção a erro de qualificação no processo de alistamento, sobretudo,
quanto ao domicílio do eleitor.
“Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e
inscrição do eleitor.
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral
o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado
ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer
delas.”

Já em se falando da hipótese do segundo inciso, a que menciona


suspensão ou perda dos direitos políticos, é importante relembrar
que nosso ordenamento veda a cassação deles, porém, prevê no artigo
12, §4º, incs. I e II e artigo 15, incs. I a V, ambos da Constituição Federal,
as hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos, as quais é muito
importante relembrar:
“Art. 12. (...)
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis;”

“Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda


ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.”

A hipótese do terceiro inciso dita que, se houver pluralidade de


inscrição, uma delas será cancelada. Tal fato é possível de ser apurado
porque a Justiça Eleitoral realiza batimentos dos dados de seu cadastro,
inclusive os biométricos, de modo que, havendo um eleitor com mesmo
nome, filiação e data de nascimento, ou, ainda, que possua as mesmas
digitais, este cairá na relação de duplicidade, a qual será apurada em
processo próprio.
Esta apuração permitirá que se verifique se se tratou de mero erro no
atendimento (o eleitor queria apenas fazer uma transferência de seu título,
mas acabaram lhe fazendo outra inscrição, por exemplo), ou se se trata de
má-fé por parte do alistando (fez dois alistamentos com uso de documentos
falsos, por exemplo), o que implica em resultados diversos no tratamento
destes casos, podendo-se manter o alistamento mais recente, ou o mais
antigo, ou, ainda, podendo-se cancelar ambos.
No tocante ao quarto inciso, este fala que, no caso de falecimento
do eleitor, sua inscrição será cancelada. Os cartórios de registro civil
são obrigados a comunicar à Justiça Eleitoral, mensalmente, toda a relação
de falecidos, de modo que aquele órgão possa promover o cancelamento
das inscrições dos de cujus.
Finalmente, a última hipótese de cancelamento de inscrição é a do
inciso quinto, e diz respeito aos eleitores que deixaram de votar ou
justificar em mais de três eleições consecutivas, ou, ainda, que não
pagaram a multa pela ausência às urnas, regularizando esta
pendência.
Veja que se o eleitor justificou a sua ausência às urnas ou pagou a
multa, ele não será penalizado pelo cancelamento de sua inscrição, de outro
modo, se ele não justificou, nem pagou a multa, recairá nesta penalidade.
É importante destacar que os eleitores facultativos não entram nesta
contabilização, assim, o analfabeto que ficou sem votar ou justificar por três
eleições consecutivas ou mais, não será penalizado, mantendo-se a sua
inscrição. De igual modo se operará com o eleitor maior de dezesseis e
menor de dezoito, ou com o eleitor maior de setenta anos.
Na hipótese de cancelamento ante a ausência injustificada, o próprio
sistema da Justiça Eleitoral, seis meses após os sessenta dias para
apresentação da justificativa, promoverá o cancelamento automático do
registro (artigo 80, §6º da Resolução 21.538/2003-TSE).

Art. 80. O eleitor que deixar de votar e não se justificar


perante o juiz eleitoral até 60 dias após a realização da eleição
incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na
forma prevista nos arts. 7º e 367 do Código Eleitoral, no que
couber, e 85 desta resolução.
§ 1º Para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito,
o prazo de que trata o caput será de 30 dias, contados do seu
retorno ao país.
§ 2º O pedido de justificação será sempre dirigido ao juiz
eleitoral da zona de inscrição, podendo ser formulado na zona
eleitoral em que se encontrar o eleitor, a qual providenciará
sua remessa ao juízo competente.
§ 3º Indeferido o requerimento de justificação ou decorridos os
prazos de que cuidam o caput e os §§ 1º e 2º, deverá ser
aplicada multa ao eleitor, podendo, após o pagamento, ser-lhe
fornecida certidão de quitação.
§ 4º A fixação do valor da multa pelo não exercício do voto
observará o que dispõe o art. 85 desta resolução e a variação
entre o mínimo de 3% e o máximo de 10% do valor utilizado
como base de cálculo.
§ 5º A justificação da falta ou o pagamento da multa serão
anotados no cadastro.
§ 6º Será cancelada a inscrição do eleitor que se abstiver de
votar em três eleições consecutivas, salvo se houver
apresentado justificativa para a falta ou efetuado o pagamento
de multa, ficando excluídos do cancelamento os eleitores que,
por prerrogativa constitucional, não estejam obrigados ao
exercício do voto (suprimido).

O procedimento de exclusão é regulado pelo artigo 76 do Código


Eleitoral, o qual diz que qualquer irregularidade determinante de exclusão
será comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado
ao juiz eleitoral e este, por sua vez, deve observar o disposto no artigo 75
do mesmo códex.

Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através de


seu fichário, da inscrição do mesmo eleitor em mais de uma
zona sob sua jurisdição, comunicará o fato ao juiz competente
para o cancelamento, que de preferência deverá recair:
I – na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;
II – naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;
III – naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício
do voto na última eleição;
IV – na mais antiga.
Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão será
comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado
ao juiz eleitoral, que observará o processo estabelecido no
artigo seguinte.
Vale lembrar que a Justiça Eleitoral não mais dispõe dos mencionados
“fichários”, sendo seu batimento feito por meio de cadastro eletrônico
(Resolução 21.538/2003-TSE, artigo 33, caput).

Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações


constantes do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar
possíveis duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e
identificar situações que exijam averiguação e será realizado
pelo Tribunal Superior Eleitoral, em âmbito nacional.

Durante a apuração, por meio de processo, até a exclusão, pode o


eleitor votar validamente, conforme determinação do artigo 72 do Código
Eleitoral, todavia, de acordo com a Resolução nº 21931/2004-TSE, há a
admissibilidade da retirada do nome do eleitor da folha de votação, após a
sentença de cancelamento, ainda que haja recurso. Excluído em período
que inviabilize a regularização no cadastro, o eleitor não ficará sujeito às
sanções pelo não exercício do voto.
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor
votar validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais
hajam sido interpostos recursos das decisões que as deferiram,
desde que tais recursos venham a ser providos pelo Tribunal
Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos se o seu
número for suficiente para alterar qualquer representação
partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio
majoritário.

O rito para o processamento da exclusão é o seguinte e está descrito


no artigo 77 e artigo 80, ambos do Código Eleitoral:
Juiz manda cabe
fará publi-
autuar a recurso
car edital dilação
petição ou inominado
com prazo Interessa- probatória
a repre- decidirá no no prazo
de 10 dias dos podem de 5 a 10
sentação prazo de 5 de 3 dias
para ciên- contestar dias caso
com os dias com con-
cia dos em 5 dias seja
documen- trarrazões
interessa- requerida
tos que a também
dos
instruirem em 3 dias.

Quanto às providências que o cartório eleitoral deverá tomar, estas


estão disciplinadas nos artigos 78 e 79 do Código Eleitoral e são:
Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o cartório
tomará as seguintes providências:
I – retirará, da respectiva pasta, a folha de votação, registrará
a ocorrência no local próprio para anotações e juntá-la-á ao
processo de cancelamento;
II – registrará a ocorrência na coluna de observações do livro
de inscrição;
III – excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-
as à parte;
IV – anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta
de votação para o oportuno preenchimento dos mesmos;
V – comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para
anotação no seu fichário.
Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de
caso notório, serão dispensadas as formalidades previstas nos
nºs II e III do artigo 77.

Cessada a causa de cancelamento, o interessado poderá, novamente,


requerer a sua qualificação e a sua inscrição (artigo 81 do CE).
“Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o
interessado requerer novamente a sua qualificação e
inscrição.”
1.5- Revisão do Eleitorado
A revisão do eleitorado é um ato administrativo da Justiça
Eleitoral e visa regularizar possíveis fraudes ocorridas no cadastro
eleitoral, perante uma Zona Eleitoral ou um Município. Sempre que
ocorrerem algumas desproporcionalidades na quantidade de eleitores e de
população, ou, ainda, no aumento expressivo de número de transferências,
poderá haver uma denúncia ao respectivo Tribunal Regional Eleitoral para
sua apuração e, após instaurado o processo de revisão de eleitorado, a
população será chamada a comparecer ao respectivo cartório eleitoral e
promover seu recadastramento.
Sua regulamentação se encontra no artigo 58 da Resolução nº
22.538/2003-TSE:
Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude
no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal
Regional Eleitoral poderá determinar a realização de
correição e, provada a fraude em proporção
comprometedora, ordenará, comunicando a decisão ao
Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado,
obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as
recomendações que subsidiariamente baixar, com o
cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos
títulos que não forem apresentados à revisão (Código Eleitoral,
art. 71, § 4º).
§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral determinará, de ofício,
a revisão ou correição das zonas eleitorais sempre que:
I – o total de transferências de eleitores ocorridas no
ano em curso seja dez por cento superior ao do ano
anterior;
II – o eleitorado for superior ao dobro da população
entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a
setenta anos do território daquele município;
III – o eleitorado for superior a sessenta e cinco por
cento da população projetada para aquele ano pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (Lei
nº 9.504/1997, art. 92).
§ 2º Não será realizada revisão de eleitorado em ano eleitoral,
salvo em situações excepcionais, quando autorizada pelo
Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Caberá à Secretaria de Informática apresentar,
anualmente, até o mês de outubro, à presidência do Tribunal
Superior Eleitoral, estudo comparativo que permita a adoção
das medidas concernentes ao cumprimento da providência
prevista no § 1º.
Os eleitores que deixarem de comparecer a uma revisão de eleitorado
terão seus títulos cancelados. Veja-se, ainda, que a revisão de eleitorado
poderá se dar, também, de ofício pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral,
nas hipóteses dos incisos I a III do artigo 58 da Resolução 21.538/2003-
TSE.

HIPÓTESES DE REVISÃO

MEDIANTE DENÚNCIA
DE OFÍCIO PELO TSE
FUNDAMENTADA

se o eleitorado TRE determina


se o total de for superior ao se o eleitorado a realização de
transferências dobro da for superior a correição se a
de eleitores população entre 75% da fraude for em
ocorridas no 10 e 15 anos Por fraude no
população proporção com-
ano em curso somada à de alistamento
idade superior a projetada para prometedora,
for 10%
70 anos no aquele ano pelo comunicando
superior ao do
território daquele IBGE sua decisão ao
ano anterior TSE
município

Não se realiza revisão de eleitorado, salvo em casos excepcionais, em


anos eleitorais (§2º do artigo 58 da Resolução 21.538/2003-TSE).
De acordo com o artigo 62, caput, desta mesma resolução: “Art. 62.
A revisão do eleitorado deverá ser sempre presidida pelo juiz eleitoral da
zona submetida à revisão.
A partir da aprovação da revisão pelo Tribunal Regional Eleitoral, o
juiz terá o prazo máximo de trinta dias para dar início aos procedimentos
revisionais (§1° do artigo 62 da Res. 21.538/2003-TSE).
A divulgação deverá ser precedida de ampla divulgação, a fim de
orientar os eleitores quanto aos horários e locais que deverá se apresentar,
no período estipulado pelo Tribunal Regional Eleitoral (em prazo não inferior
a trinta dias). Caso o juiz eleitoral necessite prorrogar o prazo de revisão de
eleitorado, deverá fazer o pedido por meio de ofício fundamentado dirigido
à presidência do TRE, com antecedência mínima de cinco dias da data de
encerramento do período estipulado no edital de abertura da revisão
eleitoral (artigo 62, §§ 2º e 3º da Resolução 21.538/2003-TSE).
5 dias antes do início
30 dias a contar da
Instaura-se o do período revisional, o
aprovação do processo
procedimento juiz eleitoral publica
revicional, iniciar-se-ão
revisional, seja de ofício edital convocando os
os procedimentos, com
pelo TSE, ou mediante eleitores a se
ampla publicidade para
decisão do TRE apresentarem para a
orientar o eleitor
revisão

Concluídos os trabalhos
5 dias antes do término
de revisão, o juiz
do período revisional o Ocorre a revisão
eleitoral, após ouvir o
juiz competente poderá eleitoral a qual não
MPE, determinará o
solicitar prorrogação poderá se dar em
cancelamento das
por meio de ofício período inferior a 30
inscrições irregulares e
fundamentado à dias
dos eleitores que não
presidência do TRE
compareceram

A revisão de eleitorado fica submetida ao direto controle do


juiz eleitoral e à fiscalização do representante do Ministério Público
que oficiar perante o juízo (artigo 66, Res. 21.538/2003-TSE).
O juiz eleitoral deverá, ainda, dar conhecimento aos partidos políticos
da realização da revisão, facultando-lhes, na forma prevista nos arts. 27 e
28 da Resolução 21.538/2003-TSE, acompanhamento e fiscalização de todo
o trabalho (artigo 67 da mesma Resolução).

Caro estudante, é importante ressaltar que, muito embora a


administração, alimentação e fiscalização dos dados constantes no cadastro
eleitoral sejam de competência da Justiça Eleitoral, pedidos de retificação
destes dados competem à Justiça comum estadual, por força da Súmula
368 do STJ:
STJ: “Súmula 368 - Compete à Justiça comum estadual
processar e julgar os pedidos de retificação de dados cadastrais
da Justiça Eleitoral. (Súmula 368, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado
em 26/11/2008, DJe 03/12/2008)

Isto se deve porque o STJ entendeu que tal competência não está
elencada entre as dispostas na constituição e nas legislações
infraconstitucionais, devendo ser atribuída à justiça comum: “Trata-se de
conflito em que se discute a competência para julgamento de justificação
judicial relativa à retificação de cadastro perante a Justiça Eleitoral. Em
exegese dos dispositivos constitucionais e legais sobre o assunto (CF, art.
121; Leis 4.737/65 e 7.444/85), esta Primeira Seção firmou o entendimento
de que as causas referentes à retificação de dados armazenados nos
registros perante a Justiça Eleitoral, em razão da competência taxativa
dessa Justiça Especializada, devem ser apreciadas pela Justiça Estadual."
(CC 56905 PB, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado
em 27/09/2006, DJ 23/10/2006, p. 238)”.
Fique atento: retificação de dados é competência da justiça
comum, porém, em o eleitor necessitando alterar dados atuais, ele
pode se dirigir à Justiça Eleitoral e promover uma revisão de seu
cadastro!!!

1.6- Diferenças entre Alistamento, Segunda Via e


Transferência
Como pôde-se ver, o alistamento é o ato pelo qual o eleitor tem
acesso ao universo dos direitos políticos, todavia, haverá casos em que este
eleitor já possui sua inscrição eleitoral, mas seu domicílio eleitoral mudou,
ou, ainda, que seus próprios dados pessoais como nome ou orientação de
gênero também mudaram e, portanto, haverá a necessidade de sua
atualização junto à Justiça Eleitoral. Para estes casos poderá haver ou a
transferência do título ou uma atualização de dados (revisão simples e
individual).
Ao eleitor cujo domicílio eleitoral tenha mudado, ele deverá promover
sua transferência, vez que esta não pode ser instaurada de ofício. Este
eleitor deverá observar alguns prazos para que seu requerimento seja
deferido e processado:
PRAZOS PARA
TRANSFERÊNCIA

O eleitor deve
Deverá ser promovido
Deve ser feito até cento comprovar a residência
com o transcurso
e cinquenta e um dias mínima de três meses
mínimo de um ano
antes do pleito (artigo no novo local em que se
desde a última
91 da Lei 9.504/97) encontra (artigo 55, II,
transferência (artigo
Código Eleitoral)
55, I, Código Eleitoral) -
exceto para servidores
públicos, militaresou
membros de sua
família, nos termos do
art. 55, §2° CE)

O eleitor que quiser promover sua transferência deverá fazê-lo


perante o juízo de sua nova circunscrição eleitoral, ou seja, no município
que agora passou a morar. Não será considerada transferência caso a
alteração de endereço seja dentro da mesma circunscrição do eleitor, sendo
simples atualização (revisão ordinária) de endereço. Assim, por exemplo,
um eleitor do município X que saiu de um bairro para morar em outro, ao
atualizar seu endereço não transfere seu título, eis que ficou no mesmo
município, apenas atualizou seu cadastro, podendo escolher local de
votação mais próximo a ele.
Quanto ao eleitor que queira promover alguma alteração em seu
cadastro, como, por exemplo, incluir ou excluir nome de casado, alteração
de nome social ou identidade de gênero (que passou a ser permitido pela
Resolução 23.562/2018, em seu artigo 3º: "O Requerimento de Alistamento
Eleitoral contemplará campo para indicação do nome social e identidade de
gênero") basta se dirigir ao seu cartório eleitoral com a documentação necessária
(certidão de casamento ou averbação de divórcio, por exemplo) e promover as
alterações necessárias até cento e cinquenta e um dias antes do pleito.
Caso o eleitor tenha perdido seu título eleitoral, poderá solicitar
uma segunda via até dez dias antes do pleito (artigo 52 do Código
Eleitoral), bastando ir ao seu cartório eleitoral portando um documento
oficial para tanto, ou, caso necessite solicitar em circunscrição diversa, em
até sessenta dias antes do pleito.
É importante salientar que em casos de transferência, alteração de
dados no cadastro ou, ainda, para emissão de segundas-vias o eleitor deve
estar quite com a Justiça Eleitoral e, caso não esteja, deve promover a
devida regularização (seja mediante requerimento de justificativa de eleitor
no exterior, ou mediante o pagamento de multa eleitoral).
Em qualquer movimentação feita no cadastro eleitoral, seja
alistamento, revisão ou transferência, havendo indeferimento, poderá o
eleitor recorrer ao TRE no prazo de cinco dias e, em caso de deferimento,
poderá ou o Ministério Público Eleitoral ou qualquer delegado de partido
recorrer por meio de Recurso Inominado, no prazo de dez dias (caso em
que se abrirá vista ao eleitor para manifestação).

