Você está na página 1de 4

Direito Penal

Teoria geral do crime:


erro de proibição
Lorem ipsum



concursos
Direito Penal
Teoria geral do crime - erro de proibição

Apresentação
Olá aluno,

Sou o Professor Thiago Pacheco. Delegado de Polícia em Minas Gerais, Professor


da ACADEPOL/MG e cursos preparatórios, Coordenados do Plano de Aprovação - Coaching e
Mentoria para Concursos Públicos.

Sumário

Conceito analítico do crime.................................................................................................................3

/aprovaconcursos /aprovaconcursos /aprovaconcursos

/aprovaconcursos /aprovaquestoes /aprovaconcursos


Direito Penal
Teoria geral do crime - erro de proibição

Conceito analítico do crime

Erro de proibição
Exclui a “potencial consciência da ilicitude” prescrito no art. 21 do CP:
“Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude
do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um
sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se
omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência”.
Apesar de não ser possível alegar o desconhecimento da lei como causa de exclusão do crime, é
possível, todavia, que o agente, mesmo conhecendo a lei, incida em erro quanto à proibição do seu
comportamento, valorando equivocadamente a reprovabilidade da sua conduta, podendo acarretar
a exclusão da culpabilidade.

3
Direito Penal
Teoria geral do crime - erro de proibição

O erro de proibição pode ser:


a. Escusável: ocorre quando o agente atua ou se omite sem ter a consciência da ilicitude do fato em situação
na qual não é possível lhe exigir que tenha essa consciência.
Consequência: afasta a culpabilidade.
b. Inescusável: previsto no parágrafo único do art. 21 do CP, “se o agente atua ou se omite sem a consciência
da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência”.
Consequência: há crime, mas, diminui a pena (de um sexto a um terço).

Como saber se o erro é escusável ou inescusável?


Considera-se as características pessoais, tais como a idade, grau de instrução, local em que
vive e os elementos culturais que permeiam o meio no qual sua personalidade foi formada (não se
aplica o critério da “substituição hipotética do homem médio”).
Nesse sentido, podemos apontar duas situações exemplificando o erro de proibição:
a. o agente, apesar de ignorar a lei, conhecia a reprovabilidade da sua conduta.
Exemplo: José, mesmo sabendo que homicídio é crime, acredita que o tipo não alcança a eutanásia.
b. o agente ignora a lei e a ilicitude do fato.
Exemplo: José fabrica açúcar em casa, não imaginando que seu comportamento é reprovável, muito
menos crime previsto no art. 1º do Decreto-Lei nº 16/66.

Espécies de erro de proibição:


a. Erro de proibição DIRETO: o agente se equivoca quanto ao conteúdo de uma norma proibitiva, porque ignora
a existência do tipo incriminador; porque não conhece completamente seu conteúdo, ou porque não entende
seu âmbito de incidência.
Ex: turista holandês, consumidor contumaz de maconha em seu país de origem, acredita ser possível
utilizar a droga no Brasil, equivocando-se quanto ao caráter proibido da sua conduta.
b. Erro de proibição INDIRETO: Também chamado de descriminante putativa por erro de proibição, o agente
sabe que a conduta é típica, mas supõe presente uma norma permissiva, ora supondo existir uma causa
excludente da ilicitude, ora supondo estar agindo nos limites da descriminante.
Ex: José, traído por sua esposa, acredita estar autorizado a matá-la para defender sua honra ferida.

Você também pode gostar