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Reparador de Eletrodomésticos

Eletrodomésticos Aquecedores

Novo Hamburgo, dezembro de 2020.

Professor Gabriel Luche


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Gabriel Luche é Engenheiro Eletricista e possui Mestrado na área de Mecatrônica. Tem


experiência na manutenção de equipamentos eletrônicos e máquinas elétricas. Desde 2017
trabalha como docente no Instituto Federal Sul-rio-grandense.

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Eletrodomésticos Aquecedores

Ementa: Estudo sobre o princípio de funcionamento de eletrodomésticos que utilizam o


efeito joule como principal fenômeno de seu funcionamento: jarras elétricas, chuveiros,
torradeiras, fornos, aquecedores, cafeteiras e ferros de passar roupas. Busca de compreensão
dos sistemas de controle e proteção desses dispositivos. Detalhamento de conhecimentos
para a detecção e diagnóstico de falhas em eletrodomésticos aquecedores.

Objetivos: Conhecer o princípio de funcionamento dos eletrodomésticos aquecedores


que utilizam resistências elétricas para seu funcionamento. Identificar defeitos comuns e
recorrentes.

Avaliação: As atividades avaliativas são feitas ao término de cada módulo do curso. Para
ser aprovado, o estudante necessita obter a nota mínima 6 (seis) em todas as atividades
avaliativas.

Recuperação: Cada atividade avaliativa possui 3 (três) tentativas permitidas. Finalizadas


as três tentativas, sem atingir a nota mínima de 6 (seis), o estudante terá direito a uma
oportunidade extra.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 7
2 O QUE É PRECISO PARA CONSERTO DE EQUIPAMENTOS AQUECEDORES? 8
3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS ELETRODOMÉSTICOS DE AQUECIMENTO 9
4 TORRADEIRA 12
5 CAFETEIRA 16
6 AQUECEDORES / ESTUFAS 22
7 CHUVEIRO ELÉTRICO 28
8 JARRA ELÉTRICA 34
9 FERRO DE PASSAR ROUPAS 37
10 FORNO ELÉTRICO 39
11 EXERCÍCIOS SOBRE ELETRODOMÉSTICOS AQUECEDORES 45
11.1 Respostas dos Exercícios sobre eletrodomésticos aquecedores 46
12 FIM DA APOSTILA 47
BIBLIOGRAFIA 48

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Reparador de eletrodomésticos.......................................................................... 9


Figura 2 - Circuito elétrico simples. ................................................................................... 10
Figura 3 - Circuito elétrico de uma torradeira. ................................................................. 12
Figura 4 - Imagem de torradeira. ...................................................................................... 12
Figura 5 - Contatos da parte inferior da torradeira. ......................................................... 13
Figura 6 - Resistência de aquecimento e termostato. ...................................................... 14
Figura 7 - Torradeira superior aberta. ............................................................................... 15
Figura 8 - Parte inferior da torradeira aberta. .................................................................. 15
Figura 9 - Cafeteira. ........................................................................................................... 16
Figura 10 - Orifícios de passagem de água. ....................................................................... 16
Figura 11- Parte interior da base. ..................................................................................... 17
Figura 12 - Válvula de passagem de café. ......................................................................... 18
Figura 13 - Esquema elétrico da cafeteira......................................................................... 18
Figura 14 - Teste de continuidade do termostato. ........................................................... 19
Figura 15 - Teste de continuidade da chave liga-desliga. ................................................. 20
Figura 16 - Teste de continuidade do cabo. ...................................................................... 20
Figura 17- Fusível térmico. ................................................................................................ 21
Figura 18 - Circuito do aquecedor. .................................................................................... 22
Figura 19 – Imagem de aquecedor e localização das suas chaves.................................... 23
Figura 20 - Chave de segurança contra tombamentos. .................................................... 23
Figura 21 - Teste das resistências...................................................................................... 24
Figura 22 - Chave de proteção. ......................................................................................... 24
Figura 23 - Parte interna da estufa, ressaltando chaves de acionamento. ...................... 25
Figura 24 - Parte interna da estufa. .................................................................................. 26
Figura 25 - Resistência simples. ........................................................................................ 26
Figura 26 – Resistência de aquecimento. ......................................................................... 27
Figura 27- Terminais da resistência de aquecimento. ...................................................... 27
Figura 28 - Esquema elétrico do chuveiro......................................................................... 28
Figura 29 - Imagem de um chuveiro. ................................................................................ 29
Figura 30 - Parte interna do chuveiro. .............................................................................. 29
Figura 31 - Parte interna do chuveiro. .............................................................................. 30
Figura 32 - Contatos da parte interna do chuveiro. .......................................................... 30
Figura 33 - Resistência de aquecimento. .......................................................................... 31
Figura 34 - Contatos de alimentação da resistência de aquecimento. ............................. 31
Figura 35 - Chave seletora na posição desligada impedindo a alimentação da resistência
de aquecimento. ...................................................................................................................... 32