3. (Juiz Substituto, TJ-PI, 2015, FCC). A transferência de domicílio


eleitoral
A) cabe ser objeto de recurso por qualquer Delegado de partido, caso
deferida pelo juiz eleitoral.
B) deve ser requerida ao Cartório Eleitoral do novo domicílio, para ser
admitida, até cento e vinte dias antes da data da eleição.
C) não cabe ser indeferida ou denegada caso o eleitor não esteja quite
com a Justiça Eleitoral.
D) tem como requisito para ser deferida a comprovação de residência
mínima de seis meses no novo domicílio, inclusive nos casos de
transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico,
ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência.
E) tem como requisito para ser deferida a comprovação de residência
mínima de seis meses no novo domicílio, exceto nos casos de transferência
de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de
membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência.
Comentários:
A alternativa “A” está certa, de acordo com o disposto no art. 18, §5º da
Resolução 21.538/03-TSE: “Do despacho que indeferir o requerimento de
transferência, caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias
e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no
prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à
disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês,
ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao
requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem”.
A alternativa “B” está errada eis que este prazo é de cento e cinquenta
dias, de acordo com o artigo 91 da Lei nº 9.504/97: “Nenhum requerimento
de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos cento e
cinquenta dias anteriores à data da eleição”.
A alternativa “C” está errada eis que, para haver a transferência, o eleitor
deverá estar quite com a Justiça Eleitoral (Art. 18, IV, da Resolução
21.538/03-TSE: “A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as
seguintes exigências: (...) IV - prova de quitação com a Justiça Eleitoral”)..
As alternativas “D” e “E” estão erradas eis que, de acordo com o artigo 18
da Resolução 21.538/03-TSE: “A transferência do eleitor só será admitida
se satisfeitas as seguintes exigências: I – recebimento do pedido no cartório
eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente; II
– transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência; III – residência mínima de três meses no novo domicílio,
declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, art.
8º); IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral”; § 1º O disposto nos
incisos II e III não se aplica à transferência de título eleitoral de servidor
público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo
de remoção ou transferência (Lei nº 6.996/82, art. 8º, parágrafo único).
Gabarito 3: A

4. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-TO, 2017,


CESPE). Para o deferimento de requerimento de transferência de domicílio
eleitoral, exige-se:
A) exercício de função pública.
B) produção de relatórios qualitativos de requerimentos anteriores.
C) prova de nacionalidade brasileira.
D) alcance da maioridade civil.
E) prova de quitação com a justiça eleitoral.
Comentários:
De acordo com o artigo 18 da Resolução nº 21.538/2003-TSE, são
exigências a serem satisfeitas para haver a transferência do eleitor: “Art.
18. (...) I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no
prazo estabelecido pela legislação vigente; II – transcurso de, pelo menos,
um ano do alistamento ou da última transferência; III – residência mínima
de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo
próprio eleitor; IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral. (...)”. Assim,
a única alternativa que atende estes requisitos legais é a de letra “E”.
Gabarito 4: E
5. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-CE, 2012, FCC). NÃO
é requisito para a transferência do eleitor:
A) o transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência.
B) o recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no
prazo estabelecido pela legislação vigente.
C) o parecer favorável do Ministério Público Eleitoral.
D) a residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob
as penas da lei, pelo próprio eleitor.
E) a prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
Comentários: De acordo com o artigo 18 da Resolução nº 21.538/2003-
TSE, são exigências a serem satisfeitas para haver a transferência do
eleitor: “Art. 18. (...) I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do
novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente; II – transcurso
de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência; III –
residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas
da lei, pelo próprio eleitor; IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
(...)”. Assim, a única alternativa que não atende estes requisitos legais é a
de letra “C”.
Gabarito 5: C

2 -REGISTRO DE CANDIDATURAS

O alistamento, visto no tópico anterior, é a fase inaugural do


chamado processo eleitoral LATO SENSU, eis que ocorre
independentemente de haver eleição ou não. Todavia, em anos eleitorais,
este processo lato sensu continua em etapas posteriores, gerando, assim, o
chamado PROCESSO ELEITORAL STRICTO SENSU, o qual se subdivide
em quatro etapas: PREPARATÓRIA, VOTAÇÃO, APURAÇÃO e
DIPLOMAÇÃO.
Para melhor elucidar:
PREPARATÓRIA
CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
FASES DO REGISTRO DE
PROCESSO CANDIDATURAS
ELEITORAL PROPAGANDA ELEITORAL
STRICTO SENSU ATOS PREPARATÓRIOS DA
ELEIÇÃO

VOTAÇÃO APURAÇÃO DIPLOMAÇÃO

O registro de candidaturas permite que o pretenso candidato se


inscreva na Justiça Eleitoral a fim de dar início à sua campanha e, assim,
poder exercer seus direitos políticos passivos – o de ser votado.
Porém, não basta o eleitor se dirigir à Justiça Eleitoral e ajuizar o seu
Requerimento de Registro de Candidatura - RRC, ele deve, antes de
mais nada, participar das convenções partidárias, de modo que seus
correligionários saibam acerca de sua intenção de lançar candidatura. Isto
posto, vejamos como se desenvolvem as etapas de um registro de
candidatura, a qual se inicia com a convenção partidária.

2.1- Convenção Partidária


Há, basicamente, três tipos de convenções partidárias, que variam de
acordo com a circunscrição que se está ocorrendo o pleito: MUNICIPAIS,
REGIONAIS E NACIONAL.
TIPOS DE CONVENÇÃO
Municipal: para realização de eleições
municipais (prefeitos, vices e vereadores)

PARTIDÁRIA
Regional: para a realização de eleições
regionais (deputados, senadores e
governadores)

Nacional: para a realização de eleições


nacionais (presidente e vice)

Inicialmente, a Lei 9.504/97, na redação original do artigo 8ª,


determinava que a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação
sobre coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 de junho do ano
em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro
aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral. Contudo, a Lei 12.891/2013 veio a
modificar este período, passando a ser de 12 a 30 de junho. Esta
modificação deveria se aplicada apenas ao pleito de 2016, vez que o
Princípio de Anualidade veda a aplicação de leis com menos de um ano de
publicação e que modifiquem o processo eleitoral.
Ocorre que, em 29 de setembro 2015, por meio da Lei 13.165/2015,
adveio mais uma reforma eleitoral (esta sim aplicável já ao pleito de 2016,
vez que era anterior ao prazo de um ano desta eleição) e que trouxe
significativas mudanças com relação aos prazos para as convenções
partidárias, passando estas a serem realizadas entre 20 de julho a 5 de
agosto, conforme a nova redação dada ao artigo 8°:
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação
sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a
5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições,
lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela
Justiça Eleitoral, publicada em vinte e quatro horas em
qualquer meio de comunicação. (Redação dada pela Lei nº
13.165, de 2015)
§ 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal,
Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham
exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que
estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para
o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados.
§ 2º Para a realização das convenções de escolha de
candidatos, os partidos políticos poderão usar gratuitamente
prédios públicos, responsabilizando-se por danos causados com
a realização do evento.

As convenções partidárias são reuniões firmadas entre os filiados de


um partido e seus dirigentes e visam deliberar acerca da escolha de seus
candidatos, da realização ou não de coligações e de que forma elas se
darão, providenciar os registros de candidatura, escolha dos nomes e
números de urna, dentre outras deliberações.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DAS


CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

Realização ou não de Escolha de nomes e


Escolha de candidatos
coligações números de urna

O artigo 7º da Lei das Eleições (9.504/97) estabelece que as normas


para a escolha e substituição dos candidatos, bem como para a formação de
coligações, serão estabelecidas no estatuto do próprio partido e, caso este
seja omisso, caberá ao órgão de direção nacional, até cento e oitenta dias
antes da eleição, publicar estas normas.
“Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos
candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas
no estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei.
§ 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de
direção nacional do partido estabelecer as normas a que se
refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até
cento e oitenta dias antes das eleições.
§ 2º Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na
deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente
estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do
respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e
os atos dela decorrentes.
§ 3º As anulações de deliberações dos atos decorrentes de
convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão
ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias
após a data limite para o registro de candidatos.
§ 4º Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de
novos candidatos, o pedido de registro deverá ser apresentado
à Justiça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação,
observado o disposto no art. 13.”

As convenções podem ocorrer em lugares públicos ou privados


(conforme já apontado pelo artigo 8º, §2° da Lei 9.504/97).
No período que antecede quinze dias da convenção, os filiados
interessados em lançarem candidatura poderão promover a chamada
PROPAGANDA INTRAPARTIDÁRIA, a qual consiste na afixação de cartazes e
faixas em local próximo da convenção e serve, unicamente, para expor a
intenção do filiado aos seus correligionários de que pretende sair candidato.
Nesta modalidade de propaganda (intrapartidária), veda-se o uso de
outdoor, rádio, TV ou internet, correndo-se o risco de, em não observando
estas vedações, restar caracterizada a propaganda eleitoral antecipada.
“Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permitida após o
dia 15 de agosto do ano da eleição.
§ 1º Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é permitida a
realização, na quinzena anterior à escolha pelo partido, de
propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome,
vedado o uso de rádio, televisão e outdoor.
§ 2º Não será permitido qualquer tipo de propaganda política
paga no rádio e na televisão.
§ 3º A violação do disposto neste artigo sujeitará o responsável
pela divulgação da propaganda e, quando comprovado o seu
prévio conhecimento, o beneficiário à multa no valor de R$
5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil
reais), ou ao equivalente ao custo da propaganda, se este for
maior.”

2.3- Coligação Partidária


Como vimos, um dos aspectos a serem estabelecidos nas convenções
partidárias é a realização ou não de coligações. Mas, o que são coligações?
Coligações são a associação de dois ou mais partidos políticos
que têm por objetivo o lançamento de um conjunto de candidaturas
no processo eleitoral. As coligações possuem personalidade jurídica
transitória (somente durante o período eleitoral) e, uma vez estabelecida,
deve agir como se um único partido fosse, não cabendo aos partidos
integrantes agirem isoladamente, salvo se for para questionarem a validade
ou regularidade da própria coligação.
Acerca deste tema, é bastante importante ressaltarmos que a
Emenda Constitucional n° 97/2017 trouxe importantíssimas modificações,
vez que passou a vedar a realização de coligações para eleições de cargos
proporcionais, mantendo-a, apenas, para cargos majoritários. A referida EC,
alterou a redação do §1º do artigo 17 de nossa Constituição Federal:
“Art. 17 (...)
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha,
formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas
eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária. (grifo nosso).”

Assim, a partir do pleito de 2020 e dos vindouros, não se poderá


mais ter a coligação para os cargos eletivos proporcionais, mantendo-se,
no entanto, as coligações para os cargos majoritários.
Como é importante saber o mecanismo vigente até a EC 97/2017,
explicaremos de que modo ambas as modalidades de coligação
funcionavam e como eram feitos os cálculos nas disputas de cargos
proporcionais.
O regramento se dava pelo artigo 6º da Lei das Eleições:
“Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma
circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária,
proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso,
formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional
dentre os partidos que integram a coligação para o pleito
majoritário.
§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a
junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a
ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político
no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar
como um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral
e no trato dos interesses interpartidários.
§ 1º-A. A denominação da coligação não poderá coincidir,
incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato,
nem conter pedido de voto para partido político.
§ 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação
usará, obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de
todos os partidos que a integram; na propaganda para eleição
proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o
nome da coligação.
§ 3º Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda,
as seguintes normas:
I - na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos
filiados a qualquer partido político dela integrante;
II - o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito
pelos presidentes dos partidos coligados, por seus delegados,
pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos
de direção ou por representante da coligação, na forma do
inciso III;
III - os partidos integrantes da coligação devem designar um
representante, que terá atribuições equivalentes às de
presidente de partido político, no trato dos interesses e na
representação da coligação, no que se refere ao processo
eleitoral;
IV - a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral
pela pessoa designada na forma do inciso III ou por delegados
indicados pelos partidos que a compõem, podendo nomear até:
a) três delegados perante o Juízo Eleitoral;
b) quatro delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;
c) cinco delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.
§ 4º O partido político coligado somente possui legitimidade
para atuar de forma isolada no processo eleitoral quando
questionar a validade da própria coligação, durante o período
compreendido entre a data da convenção e o termo final do
prazo para a impugnação do registro de candidatos.
§ 5º A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes
de propaganda eleitoral é solidária entre os candidatos e os
respectivos partidos, não alcançando outros partidos mesmo
quando integrantes de uma mesma coligação.”

O primeiro aspecto a se observar consiste no fato de que os partidos


que compusessem a coligação majoritária é que poderiam compor as
coligações proporcionais, não se admitindo partido estranho e que não
compusesse a majoritária. Melhor exemplificando:

COLIGAÇÃO Partidos A, B, e C
PROPORCIONAL 1
COLIGAÇÕES
COLIGAÇÃO PROPORCIONAIS
MAJORITÁRIA COLIGAÇÃO
/ PARTIDO INTEGRANTES
COLIGAÇÃO Partidos D e E
MAJORITÁRIA 1 PROPORCIONAL
ISOLADO 2
(COMPOSIÇÃO:
Partidos A, B, C, D, COLIGAÇÃO
E, F, G e H) Partidos F e G
PROPORCIONAL 3

PARTIDO ISOLADO H Partido H

No exemplo dado, se um partido “I” quisesse coligar na proporcional


com qualquer um dos que compunham a majoritária não seria possível, eis
que ele também não estaria compondo a coligação majoritária.
A denominação da coligação poderá ser a junção de todas as siglas
dos partidos que a compõe, portando-se como se fosse um único partido.
Em caso de coligação, o pedido de registro dos candidatos deve ser
subscrito: ou pelos presidentes dos partidos coligados, ou por seus
delegados, ou pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos
de direção ou por representante da coligação.
Mesmo havendo coligação, cada partido político que a compõe deve
realizar a sua própria convenção partidária e apresentar a sua própria ata
de convenção à Justiça Eleitoral. Nesta ata haverá a indicação do
representante da coligação, designado pelos integrantes da coligação. Este
representante terá atribuições equivalentes às de presidente de partido
político, no trato dos interesses e na representação da coligação, no que se
refere ao processo eleitoral.
Então, para ficar bem claro: cada partido faz a sua própria
convenção, mas estabelece quem será o representante da coligação que
apõe na própria ata. A partir do momento que as atas forem todas
entregues à Justiça Eleitoral, não há mais de se falar em trato de partido
individualmente perante a justiça especializada, devendo o representante
agir em nome da coligação.
Além da vantagem de aliança política, as coligações também
impactam na quantidade máxima de registros permitidos perante a Justiça
Eleitoral, em se falando de cargos proporcionais, vez que os majoritários
serão sempre em número de um.
A quantidade máxima de cargos a serem lançados por coligações se
encontra no artigo 10 da Lei 9.504/97:
Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos
para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as
Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de
até 150% (cento e cinquenta por cento) do número de
lugares a preencher, salvo:
I - nas unidades da Federação em que o número de
lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não
exceder a doze, nas quais cada partido ou coligação poderá
registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual
ou Distrital no total de até 200% (duzentos por cento) das
respectivas vagas;
II - nos Municípios de até cem mil eleitores, nos quais cada
coligação poderá registrar candidatos no total de até 200%
(duzentos por cento) do número de lugares a preencher.
§ 1º(Revogado).
§ 2º(Revogado).
§ 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste
artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30%
(trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para
candidaturas de cada sexo.
§ 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração,
se inferior a meio, e igualada a um, se igual ou superior.
§ 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos
não indicarem o número máximo de candidatos previsto no
caput, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão
preencher as vagas remanescentes até trinta dias antes do
pleito.

De um modo mais didático, podemos resumir a quantidade de


registros que um partido isolado ou uma coligação podem registrar, para os
cargos disputados no sistema proporcional, do seguinte modo:
150% do número de lugares
150% do número de a preencher (Regra Geral)
lugares a preencher
(Regra Geral) em UF em que o número de
PARTIDO ISOLADO COLIGAÇÃO
lugares a preencher para a
Câmara dos Deputados não
exceder a 12, poderá
registrar 200% das
em UF em que o número de respectivas vagas
lugares a preencher para a
Câmara dos Deputados não em municípios de até
exceder a 12, poderá 100mil ELEITORES, cada
registrar 200% das coligação poderá registrar
respectivas vagas até 200% das vagas a
preencher

Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a


meio, e igualada a um, se igual ou superior.
Caso as convenções não indiquem o número máximo de candidatos
possível, eles podem realizar o registro destas vagas remanescentes até
trinta dias antes do pleito.
Ainda é importante destacar que há a reserva de vagas para número
mínimo de percentagem para cada sexo, de modo que, pelo menos,
trinta por cento das vagas sejam destinadas para cada sexo. Este
percentual, conforme entendimento sustentado pela jurisprudência, recai no
total de vagas efetivamente lançadas e não na quantidade total que poderia
ser registrada; por exemplo, um partido poderia ter lançado vinte
candidaturas, porém, apenas lançou dez, os trinta por cento recairão sobre
as dez vagas e não sobre as vinte. No mesmo sentido determinou a
Resolução n° 23.548/2017-TSE acerca do registro de candidaturas do pleito
de 2018, em seu artigo 20, §4°:
§ 4º O cálculo dos percentuais de candidatos para cada sexo
terá como base o número de candidaturas efetivamente
requeridas pelo partido político ou coligação e deverá ser
observado nos casos de vagas remanescentes ou de
substituição.
2.4- Processo de Registro de Candidatura
Os Requerimentos de Registro de Candidatura - RRC poderão
ser entregues até as dezenove horas do dia quinze de agosto (trata-se de
um prazo decadencial), conforme determinação do caput do artigo 11 da Lei
9.504/97.
Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o
registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de
agosto do ano em que se realizarem as eleições

Se o partido ou a coligação não registrar candidato escolhido em ata


convencional, este poderá apresentar seu Requerimento de Registro de
Candidatura Individual no prazo de quarenta e oito horas após a publicação
dos registros solicitados (§4° do mesmo artigo e lei).
§ 4º Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o
registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a
Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito
horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela
Justiça Eleitoral.

O Requerimento de Registro de Candidatura deve ser instruído com


os seguintes documentos (todos elencados no artigo 11, incisos I a IX, da
Lei 9.504/97):
Cópia da ata convencional

Autorização do candidato, por escrito;

Prova de filiação partidária;

Declaração de bens, assinada pelo candidato;

Cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o


candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência
de domicílio no prazo previsto no art. 9º;

Certidão de quitação eleitoral;

Certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral,


Federal e Estadual;
Fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça
Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º do art. 59.
Propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a
Presidente da República.

Com relação à prova de escolaridade do candidato, é importante


destacar o teor da Súmula nº 55 do TSE:
“Súmula-TSE nº 55
A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da
escolaridade necessária ao deferimento do registro de
candidatura.”

Isto se deve ao fato de que, para portar a Carteira Nacional de


Habilitação, o cidadão se submete a testes escritos e, portanto, necessita
ser alfabetizado.

É importante relembrar que os candidatos devem ter a idade mínima


necessária ao cargo ao qual pleiteiam, sendo esta comprovada na data da
posse, exceto se o cargo demandar dezoito anos, o qual deverá ser
comprovado na data máxima para entrega do registro.
“Art. 11 (...)
§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a
data da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese
em que será aferida na data-limite para o pedido de registro.”

Cargos com idade mínima de 18 anos

Vereador

Cargos com idade mínima de 21 anos

Deputado estadual e federal, prefeito e juiz de paz

Cargos com idade mínima de 30 anos

Governador

Cargos com idade mínima de 35 anos

Senador e Presidente

Com relação às condições de elegibilidade (nacionalidade brasileira, o


pleno exercício dos direitos políticos; o alistamento eleitoral; o domicílio
eleitoral na circunscrição; a filiação partidária e a idade mínima), bem como
as causas de inelegibilidade (constitucionais e legais) estas devem ser
auferidas no momento do registro de candidaturas ressalvadas as
alterações fáticas ou jurídicas supervenientes (artigo 10, §10 da Lei
9.504/97).
“§ 10.  As condições de elegibilidade e as causas de
inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização
do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as
alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que
afastem a inelegibilidade.”

Acerca da verificação de inelegibilidade é importante destacar as


Súmulas n°s 43, 45 e 70 do TSE:
Súmula - TSE nº 45
Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode
conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou
da ausência de condição de elegibilidade, desde que
resguardados o contraditório e a ampla defesa.
Súmula - TSE nº 43
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro
que beneficiem o candidato, nos termos da parte final do art.
11, § 10, da Lei n° 9.504/97, também devem ser admitidas
para as condições de elegibilidade.

Súmula - TSE nº 70
O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da
eleição constitui fato superveniente que afasta a
inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei nº
9.504/97.

Conforme destacado, a Súmula TSE nº 45 permite que o juiz


reconheça, de ofício, causas de inelegibilidade ou ausência de condição de
elegibilidade, porém, deve-se resguardar o contraditório e a ampla defesa,
intimando-se o candidato para se manifestar previamente.
As Súmulas 43 e 70 destacam que alterações fáticas ou jurídicas
supervenientes, inclusive a cessação de causas de inelegibilidade, devem
ser admitidas a favor do candidato, desde que anteriores ao dia do pleito.

