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ANÁLISE NUTRICIONAL E ÁREA FOLIAR DE MUDAS DE JACARANDÁ-DA-BAHIA

(Dalbergia nigra Vellozo) ESTABELECIDOS EM SISTEMA SILVIPASTORIL, EM


RESPOSTA A ADUBAÇÃO FOSFATADA E NITROGENADA
Plano de Trabalho nº: 6485

RODRIGUES, M.C. (Estudante de IC); OLIVEIRA, C.H. (Orientador); SILVA, E. C.; GOMES, R.;
GODINHO, T. O.; ANDREOLLA, V.R.M.. Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Ibatiba,
matheusifes2017@gmail.com

Na atualidade, um dos maiores desafios que o ramo da Ciência Agrária e da Ciência Florestal tem enfrentado
é o aperfeiçoamento de técnicas para recuperação de áreas abandonadas em estado de degradação, sendo que
em muitas delas, os solos estão expostos ao efeito de inúmeras variáveis, considerando os fatores naturais e a
própria interferência causada pelo homem. As pastagens da região sul capixaba encontram-se em alto nível de
degradação e uma forma de minimizar esses impactos ambientais seria por meio da arborização de pastagens,
formando os chamados sistemas silvipastoris. A Dalbergia nigra (Vellozo) Freire Allemao ex Bentham
(jacarandá-da-Bahia), por ser uma espécie leguminosa, mostra-se promissora nestes sistemas, pois além de
melhorar a fertilidade do solo, aumenta a disponibilidade de nitrogênio para as forrageiras herbáceas. O plantio
das espécies florestais nativas na maioria das vezes ocorre com uma adubação genérica para todas as espécies,
isso pode acarretar menor crescimento das árvores, seja pela falta ou excesso de macro ou micronutrientes.
Nos sistemas silvipastoris a entrada dos animais no consórcio ocorre quando as árvores atingem um diâmetro
que resista ao contato com os animais e alturas das copas superior ao seu alcance. Assim, o objetivo do trabalho
foi avaliar o aumento de doses de nitrogênio e fósforo na adubação de arranque, de forma a acelerar o
crescimento das árvores no sistema silvipastoril, antecipando assim a entrada dos animais nestes sistemas. Para
isso foram analisadas a influencias das doses na produção de área foliar e a concentração de macro e micro
nutrientes nas folhas das árvores em cada tratamento. O estudo foi desenvolvido na região sul do estado do
Espírito Santo, no município de Cachoeiro de Itapemirim, distrito de Pacotuba, na fazenda do Incaper, em uma
área de pastagem. O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados com três repetições,
sendo a parcela útil de duas linhas com 8 árvores cada, totalizando 16 árvores por parcela, no espaçamento de
6x2 m. As adubações básicas dos experimentos foram de 50 g de KCl, e 1 g de B, 1 g de
Zn, 0,5 g de Cu e 0,1 g de Mo por planta. As adubações de fósforo e nitrogênio foram compostas por
combinações de 4 doses de P (15, 30, 45 e 60 g /cova de P2O5) com 4 doses de N (30, 60, 90 e 120 g/cova
de ureia). Os demais fertilizantes permaneceram constantes em todos os tratamentos. O nitrogênio foi
dividido em três aplicações na forma de ureia, no plantio, 30 e 60 dias. As fontes de P, N foram,
respectivamente, supersimples e ureia, as quais foram aplicadas em covas laterais. Aos 180 dias foram
amostradas uma planta de cada repetição, por tratamento, ambos com tamanho próximo da média quanto a
altura e diâmetro do coleto, para avaliação da área foliar e nutricional das folhas. A biomassa total de folhas,
foram levadas ao laboratório de Florestas do Ifes –Campus Ibatiba e escaneadas no aparelho de área foliar para
determinação da área foliar total de cada árvore, as folhas foram secas em estufa e posteriormente enviadas
para laboratório especializado para sua análise química. Os dados de área foliar e nutricional foram submetidos
a análise de variância a 5% de significância e quando significativo foram analisadas pelo teste de Tukey a 95%
de confiança. Na adubação fosfatada e nas áreas foliares das plantas não foram observadas diferenças
significativas entre os tratamentos avaliados. Na análise nutricional nitrogenada apenas nos nutrientes K e Mg
as concentrações foram significamente maiores na dosagem de 120 g/cova de ureia. Assim, podemos concluir
que a Dalbergia nigra é uma espécie pouco exigente quanto a fertilização e não responde a doses elevadas de
adubos fosfatados e nitrogenados quanto ao acúmulo de nutrientes nas folhas e produção de área foliar.

Palavras-chave: fertilizantes, acúmulo de nutrientes, espécie nativa, reflorestamento.

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