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Figura 36 - Contatos fechados, possibilitando a alimentação da resistência de


aquecimento. ........................................................................................................................... 32
Figura 37 - Contato aberto, resistência de aquecimento sem alimentação. .................... 33
Figura 38 - Imagem de uma jarra elétrica. ........................................................................ 34
Figura 39 - Esquema elétrico da jarra elétrica. ................................................................. 34
Figura 40 - Conector e cabo da base. ................................................................................ 35
Figura 41 - Chave liga-desliga acoplada mecanicamente ao termostato. ........................ 36
Figura 42 - Parte inferior da jarra. ..................................................................................... 36
Figura 43 - Imagem de um ferro de passar roupas. .......................................................... 37
Figura 44 - Esquema elétrico do ferro de passar roupas. ................................................. 37
Figura 45 - Parte interna do ferro de passar. .................................................................... 38
Figura 46 - Imagem do termostato. .................................................................................. 38
Figura 47 - Painel de controle do forno elétrico. .............................................................. 39
Figura 48 - Parte interna da carcaça de um forno elétrico. .............................................. 40
Figura 49 - Parte interna do painel de controle. ............................................................... 40
Figura 50 - Parte interna do forno elétrico. ...................................................................... 41
Figura 51 - Destaque do bulbo do resotato de controle de temperatura. ....................... 41
Figura 52 - Esquema elétrico do forno elétrico................................................................. 42
Figura 53- Procedimentos de testes. ................................................................................ 43
Figura 54- Procedimentos de testes. ................................................................................ 43
Figura 55- Procedimentos de testes. ................................................................................ 44
Figura 56- Painel deslocado. ............................................................................................. 44

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1 INTRODUÇÃO
O curso Reparador de Eletrodomésticos oferecido pelo IFSUL foi desenvolvido com o
objetivo de atender profissionais ou estudantes, maiores de 18 (dezoito) anos, com no mínimo
o Ensino Fundamental I completo, que estejam:

● Interessados em desenvolver habilidades relativas à execução de reparos básicos em


aparelhos eletrodomésticos, seguindo procedimentos, legislação, normas técnicas e
ambientais, priorizando sempre a saúde e a segurança.

Ou

● Interessados em aumentar sua renda familiar, atuando como microempreendedor ou


como empregado de empresas de assistência técnica, ou mesmo para reparar seus
próprios eletrodomésticos, seguindo procedimentos, legislação, normas técnicas e
ambientais, priorizando sempre a saúde e a segurança.

Pensar com clareza é condição indispensável para analisar de forma adequada o que está
acontecendo com o equipamento defeituoso. Para além dos instrumentos de medida elétrica,
os conceitos da eletricidade e da eletrônica são as principais ferramentas de trabalho. Para
ser um bom e responsável profissional, é necessário ter um conjunto de conceitos
coerentemente articulados entre si. Sem os conceitos, o profissional corre o risco de trabalhar
apenas com subjetividades, palpites e aparências.

É importante destacar que o trabalho do reparador de eletrodomésticos, apesar de ser


eminentemente prático, requer o domínio de conhecimentos técnicos, ou seja, para poder
identificar o defeito e efetuar o conserto com presteza, qualidade e principalmente com
segurança, é indispensável que o profissional conheça os fundamentos teóricos dos
dispositivos, circuitos e sistemas presentes nos eletrodomésticos.

E este módulo tem tudo a ver com isso!

Bons estudos!

Professor: Gabriel Luche

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2 O QUE É PRECISO PARA CONSERTO DE


EQUIPAMENTOS AQUECEDORES?

Ferramentas

• Chaves Fenda Cruzadas isolada (Philips): 1/8 pol.; 3/16 pol.; 1/4 pol;
• Chaves Fenda Simples isolada: 1/8 pol.; 3/16 pol;
• Alicate universal isolado;
• Alicate de corte isolado;
• Alicate de bico isolado;
• Alicate decapador (opcional);
• Ferro de solda 30W ou 60W.

Equipamentos
• Multímetro analógico ou digital;
• Ou um simples testador de continuidade.

EPIs
• Luva de eletricista;
• Roupa antichama manga longa;
• Calça de tecido antichama;
• Sapato de eletricista.

Materiais
• Fita isolante de qualidade;
• Solda estanho;
• Lixa fina;
• Pano de limpeza;
• Palha de aço;
• Base isolante térmica.

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3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS


ELETRODOMÉSTICOS DE AQUECIMENTO

O efeito Joule é caracterizado pela transformação da energia elétrica em energia térmica.