Ainda analisando os elementos do Registro de Candidaturas, é de


suma importância que o candidato esteja quite com a Justiça Eleitoral,
devendo-se promover o pagamento de multas que, eventualmente, venha a
ter, ou, ao menos, promover e honrar seu parcelamento.
O artigo 11, §§8°, 9º e 11 da Lei 9.504/97, disciplinam acerca da
abrangência do que seria a dita quitação eleitoral:
§ 8º Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7o,
considerar-se-ão quites aqueles que:
I - condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da
formalização do seu pedido de registro de candidatura,
comprovado o pagamento ou o parcelamento da dívida
regularmente cumprido;
II - pagarem a multa que lhes couber individualmente,
excluindo-se qualquer modalidade de responsabilidade
solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com
outros candidatos e em razão do mesmo fato.
III - o parcelamento das multas eleitorais é direito dos
cidadãos e das pessoas jurídicas e pode ser feito em até
sessenta meses, salvo quando o valor da parcela ultrapassar
5% (cinco por cento) da renda mensal, no caso de cidadão, ou
2% (dois por cento) do faturamento, no caso de pessoa
jurídica, hipótese em que poderá estender-se por prazo
superior, de modo que as parcelas não ultrapassem os
referidos limites; (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
IV - o parcelamento de multas eleitorais e de outras multas e
débitos de natureza não eleitoral imputados pelo poder público
é garantido também aos partidos políticos em até sessenta
meses, salvo se o valor da parcela ultrapassar o limite de 2%
(dois por cento) do repasse mensal do Fundo Partidário,
hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de
modo que as parcelas não ultrapassem o referido limite.
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 9º A Justiça Eleitoral enviará aos partidos políticos, na
respectiva circunscrição, até o dia 5 de junho do ano da
eleição, a relação de todos os devedores de multa eleitoral, a
qual embasará a expedição das certidões de quitação eleitoral.
§ 11.  A Justiça Eleitoral observará, no parcelamento a que se
refere o § 8º deste artigo, as regras de parcelamento previstas
na legislação tributária federal.

Observe-se que a minirreforma eleitoral de 2017 (Lei 13.488/2017)


trouxe significativa mudança quanto ao parcelamento de débitos,
permitindo o elastecimento do prazo máximo de sessenta meses,
caso o valor da parcela fique superior ao limite de dois por cento do repasse
mensal do Fundo Partidário.
Esta mesma Lei 13.488/2017, também reduziu o valor máximo da
prestação do parcelamento, que antes era de dez por cento para pessoas
físicas, passando a cinco por cento doravante e, para pessoas jurídicas,
trouxe a possibilidade de parcelamento.
Para que os partidos políticos não sejam tomados pela surpresa de
um de seus candidatos não esteja quite com a Justiça Eleitoral, até o dia
cinco de junho do ano eleitoral, eles serão informados, por meio de uma
relação contendo todos os devedores de multa eleitoral da circunscrição.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NO SISTEMA
Incluiu a possibilidade de parcelamento de débitos de pessoas
jurídicas

Valor máximo para prestação parcelada de pessoa física passou


DE PARCELAMENTO

de 10% para 5% do rendimento do devedor

Para as pessoas jurídicas o valor máximo de prestação da parcela


é de 2% de seu faturamento bruto

Para os partidos políticos o valor da parcela não pode superar 2%


do valor recebido mensalmente a título de repasse do Fundo
Partidário

Para os partidos políticos pode haver o parcelamento de dívidas


de natureza não eleitoral

No tocante ao pagamento de multa eleitoral e quitação, é importante


destacar a Súmula nº 50 do TSE:
Súmula-TSE nº 50
O pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou a
comprovação do cumprimento regular de seu parcelamento
após o pedido de registro, mas antes do julgamento respectivo,
afasta a ausência de quitação eleitoral.

Frise-se que, em se falando da quitação eleitoral, ainda há a questão


da apresentação da prestação de contas de campanhas de outros pleitos.
Melhor explicando, caso o candidato de certa eleição já tivesse concorrido
em outras, ele deveria ter apresentado a prestação de contas relativas
àquela campanha e, caso não o tivesse feito, não estaria quite com a
Justiça Eleitoral, não podendo, assim, ser candidato em outros pleitos
enquanto esta pendência durar.
Ocorre que a celeuma se dava acerca do mérito do julgamento destas
contas prestadas: estaria quite o candidato que tivesse as contas
desaprovadas, ou bastava a sua apresentação, independentemente de elas
serem aprovadas ou não? O TSE firmou entendimento no sentido de que
bastava a apresentação das contas, estando o candidato quite com a Justiça
Eleitoral ainda que elas fossem desaprovadas (Ac. TSE de 28/09/2010,
Respe nº 442.363).
Outro quesito bastante importante em se falando de Registros de
Candidaturas é a questão da filiação. No Brasil vedam-se as chamadas
“candidaturas avulsas ou natas”, ou seja, aquelas feitas sem a devida
filiação partidária. Nossa Constituição Federal já erigiu como condição de
elegibilidade a filiação partidária, em seu artigo 14, §3°, V. De igual modo,
reafirmou o Código Eleitoral em seu artigo 87. A minirreforma de 2017 (Lei
13.488/2017), de igual modo, vedou a candidatura avulsa, incluindo o §14
no artigo 11:
“Art. 11
§ 14. É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o
requerente tenha filiação partidária.”

Com relação ao prazo mínimo de filiação, já pudemos ver que este


foi, igualmente, alterado pela Lei 13.488/2017, passando a ser de apenas
seis meses.
“Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir
domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis
meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo
prazo.
Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos
após o prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito
de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido
de origem.”

Caso o candidato tenha sido desfiliado pelo partido e venha a tentar


lançar sua candidatura, o registro de candidato será indeferido, não
cabendo examinar, nos autos de Registro de Candidatura, o mérito da
decisão que acatou ou não o pedido de desfiliação (Sumula nº52 do TSE).
“Súmula-TSE nº 52
Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou
desacerto da decisão que examinou, em processo específico, a
filiação partidária do eleitor.”

A competência para processar a julgar os Requerimentos de Registro


de Candidatura são:

Juízo da Zona Prefeitos e Vices,


Eleitoral Vereadores

COMPETÊNCIA Governador e vice,


PARA Deputados
PROCESSAMENTO E TRE's estaduais e
JULGAMENTOS DE federais, senadores
RRC's e suplentes

TSE Presidente e Vice

Os Requerimentos de Registro de Candidaturas, de acordo com o


artigo 16, §1º da Lei 9.504/97, deverão ser TODOS julgados pela
INSTÂNCIA ORDINÁRIA até VINTE DIAS ANTES DO PLEITO.

Art. 16. Até vinte dias antes da data das eleições, os Tribunais
Regionais Eleitorais enviarão ao Tribunal Superior Eleitoral,
para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos
candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual
constará obrigatoriamente a referência ao sexo e ao cargo a
que concorrem.
§ 1º Até a data prevista no caput, todos os pedidos de registro
de candidatos, inclusive os impugnados e os respectivos
recursos, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e
publicadas as decisões a eles relativas. 
§ 2º Os processos de registro de candidaturas terão prioridade
sobre quaisquer outros, devendo a Justiça Eleitoral adotar as
providências necessárias para o cumprimento do prazo previsto
no § 1o, inclusive com a realização de sessões extraordinárias
e a convocação dos juízes suplentes pelos Tribunais, sem
prejuízo da eventual aplicação do disposto no art. 97 e de
representação ao Conselho Nacional de Justiça. 
Caso o candidato tenha seu Requerimento de Registro de Candidatura
impugnado – o chamado candidato sub judice - enquanto não houver
sentença transitada em julgado participará normalmente do
processo eleitoral, inclusive realizando propaganda, todavia, os
votos que lhe forem atribuídos ficarão suspensos e somente serão
efetivamente contabilizados para efeito de totalização após a
decisão final (artigo 16-A da Lei 9.504/97).

Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá


efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive
utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter
seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob
essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos
condicionada ao deferimento de seu registro por instância
superior.
Parágrafo único. O cômputo, para o respectivo partido ou
coligação, dos votos atribuídos ao candidato cujo registro
esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao
deferimento do registro do candidato.

Com relação à identificação dos candidatos, estes possuem o nome e


número de urna e, quando do ajuizamento de seu registro de candidatura,
devem apresentar três variações nominais.
Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indicará, no
pedido de registro, além de seu nome completo, as variações
nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três
opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome,
nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido,
desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade,
não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente,
mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se.
§ 1º Verificada a ocorrência de homonímia, a Justiça Eleitoral
procederá atendendo ao seguinte:
I - havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é
conhecido por dada opção de nome, indicada no pedido de
registro;
II - ao candidato que, na data máxima prevista para o registro,
esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos
últimos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se tenha
candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o
seu uso no registro, ficando outros candidatos impedidos de
fazer propaganda com esse mesmo nome;
III - ao candidato que, pela sua vida política, social ou
profissional, seja identificado por um dado nome que tenha
indicado, será deferido o registro com esse nome, observado o
disposto na parte final do inciso anterior;
IV - tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva
pelas regras dos dois incisos anteriores, a Justiça Eleitoral
deverá notificá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo
sobre os respectivos nomes a serem usados;
V - não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Justiça
Eleitoral registrará cada candidato com o nome e sobrenome
constantes do pedido de registro, observada a ordem de
preferência ali definida.
§ 2º A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que
é conhecido por determinada opção de nome por ele indicado,
quando seu uso puder confundir o eleitor.
§ 3º A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de variação de
nome coincidente com nome de candidato a eleição
majoritária, salvo para candidato que esteja exercendo
mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos,
ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido em eleição com
o nome coincidente.
§ 4º Ao decidir sobre os pedidos de registro, a Justiça Eleitoral
publicará as variações de nome deferidas aos candidatos.
§ 5º A Justiça Eleitoral organizará e publicará, até trinta dias
antes da eleição, as seguintes relações, para uso na votação e
apuração:
I - a primeira, ordenada por partidos, com a lista dos
respectivos candidatos em ordem numérica, com as três
variações de nome correspondentes a cada um, na ordem
escolhida pelo candidato;
II - a segunda, com o índice onomástico e organizada em
ordem alfabética, nela constando o nome completo de cada
candidato e cada variação de nome, também em ordem
alfabética, seguidos da respectiva legenda e número.

Assim, com relação às homonímias, resolvem-se estas com os


seguintes critérios, apontados nos incisos I a V do §1º do mencionado
artigo 12 da Lei 9.504/97:
CRITÉRIOS PARA
RESOLUÇÃO DE
HOMINÍMIA SITUAÇÕES QUEM TERÁ DIREITO AO USO

Pode-se exigir do candidato prova O candidato que comprovar que já


de que é conhecido por dada opção é conhecido por aquele nome
de nome

ao candidato que, na data máxima Aquele candidato que esteja


prevista para o registro já tenha exercendo mandato eletivo ou o
feito uso do nome em outros tenha exercido nos últimos quatro
pleitos: anos;
ou aquele candidato que nesse
mesmo prazo se tenha
candidatado com um dos nomes
que indicou,
Candidato que, pela sua vida Este mesmo candidato que
política, social ou profissional, seja comprovar o uso do nome em sua
identificado por um dado nome vida política, social ou profissional
que tenha indicado, será deferido o
registro com esse nome

tratando-se de candidatos cuja A justiça Eleitoral respeitará o


homonímia não se resolva pelas acordo, caso ele exista
regras dos dois incisos anteriores,
a Justiça Eleitoral deverá notificá-
los para que, em dois dias,
cheguem a acordo sobre os
respectivos nomes a serem usados

não havendo acordo A Justiça Eleitoral registrará cada


candidato com o nome e
sobrenome constantes do pedido
de registro, observada a ordem de
preferência ali definida

Além dos critérios legais já apontados, é importante ressaltar o


critério sumular contido na Súmula nº 4 do TSE:
Súmula-TSE nº 4
Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o
registro da mesma variação nominal, defere-se o do que
primeiro o tenha requerido.

Quanto ao número de urna, este é composto de acordo com o cargo


que se pleiteia:
Para cargos do
Poder Executivo será usado apenas o número da sigla
(Presidente, partidária
Governador e Exs: PSDB - 45; PT - 13; PV - 43
Prefeito)

Sigla partidária + algarismo diferencial de


cada candidato
Para senadores Ex.: PSDB possui dois candidatos 451 e
452; PT possui três candidatos 131, 132 e
133

Sigla partidária + dois algarismos


Para deputados diferenciais de cada candidato
federais Ex.: PSDB possui três candidatos 4500 ,
4501 e o 4545

Sigla partidária + três algarismos


Para deputados difereciais de cada candidato
estaduais Ex.: PT possui três candidatos: 13000,
13001 e 13013

Sigla partidária + três algarismos


diferenciais de cada candidato (o TSE vem
Para vereadores utilizando este critério)
Ex.: PV possui três candidatos: 43000,
43111 e 43430

Tais critérios encontram base no artigo 15, incisos I a IV da Lei


9.504/97:
Art. 15. A identificação numérica dos candidatos se dará
mediante a observação dos seguintes critérios:
I - os candidatos aos cargos majoritários concorrerão com o
número identificador do partido ao qual estiverem filiados;
II - os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o
número do partido ao qual estiverem filiados, acrescido de dois
algarismos à direita;
III - os candidatos às Assembleias Legislativas e à Câmara
Distrital concorrerão com o número do partido ao qual
estiverem filiados acrescido de três algarismos à direita;
IV - o Tribunal Superior Eleitoral baixará resolução sobre a
numeração dos candidatos concorrentes às eleições municipais.
(...)
Caso o candidato venha a falecer ou desistir, ter seu registro
indeferido, ou ter sido expulso por infidelidade partidária, este poderá ser
substituído, conforme estabelece o artigo 13, §1° da Lei 9.504/97:
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato
que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o
termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro
indeferido ou cancelado.
§ 1º A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no
estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro
deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à
substituição.

Quanto à substituição, é importante nos debruçarmos um pouco


acerca de duas hipóteses de ocorrência, previstas nos §§2º e 3º do artigo
13 da Lei 9.504/97:
a) A primeira hipótese recai apenas para substituições em
eleições majoritárias em que se o candidato for de coligação, a
substituição deverá fazer-se por decisão da maioria
absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos
coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido
dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia o
substituído renuncie ao direito de preferência.

b) A segunda hipótese recai tanto nas eleições majoritárias como


nas proporcionais, cuja substituição só se efetivará se o novo
pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito,
exceto em caso de falecimento de candidato, quando a
substituição poderá ser efetivada após esse prazo. 

RITO SIMPLIFICADO DO RRC


Apresentação do RRC's
Até as 19h do dia 15/08
Apresentação do RRC's e DRAP's (Documento de
Regularidade de Atos Partidários) este último apresentado ou
pelo partido (se concorrer isolado) ou pela coligação (se
coligado)

Publicação imediata de edital


Correm, simultaneamente, dois prazos: 02 dias para
apresentação dos RRC's individuais e 05 dias para
impugnação dos RRC's já apresentados
Se houver impugnação, esta será analisada nos próprios
autos, se não houver, parte para a próxima etapa

A secretaria ou o cartório fará análise


Verificará se foi apresentada toda a documentação, se o
candidato é elegível e se está sem nenhuma causa de
inelegibilidade
Caso haja irregularidade, abre-se prazo de 3 dias para sanar
(intimação de ofício pela secretaria/cartório)

Abre-se conclusão para sentença


O juiz deve julgar em 3 dias
Certifica-se o julgamento do DRAP no RRC e, após, nos autos
de RRC, julga-se este

No que tange ao rito dos Requerimentos de Registro de Candidatura,


é bastante importante destacar duas Súmulas do TSE: Nºs 3 e 49. A de nº
3 destaca a importância de se abrir prazo para realização de diligência a fim
de sanar e salvaguardar o registro de candidatura, admitindo-se a juntada
de documentação até em sede recursal.
Súmula-TSE nº 3
No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto
prazo para o suprimento de defeito da instrução do pedido,
pode o documento, cuja falta houver motivado o
indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário.

A súmula de nº 49 denota uma das raras exceções à intimação


pessoal do membro do Ministério Público, o que se se operasse em registros
de candidatura, acabaria comprometendo a celeridade que este tipo de ação
eleitoral demanda.
Súmula-TSE nº 49
O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para
o Ministério Público impugnar o registro inicia-se com a
publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra que
determina a sua intimação pessoal.

2.5-Impugnações ao Registro de Candidatura

Vimos que o Requerimento de Registro de candidatura pode ser


impugnado, no prazo de cinco dias a contar da publicação do edital, a esta
ação dá-se o nome de Ação de Impugnação de Registro de
Candidatura - AIRC. Os legitimados a impugnarem tais requerimentos
são:

LEGITIMADOS PARA
IMPUGNAR RRC'S

Partidos Ministério
Candidatos Coligações
políticos Público

Vale lembrar que o juiz pode indeferir o Requerimento de Registro de


Candidatura de ofício, reconhecendo-lhe irregularidade ou causa de
inelegibilidade!
Muito embora qualquer partido político tenha legitimidade para
impugnar registros de candidatura, aquele que não o fez não poderá
recorrer da sentença que o deferiu, tal é a dicção da Súmula nº 11 do TSE:
Súmula-TSE nº 11
No processo de registro de candidatos, o partido que não o
impugnou não tem legitimidade para recorrer da sentença que
o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional.

Os partidos políticos e as coligações devem apresentar à Justiça


Eleitoral uma espécie de registro das candidaturas que estes lançarão, são
os DRAP’s – Documento de Regularidade de Atos Partidários e que servem
para “registrar” os partidos políticos que queiram concorrer isoladamente ou
aqueles que preferiram se coligar, nesta hipótese, o DRAP será feito em
nome da coligação. Caso um filiado queira impugnar uma coligação a qual
seu partido faça parte, em razão de eventuais irregularidades havidas em
convenção, ele terá legitimidade para tanto, conforme permite a Súmula nº
53 do TSE:
Súmula-TSE nº 53
O filiado a partido político, ainda que não seja candidato,
possui legitimidade e interesse para impugnar pedido de
registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão
de eventuais irregularidades havidas em convenção.

Eleitor não é legitimado a apresentar ação de impugnação, todavia,


poderá levar ao conhecimento do juízo competente, no mesmo prazo de
cinco dias a contar da publicação do edital relativo ao pedido de registro,
notícia de inelegibilidade, mediante a apresentação de petição
fundamentada e entregue em duas vias.

De acordo com a Súmula nº 38 do TSE, em ações que visem a


cassação de registro, diploma ou mandato, haverá litisconsórcio passivo
necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária.
A competência para julgamento da AIRC relaciona-se à mesma
autoridade que tem competência para julgar-lhes os RRC’s:
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO
DA AIRC JUÍZES ELEITORAIS Prefeitos e vices; Vereadores

Deputados estaduais,
eputados federais,
TRE'S
senadores, governador e
vice

TSE Presidente e vice

O rito da AIRC está previsto nos artigos 3º a 17 da Lei Complementar


64/90 e pode assim ser resumido:

Interpõe-se a AIRC e
encerrada a dilação
já especifica os meios
probatória, abre-se encerrado o prazo das
de prova a serem
prazo comum de 5 alegações finais: abre-
produzidas (nº máximo
dias, inclusive ao MPE, se conclusão imediata
de testemunhas
para alegações finais
arroláveis - 6)

da conclusão: ao juiz
no mesmo prazo de 5 eleitoral cabe 3 dias
7 dias para
dias, ainda, poderá para decidir; aos
contestação, a qual
determinar depósito tribunais cabe
deverá constar
de documento que se apresentação imediata
documentos e provas
ache em poder de ao presidente que, na
de defesa
terceiros mesma data, distribui
a um relator e abre
vista de 2 dias para
MPE, após, volta para
o relator decidir em 3
5 dias para todas as dias
Se não for apenas
diligências (as de
matéria de direito,
ofício e as das partes),
designam-se os 4 dias
inclusive oitiva de
seguintes para
terceiros ou
inquirição de todas
testemunhas
as testemunhas, em
conhecedoras dos fatos da decisão cabe
uma única assentada
e circunstâncias recurso no prazo de 3
dias (contrarrazões
em 3 dias também)
Caso a AIRC seja julgada procedente, com seu trânsito em julgado o
registro de candidatura será negado ou cancelado, ou, ainda, o diploma
será declarado nulo. Os votos deste candidato serão anulados, muito
embora ele tenha podido realizar toda a sua campanha por conta e risco
(Teoria da Conta e Risco).

6. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-PE, 2011, FCC). No


processo de impugnação de registro de candidatura:
A) o prazo para impugnação é de 5 dias, contados da publicação do
pedido de registro do candidato.
B) a impugnação poderá ser feita por qualquer eleitor, desde que esteja
em dia com a Justiça Eleitoral.
C) o fato em que se funda a impugnação deverá ser provado de plano,
através de documentos, vedada a coleta de prova testemunhal.
D) o prazo para impugnação será de quinze dias, quando o impugnante
for o Ministério Público Eleitoral.
E) o prazo para impugnação será contado em dobro quando o
impugnante for coligação
Comentários:
A alternativa “A” está correta, conforme disposto no artigo 3°, caput, da LC
64/90: “Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou
ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do
pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada”.
A alternativa “B” está errada pois, conforme o mesmo artigo 3° em seu
caput já mencionado, eleitores não têm legitimidade ativa para a
impugnação
A alternativa “C” está errada pois o §3° do artigo 3° da LC 64/90 permite a
dilação probatória: “Art. 3º. (...) § 3° O impugnante especificará, desde
logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do
alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis).
A alternativa “D” está errada pois o prazo para impugnação é de cinco dias
para todos os legitimados, inclusive o MPE (Art. 3°, caput, da LC 64/90
“Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério
Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de
registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada”).
A alternativa “E” está errada pois, conforme já exposto no caput do artigo
3º, não há tal previsão de prazo em dobro.
Gabarito 6: A

3- QUESTÕES COMENTADAS
7. (Analista Judiciário - Administrativa, TRE-AP, 2015, FCC). A
impugnação de registro de candidatura:
A) deve ser formulada no prazo máximo de 48 horas, contado da
publicação do pedido de registro.
B) não pode ser feita pelo Ministério Público Eleitoral, que tem
atribuições somente para opinar.
C) pode ser feita por candidato, jamais por partido político ou coligação.
D) pode ser feita com base em prova testemunhal.
E) pode ser feita por partido político ou coligação, jamais por candidato.
Comentários:
A alternativa “A” está errada, pois, de acordo com o art. 3° LC 64/90:
“Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério
Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de
registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada”.
A alternativa “B” está errada pois, de acordo com o mesmo artigo 2°, o
MPE têm legitimidade para impugnar registros de candidaturas.
A alternativa “C” está errada pois, conforme apontado, no artigo 3°, caput,
“ Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério
Público” impugnar os RRC’s.
A alternativa “D” está certa eis que o artigo 5° da LC 64/90 assim
determina: “Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar apenas de
matéria de direito e a prova protestada for relevante, serão designados os 4
(quatro) dias seguintes para inquirição das testemunhas do impugnante e
do impugnado, as quais comparecerão por iniciativa das partes que as
tiverem arrolado, com notificação judicial (...)”.
A alternativa “E” está errada pois o caput do art. 3° da LC 64/90 autoriza
candidatos a impugnar outros registros.
Gabarito 7: D

8. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-AP, 2006, FCC).


A respeito do registro de candidaturas, é correto afirmar:
A) Os partidos políticos e coligações poderão solicitar à Justiça Eleitoral o
registro de seus candidatos até 6 meses antes do pleito.
B) É permitido o registro de candidato para cargos diferentes por mais
de uma circunscrição eleitoral.
C) A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de
elegibilidade é verificada tendo por referência a data do registro da
candidatura.
D) Só os partidos políticos ou coligações poderão requerer o registro de
seus candidatos, que não poderão, em nenhuma hipótese, fazê-lo
diretamente.
E) O candidato poderá ser registrado sem o prenome, ou com o nome
abreviado, desde que a supressão não estabeleça dúvida quanto à sua
identidade.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois este prazo é até as 19h do dia 15 de
agosto, conforme Art. 11 da Lei 9.504/97: “Os partidos e coligações
solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove
horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições”.
A alternativa “B” está errada pois o CE veda isto em seu artigo 88: “Art.
88. Não é permitido registro de candidato embora para cargos diferentes,
por mais de uma circunscrição ou para mais de um cargo na mesma
circunscrição”.
A alternativa “C” está errada pois para cargos de dezoito anos ela é
verificada na data do registro, conforme artigo 11.  §2  da Lei 9.504/97: “A
idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de
elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo
quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite
para o pedido de registro”.
A alternativa “D” está errada eis que há a possibilidade do RRC individual,
conforme artigo 11, §4º da Lei 9.504/97: “Art. 11. § 4 . Na hipótese de o
partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes
poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de
quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela
Justiça Eleitoral”.
A alternativa “E” está correta e corresponde à previsão do artigo 95 do CE:
“Art. 95. O candidato poderá ser registrado sem o prenome, ou com o nome
abreviado, desde que a supressão não estabeleça dúvida quanto à sua
identidade”.
Gabarito 8: E

9. (Analista Judiciário - Judiciária - Prova Anulada, TRE-RS,


2008). Tem legitimidade para impugnar registro de candidatura, EXCETO:
A) Qualquer candidato.
B) Partidos políticos.
C) Entidade de classe de âmbito nacional.
D) Ministério Público.
E) Coligações.
Comentários:
De acordo com o artigo 3° da LC 64/90: “Art. 3° Caberá a qualquer
candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de
5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato,
impugná-lo em petição fundamentada”. Logo, a única exceção aos
legitimados e apontados pela questão é a alternativa “C”, a qual não está
no mencionado dispositivo legal.
Gabarito 9: C

10. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AL, 2010, FCC). A


respeito da impugnação do registro de candidatura é correto afirmar:
A) A impugnação por parte de partido político ou coligação impede a
ação do Ministério Público no mesmo sentido.
B) A impugnação do pedido de registro do candidato poderá ser feita,
em petição fundamentada, por partido político ou coligação, não podendo
ser formulada por outro candidato.
C) O prazo para impugnação é de 5 dias, contados da publicação do
pedido de registro do candidato.
D) O impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com que
pretende demonstrar a veracidade do alegado, sendo vedada a produção de
prova testemunhal.
E) Quando se tratar de candidato a Deputado Federal, a arguição de
inelegibilidade será feita perante o Tribunal Superior Eleitoral.
Comentários:
A alternativa “A” está errada, pois, de acordo com o artigo 3º, §1º da LC
64/90: “Art. 3º § 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político
ou coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido”.
A alternativa “B” está errada pois de acordo com o caput do artigo 3º da
LC 64/90: “Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação
ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação
do pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada”.
A alternativa “C” está certa, conforme o caput do artigo 3º já mencionado.
A alternativa “D” está errada pois há previsão de prova testemunhal, no
artigo 3º, §3º da LC 64/90: “Art. 3º § 3° O impugnante especificará, desde
logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do
alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis)”.
A alternativa “E” está errada pois, neste caso, a arguição será feita perante
o TER (Art. 2º da LC 64/90: “Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir
as argüições de inelegibilidade. Parágrafo único. A argüição de
inelegibilidade será feita perante: II - os Tribunais Regionais Eleitorais,
quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de
Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e
Deputado Distrital;”).
Gabarito 10:C

11. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-RO, FCC, 2013). A


respeito do processo de impugnação de registro de candidatura, é correto
afirmar que
A) as partes somente poderão apresentar e requerer a produção de
prova documental, vedada a oitiva de testemunhas, em razão da celeridade
da tramitação.
B) quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar
em poder de terceiro e este, sem justa causa, não o exibir nem comparecer
a juízo para depositá-lo, poderá o juiz contra ele expedir mandado de prisão
e instaurar processo por crime de desobediência.
C) as alegações finais serão apresentadas pelas partes e pelo Ministério
Público, após o encerramento da instrução probatória, no prazo sucessivo
de 3 dias para cada um.
D) o juiz formará a sua convicção pela apreciação da prova constante
dos autos, mas, na formação e motivação do seu convencimento, deverá se
ater ao que foi alegado pelas partes.
E) o juiz não poderá determinar diligências de ofício, pois, em razão do
princípio do contraditório, somente poderá ordenar a produção de provas a
requerimento das partes.
Comentários: A alternativa “A” está errada pois o artigo 3°, §3° da LC
64/90 permite a produção de prova testemunhal: “§ 3° O impugnante
especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a
veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo
de 6 (seis)”.
A alternativa “B” está certa e se trata do disposto no art 4°, § 5° da LC
64/90: “Se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não
comparecer a juízo, poderá o Juiz contra ele expedir mandado de prisão e
instaurar processo por crime de desobediência”.
A alternativa “C” está errada pois este prazo é de cinco dias, conforme o
art 6° da LC 64/90: “Encerrando o prazo da dilação probatória, nos termos
do artigo anterior, as partes, inclusive o Ministério Público, poderão
apresentar alegações no prazo comum de 5 (cinco) dias”.
A alternativa “D” está errada pois o art 7°, Parágrafo Único da LC 64/90 diz
que: “O Juiz, ou o Tribunal, formará sua convicção pela livre apreciação da
prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda
que não alegados pelas partes, mencionando, na decisão, os que motivaram
seu convencimento”.
A alternativa “E” está errada pois o art 5°, § 2°, da LC 64/90 diz que: “Nos
5 (cinco) dias subsequentes, o Juiz, ou o Relator, procederá a todas as
diligências que determinar, de ofício ou a requerimento das partes”.
Gabarito 11:B

12. (Juiz Substituto, TJ-SE, FCC, 2015). A impugnação de pedido de


registro de candidatura NÃO pode ser feita:
A) por qualquer eleitor.
B) por partido político.
C) por coligação.
D) pelo Ministério Público.
E) por candidato.
Comentários:
Com base no artigo art. 3°, da LC 64/90: “Art. 3° Caberá a qualquer
candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de
5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato,
impugná-lo em petição fundamentada”, logo, a única alternativa que não
está contemplada neste rol é a “A”.
Gabarito 12:A

13. (Juiz Substituto, TJ-CE, 2012, CESPE). Com relação ao registro de


candidatura e sua impugnação, assinale a opção correta.
A) Qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos poderá impugnar
registro de candidatura.
B) Em caso de oferecimento anterior de impugnação de registro de
candidatura por parte de coligação partidária, cabe ao MP, se tiver interesse
em também impugnar o registro, ingressar no feito como assistente.
C) Tratando-se de processo de impugnação de registro de candidatura,
as alegações finais devem ser oferecidas primeiramente pelo impugnante e,
na sequência, pelo impugnado.
D) O registro de candidatura de competência originária de Tribunal
Regional Eleitoral é julgado desde que observada a devida publicação em
pauta.
E) A partir da data em que é protocolizada a petição de recurso relativo
a decisão sobre pedido de registro de candidatura, passa a correr o prazo
para apresentação de contrarrazões recursais, notificado o recorrido em
cartório.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois cidadão não tem legitimidade ativa para
ingressar com AIRC (artigo 3°, caput da LC 64/90: “Art. 3° Caberá a
qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no
prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do
candidato, impugná-lo em petição fundamentada”).
A alternativa “B” está errada pois o MPE continua tendo legitimidade ativa
para propositura de AIRC ainda que outro legitimado já o tenha feito (Art.
3°, §1º da LC 64/90: “Caberá a qualquer candidato, a partido político,
coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da
publicação do pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição
fundamentada. § 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político
ou coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido”).
A alternativa “C” está errada pois o prazo para alegações finais é comum e
não sucessivo (art. 6° da LC 64/90: “Art. 6° Encerrado o prazo da dilação
probatória, nos termos do artigo anterior, as partes, inclusive o Ministério
Público, poderão apresentar alegações no prazo comum de 5 (cinco) dias.”).
A alternativa “D” está errada pois o julgamento independe da publicação
em pauta (Art. 13, caput da LC 64/90: “Art. 13. Tratando-se de registro a
ser julgado originariamente por Tribunal Regional Eleitoral, observado o
disposto no art. 6° desta lei complementar, o pedido de registro, com ou
sem impugnação, será julgado em 3 (três) dias, independentemente de
publicação em pauta”.)
A alternativa “E” está certa pois somente após a notificação do recorrido, o
prazo começará a correr (Art. 12, caput da LC 64/90: “Art. 12. Havendo
recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, a partir da data em que for
protocolizada a petição passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a
apresentação de contrarrazões, notificado por telegrama o recorrido ”).
Gabarito 13:E

14. (Promotor de Justiça, MPE-AP, 2012, FCC). No processo de


impugnação de registro de candidaturas, é de sete dias o prazo para:
A) interposição de recurso para o Tribunal Superior Eleitoral.
B) interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral nas eleições
municipais.
C) as partes, inclusive o Ministério Público, encerrado o prazo para
dilação probatória, apresentarem alegações. 
D) o candidato, partido político ou coligação contestarem a impugnação. 
E) impugnação de registro de candidato em petição fundamentada
Comentários:
Os prazos de uma AIRC são, basicamente:
Prazo para impugnar o registro: 5 dias da publicação do registro da
candidatura (Art. 3º, caput da LC 64/90: “Art. 3° Caberá a qualquer
candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de
5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato,
impugná-lo em petição fundamentada.”).
Prazo para contestar a impugnação: 7 dias contados a partir da notificação
do impugnado. (Art. 4º LC 64/90: “Art. 4° A partir da data em que terminar
o prazo para impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo
de 7 (sete) dias para que o candidato, partido político ou coligação possa
contestá-la, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a
produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em
poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais,
ou administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de
justiça.”).
Prazo para apresentar as alegações após o encerramento da instrução:
Prazo comum de 5 dias (Art. 6º da LC 64/90: “Art. 6° Encerrado o prazo da
dilação probatória, nos termos do artigo anterior, as partes, inclusive o
Ministério Público, poderão apresentar alegações no prazo comum de 5
(cinco) dias.”).
O prazo recursal, caso a eleição seja municipal, é de 3 dias a partir da
publicação da sentença em edital. (Art. 8º, caput, da LC 64/90: “Art. 8° Nos
pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoral
apresentará a sentença em cartório 3 (três) dias após a conclusão dos
autos, passando a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a
interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral.”) e se for de
competência do TRE, o prazo para recurso ao TSE será de 3 dias (Art. 12,
caput, da LC 64/90: “Art. 12. Havendo recurso para o Tribunal Superior
Eleitoral, a partir da data em que for protocolizada a petição passará a
correr o prazo de 3 (três) dias para a apresentação de contrarrazões,
notificado por telegrama o recorrido.”).
Deste modo, a única alternativa que está consoante a legislação é a letra
“D”.
Gabarito 14:D
15. (Promotor de Justiça, MPE-AL, 2012, FCC). A respeito das
inelegibilidades e das impugnações ao registro de candidaturas, é correto
afirmar:
A) Inclui-se dentre as condições de inelegibilidade previstas na
Constituição Federal brasileira a idade mínima de vinte e um anos para
Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal.
B) O conhecimento e a decisão das arguições de inelegibilidade do
Presidente e do Vice-Presidente da República inserem-se na competência
originária do Supremo Tribunal Federal.
C) O prazo para impugnação ao registro de candidatura é de cinco dias
para qualquer candidato, partido político ou coligação e de dez dias para o
Ministério Público, contados da publicação do pedido.
D) O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão
candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos,
mesmo que, nos últimos seis meses anteriores ao pleito, tenham sucedido
ou substituído o titular.
E) São inelegíveis para o Senado Federal, até seis meses depois de
afastados definitivamente de seus cargos e funções, os Secretários de
Estado.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois a idade mínima, constitucionalmente
prevista como condição de elegibilidade (e não de inelegibilidade) é de 30
anos para governador (art. 14, §2º, "b" da CF: “VI - a idade mínima de:
(...) b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal;”).
A alternativa “B” está errada pois esta arguição será feita perante o TSE e
não o STF (art 2º, parágrafo único, I, da LC 64/90: Parágrafo único. A
arguição de inelegibilidade será feita perante: I - o Tribunal Superior
Eleitoral, quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da
República;”).
A alternativa “C” está errada pois o prazo de cinco dias é igual para o MPE
(art. 3º da LC 64/90: "caberá a qualquer candidato, a Partido político,
coligação ou ao Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da
publicação do pedido de registro de candidato, impugna-lo em decisão
fundamentada").
A alternativa “D” está errada pois trata-se de um caso de inelegibilidade
por ausência de desincompatibilização (art. 1º, §2º, da LC 64/90, que diz:
"O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-
se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que,
nos últimos seis meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou
substituído o titular").
A alternativa “E” está certa (art. 1º, V, "a", da LC 64/90: “V - para o
Senado Federal: a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-
Presidente da República especificados na alínea a do inciso II deste artigo e,
no tocante às demais alíneas, quando se tratar de repartição pública,
associação ou empresa que opere no território do Estado, observados os
mesmos prazos;” já a alínea a do inciso II dita que : “II - para Presidente e
Vice-Presidente da República: a) até 6 (seis) meses depois de afastados
definitivamente de seus cargos e funções:”).
Gabarito 15:E

16. (Juiz, TJ-PR, 2010, TJ-PR). Sobre a impugnação de pedido de


registro de candidatura, indique a única alternativa CORRETA:
A) A impugnação poderá ser feita somente por outro candidato ou por
partido político e no prazo de 3 (três) dias, contados da publicação do
pedido.
B) Encerrada a fase probatória, as partes e o Ministério Público deverão
apresentar alegações finais no prazo comum de 5 (cinco) dias.
C) Terminado o prazo para impugnação, o candidato, o partido político
ou a coligação terão o prazo de 7 (sete) dias, que passará a correr após
devida notificação, para contestá-la, juntar documentos, indicar rol de
testemunhas e requerer a produção de outras provas.
D) Uma vez apresentada a sentença em cartório pelo Juiz Eleitoral,
passará a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição
de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral. Em não se tratando de
matéria constitucional, qualquer candidato, qualquer partido político ou
qualquer coligação poderá recorrer.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois têm legitimidade ativa para propositura
de AIRC: qualquer candidato, partido político, coligação ou MPE. O prazo
para ajuizamento é de 5 dias, contados da publicação do edital relativo ao
pedido de registro. (Art. 3º da LC 64/90: “Art. 3° Caberá a qualquer
candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de
5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato,
impugná-lo em petição fundamentada”).
A alternativa “B” está errada pois, encerrada a fase probatória, as partes e
o Ministério Público PODERÃO apresentar alegações finais no prazo comum
de 5 (cinco) dias (Art. 6º da LC 64/90: ”Encerrado o prazo da dilação
probatória, nos termos do artigo anterior, as partes, inclusive o Ministério
Público, poderão apresentar alegações no prazo comum de 5 (cinco) dias”).
A alternativa “C” está certa e corresponde à letra de lei (Art. 4° da LC
64/90: “A partir da data em que terminar o prazo para impugnação,
passará a correr, após devida notificação, o prazo de 7 (sete) dias para que
o candidato, partido político ou coligação possa contestá-la, juntar
documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a produção de outras
provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros,
de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos,
salvo os processos em tramitação em segredo de justiça”).
A alternativa “D” está errada pois SE TRATANDO DE MATÉRIA
CONSTITUCIONAL, qualquer candidato, qualquer partido político ou
qualquer coligação poderá recorrer. O embasamento decorre do disposto na
Súmula 11 do TSE: “No processo de registro de candidatos, o partido que
não o impugnou não tem legitimidade para recorrer da sentença que o
deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional”.
Gabarito 16:C

17. (Juiz, TJ-AP, 2009, FCC). A respeito da arguição de inelegibilidade


e da impugnação de registro de candidatura, é correto afirmar:
A) A partir da data em que terminou o prazo para impugnação de
registro de candidato, passa a correr, independentemente de qualquer
notificação, o prazo de 10 dias para contestação.
B) A arguição de inelegibilidade será feita perante o Tribunal Superior
Eleitoral, quando se tratar de candidato a Deputado Federal.
C) Caberá a qualquer candidato, partido político, coligação ou ao
Ministério Público, no prazo de 10 dias, contando da publicação do pedido
de registro de candidato, impugna-lo em petição fundamentada.
D) A impugnação de registro de candidatura por parte do candidato,
partido político ou coligação, impede a ação do Ministério Público no mesmo
sentido, posto que, nesse caso, atua como fiscal da lei.
E) Na impugnação de pedido de registro de candidato, o impugnante
especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a
veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo
de seis.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois este prazo não é de dez dias, mas sim,
de sete, conforme artigo 4° da LC 64/90: “A partir da data em que terminar
o prazo para impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo
de 7 (sete) dias para que o candidato, partido político ou coligação possa
contestá-la, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a
produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em
poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais,
ou administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de
justiça”.
A alternativa “B” está errada pois a arguição deve ser feita perante os
TRE’s, conforme artigo 2°, parágrafo único, II, da LC 64/90: “Compete à
Justiça Eleitoral conhecer e decidir as arguições de inelegibilidade. Parágrafo
único. A arguição de inelegibilidade será feita perante: II – os Tribunais
Regionais Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador, Governador
e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal,
Deputado Estadual e Deputado Distrital;”).
A alternativa “C” está errada pois este prazo é de cinco dias, conforme o
artigo 3° da LC 64/90: “Caberá a qualquer candidato, a partido político,
coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da
publicação do pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição
fundamentada”.
A alternativa “D” está errada pois, conforme o artigo 3°, §1° LC 64/90: “A
impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não
impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido”.
A alternativa “E está certa e corresponde à redação do artigo 3°, §1° da LC
64/90: “O impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com que
pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se
for o caso, no máximo de 6 (seis)”.
Gabarito 17:E

18. (Analista Judiciário - Administrativa, TRE-MT, 2015, CESPE).


