Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Escola de Minas
Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais
Capítulo 4
TRANSFORMAÇÕES DIFUSIONAIS
NOS SÓLIDOS
Demonstra-se que:
Consideremos uma liga eutética qualquer cujo diagrama de fases é apresentado abaixo:
No infinito a concentração
Interface entre o precipitado b de soluto em a é C0
e o grão de a
O ganho de massa do
Balanço de Massa precipitado é igual à
perda de massa de a.
A2
Logo:
Ou ainda:
Finalmente:
Temos:
Portanto,
g 2,14
(austenita)
1000
Acm
Temperatura (oC)
912
a
(ferrita) 0,022
600
a + Fe3C
400
1 2
(Fe)
% em peso de C
Condições de
Austenitização
Homogeneidade da
Austenita
Dilatometria
Ac3(°C)=912-370·C-27,4·Mn+27,3·Si-6,35·Cr-
32,7·Ni+95,2·V+190·Ti+72·Al+64,5·Nb+5,57·W+332·S+276·P+485·N-
900·B+16,2·C·Mn+32,3·C·Si+15,4·C·Cr+48·C·Ni+4,32·Si·Cr-17,3·Si·Mo
+18.6·Si·Ni+4,8·Mn·Ni+40,5·Mo·V+174·C2+2,46·Mn2-
6,86·Si2+0,322·Cr2+9,9·Mo2+1,24·Ni2-60,2·V2
α+→g
α - ferrita, θ - cementita e g - austenita.
Aço Eutetóide
Ferroviário - MO
Austenita
Temperatura (ºC)
heterogênea
Au
st
Austenita + cementita
e ni
ta +
per
lita
+c
em
e nt
ita
Perlita
Tempo (s)
Austenitizado a
Microestrutura ferrita-perlita inicial.
840°C por 120
segundos
d a 18 0,6mm
Tempo de austenitização
α α
α α
α g
α α α α
g g
carbonetos carbonetos carbonetos
• A depender da composição
química do aço, mesmo
carbonetos de ferro podem
não ser totalmente
dissolvidos na austenita em
função da temperatura e do
tempo de tratamento.
Nucleação de
Austenita
900
850
Ac1 and Ac3 (°C)
750
700
0 2 4 6 8 10 12 14
Heating rate (°C/s)
1000
- Aço: 0,15%C, 1,42%Mn,
g 0,37%Si, 0,052%Al, 0,031%Nb
900 Ac3
e 0,0042%N
Af - Microestrutura inicial
800 a+g constituída de ferrita e perlita.
Ac1
T ( C)
a+g+P
o
- Af – temperatura de fim de
700 dissolução da perlita
a +P
600
h txa h Ac3 e h Ac1
500
10 100 1000 10000
Tempo (s)
- Microestrutura inicial
constituída de ferrita e
perlita.
Aquecimento em passes para se determinar a “breakaway Relação entre a velocidade de avanço do contorno de
temperature” de aços. grão austenítico e o efeito de arraste de soluto.
Se a temperatura de
austenitização for menor do que
a “breakaway temperature”
Se a temperatura de
austenitização for maior do que
a “breakaway temperature”
FERRITA
Em um resfriamento de uma
liga com concentração de
carbono C0
Fluxo de átomos
de Carbono
Interface
Austenita/Ferrita
cga T
g g
a a
T c
cag
cag c cga c z* z
As camadas de ferrita espessam a uma taxa que é controlada pela difusão de C na
austenita à frente da interface de transformação.
z* = DC (g ).t
( - c)
cga
ë û
Prof. Dr. Geraldo Lúcio de Faria 58
(c - c) DC (g ) ( c - c )
ga ga 2
dz*
z* = DC (g ).t =
é( cga - cag ) ( c - cag )ù
1/2
dt éë2z* ( cga - cag ) ( c - cag )ùû
ë û
Onde:
Morfologicamente, a transformação é
muito semelhante a uma transformação
eutetóide.
As lamelas de precipitados
A b, se formam a partir de
grãos de a ricos em Al,
Precipitação celular de Mg17Al12 em uma liga Mg-9%at.Al. cujos contornos originais
Liga envelhecida por 1 hora a 220°C , seguida de 2 minutos
eram representados pela
a 310°C.
linha AA.
Ca
Cg = 0,8%
Logo o número de núcleos por unidade de volume (Nv) que existem em um instante de tempo depois de t (t) é
dado pelo simples produto da taxa de nucleação em contornos de grão pela área de contorno de grão:
Logo, a fração de perlita formada (X) nessa situação seria dada por:
Temos:
Logo, teremos:
E sabendo que:
Temos que:
T Tempo-Temperatura-Transformação
(curva TTT)
tempo
50 mm
t=150 s t=300 s t=600 s
5 mm
t=2000 s
t=800 s t=2000 s
Colônias grandes Perlita
de perlita grosseira
Perlita fina
50 mm
650°C t=10 s 650°C t=70 s
A Bainita não é uma fase, é uma mistura de ferrita e carbonetos, ou ferrita e austenita
retida;
Formada à temperatura constante (T>Ms) ou sob resfriamento contínuo;
Nucleação da bainita: difusão do C;
Transformação bainítica – mecanismo martensítico ou por cisalhamento (displacive
”deslocativo/displacivo”)
Alguns autores consideram que a Bainita cresce sem difusão C escapa da ferrita
para a austenita em uma fração de segundos: ppt de carbonetos;
Não há partição dos elementos substitucionais; redistribuição de C;
Bainita – cresce em subunidades: placa de bainita < placa de martensita
Aço Comum
Aço Ligado com Adição de Mo e Cr.
Como?
A resposta é direta: Se o crescimento adifusional não for sustentado na temperatura
Th, o núcleo formado crescerá de forma difusional e dará origem à ferrita de
Widmanstätten e, consequentemente, a temperatura Th poderá ser chamada de Ws.
Por outro lado, se a força motriz for elevada o suficiente para favorecer o crescimento
adifusional, então podemos afirmar que o crescimento será bainítico e, portanto,
Th=Bs.
De onde:
Nesse contexto, mostrou-se que a energia Considerando que tm seja a resistência ao cisalhamento
livre por unidade de área no plano do do cristal que permite a discordância se movimentar de
defeito é: uma magnitude b do vetor de Burger`s, mostrou-se que:
Super-resfriamento
da Austenita
Nucleação de placas de
Alguns carbonetos também
ferrita com precipitação de
podem ser encontrados
Inferior Temperaturas mais baixas. carbonetos guardando
precipitados entre as placas
relações de orientação
de ferrita
cristalográfica.
Distribuição de elementos
substitucionais e
intersticiais através da
interface ferrita
bainítica/austenita em
uma liga Fe-C-Si-Mn. (a)
Imagem de campo iônico.
Cada ponto corresponde a
um átomo. Interface
vertical na imagem,
austenita localizada no
lado direito. (b) e (c) Mapa
dos átomos de Si e Fe,
mostrando uma
distribuição uniforme. (d)
Mapa dos átomos de
carbono
Carbonetos (regiões escuras) formados entre as ripas Austenita retida entre ripas de bainita superior em
de ferrita em um aço 4360 transformado a 495°C. um aço com 0,6%C e 2,0%Si (alto teor) transformado
MET – aumento: 25000X. a 400°C. A: austenita retida. MET – aumento:
40000X.
Grão de a massivo
nucleiam-se em
contornos de grão de b
rapidamente, com
morfologias irregulares.
2- Produz morfologias de
Widmanstätten;
4- Promove transformação
martensítica