Esse fenômeno é presente de forma indesejada nos cabos de energia, que aquecem ao serem
percorridos por correntes e, de forma mais clara e intencional, é presente também em
equipamentos como estufas e chuveiros, que possuem resistências, com a função de aquecer
ao serem energizadas. Outro exemplo é a lâmpada incandescente convencional, que, ao ser
energizada, aquece e ilumina. Neste caso, o aquecimento é um efeito indesejado, visto que a
principal função da lâmpada é a energia luminosa. Apesar disso, 95% da energia consumida
pela lâmpada incandescente é transformada em calor em vez de luz. Graças a essas
características, esses modelos de lâmpadas têm sido substituídos pelas lâmpadas LEDs, que
possuem maior eficiência energética.

Figura 1- Lâmpada incandescente.

Equipamentos que podem utilizar o fenômeno do efeito Joule para seu funcionamento
são o foco deste tópico. Veremos os princípios de funcionamento e os diagramas elétricos
básicos dos seguintes equipamentos:

• Torradeira • Chuveiro
• Ferro de passar • Jarra elétrica
• Cafeteira • Forno elétrico
• Aquecedor

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Na Figura 2, é possível observar o circuito elétrico de corrente alternada, consistindo de
um resistor (R) alimentado por uma fase (L/F) e o neutro (N/N). Fase e neutro podem ser
obtidos através da rede elétrica residencial a partir da conexão dos plugs nas tomadas. O
circuito abaixo é puramente resistivo e estará energizado sempre que estiver conectado à
rede, o que, devido ao efeito Joule, ocasionará o aquecimento do resistor (R). Esse é o
princípio de funcionamento dos equipamentos que veremos nesse tópico.

Figura 2 - Circuito elétrico simples.

Como forma de controlar a temperatura, de modo que o equipamente não sofra um


superaquecimento ou que o usuário possa fazer esse controle ao ligar e desligar o
eletrodoméstico, são inseridos outros dispositivos no circuito elétrico para faciliar o seu uso.

Ressalta-se aqui que cada eletrodoméstico possui uma grande variedade de modelos, e
os circuitos apresentados podem não ter correspondência exata com o equipamento no qual
você fará a manutenção. Neste material, são apresentados os circuitos elétricos tipicamente
aplicados nos equipamentos. Mesmo que os equipamentos dos clientes tenham algumas
diferenças, os princípios de funcionamento são os mesmos. Recomenda-se também que o
estudante revise o conteúdo do Tópico 12, pois seus conceitos serão aplicados aqui (métodos
de manutenção de alguns componentes).

Ressalta-se que os componentes utilizados nas partes com alta temperatura desses
equipamentos devem ser adequados a esse ambiente. Não use fita isolante ou solda com
estanho. Utilize conectores e materiais específicos para temperaturas mais altas.

Antes de iniciar a manutenção, lembre-se:


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• Tome todos os cuidados de segurança trabalhados ao longo do curso. Evite ao máximo


trabalhar com o equipamento energizado. A SUA VIDA VALE MUITO!

• Tenha um ambiente organizado para o trabalho.

• Tenha as ferramentas necessárias próximas de você.

• Ao desmontar um equipamento, lembre-se de guardar as peças e os parafusos.

• Antes de iniciar a desmontagem, observe bem as melhores formas de desmontar o


equipamento. EVITE PREJUÍZO: NÃO QUEBRE O EQUIPAMENTO DO SEU CLIENTE!

• Antes de desconectar fios e cabos, tire fotos, faça anotações, faça marcações. Não
desmonte um equipamento que não saiba remontar depois.

• Não substitua termostatos, fusíveis térmicos e elétricos por fios. Essas ações não são
profissionais e podem causar curto-circuitos e incêndios.

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4 TORRADEIRA

O circuito básico de uma torradeira pode ser representado através da Figura 4. Os


eletrodomésticos geralmente possuem circuitos de sinalização que poderiam ser formados
por uma única lâmpada, mas normalmente são formados a partir de lâmpadas de neon e
resistores.

Figura 3- Exemplo de uma torradeira elétrica.

Figura 4- Circuito elétrico de uma torradeira

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Na torradeira, existem dois circuitos de sinalização: um para quando o equipamento está


conectado na tomada (LAMP1), e outro para quando o equipamento está com sua resistência
ligada (LAMP2), como apresenta a Figura 3. Nota-se que, para acionamento de LAMP1, basta
que o circuito esteja alimentado pela fase e pelo neutro. Já para acionamento de LAMP2, tanto
o fusível térmico quanto o termostato devem estar fechando o circuito. Caso os sistemas de
sinalização estejam com defeito, deve-se verificar a continuidade elétrica dos cabos, assim
como as lâmpadas (e demais componentes) que formam esses circuitos. Para o caso de
LAMP2, deve-se verificar também a integridade e o funcionamento do fusível térmico e do
termostato.

