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CG150 Titan KS · ES · ESD

CG150 SPORT · JOB


ATENÇÃO!
Coloração do Escapamento Nível de Óleo
Verifique o nível de óleo do motor
O maior desempenho do motor
da CG150 Titan e principalmente diariamente, antes de pilotar a
da CG150 Sport faz com que motocicleta, e adicione se necessário.
o conjunto do escapamento Consulte a página 6-6 para mais
assuma uma tonalidade ama- informações.
relada ou mesmo azulada com
a utilização da motocicleta, o
que é absolutamente normal.
A mudança da tonalidade da CG150 Titan
cor e manchas do conjunto do Marca superior
escapamento NÃO são cobertas Marca inferior
pela garantia, pois são caracte-
rísticas dos modelos.

Regiões sujeitas a
alteração de coloração CG150 Sport

Revisões Periódicas
Efetue as revisões periódicas dentro dos prazos recomendados e SOMENTE nas Concessionárias Autorizadas Honda.
A garantia de sua motocicleta será cancelada se qualquer das revisões periódicas for realizada em oficinas independentes
ou multimarcas.
Verifique no final deste manual a listagem completa de Concessionárias Autorizadas Honda, ou ligue para 0800-7013432.
Parabéns por escolher uma motocicleta Honda. Quando você adquire uma Honda, automaticamente
passa a fazer parte de uma família de clientes satisfeitos, ou seja, de pessoas que apreciam a responsabi-
lidade da Honda em produzir produtos da mais alta qualidade.

Sua motocicleta é uma verdadeira máquina de precisão. E como toda máquina de precisão, necessita de
cuidados especiais para garantir um funcionamento tão perfeito como aquele apresentado ao sair da
fábrica.

As concessionárias autorizadas Honda terão a maior satisfação em ajudá-lo a manter e conservar sua
motocicleta. Elas estão preparadas para oferecer toda a assistência técnica necessária com pessoal
treinado pela fábrica, peças e equipamentos originais.

Leia atentamente este manual do proprietário. Ele contém informações básicas para que sua Honda seja
bem cuidada, desde a inspeção diária até a manutenção periódica, além de apresentar instruções sobre
funcionamento e pilotagem segura.

Aproveitamos a oportunidade para agradecer a escolha de uma Honda e desejamos que sua motocicleta
possa render o máximo em economia, desempenho, emoção e prazer.

MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA.


CG150 Titan KS•ES CG150 Titan ESD

CG150 Sport CG150 Job

Todas as informações, ilustrações e especificações incluídas nesta publicação são baseadas nas informações mais recentes
disponíveis sobre o produto no momento de autorização da impressão.
A Moto Honda da Amazônia Ltda. se reserva o direito de alterar as características da motocicleta a qualquer tempo e
sem aviso prévio, sem que por isso incorra em obrigações de qualquer espécie.
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida sem autorização por escrito.
ÍNDICE 1-1
INTRODUÇÃO 2-1 PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO 5-1
Notas importantes ...................................... 2-1 Pilotagem com segurança ........................... 5-1
Assistência ao cliente .................................. 2-3 Acessórios e carga ...................................... 5-4
Dados dos proprietários .............................. 2-4 Inspeção antes do uso ................................. 5-6
Partida do motor ......................................... 5-7
LOCALIZAÇÃO DE COMPONENTES 3-1
Amaciamento ........................................... 5-10
COMANDOS E EQUIPAMENTOS 4-1 Pilotagem ................................................. 5-11
Instrumentos e indicadores ......................... 4-1 Frenagem ................................................ 5-12
Indicador de combustível ............................ 4-2 Estacionamento ........................................ 5-13
Interruptor de ignição ................................. 4-2 Como prevenir furtos ................................ 5-14
Chaves ....................................................... 4-3 Vibrações ................................................. 5-14
Bloqueador da ignição ............................... 4-3
Comutador do farol .................................... 4-4 MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-1
Interruptor das sinaleiras ............................ 4-4 Plano de manutenção preventiva ............... 6-1
Interruptor da buzina .................................. 4-4 Cuidados na manutenção ........................... 6-4
Interruptor de partida ................................. 4-4 Jogo de ferramentas ................................... 6-4
Trava da coluna de direção ........................ 4-5 Filtro de ar ................................................. 6-5
Espelhos retrovisores .................................. 4-5 Respiro do motor ........................................ 6-6
Tampa lateral direita .................................. 4-5 Óleo do motor ........................................... 6-6
Tampa lateral esquerda .............................. 4-6 Vela de ignição ........................................... 6-8
Suporte do capacete ................................... 4-7 Folga das válvulas ...................................... 6-9
Porta-objetos .............................................. 4-7 Embreagem .............................................. 6-10
Ganchos retráteis ....................................... 4-8 Acelerador ............................................... 6-11
Registro de combustível .............................. 4-8 Marcha lenta ............................................ 6-11
Tubo de drenagem do carburador .............. 4-9 Corrente de transmissão ........................... 6-12
Tanque de combustível ............................... 4-9
1-2 ÍNDICE
Guia da corrente de transmissão .............. 6-16 PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 9-1
Cavalete lateral ....................................... 6-16 Economia de combustível ........................... 9-2
Suspensão ................................................ 6-17 Nível de ruídos ........................................... 9-3
Freios ....................................................... 6-18 Programa de controle de poluição do ar .... 9-4
Interruptor da luz do freio ......................... 6-21 Controle de emissões ................................. 9-4
Pneus ....................................................... 6-22
Roda dianteira .......................................... 6-25 ESPECIFICAÇÕES 10-1
Roda traseira ............................................ 6-27 Identificação da motocicleta ..................... 10-6
Bateria ..................................................... 6-29
Fusíveis .................................................... 6-30 MANUAL DO CONDUTOR
Lâmpadas ................................................ 6-32
Farol ........................................................ 6-34
CONCESSIONÁRIAS AUTORIZADAS HONDA
LIMPEZA E CONSERVAÇÃO 7-1
Cuidados com a motocicleta ...................... 7-1
Lavagem .................................................... 7-1
Conservação de motocicletas inativas ........ 7-3

TRANSPORTE 8-1
Reboque ..................................................... 8-2
INTRODUÇÃO 2-1
Notas importantes P Ao longo do manual você encon- Limpeza, conservação de mo-
trará informações importantes tocicletas inativas e oxidação
P As ilustrações apresentadas no colocadas em destaque, como
manual são dos modelos mostrado abaixo. Leia-as aten- ATENÇÃO
CG150 Titan KS e/ou CG150 tamente.
P Os procedimentos descritos
Titan ESD, e destinam-se a fa-
no capítulo 7 são fundamen-
cilitar a identificação dos com- ! CUIDADO tais para manter a motocicle-
ponentes. Elas podem diferir
Indica, além da possibilidade de ta em perfeitas condições de
um pouco dos componentes de
dano à motocicleta, risco ao pi- uso e aumentar sua vida útil.
sua motocicleta.
loto e ao passageiro se as ins- Siga rigorosamente as instru-
P Este manual deve ser conside- ções apresentadas.
rado parte permanente da mo- truções não forem seguidas.
P Materiais de limpeza e cuida-
tocicleta, devendo permanecer
dos inadequados podem da-
com a mesma em caso de re-
ATENÇÃO nificar sua motocicleta.
venda. P Danos causados pela conser-
P Esta motocicleta foi projetada Indica a possibilidade de dano vação inadequada da moto-
para transportar piloto e pas- à motocicleta se as instruções cicleta não são cobertos pela
sageiro (CG150 Titan KS•ES• não forem seguidas. garantia.
ESD•CG150 Sport) ou piloto e
carga (CG150 Job). Nunca ex- NOTA
ceda a capacidade máxima de Fornece informações úteis.
carga (pág. 5-5) e verifique
sempre a pressão recomenda-
da para os pneus (pág. 6-22). Abreviações:
P Esta motocicleta foi projetada K S : Kickstarter (Pedal de Partida)
para ser pilotada somente em E S : Electric Starter
estradas pavimentadas. (Partida Elétrica)
E S D : Electric Starter, Disk (Partida
Elétrica, Freio a Disco)
2-2 INTRODUÇÃO
Garantia P descoloração, manchas e alte- Aquecimento do motor
A garantia Honda é concedida ração nas superfícies pintadas Como a motocicleta é arrefecida
pelo período de 1 ano sem limite ou cromadas (exemplo: esca- a ar, é necessária a troca de calor
de quilometragem a partir da pamento); com o ambiente. Por isso, evite
data de compra, dentro das se- P corrosão do produto. andar em velocidades baixas por
guintes condições: Veja o verso do Certificado de Ga- longos períodos ou deixar a mo-
1. Todas as revisões periódicas rantia para mais informações. tocicleta ligada, quando parada,
devem ser executadas somen- para evitar o superaquecimento
te nas concessionárias autori- Revisões gratuitas do motor.
zadas Honda. As revisões gratuitas (1.000 km e
2. Não devem ser instalados Gasolina adulterada
4.000 km) serão efetuadas pela
acessórios não originais. quilometragem percorrida com O uso de gasolina de baixa qua-
3. Não são permitidas alterações tolerância de 10% (até 1.100 km lidade ou adulterada pode:
não previstas ou não autoriza- e até 4.400 km) ou pelo período P diminuir o desempenho da mo-
das pelo fabricante nas carac- após a data de compra da moto- tocicleta;
terísticas da motocicleta. cicleta (6 meses ou 12 meses, o P aumentar o consumo de com-
que ocorrer primeiro). bustível e óleo;
Itens não cobertos pela garan- P comprometer a vida útil do mo-
tia Honda: Nível de óleo do motor tor e causar o seu travamento
P peças de desgaste natural, como Sempre verifique o nível de óleo em casos extremos.
vela de ignição, pneus, câma- do motor, antes de pilotar a moto-
ras de ar, lâmpadas, bateria, cicleta, e adicione se necessário. Defeitos decorrentes do uso de
corrente de transmissão, pinhão, combustível inadequado não
coroa, lonas e pastilhas de freio, Consulte a página 6-6 para mais serão cobertos pela garantia.
sistema de embreagem e cabos informações.
em geral;
INTRODUÇÃO 2-3
Assistência ao cliente
A Honda se preocupa não só em oferecer motocicletas econômicas e de excelente qualidade e desem-
penho, mas também em mantê-las em perfeitas condições de uso, contando para isso com uma rede de
concessionárias autorizadas. Consulte sempre uma de nossas concessionárias autorizadas toda vez que
tiver dúvidas ou houver necessidade de efetuar algum reparo.
Caso o atendimento não tenha sido satisfatório, notifique o Gerente de Serviços da concessionária.
Anote o nome do Gerente de Pós-Venda ou Gerente Geral para sua referência.
Se ainda assim o problema não for solucionado, entre em contato com o Serviço de Atendimento ao
Cliente Honda, que tomará as providências para assegurar sua satisfação.

NOTA
Para facilitar o atendimento, tenha em mãos as seguintes informações:
P nome, endereço e telefone do proprietário;
P número do chassi;
P ano e modelo da motocicleta;
P data de aquisição e quilometragem da motocicleta;
P concessionária na qual efetuou o serviço.

SAC
Serviço de Atendimento ao Cliente
08000 55 22 21
Horário de atendimento
Segunda a sexta-feira das 08h30 às 18h (dias úteis)
2-4 INTRODUÇÃO
Dados dos proprietários
o o o
Preencha os quadros abaixo com os dados dos 1 , 2 e 3 proprietários.

Nome:
Endereço:
Cidade:
Estado:
CEP:
Tel:
Data da compra:

Nome:
Endereço:
Cidade:
Estado:
CEP:
Tel:
Data da compra:

Nome:
Endereço:
Cidade:
Estado:
CEP:
Tel:
Data da compra:
LOCALIZAÇÃO DE COMPONENTES 3-1
CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job
1. Espelho retrovisor 9. Interruptor de partida (CG150 Titan ES•ESD)
2. Comutador do farol 10. Reservatório de fluido do freio dianteiro
3. Velocímetro (CG150 Titan ESD)
4. Bloqueador da ignição 11. Tampa do tanque de combustível
5. Interruptor de ignição 12. Interruptor da buzina
6. Indicadores 13. Interruptor das sinaleiras
7. Alavanca do freio dianteiro 14. Alavanca da embreagem
8. Manopla do acelerador

1 1

3
6
2
14 4 5 7
13
12 8

CG150 Titan ES•ESD

10
11

9
3-2 LOCALIZAÇÃO DE COMPONENTES
CG150 Sport
1. Espelho retrovisor 9. Reservatório de fluido do freio dianteiro
2. Comutador do farol 10. Alavanca do freio dianteiro
3. Alavanca do afogador 11. Manopla do acelerador
4. Velocímetro 12. Interruptor de partida
5. Bloqueador da ignição 13. Tampa do tanque de combustível
6. Interruptor de ignição 14. Interruptor da buzina
7. Tacômetro 15. Interruptor das sinaleiras
8. Indicadores 16. Alavanca da embreagem

1 1

4 7
8 9
3
16 2 10
15 5 6
14 12 11

13
LOCALIZAÇÃO DE COMPONENTES 3-3
CG150 Titan KS•ES•CG150 Job
1. Porta-objetos 7. Tampa/vareta medidora do nível de óleo
2. Tubo de respiro do motor 8. Pedal de apoio do passageiro (exceto CG150 Job)
3. Filtro de ar 9. Ajustador do amortecedor traseiro
4. Pedal de partida (CG150 Titan KS•CG150 Job) 10. Gancho (exceto CG150 Job)
5. Pedal do freio traseiro 11. Alça traseira (exceto CG150 Job)
6. Pedal de apoio do piloto 12. Bagageiro traseiro

CG150 Job

4
12 1
2 3

11

10

5
9 7 6
8
3-4 LOCALIZAÇÃO DE COMPONENTES
CG150 Titan KS•ES•CG150 Job
1. Registro de combustível 8. Pedal de apoio do passageiro (exceto CG150 Job)
2. Alavanca do afogador 9. Cavalete lateral
3. Bateria/fusível 10. Cavalete central
4. Alça traseira (exceto CG150 Job) 11. Pedal de apoio do piloto
5. Suporte do capacete 12. Bujão de drenagem do óleo do motor
6. Gancho (exceto CG150 Job) 13. Pedal de câmbio
7. Ajustador do amortecedor traseiro 14. Bagageiro traseiro
CG150 Job

1
3 4
2 14

13 11 9
12
10 8
LOCALIZAÇÃO DE COMPONENTES 3-5
CG150 Titan ESD
1. Porta-objetos 2 3
1
2. Tubo de respiro do motor
3. Filtro de ar
4. Pedal do freio traseiro
5. Pedal de apoio do piloto 10
6. Tampa/vareta medidora do nível de óleo
7. Pedal de apoio do passageiro 9
8. Ajustador do amortecedor traseiro
9. Gancho
10. Alça traseira 4
8 5
7 6

11
12 13
11. Registro de combustível
12. Alavanca do afogador
13. Bateria/fusível
14 14. Suporte do capacete
15. Cavalete lateral
16. Cavalete central
18 17. Bujão de drenagem do óleo do motor
18. Pedal de câmbio
15
17
16
3-6 LOCALIZAÇÃO DE COMPONENTES
CG150 Sport
1. Porta-objetos 1
2
2. Filtro de ar
3. Pedal do freio traseiro
4. Tampa/vareta medidora do nível de óleo
9
5. Pedal de apoio do piloto
6. Pedal de apoio do passageiro
7. Ajustador do amortecedor traseiro
8
8. Gancho retrátil
9. Alça traseira
3
7 5
4
6

10
11 10. Registro de combustível
11. Bateria/fusível
12. Suporte do capacete
13. Cavalete lateral
12
14. Pedal de câmbio

14 13
COMANDOS E EQUIPAMENTOS 4-1
5. Indicador do ponto morto (ver-
2 3 4 5 de): acende-se quando a trans- 2 4
6 3 5
1 missão está em ponto morto. 1
6. Indicador do farol alto (azul):
acende-se quando a luz alta é
acionada.
7. Indicador de combustível: in- 6
dica a quantidade de combus- 7
7
8 tível no tanque. 9 8
9 (Somente CG150 Titan ESD) 10

8. Hodômetro parcial: registra a


Instrumentos e indicadores quilometragem percorrida por (CG150 Sport)
percurso.
Localizam-se no painel de instru- 1. Velocímetro: indica a veloci-
9. Botão de retrocesso: zera o dade da motocicleta em km/h.
mentos. hodômetro parcial ao ser gi-
(CG150 Titan KS•ES•ESD• 2. Hodômetro: registra o total de
rado na direção mostrada.
CG150 Job) quilômetros percorridos pela
motocicleta.
1. Velocímetro: indica a veloci-
dade da motocicleta em km/h. 3. Indicador das sinaleiras (ver-
de): pisca quando a sinaleira
2. Hodômetro: registra o total de é ligada.
quilômetros percorridos pela
motocicleta.
3. Indicador de marcha: indica a
ATENÇÃO
velocidade máxima recomen- O motor pode ser danificado se
dada para cada marcha. o ponteiro do tacômetro atingir
4. Indicador das sinaleiras (ver- a faixa vermelha, mesmo após
de): pisca quando a sinaleira o amaciamento.
é ligada.
4-2 COMANDOS E EQUIPAMENTOS
4. Tacômetro: indica as rotações
do motor em rpm. ON
1 OFF
5. Faixa vermelha do tacômetro.
6. Indicador do farol alto (azul):
acende-se quando a luz alta LOCK
2
é acionada.
7. Indicador do ponto morto
(verde): acende-se quando a
transmissão está em ponto 1
morto.
8. Indicador de combustível: in-
dica a quantidade de com-
bustível no tanque. Indicador de combustível Interruptor de ignição (1)
9. Hodômetro parcial: registra (1) Possui três posições e encontra-se
a quilometragem percorrida abaixo do painel de instrumentos.
por percurso. Abasteça assim que o ponteiro
atingir a marca vermelha (2), o LOCK (trava): Travamento do
10. Botão de retrocesso: zera o que significa que há cerca de
hodômetro parcial ao ser gi- guidão. O motor e as luzes não
2,0 litros de combustível. podem ser acionados. A chave
rado na direção mostrada.
pode ser removida.
OFF (desligado):: O motor e as
luzes não podem ser acionados.
A chave pode ser removida.
ON (ligado):: O motor e as luzes
podem ser acionados. A chave não
pode ser removida.
COMANDOS E EQUIPAMENTOS 4-3

1
1
3

Chaves Bloqueador da ignição Para desativá-lo, encaixe a cha-


ve no bloqueador e gire-a no sen-
O número de série (1), gravado Localizado ao lado do interrup- tido horário.
nas duas chaves que acompa- tor de ignição, o bloqueador da
nham a motocicleta, é necessá- ignição (1) ajuda a prevenir fur- ATENÇÃO
rio para a obtenção de cópias. tos.
Anote-o no espaço abaixo para Por conter um segredo magné-
Para ativá-lo, remova a chave de tico, todo o conjunto do blo-
sua referência. ignição e encaixe a chave do queador deverá ser substituído
Se necessitar de cópias da cha- bloqueador (2) no bloqueador. em caso de perda da chave.
ve, procure uma concessionária Gire a chave do bloqueador no
autorizada Honda. sentido anti-horário ou mova o
o botão (3) para a posição SHUT.
N de série da chave
4-4 COMANDOS E EQUIPAMENTOS

CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job CG150 Sport

1 1

2 2
1
3 3

Comutador do farol (1) Interruptor da buzina (3) Interruptor de partida (1)


Posicione em para obter luz alta Pressione para acionar a buzina. (CG150 Titan ES•ESD•
ou em para obter luz baixa. CG150 Sport)
Localiza-se próximo à manopla
Interruptor das do acelerador e aciona o motor
sinaleiras (2) de partida ao ser pressionado.
Consulte a página 5-7 para os
Posicione em para sinalizar procedimentos de partida.
conversões à esquerda e em
para sinalizar conversões à direi-
ta. Pressione para desligar.
COMANDOS E EQUIPAMENTOS 4-5
Para travar CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job
1 A 3
2
B

C lo Par
ale ale
Par lo

Correto

Para destravar 1

Trava da coluna de direção Espelhos retrovisores Tampa lateral direita


Localiza-se no interruptor de ig- Para regular, sente-se na motoci- 1. Para remover, insira a chave
nição (1). cleta em local plano. Vire o es- de ignição (1) e gire-a no sen-
Para travar, gire o guidão total- pelho até obter o melhor ângulo tido horário.
mente à esquerda. Pressione (A) de visão, de acordo com sua al- 2. CG150 Titan KS•ES•ESD•
e gire a chave de ignição (2) para tura, peso e posição de pilota- CG150 Job:
a posição LOCK (B). Remova a gem. Puxe com cuidado a tampa la-
chave. Consulte o Manual do Condutor teral direita (2) até soltá-la das
Para destravar, gire a chave para para mais detalhes. três borrachas (3).
a posição OFF (C). CG150 Sport:
NOTA
Nunca force o espelho retrovisor Puxe com cuidado a tampa la-
! CUIDADO teral direita (2) até soltá-la das
contra a haste de suporte durante
Para evitar perda de controle da a regulagem. Se necessário, solte duas borrachas A (4) e desli-
motocicleta, não gire a chave a porca de fixação e movimente a ze-a para a frente até soltar a
para a posição LOCK durante a lingüeta (5) da borracha B (6).
pilotagem. haste para facilitar o ajuste.
4-6 COMANDOS E EQUIPAMENTOS
CG150 Sport CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job CG150 Sport
6 4 3
3

5
1
1

1
2 2 2

Para instalar, siga o procedimen- Tampa lateral esquerda Para instalar, siga o procedimen-
to inverso da remoção. to inverso da remoção.
Para remover, retire o parafuso
(1) e puxe com cuidado a tampa
lateral esquerda (2) até soltá-la
das duas borrachas (3).
COMANDOS E EQUIPAMENTOS 4-7

3 ! CUIDADO 1
1
Não pilote a motocicleta com
o capacete no suporte. Use-o
2 somente durante o estaciona-
mento. Do contrário, o capa-
cete poderá entrar em contato
com a roda traseira, causando
perda de controle.

Suporte do capacete (1) Porta-objetos (1)


Localiza-se no lado esquerdo da Localiza-se atrás da tampa late-
motocicleta, abaixo do assento. ral direita e deve ser usado para
Para destravar, insira a chave de guardar o manual do proprietá-
ignição (2) no suporte e gire-a rio, jogo de ferramentas e outros
no sentido anti-horário. Coloque objetos leves.
o capacete no suporte e pressio-
ne o pino (3) para travar. Remo- NOTA
va a chave de ignição. Ao lavar a motocicleta, tenha cui-
dado para não molhar o porta-
objetos.
4-8 COMANDOS E EQUIPAMENTOS
RES: o combustível flui da reser-
va para o carburador. Use a re-
1 serva somente após o suprimento
ON OFF RES
principal acabar. Reabasteça o
mais rápido possível.
Reserva de combustível:
aproximadamente 2 litros

1 ! CUIDADO
P Aprenda a acionar o registro
de modo que possa operá-lo
durante a pilotagem para evi-
Ganchos retráteis (1) Registro de combustível (1) tar parar, em meio ao trânsi-
(CG150 Sport) Localiza-se no lado esquerdo da to, por falta de combustível.
Localizados sob o assento, devem motocicleta, sob o tanque, e pos- P Cuidado para não tocar em

ser usados para fixar a bagagem. sui três estágios. nenhuma parte quente do
ON: o combustível flui normal- motor ao acionar o registro.
ATENÇÃO mente do suprimento principal
Nunca use os ganchos para re- para o carburador. NOTA
bocar ou levantar a motocicleta. OFF: o combustível não passa do Não pilote com o registro na po-
tanque para o carburador. Mante- sição RES após ter reabastecido.
nha o registro nesta posição quan- Você poderá ficar sem combustí-
do a motocicleta não estiver em vel e sem nenhuma reserva.
uso.
COMANDOS E EQUIPAMENTOS 4-9
Tubo de drenagem do Tanque de combustível 4
carburador Combustível recomendado:
Protege o motor de eventuais ex- Gasolina comum (sem aditivo)
cessos de combustível.
Não há registro de danos causa-
Ao estacionar, feche o registro de dos pela utilização de gasolina
combustível (OFF) para evitar va- aditivada de procedência con- 2
zamento. Um pequeno goteja- fiável. No entanto, é importante
mento de combustível pela saída observar que sua motocicleta foi
do tubo é normal. desenvolvida para uso com gaso-
lina sem aditivação, desde que 3 1
ATENÇÃO de boa qualidade.
Nunca obstrua o tubo de drena- O uso de gasolina de baixa qua- Para abrir a tampa (1), abra a
gem para evitar danos ao motor. lidade pode comprometer o fun- capa da fechadura (2), insira a
cionamento e durabilidade do chave de ignição (3) e gire-a no
motor. sentido horário. A tampa será le-
vantada.
Para fechar, encaixe e pressione
a tampa até travá-la. Remova a
chave e feche a capa da fecha-
dura.
Capacidade do tanque:
14,0 litros
(incluindo a reserva)
4-10 COMANDOS E EQUIPAMENTOS