Nos termos do CE, os pedidos de registro de candidatura para o cargo de
senador devem ser formulados no:
A) Juízo eleitoral.
B) Senado Federal.
C) Supremo Tribunal Federal.
D) Tribunal Superior Eleitoral. 
E) Tribunal Regional Eleitoral.
Comentários:
De acordo com o artigo 89 do CE: “Serão registrados: I - no Tribunal
Superior Eleitoral os candidatos a presidente e vice-presidente da
República; II- nos Tribunais Regionais Eleitorais os candidatos a senador,
deputado federal, governador e vice-governador e deputado estadual; III -
nos Juízos Eleitorais os candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito e juiz
de paz”. Deste modo a única alternativa correta é a de letra “E”.
Gabarito 18:E
19. (Procurador da República, PGR, 2011). Relativamente à Ação
de Impugnação de Registro de Candidatura, assinale a alternativa
errada:
A) uma de suas hipóteses de cabimento é atacar a incidência de causa
de inelegibilidade de candidato;
B) a competência para processar e julgar impugnação contra registro de
candidatura ao Senado Federal pertence ao Tribunal Regional Eleitoral onde
foi requerida o referido registro;
C) a impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação,
não impede a ação do Ministério Público Eleitoral no mesmo sentido;
D) pode ser ajuizada desde a publicação do registro da candidatura do
candidato até o dia da eleição.
Comentários:
A alternativa “A” está correta pois, além de arguir ausência de elegibilidade
ou irregularidades, a AIRC visa atacar causas de inelegibilidade também.
A alternativa “B” está correta eis que está conforme o artigo 2º, parágrafo
único, II da LC 64/90: “Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e
decidir as arguições de inelegibilidade. Parágrafo único. A arguição de
inelegibilidade será feita perante: II - os Tribunais Regionais Eleitorais,
quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de
Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e
Deputado Distrital;”).
A alternativa “C” está correta e conforme o artigo 3º, §1° da LC 64/90:
“Art. 3° (...) § 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou
coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido”.
A alternativa “D” está errada eis que a impugnação somente poderá ser
apresentada, conforme dita o artigo 3°, caput da LC 64/90: “Caberá a
qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no
prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do
candidato, impugná-lo em petição fundamentada”.
Gabarito 19:D

20. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-SC, 2011, PONTUA).


NÃO está de acordo com a disciplina legal acerca do registro de
candidatura, a seguinte alternativa:
A) Compete aos juízes eleitorais o deferimento do registro de candidatos
a Prefeitos, Vice-prefeitos e Vereadores.
B) Nas eleições proporcionais, o partido não coligado poderá registrar
até 150% do número de vagas a preencher.
C) Para o registro de candidaturas às eleições proporcionais, a lei exige
que cada candidato indique seu nome completo e até três variações
nominais com as quais deseja ser identificado.
D) A Candidatura nata, que consiste na garantia de o candidato detentor
de mandato de Deputado Federal, Distrital, Estadual ou Vereador, e aos que
tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que
estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para o mesmo
cargo pelo partido a que esteja filiado, é situação jurídica em vigor no
sistema eleitoral pátrio.
Comentários:
A alternativa “A” está correta e corresponde ao artigo 2º, parágrafo único,
III da LC 64/90:  Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as
arguições de inelegibilidade. Parágrafo único. A arguição de inelegibilidade
será feita perante: III - os Juízes Eleitorais, quando se tratar de candidato a
Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador”.
A alternativa “B” está correta e corresponde ao artigo 10 , caput da Lei
9.504/97: “Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara
dos Deputados, Câmara Legislativa, Assembleias Legislativas e Câmaras
Municipais, até cento e cinquenta por cento do número de lugares a
preencher”.
A alternativa “C” está correta e corresponde à redação do art. 12 da Lei
9.504/97: “Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indicará, no
pedido de registro, além de seu nome completo, as variações nominais com
que deseja ser registrado, até o máximo de três opções, que poderão ser o
prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo
qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua
identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente,
mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se”.
A alternativa “D” está errada pois, além da filiação partidária ser uma
condição de elegibilidade (art. 14, §2°, V, CF/88) , a candidatura nata é
expressamente vedada em nosso ordenamento jurídico, no artigo 11, §14,
da Lei 9.504/97: “§ 14. É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda
que o requerente tenha filiação partidária.”
Gabarito 20:D

21. (Procurador, Câmara Municipal de Bertolínia - PI , 2016,


Instituto Legatus). Da decisão que julga o pedido de registro de
candidatura cabe recurso no prazo de:
A) 10 (dez) dias.
B) 24 (vinte e quatro) horas.
C) 48 (quarenta e outo) horas.
D) 3 (três) dias.
E) 5 (cinco) dias.
Comentários:
O prazo recursal previsto na LC 64/90, em seu artigo 8º é de TRÊS dias:
“Art. 8º Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz
Eleitoral apresentará a sentença em Cartório 3 (três) dias após a conclusão
dos autos, passando a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a
interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral.” Logo a resposta
é a alternativa “D”.
Gabarito 21:D

22. (Juiz, TJ-SP, 2014, VUNESP). Assinale a opção correta


relativamente à substituição de candidatura.
A) A substituição de candidatura é vedada na hipótese em que o
candidato tiver o seu registro indeferido.
B) A substituição de candidatura é vedada na hipótese em que o
candidato a ela renunciar.
C) Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a
substituição de candidatura só se fará por outro candidato do mesmo
Partido Político.
D) Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a
substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte)
dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a
substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois a substituição de candidatura não é
vedada na hipótese em que o candidato tiver o seu registro indeferido,
conforme assim permite o caput do art. 13 da Lei n.º 9.504/97: “É
facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado
inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou,
ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado”.
A alternativa “B” está errada pois, conforme mencionado no item anterior,
a substituição NÃO é vedada no caso de renúncia.
A alternativa “C” está errada pois a substituição poderá ser por candidato
de outro partido da coligação, desde que por decisão de maioria absoluta
dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados (Art. 13, § 2.º da
Lei 9.504/97: “§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de
coligação, a substituição deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta
dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o
substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido
ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência).
A alternativa “D” está certa e corresponde à redação do artigo 13, §3° da
Lei 9.504/97: “§ 3o  Tanto nas eleições majoritárias como nas
proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for
apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de
falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após
esse prazo.”.
Gabarito 22:D

23. (Analista Legislativo - Direito Constitucional, Administrativo e


Eleitoral, AL-PE, 2014, FCC). Quanto à multas aplicadas, em caráter
definitivo, pela Justiça Eleitoral, considerar-se-ão quites os candidatos que
comprovarem o parcelamento da dívida regularmente cumprido até a data:
A) da posse.
B) do deferimento do pedido de registro de candidatura.
C) da formalização do seu pedido de registro de candidatura.
D) do pleito eleitoral.
E) da diplomação.
Comentários:
De acordo com o artigo 11, §8º, I, da Lei 9.504/97: “Art. 11 (...) § 8º- Para
fins de expedição da certidão de que trata o § 7º, considerar-se-ão quites
aqueles que: I: condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da
formalização do seu pedido de registro de candidatura, comprovado o
pagamento ou o parcelamento da dívida regularmente cumprido”. Logo, a
única alternativa que está de acordo com a lei é a letra “C”.
Gabarito 23:C

24. (Técnico Judiciário - Administrativa, TRE-MG, 2015,


CONSULPLAN). Os Tribunais Regionais Eleitorais possuem competência
originária determinada pelo Código Eleitoral, dentre as quais encontram‐se
o registro e o cancelamento do registro das candidaturas a:
A) Prefeito.
B) Vereador.
C) Conselheiro.
D) Governador.
Comentários:
De acordo com o art. 2ª, parágrafo único, II da LC 64/90: “Art. 2º Compete
à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as arguições de inelegibilidade.
Parágrafo único. A arguição de inelegibilidade será feita perante: (...) II - os
Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador,
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado
Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital). Deste modo, a única
alternativa que contempla o dispositivo em pareço é a letra “D”.
Gabarito 24:D

25. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-SE, 2015, FCC).


Os partidos políticos Alpha, Beta e Delta formaram a Coligação ABD. O
partido Delta entendeu, posteriormente, ter ocorrido irregularidade na
formação da Coligação que afetou a sua validade. Nesse caso, esse partido
poderá, isoladamente, questionar tal validade no processo eleitoral
somente:
A) durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo
final do prazo para a impugnação do registro de candidaturas.
B) até a data da convenção.
C) após o termo final do prazo para impugnação do registro de
candidaturas.
D) durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo
final do prazo para registro de candidaturas.
E) durante o período compreendido entre o termo final para registro de
candidaturas e a data da eleição.
Comentários:
De acordo com o Art. 6º, § 4o da Lei 9.504/97: “O partido político coligado
somente possui legitimidade para atuar de forma isolada no processo
eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, durante o
período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo
para a impugnação do registro de candidatos”. Assim, a única alternativa
que está condizente com o disposto na lei é a letra “A”.
Gabarito 25:A

26. (Analista Judiciário – Área Judiciária, TRE-BA, 2017, CESPE).


Considerando que tenha sido ajuizada ação de impugnação do registro de
candidatura de senador, assinale a opção correta.
A) O julgamento deverá ocorrer até a diplomação do candidato, se
eleito.
B) A competência para o julgamento da ação é do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE).
C) O autor da referida ação pode ser o Ministério Público Eleitoral,
partido político ou coligação, qualquer candidato ou cidadão.
D) O partido político do candidato figurará como litisconsorte passivo na
ação.
E) Os suplentes figurarão como litisconsortes passivos na açãoº
Comentários:
A alternativa “A” está errada, pois, de acordo com o art. 16, §1° da Lei
9.504/1997: “, até 20 dias “Art. 16. Até vinte dias antes da data das
eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão ao Tribunal Superior
Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos
candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual constará
obrigatoriamente a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem. § 1º Até
a data prevista no caput, todos os pedidos de registro de candidatos,
inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados
pelas instâncias ordinárias, e publicadas as decisões a eles relativas”.
A alternativa “B” está correta e consoante o disposto no artigo 2º da LC
64/90: “Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições
de inelegibilidade. Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita
perante: I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a
Presidente ou Vice-Presidente da República; II - os Tribunais Regionais
Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado
Estadual e Deputado Distrital; III - os Juízes Eleitorais, quando se tratar de
candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador”.
A alternativa “C” está errada, pois o cidadão não tem legitimidade para
propor a AIRC (art. 3º, caput, da LC 64/1990: “Art. 3° Caberá a qualquer
candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de
5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato,
impugná-lo em petição fundamentada”).
As alternativas “D” e “E” estão erradas pois, conforme a Súmula do TSE nº
39 “não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro
de candidatura”.
Gabarito 26:B

27. (Analista Judiciário – Área Administrativa, TRE-BA, 2017,


CESPE). No caso de candidato falecer no terceiro mês que antecede o
pleito eleitoral, a substituição do registro de sua candidatura deve ser
requerida em até
A) dez dias antes do pleito.
B) vinte dias antes do pleito.
C) trinta dias antes do pleito.
D) vinte dias após seu falecimento.
E) dez dias após seu falecimento.
Comentários:
Esta questão é um tanto capciosa, vez que, três meses antes do pleito, ou
seja, no começo do mês de julho ainda não há candidatos, pois as
convenções partidárias para suas escolhas ainda não aconteceram. Todavia,
o que a questão quer saber do concursando é até quando pode-se dar a
substituição neste caso, vez que está bem antes do prazo de vinte dias para
o término do pleito. A resposta para isto se encontra no artigo 13 da Lei
9.504/97: “É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for
considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do
registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado. § 1º A escolha
do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que
pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias
contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu
origem à substituição”. Logo, a resposta é a letra “E”, vez que a
substituição deverá se dar até dez dias após o falecimento do candidato.
Gabarito 27:E

28. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-PR, 2017, FCC).


Na aula de Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é
entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral que, nos processos
de registro de candidatura, o juiz eleitoral
A) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
B) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de
inelegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
C) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou
da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa. 
D) não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade
ou da ausência de condição de elegibilidade. 
E) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido
apenas quando houver ausência de condição de elegibilidade, sem
necessidade de assegurar o contraditório e a ampla defesa. 
Comentários:
De acordo com a Súmula TSE nº 45: “Nos processos de registro de
candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da existência de causas
de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que
resguardados o contraditório e a ampla defesa”. Logo a única alternativa
que está consoante este entendimento sumulado é a letra “C”.
Gabarito 28:C

29. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-BA, 2010,


CESPE). Acerca do alistamento eleitoral e de demais matérias inerentes à
Resolução TSE n.º 21.538/2003, julgue o item seguinte.
Mesmo que o alistamento eleitoral se dê por processamento eletrônico, o
alistando está obrigado a apresentar em cartório, ou local previamente
designado, o requerimento de alistamento acompanhado de três fotografias.
A) Certo
B) Errado
Comentários:
A assertiva está errada pois o eleitor não precisará levar fotografia alguma.
De acordo com o artigo 13 da Resolução 21538, a relação dos documentos
exigidos é: 1. Documento oficial de identificação; 2. Certificado de quitação
do serviço militar; (obrigatório aos maiores de 18 anos); 3. Certidão de
nascimento ou casamento; 6. Instrumento público do qual se infira a idade
de 16 anos. (deve constar os demais elementos necessários à qualificação).
Gabarito 29:B

30. (Juiz Substituto, TJ-ES, 2011, CESPE). Acerca de alistamento


eleitoral, transferência, delegados partidários perante o alistamento,
cancelamento e exclusão de eleitor, revisão e correição eleitorais, assinale a
opção correta.
A) Sempre que tiver conhecimento de alguma das causas do
cancelamento da inscrição, o juiz eleitoral determinará de ofício a exclusão
do eleitor, dispensando-se instauração de processo específico.
B) Para que o TSE determine de ofício a revisão ou correição das zonas
eleitorais, basta que o total de transferências de eleitores ocorridas no ano
em curso seja 10% superior ao do ano anterior; ou que o eleitorado seja
superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade
superior a setenta anos, do território do município; ou, ainda, que o
eleitorado seja superior a 55% da população projetada para aquele ano pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para o município.
C) Para a transferência de título eleitoral de servidor público civil,
militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção
ou transferência, não se exigem o transcurso de um ano do alistamento ou
da última transferência nem a residência mínima de três meses no novo
domicílio.
D) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será
recebido dentro dos cento e oitenta dias anteriores à data da eleição,
período considerado de suspensão do alistamento.
E) Aos delegados dos partidos políticos perante o alistamento é
facultado promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente, mas
não lhes é permitido assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo
promovida.
Comentários: A alternativa “A” está errada pois haverá instauração de
processo de cancelamento, conforme artigo 77, I, a do CE: “Art. 77. O juiz
eleitoral processará a exclusão pela forma seguinte: I – mandará autuar a
petição ou representação com os documentos que a instruírem;”.
A alternativa “B” está errada pois estes critérios são CUMULATIVOS e não
alternados.
A alternativa “C” está correta eis que corresponde ao artigo 18, §1° da
Resolução 21.538/2003.
A alternativa “D” está errada pois este prazo não é de cento e oitenta dias,
mas, sim, de cento e cinquenta dias (art. 91 da Lei 9.504/97: “Nenhum
requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro
dos 150 dias anteriores à data da eleição”).
A alternativa “E” está errada pois cabe aos delegados dos partidos políticos
perante o alistamento assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja
sendo promovida (Art. 27 da Res. TSE nº 21.538/2003: “Art. 27. Os
partidos políticos, por seus delegados, poderão: I – acompanhar os pedidos
de alistamento, transferência, revisão, segunda via e quaisquer outros, até
mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; II
–requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a
defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida; (...)).
Gabarito 30:C

31. (Juiz Substituto, TJ-CE, 2012, CESPE). Assinale a opção correta


no que se refere a alistamento eleitoral, segunda via, transferência,
delegados partidários perante o alistamento, cancelamento e exclusão de
eleitor, revisão e correição eleitorais.
A) A suspensão de direitos políticos não acarreta cancelamento da
inscrição de eleitor, enquanto a perda de tais direitos gera o cancelamento
de sua inscrição.
B) A revisão do eleitorado é ordenada por tribunal regional eleitoral
quando, realizada correição em determinada zona ou município por ele
determinada, fica provada a fraude em proporção comprometedora.
C) Em caso de transferência de domicílio eleitoral para unidade da
Federação diversa da originária, o número de inscrição do eleitor será
alterado.
D) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral, transferência ou
segunda via deve ser recebido dentro do prazo de cento e cinquenta dias
anteriores à data da eleição.
E) Os partidos têm legitimidade para requerer, por seus delegados, a
exclusão de qualquer eleitor, não detendo legitimidade, entretanto, para
assumir a defesa de eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois a suspensão de direitos políticos
ACARRETA o cancelamento da inscrição eleitoral (artigo Art. 71, II do CE:
“Art. 71. São causas de cancelamento: II – a suspensão ou perda dos
direitos políticos).
A alternativa “B” está certa (Art. 71, §4° do CE: § 4º Quando houver
denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou
município, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correção
e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão do
eleitorado, obedecidas as instruções do Tribunal Superior e as
recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de
ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem
apresentados à revisão.)
A alternativa “C” está errada, pois o número de inscrição do eleitor NÃO
será alterado, mudando-se apenas a zona eleitoral e o número da seção
(Art. 5º, §1° da Resolução TSE nº 23.541/2003: Art. 5º Deve ser
consignada OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA sempre que o eleitor desejar
alterar seu domicílio e for encontrado em seu nome número de inscrição em
qualquer município ou zona, unidade da Federação ou país, em conjunto ou
não com eventual retificação de dados. § 1º Na hipótese do caput, o eleitor
permanecerá com o número originário da inscrição e deverá ser,
obrigatoriamente, consignada no campo próprio a sigla da UF anterior).
A alternativa “D” está errada pois segundas-vias podem ser efetuadas até
dez dias antes do pleito (Art. 52 do CE - " No caso de perda ou extravio de
seu título, requererá o eleitor ao juiz do seu domicílio eleitoral, até 10 (dez)
dias antes da eleição, que lhe expeça segunda via.").
A alternativa “E” está errada pois os partidos têm legitimidade para
requerer, por seus delegados, a exclusão de qualquer eleitor, DETENDO
legitimidade, entretanto, para assumir a defesa de eleitor cuja exclusão
esteja sendo promovida. (Art. 27 da Res. TSE nº 21.538/2003: “Art. 27. Os
partidos políticos, por seus delegados, poderão: I – acompanhar os pedidos
de alistamento, transferência, revisão, segunda via e quaisquer outros, até
mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; II
–requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a
defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida; (...)).
Gabarito 31:B