Caso a torradeira apresente problemas no aquecimento, recomenda-se abri-la e realizar


uma inspeção visual para identificação de fios e cabos soltos ou danificados. Caso não sejam
identificados problemas, recomenda-se testar a continuidade do fusível térmico e do
termostato e os valores de medição das resistências de aquecimento. Estas não podem
apresentar valores infinitos (indicando rompimento) ou muito baixos, como, por exemplo,
menos de 1 Ohm (indicando curto-circuito) para a resistência, ou mais de 1 Ohm para os
fusíveis e termostatos.

Na Figura 5, é possível observar a oxidação causada, provavelmente, pelo acúmulo de


sujeira, umidade e restos de alimentos na caixa de ligação entre o cabo de força e as demais
partes do circuito da torradeira. Recomenda-se entregar ao cliente eletrodomésticos com
condições mínimas de higiene, o que demonstra profissionalismo e cuidado com os
equipamentos. Provavelmente, o acúmulo de gordura ocasionou oxidação desses terminais,
sendo recomendada a utilização de limpa contatos ou eventual substituição deles.

Figura 5 - Contatos da parte inferior da torradeira.


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Na Figura 6, é possível visualizar o interior da torradeira e identificar a capa de isolante


de temperatura, o termostato e o acabamento diferenciado que os cabos possuem. Isso
ocorre por causa da alta temperatura no interior da torradeira. Cabos com isolação
convencional, utilizados nas instalações elétricas residenciais, podem operar em no máximo
90°C para material de XLPE e 70°C para PVC. Repare também, ao longo do tópico, que no
interior dos equipamentos de aquecimento não há uso de fita isolante convencional,
justamente pela temperatura que esta suporta. NÃO SEJA RESPONSÁVEL POR UM INCÊNDIO:
NÃO FAÇA ADAPTAÇÕES. É importante ressaltar que este modelo de torradeira não possui
um fusível térmico.

Figura 6 - Resistência de aquecimento e termostato.

Na Figura 7, é possível observar a parte superior do equipamento aberta e conferir a


medição da resistência de aquecimento. Ainda, a partir dessa posição, é possível verificar a
continuidade do termostato. Ressalta-se a dupla função do termostato no circuito: 1ª
funcionalidade: impede que o alimento queime mais que o desejado; 2ª funcionalidade:
segurança - evita que o equipamento superaqueça e venha a derreter o plástico da torradeira
e seu circuito, podendo causar um acidente.

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Figura 7- Parte superior do interior da torradeira.

Através da Figura 8, é possível observar a parte inferior da torradeira aberta, mostrando


com clareza a oxidação presente na resistência de aquecimento.

Figura 8 - Parte inferior do interior da torradeira.

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5 CAFETEIRA
Assim como os demais dispositivos desse tópico, a cafeteira possui como princípio o
aquecimento a partir do efeito Joule (aquecimento a partir de resistências elétricas).
Conforme indicações presentes na Figura 9, a cafeteira funciona a partir de dois reservatórios,
um de água e outro de café. Conforme a Figura 10, dentro do reservatório de água, existe um
orifício de passagem da água para a peça da resistência, onde é aquecida. Após isso, a água
sai da peça da resistência através de uma tubulação até o reservatório de café. Neste
reservatório, existe uma válvula que é acionada a partir do posicionamento da jarra,
enchendo-a de café.

Figura 9 - Cafeteira.

Figura 10 - Orifícios de passagem de água.

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Antes de abrir a cafeteira, ou qualquer outro equipamento, é importante o manutentor


ter em mãos alguns meios de registrar as ligações elétricas dos eletrodomésticos, podendo
ser através de marcações nos cabos, desenhos, anotações ou fotos. A chave “liga-desliga”
pode possuir uma sinalização luminosa, indicando ao usuário quando a cafeteira está ligada.
Como dispositivo de segurança, o fusível térmico abre o circuito elétrico quando a
temperatura interna da cafeteira atinge nível crítico, evitando incêndios e danos ao aparelho.
O termostato, que também possui função de segurança, tem o papel de controlar a
temperatura da água e do café para uma faixa adequada ao uso.

A cafeteira pode apresentar problemas mecânicos, como na válvula de passagem de café,


causando defeitos na mola de retorno, quebra de peças plásticas ou entupimentos por restos
de alimentos. O circuito hidráulico de circulação de água é composto por canos plásticos que,
eventualmente, podem rasgar, causando vazamentos de água. Na Figura 11, é possível
visualizar: a resistência de aquecimento, o fusível térmico, o circuito de circulação de água e
o termostato.