! CUIDADO ! CUIDADO ! CUIDADO


P Não abasteça em excesso P A gasolina é inflamável e ex- P Evite o contato prolongado ou re-
para evitar vazamento pelo plosiva sob certas condições. petido com a pele, ou a inalação
respiro da tampa. Não deve Abasteça sempre em locais dos vapores de combustível.
haver combustível no gargalo ventilados e com o motor desli- P Mantenha o combustível afas-
do tanque (4). Se o nível de gado. Não permita a presença tado de crianças.
combustível ultrapassar a bor- de cigarros, chamas ou faíscas
da inferior do gargalo, retire na área de abastecimento.
o excesso imediatamente. P A gasolina é um solvente forte
P Após abastecer, verifique se a e pode causar danos se perma-
tampa do tanque está bem necer em contato com as su-
fechada. perfícies pintadas. Caso derra-
me gasolina sobre a superfície
NOTA externa do tanque ou de outras
É normal uma leve “batida de pino” peças pintadas, limpe o local
ao operar sob carga elevada. atingido imediatamente.
P Tome cuidado para não derra-
mar combustível. O combustí-
ATENÇÃO vel derramado ou seu vapor
Se ocorrer “batida de pino” ou podem se incendiar. Em caso
detonação com o motor em ve- de derramamento, certifique-
locidade constante e carga nor- se de que a área atingida este-
mal, use gasolina de outra mar- ja seca antes de ligar o motor.
ca. Se o problema persistir, pro-
cure uma concessionária auto-
rizada Honda. Caso contrário,
o motor poderá sofrer danos que
não são cobertos pela garantia.
PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO 5-1
Pilotagem com P Pilote em baixa velocidade e Use sempre o
segurança respeite as condições do tem- capacete.
po e das estradas.
P Faça a manutenção correta-
! CUIDADO
mente e nunca pilote com
Pilotar uma motocicleta requer pneus gastos.
certos cuidados para garantir sua
segurança. Leia atentamente to- Equipamentos de proteção
das as informações a seguir e Use roupas
e óculos de
também o Manual do Condutor,
antes de pilotar. ! CUIDADO proteção.
P Para reduzir as chances de
ferimentos fatais, use sempre O capacete deve ajustar-se bem
Regras gerais de segurança o capacete.
P
à sua cabeça. Prenda-o firme-
P Use somente capacetes com o mente ao colocá-lo.
! CUIDADO selo do INMETRO. Ele garan- P Use botas ou calçados fecha-
P Para evitar danos e acidentes, te que o capacete atende aos dos e resistentes. Use também
sempre inspecione a motoci- requisitos de segurança previs- luvas e roupas de cor clara e
cleta (pág. 5-6) antes de acio- tos pela legislação brasileira. visível, de tecido resistente ou
nar o motor. Verifique também a validade couro. O passageiro necessita
P Pilote somente se for habilita- do capacete. da mesma proteção.
do. Não empreste sua moto- P O uso de óculos apropriados
P Use roupas que protejam as
cicleta a pilotos inexperientes. com capacetes que não pos- pernas. Não toque no motor e
P Obedeça as leis de trânsito e suem viseiras é obrigatório por escapamento mesmo após des-
respeite os limites de veloci- lei. ligar o motor.
dade. Não use roupas soltas que pos-
P Escolha um capacete de cor cla- P
P Nunca deixe a motocicleta so- sam se enganchar nas peças
ra e visível e coloque um adesi-
zinha com o motor ligado. vo refletivo para maior segu- móveis.
rança.
5-2 PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO
45°
Visão pelo
100 km espelho retrovisor

Visão sobre
os ombros

Ponto cego Ponto cego

200°
parado

Visão P Use os espelhos retrovisores e Apareça


A visão é responsável por 90% olhe sobre os ombros para co- Na maioria dos acidentes, os
das informações necessárias para brir as áreas fora do seu campo motoristas alegam não ter visto a
sua segurança. visual antes de sair, mudar de motocicleta. Para evitar que isso
P Antes de sair, regule os espelhos faixa ou fazer conversões. aconteça:
retrovisores (pág. 4-5). P sinalize antes de fazer conver-
P Não fixe o olhar num único sões ou mudar de pista. O ta-
ponto; movimente os olhos manho e a maneabilidade da
constantemente. A velocidade motocicleta podem surpreender
também diminui o seu campo outros motoristas;
de visão. P não se coloque no ponto cego
de outros veículos.
PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO 5-3
Postura
P Mantenha as duas mãos no gui-
dão e os pés nos pedais de
cinqüenta e um, apoio ao pilotar. O passageiro
cinqüenta e dois deve se segurar com as duas
2 segundos mãos no piloto e manter os pés
nos pedais de apoio.
P Para reduzir a fadiga e melhorar
Distância de seguimento
o desempenho, mantenha sem-
São necessários dois segundos para identificar o perigo e acionar o pre uma postura adequada:
freio. Por isso, mantenha sempre uma distância segura de outros
veículos. Quando a traseira do veículo à sua frente passar por um Cabeça: em posição vertical,
ponto fixo, comece a contar “cinqüenta e um, cinqüenta e dois”. Se olhando para a frente.
ao terminar de contar, a roda dianteira da motocicleta passar pelo Braços e ombros: relaxados e
mesmo ponto, você estará a uma distância segura. Em dias de chuva, com cotovelos apontados para
dobre essa distância. baixo.
Mãos: punhos abaixados em
relação às mãos, segurando o
centro da manopla.
Quadril: junto ao tanque, em
posição que permita virar o gui-
dão sem esforço dos ombros.
Joelhos: pressionando levemen-
te o tanque de combustível.
Cruzamentos Pés: paralelos ao chão, com o
P A maioria dos acidentes ocorre em cruzamentos. As situações aci- salto do sapato encaixado no
ma são as mais comuns. Tome muito cuidado, especialmente nas pedal de apoio; pontas dos pés
conversões à esquerda em ruas de mão dupla (fig. 4). Sempre que sobre os pedais do freio e do
possível, faça um retorno para maior segurança. câmbio.
P Fique atento aos outros motoristas nos cruzamentos e também em Nas curvas, incline o corpo junto
vias expressas, rodovias, entradas e saídas de estacionamentos. com a motocicleta.
5-4 PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO
Alagamentos Acessórios e carga
Evite a entrada de água pelo fil-
tro de ar. Isso pode causar o efei-
! CUIDADO
to de calço hidráulico e conse-
qüentes danos ao motor. Cuidado ao pilotar com aces-
Se a água entrar no motor, con- sórios ou carga. Eles podem
taminando o óleo, desligue o mo- prejudicar a estabilidade e o de-
tor imediatamente e procure uma sempenho da motocicleta. Para
concessionária autorizada Honda evitar acidentes, sobrecarga e
para efetuar a troca do óleo. danos, siga as diretrizes apre-
sentadas a seguir.
Modificações
Quanto maior a velocidade e me- Recomendação de acessórios
nor o raio da curva, maior deve ! CUIDADO P Use somente acessórios origi-
ser a inclinação. Incline mais a A modificação ou remoção de nais Honda.
motocicleta que o corpo em ma- peças originais da motocicleta P Verifique freqüentemente a ins-
nobras rápidas e curvas fechadas. pode reduzir a segurança e in- talação dos acessórios.
fringir as leis de trânsito. Obe- P Não instale sidecars ou rebo-
Pilotagem sob más condições deça as normas que regulamen- ques na motocicleta.
de tempo tam o uso de equipamentos e P Não instale alarmes. A garantia
acessórios.
será cancelada se for constatado
! CUIDADO o uso de algum tipo de alarme.
Pilotar sob más condições de Opcionais
tempo, como na chuva ou ne- Procure uma concessionária au-
blina, requer técnicas de pilo- torizada Honda para informações
tagem diferentes devido à re- sobre os opcionais disponíveis
dução da visibilidade e aderên- para sua motocicleta.
cia dos pneus.
PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO 5-5
P Certifique-se de que o acessório CG150 Titan KS•ES•ESD• CG150 Job
não: CG150 Sport
– afete o farol, lanterna traseira,
sinaleiras, placa de licença,
distância mínima do solo (no
caso de protetores), ângulo de
MÁX.
30 kg.

inclinação da motocicleta, cur-


so da direção e das suspensões
dianteira e traseira, visibilida-
de do piloto, acionamento dos
controles, estrutura da moto- Piloto + passageiro = máximo 166 kg Piloto + carga = máximo 110 kg
cicleta (chassi), torque de por-
cas, parafusos e fixadores, sis- Capacidade de carga e CG150 Job
tema de arrefecimento; distribuição de peso Distribua a soma dos pesos uni-
– afaste as mãos e os pés dos formemente entre A (assento
controles; ! CUIDADO dianteiro), B (pedal de apoio
– seja muito grande ou inade- Trafegar acima da capacidade dianteiro) e C (assento traseiro).
quado para a motocicleta; máxima de carga pode alterar
– restrinja o fluxo de ar para o as características de conforto, diri- ! CUIDADO
motor; gibilidade e estabilidade da mo-
– exceda a capacidade do sis- Esta motocicleta
tocicleta, afetando a segurança. foi projetada para
tema elétrico da motocicle-
ta. o transporte de
CG150 Titan KS•ES•ESD• carga e piloto. O
CG150 Sport transporte de pas-
Distribua a soma dos pesos uni- sageiro é ilegal.
formemente entre A (assento
dianteiro), B (pedal de apoio dian-
teiro), C (assento traseiro) e D (pe-
dal de apoio traseiro).
5-6 PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO
NOTA P Ajuste a pressão dos pneus (pág. Inspeção antes do uso
CG150 Job 6-22) e os amortecedores
Não exceda a capacidade máxi- traseiros (pág. 6-17) de acordo
ma de 30 kg para o bagageiro com a carga e condições da ! CUIDADO
traseiro original Honda (veja a pista. Se a inspeção antes do uso não
etiqueta de precaução do baga- P Verifique freqüentemente se a for efetuada, podem ocorrer
geiro). bagagem está bem fixada. sérios danos à motocicleta ou
P Não prenda objetos grandes ou acidentes.
pesados no guidão, garfos ou
! CUIDADO pára-lama. Sempre inspecione a motocicle-
CG150 Job ta antes de pilotar. Isso requer
Além de danos ao chassi, o ex- ATENÇÃO apenas alguns minutos. Se algum
cesso de peso no bagageiro afe- P Procure uma concessionária ajuste ou manutenção for neces-
ta a estabilidade da motocicle- autorizada Honda se tiver dú- sário, consulte a seção apropria-
ta, o que pode causar um grave vida sobre como calcular o peso da neste manual.
acidente. da carga que pode ser trans- 1. Motor – verifique o nível do
portada sem causar sobrecar- óleo e complete, se necessá-
ga e danos estruturais. rio (pág. 6-6). Verifique se há
Recomendação de carga P Danos causados pelo excesso vazamentos. Acione o motor
P Não exceda a capacidade de
de carga não são cobertos pela e verifique se há ruídos estra-
carga da motocicleta. garantia. nhos.
P Mantenha o peso da bagagem
P Para uso comercial: o aperto 2. Combustível – abasteça o tan-
perto do centro da motocicleta. de porcas, parafusos e ele-
Distribua o peso uniformemente que, se necessário (pág. 4-9).
mentos de fixação deve ser Verifique se há vazamentos.
dos dois lados da motocicleta. executado com mais freqüên-
Quanto mais afastado o peso cia do que o indicado no Pla- 3. Pneus – verifique a pressão e o
estiver do centro do veículo, mais no de Manutenção Preventiva. desgaste dos pneus (pág. 6-22).
a dirigibilidade será afetada.
PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO 5-7
4. Corrente de transmissão – ve- 8. Sistema elétrico – verifique se Partida do motor
rifique as condições e a folga. todas as luzes e a buzina fun-
Ajuste e lubrifique, se neces- cionam corretamente.
sário (pág. 6-12). ! CUIDADO
9. Interruptores – verifique o
5. Freios – verifique o funciona- funcionamento dos interrup- Nunca ligue o motor em áreas
mento e ajuste a folga, se ne- tores. fechadas ou sem ventilação. Os
cessário. Verifique o desgaste gases do escapamento contêm
10. Fixações: verifique o aperto monóxido de carbono, que é ve-
das sapatas (pág. 6-18 a de todos os parafusos, porcas
6-21). nenoso.
e fixadores.
CG150 Titan ESD•CG150 NOTA
Sport: verifique o desgaste Corrija qualquer anormalidade
das pastilhas dianteiras e se antes de pilotar. Dirija-se a uma
P Não abra o acelerador repeti-
há vazamentos (pág. 6-18 e concessionária autorizada Honda damente, pois isso pode afogar
6-21). se não for possível solucionar o motor.
algum problema. P Não é possível dar a partida com
6. Embreagem – verifique o fun- a transmissão engrenada, a me-
cionamento e a folga da ala- nos que a embreagem seja acio-
vanca. Ajuste, se necessário nada. Coloque sempre a trans-
(pág. 6-10). missão em ponto morto antes da
7. Acelerador – verifique o fun- partida.
cionamento, a posição dos ca- P (CG150 Titan ES•ESD•
bos e a folga da manopla em CG150 Sport)
todas as posições do guidão Não pressione o interruptor de
(pág. 6-11). partida por mais de 5 segun-
dos. Solte-o e espere cerca de
10 segundos antes de pressioná-
lo novamente.
5-8 PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO

ATENÇÃO CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job ATENÇÃO


P O uso contínuo do afogador 1 P Não deixe o pedal voltar mui-
causará lubrificação deficien- to rápido nem o acione com
47
te do pistão e do cilindro, dani- muita força.
ficando o motor. P Não acione o pedal com o mo-
P Abrir e fechar continuamente tor em funcionamento.
o acelerador ou manter o P Depois do retorno, recolha to-
motor em marcha lenta por A talmente o pedal.
mais de 5 minutos, com a tem-
peratura ambiente normal, 2. CG150 Titan ES•ESD:
B C
pode causar a descoloração Abra um pouco o acelerador e
do tubo de escapamento. pressione o interruptor de par-
(CG150 Titan KS•ES•ESD•
P Para evitar a descarga da ba-
CG150 Job) tida.
teria, evite manter o motor em 3. Logo após a partida, coloque
Motor frio
marcha lenta por períodos a alavanca do afogador na
prolongados. 1. Puxe a alavanca do afogador posição B (intermediária).
(1) para a posição A (aciona- 4. Aqueça o motor abrindo e fe-
da). chando lentamente o acelera-
Operações preliminares dor.
2. CG150 Titan KS•CG150 Job:
Insira a chave no interruptor de Pressione levemente o pedal 5. Continue aquecendo o motor
ignição e gire-a para a posição de partida até sentir uma re- até a marcha lenta se estabili-
ON. Coloque a transmissão em sistência e então deixe-o vol- zar e responder aos comandos
ponto morto (indicador verde tar para a posição inicial. Abra do acelerador com a alavanca
aceso) e abra o registro de com- um pouco o acelerador e acio- do afogador na posição C
bustível (ON). ne o pedal com um movimen- (desacionada).
to rápido e contínuo, desde o Motor quente
início de seu curso. Não use o afogador. Dê a partida
no motor seguindo a etapa 2 de
“Motor frio”.
PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO 5-9
CG150 Sport 3. Logo após a partida, controle Motor afogado
a alavanca do afogador para Se o motor não ligar após várias
B manter a marcha lenta está- tentativas, poderá estar afogado
A vel, entre 2.000 e 3.500 rpm. com excesso de combustível. Para
4. Após 30 segundos, empurre a desafogar o motor, siga os proce-
1 alavanca do afogador para a dimentos abaixo:
posição B (desacionada).
5. Abra um pouco o acelerador (CG150 Titan KS•CG150 Job)
se a marcha lenta estiver ins- Desligue o interruptor de ignição
tável. e mantenha a alavanca do afo-
Temperatura alta (35°C ou mais) gador na posição C (desaciona-
da). Abra completamente o ace-
Não use o afogador. Abra um lerador e acione o pedal de par-
(CG150 Sport) pouco o acelerador e pressione o
Se o motor estiver quente, siga tida várias vezes. Em seguida, li-
interruptor de partida. gue o interruptor de ignição, abra
os procedimentos descritos em
“Temperatura alta”. Temperatura baixa um pouco o acelerador e acione
(10°C ou menos) o pedal de partida para ligar o
Temperatura normal (10 – 35°C) motor.
1. Siga as etapas 1 e 2 de “Tem-
1. Puxe a alavanca do afogador peratura normal”.
(1) para a posição A (aciona- 2. Logo após a partida, controle
da). a alavanca do afogador para
2. Com o acelerador fechado, manter a marcha lenta está-
pressione o interruptor de par- vel, entre 2.000 e 3.500 rpm.
tida. 3. Continue aquecendo o motor
NOTA até a marcha lenta se estabili-
Não abra o acelerador com a ala- zar e responder aos comandos
vanca do afogador na posição A do acelerador com a alavanca
(acionada). Isso causará dificul- do afogador na posição B
dade na partida. (desacionada).
5-10 PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO
(CG150 Titan ES•ESD) Amaciamento
Ligue o interruptor de ignição
ATENÇÃO
(ON) e mantenha a alavanca do Os cuidados com o amaciamento, Se o motor for operado em ro-
afogador na posição C (desacio- durante os primeiros 1.000 km de tações muito altas, será seria-
nada). Abra completamente o uso, prolongarão consideravel- mente danificado.
acelerador e acione o interrup- mente a vida útil da motocicleta,
tor de partida por 5 segundos. Se além de aumentar seu desempe-
nho. As recomendações abaixo b) Acione os freios de modo sua-
o motor ligar, feche rapidamente ve para aumentar a durabili-
o acelerador. Abra-o um pouco aplicam-se a toda vida útil do
motor e não apenas ao período dade e garantir sua eficiência
se a marcha lenta estiver instá- futura. Evite frenagens brus-
vel. Se o motor não ligar, espere de amaciamento.
a) Não force o motor: cas.
10 segundos e siga novamente os
procedimentos acima. P evite acelerações bruscas;
P não ultrapasse as velocidades
(CG150 Sport) máximas para cada marcha;
Ligue o interruptor de ignição e P use as marchas adequadas;
mantenha a alavanca do afoga-
P não opere o motor em rota-
dor na posição B (desacionada).
Abra totalmente o acelerador e ções muito altas ou baixas,
acione o interruptor de partida por nem com aceleração total
5 segundos. Se o motor ligar, fe- em baixas rotações;
P não pilote por longos perío-
che rapidamente o acelerador.
Abra-o um pouco se a marcha len- dos em velocidade constan-
ta estiver instável. Se o motor não te.
ligar, espere 10 segundos e siga
novamente os procedimentos aci-
ma.
PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO 5-11
Pilotagem 4. Quando atingir uma velocida- Velocidades máximas recomen-
de moderada, diminua a rota- dadas para a troca de marchas
ção do motor, acione a alavan- (exceto CG150 Sport)
! CUIDADO ca da embreagem e passe para 1a ↔ 2 a 35 km/h
P Antes de pilotar, leia com aten- a 2a marcha, levantando o pe-
dal de câmbio. 2a ↔ 3 a 57 km/h
ção as informações de segu-
rança nas páginas 5-1 a 5-4. 5. Repita a seqüência da etapa 3a ↔ 4 a 80 km/h
P Recolha totalmente o cavalete anterior para mudar progres- 4a ↔ 5 a 102 km/h
lateral antes de colocar a mo- sivamente para a 3a, 4a e 5a
tocicleta em movimento, para marchas. CG150 Sport: Observe o tacô-
evitar que interfira nas curvas à Acione o pedal de metro e mude de marcha antes do
esquerda. câmbio para cima ponteiro atingir a faixa vermelha,
para engatar uma a fim de evitar danos ao motor.
1. Aqueça o motor. Não o deixe marcha mais alta.
em marcha lenta por muito Pressione-o para re- ATENÇÃO
tempo, pois a bateria não é duzir as marchas. P Para evitar danos ao motor e
carregada. Cada toque no pedal muda para à transmissão, não mude de
2. Com o motor em marcha len- a marcha seguinte, em seqüên- marcha sem acionar a em-
ta, acione a alavanca da em- cia. O pedal retorna automa- breagem e em velocidades
breagem e engate a 1a mar- ticamente para a posição hori- acima do recomendado.
cha, pressionando o pedal de zontal quando solto. P Não acelere com a transmis-
câmbio para baixo. Acione os freios e o acelerador e são em ponto morto ou a em-
3. Solte lentamente a alavanca mude de marcha de forma coor- breagem acionada para evi-
da embreagem e, ao mesmo denada para obter uma desacele- tar danos ao motor.
tempo, aumente a rotação do ração progressiva.
motor, acelerando gradual-
mente. A coordenação dessas
duas operações irá assegurar
uma saída suave.
5-12 PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO

! CUIDADO Distância necessária para frenagem (velocidade: 50 km/h)

Não reduza as marchas com o


motor em alta rotação. Além de traseiro +
dianteiro
danos, isso pode causar o trava-
mento momentâneo da roda 18 m
traseira e conseqüente perda de só dianteiro

controle da motocicleta. 24 m
só traseiro

35 m
ATENÇÃO
Não pilote nem reboque a mo- Frenagem
tocicleta em descidas com o É possível reduzir em mais de 50% a distância de parada se você
motor desligado. A transmissão souber frear corretamente. Siga sempre as diretrizes abaixo:
não será corretamente lubrifi- P Acione os freios dianteiro e traseiro simultaneamente de forma
cada, podendo ser danificada. progressiva, enquanto reduz as marchas.
P Para desaceleração máxima, feche completamente o acelerador e
acione os freios dianteiro e traseiro com maior intensidade. Acione
a embreagem antes que a motocicleta pare, para evitar que o
motor morra.
! CUIDADO
P O uso independente do freio dianteiro ou traseiro reduz a eficiên-
cia da frenagem.
P Uma frenagem extrema pode travar as rodas e dificultar o con-
trole da motocicleta.
P Reduza a velocidade e acione os freios antes de entrar numa
curva. Se reduzir a velocidade ou frear no meio da curva, haverá
o perigo de derrapagem, dificultando o controle da motocicleta.
PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO 5-13

