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Direito Penal

Teoria geral do crime: erro determinado


por terceiro e erro sobre a pessoa
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Direito Penal
Teoria geral do crime - erro determinado
por terceiro e erro sobre a pessoa

Apresentação
Olá aluno,

Sou o Professor Thiago Pacheco. Delegado de Polícia em Minas Gerais, Professor


da ACADEPOL/MG e cursos preparatórios, Coordenados do Plano de Aprovação - Coaching e
Mentoria para Concursos Públicos.

Sumário

Conceito analítico do crime.................................................................................................................3

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Direito Penal
Teoria geral do crime - erro determinado por terceiro e erro sobre a pessoa

Conceito analítico do crime

Erro determinado por terceiro


Previsto no art. 20, §2º, do Código Penal:
Erro sobre elementos do tipo
“Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
[...]
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro”.
Obs: no erro de tipo, o agente erra por conta própria. Já no art. 20, §2º, o agente erra induzido por
terceira pessoa.
Trata-se de erro induzido, figurando necessariamente dois personagens: o agente provocador e
o agente provocado.
Erro não espontâneo que leva o agente provocado à prática do delito.
Tem como consequência a punição do agente provocador, na condição de autor mediato.
Se o erro foi determinado dolosamente, o agente responderá pelo crime na modalidade dolosa;
se foi determinado culposamente, responderá por crime culposo.
O agente provocado (autor imediato), em regra, não responderá por crime. Todavia, caso tenha
agido com dolo ou culpa, responderá também pelo delito.
Exemplo: médico, com intenção de matar seu paciente, induz dolosamente a enfermeira a ministrar
dose letal ao enfermo.
O médico (autor mediato) responderá por homicídio doloso, enquanto a enfermeira (autora
imediata), em regra, fica isenta de pena, salvo se demonstrado a negligência (em sentido amplo),
hipótese em que será responsável a título de culpa.

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Direito Penal
Teoria geral do crime - erro determinado por terceiro e erro sobre a pessoa

Erro sobre a pessoa


Previsto no art. 20, §3º, do CP:

Erro sobre elementos do tipo


“Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
[...]
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso,
as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime”.

É espécie de erro de tipo acidental.


Nesta espécie, há uma equivocada representação do objeto material (pessoa) visado pelo agente.
Por conta desse erro, o agente acaba por atingir pessoa diversa.
Percebe-se a existência de ao menos dois personagens como vítima: vítima real (pessoal real-
mente atingida) e vítima virtual (pessoa que se pretendia atingir).
No momento da da execução, o agente confunde ambas.

CUIDADO

Não há erro na execução, mas apenas na representação da pessoa. Não há, por
exemplo, falha de pontaria.

Exemplo: o agente espera seu pai abrir a porta para matá-lo. Pensando ser o seu
genitor entrando na casa, prontamente atira contra o mesmo. Contudo, percebe
que atirou em seu tio, irmão gêmeo de seu pai.

CONSEQUÊNCIA: o agente será responsabilizado pelo crime, com a ressalva de que


serão consideradas as qualidades e características da vítima pretendida.

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