Figura 11- Parte interior da base.

No reservatório de café, existe uma válvula que permite a passagem de café somente
quando a jarra está em posição de uso - ver Figura 12. Esta válvula pode apresentar quebra e
entupimento, devendo ser reparada ou substituída.

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Figura 12 - Válvula de passagem de café.

O esquema elétrico da cafeteira é disponibilizado através da Figura 13. Nele é possível


observar como funciona o sistema de sinalização da cafeteira. Sempre que a chave “liga-
desliga” estiver acionada, a luz será acesa. O restante do circuito se dá através de um trecho
de componentes em série (fusível, termostato e resistência).

Figura 13 - Esquema elétrico da cafeteira.

O teste inicial do circuito elétrico passa por uma inspeção visual sobre os componentes e
cabos, procurando por indícios de rompimento e curto-circuitos. Logo após, é recomendado

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que a continuidade elétrica dos cabos e componentes (chave, fusível e termostato) seja
testada. Para o teste das resistências de aquecimento, é recomendado que os terminais junto
às resistências sejam desconectados, ou que os cabos conectados às resistências sejam
desconectados dos demais componentes. Qualquer um desses procedimentos tem o intuito
de isolar a resistência do circuito e evitar medições incorretas. Alguns desses testes são
demonstrados nas figuras 14, 15, 16 e 17.

ATENÇÃO: De modo geral, dispositivos aquecedores necessitam de cabos com capa de isolação
adequados para a temperatura de trabalho do equipamento, sem uso de fita isolante, sendo utilizados
conectores específicos para tal. Fitas isolantes e conectores comuns não podem ser utilizados nesses
aparelhos devido às elevadas temperaturas.

Figura 14 - Teste de continuidade do termostato.

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Figura 15 - Teste de continuidade da chave liga-desliga.

Figura 16 - Teste de continuidade do cabo.

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Figura 17 - Fusível térmico.

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6 AQUECEDORES / ESTUFAS

O aquecedor, como o próprio nome refere, é um objeto para aquecimento de ambientes,


e seu sistema, de modo geral, é simples, constituído apenas por chaves e resistência elétrica,
conforme as Figuras 18 e 19. Ainda existem aquecedores com ventilação forçada, que
possuem um ventilador acomplado de modo a forçar a passagem de ar pelas resistências. Caso
seja necessário, essa peça precisa de manutenção própria, conforme o Tópico 14 do curso.

A estufa possui uma chave fim de curso de segurança, exposta na Figura 20, que serve
como proteção contra tombamentos, pois, se o pino perde o contato com o solo, ele desliga
o circuito da estufa. Esse sistema funciona como método de prevenção de incêndios causados
pelo superaquecimento da estufa em caso de tombamento. Os aquecedores ainda podem
contar com uma ou mais chaves para acionamento das resistências das estufas, podendo
essas serem todas acionadas por uma única chave ou acionadas individualmente.

Figura 18 - Circuito do aquecedor.

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Figura 19 - Imagem de aquecedor e localização das suas chaves.

Figura 20 - Chave de segurança contra tombamentos.

Na Figura 21, são apresentados quatro testes:

A. Todas as resistências ligadas, mas a chave de tombamento desativada. O multímetro


digital indicou que o circuito da estufa possui resistência infinita, ou seja, estufa
desligada.

B. Chave de tombamento acionada e uma das chaves das resistências ligada.

C. Chave de tombamento acionada e duas das chaves das resistências ligadas.

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D. Chave de tombamento acionada e todas as chaves das resistências ligadas.

Figura 21 - Teste das resistências.

Os testes indicam que a chave de tombamento funciona e abre todo o circuito quando
não pressionada; indicam também que, à medida que mais resistências são ligadas, a
resistência total obtida pelo multímetro cai.

Figura 22 - Chave de proteção.

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Na Figura 22, é apresentada uma imagem da parte interna da estufa, onde são destacadas
as chaves. Como sempre, iniciamos o trabalho de manutenção através da inspeção visual,
procurando cabos e componentes com defeito aparente. Resistências que não ligam podem
ter como causa cabos rompidos ou chaves defeituosas, sendo necessário verificar a
continuidade desses componentes.

Conforme a Figura 23, as chaves fim de curso de proteção contra tombamento podem ser
compostas por duas chapas metálicas, que podem ser pressionadas pelo pino de
acionamento, fechando um contato elétrico entre elas. Muitas vezes, chaves com essas
características sofrem processo de oxidação, o que torna necessária sua limpeza ou
substituição.

Figura 23 - Parte interna da estufa, ressaltando chaves de acionamento.