! CUIDADO Estacionamento ATENÇÃO


P Tenha cuidado ao manobrar, 1. Pare a motocicleta, coloque a P Estacione em local plano e fir-
acelerar e frear em pistas mo- transmissão em ponto morto e me para evitar quedas. A área
lhadas ou de areia e terra. To- feche o registro de combustível. deve ser bem ventilada e abri-
dos os movimentos devem ser 2. Gire o guidão totalmente à es- gada.
uniformes e seguros nessas querda, desligue o interruptor P Em subidas, estacione com a
condições. Acelerações e frena- de ignição e remova a chave. dianteira da motocicleta vira-
gens bruscas, ou manobras rá- 3. Apóie a motocicleta no cava- da para o topo do aclive a fim
pidas, podem causar trava- lete lateral ou central. de evitar que ela tombe.
mento da roda, derrapagem ou 4. Trave a coluna de direção e P Proteja a motocicleta da chu-
perda de controle. ative o bloqueador da ignição. va, especialmente em regiões
P Em descidas íngremes, use o metropolitanas e industriais,
freio-motor, reduzindo as mar- ! CUIDADO para evitar a oxidação causa-
chas com o uso intermitente dos da pela poluição.
freios dianteiro e traseiro. O P Não fume ou acenda fósforos P Não estacione sob árvores ou
acionamento contínuo dos freios próximos à motocicleta. onde haja precipitações de de-
pode superaquecê-los e redu- P Não estacione próximo a ma-
tritos de pássaros.
zir sua eficiência. teriais inflamáveis. P Para evitar riscos e danos à
P Pilotar com o pé apoiado no P Não cubra a motocicleta nem pintura, não coloque objetos
pedal ou a mão na alavanca encoste no motor ou escapa- sobre o tanque de combustí-
do freio pode causar o aciona- mento enquanto o motor esti- vel, especialmente sobre o res-
mento involuntário da luz de ver quente. Se usar uma capa piro da tampa.
freio, dando uma falsa indi- protetora, remova-a antes de P Não se sente na motocicleta
cação a outros motoristas. O ligar o motor. enquanto estiver apoiada no
freio também pode supera- P Não permita que pessoas
cavalete lateral ou central.
quecer e perder a eficiência, inexperientes e sem prática
além de ter sua vida útil redu- acionem o motor. Mantenha
zida. crianças afastadas.
5-14 PILOTAGEM E FUNCIONAMENTO
Como prevenir furtos ATENÇÃO Vibrações
Ao estacionar, trave a coluna de P Não é permitida a instalação O motor desta motocicleta é do
direção, ative o bloqueador da de dispositivos antifurto, como tipo alternativo e o movimento dos
ignição e não se esqueça de tirar alarmes, corta-ignição, ras- seus componentes pode causar
a chave. treadores por satélite, etc., vibrações e ruídos.
Sempre que possível, estacione pois estes alteram o circuito As vibrações também podem
em local fechado. elétrico original da motocicle- surgir ao pilotar em pistas irre-
ta. Além disso, a unidade CDI gulares e devido à aerodinâmica.
NOTA poderá ser danificada de
P Mantenha a documentação da forma irreparável. NOTA
motocicleta sempre em ordem P Não é permitida a gravação
Essas vibrações são característi-
e atualizada. de caracteres nas peças da cas normais da motocicleta e,
P Mantenha o manual do proprie- motocicleta. Isso pode com- portanto, não são cobertas pela
tário junto à motocicleta. Mui- prometer seriamente sua du- garantia.
tas vezes, as motocicletas rou- rabilidade, criando pontos de
badas são identificadas por oxidação, manchas e descas- ! CUIDADO
meio do manual. camento da pintura, etc. Es- P As vibrações podem causar o
ses danos não são cobertos
afrouxamento de porcas, pa-
pela garantia.
rafusos e fixadores, afetando
a segurança, especialmente
após pilotar em pistas irregu-
lares.
P Verifique freqüentemente o
aperto de todos os fixadores.
Siga rigorosamente o Plano
de Manutenção Preventiva e
use somente peças genuínas
Honda.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-1
Plano de manutenção preventiva
P Procure uma concessionária autorizada Honda sempre que necessitar de manutenção. Lembre-se de
que são elas quem mais conhecem sua motocicleta, estando totalmente preparadas para oferecer todos
os serviços de manutenção e reparos.
P O Plano de Manutenção Preventiva especifica com que freqüência os serviços devem ser efetuados e
quais itens necessitam de atenção. É fundamental seguir os intervalos especificados para garantir o
desempenho adequado do controle de emissões, além de maior segurança e confiabilidade.
P Os intervalos de manutenção são baseados em condições normais de uso. Motocicletas usadas em
condições rigorosas ou incomuns necessitam de serviços mais freqüentes. Procure uma concessionária
autorizada Honda para determinar os intervalos adequados a suas condições particulares de uso.
NOTA
Estes itens referem-se às notas da próxima tabela.
*1. Para leituras maiores do hodômetro, repita os intervalos especificados na tabela.
*2. Efetue o serviço com mais freqüência sob condições de muita poeira e umidade.
*3. Efetue o serviço com mais freqüência sob condições de chuva ou aceleração máxima.
*4. Verifique o nível de óleo diariamente, antes de pilotar, e adicione se necessário.
*5. Troque 1 vez por ano ou a cada intervalo indicado na tabela, o que ocorrer primeiro.
*6. Efetue o serviço com mais freqüência sob condições de muita poeira.
*7. Substitua o filtro de ar PAIR a cada 3 anos ou 24.000 km. A substituição requer habilidade mecânica.
*8. Efetue o serviço com mais freqüência sob condições severas de uso ou de muita poeira, e em casos de
pilotagem em alta velocidade por períodos prolongados ou acelerações rápidas freqüentes.
*9. Troque a cada 2 anos. A substituição requer habilidade mecânica.
*10. Efetue o serviço com mais freqüência ao pilotar em pistas de terra, molhadas ou com muita poeira.
Por razões de segurança, recomendamos que todos os serviços apresentados nesta tabela sejam executa-
dos somente pelas concessionárias autorizadas Honda.
6-2 MANUTENÇÃO E AJUSTES
Intervalo (km)*1 a cada
Itens e operações Página
1.000 4.000 8.000 12.000 km...
P P P 4.000 Linha de combustível: verificar —
P P P 4.000 Filtro de tela de combustível: limpar —
P P P 4.000 Acelerador: verificar 6-11
P P P 4.000 Afogador (CG150 Sport): verificar —
P P 4.000 Filtro de ar: limpar*2 6-5
P 12.000 Filtro de ar: trocar*2 6-5
P P P 4.000 Respiro do motor: limpar*3 6-6
P P 4.000 Vela de ignição: verificar 6-8
P 8.000 Vela de ignição: trocar 6-8
P P P P 4.000 Folga das válvulas: verificar 6-9
P P P P 4.000 Óleo do motor: trocar*4,5,6 6-6
P 12.000 Tela do filtro de óleo: limpar —
P 12.000 Filtro centrífugo de óleo: limpar —
P P P P 4.000 Marcha lenta: verificar 6-11
P P P 4.000 Sistema de escapamento: verificar —
P 12.000 Sistema de suprimento de ar secundário: verificar*7 —
a cada 1.000 km Corrente de transmissão: verificar, ajustar e lubrificar*8 6-12
P P P 4.000 Guia da corrente de transmissão: verificar o desgaste 6-16
P P P 4.000 Fluido de freio (CG150 Titan ESD•CG150 Sport): verificar o nível* 9 —
P P P 4.000 Sapatas do freio (CG150 Titan KS•ES•CG150 Job):
verificar o desgaste*10 6-21
P P P 4.000 Sapatas/pastilhas do freio (CG150 Titan ESD•CG150 Sport):
verificar o desgaste*10 6-21
P P P P 4.000 Sistema de freio: verificar 6-18
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-3
Intervalo (km)*1 a cada
Itens e operações Página
1.000 4.000 8.000 12.000 km...
P P P 4.000 Interruptor da luz do freio: verificar 6-21
P P P P 4.000 Luzes, instrumentos e interruptores: verificar —
P P P 4.000 Farol: ajustar o facho 6-34
P P P P 4.000 Embreagem: verificar 6-10
P P P 4.000 Cavalete lateral: verificar 6-16
P P P 4.000 Suspensões dianteira e traseira: verificar 6-17/6-18
P P 8.000 Porcas, parafusos e fixações: verificar —
P P P P 4.000 Aros e rodas: verificar —
a cada 1.000 km ou semanalmente Pneus: verificar e calibrar 6-22
P P 12.000 Coluna de direção: verificar —
P 12.000 Coluna de direção: lubrificar —
6-4 MANUTENÇÃO E AJUSTES
Cuidados na manutenção Ferramentas contidas no estojo:
P Chave de boca, 10 x 12 mm
P Chave de boca, 14 x 17 mm
! CUIDADO
2 P Chave de fenda no 2
P Em caso de queda ou colisão,
P Chave Phillips no 2
certifique-se de que sua con-
P Chave estrela, 22 mm
cessionária autorizada Honda
inspecione os componentes P Chave para porca cilíndrica
principais da motocicleta, P Chave de vela
mesmo que você seja capaz P Extensão
de efetuar os reparos. 1
P Desligue o motor e apóie a
motocicleta num local plano
e firme, antes de iniciar os ser- Jogo de ferramentas (1)
viços. Espere o motor esfriar Encontra-se no porta-objetos (2).
para evitar queimaduras. Para ter acesso, remova a tampa
P Se for necessário ligar o mo- lateral direita (pág. 4-5).
tor, certifique-se de que a área As ferramentas permitem fazer
seja bem ventilada e livre de reparos, ajustes e substituições
chamas expostas. Tome cuida- simples. Procure uma concessio-
do para não encostar nas pe- nária autorizada Honda para efe-
ças móveis da motocicleta. tuar os serviços que não podem
P Use somente peças genuínas ser executados com elas.
Honda. Peças de qualidade
inferior podem comprometer a
segurança e reduzir a eficiên-
cia dos sistemas de controle
de emissões.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-5
Não use óleo, água ou produtos
1 químicos para limpar o filtro.

3 2

Filtro de ar Efetue a manutenção de acordo 3. Para remover o pó, aplique ar


Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
com o Plano de Manutenção Pre- comprimido de dentro para fora.
ventiva (pág. 6-1). Se o filtro de ar estiver muito
! CUIDADO 1. Remova a tampa lateral direi- sujo, rasgado ou danificado,
ta (pág. 4-5). substitua-o.
Não pilote a motocicleta sem o 4. Instale o filtro.
filtro de ar para evitar desgaste 2. Remova os parafusos (1), a
prematuro, danos e risco de in- tampa do filtro de ar (2) e o 5. Instale as peças removidas na
cêndio. filtro de ar (3). ordem inversa da remoção.

ATENÇÃO
Na troca, use somente o filtro
de ar genuíno Honda especifi-
cado para esta motocicleta. Do
contrário, poderão ocorrer des-
gaste prematuro e problemas de
desempenho.
6-6 MANUTENÇÃO E AJUSTES
Óleo do motor NOTA
Se for difícil encontrar o óleo es-
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
pecificado, entre em contato com
O óleo é o elemento que mais uma concessionária autorizada
1 afeta o desempenho e a vida útil Honda, que sempre estará prepa-
do motor. rada para servi-lo.
O óleo MOBIL SUPER MOTO 4T
MULTIVISCOSO SAE 20W-50 Inspeção do nível
API-SF é o único óleo aprovado Como o óleo é consumido natu-
e recomendado pela Honda. ralmente durante o uso da moto-
Não adicione quaisquer aditivos cicleta, sempre inspecione o ní-
ao óleo do motor. vel antes de pilotar e adicione,
Respiro do motor se necessário.
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4. ATENÇÃO
P Óleos não detergentes, vege- ATENÇÃO
Drene os depósitos do respiro do tais ou lubrificantes específi- Se o motor funcionar com pou-
motor de acordo com o Plano de cos para competição não são co óleo, poderá sofrer sérios da-
Manutenção Preventiva (pág. 6-1). recomendados. nos.
Drene-os também após a lava-
P A Honda não se responsabili-
gem ou queda, ou sempre que
ficarem visíveis na seção trans- za por danos causados pelo
parente do tubo. uso de óleos com especifica-
ções diferentes das recomen-
1. Remova a tampa lateral direi- dadas.
ta (pág. 4-5).
P Nunca use óleos reciclados,
2. Remova o tubo de respiro (1) e pois suas características, como
drene os depósitos num reci- viscosidade, lubrificação, etc.,
piente adequado. não são mantidas conforme
3. Reinstale o tubo de respiro. especificações originais.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-7
Ele deve estar entre as marcas
de nível superior (2) e inferior
2 (3) gravadas na vareta.
4. Se necessário, adicione o óleo
3
recomendado até atingir a
marca de nível superior. Não
abasteça em excesso.
5. Reinstale a tampa/vareta me-
didora. Ligue o motor e verifi-
que se há vazamentos.
1 Troca de óleo 2 1
Troque o óleo do motor de acor-
do com o Plano de Manutenção
1. Ligue o motor e deixe-o em Preventiva (pág. 6-1). 1. Coloque um recipiente sob o
marcha lenta de 3 a 5 minutos. motor para coletar o óleo e
NOTA remova a tampa/vareta medi-
2. CG150 Titan KS KS•• ES • ESD • Para uma drenagem rápida e
CG150 Job: dora, o bujão de drenagem (1)
completa, troque o óleo com o
Desligue o motor e apóie a mo- motor quente e a motocicleta e a arruela de vedação (2).
tocicleta no cavalete central, apoiada no cavalete central 2. Após a drenagem, apóie a
num local plano e firme. (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 motocicleta na vertical de
CG150 Sport: Job) ou lateral (CG150 Sport). 10 a 15 segundos para drenar
Desligue o motor e mantenha o óleo remanescente.
a motocicleta na vertical, num ! CUIDADO 3. Verifique se a arruela de ve-
local plano e firme. dação está em bom estado e
O óleo e o motor estarão quen- instale-a com o bujão. Substi-
3. Após 2 a 3 minutos, remova a tes. Tenha cuidado para não se
tampa/vareta medidora (1) e queimar. tua-a a cada duas trocas de
limpe-a com um pano seco. In- óleo ou sempre que necessá-
sira-a novamente, mas não a NOTA rio. Aperte o bujão com o tor-
rosqueie. Remova-a mais uma É necessário o uso de um torquí- que de 25 – 34 N.m (2,5 –
vez e verifique o nível de óleo. metro para este procedimento. 3,5 kgf.m).
6-8 MANUTENÇÃO E AJUSTES
4. Abasteça o motor com o óleo NOTA 2
recomendado. Descarte o óleo usado respeitan- 1
Capacidade de óleo: do o meio ambiente. Coloque-o
1,0 litro num recipiente vedado e leve-o
5. Instale a tampa/vareta medi- ao posto de reciclagem mais pró-
dora. ximo. Não jogue o óleo usado em
ralos ou no solo.
6. Ligue o motor e deixe-o em
marcha lenta de 2 a 3 minutos.
7. Desligue o motor e, após al- ! CUIDADO
guns minutos, verifique se o ní-
vel do óleo atinge a marca su- O óleo usado pode causar cân-
perior da vareta medidora, cer se permanecer em contato
com a motocicleta na vertical, com a pele por períodos pro- Vela de ignição
num local plano e firme. Se longados. Apesar desse perigo
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
necessário, adicione óleo. só existir se o óleo for manuse-
Certifique-se de que não haja ado diariamente, lave bem as Efetue a manutenção de acordo
vazamentos. mãos com sabão e água imedia- com o Plano de Manutenção Pre-
tamente após o manuseio. ventiva (pág. 6-1).
ATENÇÃO NOTA
Caso não use um torquímetro, É necessário o uso de uma ferra-
procure uma concessionária menta de medição para este pro-
autorizada Honda o mais rápi- cedimento.
do possível para verificar a
montagem. 1. Solte o supressor de ruídos (1).
2. Limpe ao redor da base da vela
de ignição e remova a vela com
a chave de vela (2) disponível
no jogo de ferramentas.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-9
7. Aperte a vela. Se for usada, Folga das válvulas
4 aperte-a 1/8 de volta após
3 Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-3.
assentá-la. Se for nova, aper-
te-a em duas etapas. Primei- Verifique e ajuste a folga das vál-
ro, aperte-a 1/2 volta após vulas de acordo com o Plano de
assentá-la. Solte-a e aperte-a Manutenção Preventiva (pág. 6-1).
mais 1/8 de volta.
8. Reinstale o supressor de ruídos. NOTA
É necessário o uso de uma ferra-
ATENÇÃO menta de medição para este pro-
Folga: 0,8 – 0,9 mm cedimento.
P Aperte a vela corretamente.
Se ficar solta, pode danificar
3. Inspecione os eletrodos e a o pistão. Se estiver muito aper- Procure uma concessionária au-
porcelana central quanto a de- tada, a rosca pode ser danifi- torizada Honda para efetuar o
pósitos, erosão ou carboniza- cada. serviço.
ção. Se forem excessivos, tro- P Use somente a vela especi-
que a vela. Para limpar velas ATENÇÃO
carbonizadas, use um limpa- ficada (NGK) CPR8EA-9 ou
CPR9EA-9 (opcional) para Válvulas com folga excessiva
dor de velas ou escova de aço.
evitar danos ao motor. provocam ruídos no motor. Já a
4. Meça a folga dos eletrodos (3) ausência de folga pode danifi-
com um calibre tipo arame.
car as válvulas ou provocar per-
Se necessário, ajuste dobran-
da de potência.
do o eletrodo lateral (4).
5. Certifique-se de que a arruela
de vedação esteja em bom
estado.
6. Com a arruela instalada, ros-
queie a vela com a mão até
que encoste no cabeçote.
6-10 MANUTENÇÃO E AJUSTES

5
1 3 6
B 4
A

2
A B

Folga: 10 – 20 mm
(medida na extremidade da alavanca)

Embreagem 1. Levante o protetor de borracha 4. Solte a contraporca (5) do ajus-


(2). tador inferior e gire a porca de
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4. ajuste (6) na direção A para
2. Solte a contraporca (3) e gire
Efetue a manutenção de acordo o ajustador (4) na direção A aumentar a folga e na direção
com o Plano de Manutenção para aumentar a folga e na B para diminuí-la. Aperte a
Preventiva (pág. 6-1). direção B para diminuí-la. contraporca e verifique a folga
O ajuste da folga da alavanca da Reaperte a contraporca e ve- novamente.
embreagem (1) também será ne- rifique a folga novamente. 5. Ligue o motor, acione a alavan-
cessário se a motocicleta morrer 3. Se o ajustador for desrosquea- ca da embreagem e engate a
ao engatar uma marcha, se mo- do até o limite sem que a folga 1a marcha. Certifique-se de que
vimentar à frente com a alavan- correta seja obtida, solte a o motor não morra e a motoci-
ca acionada, ou ainda se a em- contraporca e rosqueie comple- cleta não se movimente para a
breagem patinar, fazendo com tamente o ajustador. Reaperte frente. Solte a alavanca da
que a velocidade da motocicleta a contraporca e recoloque o embreagem e acelere gradati-
seja incompatível com a rotação protetor de borracha. vamente. A motocicleta deve
do motor. sair com suavidade e acelera-
ção progressiva.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-11
Verifique também o cabo da em- Marcha lenta
breagem quanto a dobras e mar-
cas de desgaste que podem cau- Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
sar travamento ou afetar o acio- Efetue a manutenção de acordo
namento da embreagem. Lubri- 1 com o Plano de Manutenção Pre-
fique-o com óleo de boa quali- ventiva (pág. 6-1).
dade e baixa viscosidade para
prevenir desgaste e corrosão. NOTA
P É necessário o uso de um tacô-
NOTA 2 metro para este procedimento
Procure uma concessionária auto- Folga: 3 – 5 mm (exceto CG150 Sport).
(medida no flange da manopla) Não tente compensar proble-
rizada Honda se não obter o ajus- P
te adequado, ou se a embreagem mas de outros sistemas ajustan-
não funcionar corretamente. Acelerador do a marcha lenta.
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4. P Procure uma concessionária
autorizada Honda para efetuar
Efetue a manutenção de acordo os serviços programados do
com o Plano de Manutenção carburador.
Preventiva (pág. 6-1).
1. Verifique se a manopla do
acelerador funciona suave-
mente, da posição totalmente
aberta até a totalmente fecha-
da, em todas as posições do
guidão.
2. Para ajustar a folga, solte a
contraporca (1) e gire o ajus-
tador (2). Reaperte a contra-
porca e verifique novamente a
folga.
6-12 MANUTENÇÃO E AJUSTES
CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job CG150 Sport Corrente de transmissão
1 Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.

A durabilidade da corrente de-


B pende da lubrificação e ajustes
A
B
corretos. Uma manutenção ina-
dequada pode provocar desgas-
te prematuro ou danos à corren-
A
te, coroa e pinhão.
1
Rotação de marcha lenta:
Sempre inspecione a corrente
Rotação de marcha lenta:
1.400 ± 100 rpm 1.400 ± 100 rpm antes de pilotar e efetue a manu-
tenção de acordo com o Plano
Para obter uma regulagem pre- 1. Com o motor aquecido, colo- de Manutenção Preventiva (pág.
cisa, aqueça o motor pilotando a que a transmissão em ponto 6-1).
motocicleta por 10 minutos. morto e apóie a motocicleta
no cavalete central (CG150 Inspeção
Titan KS•ES•ESD•CG150 Job) 1. Apóie a motocicleta no cava-
ou lateral (CG150 Sport). lete central (CG150 Titan
2. Exceto CG150 Sport: KS•ES•ESD•CG150 Job) ou la-
Acople um tacômetro ao mo- teral (CG150 Sport) com a
tor. transmissão em ponto morto e
o motor desligado.
3. Gire o parafuso de aceleração
(1) na direção A para aumen-
tar a rotação e na direção B
para diminuí-la, até atingir a
rotação especificada.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-13

Dentes Dentes 5
danificados gastos
1

Dentes normais 3
Folga: 20 – 30 mm 2

2. Verifique a folga da corrente 4. Verifique a corrente quanto a Ajuste


de transmissão (1) na parte elos secos, oxidados, presos ou
central inferior, movendo-a danificados, roletes danificados, NOTA
com a mão. Ajuste se necessá- pinos frouxos, desgaste excessi- É necessário o uso de um torquí-
rio. vo e ajuste incorreto. Verifique metro para este procedimento.
3. Gire a roda traseira (CG150 os dentes da coroa e pinhão.
Titan KS•ES•ESD•CG150 Job) 5. Se a corrente estiver resseca- 1. Apóie a motocicleta no cava-
ou movimente a motocicleta da, enferrujada ou com elos lete central (CG150 Titan
para a frente (CG150 Sport). engripados, lubrifique-a. Se KS•ES•ESD•CG150 Job) ou la-
Verifique se a folga permane- não solucionar o problema, teral (CG150 Sport) com a
ce constante. Se houver fol- substitua-a. transmissão em ponto morto e
ga em uma região e tensão em o motor desligado.
outra, alguns elos podem estar NOTA 2. Solte a porca do eixo (1) e as
engripados. Normalmente, a lu- Se a corrente, a coroa e o pinhão contraporcas (2) de ambos os
brificação elimina o problema. estiverem muito gastos ou danifi- lados da motocicleta.
cados, substitua-os em conjunto
para evitar desgaste prematuro.
6-14 MANUTENÇÃO E AJUSTES
3. Gire as porcas de ajuste (4) 7. Aperte a porca do eixo com o Lubrificação e limpeza
um número igual de voltas até torque de 78 – 98 N.m (8,0 – Lubrifique a corrente de acordo
obter a folga especificada. 10 kgf.m). com o Plano de Manutenção Pre-
Gire-as no sentido horário para 8. Aperte um pouco as porcas ventiva (pág. 6-1) ou sempre que
diminuir a folga, ou no sentido de ajuste. Fixe-as com uma estiver ressecada.
anti-horário para aumentá-la. chave de boca e aperte as
4. Gire a roda traseira (CG150 contraporcas. NOTA
Titan KS•ES•ESD•CG150 Job) 9. Verifique novamente a folga Se estiver muito suja, remova e lim-
ou movimente a motocicleta pe a corrente antes da lubrifica-
da corrente. ção.
para a frente (CG150 Sport). 10. Ajuste a folga do freio trasei-
Verifique se a folga permanece ro (pág. 6-20).
constante em todos os pontos. Limpe a corrente e lubrifique-a
5. Verifique se o eixo traseiro está com óleo para transmissão SAE
alinhado. As marcas de refe- ! CUIDADO 80 ou 90. O lubrificante deve pe-
rência (4) devem estar alinha- Caso não use um torquímetro, netrar em todos os elos, pinos,
das com as mesmas marcas da procure uma concessionária au- roletes e placas laterais.
escala (5) nos braços oscilan- torizada Honda, assim que pos-
tes. sível, para verificar a monta- NOTA
6. Se necessário, alinhe-o giran- gem. Uma montagem incorre- Não aplique lubrificante em ex-
do as porcas de ajuste direita ta pode reduzir a eficiência do cesso. Além de favorecer o acú-
e esquerda. Verifique nova- freio. mulo de sujeira, areia e terra, o
mente a folga da corrente. lubrificante sujará a motocicleta
com o movimento da corrente.
NOTA
Se a folga for excessiva e o eixo
traseiro estiver no limite de ajus-
te, substitua a corrente, a coroa e
o pinhão em conjunto.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-15
3. Limpe a corrente com solvente NOTA
não inflamável e deixe-a se- P Reutilize o elo principal somen-
1 car completamente. te se estiver em perfeitas con-
4. Verifique as condições da cor- dições.
rente e dos dentes da coroa e P Use uma presilha de retenção
do pinhão (pág. 6-13). nova toda vez que a corrente
for reinstalada.
NOTA
Se necessário, substitua-os em 7. Instale a nova presilha de
conjunto para evitar desgaste retenção com o lado fechado
prematuro. na direção de rotação da cor-
rente.
Remoção Corrente de reposição: DID 428H 8. Ajuste a folga da corrente (pág.
5. Se estiverem em bom estado, 6-13) e do freio traseiro (pág.
NOTA 6-20).
Recomendamos que a remoção lubrifique a corrente e reins-
seja efetuada numa concessioná- tale-a.
ria autorizada Honda. 6. Passe-a sobre a coroa e conec-
te suas extremidades com o elo
1. Com o motor desligado, retire principal. Para facilitar a mon-
com cuidado a presilha de re- tagem, posicione as extremi-
tenção (1) do elo principal, dades da corrente nos dentes
usando um alicate. Não dobre imediatamente adjacentes ao
ou amasse a presilha. dente em que será instalado o
2. Remova o elo principal e a elo principal.
corrente.
6-16 MANUTENÇÃO E AJUSTES

Bom Substituir

1 1

2
2

Guia da corrente de Cavalete lateral Verifique se o apoio de borracha


está deteriorado ou gasto. Subs-
transmissão Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4. titua-o se o desgaste atingir qual-
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4. Efetue a manutenção de acordo quer ponto da linha de referên-
com o Plano de Manutenção cia (2).
Efetue a manutenção de acordo
com o Plano de Manutenção Preventiva (pág. 6-1). Procure uma concessionária au-
Preventiva (pág. 6-1). Verifique a mola (1) quanto a da- torizada Honda para efetuar a
nos ou perda de tensão. Verifi- substituição.
Verifique o desgaste da guia da
corrente de transmissão (1). Subs- que se o cavalete lateral se mo-
titua-a se o desgaste atingir a li- vimenta livremente.
nha indicadora (2). Se estiver prendendo, limpe e
Procure uma concessionária lubrifique a articulação com óleo
autorizada Honda para efetuar a para motor novo.
substituição.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-17
Suspensão Suspensão traseira
5 1 2 3 4
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
1. Com a motocicleta apoiada no
2
cavalete central (CG150 Titan
KS•ES•ESD•CG150 Job) ou la-
! CUIDADO teral (CG150 Sport), verifique
Os componentes da suspensão se há folga entre as buchas
estão diretamente ligados à se- do garfo traseiro e o eixo de
gurança. Se detectar algum dano articulação, ou se o eixo está
ou desgaste, procure uma con- solto. 1
cessionária autorizada Honda 2. Verifique se os amortecedo-
para executar os serviços neces- 3
res apresentam vazamentos.
sários, antes de pilotar a motoci- Pressione a suspensão para
cleta. baixo e verifique se há folga Ajuste
ou desgaste nas articulações Os amortecedores traseiros (1)
Efetue a manutenção de acordo dos amortecedores.
com o Plano de Manutenção Pre- podem ser ajustados de acordo
3. Verifique o aperto de todos os com diferentes condições de pi-
ventiva (pág. 6-1). pontos de fixação da suspen- lotagem, utilizando-se a chave
Suspensão dianteira são e certifique-se de que es- para porca cilíndrica (2) e a ex-
1. Acione o freio dianteiro e for- tejam em perfeito estado. tensão (3), contidas no jogo de
ce a suspensão para cima e ferramentas.
para baixo várias vezes. A ação
dos amortecedores deve ser
suave e progressiva.
2. Verifique se há vazamentos de
óleo.
3. Verifique o aperto de todos os
pontos de fixação da suspen-
são, guidão e painel de instru-
mentos.
6-18 MANUTENÇÃO E AJUSTES
Quanto maior a posição de ajus- Freios Inspeção do nível de fluido
te, mais dura a suspensão. Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
Posição 1: cargas leves e super- ! CUIDADO
fícies uniformes P O fluido de freio provoca irri-
! CUIDADO tação. Evite o contato com a
Posição 2: posição-padrão Os freios são fundamentais pele e olhos. Em caso de con-
Posições 3 a 5: cargas pesadas para a segurança. Efetue todos tato, lave a área atingida com
e superfícies irregulares os ajustes e serviços de manu- bastante água. Se atingir os
tenção numa concessionária olhos, procure assistência mé-
NOTA autorizada Honda. Use somente dica.
Certifique-se de que os dois amor- peças genuínas Honda. P Mantenha afastado de crianças.
tecedores estejam ajustados na
mesma posição. ATENÇÃO
Efetue a manutenção de acordo
com o Plano de Manutenção Pre- P O reservatório deve estar na
ventiva (pág. 6-1). horizontal antes de retirar a
tampa.
Freio dianteiro P Use somente o fluido de freio
(CG150 Titan ESD•CG150 Sport) Mobil Brake Fluid DOT 3 ou
Inspecione o nível de fluido e o DOT 4 de uma embalagem
desgaste das pastilhas. lacrada.
P Manuseie o fluido de freio com
Se a folga da alavanca for exces- cuidado. Ele pode danificar a
siva e o desgaste das pastilhas pintura, a lente dos instrumen-
não exceder o limite de uso (pág. tos e a fiação em caso de con-
6-21), procure uma concessioná- tato.
ria autorizada Honda para san- P Não permita a entrada de
grar o ar do sistema. contaminantes (poeira, água,
etc.) no reservatório. Limpe a
parte externa do reservatório
antes de retirar a tampa.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-19