32. (Analista de Projetos Organizacionais - Jurídica, ALGÁS, 2017,


IESES). Assinale a alternativa INCORRETA:
A) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios aos maiores de 16
(dezesseis) anos. 
B) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de
70 (setenta) anos. 
C) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos. 
D) Uma das condições de elegibilidade é a nacionalidade brasileira.
Comentários:
De acordo com o artigo 14, § 1º da CF/88: “Art. 14 (...) §1º O alistamento
eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II -
facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º Não podem alistar-se
como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos. § 3º São condições de elegibilidade, na forma da
lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a
filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para
Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e
um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º São
inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. Logo a única alternativa que não
se encaixa nos ditames constitucionais é a letra “A” pois seu erro consiste
em afirmar que o voto é obrigatório aos maiores de 16 anos, quando, em
verdade, é FACULTATIVO.
Gabarito 32:A

33. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-GO, 2015,


CESPE). Julgue o item seguinte, referentes ao alistamento eleitoral, ao
cancelamento da inscrição eleitoral e exclusão do eleitor do cadastro
nacional de eleitores.
Alistamento eleitoral é o ato jurídico pelo qual a pessoa natural adquire,
perante a justiça eleitoral, capacidade eleitoral ativa e passa a integrar o
corpo de eleitores de determinada zona e seção eleitoral.
A) Certo
B) Errado
Comentários:
Está correta a assertiva. O alistamento é um ato jurídico pois constitui
deveres e obrigações, muito embora seja ato não jurisdicional e sim
administrativo. De fato, traz como consequência a capacidade eleitoral ativa
e vincula o eleitor a certa zona e seção eleitorais.
Gabarito 33:A

34. (Delegado de Polícia, PC-PE, 2016, CESPE). Com relação ao


alistamento eleitoral, à transferência de domicílio eleitoral, à segunda via da
inscrição e ao título eleitoral, assinale a opção correta à luz da Resolução
n.º 21.538/2003 do TSE.
A) Caso o título de eleitor seja inutilizado ou dilacerado, o eleitor poderá,
pessoalmente ou por meio de procurador nomeado, requerer junto ao
cartório eleitoral competente a expedição de segunda via.
B) Requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência não será
recebido no prazo de cento e cinquenta dias que antecedem a data da
eleição.
C) Nas hipóteses de transferência, de revisão ou de emissão de segunda
via do título eleitoral, a data de emissão do título será a data de inscrição
originária do alistamento do eleitor junto ao cartório eleitoral competente.
D) A pena de multa será aplicada a não alistado maior de dezoito anos
que tenha requerido sua inscrição eleitoral após completar a referida idade.
E) Caso o juiz eleitoral defira o pedido de transferência de domicílio
eleitoral de determinado eleitor, o MP Eleitoral terá competência exclusiva
para recorrer junto ao tribunal regional eleitoral, no prazo legal, após a sua
intimação.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois, de acordo com a Resolução TSE nº
21.538, “Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua
inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer PESSOALMENTE ao juiz
de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via”. Logo, não se permite
entrega de título a procurador.
A alternativa “B” está certa e corresponde ao disposto no art. 91 da Lei
9.504/97 (Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de
transferência será recebido dentro dos cento e cinqüenta dias anteriores à
data da eleição).
A alternativa “C” está errada, pois, de acordo com o art. 23, §2º, da
Resolução TSE nº 21.538 “Art. 23. § 2º Nas hipóteses de alistamento,
transferência, revisão e segunda via, a data da emissão do título será a de
preenchimento do requerimento”.
A alternativa “D” está errada pois esta multa será aplicada ao alistando
com 19 anos de idade (Resolução TSE nº 21.538, “Art. 15. O brasileiro nato
que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até
um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa
imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. Parágrafo único.
Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral
até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente
à data em que completar 19 anos”).
A alternativa “E” está errada pois competência não é exclusiva, podendo o
delegado de partido político fazê-lo também. (Resolução TSE nº 21.538, art.
18, (...) § 5º. Do despacho que indeferir o requerimento de transferência,
caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o
deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de
dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos
partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no
primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao requerente
antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem”).
Gabarito 34:B

35. (Conhecimentos Básicos - Cargos 3 a 6, TRT-7ª REGIÃO (CE),


2017, CESPE). Em conformidade com os direitos políticos previstos na
Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta a respeito do
alistamento eleitoral.
A) Durante o período do serviço militar obrigatório, o alistamento
eleitoral é facultativo para os conscritos. 
B) O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros natos
maiores de dezoito anos de idade, independentemente da escolaridade.
C) Um cidadão pode preencher os requisitos para o alistamento eleitoral
e ser inelegível como candidato.
D) O alistamento eleitoral é facultativo para os estrangeiros residentes
no Brasil
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois o alistamento é vedado ao conscrito.
(Art. 14, §2º, da CF/88: “Art. 14. (...) § 2º Não podem alistar-se como
eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório,
os conscritos).
A alternativa “B” está errada pois o alistamento do analfabeto é facultativo
(Art. 14, §1º, a, da CF/88: “§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: II -
facultativos para: a) os analfabetos;”).
A alternativa “C” está certa pois a alistabilidade se relaciona aos direitos
políticos ativos e a elegibilidade aos direitos políticos passivos, não se
misturando, portanto. Ex.: o analfabeto é alistável, porém, inelegível.
A alternativa “D” está errada pois os estrangeiros são inalistáveis. (Art. 14,
§2º, CF/88: “§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos”). É bom se
atentar que o português equiparado ao nacional, em verdade, goza dos
mesmos direitos de um brasileiro naturalizado, podendo ser alistados.
Gabarito 35:C

36. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, CESPE, 2015,


CESPE) Acerca do alistamento eleitoral e da organização da justiça
eleitoral, julgue o próximo item.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, os órgãos da justiça
eleitoral são: o Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais,
os juízes eleitorais e as juntas eleitorais
A) Certo
B) Errado
Comentários:
De acordo com o art. 118, da CF/88: ”são órgãos da Justiça Eleitoral: I - o
Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os
Juízes Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais. Portanto, correta a afirmativa.
Gabarito 36:A

37. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-BA, 2010,


CESPE). Acerca do alistamento eleitoral e de demais matérias inerentes à
Resolução TSE n.º 21.538/2003, julgue o item seguinte.
O batimento ou cruzamento das informações constantes do cadastro
eleitoral configura-se como pressuposto para operações de alistamento,
transferência e revisão de inscrições de eleitores.
A) Certo
B) Errado
Comentários:
De acordo com o artigo 33, §1° da Resolução TSE nº 21.538/2003: “Art.
33. O batimento ou cruzamento das informações constantes do cadastro
eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis duplicidades ou
pluralidades de inscrições eleitorais e identificar situações que exijam
averiguação e será realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em âmbito
nacional. § 1º As operações de alistamento, transferência e revisão
somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após submetidas a
batimento”. Logo, sem o batimento não ocorre a inscrição definitiva do
eleitor no cadastro eleitoral, estando correta a assertiva.
Gabarito 37:A

38. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AC, 2015, AOCP -


ADAPTADA). O alistamento eleitoral ocorre mediante a qualificação e
inscrição do eleitor. Em relação ao tema, assinale a alternativa correta.
A) O conceito de domicílio para o Direito Eleitoral coincide com o de
domicílio para o Direito Civil.
B) O conceito de domicílio para o Direito Eleitoral é mais restrito do que
o de domicílio para o Direito Civil.
C) Caso o eleitor pretenda transferir o seu título para um novo domicílio
eleitoral, ele não poderá fazê-lo dentro dos 180 dias anteriores à eleição.
D) O conceito de domicílio para o Direito Eleitoral é mais abrangente do
que o de domicílio para o Direito Civil.
Comentários:
A alternativa “A” está errada eis que domicílio eleitoral é diferente do
domicílio civil, sendo aquele bem mais abrangente que este, pois, segundo
entendimentos jurisprudenciais do TSE é onde se tem vínculos políticos,
sociais, comunitários, afetivos, patrimoniais ou de negócios.
A alternativa “B” está errada pois, conforme dito, é mais abrangente.
A alternativa “C” está errada pois o prazo é de 150 dias, conforme o art.
91, caput, da Lei 9.504/97, a qual diz: “Art. 91. Nenhum requerimento de
inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos cento e
cinqüenta dias anteriores à data da eleição”.
A alternativa “D” está correta, conforme já dito.
Gabarito 38:D

39. (Assistente Organizacional - Área Administrativa, PRODEST-


ES, 2014, VUNESP). A Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 estabelece, em seu Capítulo IV, referente aos Direitos Políticos, que o
alistamento eleitoral e o voto são facultativos para:
A) os povos indígenas, os quilombolas e as populações ribeirinhas.
B) os analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis
e menores de dezoito anos.
C) os analfabetos, os maiores de sessenta anos e os menores de quinze
anos.
D) as populações carcerárias, os enfermos crônicos e os inválidos.
E) os militares da ativa, os com direitos políticos cassados e os com
direitos políticos suspensos.
Comentários:
A alternativa “A” está errada, pois o voto será obrigatório para os índios
integrados na sociedade. (Art 4º Os índios são considerados: (...) III -
Integrados - Quando incorporados à comunhão nacional e reconhecidos no
pleno exercício dos direitos civis, ainda que conservem usos, costumes e
tradições característicos da sua cultura).
A alternativa “B” está correta (Art. 14,§1° CF/8: “Art. 14. § 1º O
alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de
dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de
setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos”).
A alternativa “C” está errada, pois o voto para os menores de 15 anos não
é permitido e não tem previsão constitucional e nem legal.
A alternativa “D” está errada, tendo em vista que parte da população
carcerária que não tiver seus direitos políticos suspensos (preso provisório)
pode votar e a Justiça Eleitoral deve propiciar condições para que os presos
temporariamente possam fazê-lo, no estabelecimento prisional.
A alternativa “E” está errada pois o militar na ativa tem o voto obrigatório e
os com os direitos políticos suspensos e/ou cancelados não poderão exercê-
lo momentaneamente, devendo exercer o direito e dever de voto tão logo
estes se restabeleçam.
Gabarito 39:B

40. (Agente de Apoio - Administrativo, MPE-AM, 2013, FCC). NÃO é


condição de elegibilidade:
A) idade mínima de dezesseis anos
B) nacionalidade brasileira.
C) pleno exercício dos direitos políticos.
D) alistamento eleitoral.
E) domicílio eleitoral na circunscrição.
Comentários:
De acordo com a CF/88, Art. 14, § 3º: “São condições de elegibilidade, na
forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos
políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na
circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e
cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b)
trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para
Vereador. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos”. Logo, a
única alternativa que não atende estes ditames é a letra “A”.
Gabarito 40:A

41. (Técnico em Informática, CONSULPLAN, Prefeitura de


Cascavel, 2016). Segundo a Constituição brasileira são condições para a
elegibilidade, EXCETO:
A) Filiação partidária.
B) Alistamento eleitoral.
C) Nacionalidade brasileira.
D) Domicílio eleitoral na circunscrição.
E) Idade mínima de 18 anos para todos os cargos públicos.
Comentários:
De acordo com a CF/88, Art. 14, § 3º: “São condições de elegibilidade, na
forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos
políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na
circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e
cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b)
trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para
Vereador. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos”. Logo, a
única alternativa que não atende estes ditames é a letra “E”.
Gabarito 41:E

42. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-CE, 2002, FCC).


Constitui causa de cancelamento da inscrição eleitoral
A) a duplicidade de inscrições.
B) deixar de votar em duas eleições consecutivas.
C) a solicitação de segunda via do título, sem apresentar prova concreta
de extravio do originariamente expedido.
D) o deferimento do pedido de inscrição, por força de despacho proferido
após esgotado o prazo legal.
E) protocolar o pedido de alistamento cento e vinte e dois dias antes da
data da eleição.
Comentários:
De acordo como artigo 71 do CE: “Art. 71. São causas de cancelamento: I -
a infração dos artigos. 5º e 42; II - a suspensão ou perda dos direitos
políticos; III – a pluralidade de inscrição; IV - o falecimento do eleitor; V -
deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas”. Logo a única alternativa
que respeita este dispositivo é a letra “A”.
Gabarito 42:A

43. (Técnico Judiciário - Enfermagem, TRE-SP, 2017, FCC).


Atenção: A questão, refere-se ao conteúdo de Noções de Direito Eleitoral.
Segundo o Código Eleitoral brasileiro, realizado o alistamento eleitoral pelo
processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não
votar em:
A) três eleições consecutivas ou não se justificar no prazo de dois
meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido,
independentemente do pagamento de multa.
B) duas eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no
prazo de dois meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter
comparecido.
C) duas eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no
prazo de três meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter
comparecido.
D) duas eleições consecutivas, não se justificar no prazo de três meses,
a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido,
independentemente do pagamento da multa.
E) três eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no
prazo de seis meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter
comparecido.
Comentários:
De acordo com o artigo 70, §3/ do CE: "Art. 7º, § 3º. Realizado o
alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a
inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não
pagar a multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da
data da última eleição a que deveria ter comparecido". Logo, a única
alternativa que contempla este dispositivo é a letra “E”.
Gabarito 43:E

44. (Procurador da República, 2008, PGR). Os direitos políticos no


sistema constitucional-eleitoral do brasil:
A) Compreendem o alistamento não obrigatório e o voto obrigatório,
porém o eleitor deve se vincular a uma circunscrição eleitoral havendo
relação com o seu domicilio, o qual não se confunde com o domicílio civil.
B) São exercidos apenas pelos brasileiros natos, desde que presentes os
requisitos de domicílio eleitoral, alistamento, idade mínima, ausência de
condenação criminal, condições de elegibilidade e ausência de hipóteses de
inelegibilidade.
C) Estão entre os direitos fundamentais e se manifestam, além das
eleições para os cargos públicos, através do plebiscito e referendo e a
necessidade de prévia consulta á população para a elaboração das
resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.
D) Envolve a cidadania ativa e passiva, sendo um dos pilares do Estado
democrático de direito, inexistindo possibilidade de cassação.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois o alistamento E o voto são obrigatórios,
via de regra.
A alternativa “B” está errada pois tais direitos se estendem aos brasileiros
naturalizados (art. 14, caput, da CF: “Art. 14. A soberania popular será
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
para todos, e, nos termos da lei, mediante: (...)”).
A alternativa “C” está errada pois esta consulta prévia não é feita à
população, mas, sim, aos delegados ou representantes dos partidos
políticos (art. 105, caput, da Lei 9.504/97: “Art. 105. Até o dia 5 de março
do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter
regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua
fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou
representantes dos partidos políticos.”).
A alternativa “D” está correta e encontra amparo no impedimento de
cassação no artigo 15, caput, da CF/88: “Art. 15. É vedada a cassação de
direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:”.
Gabarito 44:D

45. (Técnico Judiciário – Área Administrativa, TRE-SP, 2017, FCC).


Lineu completará dezesseis anos um dia antes da realização das eleições.
Preenchidos os demais requisitos, de acordo com a Resolução n°
21.538/2003 do Tribunal Superior Eleitoral, o alistamento eleitoral de Lineu
é
A) facultativo, podendo ser solicitado até o encerramento do prazo
fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, sendo que
o título surtirá efeitos na data do pedido, mesmo não tendo completado
dezesseis anos. 
B) obrigatório, devendo ser solicitado até o encerramento do prazo
fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, sendo que
o título somente surtirá efeitos com o implemento da idade de dezesseis
anos. 
C) proibido, sendo considerado inalistável em razão da idade inferior a
dezesseis anos. 
D) facultativo, podendo ser solicitado até o encerramento do prazo
fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, sendo que
o título somente surtirá efeitos com o implemento da idade de dezesseis
anos. 
E) obrigatório, podendo ser solicitado até o encerramento do prazo
fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, sendo que
o título surtirá efeitos na data do pedido, mesmo não tendo completado
dezesseis anos.
Comentários:
De acordo com o art. 14 da Resolução TSE nº 21.538/2003: “Art. 14. É
facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor
que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive. § 1º O alistamento de
que trata o caput poderá ser solicitado até o encerramento do prazo fixado
para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência. § 2º O título
emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o
implemento da idade de 16 anos”. Logo, a única alternativa que se adequa
à lei é a letra “D”.
Gabarito 45:D

46. (Assessor Bacharel em História, 2015, MPE-RS). No capítulo


referente aos Direitos Políticos, a Constituição Federal dispõe que são
condições de elegibilidade as seguintes, EXCETO:
A) a nacionalidade brasileira.
B) o pleno exercício dos direitos políticos. 
C) o alistamento eleitoral.
D) a idade mínima de trinta e cinco anos para Governador de Estado.
E) o domicílio eleitoral na circunscrição. 
Comentários:
De acordo com o artigo 14,§3º de nossa CF/88: “§ 3º - São condições de
elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno
exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio
eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e
Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos
para Vereador”. Logo, a única alternativa que está contra as disposições
constitucionais é a letra “D”, pois, para o cargo de governador bastam 30
anos de idade.
Gabarito 46:D

47. (Juiz, TJ-AC, 2012, CESPE). No que se refere a registro de


candidatura e sua impugnação, assinale a opção correta.
A) O juiz eleitoral deve apresentar em cartório, em até dez dias após a
conclusão dos autos, a sentença relativa a pedidos de registro de
candidatos a eleições municipais.
B) O pedido de registro do candidato e sua impugnação são processados
nos próprios autos dos processos dos candidatos e são julgados em uma só
decisão.
C) O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os
atos relativos à campanha eleitoral, e seu nome será mantido na urna
eletrônica enquanto ele estiver sob essa condição, desde que seu recurso
seja recebido no efeito suspensivo.
D) As impugnações do pedido de registro de candidatura e as questões
referentes a homonímias e notícias de inelegibilidade devem ser
processadas em autos apartados.
E) Encerrado o prazo da dilação probatória para a impugnação de
registro de candidatura, as partes, inclusive o MP, poderão apresentar
alegações em prazo sucessivo, a começar pelo impugnante.
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois este prazo é de 3 dias e não 10. (art. 8º,
caput, LC 64/90: “Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições
municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em cartório 3 (três) dias
após a conclusão dos autos, passando a correr deste momento o prazo de 3
(três) dias para a interposição de recurso para o Tribunal Regional
Eleitoral”).
A alternativa “B” está correta e, por consequência a “D” está errada pois a
autuação conjunta dos RRC’s, impugnações, notícias de inelegibilidade e
homonímia, corresponde à reiteradas resoluções expedidas pelo TSE,
sempre no sentido de que “O pedido de registro do candidato, a
impugnação, a notícia de inelegibilidade e as questões relativas à
homonímia serão processadas nos próprios autos dos processos dos
candidatos e serão julgados em uma só decisão” (Art. 35, §3° da Resolução
23.548/2017-TSE: “Art. 35. (...) § 3º Não havendo impugnação ao DRAP e
aos RRCs, o PJe registrará o decurso do prazo do inciso II do § 1º nos
respectivos autos).
A alternativa “C” está errada pois o candidato poderá manter sua
campanha, vez que os recursos eleitorais têm o efeito meramente
devolutivo (Art. 16-A, caput, da Lei 9.504/97: “Art. 16-A.  O candidato cujo
registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à
campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e
na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver
sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos
condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior”).
A alternativa “E” está errada pois o prazo para alegações finais é comum
(Art. 6º da LC 64/90: “Encerrado o prazo da dilação probatória, nos termos
do artigo anterior, as partes, inclusive o Ministério Público, poderão
apresentar alegações no prazo comum de 5 (cinco) dias”).
Gabarito 47:B