Conforme a Figura 24, separando a parte metálica da carcaça plástica, podemos ver a
grade de proteção, que forma uma barreira mecânica contra eventuais acidentes ao toque do
usuário nas resistências quentes. Devido às lâminas metálicas presentes no interior do
aquecedor, recomenda-se fortemente o uso de luva como forma de proteção da pele contra
cortes e perfurações. Também é possível observar os terminais das resistências, conectados
através de cabos com isolação adequada para temperaturas mais altas (superiores a 90°C).
Nota-se que o acabamento dos terminais dos cabos (parte preta) não é feito com fita isolante,
mas com material termorretrátil adequado para temperaturas mais altas.

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Figura 24 - Parte interna da estufa.

Na Figura 26 é apresentada a imagem de uma resistência de aquecimento. Trata-se de


uma peça frágil que pode quebrar, sendo necessário cuidado no seu manuseio. Deve-se medir
sua resistência elétrica como forma de detecção de defeitos. Para a estufa em destaque, sua
resistência elétrica é aproximadamente 12,5 Ω. As resistências de aquecimento podem ser
formadas por um vidro de proteção e um fio de aquecimento, que formam uma peça única,
como na Figura 25. Podem possuir vidro e fio com peças separadas, ou uma terceira
possibilidade na qual só há o fio, como na Figura 26.

Figura 25 - Resistência simples.

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Figura 26 – Resistência de aquecimento.

Figura 27 - Terminais da resistência de aquecimento.

A resistência de aquecimento normalmente é sustentada na estrutura da estufa através


de uma peça cerâmica (Figura 27) que pode vir a quebrar, sendo necessária sua substituição
em caso de danos. Esta peça é importante para evitar que os terminais da resistência entrem
em contato com a estrutura da estufa.

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7 CHUVEIRO ELÉTRICO

O circuito do chuveiro elétrico é bem simples. Consiste de um pressiostato, duas


resistências conectadas e uma chave seletora. Conforme a posição da chave, o circuito do
chuveiro pode estar desenergizado (posição ‘Desligado’), com duas resistências alimentadas
(posição ‘Verão’) ou somente com uma resistência alimentada (posição ‘Inverno’), sendo essa
a posição com maior capacidade de aquecimento da água. O pressiostato fecha o circuito
quando a pressão da água do chuveiro é alta o suficiente para descolar uma membrana de
borracha e fechar dois contatos elétricos que permitem a passagem de corrente e
consequente energização do chuveiro. O circuito do chuveiro pode ser visualizado através da
Figura 28. Lembre-se da importância de trabalhar com os circuitos elétricos de forma a evitar
acidentes. Na Figura 29, é possível visualizar a foto de um chuveiro.

Figura 28 - Esquema elétrico do chuveiro.

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Figura 29 - Imagem de um chuveiro.

Conforme as Figuras 30 e 31, abrindo a parte inferior do chuveiro, onde há os furos pelos
quais a água escorre, será possível observar a câmara por onde a água entra e, devido a sua
pressão, desloca a membrana do pressiostato, que aciona o circuito elétrico. Existe ainda uma
borracha de vedação que impede a saída de água pela lateral do chuveiro. Caso esse problema
ocorrer, torna-se necessário seu ajuste ou troca.

Figura 30 - Parte interna do chuveiro.

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Figura 31 - Parte interna do chuveiro.

Na Figura 31, ainda é possível observar a resistência elétrica de aquecimento, sendo o seu
rompimento o principal foco de problemas em chuveiros. Para sua substituição, é
recomendado o uso de um alicate de bico.

Como também é visível nas Figuras 32 e 33, tanto a resistência quanto os contatos
usualmente ficam oxidados devido à ação da água e do cloro presente nela.

Figura 32 - Contatos da parte interna do chuveiro.

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Figura 33 - Resistência de aquecimento.

Outra possibilidade é a oxidação dos contatos de alimentação da resistência de


aquecimento ou o travamento mecânico desses contatos, o que torna necessária sua limpeza
e ajuste. É possível visualizar as fotos dos contatos mecânicos na Figura 34.

Figura 34 - Contatos de alimentação da resistência de aquecimento.

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Nas figuras 35, 36 e 37, é possível visualizar a operação do chuveiro com a chave seletora
na posição desligada e os contatos elétricos fechados e abertos, respectivamente.

Figura 35 - Chave seletora na posição desligada, impedindo a alimentação da resistência de


aquecimento.

Figura 36 - Contatos fechados, possibilitando a alimentação da resistência de aquecimento.

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Figura 37 - Contato aberto, resistência de aquecimento sem alimentação.

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8 JARRA ELÉTRICA

A Figura 38 apresenta uma jarra elétrica e suas principais partes.

Figura 38 - Exemplo de uma jarra elétrica.

Figura 39 - Esquema elétrico da jarra elétrica.