2
A

1
Folga: 10 – 20 mm
(medida na extremidade da alavanca) B 3

1. Com a motocicleta na vertical, Freio dianteiro NOTA


verifique se o nível de fluido (CG150 Titan KS•ES•CG150 Job) P Certifique-se de que o entalhe
no reservatório está acima da da porca de ajuste esteja assen-
marca de nível inferior (1). Ajuste da folga da alavanca tado sobre a articulação (3).
2. Adicione fluido, se neces- A folga corresponde à distância P Se a folga correta não for obti-
sário. Se o nível estiver baixo, que a alavanca do freio (1) per- da, procure uma concessioná-
inspecione também o desgaste corre antes do início da frenagem. ria autorizada Honda.
das pastilhas (pág. 6-21). Se 1. Para diminuir a folga, gire a
estiverem em bom estado, ve- Verifique se o cabo do freio está
porca de ajuste (2), localiza- desgastado, dobrado ou partido.
rifique se há vazamentos. da na roda dianteira, na di- Lubrifique-o com óleo de boa qua-
3. Verifique as mangueiras e co- reção A. Para aumentá-la, lidade e baixa viscosidade para
nexões do freio. Se estiverem gire-a na direção B. prevenir desgaste e corrosão.
danificadas ou com sinais de 2. Acione a alavanca do freio vá- Certifique-se de que o braço de
vazamento, substitua-as ime- rias vezes e verifique se a roda acionamento, mola, articulações
diatamente. gire livremente ao soltá-la. e fixações estejam em boas con-
dições. Verifique o desgaste das
sapatas de freio (pág. 6-21).
6-20 MANUTENÇÃO E AJUSTES

1 2

1 3
2 Folga: 20 – 30 mm B
(medida na extremidade do pedal)

Freio traseiro Folga do pedal NOTA


Altura do pedal A folga corresponde à distância P Certifique-se de que o entalhe
(Somente CG150 Sport) que o pedal do freio (1) percorre da porca de ajuste esteja as-
1. Apóie a motocicleta no cava- antes do início da frenagem. sentado sobre a articulação (3).
lete lateral. 1. Apóie a motocicleta no cava- P Se a folga correta não for obti-
lete central (CG150 Titan da, procure uma concessioná-
2. Ajuste a altura do pedal do freio ria autorizada Honda.
(1) soltando a contraporca (2) KS•ES•ESD•CG150 Job) ou
e girando o parafuso limitador lateral (CG150 Sport).
(3). 2. Para diminuir a folga, gire a Certifique-se de que a vareta do
porca de ajuste (2) na direção freio, braço de acionamento,
3. Reaperte a contraporca. mola, articulações e fixações
A. Para aumentá-la, gire-a na
direção B. estejam em boas condições.
3. Acione o pedal do freio várias Verifique o desgaste das sapatas
vezes e verifique se a roda gira de freio (pág. 6-21).
livremente ao soltá-lo.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-21

Freio dianteiro Freio traseiro


1
2 1

2 1

B
A

1 2

Desgaste das pastilhas Desgaste das sapatas Interruptor da luz do


(Somente freio dianteiro (Exceto freio dianteiro freio (1)
CG150 Titan ESD•CG150 Sport) CG150 Titan ESD•CG150 Sport)
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
O desgaste das pastilhas depen- Substitua as sapatas se a seta (1)
de da severidade de uso, modo ficar alinhada ou ultrapassar a Localiza-se no lado direito da mo-
de pilotagem e condições da pis- marca de referência (2), com o tocicleta, atrás do motor. Verifique
ta. freio totalmente acionado. o funcionamento do interruptor de
acordo com o Plano de Manuten-
Verifique as ranhuras (1) em
NOTA ção Preventiva (pág. 6-1).
cada pastilha. Se alguma pasti-
lha estiver gasta até a ranhura, Substitua as sapatas somente Para ajustá-lo, gire a porca de ajus-
substitua todas as pastilhas em numa concessionária autorizada te (2) na direção A para adiantar
conjunto. Honda. o ponto em que a luz se acende e
na direção B para retardá-lo.
NOTA
Substitua as pastilhas somente ATENÇÃO
numa concessionária autorizada Gire a porca de ajuste e não o
Honda. corpo do interruptor.
6-22 MANUTENÇÃO E AJUSTES
Pneus CG150 Job kPa (kgf/cm2; psi) CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job
Somente piloto
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4. e carga 1
A pressão correta e as condições Dianteiro 175
(1,75; 25)
dos pneus são fundamentais para
Traseiro 200
maior estabilidade, conforto, se- (2,00; 29)
gurança e durabilidade dos
pneus. Inspecione os pneus e aros,
e ajuste a pressão de acordo com CG150 Sport
o Plano de Manutenção Preven- (pneus sem câmara)
tiva (pág. 6-1). kPa (kgf/cm2; psi) 2
Somente Piloto e
Pressão dos pneus piloto passageiro
NOTA Dianteiro
200 200 Inspeção
(2,00; 29) (2,00; 29)
Verifique a pressão com os pneus Verifique se os indicadores de des-
frios, antes de pilotar. 200 225
Traseiro (2,00; 29) (2,25; 33) gaste (1) estão visíveis, observan-
do suas marcas de localização
! CUIDADO NOTA (2). Se estiverem, substitua o pneu
Pneus com pressão incorreta so- imediatamente.
Os pneus sem câmara possuem
frem desgaste anormal e podem uma certa capacidade de auto-
deslizar e sair dos aros, causando vedação. Inspecione o pneu com ! CUIDADO
danos e afetando a segurança. cuidado para verificar se há algum Não trafegue com pneus gas-
furo, especialmente se não estiver tos. A aderência entre o pneu e
CG150 Titan KS•ES•ESD totalmente cheio ou apresentar o solo diminui, reduzindo a tra-
kPa (kgf/cm2; psi)
Somente Piloto e
queda de pressão freqüente. ção e afetando a segurança.
piloto passageiro
175 175
Dianteiro (1,75; 25) (1,75; 25)
200 225
Traseiro (2,00; 29) (2,25; 33)
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-23
CG150 Sport (Exceto CG150 Sport)
! CUIDADO
Verifique se os raios estão frouxos.
1 P Na troca, instale somente os
pneus especificados. Caso
! CUIDADO contrário, a dirigibilidade e
A tensão dos raios, centragem segurança serão afetadas.
e alinhamento das rodas são vi-
tais para a segurança. Nos pri-
meiros 1.000 km, os raios afrou- ATENÇÃO
xam rapidamente devido ao as- Não tente remover pneus sem
2 sentamento inicial das peças. o uso de ferramentas especiais
Raios muito frouxos causam ins- e protetores de aros para evitar
tabilidade em alta velocidade, danos.
Verifique se há cortes, pregos ou o que pode levar à perda de
outros objetos encravados nos controle. (CG150 Sport)
pneus. Inspecione os aros quanto Por motivos de segurança, sempre
a entalhes e deformações. substitua os pneus em caso de da-
Reparo e substituição nos. Se for necessário efetuar um
Certifique-se de que as tampas
das válvulas estejam bem aperta- Dirija-se a uma concessionária reparo de emergência, pilote len-
das. Instale uma nova tampa, se autorizada Honda para substituir ta e cuidadosamente até a conces-
necessário. pneus danificados e câmaras sionária autorizada Honda mais
perfuradas (se equipado). próxima. Evite transportar passa-
geiro ou carga nessas condições.
! CUIDADO
P Não tente consertar pneus ou ! CUIDADO
câmaras de ar (se equipado) P Não ultrapasse a velocidade de
danificados. O balanceamento 80 km/h nas primeiras 24 ho-
da roda e a segurança dos ras após o reparo. Não ultra-
pneus podem ser comprome- passe a velocidade máxima
tidos. permitida em vias públicas.
6-24 MANUTENÇÃO E AJUSTES
Câmara de ar Honda Tuffup Remova o objeto e leve imediata-
! CUIDADO (CG150 Titan KS•ES•ESD• mente a motocicleta até uma con-
P Troque o pneu se a parede CG150 Job) cessionária autorizada Honda,
lateral estiver perfurada ou A câmara de ar Honda Tuffup, mesmo que a pressão esteja nor-
danificada. Do contrário, po- instalada no pneu traseiro, mini- mal.
derá ocorrer perda de contro- miza os vazamentos de ar graças
le da motocicleta. a um fluido especial existente em ! CUIDADO
P Não instale pneus com câma- seu interior que bloqueia o furo. O fluido pode ser expelido ao
ra em aros para pneus sem câ- No entanto, ela não evita a per- remover o objeto do pneu. Em
mara. Da mesma forma, nun- da de pressão em caso de estou- caso de contato com a pele ou
ca instale câmaras de ar em ro do pneu, danos fora da área olhos, lave a área atingida com
pneus sem câmara. Do contrá- de cobertura do fluido, rasgos na água corrente e procure orien-
rio, poderá ocorrer perda de câmara de ar causados por obje- tação médica.
controle da motocicleta. tos metálicos, ou danos extensos,
P O balanceamento correto das em forma de “L” ou com mais de
3 mm de diâmetro. NOTA
rodas é necessário para a es- P Instale somente pneus e câ-
tabilidade e segurança da mo- maras de ar de mesma medi-
tocicleta. Não remova ou mo- ATENÇÃO
da.
difique os contrapesos das ro- Se o dano for superior a 3 mm, P Certifique-se de que a pressão
das. substitua a câmara de ar. do pneu seja a especificada.
P Procure uma concessionária
autorizada Honda para balan- Sempre verifique a pressão antes
cear as rodas após reparar ou de pilotar. Verifique também se o
substituir os pneus. pneu ou aro estão umedecidos
pelo fluido e se há algum objeto
estranho encravado no pneu.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-25
2. Pressione a lingüeta (1) e des-
6
conecte o cabo do velocíme-
tro (2).
3. Remova a porca de ajuste (3)
2 e o cabo (4) do braço do freio
(5).
5 4. Remova a porca do eixo (6), o
eixo (7) e a roda.
7

3 4 1

Roda dianteira Instalação


Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
Siga a ordem inversa da remoção.
1. Insira o eixo pelo lado direito,
NOTA através do cubo da roda e gar-
É necessário o uso de um torquí- fo esquerdo.
metro para este procedimento. 2. Certifique-se de que a saliên-
cia (8) do garfo esquerdo es-
(CG150 Titan KS•ES•CG150 Job) teja encaixada no ressalto (9)
do flange do freio.
Remoção
3. Aperte a porca do eixo com o
1. Levante a roda do chão colo- torque de 54 – 69 N.m (5,5 –
cando um suporte sob o motor. 7,0 kgf.m).
NOTA 4. Ajuste a folga do freio dianteiro
Se não tiver um suporte ou maca- (pág. 6-19).
co apropriado, procure uma con-
cessionária autorizada Honda.
6-26 MANUTENÇÃO E AJUSTES

! CUIDADO
8
3 Evite o contato do disco e pasti-
lhas com graxa, óleo ou sujeira,
para evitar problemas de desem-
penho e desgaste prematuro.
9
2
NOTA
Não acione a alavanca do freio,
1 após remover a roda, para evitar
vazamento de fluido. Se isso acon-
tecer, procure uma concessioná-
NOTA (CG150 Titan ESD•CG150 Sport)
ria autorizada Honda para efe-
Acione a alavanca do freio várias Remoção tuar a manutenção do sistema.
vezes e verifique se a roda gira
livremente após soltá-la. Se o freio 1. Levante a roda do chão colo-
cando um suporte sob o motor.
travar ou a roda prender, verifi-
que novamente a montagem. NOTA
Se não tiver um suporte ou maca-
co apropriado, procure uma con-
! CUIDADO cessionária autorizada Honda.
Caso não use um torquímetro,
dirija-se a uma concessionária 2. Pressione a lingüeta (1) e
autorizada Honda, assim que desconecte o cabo do velocí-
possível, para verificar a mon- metro (2).
tagem. Uma montagem incor- 3. Remova a porca do eixo (3), o
reta pode reduzir a eficiência eixo (4) e a roda.
do freio.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-27
3 6

4
2

Instalação 4. Conecte o cabo do velocíme- Roda traseira


Siga a ordem inversa da remoção. tro.
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
1. Insira o eixo pelo lado direito, NOTA
através do cubo da roda e gar- Acione a alavanca do freio várias NOTA
fo esquerdo. vezes e verifique se a roda gira É necessário o uso de um torquí-
livremente após soltá-la. Se o freio metro para este procedimento.
ATENÇÃO travar ou a roda prender, verifi-
Para evitar danos, encaixe o dis- que novamente a montagem.
co do freio cuidadosamente en- Remoção
tre as pastilhas. 1. CG150 Titan KS KS•• ES
ES•• ESD
ESD••
! CUIDADO
2. Certifique-se de que a ranhu- CG150 Job:
Caso não use um torquímetro,
ra da caixa de engrenagens do dirija-se a uma concessionária Apóie a motocicleta no cava-
velocímetro esteja encaixada autorizada Honda, assim que lete central.
no ressalto (5) do garfo. possível, para verificar a monta- CG150 Sport:
3. Aperte a porca do eixo com o gem. Uma montagem incorreta Levante a roda do chão colo-
torque de 54 – 69 N.m (5,5 – pode reduzir a eficiência do freio. cando um suporte sob o motor.
7,0 kgf.m).
6-28 MANUTENÇÃO E AJUSTES
NOTA
10 8
Acione o pedal do freio várias ve-
7 zes e verifique se a roda gira li-
4
vremente após soltá-lo. Se o freio
travar ou a roda prender, verifi-
que novamente a montagem.

! CUIDADO
9 Caso não use um torquímetro,
5 dirija-se a uma concessionária
autorizada Honda, assim que
NOTA Instalação possível, para verificar a mon-
Se não tiver um suporte ou maca- Siga a ordem inversa da remo- tagem. Uma montagem incor-
co apropriado, procure uma con- ção. reta pode reduzir a eficiência
cessionária autorizada Honda. do freio.
1. Verifique se a ranhura (8) do
braço oscilante (9) está corre-
2. Remova a porca de ajuste (1) tamente assentada sobre o res-
e desacople a vareta (2) do salto (10) do flange do freio.
braço do freio (3).
2. Aperte a porca do eixo com o
3. Solte as contraporcas (4) e as torque de 78 – 98 N.m (8,0 –
porcas de ajuste (5) da corren- 10 kgf.m)
kgf.m).
te.
3. Ajuste a folga da corrente
4. Remova a porca (6) e o eixo (pág. 6-12) e do freio traseiro
(7). (pág. 6-20).
5. Empurre a roda para a frente
e retire a corrente da coroa.
6. Remova a roda do braço osci-
lante.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-29
Bateria ! CUIDADO
CG150 Titan KS•CG150 Job
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4. 3 5
P A bateria contém ácido sulfú-
A bateria desta motocicleta é se- rico. O contato com a pele ou
lada e não há necessidade de ve- olhos é altamente prejudicial 4
rificar o nível do eletrólito ou adi- e pode causar sérias queima-
cionar água destilada. Se a bate- duras. Use roupas protetoras
ria estiver fraca, dificultando a e proteção facial durante o
partida ou causando outros pro- manuseio.
blemas elétricos, dirija-se a uma P Em caso de contato com a pele, 1
concessionária autorizada Honda.
lave com bastante água. 2
NOTA P Em caso de contato com os

Para maior vida útil, recomenda- olhos, lave com água duran- Remoção
mos usar a motocicleta, pelo te, pelo menos, 15 minutos e
menos, uma vez por semana para procure assistência médica ATENÇÃO
que a bateria seja carregada. imediatamente.
Para evitar um curto-circuito,
P Em caso de ingestão, tome bas-
desligue o interruptor de igni-
Se a motocicleta for permanecer tante água ou leite. Em segui- ção antes de remover a bateria.
inativa por longo período, remo- da, beba leite de magnésia,
va a bateria e carregue-a total- ovos batidos ou óleo vegetal.
1. Remova a tampa lateral es-
mente. Guarde-a em local fresco Procure um médico imediata-
querda (pág. 4-6).
e seco. Se permanecer na moto- mente.
cicleta, desconecte o cabo nega- P A bateria é explosiva. Mante-
2. Remova o parafuso (1) e o su-
tivo do terminal da bateria. porte da bateria (2).
nha faíscas, chamas e cigar-
ros afastados. Mantenha o lo- 3. Desconecte primeiro o cabo do
ATENÇÃO cal de carga da bateria venti- terminal negativo (–) (3) da ba-
lado. teria e, em seguida, o cabo do
Não remova as tampas da ba- terminal positivo (+) (4).
teria para evitar danos e vaza- P Mantenha fora do alcance de
crianças. 4. Retire a bateria (5) do com-
mentos. partimento.
6-30 MANUTENÇÃO E AJUSTES
CG150 Titan ES•ESD•CG150 Sport Fusível queimado ! CUIDADO
5
4 Não use fusíveis diferentes dos
especificados nem os substitua
3 por outros materiais condutores.
Isto poderá causar danos ao sis-
tema elétrico, falta de luz, per-
da de potência e até mesmo um
incêndio.
1
2
ATENÇÃO
Para evitar um curto-circuito,
Instalação Fusíveis desligue o interruptor de igni-
Siga a ordem inversa da remo- Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4. ção antes de verificar ou trocar
ção. os fusíveis.
NOTA
NOTA Sempre mantenha fusíveis de
P Certifique-se de conectar pri- reserva na motocicleta para caso
meiro o cabo do terminal posi- de emergência.
tivo (+) e então o cabo do ter-
minal negativo (–). Se os fusíveis queimarem com fre-
P Verifique se os parafusos e qüência, dirija-se a uma conces-
fixadores estão bem apertados. sionária autorizada Honda para
inspecionar o sistema elétrico.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-31
CG150 Titan KS•CG150 Job CG150 Titan ES•ESD•CG150 Sport CG150 Titan KS•CG150 Job
2
2 2

1 1 3 3
3

Caixa de fusíveis (1) 3. Instale o fusível novo. Os fusí- Fusível principal (1)
Localizada atrás da tampa lateral veis de reserva (3) encontram- Com capacidade de 15 A, está
esquerda, possui fusíveis com se na caixa de fusíveis. localizado atrás da tampa lateral
capacidade de 5 A e 10 A. 4. Feche a tampa da caixa de fu- esquerda.
1. Remova a tampa lateral es- síveis e instale a tampa lateral (CG150 Titan KS•CG150 Job)
querda (pág. 4-6). esquerda. 1. Remova a tampa lateral es-
2. Abra a tampa da caixa de fu- querda (pág. 4-6).
síveis (2) e retire o fusível 2. Abra a tampa da caixa do fusí-
queimado. vel principal (2).
3. Retire o fusível queimado e
instale o novo. O fusível prin-
cipal de reserva (3) está loca-
lizado próximo à caixa do fusí-
vel principal.
4. Feche a tampa da caixa do fu-
sível principal e instale a tam-
pa lateral esquerda.
6-32 MANUTENÇÃO E AJUSTES
CG150 Titan ES•ESD•CG150 Sport Lâmpadas
4 1 Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.

ATENÇÃO
Não toque na lâmpada do farol. 3
Use luvas limpas para a substi-
tuição. As impressões digitais
deixadas no bulbo podem cau-
sar queima prematura. Se tocar
na lâmpada, limpe-a com um 2
3 1
pano umedecido em álcool.
(CG150 Titan ES•ESD• Lâmpada do farol
CG150 Sport) NOTA 1. Remova os parafusos (1) da
1. Remova a tampa lateral es- P Desligue o interruptor de igni- carcaça do farol.
querda (pág. 4-6). ção antes de substituir as lâmpa- 2. Puxe com cuidado a borda in-
2. Solte o conector (4) do inter- das. ferior do farol (2) para a fren-
ruptor magnético de partida. P Use apenas as lâmpadas espe- te.
3. Retire o fusível queimado e cificadas. 3. Remova o farol e solte o conec-
instale o novo. O fusível prin-
P Após a instalação, verifique se tor (3).
cipal de reserva (3) está loca- a luz funciona corretamente.
lizado sob o interruptor mag-
nético de partida.
! CUIDADO
4. Ligue o conector e instale a
tampa lateral esquerda. Espere as lâmpadas esfriarem
antes de iniciar a substituição.
MANUTENÇÃO E AJUSTES 6-33

3
2
6
1
5
2 1
3
7 4

4. Remova a capa de borracha (4). Lâmpada da lanterna traseira/ Lâmpadas das sinaleiras
5. Pressione a presilha (5) e re- luz do freio 1. Remova o parafuso (1) e a lente
mova a lâmpada (6). 1. Remova os parafusos (1) e a da sinaleira (2).
6. Instale a nova lâmpada na or- lente da lanterna traseira (2). 2. Pressione levemente o soquete
dem inversa da remoção. 2. Pressione levemente a lâmpa- (3) e gire-o no sentido anti-
da (3) e gire-a no sentido anti- horário. Remova a lâmpada
NOTA horário. (4) do soquete.
Certifique-se de que a presilha 3. Instale a nova lâmpada na or- 3. Instale a nova lâmpada na or-
esteja firmemente presa nos dem inversa da remoção. dem inversa da remoção.
rebaixos (7).
6-34 MANUTENÇÃO E AJUSTES
Y = máximo 1,2 m
menos de 20 cm X > Y/5 1
X
Y
10 m

10 m

menos de 10 cm 100 m

Figura ilustrativa Figuras ilustrativas 2

Farol NOTA Ajuste vertical


P Regule o farol na luz baixa. Para ajustar o farol, solte os pa-
Leia Cuidados na manutenção, pág. 6-4.
P O facho do farol deve alcançar rafusos (1) e mova a carcaça do
Regulagem do facho do farol 100 m no máximo. farol (2) para cima ou para bai-
xo.
! CUIDADO 1. Coloque a motocicleta na po- Após o ajuste, aperte os parafu-
A regulagem correta do farol é sição vertical, sem apoiá-la no
fundamental para a segurança. sos.
cavalete, com o centro da roda
Sempre a verifique antes de pi- dianteira a 10 m de uma pare- NOTA
lotar e ajuste, se necessário. de plana, de preferência não
reflexiva. Obedeça às leis e regulamenta-
Regule o farol de acordo com o ções locais.
Plano de Manutenção Preventi- 2. Calibre os pneus na pressão
va (pág. 6-1). especificada.
3. Solte os fixadores do farol e
NOTA incline-o para cima ou para
Considere o peso do passageiro baixo até sua projeção ficar
e da carga, pois estes podem afe- dentro das especificações.
tar a regulagem do farol. 4. Reaperte os fixadores.
LIMPEZA E CONSERVAÇÃO 7-1
Cuidados com a P Remova materiais estranhos dos NOTA
componentes de fricção, como O desgaste e a corrosão naturais
motocicleta tambores e discos de freio, para não são cobertos pela garantia.
Para proteger seu investimento, não prejudicar sua durabilida-
é fundamental que você seja res- de e eficiência.
ponsável pela manutenção e con- P Se a motocicleta for permane-
Lavagem
servação corretas de sua motoci- cer inativa por um longo perío-
cleta. Sempre reserve um pouco do, consulte Conservação de ATENÇÃO
de tempo para isso antes e de- Motocicletas Inativas (pág. 7-3). P Não use equipamentos de alta
pois de pilotar. Oxidação pressão. O jato direto e a alta
A inspeção antes do uso e a lim- temperatura podem danificar
peza e conservação diárias são tão As motocicletas são diferentes de os componentes da motocicle-
importantes quanto as revisões pe- outros veículos, pois seu chassi e ta, desprender faixas e adesi-
riódicas executadas pelas conces- diversos componentes metálicos
são expostos. Além disso, todo vos, remover a graxa dos rola-
sionárias autorizadas Honda. mentos da coluna de direção
material metálico pode sofrer
Você mesmo pode efetuar a oxidação pelo simples contato e da suspensão traseira, além
limpeza de sua motocicleta, mas com o oxigênio. de danificar a pintura.
se tiver qualquer dúvida ou ne- Este processo, também conhecido P Nunca lave a motocicleta ex-
cessitar de serviços especiais, pro- como ferrugem, pode ser acelera- posta ao sol e com o motor
cure uma concessionária autori- do devido a conservação inade- quente.
zada Honda. quada e contato constante com P Não aplique produtos alcali-
Recomendações básicas água e substâncias salinas. Para nos ou ácidos, altamente pre-
P Limpe a motocicleta regularmen- controlar os efeitos da oxidação, judiciais às peças zincadas e
te para manter sua aparência, lave a motocicleta freqüentemente. de alumínio.
aumentar a durabilidade e prote- P Nunca use solventes ou produ-
ger a pintura, componentes cro- ATENÇÃO
Lave a motocicleta com água fria tos abrasivos e detergentes
mados, plásticos ou de borracha. para evitar danos às peças me-
P Elimine o acúmulo de poeira,
logo após pilotar em regiões lito-
râneas, em caso de contato com tálicas, plásticas e de borracha,
terra, barro, areia e pedras. O danos à pintura, perda de bri-
atrito de pedras e areia pode água de chuva, ou após atraves-
sar riachos ou alagamentos. lho e descoloração, e oxidação.
afetar a pintura.
7-2 LIMPEZA E CONSERVAÇÃO
3. Enxágüe completamente a mo-
ATENÇÃO tocicleta e seque com um pano
P Não use lã de aço ou produ- limpo e macio. Retire o excesso
tos abrasivos para limpar os de água do interior dos cabos.
raios e/ou rodas. Caso con- 4. Limpe as peças plásticas com
trário, a camada protetora um pano ou esponja macios
será removida, iniciando o umedecidos em solução de
processo de oxidação. xampu neutro e água. Enxá-
güe completamente com água
NOTA e seque com um pano macio.
P Os resíduos da combustão eli- Dreno do escapamento
minados pelo dreno podem su- (Limpe a sujeira.) ATENÇÃO
jar a superfície do escapamen- P Outros materiais de limpeza
to. Siga os procedimentos nor- NOTA ou produtos para polimento
mais de limpeza. Não obstrua O querosene ataca as peças de podem danificar as peças.
o dreno. borracha. Proteja-as antes da P Não remova a poeira com um
P O escapamento é submetido a aplicação. pano seco para evitar danos à
altas temperaturas, o que pode pintura.
fazer com que fique amarelado 2. Lave a carenagem, tanque, as-
ou azulado, em casos críticos. 5. Se necessário, aplique cera
sento, tampas laterais e pára- protetora nas superfícies pin-
Esta é uma condição normal.
lamas com água e xampu tadas e cromadas. Aplique com
neutro, fazendo movimentos algodão especial ou flanela,
1. Pulverize querosene no motor, circulares. Use um pano ou es-
carburador, escapamento, ro- em movimentos circulares e
das e cavaletes lateral e cen- ponja macia. uniformes.
tral, e remova os resíduos de NOTA 6. Não aplique cera protetora,
óleo e graxa com um pincel. Lave a motocicleta pulverizando massa ou produtos para poli-
Retire incrustrações de piche mento nas peças plásticas sem
água em formato de leque aber- pintura. Isso pode danificá-las
com querosene puro. Em segui- to, sob baixa pressão, a uma dis-
da, enxágüe com bastante permanentemente, sendo ne-
água. tância mínima de 1,2 m. cessária a sua troca.
LIMPEZA E CONSERVAÇÃO 7-3
NOTA Rodas de alumínio (CG150 Sport)
ATENÇÃO Aplique spray antioxidante somen- Para evitar corrosão, após pilotar
P Para evitar riscos e batidas, te com o motor frio. O excesso em locais com poeira, umidade,
tenha cuidado ao manusear pode ser retirado após 24 horas. água salgada, etc., limpe as rodas
a motocicleta e as peças plás- com uma esponja umedecida com
ticas. água e xampu neutro. Enxágüe-as
P A aplicação de massa ou pro- ! CUIDADO com bastante água. Use um pano
dutos para polimento pode da- Não aplique spray antioxidante macio e limpo para secá-las.
nificar o acabamento. Se al- nas regiões próximas aos freios.
guma superfície for riscada, ATENÇÃO
procure uma concessionária Não use esponjas de aço nem
autorizada Honda, que dispõe 8. Ligue o motor e deixe-o fun- P