48. (Promotor de Justiça, MPE-RO, 2017, FMP Concursos). Assinale


a alternativa CORRETA.
A) Somente candidato, partido político ou coligação, no prazo de 5
(cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato,
poderão impugná-lo em petição fundamentada.
B) A impugnação do registro de candidatura, por parte do candidato,
partido político ou coligação, impede a ação do Ministério Público no mesmo
sentido.
C) Somente com autorização do Conselho Superior do Ministério Público,
poderá impugnar o registro de candidato o representante do Ministério
Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo,
integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária.
D) Qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos poderá, no prazo
de 5 dias contados da publicação do edital relativo ao pedido de registro,
dar notícia de inelegibilidade ao Juízo Eleitoral competente, mediante
petição fundamentada, apresentada em duas vias.
E) Após o registro de candidatura, o impugnante especificará, desde
logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do
alegado, arrolando até sete testemunhas, se for o caso. 
Comentários:
A alternativa “A” está errada pois não relacionou o MPE (Art. 3º, caput, da
LC 64/90: “Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao
Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do
pedido de registro de candidato, impugná-lo em petição fundamentada”).
A alternativa “B” está errada conforme artigo Art. 3°, § 1º da LC 64/90: “A
impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não
impede a ação do Ministério Público no mesmo sentido”.
A alternativa “C” está errada, pois, conforme o Art. 3°, § 2º da LC 64/90:
“Não poderá impugnar o registro de candidato o representante do Ministério
Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo,
integrado Diretório de partido ou exercido atividade político-partidária”.
A alternativa “D” está correta e corresponde à letra de lei (Art. 97, § 3º do
CE: “Art. 97. (...) §3º Poderá, também, qualquer eleitor, com fundamento
em inelegibilidade ou incompatibilidade do candidato ou na incidência deste
no art. 96, impugnar o pedido de registro, dentro do mesmo prazo,
oferecendo prova do alegado). A exigência das duas vias vem sendo
cobrada por meio de reiteradas resoluções do TSE que disciplinam a matéria
eleição após eleição (agora, com o Processo Judicial Eletrônico, implantado
nos TRE’s e TSE, não há mais esta exigência).
A alternativa “E” está errada pois o número máximo de testemunhas
arroláveis é 6 e não 7. (Art. 3°, § 3º da LC 64/90: “O impugnante
especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a
veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo
de 6 (seis)”).
Gabarito 48:D

49. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-RJ, 2017,


CONSULPLAN). “A Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, regula,
dentre outros temas, as Convenções para a escolha dos candidatos. Sobre o
citado tema, estatui a referida norma que a escolha dos candidatos pelos
partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de
____________________ do ano em que se realizarem as eleições,
lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça
Eleitoral, publicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de
comunicação.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
A) 10 a 4 de junho
B) 12 a 30 de junho
C) 5 de junho a 10 de julho 
D) 20 de julho a 5 de agosto
Comentários:
A lei 9.504/97, em seu artigo 8º, dita que: “Art. 8º A escolha dos
candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser
feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem
as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela
Justiça Eleitoral, publicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de
comunicação”. Logo, a única alternativa que contempla este dispositivo é a
letra “D”.
Gabarito 49:D

50. (Promotor de Justiça, MPE-AC, 2014, CESPE). Considere que, no


exercício do mandato de senador, Ivo seja escolhido pela coligação
integrada por seu partido para disputar o cargo de prefeito no ano de 2016.
Em face dessa situação, assinale a opção correta à luz das disposições
constitucionais e da legislação eleitoral hoje em vigor.
A) Se o pedido de registro da candidatura for indeferido e o partido
renunciar ao direito de preferência, Ivo poderá ser substituído por filiado a
qualquer partido integrante da coligação em até dez dias contados da
notificação da decisão judicial.
B) O pedido de registro da candidatura de Ivo deve ser apresentado pela
coligação ao juiz eleitoral até às 18 horas do nonagésimo dia anterior à data
marcada para a eleição.
C) Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de Ivo,
ele mesmo pode fazê-lo perante o TRE, observado o prazo máximo de 48
horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela justiça eleitoral.
D) A impugnação ao pedido de registro de candidatura de Ivo pode ser
feita por candidato, partido político, coligação, MP, ou qualquer eleitor, em
petição fundamentada.
E) Se o pedido de registro da candidatura for indeferido, Ivo poderá
efetuar atos relativos à campanha eleitoral, e seu nome poderá ser mantido
na urna eletrônica, ficando a validade dos votos a ele atribuídos
condicionada a registro válido de substituto.
Comentários:
A alternativa “A” está correta e se trata de letra de lei (Art. 13, §§ 1º e 2º
da Lei 9.504/97: Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir
candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo
final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou
cancelado. § 1º A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no
estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser
requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da
decisão judicial que deu origem à substituição. § 2º Nas eleições
majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-se
por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos
partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela
integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao
direito de preferência”.
A alternativa “B” está errada pois os partidos e coligações solicitarão à
Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia
5 de julho do ano em que se realizarem as eleições (Art. 11, caput, da Lei
9.504/97: “Art. 11.  Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o
registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do
ano em que se realizarem as eleições”).
A alternativa “C” está errada pois deverá apresenta-lo perante a Justiça
Eleitoral (Art. 11, § 4º da Lei 9.504/97: “§ 4o  Na hipótese de o partido ou
coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo
perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito
horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral”).
A alternativa “D” está errada pois eleitores não detém legitimidade ativa
para impugnar RRC’s (Art. 3º, §3° da LC 64/90: “Art. 3° Caberá a qualquer
candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de
5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato,
impugná-lo em petição fundamentada”).
A alternativa “E” está errada pois os votos a ele dados ficam condicionados
ao deferimento em instância final (Art. 16-a, caput da Lei 9.504/97: “Art.
16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os
atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral
gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica
enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele
atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância
superior”).
Gabarito 50:A
4- QUESTÕES

1. (Procurador, Consórcio Intermunicipal Grande ABC, 2015,


CAIP-IMES). O alistamento eleitoral e o voto são:
A) facultativos para os maiores de dezoito anos.
B) obrigatórios para os maiores de setenta anos.
C) obrigatórios para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
D) facultativos para os analfabetos.

2. (Técnico Judiciário – Área Administrativa, TRE-PE, 2017,


CESPE). O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para:
A) maiores de setenta e cinco anos de idade.
B) maiores de dezoito anos de idade.
C) maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade.
D) analfabetos.
E) maiores de setenta anos de idade.

3. (Juiz Substituto, TJ-PI, 2015, FCC). A transferência de domicílio


eleitoral:
A) cabe ser objeto de recurso por qualquer Delegado de partido, caso
deferida pelo juiz eleitoral.
B) deve ser requerida ao Cartório Eleitoral do novo domicílio, para ser
admitida, até cento e vinte dias antes da data da eleição.
C) não cabe ser indeferida ou denegada caso o eleitor não esteja quite
com a Justiça Eleitoral.
D) tem como requisito para ser deferida a comprovação de residência
mínima de seis meses no novo domicílio, inclusive nos casos de
transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico,
ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência.
E) tem como requisito para ser deferida a comprovação de residência
mínima de seis meses no novo domicílio, exceto nos casos de transferência
de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de
membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência.

4. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-TO, 2017,


CESPE). Para o deferimento de requerimento de transferência de domicílio
eleitoral, exige-se:
A) exercício de função pública.
B) produção de relatórios qualitativos de requerimentos anteriores.
C) prova de nacionalidade brasileira.
D) alcance da maioridade civil.
E) prova de quitação com a justiça eleitoral.

5. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-CE, 2012, FCC). NÃO


é requisito para a transferência do eleitor:
A) o transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última
transferência.
B) o recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no
prazo estabelecido pela legislação vigente.
C) o parecer favorável do Ministério Público Eleitoral.
D) a residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob
as penas da lei, pelo próprio eleitor.
E) a prova de quitação com a Justiça Eleitoral.

6. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-PE, 2011, FCC). No


processo de impugnação de registro de candidatura:
A) o prazo para impugnação é de 5 dias, contados da publicação do
pedido de registro do candidato.
B) a impugnação poderá ser feita por qualquer eleitor, desde que esteja
em dia com a Justiça Eleitoral.
C) o fato em que se funda a impugnação deverá ser provado de plano,
através de documentos, vedada a coleta de prova testemunhal.
D) o prazo para impugnação será de quinze dias, quando o impugnante
for o Ministério Público Eleitoral.
E) o prazo para impugnação será contado em dobro quando o
impugnante for coligação

7. (Analista Judiciário - Administrativa, TRE-AP, 2015, FCC). A


impugnação de registro de candidatura:
A) deve ser formulada no prazo máximo de 48 horas, contado da
publicação do pedido de registro.
B) não pode ser feita pelo Ministério Público Eleitoral, que tem
atribuições somente para opinar.
C) pode ser feita por candidato, jamais por partido político ou coligação.
D) pode ser feita com base em prova testemunhal.
E) pode ser feita por partido político ou coligação, jamais por candidato.

8. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-AP, 2006, FCC).


A respeito do registro de candidaturas, é correto afirmar:
A) Os partidos políticos e coligações poderão solicitar à Justiça Eleitoral o
registro de seus candidatos até 6 meses antes do pleito.
B) É permitido o registro de candidato para cargos diferentes por mais
de uma circunscrição eleitoral.
C) A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de
elegibilidade é verificada tendo por referência a data do registro da
candidatura.
D) Só os partidos políticos ou coligações poderão requerer o registro de
seus candidatos, que não poderão, em nenhuma hipótese, fazê-lo
diretamente.
E) O candidato poderá ser registrado sem o prenome, ou com o nome
abreviado, desde que a supressão não estabeleça dúvida quanto à sua
identidade.

9. (Analista Judiciário - Judiciária - Prova Anulada, TRE-RS,


2008). Tem legitimidade para impugnar registro de candidatura, EXCETO:
A) Qualquer candidato.
B) Partidos políticos.
C) Entidade de classe de âmbito nacional.
D) Ministério Público.
E) Coligações.

10. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AL, 2010, FCC). A


respeito da impugnação do registro de candidatura é correto afirmar:
A) A impugnação por parte de partido político ou coligação impede a
ação do Ministério Público no mesmo sentido.
B) A impugnação do pedido de registro do candidato poderá ser feita,
em petição fundamentada, por partido político ou coligação, não podendo
ser formulada por outro candidato.
C) O prazo para impugnação é de 5 dias, contados da publicação do
pedido de registro do candidato.
D) O impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com que
pretende demonstrar a veracidade do alegado, sendo vedada a produção de
prova testemunhal.
E) Quando se tratar de candidato a Deputado Federal, a arguição de
inelegibilidade será feita perante o Tribunal Superior Eleitoral.

11. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-RO, FCC, 2013). A


respeito do processo de impugnação de registro de candidatura, é correto
afirmar que
A) as partes somente poderão apresentar e requerer a produção de
prova documental, vedada a oitiva de testemunhas, em razão da celeridade
da tramitação.
B) quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar
em poder de terceiro e este, sem justa causa, não o exibir nem comparecer
a juízo para depositá-lo, poderá o juiz contra ele expedir mandado de prisão
e instaurar processo por crime de desobediência.
C) as alegações finais serão apresentadas pelas partes e pelo Ministério
Público, após o encerramento da instrução probatória, no prazo sucessivo
de 3 dias para cada um.
D) o juiz formará a sua convicção pela apreciação da prova constante
dos autos, mas, na formação e motivação do seu convencimento, deverá se
ater ao que foi alegado pelas partes.
E) o juiz não poderá determinar diligências de ofício, pois, em razão do
princípio do contraditório, somente poderá ordenar a produção de provas a
requerimento das partes.

12. (Juiz Substituto, TJ-SE, FCC, 2015). A impugnação de pedido de


registro de candidatura NÃO pode ser feita:
A) por qualquer eleitor.
B) por partido político.
C) por coligação.
D) pelo Ministério Público.
E) por candidato.

13. (Juiz Substituto, TJ-CE, 2012, CESPE). Com relação ao registro de


candidatura e sua impugnação, assinale a opção correta.
A) Qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos poderá impugnar
registro de candidatura.
B) Em caso de oferecimento anterior de impugnação de registro de
candidatura por parte de coligação partidária, cabe ao MP, se tiver interesse
em também impugnar o registro, ingressar no feito como assistente.
C) Tratando-se de processo de impugnação de registro de candidatura,
as alegações finais devem ser oferecidas primeiramente pelo impugnante e,
na sequência, pelo impugnado.
D) O registro de candidatura de competência originária de tribunal
regional eleitoral é julgado desde que observada a devida publicação em
pauta.
E) A partir da data em que é protocolizada a petição de recurso relativo
a decisão sobre pedido de registro de candidatura, passa a correr o prazo
para apresentação de contrarrazões recursais, notificado o recorrido em
cartório.

14. (Promotor de Justiça, MPE-AP, 2012, FCC). No processo de


impugnação de registro de candidaturas, é de sete dias o prazo para:
A) interposição de recurso para o Tribunal Superior Eleitoral.
B) interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral nas eleições
municipais.
C) as partes, inclusive o Ministério Público, encerrado o prazo para
dilação probatória, apresentarem alegações. 
D) o candidato, partido político ou coligação contestarem a impugnação. 
E) impugnação de registro de candidato em petição fundamentada

15. (Promotor de Justiça, MPE-AL, 2012, FCC). A respeito das


inelegibilidades e das impugnações ao registro de candidaturas, é correto
afirmar:
A) Inclui-se dentre as condições de inelegibilidade previstas na
Constituição Federal brasileira a idade mínima de vinte e um anos para
Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal.
B) O conhecimento e a decisão das arguições de inelegibilidade do
Presidente e do Vice-Presidente da República inserem-se na competência
originária do Supremo Tribunal Federal.
C) O prazo para impugnação ao registro de candidatura é de cinco dias
para qualquer candidato, partido político ou coligação e de dez dias para o
Ministério Público, contados da publicação do pedido.
D) O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão
candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos,
mesmo que, nos últimos seis meses anteriores ao pleito, tenham sucedido
ou substituído o titular.
E) São inelegíveis para o Senado Federal, até seis meses depois de
afastados definitivamente de seus cargos e funções, os Secretários de
Estado.

16. (Juiz, TJ-PR, 2010, TJ-PR). Sobre a impugnação de pedido de


registro de candidatura, indique a única alternativa CORRETA:
A) A impugnação poderá ser feita somente por outro candidato ou por
partido político e no prazo de 3 (três) dias, contados da publicação do
pedido.
B) Encerrada a fase probatória, as partes e o Ministério Público deverão
apresentar alegações finais no prazo comum de 5 (cinco) dias.
C) Terminado o prazo para impugnação, o candidato, o partido político
ou a coligação terão o prazo de 7 (sete) dias, que passará a correr após
devida notificação, para contestá-la, juntar documentos, indicar rol de
testemunhas e requerer a produção de outras provas.
D) Uma vez apresentada a sentença em cartório pelo Juiz Eleitoral,
passará a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição
de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral. Em não se tratando de
matéria constitucional, qualquer candidato, qualquer partido político ou
qualquer coligação poderá recorrer.

17. (Juiz, TJ-AP, 2009, FCC). A respeito da arguição de inelegibilidade


e da impugnação de registro de candidatura, é correto afirmar:
A) A partir da data em que terminou o prazo para impugnação de
registro de candidato, passa a correr, independentemente de qualquer
notificação, o prazo de 10 dias para contestação.
B) A arguição de inelegibilidade será feita perante o Tribunal Superior
Eleitoral, quando se tratar de candidato a Deputado Federal.
C) Caberá a qualquer candidato, partido político, coligação ou ao
Ministério Público, no prazo de 10 dias, contando da publicação do pedido
de registro de candidato, impugna-lo em petição fundamentada.
D) A impugnação de registro de candidatura por parte do candidato,
partido político ou coligação, impede a ação do Ministério Público no mesmo
sentido, posto que, nesse caso, atua como fiscal da lei.
E) Na impugnação de pedido de registro de candidato, o impugnante
especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a
veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo
de seis.
18. (Analista Judiciário - Administrativa, TRE-MT, 2015, CESPE).
Nos termos do CE, os pedidos de registro de candidatura para o cargo de
senador devem ser formulados no:
A) Juízo eleitoral.
B) Senado Federal.
C) Supremo Tribunal Federal.
D) Tribunal Superior Eleitoral. 
E) Tribunal Regional Eleitoral.

19. (Procurador da República, PGR, 2011). Relativamente à Ação de


Impugnação de Registro de Candidatura, assinale a alternativa errada:
A) uma de suas hipóteses de cabimento é atacar a incidência de causa
de inelegibilidade de candidato;
B) a competência para processar e julgar impugnação contra registro de
candidatura ao Senado Federal pertence ao Tribunal Regional Eleitoral onde
foi requerida o referido registro;
C) a impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação,
não impede a ação do Ministério Público Eleitoral no mesmo sentido;
D) pode ser ajuizada desde a publicação do registro da candidatura do
candidato até o dia da eleição.

20. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-SC, 2011, PONTUA).


NÃO está de acordo com a disciplina legal acerca do registro de
candidatura, a seguinte alternativa:
A) Compete aos juízes eleitorais o deferimento do registro de candidatos
a Prefeitos, Vice-prefeitos e Vereadores.
B) Nas eleições proporcionais, o partido não coligado poderá registrar
até 150% do número de vagas a preencher.
C) Para o registro de candidaturas às eleições proporcionais, a lei exige
que cada candidato indique seu nome completo e até três variações
nominais com as quais deseja ser identificado.
D) A Candidatura nata, que consiste na garantia de o candidato detentor
de mandato de Deputado Federal, Distrital, Estadual ou Vereador, e aos que
tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que
estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para o mesmo
cargo pelo partido a que esteja filiado, é situação jurídica em vigor no
sistema eleitoral pátrio.
21. (Procurador, Câmara Municipal de Bertolínia - PI , 2016,
Instituto Legatus). Da decisão que julga o pedido de registro de
candidatura cabe recurso no prazo de:
A) 10 (dez) dias.
B) 24 (vinte e quatro) horas.
C) 48 (quarenta e outo) horas.
D) 3 (três) dias.
E) 5 (cinco) dias.

22. (Juiz, TJ-SP, 2014, VUNESP). Assinale a opção correta


relativamente à substituição de candidatura.
A) A substituição de candidatura é vedada na hipótese em que o
candidato tiver o seu registro indeferido.
B) A substituição de candidatura é vedada na hipótese em que o
candidato a ela renunciar.
C) Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a
substituição de candidatura só se fará por outro candidato do mesmo
Partido Político.
D) Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a
substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte)
dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a
substituição poderá ser efetivada após esse prazo.