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A jarra elétrica possui, de modo geral, um circuito simples. É alimentada através de uma
base conectada à tomada e possui o corpo da jarra constituído por uma resistência e uma
chave “liga-desliga” acoplada mecanicamente a um termostato bimetálico, de modo que, ao
atingir a temperatura necessária, a chave troca de posição, desligando o equipamento de
modo automático. Ainda existem modelos com um circuito com luz de sinalização de jarra
ligada através de uma lâmpada; isso está representado no esquema elétrico da Figura 39.

Abrindo a base, é possível acessar o cabo e o conector da base, conforme Figura 40, sendo
este um dos possíveis defeitos da jarra. Para verificar seu estado, deve-se testar sua
continuidade e verificar pontos de oxidação, podendo também haver pontos onde os contatos
elétricos estão quebradiços.

Figura 40 - Conector e cabo da base.

A jarra é alimentada através de um conector presente na sua parte inferior, que se encaixa
à base. Devido ao recorrente uso, estes conectores podem apresentar problemas vinculados
a mau contato e danos às peças, tornando-as quebradiças. O conector é encaixado em uma
peça fixada ao corpo da jarra, que proporciona a alimentação à resistência. A chave “liga-
desliga”, acoplada ao termostado, é conectada à resistência em série.

Para teste do circuito da jarra, é recomendo testar a continuidade do conector, os cabos


do circuito e a chave “liga-desliga”. Além disso, é possível também que haja problemas na
resistência de aquecimento, a qual pode ter seu estado avaliado através da medição da
resistência elétrica dos seus terminais, que devem apresentar um valor na faixa de 27 Ω e
variar conforme modelo e potência da jarra.

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Figura 41- Chave liga-desliga acoplada mecanicamente ao termostato.

Figura 42 - Parte inferior da jarra.

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9 FERRO DE PASSAR ROUPAS

Um ferro de passar pode ser visualizado através da Figura 43. O seu circuito também é
simples, constituído por uma resistência elétrica, um termostato variável e um fusível térmico.
Deve-se verificar a continuidade desses elementos para avaliação do seu estado, além de
medir a resistência de aquecimento.

Figura 43 - Ferro de passar roupas.

Figura 44 - Esquema elétrico do ferro de passar roupas.

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O circuito do ferro de passar ainda pode possuir dois indicadores luminosos: um para
indicar que o aparelho está conectado à tomada, e outro para indicar que o equipamento está
em processo de aquecimento. Sempre que o manutentor for abrir o ferro de passar, deve
prestar atenção aos parafusos ocultos, não sendo necessário o uso de força que,
eventualmente, pode danificar o equipamento.

Figura 45 - Parte interna do ferro de passar.


(Ivair Puerta – DIY)

Figura 46 - Imagem do termostato.


(Ivair Puerta – DIY)

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10 FORNO ELÉTRICO

Dentre os equipamentos abordados nesse tópico, os fornos elétricos são os que,


usualmente, possuem mais componentes, pois normalmente há a possibilidade de o usuário
selecionar a temperatura de operação e o tempo de uso do equipamento. A Figura 47
apresenta a imagem de um forno elétrico e seu painel de controle. O equipamento em
destaque possui uma resistência de aquecimento inferior e uma superior para assar os
alimentos, além de uma lâmpada para facilitar a visualização interna.

Figura 47 - Painel de controle do forno elétrico.

Nas Figuras 48 a 51, é possível visualizar os componentes e as suas disposições dentro do


forno elétrico. Já o esquema elétrico do forno pode ser visualizado na Figura 52.

Importante ressaltar a importância da fibra de isolação térmica presente ao redor da


parte interna do forno, pois, com o passar dos anos, essa fibra pode sofrer deterioração, o que
causa perda de calor e consequente redução da capacidade do forno de assar os alimentos,
sendo necessária sua substituição.

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Figura 48 - Parte interna da carcaça de um forno elétrico.

Figura 49 - Parte interna do painel de controle.

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Figura 50 - Parte interna do forno elétrico.

Figura 51 - Destaque do bulbo do termostato de controle de temperatura.

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Figura 52 - Esquema elétrico do forno elétrico.

O circuito interno da lâmpada depende somente do seu botão de acionamento. Caso


ocorram problemas nesse componente, recomenda-se verificar se a lâmpada está queimada
e se o seu circuito possui continuidade, testando inclusive o seu botão de acionamento.