cionar por alguns minutos. Isso produtos abrasivos ou com-


de tinta para retoque na cor postos.
original da motocicleta. ajudará a secar os componen-
P Não suba em guias nem encos-
P As peças injetadas na cor defi-
tes e eliminará a condensação
te a roda contra obstáculos.
nitiva (sem pintura) não permi- de umidade do interior da lente
tem retoques. Para mantê-las do farol, que pode se formar Conservação de
em perfeitas condições, tome após a lavagem. motocicletas inativas
cuidado ao lavar a motocicleta
ou aplicar produtos para poli- ! CUIDADO ATENÇÃO
mento. Caso contrário, será Para maior vida útil da bateria,
necessário substituí-las para P A eficiência dos freios pode
recomendamos utilizar a mo-
eliminar marcas ou riscos. ser temporariamente afetada tocicleta, pelo menos, uma vez
após a lavagem. Teste-os an- por semana.
7. Logo após a lavagem, lubrifique tes de pilotar. Pode ser neces-
a corrente de transmissão e os sário acioná-los algumas ve- NOTA
cabos do acelerador, da em- zes para restituir seu desem-
breagem e do afogador. Apli- Antes de armazenar a motocicle-
penho normal. ta, faça todos os reparos necessá-
que spray antioxidante nos aros
P Acione os freios com maior rios. Caso contrário, eles podem
e/ou rodas, amortecedores, in-
terior e exterior do escapamen- antecedência para evitar um ser esquecidos quando a motoci-
to e demais peças cromadas. possível acidente. cleta for novamente usada.
7-4 LIMPEZA E CONSERVAÇÃO
Se a motocicleta for permanecer 4. Para impedir oxidação no in- 8. Apóie a motocicleta sobre ca-
inativa por um longo período, terior do cilindro: valetes, de modo que os pneus
siga os procedimentos abaixo: P Remova o supressor de ruí- não toquem o chão.
1. Troque o óleo do motor. dos da vela de ignição. Use 9. Cubra a motocicleta com uma
2. Drene o tanque de combustí- um cordão para amarrar o capa apropriada. Não use plás-
vel num recipiente adequado. supressor em algum compo- ticos ou materiais impermeá-
Pulverize o interior do tanque nente plástico da carenagem, veis. Guarde a motocicleta em
com óleo antioxidante em afastado da vela de ignição. local fresco e seco, sem gran-
spray. Feche a tampa do tan- P Remova a vela e guarde-a em des variações de temperatura
que firmemente. local seguro. Não a conecte e protegida do sol.
NOTA ao supressor de ruídos.
P Coloque uma colher de chá
Ativação da motocicleta
Se a motocicleta for permanecer Siga os procedimentos abaixo an-
inativa por mais de 1 mês, certifi- (5 – 10 ml) de óleo novo para
motor no interior do cilindro tes de voltar a usar a motocicleta:
que-se de drenar o carburador
para garantir o funcionamento e proteja o orifício da vela 1. Lave completamente a motoci-
adequado do motor, quando a mo- com um pano limpo. cleta (pág. 7-1).
P Acione o pedal de partida 2. Troque o óleo do motor, caso a
tocicleta voltar a ser utilizada.
várias vezes, ou pressione o motocicleta tenha permanecido
interruptor de partida por al- inativa por mais de 4 meses.
! CUIDADO guns segundos, para distri- 3. Se necessário, recarregue a ba-
A gasolina é altamente infla- buir o óleo. teria e instale-a na motocicleta.
mável e até explosiva, sob cer- P Instale a vela e o supressor de
ruídos. 4. Limpe o interior do tanque de
tas condições. Drene o tanque combustível e abasteça-o com
de combustível e carburador em 5. Desconecte os cabos da bate-
ria. Carregue a bateria uma gasolina nova.
local ventilado, com o motor
desligado. Não permita a pre- vez por mês. 5. Efetue a inspeção antes do uso
sença de cigarros, chamas ou 6. Lave e seque a motocicleta. (pág. 5-6).
faíscas perto da motocicleta. Siga os procedimentos descri- 6. Faça um teste pilotando a mo-
tos na página 7-1. tocicleta em baixa velocidade
3. Lubrifique a corrente de trans- 7. Calibre os pneus na pressão e em local seguro, afastado do
missão. recomendada. trânsito.
TRANSPORTE 8-1
4. Mantenha a motocicleta firme- 6. Aperte ambas as cintas até que
mente no lugar, apoiando a roda a suspensão dianteira fique
dianteira na frente da caçamba comprimida até, no mínimo,
do veículo de transporte. metade de seu curso.
5. Prenda as extremidades inferio-
res das duas cintas de fixação ATENÇÃO
nos ganchos do veículo. Prenda Apertar as cintas excessivamente
as extremidades superiores das pode danificar os retentores dos
cintas no guidão (uma no lado garfos.
direito e outra no lado esquer-
Figura ilustrativa do), próximo ao garfo.
7. Trave as cintas para que não
Siga as instruções abaixo ao trans- NOTA se soltem durante o percurso.
portar a motocicleta num cami- Certifique-se de que as cintas de 8. Use outra cinta de fixação para
nhão ou carreta. fixação não fiquem em contato evitar que a traseira da moto-
com os cabos de controle, care- cicleta se movimente.
1. Use uma rampa para colocar
nagem ou fiação elétrica.
a motocicleta no veículo de
transporte.
2. Feche o registro de combustí-
vel e engrene a transmissão.
3. Mantenha a motocicleta na
posição vertical, usando cintas
de fixação apropriadas.

ATENÇÃO
Não use cordas. Elas podem se
soltar durante o transporte, cau-
sando a queda da motocicleta.
8-2 TRANSPORTE
NOTA
! CUIDADO Danos causados pelo uso de tais
Não transporte a motocicleta dispositivos ou de outros equipa-
deitada. Isso poderá danificá-la, mentos não recomendados pela
além de causar vazamento de Honda não serão cobertos pela
combustível, o que é muito peri- garantia.
goso.

NOTA
A Honda não se responsabiliza
pelo frete, estadia do condutor ou Figura ilustrativa
veículo, por danos causados du-
rante improvisos emergenciais, Reboque
nem pelo transporte da motoci- Não utilize dispositivos de rebo-
cleta para assistência técnica de- que que apóiam a roda traseira no
vido à pane que impeça a loco- solo nem reboque a motocicleta
moção ou execução das revisões com corda cambão ou cabo de
estipuladas no Plano de Manu- aço. Caso contrário, a transmissão,
tenção Preventiva. suspensão dianteira, coluna de di-
reção e chassi serão danificados.
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 9-1
A Honda, sempre empenhada em NOTA Baterias usadas: devem ser le-
melhorar o futuro do planeta, gos- Não queime, enterre ou guarde vadas a uma concessionária au-
taria de compartilhar este com- os pneus em áreas descobertas. torizada Honda para destinação
promisso com você, nosso cliente. adequada em atendimento à
Para garantir uma relação har- Resolução CONAMA no 257, de
Fios, cabos elétricos e cabos de 30/06/99.
moniosa entre sua motocicleta e aço usados: não os reutilize
o meio ambiente, observe os pon- Peças plásticas e metálicas: leve-
após a substituição. Eles repre- as até uma concessionária autori-
tos abaixo: sentam um perigo em potencial zada Honda para reciclagem para
Manutenção preventiva: pre- para o motociclista. Leve-os até evitar o acúmulo de lixo nas gran-
serva e valoriza o produto, além uma concessionária autorizada des cidades.
de trazer grandes benefícios ao Honda para reciclagem. Modificações: evite modificações,
meio ambiente. Fluidos de freio e embreagem, tais como substituição do escapa-
solução da bateria: mento e regulagens de carbura-
Óleo do motor: troque nos inter- dor, diferentes das especificadas
valos especificados neste manual. para este modelo, ou qualquer
Encaminhe o óleo usado para ! CUIDADO outra modificação que vise alterar
postos de troca ou concessionária o desempenho do motor. Além de
Devido a suas características
autorizada Honda mais próxima. infringir o Novo Código Nacional
ácidas, essas substâncias podem
danificar a pintura da motoci- de Trânsito, elas contribuem para
Produtos perigosos: não devem
cleta, além de representar sé- o aumento da poluição sonora e
ser jogados em esgoto comum. do ar.
rio risco de contaminação do
Pneus usados: leve-os até uma solo e da água, quando derra- Seguindo estas recomendações,
concessionária autorizada Honda madas. Manuseie-as com mui- você estará ajudando a preservar
para reciclagem em atendimento to cuidado. a natureza, em benefício de todos.
à Resolução CONAMA no 258,
de 26/08/99.
9-2 PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Economia de combustível Maneira de pilotar Condições externas
As condições da motocicleta, ma- O consumo de combustível será O consumo de combustível será
neira de pilotar e condições ex- menor se a motocicleta for pilo- menor se a motocicleta for pilo-
ternas afetam o consumo de com- tada de forma moderada. Acele- tada em rodovias planas e de boa
bustível. rações rápidas, manobras brus- estrutura, ao nível do mar, sem
cas e frenagens severas aumen- passageiro ou bagagem, e com
Os cuidados com o amaciamento tam o consumo. temperatura ambiente modera-
durante os primeiros quilômetros da. Roupas e capacete sob medi-
de uso também contribuem para Sempre utilize as marchas ade-
quadas, de acordo com a veloci- da também contribuem para a
este desempenho. economia de combustível.
dade, e acelere suavemente. Ten-
Condições da motocicleta te manter a motocicleta em velo- O consumo será sempre maior
Para máxima economia de com- cidade constante, sempre que o com o motor frio. Porém, não há
bustível, mantenha a motocicle- tráfego permitir. necessidade de deixá-lo em mar-
ta em perfeitas condições de uso cha lenta por um longo período
e use somente combustível de boa para aquecê-lo. A motocicleta po-
qualidade. derá ser pilotada aproximadamente
Utilize somente peças originais 1 minuto após ligar o motor, inde-
Honda e efetue todos os serviços pendente da temperatura externa.
de manutenção necessários nos O motor se aquecerá mais rapida-
intervalos especificados, princi- mente e a economia de combustí-
palmente a regulagem do car- vel será maior.
burador e verificação do sistema
de escapamento.
Verifique freqüentemente a pres-
são e o desgaste dos pneus. O
uso de pneus desgastados ou com
pressão incorreta aumenta o con-
sumo de combustível.
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 9-3
Nível de ruídos Ruídos NOTA
Sua motocicleta é propulsionada Não remova nenhum elemento
Este veículo está em conformida-
por um motor alternativo e muitas de fixação e use somente peças
de com a legislação vigente de originais Honda para evitar ruí-
controle da poluição sonora para peças móveis são utilizadas no
processo de fabricação. O meca- dos desagradáveis.
veículos automotores (Resolução
o
CONAMA n 2 de 11/02/1993, nismo possui tolerâncias de fabri-
complementada pela Resolução cação que seguem rigorosamen-
o
n 268 de 19/09/2000). te as normas de engenharia e con-
trole de qualidade da fábrica.
Limite máximo de ruído para fis-
calização de veículo em circula- Dependendo da variação dessas
ção: tolerâncias, alguns motores po-
dem apresentar ruídos caracterís-
CG150 Titan KS•ES•ESD• ticos diferentes dos motores de
motocicletas de mesma cilindrada.
CG150 Job Essa variação geralmente é per-
82,8 dB (A) a 4.000 rpm cebida com a alteração térmica
do motor e é considerada absolu-
tamente normal.
CG150 Sport
84,6 dB (A) a 4.250 rpm
(medido a 0,5 m de distância do es-
capamento, conforme NBR-9714)
9-4 PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Programa de controle de NOTA Controle de emissões
poluição do ar P Siga rigorosamente o Plano de
Para assegurar a conformidade de
Manutenção Preventiva, recor-
O processo de combustão produz rendo sempre a uma concessio- sua motocicleta com os requisitos
monóxido de carbono, óxidos de legais, confirme se os níveis de CO
nária autorizada Honda.
nitrogênio e hidrocarbonetos, e HC atendem aos valores reco-
P Observe rigorosamente as re-
entre outros elementos. O con- mendados em marcha lenta, como
comendações e especificações
trole de hidrocarbonetos e óxi- indicado abaixo (Art. 16 da Reso-
técnicas contidas neste manual.
dos de nitrogênio é muito impor- lução CONAMA no 297/02):
Além de usufruir sempre do me-
tante, pois, sob certas condições, lhor desempenho de sua Honda, Regime de marcha lenta:
eles reagem para formar fumaça você estará contribuindo para a 1.400 ± 100 rpm
e névoa fotoquímica, quando ex- preservação do meio ambiente. (na temperatura normal
postos à luz solar. de funcionamento)
O monóxido de carbono não rea-
ge da mesma forma, entretanto é Valores recomendados de CO
tóxico. (monóxido de carbono):
As motocicletas Honda possuem CG150 Titan KS•ES•ESD•
sistemas de admissão, alimenta- CG150 Job
ção de combustível e escapamen-
to ajustados para reduzir as emis- 1,3 ± 0,3%
sões desses elementos. (em marcha lenta)
CG150 Titan Sport
NOTA
Este veículo atende ao Progra- 0,8 ± 0,3%
Use somente peças originais. Elas (em marcha lenta)
são imprescindíveis para o funcio- ma de Controle da Poluição do
namento correto desses sistemas. Ar por Motociclos e Veículos
Similares – PROMOT, estabele- Valores recomendados de HC
cido pela Resolução CONAMA (hidrocarbonetos):
no 297 de 26/02/2002 e no 342 Abaixo de 500 ppm
de 25/09/2003. (em marcha lenta)
ESPECIFICAÇÕES 10-1

DIMENSÕES
Comprimento total 2.002 mm
Largura total 731 mm (CG150 Titan KS•ES•CG150 Job)
743 mm (CG150 Titan ESD)
744 mm (CG150 Sport)
Altura total 1.083 mm (CG150 Titan KS•ES•CG150 Job)
1.085 mm (CG150 Titan ESD)
1.071 mm (CG150 Sport)
Distância entre eixos 1.323 mm (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
1.329 mm (CG150 Sport)
Distância mínima do solo 175 mm (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
203 mm (CG150 Sport)
Altura do assento 792 mm (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
797 mm (CG150 Sport)

PESO
Peso seco 118 kg (CG150 Titan KS)
119 kg (CG150 Titan ES•CG150 Job)
121 kg (CG150 Titan ESD)
117 kg (CG150 Sport)
10-2 ESPECIFICAÇÕES

CAPACIDADES
Óleo do motor 1,0 litro (após drenagem)
1,2 litro (após desmontagem do motor)
Tanque de combustível 14,0 litros
Reserva de combustível 2,0 litros (aproximadamente)
Óleo da suspensão dianteira 141,5 cm3 (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
137,5 cm3 (CG150 Sport)
Capacidade Piloto e um passageiro (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Sport)
Piloto e carga (CG150 Job)
Capacidade máxima de carga 166 kg (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Sport)
110 kg (CG150 Job)
MOTOR
Tipo 4 tempos, arrefecido a ar, OHC, monocilíndrico,
acionado por corrente, 2 válvulas
Disposição do cilindro Inclinado 15° em relação à vertical
Diâmetro e curso 57,3 x 57,8 mm
Cilindrada 149,2 cm3
Relação de compressão 9,5:1
Potência máxima 14,2 cv a 8.000 rpm (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
15,3 cv a 8.500 rpm (CG150 Sport)
Torque máximo 1,35 kgf.m a 6.500 rpm (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
1,41 kgf.m a 7.000 rpm (CG150 Sport)
Vela de ignição NGK CPR8EA-9 NGK CPR9EA-9 (Opcional)
Folga dos eletrodos 0,8 – 0,9 mm
Folga das válvulas (motor frio) Adm: 0,08 mm Esc: 0,12 mm
Rotação de marcha lenta 1.400 ± 100 rpm
ESPECIFICAÇÕES 10-3

CHASSI/SUSPENSÃO
Cáster/trail 27°24’/93 mm (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
27°23’/93 mm (CG150 Sport)
Pneu dianteiro (medida) 80/100 – 18M/C 47P (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
(marca/modelo) PIRELLI CITY DEMON
(medida) 80/100 – 18M/C 47P (CG150 Sport)
(marca/modelo) PIRELLI MT75
Pneu traseiro (medida) 90/90 – 18M/C 57P (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
(marca/modelo) PIRELLI CITY DEMON
(medida) 110/80 – 17M/C 57P (CG150 Sport)
(marca/modelo) PIRELLI MT75
Suspensão dianteira (tipo/curso) Garfo telescópico/130 mm (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
Garfo telescópico/125 mm (CG150 Sport)
Suspensão traseira (tipo/curso) Braço oscilante/101 mm (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
Braço oscilante/103 mm (CG150 Sport)
Freio dianteiro (tipo) A disco, simples (CG150 Titan ESD•CG150 Sport)
A tambor (sapatas de expansão interna)
(CG150 Titan KS•ES•CG150 Job)
Freio traseiro (tipo) A tambor (sapatas de expansão interna)
10-4 ESPECIFICAÇÕES

TRANSMISSÃO
Tipo 5 velocidades constantemente engrenadas
Embreagem Multidisco em banho de óleo
Redução primária 3,350
Redução final 2,687 (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
2,800 (CG150 Sport)
Relação de transmissão I 2,785
II 1,789
III 1,350
IV 1,090
V 0,937
Sistema de mudança de marcha Operado pelo pé esquerdo

SISTEMA ELÉTRICO
Bateria 12 V – 4 Ah (CG150 Titan KS•CG150 Job)
12 V – 5 Ah (CG150 Titan ES•ESD•CG150 Sport)
Sistema de ignição CDI (Ignição por descarga capacitiva)
Alternador 0,068 kW/5.000 rpm
Fusível principal 15 A
Outros fusíveis 5 A, 10 A
ESPECIFICAÇÕES 10-5

SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
Lâmpada do farol (alto/baixo) 12 V – 35/35 W
Lâmpada da lanterna traseira/luz do freio 12 V – 21/5 W
Lâmpadas dos instrumentos 12 V – 2 W x 2 (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
12 V – 1,7 W x 2 (CG150 Sport)
Lâmpadas das sinaleiras 12 V – 16 W x 4
Indicador do ponto morto 12 V – 3 W
Indicador das sinaleiras 12 V – 3 W
Indicador do farol alto 12 V – 3 W (CG150 Titan KS•ES•ESD•CG150 Job)
12 V – 2 W (CG150 Sport)
10-6 ESPECIFICAÇÕES

ATENÇÃO
Não tente remover a placa de
identificação, pois ela é auto-
destrutiva (resolução CONTRAN
1 no 024/98).

Identificação da Placa de identificação do ano


motocicleta de fabricação (3)
Esta placa, colada no lado direi-
A identificação oficial de sua mo- to do chassi, perto da coluna de
tocicleta é feita por meio do nú- direção sob o tanque de combus-
mero de série do chassi (1), grava- tível, identifica o ano de fabrica-
do no lado direito da coluna de ção de sua motocicleta.
direção, e número de série do
Tenha cuidado para não danificá-
motor (2), gravado no lado esquer-
la.
do do motor. Esses números devem
ser usados como referência para
solicitação de peças de reposição.
Anote-os nos espaços abaixo.
o
N de série do chassi

o
N de série do motor
Manual do Condutor
Código de Trânsito Brasileiro Lei nº 9.503, de 23/09/97

O presente manual do condutor de autoria do Prof.


Miguel Ramirez Sosa – Presidente da ABETRAN –
Associação Brasileira de Educadores de Trânsito, não
poderá ser reproduzido por qualquer meio, incluindo
fotocópia, gravação ou informação computadorizada,
sem a permissão por escrito das entidades
ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes
de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas
e/ou ABRAMOTO – Associação Brasileira das
Empresas Industriais e Montadoras de Motocicletas,
Motonetas, Ciclomotores, Bicicletas, Triciclos e
Quadriciclos que detém os direitos de edição,
publicação e reprodução, salvo o texto comum de duas
e quatro rodas.

Depósito legal na Biblioteca Nacional.


2 Manual do Condutor

Apresentação Índice
O Manual do Condutor é um apanhado de Manual do Condutor
conhecimentos básicos indispensáveis ao bom
condutor do veículo. • Normas Gerais de Circulação ....................................... 3
Sem se perder por capítulos, artigos e alíneas, este • Infrações e Penalidades ............................................... 8
instrumento garante aos usuários de nossas vias uma • Direção Defensiva ........................................................ 13
leitura agradável, constituindo-se em fonte de consulta
fácil e eficiente. • Primeiros Socorros ...................................................... 21
Quatro temas básicos são abordados: as normas de • Anexo I – Glossário ..................................................... 28
circulação e conduta, as infrações e penalidades • Anexo II – Sinalização de Trânsito ........................... 34
previstas no código, a direção defensiva, e os
cuidados básicos de primeiros socorros.
Em anexo, apresentam-se a sinalização básica de
trânsito e um glossário com a definição de termos e
conceitos freqüentes no jargão da segurança no
trânsito e do código vigente.
Acreditamos que este manual será de grande valia
para todo condutor sinceramente empenhado em
mudar a triste estatística que faz do Brasil um dos
campeões mundiais em acidentes de trânsito.
Na elaboração deste manual procurou-se atender na
íntegra ao que determina o art. 338 da lei no. 9.503/97,
em conteúdos e prazo estabelecido para a vigência do
referido dispositivo legal.
Tendo em vista a premência de tempo, o manual ora
apresentado poderá sofrer eventuais alterações com a
finalidade de buscar maior aperfeiçoamento em futuras
edições quanto a uma literatura mais voltada aos
veículos de duas rodas.
Manual do Condutor 3

Normas Gerais de Circulação Vamos começar pelas recomendações mais gerais e


obrigatórias:

