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Geraldo Miranda
Medicina Legal
Aula: Lesão corporal
Medicina Legal
Olá Pessoal,
conceito é tido por exclusão, isto é, as lesões leves não apresentam nenhum
resultado estabelecido nos §§ 1°, 2° e 3°, do art. 129 do CP. São
representadas frequentemente por danos superficiais comprometendo a pele, a
hipoderme, os vasos arteriais e venosos capilares ou pouco calibrosos - ex.: o
desnudamento da pele ou escoriação, o hematoma, a equimose (Fig. 01), ferida
contusa, luxação, edema, torcicolo traumático; choque nervoso, convulsões ou
outras alterações patológicas congêneres.
Fig. 01
não for socorrido adequadamente, em tempo hábil. Ex.: hemorragia por seção
de vaso calibroso, prontamente coibida; traumatismo cranioencefálico, feridas
penetrantes do abdome, lesão de lobo hepático, comoção medular,
queimaduras em áreas extensas corporais, colapso total de um pulmão etc.
1.4. Concausas
Concausas preexistentes
Concausas supervenientes
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido
incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da
autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério
Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo
de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no
art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de
30 dias, contado da data do crime.
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova
testemunhal.
Vejam o caso da fotografia abaixo (fig. 2): uma presidiária passou uma
navalha no pescoço de outra presidiária, resultando uma lesão cortante (ou
incisa). Ela já tinha sido suturada quando se fez o primeiro exame, mas deve-se
aguardar o processo de cicatrização para ser avaliada novamente.
Fig. 02
RESPOSTA C
globos oculares, restando, portanto, o outro olho com o qual poderia enxergar.
Entretanto, o voto preponderante asseverou que a natureza gravíssima se
justifica em virtude da deformidade permanente causada no rosto da vítima,
fato comprovado por prova pericial. (TJDFT 20110020029953RVC, julgamento
28/03/2011).
ERRADO. A questão tem dois erros: primeiro que não se deve concluir uma
lesão em evolução pois o perito deve avaliar a existência de sequelas e suas
consequências. Segundo, que há previsão de outros exames no artigo 181 do
CPP:
RESPOSTA D
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o
resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
RESPOSTA B. Depois de tudo que vimos a questão ficou fácil não é? A Banca
deu várias dicas “extensa cicatriz”, “natureza gravíssima”, “constrangido
publicamente”. É claro que houve deformidade permanente. Essas questões
têm que ser claras, porque olhando o paciente, às vezes ficamos na dúvida,
imagine fazendo uma questão de prova!
Geraldo Miranda
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E E A C NULA E C D D
11 12
B B