23. (Analista Legislativo - Direito Constitucional, Administrativo e


Eleitoral, AL-PE, 2014, FCC). Quanto à multas aplicadas, em caráter
definitivo, pela Justiça Eleitoral, considerar-se-ão quites os candidatos que
comprovarem o parcelamento da dívida regularmente cumprido até a data:
A) da posse.
B) do deferimento do pedido de registro de candidatura.
C) da formalização do seu pedido de registro de candidatura.
D) do pleito eleitoral.
E) da diplomação.

24. (Técnico Judiciário - Administrativa, TRE-MG, 2015,


CONSULPLAN). Os Tribunais Regionais Eleitorais possuem competência
originária determinada pelo Código Eleitoral, dentre as quais encontram‐se
o registro e o cancelamento do registro das candidaturas a:
A) Prefeito.
B) Vereador.
C) Conselheiro.
D) Governador.

25. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-SE, 2015, FCC).


Os partidos políticos Alpha, Beta e Delta formaram a Coligação ABD. O
partido Delta entendeu, posteriormente, ter ocorrido irregularidade na
formação da Coligação que afetou a sua validade. Nesse caso, esse partido
poderá, isoladamente, questionar tal validade no processo eleitoral
somente:
A) durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo
final do prazo para a impugnação do registro de candidaturas.
B) até a data da convenção.
C) após o termo final do prazo para impugnação do registro de
candidaturas.
D) durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo
final do prazo para registro de candidaturas.
E) durante o período compreendido entre o termo final para registro de
candidaturas e a data da eleição.

26. (Analista Judiciário – Área Judiciária, TRE-BA, 2017, CESPE).


Considerando que tenha sido ajuizada ação de impugnação do registro de
candidatura de senador, assinale a opção correta.
A) O julgamento deverá ocorrer até a diplomação do candidato, se
eleito.
B) A competência para o julgamento da ação é do tribunal regional
eleitoral (TRE).
C) O autor da referida ação pode ser o Ministério Público eleitoral,
partido político ou coligação, qualquer candidato ou cidadão.
D) O partido político do candidato figurará como litisconsorte passivo na
ação.
E) Os suplentes figurarão como litisconsortes passivos na ação.
27. (Analista Judiciário – Área Administrativa, TRE-BA, 2017,
CESPE). No caso de candidato falecer no terceiro mês que antecede o
pleito eleitoral, a substituição do registro de sua candidatura deve ser
requerida em até
A) dez dias antes do pleito.
B) vinte dias antes do pleito.
C) trinta dias antes do pleito.
D) vinte dias após seu falecimento.
E) dez dias após seu falecimento.

28. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-PR, 2017, FCC).


Na aula de Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é
entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral que, nos processos
de registro de candidatura, o juiz eleitoral
A) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
B) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de
inelegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
C) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou
da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o
contraditório e a ampla defesa. 
D) não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade
ou da ausência de condição de elegibilidade. 
E) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido
apenas quando houver ausência de condição de elegibilidade, sem
necessidade de assegurar o contraditório e a ampla defesa. 

29. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-BA, 2010,


CESPE). Acerca do alistamento eleitoral e de demais matérias inerentes à
Resolução TSE n.º 21.538/2003, julgue o item seguinte.
Mesmo que o alistamento eleitoral se dê por processamento eletrônico, o
alistando está obrigado a apresentar em cartório, ou local previamente
designado, o requerimento de alistamento acompanhado de três fotografias.
A) Certo
B) Errado

30. (Juiz Substituto, TJ-ES, 2011, CESPE). Acerca de alistamento


eleitoral, transferência, delegados partidários perante o alistamento,
cancelamento e exclusão de eleitor, revisão e correição eleitorais, assinale a
opção correta.
A) Sempre que tiver conhecimento de alguma das causas do
cancelamento da inscrição, o juiz eleitoral determinará de ofício a exclusão
do eleitor, dispensando-se instauração de processo específico.
B) Para que o TSE determine de ofício a revisão ou correição das zonas
eleitorais, basta que o total de transferências de eleitores ocorridas no ano
em curso seja 10% superior ao do ano anterior; ou que o eleitorado seja
superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade
superior a setenta anos, do território do município; ou, ainda, que o
eleitorado seja superior a 55% da população projetada para aquele ano pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para o município.
C) Para a transferência de título eleitoral de servidor público civil,
militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção
ou transferência, não se exigem o transcurso de um ano do alistamento ou
da última transferência nem a residência mínima de três meses no novo
domicílio.
D) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será
recebido dentro dos cento e oitenta dias anteriores à data da eleição,
período considerado de suspensão do alistamento.
E) Aos delegados dos partidos políticos perante o alistamento é
facultado promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente, mas
não lhes é permitido assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo
promovida.

31. (Juiz Substituto, TJ-CE, 2012, CESPE). Assinale a opção correta


no que se refere a alistamento eleitoral, segunda via, transferência,
delegados partidários perante o alistamento, cancelamento e exclusão de
eleitor, revisão e correição eleitorais.
A) A suspensão de direitos políticos não acarreta cancelamento da
inscrição de eleitor, enquanto a perda de tais direitos gera o cancelamento
de sua inscrição.
B) A revisão do eleitorado é ordenada por tribunal regional eleitoral
quando, realizada correição em determinada zona ou município por ele
determinada, fica provada a fraude em proporção comprometedora.
C) Em caso de transferência de domicílio eleitoral para unidade da
Federação diversa da originária, o número de inscrição do eleitor será
alterado.
D) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral, transferência ou
segunda via deve ser recebido dentro do prazo de cento e cinquenta dias
anteriores à data da eleição.
E) Os partidos têm legitimidade para requerer, por seus delegados, a
exclusão de qualquer eleitor, não detendo legitimidade, entretanto, para
assumir a defesa de eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.

32. (Analista de Projetos Organizacionais - Jurídica, ALGÁS, 2017,


IESES). Assinale a alternativa INCORRETA:
A) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios aos maiores de 16
(dezesseis) anos. 
B) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de
70 (setenta) anos. 
C) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos. 
D) Uma das condições de elegibilidade é a nacionalidade brasileira.

33. (Analista Judiciário - Área Administrativa, TRE-GO, 2015,


CESPE). Julgue o item seguinte, referentes ao alistamento eleitoral, ao
cancelamento da inscrição eleitoral e exclusão do eleitor do cadastro
nacional de eleitores.
Alistamento eleitoral é o ato jurídico pelo qual a pessoa natural adquire,
perante a justiça eleitoral, capacidade eleitoral ativa e passa a integrar o
corpo de eleitores de determinada zona e seção eleitoral.
A) Certo
B) Errado

34. (Delegado de Polícia, PC-PE, 2016, CESPE). Com relação ao


alistamento eleitoral, à transferência de domicílio eleitoral, à segunda via da
inscrição e ao título eleitoral, assinale a opção correta à luz da Resolução
n.º 21.538/2003 do TSE.
A) Caso o título de eleitor seja inutilizado ou dilacerado, o eleitor poderá,
pessoalmente ou por meio de procurador nomeado, requerer junto ao
cartório eleitoral competente a expedição de segunda via.
B) Requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência não será
recebido no prazo de cento e cinquenta dias que antecedem a data da
eleição.
C) Nas hipóteses de transferência, de revisão ou de emissão de segunda
via do título eleitoral, a data de emissão do título será a data de inscrição
originária do alistamento do eleitor junto ao cartório eleitoral competente.
D) A pena de multa será aplicada a não alistado maior de dezoito anos
que tenha requerido sua inscrição eleitoral após completar a referida idade.
E) Caso o juiz eleitoral defira o pedido de transferência de domicílio
eleitoral de determinado eleitor, o MP Eleitoral terá competência exclusiva
para recorrer junto ao tribunal regional eleitoral, no prazo legal, após a sua
intimação.

35. (Conhecimentos Básicos - Cargos 3 a 6, TRT-7ª REGIÃO (CE),


2017, CESPE). Em conformidade com os direitos políticos previstos na
Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta a respeito do
alistamento eleitoral.
A) Durante o período do serviço militar obrigatório, o alistamento
eleitoral é facultativo para os conscritos. 
B) O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros natos
maiores de dezoito anos de idade, independentemente da escolaridade.
C) Um cidadão pode preencher os requisitos para o alistamento eleitoral
e ser inelegível como candidato.
D) O alistamento eleitoral é facultativo para os estrangeiros residentes
no Brasil

36. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, CESPE, 2015,


CESPE) Acerca do alistamento eleitoral e da organização da justiça
eleitoral, julgue o próximo item.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, os órgãos da justiça
eleitoral são: o Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais,
os juízes eleitorais e as juntas eleitorais
A) Certo
B) Errado

37. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-BA, 2010,


CESPE). Acerca do alistamento eleitoral e de demais matérias inerentes à
Resolução TSE n.º 21.538/2003, julgue o item seguinte.
O batimento ou cruzamento das informações constantes do cadastro
eleitoral configura-se como pressuposto para operações de alistamento,
transferência e revisão de inscrições de eleitores.
A) Certo
B) Errado
38. (Analista Judiciário - Área Judiciária, TRE-AC, 2015, AOCP). O
alistamento eleitoral ocorre mediante a qualificação e inscrição do eleitor.
Em relação ao tema, assinale a alternativa correta.
A) O conceito de domicílio para o Direito Eleitoral coincide com o de
domicílio para o Direito Civil.
B) O conceito de domicílio para o Direito Eleitoral é mais restrito do que
o de domicílio para o Direito Civil.
C) Caso o eleitor pretenda transferir o seu título para um novo domicílio
eleitoral, ele não poderá fazê-lo dentro dos 180 dias anteriores à eleição.
D) O conceito de domicílio para o Direito Eleitoral é mais abrangente do
que o de domicílio para o Direito Civil.

39. (Assistente Organizacional - Área Administrativa, PRODEST-


ES, 2014, VUNESP). A Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 estabelece, em seu Capítulo IV, referente aos Direitos Políticos, que o
alistamento eleitoral e o voto são facultativos para:
A) os povos indígenas, os quilombolas e as populações ribeirinhas.
B) os analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis
e menores de dezoito anos.
C) os analfabetos, os maiores de sessenta anos e os menores de quinze
anos.
D) as populações carcerárias, os enfermos crônicos e os inválidos.
E) os militares da ativa, os com direitos políticos cassados e os com
direitos políticos suspensos.

40. (Agente de Apoio - Administrativo, MPE-AM, 2013, FCC). NÃO é


condição de elegibilidade:
A) idade mínima de dezesseis anos
B) nacionalidade brasileira.
C) pleno exercício dos direitos políticos.
D) alistamento eleitoral.
E) domicílio eleitoral na circunscrição.

41. (Técnico em Informática, CONSULPLAN, Prefeitura de


Cascavel, 2016). Segundo a Constituição brasileira são condições para a
elegibilidade, EXCETO:
A) Filiação partidária.
B) Alistamento eleitoral.
C) Nacionalidade brasileira.
D) Domicílio eleitoral na circunscrição.
E) Idade mínima de 18 anos para todos os cargos públicos.

42. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-CE, 2002, FCC).


Constitui causa de cancelamento da inscrição eleitoral
A) a duplicidade de inscrições.
B) deixar de votar em duas eleições consecutivas.
C) a solicitação de segunda via do título, sem apresentar prova concreta
de extravio do originariamente expedido.
D) o deferimento do pedido de inscrição, por força de despacho proferido
após esgotado o prazo legal.
E) protocolar o pedido de alistamento cento e vinte e dois dias antes da
data da eleição.

43. (Técnico Judiciário - Enfermagem, TRE-SP, 2017, FCC).


Atenção: A questão, refere-se ao conteúdo de Noções de Direito Eleitoral.
Segundo o Código Eleitoral brasileiro, realizado o alistamento eleitoral pelo
processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não
votar em:
A) três eleições consecutivas ou não se justificar no prazo de dois
meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido,
independentemente do pagamento de multa.
B) duas eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no
prazo de dois meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter
comparecido.
C) duas eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no
prazo de três meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter
comparecido.
D) duas eleições consecutivas, não se justificar no prazo de três meses,
a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido,
independentemente do pagamento da multa.
E) três eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no
prazo de seis meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter
comparecido.
44. (Procurador da República, 2008, PGR). Os direitos políticos no
sistema constitucional-eleitoral do Brasil:
A) Compreendem o alistamento não obrigatório e o voto obrigatório,
porém o eleitor deve se vincular a uma circunscrição eleitoral havendo
relação com o seu domicilio, o qual não se confunde com o domicílio civil.
B) São exercidos apenas pelos brasileiros natos, desde que presentes os
requisitos de domicílio eleitoral, alistamento, idade mínima, ausência de
condenação criminal, condições de elegibilidade e ausência de hipóteses de
inelegibilidade.
C) Estão entre os direitos fundamentais e se manifestam, além das
eleições para os cargos públicos, através do plebiscito e referendo e a
necessidade de prévia consulta á população para a elaboração das
resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.
D) Envolve a cidadania ativa e passiva, sendo um dos pilares do Estado
democrático de direito, inexistindo possibilidade de cassação.

45. (Técnico Judiciário – Área Administrativa, TRE-SP, 2017, FCC).


Lineu completará dezesseis anos um dia antes da realização das eleições.
Preenchidos os demais requisitos, de acordo com a Resolução n°
21.538/2003 do Tribunal Superior Eleitoral, o alistamento eleitoral de Lineu
é
A) facultativo, podendo ser solicitado até o encerramento do prazo
fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, sendo que
o título surtirá efeitos na data do pedido, mesmo não tendo completado
dezesseis anos. 
B) obrigatório, devendo ser solicitado até o encerramento do prazo
fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, sendo que
o título somente surtirá efeitos com o implemento da idade de dezesseis
anos. 
C) proibido, sendo considerado inalistável em razão da idade inferior a
dezesseis anos. 
D) facultativo, podendo ser solicitado até o encerramento do prazo
fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, sendo que
o título somente surtirá efeitos com o implemento da idade de dezesseis
anos. 
E) obrigatório, podendo ser solicitado até o encerramento do prazo
fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência, sendo que
o título surtirá efeitos na data do pedido, mesmo não tendo completado
dezesseis anos.
46. (Assessor Bacharel em História, 2015, MPE-RS). No capítulo
referente aos Direitos Políticos, a Constituição Federal dispõe que são
condições de elegibilidade as seguintes, EXCETO:
A) a nacionalidade brasileira.
B) o pleno exercício dos direitos políticos. 
C) o alistamento eleitoral.
D) a idade mínima de trinta e cinco anos para Governador de Estado.
E) o domicílio eleitoral na circunscrição. 

47. (Juiz, TJ-AC, 2012, CESPE). No que se refere a registro de


candidatura e sua impugnação, assinale a opção correta.
A) O juiz eleitoral deve apresentar em cartório, em até dez dias após a
conclusão dos autos, a sentença relativa a pedidos de registro de
candidatos a eleições municipais.
B) O pedido de registro do candidato e sua impugnação são processados
nos próprios autos dos processos dos candidatos e são julgados em uma só
decisão.
C) O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os
atos relativos à campanha eleitoral, e seu nome será mantido na urna
eletrônica enquanto ele estiver sob essa condição, desde que seu recurso
seja recebido no efeito suspensivo.
D) As impugnações do pedido de registro de candidatura e as questões
referentes a homonímias e notícias de inelegibilidade devem ser
processadas em autos apartados.
E) Encerrado o prazo da dilação probatória para a impugnação de
registro de candidatura, as partes, inclusive o MP, poderão apresentar
alegações em prazo sucessivo, a começar pelo impugnante.

48. (Promotor de Justiça, MPE-RO, 2017, FMP Concursos). Assinale


a alternativa CORRETA.
A) Somente candidato, partido político ou coligação, no prazo de 5
(cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato,
poderão impugná-lo em petição fundamentada.
B) A impugnação do registro de candidatura, por parte do candidato,
partido político ou coligação, impede a ação do Ministério Público no mesmo
sentido.
C) Somente com autorização do Conselho Superior do Ministério Público,
poderá impugnar o registro de candidato o representante do Ministério
Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo,
integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária.
D) Qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos poderá, no prazo
de 5 dias contados da publicação do edital relativo ao pedido de registro,
dar notícia de inelegibilidade ao Juízo Eleitoral competente, mediante
petição fundamentada, apresentada em duas vias.
E) Após o registro de candidatura, o impugnante especificará, desde
logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do
alegado, arrolando até sete testemunhas, se for o caso. 

49. (Técnico Judiciário - Área Administrativa, TRE-RJ, 2017,


CONSULPLAN). “A Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, regula,
dentre outros temas, as Convenções para a escolha dos candidatos. Sobre o
citado tema, estatui a referida norma que a escolha dos candidatos pelos
partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de
____________________ do ano em que se realizarem as eleições,
lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça
Eleitoral, publicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de
comunicação.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
A) 10 a 4 de junho
B)  12 a 30 de junho
C)  5 de junho a 10 de julho 
D) 20 de julho a 5 de agosto

50. (Promotor de Justiça, MPE-AC, 2014, CESPE). Considere que, no


exercício do mandato de senador, Ivo seja escolhido pela coligação
integrada por seu partido para disputar o cargo de prefeito no ano de 2016.
Em face dessa situação, assinale a opção correta à luz das disposições
constitucionais e da legislação eleitoral hoje em vigor.
A) Se o pedido de registro da candidatura for indeferido e o partido
renunciar ao direito de preferência, Ivo poderá ser substituído por filiado a
qualquer partido integrante da coligação em até dez dias contados da
notificação da decisão judicial.
B) O pedido de registro da candidatura de Ivo deve ser apresentado pela
coligação ao juiz eleitoral até às 18 horas do nonagésimo dia anterior à data
marcada para a eleição.
C) Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de Ivo,
ele mesmo pode fazê-lo perante o TRE, observado o prazo máximo de 48
horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela justiça eleitoral.
D) A impugnação ao pedido de registro de candidatura de Ivo pode ser
feita por candidato, partido político, coligação, MP, ou qualquer eleitor, em
petição fundamentada.
E) Se o pedido de registro da candidatura for indeferido, Ivo poderá
efetuar atos relativos à campanha eleitoral, e seu nome poderá ser mantido
na urna eletrônica, ficando a validade dos votos a ele atribuídos
condicionada a registro válido de substituto.
5- GABARITO

Gabarito 1: C Gabarito 23: C Gabarito 45: D

Gabarito 2: B Gabarito 24: D Gabarito 46: D

Gabarito 3: A Gabarito 25: A Gabarito 47: B

Gabarito 4: E Gabarito 26: B Gabarito 48: D

Gabarito 5: C Gabarito 27: E Gabarito 49: D

Gabarito 6: A Gabarito 28: C Gabarito 50: A

Gabarito 7: D Gabarito 29: B

Gabarito 8: E Gabarito 30: C

Gabarito 9: C Gabarito 31: B

Gabarito 10: C Gabarito 32: A

Gabarito 11: B Gabarito 33: A

Gabarito 12: A Gabarito 34: B

Gabarito 13: E Gabarito 35: C

Gabarito 14: D Gabarito 36: A

Gabarito 15: E Gabarito 37: A

Gabarito 16: C Gabarito 38: D

Gabarito 17: E Gabarito 39: B

Gabarito 18: E Gabarito 40: A

Gabarito 19: D Gabarito 41: E

Gabarito 20: D Gabarito 42: A

Gabarito 21: D Gabarito 43: E

Gabarito 22: D Gabarito 44: D


6- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ALMEIDA NETO, Manoel Carlos. Direito Eleitoral Regulador. 1ª ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

BAHIA, Flávia. Descomplicando Direito Constitucional. 3ª edição,


Recife: Armador, 2017.

BARREIROS NETO, Jaime. Direito Eleitoral. 8ª ed. revista e atualizada,


Salvador: Juspodivm, 2018.

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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
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