Detalhadas pelo Código de Trânsito Brasileiro em mais


de 40 artigos, as Normas Gerais de Circulação e São Deveres do Condutor:
Conduta merecem atenção especial de todos os • ter pleno domínio de seu veículo a todo momento,
usuários da via. dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à
Algumas dessas normas poderão ser aplicadas com o segurança do trânsito;
simples uso do bom senso ou da boa educação. Entre • verificar a existência e as boas condições de
essas destacamos as que advertem os usuários quanto funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório;
a atos que possam constituir riscos ou obstáculos para • certificar-se de que há combustível suficiente para a
o trânsito de veículos, pessoas e animais, além de cobertura do percurso desejado.
danos à propriedade pública ou privada.
Entretanto, bom senso apenas não será suficiente
Quem Tem Preferência?
para o restante das normas. A maior parte delas exige
do usuário o conhecimento da legislação específica e Atenção aqui. Em vias onde não haja sinalização
a disposição de se pautar por ela. específica terá preferência:
• quem estiver transitando pela rodovia, quando apenas
Resumo das Normas um fluxo for proveniente de auto-estrada;
• quem estiver circulando
Nestas páginas, procuramos apresentar de forma uma rotatória; e
condensada um apanhado das principais normas de
circulação, agrupando-as segundo temas de interesse • quem vier pela direita do
para mais fácil fixação. condutor, nos demais
casos.
Seguir corretamente as determinações implica um
processo de reaprendizagem. No início a tarefa exigirá Fácil, não? Mas lembre-se:
um pouco de dedicação, mas com o tempo tudo fica em vias com mais de uma
automatizado de novo. pista, os veículos mais lentos têm a preferência de uso
da faixa direita. Já a faixa esquerda é reservada para
Dê uma boa lida e procure memorizar o que lhe ultrapassagens e para os veículos de maior velocidade.
parecer mais importante. Mas guarde este manual para
referência futura. Quando o assunto é trânsito, confiar Mas as regras de preferência não param por aí. Também
só na memória pode lhe custar caro. têm prioridade de deslocamento os veículos destinados a
4 Manual do Condutor
socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de Para virar à direita, por
fiscalização de trânsito e as ambulâncias, bem como exemplo, faça uso das setas
veículos precedidos de batedores. E o privilégio se e aproxime-se tanto quanto
estende também aos estacionamentos. possível da margem direita
Mas há algumas coisinhas a observar. Para poder gozar da via enquanto reduz
do privilégio é preciso que os dispositivos de alarme gradualmente a velocidade.
sonoro e iluminação vermelha intermitente, – indicativos Na hora de ultrapassar,
de urgência – estejam acionados. Se for o caso: também é preciso tomar
• deixe livre a passagem à sua esquerda. Desloque-se alguns cuidados. Vejamos.
à direita e até mesmo pare, se necessário. Vidas
podem estar em jogo; Ultrapassagens
• se você for pedestre, aguarde no passeio ao ouvir o
Aqui chegamos a um ponto
alarme sonoro. Só atravesse a rua quando o veículo
realmente delicado. As
já tiver passado por ali.
ultrapassagens são uma das
Veículos de prestadores de serviços de utilidade principais causas de acidentes
pública (companhias de água, luz, esgoto, e precisam ser realizadas com
telefone, etc.) também têm prioridade de parada e toda prudência, e segundo
estacionamento no local em que estiverem procedimentos regulamentares.
trabalhando. Mas o local deve estar bem
sinalizado, segundo as normas do CONTRAN. Algumas Regras Básicas
Na maior parte das vezes, a 1. Ultrapasse sempre pela esquerda e apenas nos
circulação de veículos pelas trechos permitidos.
vias públicas deve ser feita 2. Nunca ultrapasse no acostamento das estradas.
pelo lado direito. Este espaço é destinado a paradas e saídas de
Mas às vezes é preciso emergência.
deslocar-se lateralmente, para 3. Se outro carro o estiver ultrapassando ou tiver
trocar de pista ou fazer uma sinalizado seu desejo de fazê-lo, dê a preferência.
conversão à direita ou à Aguarde sua vez.
esquerda. Nesse caso, cuide de sinalizar com 4. Certifique-se de que a faixa da esquerda está livre,
bastante antecedência sua intenção. e de que há espaço suficiente para a manobra.
Manual do Condutor 5
5. Sinalize sempre com antecedência sua intenção de 3. Nas passagens de nível.
ultrapassar. Ligue a seta ou faça os gestos 4. Nos cruzamentos ou em sua proximidade.
convencionais de braço. 5. Em trechos sinuosos ou em aclives sem visibilidade
6. Guarde distância em relação a quem está suficiente.
ultrapassando. Nada de tirar fininha. Deixe um espaço 6. Nas áreas de perímetro urbano das rodovias.
lateral de segurança.
7. Sinalize de volta, antes de voltar à faixa da direita.
Uso de Luzes e Faróis
8. Se você estiver sendo ultrapassado, mantenha
constante a sua velocidade. Se estiver na faixa da O uso das luzes do veículo deve se orientar pelo seguinte:
esquerda, venha para a direita, sinalizando luz baixa – durante a noite e no interior de túneis sem
corretamente. iluminação pública durante o dia.
9. Ao ultrapassar um coletivo que esteja parado, reduza a luz alta – nas vias não iluminadas, exceto ao cruzar-se
velocidade e muita atenção. Passageiros poderão estar com outro veículo ou ao segui-lo.
desembarcando, ou correndo para tomar a condução. luz alta e baixa – (intermitente) por curto período de
tempo, com o objetivo de advertir outros usuários da via
Os veículos pesados devem, quando circulando de sua intenção de ultrapassar o veículo que vai à
em fila, permitir espaço suficiente entre si para que frente, ou quanto à existência de risco à segurança de
outros veículos os possam ultrapassar por etapas. quem vem em sentido contrário.
Tenha em mente que os veículos mais pesados lanternas – sob chuva forte, neblina ou cerração ou à
são responsáveis pela segurança dos mais leves; noite, quando o veículo estiver parado para embarque e
os motorizados, pela segurança dos não desembarque, carga ou descarga.
motorizados; e todos pela proteção dos pedestres.
pisca-alerta – em imobilizações ou em situação de
emergência.
Proibido Ultrapassar luz de placa – durante a noite, em circulação.
A menos que haja sinalização
específica permitindo a manobra, Veículos de transporte coletivo regular de passageiros,
jamais ultrapasse nas seguintes quando circulando em faixas especiais, devem manter
situações: as luzes baixas acesas de dia e de noite.
1. Sobre pontes ou viadutos. Os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol
2. Em travessias de pedestres. de luz baixa durante o dia e a noite.
6 Manual do Condutor
Pode Buzinar? Em Vias Urbanas
Pode. Mas só de leve. Em 'toques breves', como diz o 80 km/h nas vias de trânsito
Código. Se não quiser ter problemas com o guarda. Assim rápido
mesmo, só se deve buzinar nas seguintes situações: 60 km/h nas vias arteriais
• para fazer as advertências necessárias a fim de 40 km/h nas vias coletoras
evitar acidentes; 30 km/h nas vias locais
• fora das áreas urbanas, para advertir um outro
condutor de sua intenção de ultrapassá-lo.
Em Rodovias
Olho no Velocímetro 110 km/h para automóveis
e camionetas.
Diz o ditado que quem tem 90 km/h para ônibus e
pressa vai devagar. Mas quando microônibus.
a pressa é mesmo grande todo
80 km/h para os demais
mundo quer correr além da conta.
veículos.
Cuidado! A velocidade é outro
grande fator de risco de
acidentes de trânsito. Além Para estradas não-pavimentadas, a velocidade
disso, determina, em proporção máxima é de 60 km/h.
direta, a gravidade das
ocorrências. Alguns motoristas O motorista consciente, porém, mais do que observar
acreditam que em velocidades mais altas podem se a sinalização e os limites de velocidade, deve regular
livrar com mais facilidade de algumas situações difíceis sua própria velocidade – dentro desses limites –
no trânsito. E que trafegar devagar demais é mais segundo as condições de segurança da via, do
perigoso do que andar depressa. veículo e da carga, adaptando-se também às
condições meteorológicas e à intensidade do trânsito.
Mas a coisa não é bem assim. Reduzir a velocidade é
o primeiro procedimento a se tomar na tentativa de Faça isso e estará sempre seguro. E o que é melhor:
evitar acidentes. livre de multas por excesso de velocidade.
A velocidade máxima permitida para cada via será No mais, use o bom-senso. Não fique empacando os
indicada por meio de placas. Onde não existir outros sem causa justificada, transitando em
sinalização, vale o seguinte: velocidades incomumente baixas.
Manual do Condutor 7
E para reduzir a velocidade, sinalize com Duas Rodas
antecedência. Evite freadas bruscas, a não ser em
Motociclistas e pilotos de ciclomotores
caso de emergência. Reduza a velocidade sempre que
e motonetas devem seguir algumas
se aproximar de um cruzamento ou em áreas de
regras básicas:
perímetro urbano nas rodovias.
• use sempre o capacete, com viseira
ou óculos protetores;
Parar e Estacionar • segure o guidão com as duas mãos;
Vamos ao básico: pare sempre fora da pista. Se, numa • use vestuário de proteção, conforme
emergência, tiver que parar o veículo no leito viário, as especificações do CONTRAN.
providencie a imediata sinalização. Isso vale também para os passageiros.
Em locais de estacionamento proibido, a parada deve
ser suficiente apenas para o embarque e desembarque
de passageiros. E só nos casos em que o procedimento Lembre-se: O condutor de ciclomotor deve se
não interfira com o fluxo de veículos ou pedestres. manter sempre nas faixas da direita, de preferência
O desembarque de passageiros deve se dar sempre pelo no centro da faixa. É proibido trafegar de
lado da calçada, exceto para o condutor do veículo. ciclomotores nas vias de maior velocidade. Nem
pense em conduzir ciclomotor sobre calçadas.
Ao parar seu veículo, certifique-se de que isto não
constitui risco para os ocupantes e demais
usuários da via. Parar e Estacionar
Motocicletas e outros veículos
motorizados de duas rodas devem
Veículos de Tração Animal ser estacionados de maneira
perpendicular à guia da calçada,
Deverão ser conduzidos pela direita
a menos que haja sinalização
da pista, junto ao meio-fio ou
específica determinando outra coisa.
acostamento, sempre que não houver
faixa especial para tal fim, e conforme
normas de circulação pelo órgão Bicicletas
competente. O ideal é mesmo a ciclovia. Mas onde não existir, o
ciclista deverá transitar na pista de rolamento, em seu
8 Manual do Condutor
bordo direito, e no mesmo sentido do fluxo de veículos. Bom, agora você já tem uma boa idéia do que
A autoridade de trânsito com circunscrição sobre uma apresenta o Código de Trânsito Brasileiro no que diz
determinada via poderá autorizar a circulação de respeito às normas de circulação. Se houver dúvida na
bicicletas em sentido contrário ao fluxo dos veículos, interpretação ou no entendimento de algum termo,
desde que em trecho dotado de ciclofaixa. consulte nosso Glossário, no Anexo I. O ideal é que
Detalhe: a bicicleta tem preferência sobre os veículos você procure ler o código em sua totalidade.
motorizados. Mas o ciclista também precisa tomar Informação nunca é demais.
seus cuidados. Deve trajar roupas claras e sinalizar
com antecedência todos os seus movimentos.
Os ciclistas profissionais geralmente levam esses
Infrações e Penalidades
aspectos a sério.
Décadas de uma cultura de impunidade em relação aos
crimes de trânsito deixaram os motoristas brasileiros
Segurança acostumados a digirir de qualquer jeito, sem prestar
Para dicas mais precisas sobre como evitar acidentes, muita atenção às regras. Mas a coisa agora deve mudar.
consulte o capítulo sobre Direção Defensiva. Mas Com o Código de Trânsito Brasileiro, o motorista
nunca é demais lembrar algumas mal-educado pode ter surpresas desagradabilíssimas.
dicas básicas: Pode até acabar na cadeia. A lei decidiu atacar os
1. Os condutores de motocicletas, imprudentes batendo onde lhes dói mais: no bolso.
motonetas e ciclomotores devem O preço das multas subiu para valer. Pode chegar a
circular sempre utilizando 900 UFIR, por exemplo, para quem negar socorro a
capacete com viseira ou óculos vítimas de acidentes de trânsito.
protetor, segurando o guidão com A estratégia tem tudo para funcionar. Além das multas
as duas mãos e usando vestuário pecuniárias, o Código introduz um sistema de pontuação
de proteção. cumulativo que castiga o mau motorista.
2. Nas vias urbanas e nas rurais de É assim:
pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer,
na ausência de ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, Gravíssima: 7 pontos. Multa de 180 UFIR
ou quando não for possível a utilização destes, nos Grave: 5 pontos. Multa de 120 UFIR
bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de Média: 4 pontos. Multa de 80 UFIR
circulação, com preferência sobre os veículos Leve: 3 pontos. Multa de 50 UFIR.
automotores.
Manual do Condutor 9
cada infração corresponde a um determinado número
de pontos, conforme a gravidade. Confira. O veículo apreendido permanece sob a guarda do
DETRAN ou da autoridade legal por até 30 dias.
Os pontos são cumulativos no caso de reincidência. Atin- O resgate só se dá mediante pagamento de todas
gindo 20 pontos, o motorista será suspenso e não poderá as multas e demais despesas como guincho e
dirigir até que se submeta a um curso de reciclagem. estada do veículo no depósito.
A suspensão pode valer por um período que varia de um
mês a um ano, a critério da autoridade de trânsito. 4. Andar por sobre calçadas, canteiros centrais,
A seguir, apresentamos as infrações segundo sua acostamentos, faixas de canalização e áreas gramadas.
gravidade. Multa: 180 UFIR x 3.
5. Excesso de velocidade superior a 20% do limite em
Infrações Gravíssimas rodovias ou a 50% do limite em vias públicas.
Neste grupo, as multas têm valor de 180 UFIR. Porém, Multa: 180 UFIR x 3.
dependendo do caso, este valor pode ser triplicado ou até Penalidade: Suspensão do direito de dirigir.
mesmo multiplicado por 5 nas ocorrências mais sérias. 6. Confiar a direção a alguém que não esteja em
As multas mais caras são as seguintes: condições de conduzir o veículo com segurança, em
função de alguma alteração psíquica ou física, ainda
1. Deixar de prestar socorro a vítimas de acidentes de
que habilitado.
trânsito.
Multa: 180 UFIR.
Multa: 180 UFIR x 5.
Penalidade: Suspensão do direito de dirigir e 6 meses 7. Condução agressiva em relação a pedestres ou
outros veículos.
de detenção.
Multa: 180 UFIR.
2. Dirigir alcoolizado (concentração alcóolica no sangue
superior a 6 dg/l) Penalidade: Suspensão do direito de dirigir. Retenção
do veículo. Recolhimento da carteira.
Multa: 180 UFIR x 5.
8. Avançar o sinal vermelho.
Penalidade: Suspensão do direito de dirigir. De 6 meses
a 3 anos de detenção. Multa: 180 UFIR.
3. Participar de pegas ou rachas. 9. Não dar preferência a pedestres cruzando a faixa de
pedestres.
Multa: 180 UFIR x 3.
Penalidade: Suspensão do direito de dirigir. Multa: 180 UFIR.
Recolhimento da carteira. De 6 meses a 3 anos de 10. Não parar em passagem de nível.
detenção. Apreensão e remoção do veículo. Multa: 180 UFIR.
10 Manual do Condutor
11. Dirigir com carteira de habilitação vencida há mais de Multa: 180 UFIR.
30 dias. Penalidade: Retenção do veículo.
Multa: 180 UFIR. 20. Ultrapassar pela contramão em faixa contínua ou faixa
Penalidade: Retenção da carteira. Recolhimento do veículo. amarela simples.
12. Andar na contramão. Multa: 180 UFIR.
Multa: 180 UFIR. 21. Transpor bloqueio policial sem autorização.
13. Retornar em local proibido. Multa: 180 UFIR.
Multa: 180 UFIR. Penalidade: Apreensão e remoção do veículo.
14. Não diminuir a velocidade próximo a escolas, hospitais, Suspensão do direito de dirigir. Recolhimento da carteira.
pontos de embarque e desembarque de passageiros 22. Deixar de dar prioridade a veículos do Corpo de
ou zonas de grande concentração de pedestres. Bombeiros ou a Ambulâncias que estejam em
Multa: 180 UFIR. serviço de emergência.
15. Conduzir veículo sem qualquer uma das placas de Multa: 180 UFIR.
identificação e/ou licenciamento. 23. Falsa declaração de domicílio quando do registro,
Multa: 180 UFIR do licenciamento ou da habilitação.
Penalidade: Apreensão do veículo. Multa: 180 UFIR.
16. Bloquear a rua com o veículo.
Multa: 180 UFIR. Infrações Graves
Penalidade: Apreensão e remoção do veículo. 1. Não usar o cinto de segurança.
17. Estacionar no leito viário em estradas, rodovias, vias Multa: 120 UFIR.
de trânsito rápido e pistas com acostamento. Penalidade: Retenção do veículo até a colocação do
Multa: 180 UFIR. cinto.
Penalidade: Remoção do veículo. 2. Não sinalizar mudanças de direção.
18. Exibir-se em manobras ou procedimentos perigosos. Multa: 120 UFIR.
Cantar pneus em freadas e arrancadas bruscas ou em 3. Estacionar em fila dupla.
curvas. Multa: 120 UFIR.
Multa: 180 UFIR. Penalidade: Remoção do veículo.
Penalidade: Suspensão do direito de dirigir. 4. Estacionar sobre faixas de pedestres, calçadas,
Recolhimento da carteira. Apreensão e remoção do veículo. canteiros centrais, jardins ou gramados públicos.
19. Deixar crianças menores de 10 anos andarem no Multa: 120 UFIR.
banco da frente. Penalidade: Remoção do veículo.
Manual do Condutor 11
5. Estacionar em pontes, túneis e viadutos. 16. Dirigir veículos cujo mau estado de conservação
Multa: 120 UFIR. ponha em risco a segurança.
Penalidade: Remoção do veículo. Multa: 120 UFIR.
6. Ultrapassar pelo acostamento. Penalidade: Retenção do veículo até a regularização.
Multa: 120 UFIR. 17. Deixar de usar o acostamento enquanto aguarda a
7. Andar com faróis desregulados ou com luz alta que oportunidade de cruzar a pista ou para ter acesso
perturbe outros condutores. a retorno apropriado.
Multa: 120 UFIR. Multa: 120 UFIR.
Penalidade: Retenção do veículo até a regularização. 18. Conduzir veículo que produza fumaça ou libere gases
8. Excesso de velocidade de até 20% do limite em na atmosfera.
rodovias, ou de até 50% do limite em vias públicas. Multa: 120 UFIR.
Multa: 120 UFIR. Penalidade: Retenção do veículo até a regularização.
9. Seguir veículo em serviço de urgência.
Multa: 120 UFIR. Infrações Médias
10. Andar de motocicleta transportando crianças menores
1. Uso de alarme cujo som perturbe a tranqüilidade
de 7 anos.
pública.
Multa: 120 UFIR.
Multa: 80 UFIR.
Penalidade: Suspensão do direito de dirigir.
Penalidade: Apreensão e remoção do veículo.
11. Não guardar distâncias de segurança, lateral e frontal,
2. Dirigir com o braço para fora.
em relação a veículos ou à pista.
Multa: 80 UFIR.
Multa: 120 UFIR.
3. Dirigir com fones de ouvido ligados a telefone celular
12. Andar de marcha a ré, a não ser quando necessário
ou aparelhos de som.
e de forma segura.
Multa: 80 UFIR.
Multa: 120 UFIR.
4. Estacionar a menos de 5 metros da via perpendicular
13. Ultrapassar veículos parados, em fila, em sinal,
em esquinas.
cancela, bloqueio viário ou qualquer outro obstáculo.
Multa: 80 UFIR.
Multa: 120 UFIR.
Penalidade: Remoção do veículo.
14. Andar na chuva sem acionar o limpador de pára-brisa.
5. Jogar objetos ou derramar substâncias sobre a via a
Multa: 120 UFIR.
partir do veículo.
15. Virar à direita ou à esquerda em locais proibidos.
Multa: 80 UFIR.
Multa: 120 UFIR.
12 Manual do Condutor
6. Parar por falta de combustível. 7. Estacionar afastado da calçada (50cm a 1m)
Multa: 80 UFIR. Multa: 50 UFIR.
Penalidade: Remoção do veículo.
7. Andar emparelhado com outro veículo, obstruindo ou Complicadores
perturbando o trânsito.
Em qualquer ocorrência ou delito de trânsito, alguns
Multa: 80 UFIR. fatores podem complicar ainda mais a vida do condutor
8. Uso de placas de identificação do veículo diferentes envolvido. A coisa fica pior caso haja evidências de:
daquelas especificadas pelo CONTRAN. • que houve adulteração de equipamentos ou
Multa: 80 UFIR. características que afetem a segurança do veículo;
Penalidade: Apreensão das placas irregulares. • que o condutor não possui habilitação;
Retenção do veículo até a regularização. • que o condutor, por sua própria profissão, deveria
9. Não dar passagem pela esquerda quando solicitado empreender cuidados especiais no transporte de
a fazê-lo. passageiros ou de carga;
Multa: 80 UFIR. • que o veículo está com placas falsas, adulteradas,
ou até mesmo sem placas;
Infrações Leves • que a habilitação do condutor não é aquela exigida
para a condução do veículo por ele dirigido.
1. Dirigir sem os documentos exigidos por lei.
Multa: 50 UFIR Em casos extremos, considerados gravíssimos,
Penalidade: Retenção do veículo até apresentação como aqueles envolvendo motoristas suspensos
dos documentos. que são flagrados dirigindo durante o período da
2. Uso prolongado de buzina entre 23h e 6h. vigência da suspensão, o condutor pode perder
Multa: 50 UFIR. para sempre o direito de voltar a dirigir. Isto é,
3. Dirigir sem atenção. pode ter sua carteira de habilitação cassada.
Multa: 50 UFIR.
4. Andar por faixa destinada a outro tipo de veículo. Conclusões
Multa: 50 UFIR.
Por força do código, os delitos de trânsito estão
5. Uso de luz alta em vias iluminadas.
sujeitos à aplicação das sanções previstas no Código
Multa: 50 UFIR. Penal e no Código de Processo Penal. A idéia é a de que,
6. Ultrapassagem de veículos em cortejo. com isso, conseguiremos conter a violência que tomou
Multa: 50 UFIR. conta das ruas e estradas de nossas cidades.
Manual do Condutor 13
Como vimos, alguns delitos passam a ser tipificados A incapacidade do condutor em antecipar os problemas
como crimes, e ensejam, além da multa, penas de a serem enfrentados no trânsito e a intensidade das
detenção. É o caso dos acidentes provocados por abuso condições adversas são fatores determinantes nas
na ingestão de álcool, que produzam vítima fatal. causas de vários acidentes.
Trata-se, aqui, de homicídio culposo e sujeita-se o condutor
à pena de detenção por 2 a 4 anos, dependendo do caso.
Condições Adversas
Mas assim como há agravantes, há também
circunstâncias atenuantes. Se o motorista prestar As condições adversas que podem causar acidentes de
socorro, não será preso em flagrante. Também não trânsito são: luz, tempo, via, trânsito, veículo e condutor.
precisará pagar fiança.
Além disso, há as penas que impedem o motorista de Condição Adversa de Luz
voltar a ter sua habilitação por determinado período de
tempo. Conforme o caso, ele ou ela pode ficar até As condições de iluminação são muito importantes na
5 anos sem dirigir. E caso tenha havido detenção, este direção defensiva.
tempo só passa a contar depois de cumprida a pena. A intensidade da luz natural ou artificial, em dado
De tudo, percebe-se na legislação um grande potencial momento, pode afetar a capacidade do condutor de ver
para coibir com êxito a agressividade do trânsito. ou de ser visto.
Percebe-se na lei, também, um bom mecanismo Pode haver luz demais, provocando ofuscamento, ou de
educador, que certamente contribuirá para a formação menos, causando penumbra.
de melhores motoristas e melhores cidadãos. Ao perceber farol alto em sentido contrário, pisque
rapidamente os faróis para advertir o condutor, que
vem em sua direção, de sua luz alta. Caso a situação
Direção Defensiva persista, volte a visão para o acostamento do lado
direito ao cruzar com ele.
Proteja seus olhos da incidência direta da luz solar.
"O bom condutor é aquele que dirige por si e pelos Para isso você poderá usar óculos escuros ou uma
outros". Esta máxima, sempre verdadeira, ilustra bem viseira de capacete especial que filtre a luminosidade.
o conceito do condutor defensivo. Os problemas de luminosidade são mais comuns nas
Conduzir defensivamente é exatamente isso, planejar primeiras horas da manhã ou à tardinha. Se possível,
todas as ações pessoais prevenindo-se contra o evite trafegar nesses horários. E se tiver mesmo que
comportamento imprudente de outros condutores, pilotar, redobre sua atenção. Como sempre, os faróis
adaptando-se ainda às condições adversas. devem estar acesos.
14 Manual do Condutor
Condição Adversa de Tempo máximos de velocidade, o que não significa que você
não possa ir mais devagar.
Frio, calor, vento, chuva, granizo
e neblina. Todos esses fenômenos Coisas para se lembrar em relação ao estado das vias:
reduzem muito a capacidade
visual do condutor, tornando Vias de Concreto
difícil a visibilidade de outros
Sobre o concreto, os pneus têm o atrito ideal. Porém,
veículos. Para o motociclista, a
cuidado com os pontos de junção das placas de
situação é muito pior. A menos
que esteja bem protegido, o piloto concretagem em estradas antigas. Podem estar
sentirá os pingos de chuva como desgastadas e apresentar perigo.
agulhadas na pele.
Além de dificultarem a capacidade Pavimentação Asfáltica
de ver e de ser visto, as más condições de tempo Andar no asfalto é uma "maciota". Mas quando a chuva
tornam estradas escorregadias e podem causar vem, a pista logo fica coberta por uma capa de água que
derrapagens, sobretudo para quem vai em duas rodas. deixa tudo muito mais perigoso. Com o cair da noite a
Em situações de mau tempo, é preciso adaptar-se à nova coisa vai piorando, à medida que a visibilidade em relação a
realidade, tomando cuidados básicos: reduza a velocidade obstáculos naturais da pista vai se reduzindo. Cuidado.
e redobre a atenção. Se o tempo estiver mesmo ruim,
deixe a estrada e espere as condições melhorarem.
Pedras Soltas e Cascalho
Pistas recém-cobertas com cascalho, ou que por falta
Condição Adversa da Via de chuva não permitem que as pedras da superfície se
Procure adaptar-se também às condições da via. Procure misturem à terra, representam um problema para o
identificar bem o traçado das curvas, das elevações, a motociclista. O equilíbrio e o controle da motocicleta se
largura das pistas e o número delas, o estado do tornam bem mais difíceis. Uma boa dica aqui é não
acostamento, a existência de árvores à margem da via, o acelerar ou frear além da conta, nem
tipo de pavimentação, a presença de barro ou lama, entrar muito fechado nas curvas.
buracos e obstáculos como quebra-molas, sonorizadores, Outra boa medida é manter-se
etc. ligeiramente fora do banco, apoiado
Evite surpresas. Mais uma vez a velocidade é chave. Se nas pedaleiras. Em estradas de
sentir que a via não está em condições ideais, reduza a cascalho, isso lhe dará um pouco
velocidade. Lembre-se: a sinalização traz os limites mais de equilíbrio.
Manual do Condutor 15
Chapas de Ferro • Confira o funcionamento básico dos itens obrigatórios
de segurança. Se qualquer coisa estiver fora de
Todo motociclista conhece aquelas pranchas de metal
especificação ou funcionando mal, solucione o
comuns em trechos de pista sob reparos.
problema antes de colocar seu veículo em movimento.
Se estiverem molhadas viram um verdadeiro rinque de
• Confira se o nível de combustível é compatível com
patinação. Previna-se. Identifique com a máxima
antecedência a presença dessas chapas e reduza o trecho que pretende cobrir. Ficar sem combustível
bem a velocidade. no meio da rua, além de muito frustrante, também
pode oferecer perigo para todos os usuários da via.
Mantenha sua motocicleta, motoneta ou ciclomotor em
Condição Adversa do Veículo bom estado de conservação.
Para que você possa pilotar com conforto e Pneus gastos, freios desregulados, lâmpadas
segurança, seu veículo precisa estar em perfeitas queimadas, componentes com defeito, falta de buzina
condições de uso e adaptado às suas necessidades. ou retrovisores, amortecedores e suspensão
Preste atenção ao seguinte: desgastados são problemas que merecem atenção
• Assegure-se de que seu constante.
capacete e seus óculos
estejam limpos e com boas
Condição Adversa de Trânsito
condições de visibilidade.
Elimine todo e qualquer O motociclista precisa estar avaliando constantemente
obstáculo ao seu campo visual; a presença de outros usuários da via e a interação
• Adote uma posição adequada, que lhe permita entre eles no trânsito, adaptando seu comportamento
alcançar sem esforço todos os pedais e comandos do para evitar conflitos.
guidão. Não se coloque nem muito próximo nem muito Os períodos de pico geralmente oferecem os maiores
distante do guidão, nem demasiadamente inclinado problemas para o motociclista. No início da manhã e no
para frente ou para trás. fim da tarde e durante os intervalos tradicionais para
• Ajuste os espelhos retrovisores. Você deve ter um almoço, o trânsito tende a ficar mais congestionado.
bom campo de visão sem que para isso tenha que Todo mundo está indo para o trabalho ou voltando para
se inclinar para frente ou para trás. casa. Em períodos como Carnaval, Natal, férias
• Use as roupas corretas e todo o equipamento de escolares e feriados o congestionamento também é maior.
segurança. O passageiro que estiver sendo Nos centros urbanos, os pontos de concentração de
transportado deve fazer o mesmo. Lembre-se, esses pedestres e carros estacionados também são
detalhes salvam vidas. problemáticos.
16 Manual do Condutor
Preste bastante atenção ao se aproximar de pontos de 4. Se sentir que o cansaço bateu mesmo, pare.
ônibus ou estações de metrô. Há sempre alguém com Descanse ou durma um pouco.
pressa, correndo para não perder a condução. Na
correria, acabam atravessando a rua sem olhar. Seu estado emocional também é muito importante.
Evite pilotar se sentir que está irritado ou ansioso.
Condição Adversa do Condutor
Muito importante também para a prevenção de Abuso na Ingestão de Bebidas Alcoólicas
acidentes é o fator motociclista.
O condutor deve estar em Excessos no consumo de álcool ainda são o principal
plenas condições físicas, responsável por acidentes nas ruas e estradas de
mentais e psicológicas para nosso país.
pilotar. A dosagem alcoólica se distribui por todos os órgãos
Várias são as condições e fluidos do organismo, mas concentra-se de modo
adversas que podem afetar o particular no cérebro.
comportamento de um Cria excesso de autoconfiança, reduz o campo de
motociclista: fadiga, embriaguez, sonolência, déficits visão e altera a audição, a fala e o senso de equilíbrio.
visuais ou auditivos, mal-estar físico generalizado. Com o álcool, a pessoa se torna presa de uma euforia
Pilotar cansado é sempre perigoso. Para evitar a que, na verdade, é reflexo da anestesia dos centros
fadiga, tome alguns cuidados: cerebrais controladores do comportamento.
1. Sempre que possível, evite pilotar nas horas de O fato é que bebida e direção simplesmente
pico. Saia um pouco mais cedo pela manhã. Evite as não combinam. O resultado dessa mistura
rotas de maior congestionamento, mesmo que é quase sempre fatal. E o risco não é
precise andar um pouco mais. só de quem bebe. Os passageiros
2. Adapte-se bem à temperatura. Use roupas leves no em um veículo guiado por um
calor e agasalhe-se bem no frio. O calor ou o frio condutor embriagado
excessivo causa irritação e estresse, além de freqüentemente também são
afetar os reflexos. Use roupas que o façam sentir- vitimados.
se bem, sem abrir mão da segurança.
3. Caso vá cobrir longas distâncias, faça intervalos com
freqüência, para “esticar as pernas” e ir ao toalete. Não
se esqueça de se alimentar adequadamente também.
Manual do Condutor 17
• Não acenda cigarros enquanto estiver pilotando.
Se beber, não pilote sob nenhuma hipótese.
• Não se ocupe em espantar ou matar insetos
enquanto estiver pilotando.
Se for a uma festa onde sabe que irá beber, deixe o • Evite manobras bruscas com seu veículo.
veículo em casa. • Não beba ou coma nada enquanto pilota.
Se preferir, deixe as chaves com um amigo que não vá • Não fale ao telefone enquanto pilota.
beber, ou com o dono da casa, com a recomendação O código de trânsito aprovado fornece muitas
expressa de só lhe devolver depois de se certificar de informações que o motociclista deve receber. Além do
que você está absolutamente sóbrio. código, há livros e revistas especializados. Leia tudo o
Não seja passageiro de ninguém que tenha bebido que puder. Informe-se.
mesmo que só um pouco. O motociclista precisa desenvolver ao máximo sua
Mesmo doses pequenas podem comprometer habilidade. Estamos falando da capacidade de manusear
grandemente a habilidade do motociclista. E a vítima os controles do veículo e executar com perícia e
pode ser você. sucesso quaisquer manobras básicas de trânsito.
Precisa saber fazer curvas com segurança, ultrapassar,
mudar de pista com prudência e estacionar corretamente.
Maneira de Pilotar A habilidade do motociclista se desenvolve por meio
O comportamento do motociclista, seu modo de de aprendizado. A prática leva à perfeição.
pilotar, também é determinante para a prevenção de Algumas dicas úteis:
acidentes. Quando está pilotando, deve dar atenção
máxima à condução do veículo. Comportamentos Distância de Seguimento
inadequados devem ser evitados.
Tenha sempre as duas mãos sobre o guidão. Evite Um dos principais cuidados para evitar colisões e
surpresas. acidentes consiste em se manter a distância adequada
em relação ao carro que segue à frente. Esta
Não sobrecarregue seu veículo. Leve apenas um distância, chamada de Distância de Seguimento (DS),
passageiro, não exagere na bagagem e não abuse da pode ser calculada segundo uma fórmula bastante
velocidade. complicada que envolve a velocidade do veículo em
O excesso de volumes dificulta a mobilidade do função de seu comprimento.
condutor do veículo. Mas ninguém quer sair por aí fazendo cálculos e contas
• Não se curve para apanhar objetos com o veículo matemáticas enquanto pilota. Por isso, bom mesmo é
em movimento. usar o bom senso. Mantenha um espaço razoável entre
18 Manual do Condutor
você e o veículo que vai à sua frente. À medida que a com alguma antecedência. Antes de sair para qualquer
velocidade aumenta, vá aumentando também a viagem ou passeio, examine bem seu veículo. Em
distância, pois precisará de mais espaço para frear seguida faça a si mesmo as seguintes perguntas:
caso surja algum imprevisto. • Em que estado se encontra o meu veículo?
Atente para a distância a que vem o veículo de trás. • Como me sinto física e mentalmente?
Se sentir que o motorista está muito próximo, mude de • Estou em condições de pilotar?
pista para dar-lhe passagem. Lembre-se: não aceite • Estou cansado ou descansado, calmo ou
provocações. emocionalmente perturbado?
Muito cuidado com os veículos de transporte coletivo, • Estou tomando algum medicamento que poderá
escolares e veículos lentos, que podem parar afetar a minha habilidade de pilotar?
inesperadamente. Quando estiver atrás de um desses • Poderá ocorrer alguma condição adversa relativa à
veículos, aumente ainda mais a distância que o luz, tempo, via e trânsito?
separa dele. Evite também pilotar prensado entre dois
Considere bem as respostas a essas auto-indagações
veículos grandes. É muito perigoso.
e só então dê partida ao veículo, depois de colocar o
capacete. Se sentir que não está bem em relação a
Veículos Parados qualquer dessas respostas, tome a decisão de não
Atenção ao passar ao lado de veículos parados. colocar o veículo em movimento até resolver o problema.
De repente alguém pode abrir a porta, levando você ao
chão. Olhe para o interior dos veículos e certifique-se Evite Colisões por Trás
de que estão desocupados.
“Colar” demais no veículo que vai à frente é causa
constante de acidentes. Para minimizar os riscos desse
Acidentes: Como Prevenir tipo de acidentes, há algumas coisas que você pode fazer:
O método que se segue se aplica a qualquer atividade 1. Inspecione com freqüência as luzes de freios para
do dia-a-dia que envolva risco de vida. Assim, certificar-se de seu bom funcionamento e visibilidade.
pode ser aplicado à pilotagem 2. Preste atenção ao que acontece às suas costas.
de uma motocicleta ou de Use os espelhos retrovisores.
um avião. 3. Sinalize com antecedência quando for virar, parar
Sempre que for guiar um ou trocar de pista.
veículo, procure se preparar 4. Reduza a velocidade gradualmente. Evite
mentalmente para a tarefa desacelerações repentinas.
Manual do Condutor 19
5. Mantenha-se dentro dos limites de velocidade. geralmente acabam atropelados.
Trafegar demasiadamente devagar pode ser tão Um estudo recente envolvendo 333 pedestres
perigoso quanto andar muito depressa. atropelados revelou que 45% deles estavam
alcoolizados. Um percentual bastante alto.
Aquaplanagem ou Hidroplanagem Quase todas as vítimas são pessoas que não sabem
dirigir, não tendo portanto noção da distância de
A falta de aderência do pneu com a pista faz com que
frenagem. Muitos são desatentos e confiam demais na
ele derrape e o condutor perca o controle do veículo.
ação do condutor para evitar atropelamentos.
Esse processo é chamado de hidroplanagem ou
aquaplanagem. Para motociclistas, a menos que haja O piloto defensivo deve dedicar atenção especial a
muito cuidado, é tombo certo. pessoas idosas e deficientes físicos, que estão mais
sujeitos a atropelamentos.
Alta velocidade, pista molhada, pneus mal calibrados e
em mau estado de conservação são os elementos Igualmente, deve ter muito cuidado com crianças que
comumente presentes em ocorrências de aquaplanagem. brincam nas ruas, correndo entre carros estacionados,
atrás de bolas ou animais de estimação. Geralmente
Para manter-se livre desses riscos, tome os seguintes
atravessam a pista sem olhar e estão sob alto risco
cuidados:
de acidentes.
1. Em dias de chuva, reduza a velocidade.
2. Rode com pneus novos ou em bom estado de
conservação, com boa banda de rodagem. Faixa de Pedestres
3. Calibre os pneus segundo as especificações do Reduza sempre a velocidade ao se
fabricante e do veículo. Verifique a calibragem pelo aproximar de uma faixa de pedestres.
menos uma vez por semana. Se houver pessoas querendo cruzar
4. Identifique o tipo de pista e assuma velocidade a pista, pare completamente o
compatível com as condições correntes. veículo.
Só retome a marcha depois que os
pedestres tiverem completado a
Pedestres travessia.
O comportamento do pedestre é imprevisível. Tome cuidado na desaceleração, para evitar colisões
Tenha muita cautela e dê sempre preferência aos pedestres. por trás. Advirta os outros condutores quanto à
Problemas com o álcool não são exclusividade dos presença de pedestres.
condutores. Pedestres também se embriagam e
20 Manual do Condutor
Animais Além daqueles que se utilizam da bicicleta apenas
como meio de transporte, há também os desportistas,
Todos os anos, muitos condutores são
os ciclistas amadores ou profissionais. Estes em geral
vitimados em acidentes causados por
fazem uso de todo o equipamento de segurança. Com
animais.
freqüência usam roupas coloridas que permitem sua
Esteja atento, portanto, ao trafegar por fácil visualização. Mas, por outro lado, circulam em
regiões rurais, de fazendas ou em campo velocidades bem altas, sobretudo em descidas.
aberto, principalmente à noite. A qualquer
Fique atento com os ciclistas. A bicicleta é um veículo
momento, e de onde menos se espera,
silencioso e muitas vezes o condutor de outro veículo
pode surgir um animal. E chocar-se contra um
não percebe sua aproximação.
animal, mesmo um animal de pequeno porte como um
cachorro, geralmente tem conseqüências graves. Se notar que o ciclista está desatento, dê uma leve buzi-
Ainda mais de veículo de duas rodas. nada antes de ultrapassá-lo. Mas cuidado: não carregue
na buzina para não assustá-lo e provocar acidentes.
Tome cuidado também ao passar por entre postes ou
mourões. Vá devagar e certifique-se de que não há
arame farpado esticado entre as hastes. Dicas de Segurança Sobre 2 Rodas
A conseqüência de se chocar, de veículo de duas 1. Use todos os equipamentos de segurança:
rodas, contra um fio teso de arame é catastrófica. capacete, luvas, roupas de couro, botas, tiras
Ao perceber a presença de animais, reduza a velocidade reflexivas, etc. Proteja-se.
e siga devagar até que tenha ultrapassado o ponto em que 2. Ande sempre com os faróis ligados.
se encontra. Isso evitará que o animal se sobressalte e, Se possível use alguma peça de
na tentativa de fugir, venha de encontro ao seu veículo. roupa mais clara, de modo a permitir
melhor visualização do conjunto.
Bicicletas Use adesivos refletivos no capacete.
A bicicleta é um veículo de 3. Mantenha-se à direita, sobretudo em
passageiros como qualquer outro. pistas rápidas. Facilite as ultrapassagens.
A maioria dos ciclistas, porém, é 4. Evite os pontos cegos. Mantenha-se visível em
feita de menores que não relação aos outros veículos.
conhecem as regras de trânsito. 5. Não abuse da confiança. Pilote conservadoramente.
Por isso, mesmo a chance de 6. Evite pilotar sob chuva ou condições de pista
acidentes com ciclistas é grande. escorregadia.
Manual do Condutor 21
7. Não trafegue por entre os carros nos
congestionamentos. 1. Ligue para 193 de qualquer telefone, aparelho
celular ou orelhão (não é preciso cartão telefônico).
8. Cuidado com os pedestres, sobretudo quando o
trânsito estiver parado. Muitos deles atravessam 2. Informe com precisão o local do acidente e os
fora da faixa. veículos envolvidos. Informe sobre as
condições de trânsito no local.
9. Evite a proximidade de veículos pesados.
3. Tranqüilize as vítimas que estiverem conscientes
10. Jamais discuta no trânsito ou aceite provocações.
informando que o socorro já está a caminho.
4. Preste os primeiros socorros que estiverem
ao seu alcance até a chegada da equipe
Primeiros Socorros de resgate.

