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Após a leitura da Instrução Suplementar - IS 135-005A observa-se os riscos para a

Unidade Aérea Pública (UAP) no exercício de resgate e transporte aeromédico. Com as novas
mudanças, desta IS, ocorre que não predominará divisões entre as operações de resgates
aeromédico, exercidas pela segurança pública ou pelas empresas aéreas privadas (táxi aéreo).
O “operador aéreo”, nome dado as empresas aéreas após receberem o Certificado de Operador
Aéreo (COA) autorizando suas atividades aeromédica. Somente será impedido de realizar
transporte aeromédico de enfermos, quando for em situações ativas de riscos. Essa IS trouxe
uma flexibilidade e um direcionamento normativo para as empresas aéreas privadas
brasileiras, expandirem suas atividades de aeromédico. Segundo o item 5.1.4 da IS 135-005A,
não se aplica as operações em situações de risco ativas (ex: incêndios, tumulto, tiroteio, etc.),
estabelecidos no RBAC n° 90. Não há impedimento para a realização de resgate de paciente
segundo as condições regidas pelo RBAC nº 135, desde que não haja situações ativas de
riscos. Entende-se neste item, que não há impedimento para os operadores aéreos privados a
realização de resgate aéreo de vítimas, no APH, em circunstâncias não ativas, ou seja,
ocorrências que não haja riscos na operação. Assim, todas as situações de riscos ativas em
resgates aéreo com ameaças a segurança da aeronave e tripulação, devem ser realizadas por
Unidade Aérea Pública (UAP) segundo o (RBHA 91). No item 5.2.2 da IS 135-005A, além
das funções requeridas pela ANAC, pode haver outras funções definidas pelo operador aéreo
ou requeridas pelos conselhos profissionais de saúde (CFM e COFEN) ou por outras
entidades de saúde. Trata-se da dispensa a nomeação de um “diretor médico”, que não precisa
mais estar nas Especificações Operativas (EO) do operador aéreo. Contudo, funções ou
posições que não tenham relação direta com a segurança operacional não são submetidas ao
crivo da ANAC, ou seja, a ANAC, não mais avaliará o pessoal requerido para as operações
aeromédicas. Além disso, a terminologia “profissional de saúde” utilizada pela ANAC de
forma genérica, descumpre a legislação federal que é específica para atuação do médico e do
enfermeiro no serviço aeromédico. No item da IS - 5.8.3, é possível compreender a
possibilidade das empresas de táxi aéreo privado, serem autorizadas nas operações
aeromédica, realizarem pousos e decolagens em áreas não cadastradas, APH com
helicópteros, inclusive em estradas e rodovias e em qualquer modalidade de atendimento com
aviões, em terra, situadas na Amazônia Legal. No item 5.9 da IS 135-005A, surgem alterações
operacionais e a retirada do Manual Aeromédico, que agora não é mais um requisito
obrigatório para a certificação das atividades aeromédico, pois pode ser incluído nos manuais
já existentes do operador aéreo. Portanto, a Unidade Aérea Pública (UAP) mesmo amparadas
por leis constitucionais, a implantação da IS 135-005A, coloca sim, em risco o futuro dessa
Unidade nas atividades de resgate e transporte aeromédico.

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