Caso ambas as resistências não estejam funcionando, é recomendado o teste de


continuidade do termostato, do temporizador e dos seus cabos. O temporizador deve ter seu
circuito fechado somente quando acionado, e o termostato deve possuir continuidade em
temperatura ambiente. Caso o problema seja em apenas uma das resistências, sugere-se
testar os cabos de alimentação dela e a resistência elétrica, utilizando o multímetro e o teste
do botão de acionamento do dourador caso o defeito seja na resistência superior. Para o teste
das resistências, é recomendado que os terminais junto às resistências sejam desconectados,
ou que os cabos conectados às resistências sejam desconectados dos demais componentes.
Qualquer um desses procedimentos tem o intuito de isolar a resistência do circuito e evitar
medições incorretas. Nas figuras 53 a 55, é possível a visualização de alguns procedimentos
de teste.

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Figura 53 - Procedimentos de testes.

Figura 54 - Procedimentos de testes.

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Figura 55 - Procedimentos de testes.

Caso os componentes não sejam acessíveis, é possível retirar o painel para facilitar os
testes. Para este caso, torna-se ainda mais essencial o uso de marcações para a posterior
montagem do circuito.

Figura 56 - Painel deslocado.

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Agora resolva os exercícios para fixar as aprendizagens desse tópico e, assim, efetuar
consertos de eletrodomésticos com presteza, qualidade e principalmente com segurança!

11 EXERCÍCIOS SOBRE ELETRODOMÉSTICOS


AQUECEDORES

1. Relacione as colunas:

1) Termostato bimetálico a) Devido às temperaturas elevadas, não pode ser


utilizada no interior de eletrodomésticos aquecedores.

2) Resistência b) Serve como dispositivo de controle de temperatura e


de proteção em jarras elétricas.

3) Cabos c) Deve ser desconectada do restante do circuito para sua


medição.

4) Fita isolante comum d) Possuem isolação diferenciada para trabalho em


temperaturas superiores a 90°C.

2. Identifique as alternativas como verdadeiras (V) ou falsas (F):

1) ( ) não é possível deslocar painéis para melhor acesso aos seus componentes.

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2) ( ) é recomendado ter o registro do circuito elétrico dos equipamentos antes de desmontá-


los.

3) ( ) em caso de emergência, é possível substituir fusíveis térmicos por fios.

4) ( ) gorduras e restos de alimentos podem oxidar contatos elétricos dos eletrodomésticos.

5) ( ) o teste de continuidade é essencial para descobrir falhas em cabos, fusíveis e


termostatos.

11.1 Respostas dos Exercícios sobre eletrodomésticos


aquecedores

1) 2)
1) (b) 1) (F)
2) (c) 2) (V)
3) (d) 3) (F)
4) (a) 4) (V)
5) (V)

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12 FIM DA APOSTILA

Parabéns, estudante!

Você concluiu a apostila Eletrodomésticos aquecedores do curso Reparador de


Eletrodomésticos.
Se você já fez todos os exercícios desta apostila, vá até o Moodle e assista ao vídeo desta
aula.

Não fique com dúvidas: utilize o fórum para dirimi-las.

Quando se sentir seguro, responda o questionário deste TÓPICO no Moodle de forma a


ficar apto para seguir para o próximo tópico do curso.

Aplique o que você aprendeu neste curso, preserve sua segurança e a segurança dos seus
clientes, trabalhe com prevenção e tenha tolerância zero com atos e condições inseguras.

Os efeitos de um acidente no local de trabalho podem durar toda uma vida. Se você for
ferido, a qualidade da sua vida poderá ser seriamente afetada. Se você for morto, sua família
nunca mais será a mesma. E se você causar ferimentos ou a morte de outra pessoa, terá de
carregar esse peso nas costas para o resto de sua vida. A melhor maneira de ajudar a prevenir
um acidente no local de trabalho é fazer da segurança a maior prioridade.

A vida em primeiro lugar. Não confie na sorte, trabalhe com segurança.

TENHA SEMPRE MUITO CUIDADO!


ESTA É A ORDEM DO DIA.
TODO DIA!

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BIBLIOGRAFIA

BOYLESTAD, Robert L.; DO NASCIMENTO, José Lucimar. Introdução à análise de circuitos.


Pearson, 2004.

CAPUANO, Francisco Gabriel. Laboratório de eletricidade e eletrônica. Saraiva Educação SA,


2007.

CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. Rio de Janeiro: Livro Técnico S/A, 1981.

GOZZI, Giuseppe GM; PAREDE, Terra MS; HORTA, Edson. Eletrônica: Máquinas e instalações
elétricas. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011.

Ivair Puerta - DIY - Como Consertar Ferro de Passar Roupas? Disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=xMw_zl0oxSY. Acesso em 23-08-2020.

Mundo da Elétrica - Termostato e protetor térmico! O que são? Disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=jj7JxBE7aQE. Acesso em 30-07-2020.

Física com Douglas Gomes - Física do chuveiro elétrico. Como funciona? Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=JmIGy_7aNQE. Acesso em 30.07.2020.

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