Os primeiros minutos em seguida a um acidente de Enquanto aguarda o socorro – ou nos casos em que
trânsito podem ser determinantes no destino das não seja possível contatar uma equipe de resgate –
vítimas. deve-se proceder à prestação dos primeiros socorros.
É preciso agir rápido, prestando de imediato os Comece sinalizando o local do acidente, para evitar o
primeiros socorros aos acidentados. Por outro lado, agravamento da situação e de modo a dar segurança a
um atendimento de emergência mal feito pode quem presta o socorro.
comprometer ainda mais a saúde das vítimas.
1. acione o pisca-alerta dos veículos próximos ao local;
Sempre que possível, deve-se deixar que o socorro
seja prestado por uma equipe especializada. Nas 2. defina a melhor colocação do triângulo;
principais cidades brasileiras, um serviço ágil vem 3. erga o capô e porta-malas dos veículos próximos
sendo prestado pela Emergência do Corpo de do local;
Bombeiros, que atende pelo telefone número 193. Em 4. espalhe alguns arbustos
alguns casos, a equipe chega ao local do acidente em ou folhas de árvores
3 minutos. É composta por socorristas e paramédicos no leito da via.
bem preparados. O equipamento inclui ambulâncias de A seguir são apresentadas
UTI móvel e até helicópteros em alguns casos. algumas técnicas simples
Portanto, ao presenciar um acidente tome as de primeiros cuidados
seguintes providências: a serem prestados em
caso de acidentes.
22 Manual do Condutor
Respiração Artificial Importante: o pescoço deve
ser erguido e flexionado
Chama-se respiração artificial ao processo mecânico
para trás.
empregado para restabelecer a respiração que deve ser
ministrado imediatamente, em todos os casos de Em seguida, com ajuda dos
asfixia, mesmo quando houver parada cardíaca. polegares, deve-se abrir a
Os casos de asfixia começam com uma parada boca do socorrido. Feito isso,
respiratória e podem evoluir para uma parada cardíaca. inicie o contato boca-a-boca,
Garantindo-se a oxigenação pulmonar, há grande descrito a seguir:
probabilidade de reativação do coração e da respiração. 1. Mantendo a cabeça da
A respiração artificial só obterá êxito se o paciente for vítima para trás, aperte as
atendido o mais cedo possível. Não se deve esperar narinas para evitar que o ar
condução para levá-lo a um centro médico ou esperar escape.
que o médico chegue. Se o paciente for atendido nos 2. Coloque a boca aberta sobre a boca do paciente,
primeiros 2 minutos, a probabilidade de salvamento e sopre com força até notar a expansão do peito
será de 90%. Portanto, o atendimento deve ser feito da vítima.
de imediato, no próprio local do acidente e por 3. Afaste a boca para permitir a expulsão do ar e o
qualquer pessoa presente. esvaziamento dos pulmões do acidentado.
4. Repita a manobra quantas vezes for necessário,
Não se deve interromper a respiração artificial procurando manter um ritmo de 12 respirações
em um acidentado asfixiado até a por minuto.
constatação da morte real, que só pode ser
verificada por um médico.
Em casos de asfixia por gases ou outros
tóxicos, não é aconselhável usar o método
boca-a-boca, pelo perigo de envenenamento
Respiração Artificial Boca-a-boca do próprio socorrista.
Como o nome indica, trata-se de uma técnica simples
em que o socorrista procura apenas encher os pulmões Em casos de ferimento nos lábios, pratique o
do acidentado, soprando fortemente em sua boca. método boca-a-nariz. Esse método é quase igual ao
Para garantir a livre entrada de ar nas vias respiratórias, boca-a-boca, com a diferença de exigir o cuidado de
a cabeça do acidentado tem que estar na posição fechar a boca do acidentado enquanto se sopra por
adequada. suas narinas.
Manual do Condutor 23
Parada Cardíaca posterior e à coluna vertebral;
A asfixia pode ser acompanhada de parada cardíaca. 3. Descomprima rapidamente;
Nesses casos graves deve-se tentar reanimar os 4. Repita a manobra, em um ritmo de 60 vezes
batimentos cardíacos por meio de um estímulo por minuto, até batimentos espontâneos ou até a
exterior, de natureza mecânica, fácil de ser aplicado chegada do médico.
por qualquer pessoa.
A parada cardíaca é de fácil reconhecimento, Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)
graças a alguns sinais clínicos, tais como:
As finalidades da ressuscitação cardiopulmonar são:
• inconsciência;
1. irrigação imediata, com sangue oxigenado, dos órgãos
• ausência de batimentos cardíacos;
vitais (cérebro, coração e rins), através de técnicas de
• parada respiratória; ventilação pulmonar e massagem cardíaca;
• extremidades arroxeadas;
2. restabelecimento dos batimentos cardíacos.
• palidez intensa;
• dilatação das pupilas. • A RCP realizada por 1 socorrista consta de:
A primeira providência antes da chegada do médico, é 15 compressões por 2 insuflações.
a massagem cardíaca. Trata-se da compressão ritmada • A RCP realizada por 2 socorristas consta de:
do tórax do paciente, na altura do coração, por efeito 5 compressões por 1 insuflação.
de pressão mecânica. Em casos de asfixia, o
exercício pode – e deve – ser combinado com a
respiração artificial boca-a-boca e deve ser realizado O ABC da Vida
continuamente até a chegada do médico ou no caso A – abertura das vias aéreas;
de morte comprovada da vítima. B – boca-a-boca (respiração artificial);
C – circulação artificial (massagem cardíaca externa).
Técnica de Massagem
Cardíaca Hemorragia
1. Deite o paciente de costas, Hemorragia é a perda de sangue por rompimento de um
sobre uma superfície plana; vaso, que tanto pode ser uma veia quanto uma artéria.
2. Faça pressão sobre o esterno, Qualquer hemorragia deve ser controlada imediatamente.
para comprimir o coração de Hemorragias abundantes podem levar a vítima à morte
encontro ao arco costal em 3 ou 5 minutos se não forem controladas.
24 Manual do Condutor
CASO DE HEMORRAGIA,
Em caso de hemorragia abundante em braços ou
NÃO PERCA TEMPO! pernas, aplique um torniquete, sobretudo se houve
Para estancar a hemorragia: amputação parcial pelo acidente.

• Aplique uma compressa limpa de O torniquete pode ser improvisado com


pano, lenço, toalha ou gaze um pano resistente, uma borracha ou
sobre o ferimento e pressione com firmeza. Use uma um cinto. Efetue da seguinte maneira:
tira de pano, atadura, gravata ou cinta para manter a 1. Faça um nó e enfie um pedaço de
compressa firme no lugar. madeira entre as pontas, aplicando
• Se o ferimento for pequeno, estanque a hemorragia outros nós para fixá-lo.
com o dedo, pressionando-o 2. Faça uma torção do graveto de
fortemente sobre o corte. madeira até haver pressão suficiente
• Se o ferimento for em uma artéria, da atadura para interromper a
ou em um membro, pressione a circulação.
artéria acima do ferimento para 3. Fixe o torniquete com outra
interromper a circulação, de atadura e marque o tempo de
preferência apertando-a contra o osso. interrupção da circulação. Atenção:
• Se o ferimento for no antebraço, flexione o cotovelo não use arame ou fios finos.
da vítima, e coloque junto à sua articulação um 4. Deixe o torniquete exposto.
objeto duro para interromper a circulação. Não o cubra.
• Quando o ferimento for Marque o tempo de interrupção da
nos membros inferiores, circulação. A cada 15 minutos,
pressione a virilha ou a desaperte o torniquete com cuidado.
face interna das coxas, no Se a hemorragia parar, deixa-se o
trajeto da artéria femural. torniquete no lugar, porém frouxo, de
Flexione o joelho da vítima forma que possa ser apertado no caso
antes colocando um objeto de o sangue voltar.
duro no ponto de flexão. Se o paciente tiver sede, deve-se
dar-lhe de beber, exceto se houver lesão no ventre ou
se estiver inconsciente.
Manual do Condutor 25
Fratura Aberta: o osso aparece na superfície do
Se as extremidades dos dedos da vítima corpo, pelo rompimento da carne e da pele.
começarem a ficar arroxeadas e frias, afrouxe um
pouco o torniquete. Mas apenas pelo tempo
suficiente para restabelecer um pouco o fluxo Conduta na Fratura Fechada
sangüíneo. Depois volte a apertar o torniquete. • restrinja a movimentação ao mínimo
indispensável;
Hemorragia Nasal • cubra a área lesada com pano ou
algodão;
Em acidentes de trânsito é comum que • imobilize o membro com talas ou apoios
a cabeça do condutor ou de um adequados. Para isso pode-se usar
passageiro se choque contra o painel tábua fina, papelão, revistas dobradas,
ou outro obstáculo, sobretudo quando travesseiro, mantas dobradas, etc.;
não se usa o cinto de segurança. • fixe as talas com ataduras ou tiras de pano, de
O resultado, freqüentemente, é a maneira firme, mas sem apertar;
hemorragia nasal. Se o sangue • remova o acidentado para o
começa a jorrar pelo nariz, é preciso hospital mais próximo.
fazer alguma coisa.
Não tente colocar os ossos
Tome os seguintes cuidados: fraturados no lugar!
1. Ponha o paciente sentado, com a cabeça voltada Vejamos agora o que fazer em
para trás e aperte-lhe as narinas durante fraturas mais sérias, em que os ossos rompem
uns 4 ou 5 minutos. os tecidos da pele projetando-se para fora.
2. Se a hemorragia persistir, coloque um tampão com
gaze ou algodão dentro das narinas. Além disso,
aplique um pano umedecido sobre o nariz. Conduta na Fratura Exposta
3. Se houver gelo, uma compressa pode ajudar muito. • faça um curativo protetor sobre o ferimento, com
gaze ou pano limpo;
• se houver hemorragia abundante (sinal indicativo de
Fraturas ruptura de vasos), procure contê-la conforme
Há dois tipos de fraturas: anteriormente indicado;
Fratura Fechada: quando o osso quebrado não • imobilize o membro fraturado;
aparece na superfície. • providencie a remoção do acidentado para o hospital.
26 Manual do Condutor
Fratura do Crânio Só desloque ou arraste a vítima depois que a
Caracterização: região que se suspeita fraturada tenha sido muito
• lesão do crânio; bem imobilizada.
• perda de sangue pelo nariz ou pelos Nunca vire de lado o acidentado na tentativa de
ouvidos; melhorar sua posição.
• perda da consciência ou estado
semiconsciente.
Caracterização:
Conduta: • lesão traumática da coluna vertebral;
1. Mantenha o acidentado recostado, • dor local acentuada;
no maior repouso possível.
• deslocamento de vértebras;
2. Se houver hemorragia do couro cabeludo, envolva a
• dormência nos membros;
cabeça com uma faixa ou pano limpo.
• paralisia dos membros.
3. Se houver parada respiratória, inicie a respiração
boca-a-boca.
Atendimento:
4. Imobilize a cabeça do acidentado, apoiando-a em
1. Observe a respiração da vítima. Se houver parada
travesseiros, almofadas, etc.
respiratória, inicie a respiração boca-a-boca;
5. Conduza o paciente ao hospital.
2. Transporte o acidentado com muito cuidado, em
maca ou padiola;
Fratura da Coluna Vertebral 3. Empregue pelo menos 4 pessoas para levantar o
A fratura da coluna vertebral constitui uma das acidentado e levá-lo até a maca, movimentando seu
emergências mais delicadas em casos de acidentes de corpo em um tempo só, como se fosse um bloco
trânsito. Se mal atendida, a vítima pode ter seqüelas único, sem lhe torcer a cabeça ou os membros.
permanentes e graves.
É preciso muito cuidado na correta identificação desse
tipo de lesão e na conduta posterior pelo socorrista. Transporte de Acidentados
Qualquer erro pode ter conseqüências sérias. A remoção ou movimentação de um acidentado deve
Se possível, conte com a ajuda de alguma equipe ser feita com o máximo cuidado para não agravar as
especializada. Caso não seja possível, aja você lesões existentes. Antes de transportar o paciente,
mesmo. Mas sempre com muito cuidado. devem-se tomar as seguintes providências:
Manual do Condutor 27
1. Controle a hemorragia. Na presença de hemorragia No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem
abundante, a movimentação da vítima pode levar evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o
rapidamente ao estado de choque. levantamento e o transporte. Lembre-se sempre de não
2. Se houver parada respiratória, inicie imediatamente fazer movimentos bruscos.
a respiração boca-a-boca.
3. No caso de parada circulatória, faça massagem
cardíaca associada à respiração artificial.
4. Imobilize as fraturas.
Para a condução do paciente, pode-se improvisar uma
padiola razoável amarrando-se cobertores dobrados
em duas varas resistentes. Uma tábua larga também
pode ser utilizada para o transporte, com o auxílio de
várias pessoas.

Muito Importante
1. Movimente o acidentado o menos possível;
2. Evite arrancadas bruscas ou súbitas paradas
durante o transporte;
3. Mantenha a calma. O transporte deve ser feito
sempre em baixa velocidade. É mais seguro e mais
cômodo para o paciente;
4. Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração
artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem
Para erguer do chão um acidentado, três ou quatro necessárias. Nem mesmo durante o transporte.
pessoas serão necessárias, sobretudo se houver
suspeita de fraturas. Nesses casos, amarre os pés do No caso de dúvida sobre os procedimentos a
acidentado e o erga em posição horizontal, como um seguir, ou em estado de grande nervosismo, o
só bloco, levando-o até a maca. socorrista deve pedir ajuda a outras pessoas.
28 Manual do Condutor

Anexo I – Glossário BONDE – veículo de propulsão elétrica que se move


sobre trilhos.
BORDO DA PISTA – margem da pista, podendo ser
O Código de Trânsito Brasileiro introduz um glossário demarcada por linhas longitudinais de bordo que
com a definição de conceitos básicos apresentados na delineiam a parte da via destinada à circulação de
lei, o qual transcrevemos abaixo, em sua totalidade: veículos.
ACOSTAMENTO – parte da via diferenciada da pista de CALÇADA – parte da via, normalmente segregada e em
rolamento destinada à parada ou estacionamento nível diferente, não destinada à circulação de
de veículos, em caso de emergência, e à veículos, reservada ao trânsito de pedestres e,
circulação de pedestres e bicicletas, quando não quando possível, à implantação de mobiliário
houver local apropriado para esse fim. urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO – pessoa, CAMINHÃO-TRATOR – veículo automotor destinado a
civil ou policial militar, credenciada pela autorida- tracionar ou arrastar outro.
de de trânsito para o exercício das atividades de
fiscalização, operação, policiamento ostensivo de CAMINHONETE – veículo destinado ao transporte de
trânsito ou patrulhamento. carga com peso bruto total de até três mil e
quinhentos quilogramas.
AUTOMÓVEL – veículo automotor destinado ao
transporte de passageiros, com capacidade para CAMIONETA – veículo misto destinado ao transporte de
até oito pessoas, sem contar o condutor. passageiros e carga no mesmo compartimento.
AUTORIDADE DE TRÂNSITO – dirigente máximo de CANTEIRO CENTRAL – obstáculo físico construído
órgão ou entidade executivo integrante do como separador de duas pistas de rolamento,
Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele eventualmente substituído por marcas viárias
expressamente credenciada. (canteiro fictício).
BALANÇO TRASEIRO – distância entre o plano vertical CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO – máximo peso que
passando pelos centros das rodas traseiras extremas a unidade de tração é capaz de tracionar, indicado
e o ponto mais recuado do veículo, considerando-se pelo fabricante, baseado em condições sobre suas
todos os elementos rigidamente fixados ao mesmo. limitações de geração e multiplicação do momento
BICICLETA – veículo de propulsão humana, dotado de de força e resistência dos elementos que compõem
duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, a transmissão.
similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor. CARREATA – deslocamento em fila na via de veículos
BICICLETÁRIO – local, na via ou fora dela, destinado automotores em sinal de regozijo, de reivindicação,
ao estacionamento de bicicletas. de protesto cívico ou de uma classe.
Manual do Condutor 29
CARRO DE MÃO – veículo de propulsão humana ESTACIONAMENTO – imobilização de veículos por
utilizado no transporte de pequenas cargas. tempo superior ao necessário para embarque ou
CARROÇA – veículo de tração animal destinado ao desembarque de passageiros.
transporte de carga. ESTRADA – via rural não pavimentada.
CATADIÓPTRICO – dispositivo de reflexão e refração FAIXAS DE DOMÍNIO – superfície lindeira às vias
da luz utilizado na sinalização de vias e veículos rurais, delimitada por lei específica e sob
(olho de gato). responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito
CHARRETE – veículo de tração animal destinado ao competente com circunscrição sobre a via.
transporte de pessoas. FAIXAS DE TRÂNSITO – qualquer uma das áreas
CICLO – veículo de pelo menos duas rodas a longitudinais em que a pista pode ser subdividida,
propulsão humana. sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais,
CICLOFAIXA – parte da pista de rolamento destinada à que tenham uma largura suficiente para permitir a
circulação exclusiva de ciclos, delimitada por circulação de veículos automotores.
sinalização específica. FISCALIZAÇÃO – ato de controlar o cumprimento das
CICLOMOTOR – veículo de duas ou três rodas, normas estabelecidas na legislação de trânsito,
provido de um motor de combustão interna, cuja por meio do poder de polícia administrativa de
cilindrada não exceda a cinqüenta centímetros trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e
cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja entidades executivos de trânsito e de acordo com
velocidade máxima de fabricação não exceda a as competências definidas neste Código.
cinqüenta quilômetros por hora. FOCO DE PEDESTRES – indicação luminosa de
CICLOVIA – pista própria destinada à circulação de permissão ou impedimento de locomoção na faixa
ciclos, separada fisicamente do tráfego comum. apropriada.
CONVERSÃO – movimento em ângulo, à esquerda ou à FREIO DE ESTACIONAMENTO – dispositivo destinado
direita, de mudança da direção original do veículo. a manter o veículo imóvel na ausência do
CRUZAMENTO – interseção de duas vias em nível. condutor ou, no caso de um reboque, se este se
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA – qualquer elemento encontra desengatado.
que tenha a função específica de proporcionar FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR – dispositivo
maior segurança ao usuário da via, alertando-o destinado a diminuir a marcha do veículo no caso
sobre situações de perigo que possam colocar em de falha do freio de serviço.
risco sua integridade física e dos demais usuários FREIO DE SERVIÇO – dispositivo destinado a provocar
da via, ou danificar seriamente o veículo. a diminuição da marcha do veículo ou pará-lo.
30 Manual do Condutor
GESTOS DE AGENTES – movimentos convencionais pedestres, tais como calçada, parques, áreas de
de braço, adotados exclusivamente pelos lazer, calçadões.
agentes de autoridades de trânsito nas vias, para LOTAÇÃO – carga útil máxima, incluindo condutor e
orientar, indicar o direito de passagem dos passageiros, que o veículo transporta, expressa em
veículos ou pedestres ou emitir ordens, quilogramas para os veículos de carga, ou número
sobrepondo-se ou completando outra sinalização de pessoas, para os veículos de passageiros.
ou norma constante deste Código. LOTE LINDEIRO – aquele situado ao longo das vias
GESTOS DE CONDUTORES – movimentos urbanas ou rurais e que com elas se limita.
convencionais de braço, adotados exclusivamente LUZ ALTA – facho de luz do veículo destinado a iluminar
pelos condutores, para orientar ou indicar que vão a via até uma grande distância do veículo.
efetuar uma manobra de mudança de direção, LUZ BAIXA – facho de luz do veículo destinada a
redução brusca de velocidade ou parada. iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar
ILHA – obstáculo físico, colocado na pista de ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos
rolamento, destinado à ordenação dos fluxos de condutores e outros usuários da via que venham
trânsito em uma interseção. em sentido contrário.
INFRAÇÃO – inobservância a qualquer preceito da LUZ DE FREIO – luz do veículo destinada a indicar
legislação de trânsito, às normas emanadas do aos demais usuários da via, que se encontram
Código de Trânsito, do Conselho Nacional de atrás do veículo, que o condutor está aplicando o
Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo freio de serviço.
órgão ou entidade executiva do trânsito. LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) – luz do
INTERRUPÇÃO DE MARCHA – imobilização do veículo veículo destinada a indicar aos demais usuários
para atender a circunstância momentânea do trânsito. da via que o condutor tem o propósito de mudar
INTERSEÇÃO – todo cruzamento em nível, entroncamento de direção para a direita ou para a esquerda.
ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais LUZ DE MARCHA À RÉ – luz do veículo destinada a
cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. iluminar atrás do veículo e advertir os demais
LICENCIAMENTO – procedimento anual, relativo a usuários da via que o veículo está efetuando ou
obrigações do proprietário de veículo, comprovado a ponto de efetuar uma manobra de marcha à ré.
por meio de documento específico (Certificado de LUZ DE NEBLINA – luz do veículo destinada a aumentar
Licenciamento Anual). a iluminação da via em caso de neblina, chuva
LOGRADOURO PÚBLICO – espaço livre destinado pela forte ou nuvens de pó.
municipalidade à circulação, parada ou LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) – luz do veículo destinada
estacionamento de veículos, ou à circulação de a indicar a presença e a largura do veículo.
Manual do Condutor 31
MANOBRA – movimento executado pelo condutor para parada na via, de forma a reduzir as interferências,
alterar a posição em que o veículo está no tais como veículos quebrados, acidentados,
momento em relação à via. estacionados irregularmente atrapalhando o
MARCAS VIÁRIAS – conjunto de sinais constituídos de trânsito, prestando socorros imediatos e
linhas, marcações, símbolos ou legendas, em tipos informações aos pedestres e condutores.
e cores diversas, apostos ao pavimento da via. PARADA – imobilização do veículo com a finalidade e
MICROÔNIBUS – veículo automotor de transporte coletivo pelo tempo estritamente necessário para efetuar
com capacidade para até vinte passageiros. embarque ou desembarque de passageiros.
MOTOCICLETA – veículo automotor de duas rodas, PASSAGEM DE NÍVEL – todo cruzamento de nível
com ou sem sidecar, dirigido por condutor em entre uma via e uma linha férrea ou trilho de
posição montada. bonde com pista própria.
MOTONETA – veículo automotor de duas rodas, PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO – movimento de
dirigido por condutor em posição sentada. passagem à frente de outro veículo que se
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) – veículo automotor cuja desloca no mesmo sentido, em menor velocidade,
carroçaria seja fechada e destinada a alojamento, mas em faixas distintas da via.
escritório, comércio ou finalidades análogas. PASSAGEM SUBTERRÂNEA – obra de arte destinada
NOITE – período do dia compreendido entre o pôr-do- à transposição de vias, em desnível subterrâneo,
sol e o nascer do sol. e ao uso de pedestres ou veículos.
ÔNIBUS – veículo automotor de transporte coletivo com PASSARELA – obra de arte destinada à transposição de
capacidade para mais de vinte passageiros, ainda vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
que, em virtude de adaptações com vista à maior PASSEIO – parte da calçada ou da pista de rolamento,
comodidade destes, transporte número menor. neste último caso, separada por pintura ou
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA – imobilização elemento físico separador, livre de interferências,
do veículo, pelo tempo estritamente necessário destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
ao carregamento ou descarregamento de animais excepcionalmente, de ciclistas.
ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou PATRULHAMENTO – função exercida pela Polícia
entidade executivo de trânsito competente com Rodoviária Federal com o objetivo de garantir
circunscrição sobre a via. obediência às normas de trânsito, assegurando a
OPERAÇÃO DE TRÂNSITO – monitoramento técnico livre circulação e evitando acidentes.
baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfego, PERÍMETRO URBANO – limite entre área urbana e
das condições de fluidez, de estacionamento e área rural.
32 Manual do Condutor
PESO BRUTO TOTAL – peso máximo que o veículo REGULAMENTAÇÃO DA VIA – implantação de
transmite ao pavimento, constituído da soma da sinalização de regulamentação pelo órgão ou
tara mais a lotação. entidade competente com circunscrição sobre a
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO – peso máximo via, definindo, entre outros, sentido de direção,
transmitido ao pavimento pela combinação de um tipo de estacionamento, horários e dias.
caminhão-trator mais seu semi-reboque ou do REFÚGIO – parte da via, devidamente sinalizada e
caminhão mais o seu reboque ou reboques. protegida, destinada ao uso de pedestres durante
PISCA-ALERTA – luz intermitente do veículo, utilizada a travessia da mesma.
em caráter de advertência, destinada a indicar aos RENACH – Registro Nacional de Condutores Habilitados.
demais usuários da via que o veículo está RENAVAM – Registro Nacional de Veículos Automotores.
imobilizado ou em situação de emergência. RETORNO – movimento de inversão total de sentido da
PISTA – parte da via normalmente utilizada para a direção original de veículos.
circulação de veículos, identificada por elementos RODOVIA – via rural pavimentada.
separadores ou por diferença de nível em relação
SEMI-REBOQUE – veículo de um ou mais eixos que se
às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.
apóia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por
PLACAS – elementos colocados na posição vertical, meio de articulação.
fixados ao lado ou suspensos sobre a pista,
SINAIS DE TRÂNSITO – elementos de sinalização viária
transmitindo mensagens de caráter permanente e,
que se utilizam de placas, marcas viárias,
eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou
equipamentos de controle luminosos, dispositivos
legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas
auxiliares, apitos e gestos, destinados
como sinais de trânsito.
exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO – função veículos e pedestres.
exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de
SINALIZAÇÃO – conjunto de sinais de trânsito e
prevenir e reprimir atos relacionados com a
dispositivos de segurança colocados na via pública
segurança pública e de garantir obediência às
com o objetivo de garantir sua utilização adequada,
normas relativas à segurança de trânsito,
possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior
assegurando a livre circulação e evitando acidentes.
segurança dos veículos e pedestres que nela
PONTE – obra de construção civil destinada a ligar circulam.
margens opostas de uma superfície líquida
SONS POR APITO – sinais sonoros, emitidos exclu-
qualquer.
sivamente pelos agentes da autoridade de trânsito
REBOQUE – veículo destinado a ser engatado atrás de nas vias, para orientar ou indicar o direito de
um veículo automotor.
Manual do Condutor 33
passagem dos veículos ou pedestres, sobrepondo-se pessoas e coisas, ou para a tração viária de
ou completando sinalização existente no local ou veículos utilizados para o transporte de pessoas e
norma estabelecida neste Código. coisas. O termo compreende os veículos
TARA – peso próprio do veículo, acrescido dos pesos conectados a uma linha elétrica e que não circulam
da carroçaria e equipamento, do combustível, das sobre trilhos (ônibus elétrico).
ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, VEÍCULO DE CARGA – veículo destinado ao
do extintor de incêndio e do fluido de transporte de carga, podendo transportar dois
arrefecimento, expresso em quilogramas. passageiros, exclusive o condutor.
TRAILER – reboque ou semi-reboque tipo casa, com VEÍCULO DE COLEÇÃO – aquele que, mesmo tendo
duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou sido fabricado há mais de trinta anos, conserva
adaptado à traseira de automóvel ou camionete, suas características originais de fabricação e
utilizado em geral em atividades turísticas como possui valor histórico próprio.
alojamento, ou para atividades comerciais. VEÍCULO CONJUGADO – combinação de veículos,
TRÂNSITO – movimentação e imobilização de sendo o primeiro um veículo automotor e os demais
veículos, pessoas e animais nas vias terrestres. reboques ou equipamentos de trabalho agrícola,
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS – passagem de um construção, terraplenagem ou pavimentação.
veículo de uma faixa demarcada para outra. VEÍCULO DE GRANDE PORTE – veículo automotor
TRATOR – veículo automotor construído para realizar destinado ao transporte de carga com peso bruto
trabalho agrícola, de construção e pavimentação total máximo superior a dez mil quilogramas e de
e tracionar outros veículos e equipamentos. passageiros, superior a vinte passageiros.
ULTRAPASSAGEM – movimento de passar à frente de VEÍCULO DE PASSAGEIROS – veículo destinado ao
outro veículo que se desloca no mesmo sentido, transporte de pessoas e suas bagagens.
em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, VEÍCULO MISTO – veículo automotor destinado ao
necessitando sair e retornar à faixa de origem. transporte simultâneo de carga e passageiro.
UTILITÁRIO – veículo misto caracterizado pela VIA – superfície por onde transitam veículos, pessoas
versatilidade do seu uso, inclusive fora de estrada. e animais, compreendendo a pista, a calçada, o
VEÍCULO ARTICULADO – combinação de veículos acostamento, ilha e canteiro central.
acoplados, sendo um deles automotor. VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO – aquela caracterizada por
VEÍCULO AUTOMOTOR – todo veículo a motor de acessos especiais com trânsito livre, sem
propulsão que circule por seus próprios meios, e interseções em nível, sem acessibilidade direta aos
que serve normalmente para o transporte viário de lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.
34 Manual do Condutor
VIA ARTERIAL – aquela caracterizada por interseções
em nível, geralmente controlada por semáforo,
Anexo II – Sinalização de Trânsito
com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias
secundárias e locais, possibilitando o trânsito Placas de Regulamentação
entre as regiões da cidade. De acordo com suas funções, as placas podem ser
VIA COLETORA – aquela destinada a coletar e de regulamentação, de advertência e de indicação.
distribuir o trânsito que tenha necessidade de As placas de regulamentação têm a finalidade de
entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou
comunicar aos usuários as condições, proibições,
arteriais, possibilitando o trânsito dentro das restrições ou obrigações no uso da via. Suas
regiões da cidade.
mensagens são imperativas, e o desrespeito a elas
VIA LOCAL – aquela caracterizada por interseções em constitui infração.
nível não semaforizadas, destinada apenas ao
acesso local ou a áreas restritas.
VIA RURAL – estradas e rodovias. Direito à Via e Velocidade
VIA URBANA – ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e
similares abertos à circulação pública, situados
na área urbana, caracterizados principalmente por
possuírem imóveis edificados ao longo de sua
extensão.
Parada Dê a Velocidade
VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES – vias ou conjunto de obrigatória preferência máxima
vias destinadas à circulação prioritária de permitida
pedestres.
VIADUTO – obra de construção civil destinada a
transpor uma depressão de terreno ou servir de
passagem superior.
Manual do Condutor 35
Sentidos de Circulação Normas de Circulação

Sentido Sentido de Siga Passagem Proibido Proibido Proibido Proibido Peso bruto
proibido circulação em frente obrigatória ultrapassar trânsito de trânsito de acionar total máximo
da via/pista caminhões veículos de buzina ou permitido
tração animal sinal sonoro

Vire à Duplo Proibido Proibido Peso Proibido Proibido Ônibus, Proibido


direita sentido de virar virar à máximo mudar de mudar de caminhões trânsito de
circulação à esquerda direita permitido faixa ou pista faixa ou pista e veículos de bicicletas
por eixo de trânsito da de trânsito da grande porte
esquerda para direita para mantenham-se
a direita a esquerda à direita

Siga em Siga em Proibido Proibido


frente ou à frente ou retornar retornar
esquerda à direita à esquerda à direita
Alfândega Altura Largura Conserve-se Proibido
máxima máxima à direita trânsito de
permitida permitida veículos
automotores

Vire à
esquerda
36 Manual do Condutor
Normas de Circulação (Continuação) Advertência

Proibido Uso Comprimento Proibido Pedestre, Curva Curva Curva Curva


trânsito de obrigatório máximo trânsito de ande pela acentuada acentuada acentuada acentuada
tratores e de corrente permitido pedestres esquerda à esquerda à direita em "S" à em "S" à
máquinas esquerda direita
de obras

Estacionamento Proibido Pedestre, Proibido Circulação Interseção Pista Curva à Curva à


regulamentado parar e ande estacionar exclusiva em "T" sinuosa à esquerda direita
estacionar pela direita de ônibus esquerda

Sentido de Circulação Ciclista, Ciclista, Ciclistas Curva em Curva em Cruzamento Pista


circulação exclusiva de transite à transite à esquerda, "S" á direita "S" á de vias sinuosa à
na rotatória bicicletas esquerda à direita pedestres esquerda direita
à direita

Pedestres Proibido Proibido Circulação Trânsito Via lateral Via lateral Bifurcação Confluência
à esquerda, trânsito de trânsito de exclusiva de proibido a à direita à esquerda em "Y" à direita
ciclistas motocicletas, ônibus caminhão carros de
à direita motonetas e mão
ciclomotores
Manual do Condutor 37
Advertência (Continuação)

Entroncamento Parada Entroncamento Junções Interseção Junções Semáforo Confluência Bonde Declive
oblíquo à obrigatória oblíquo à sucessivas em círculo sucessivas à frente à esquerda acentuado
direita à frente esquerda contrárias, contrárias,
primeira primeira à
à direita esquerda

Aclive Ponte móvel Saliência ou Ponte Pista Estreitamento Estreitamento Estreitamento Depressão Obras
acentuado lombada estreita irregular de pista de pista à de pista
ao centro esquerda à direita

Sentido Sentido Trânsito de Animais Área com Projeção de Trânsito de Crianças Mão dupla Pista
único duplo tratores ou desmorona- cascalho pedestres adiante escorregadia
maquinaria mento
agrícola

Trânsito de Área Animais Passagem Início de Vento Altura Fim de pista Largura Cruz de
ciclistas escolar selvagens de nível sem pista dupla lateral limitada dupla limitada Santo André
barreira
38 Manual do Condutor
Advertência (Continuação) Indicação

VITÓRIA 8
SAFRA 35
CAMPOS 164
Aeroporto Passagem Alargamento Alargamento
de nível com de pista à de pista à Placas de
barreira esquerda direita identificação BRASÍLIA 96
de rodovias e
estradas estaduais

SALVADOR 7

FORMIGA 13
BELO HORIZONTE 200
Passagem Trânsito Passagem Passagem
sinalizada compartilhado sinalizada sinalizada
de ciclistas por ciclistas de pedestres de escolares
e pedestres SÃO PAULO Placas de pedágio

Placas de
orientação de destino

Pista Rua sem Peso bruto Peso


dividida saída total limitado limitado
por eixo

Placas indicativas de distância


Comprimento
limitado Placas diagramadas
Manual do Condutor 39
Indicação (Continuação)

SANTOS SANTOS
ABERTO FECHADO

TRANSITÁVEL ATÉ
Placa indicativa de sentidos
de atrativos turísticos

Placa indicativa
LUZ BAIXA ULTRAPASSE ULTRAPASSE de atrativo turístico
AO PASSAR MAIS COM SEMPRE PELA Placa indicativa de distância
VEÍCULO SEGURANÇA ESQUERDA de atrativos turísticos

NA DÚVIDA
OBEDEÇA À PARE FORA
NÃO
SINALIZAÇÃO DA PISTA
ULTRAPASSE

Serviços Auxiliares

Área de Abastecimento Restaurante Aeroporto Estacionamento Serviço Pronto


estacionamento para trailer telefônico socorro

Hotel Transporte Passagem protegida Serviço Serviço Área de Ponto de


sobre água para pedestres mecânico sanitário campismo parada
40 Manual do Condutor
Sinais Luminosos Exemplos de Marcas Viárias
Divide a via em duas mãos
direcionais e permite a
ultrapassagem.
Divide a via em duas mãos
direcionais e não permite a
ultrapassagem.
Dividem a via em duas mãos
direcionais e não permitem a
ultrapassagem.
Marcas Viárias Dividem a via em duas mãos direcionais, sendo a 1ª
faixa à esquerda do motorista contínua e proibida a
Conjunto de sinais constituído de linhas, marcações, ultrapassagem.
legendas ou símbolos pintados ou fixados no
pavimento da via.

Cores Utilizadas
1. Amarelo – associado à regulação de fluxos de
sentidos opostos e controle de estacionamento e
parada;
2. Branco – associado à regulação de fluxos de
mesmo sentido, delimitação de pistas, pintura de
símbolos e legendas, assim como regulação de
movimentos de pedestres;
3. Vermelho – associado à limitação de espaço para
deslocamento de biciclos leves.
Manual do Condutor 41
Sinalização Horizontal

Linhas de estímulo à redução de velocidade Marcação de área de cruzamento


com faixa exclusiva

Marcação de área de conflito

Linhas de “Dê a Preferência”

Marcação de cruzamento rodocicloviário


42 Manual do Condutor
Sinalização Horizontal (Continuação)

Exemplo de aplicação

Separação de fluxo de tráfego


de sentidos opostos

Marcas de delimitação e controle


de estacionamento e/ou parada

Linha de indicação de proibição de


estacionamento e/ou parada (amarela)

Marcas delimitadoras de parada


de veículos específicos (amarela)

Separação de fluxo de tráfego


do mesmo sentido
Manual do Condutor 43
Sinalização Horizontal (Continuação) Sinalização de Obras

ou

Adverte acerca de condições de


operação da via e complementa os
sinais de regulamentação e advertência.

Indicam e alertam o condutor sobre


situações específicas na via:
“Dê a Preferência”.

Pela ordem:
• Bicicleta
• Cruzamento rodoferroviário
• Interseção com via que tem preferência
• Serviços de saúde
• Deficiente físico
44 Manual do Condutor
Gestos de Sinalização Outros
A sinalização de trânsito também inclui a gesticulação, Além dos elementos aqui apresentados, a sinalização
que pode ser feita por condutores de veículos ou por inclui também sinais sonoros que podem ser
agentes da autoridade de trânsito. produzidos por condutores (buzina) ou pelas
Vejamos alguns exemplos de gestos regulamentares de autoridades de trânsito (apito).
condutores de veículos: Em relação à buzina, a lei introduz algumas restrições
ao seu uso. Para mais informações, consulte a seção
sobre Normas de Circulação deste manual.
Por último há marcos de sinalização adicional, como
tachões e elementos indicativos de entradas de
pontes, além de indicadores viários quanto a
obstáculos na pista. Todos esses devem estar sempre
devidamente dotados de refletores.
CG150 Titan KS · ES · ESD · CG150 SPORT · JOB

D2203-MAN-0485

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