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Livro Eletrônico

Aula 10

Direito Previdenciário p/ INSS 2017/2018 (Técnico do Seguro Social) Com videoaulas


(Prof. Ali Jaha)

Professor: Ali Mohamad Jaha


Direito Previdenciário p/ INSS
7.ª Turma - 2017/2017
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 10

AULA 10

Tema: Assistência Social.

Assuntos Abordados: 14. Lei de Assistência Social (LOAS):


Conteúdo, Fontes e Autonomia (Lei n.º 8.742/1993 e Decreto
n.º 6.214/2007).

Sumário.

Sumário. ...................................................................................... 1
Saudações Iniciais. ........................................................................ 1
01. Assistência Social na Constituição Federal. .................................. 1
02. Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). .................................. 6
03. Regulamento do BPC (Decreto n.º 6.214/2007). ........................ 32
04. Resumex da Aula. .................................................................. 55
05. Questões Comentadas. ........................................................... 59
06. Questões Sem Comentários. .................................................. 106
07. Gabarito das Questões. ......................................................... 119

Saudações Iniciais.

Olá Concurseiro! Tudo bem com você?

Vamos iniciar o nosso curso de Direito Previdenciário p/ INSS-


2017 - 7.ª Turma - 2017/2017?

Não vamos perder tempo! Bons estudos! =)

01. Assistência Social na Constituição Federal.

Conforme dispõe o texto constitucional, a Seguridade Social é


composta de três áreas: Previdência Social, Assistência Social e Saúde.

Por seu turno, ao contrário da Previdência que é contributiva, e da


Saúde que é disponibilizada a todos, a Assistência Social é o ramo da
Seguridade na qual somente os necessitados podem utilizar!

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A assistência Social é dedicada somente aos necessitados,


independentemente de contribuições à Seguridade Social. Em
última instância, é uma forma de o governo tentar reduzir o sofrimento
das camadas mais pobres da sociedade.

O Art. 203 da CF/1988 define Assistência Social, bem como cita


seus objetivos:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela


necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos:

I - A proteção à família, à maternidade, à infância, à


adolescência e à velhice;

II - O amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - A promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras


de deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária, e;

V - A garantia de um salário mínimo de benefício


mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso
que comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme
dispuser a lei.

O inciso IV referente à habilitação e reabilitação das pessoas


portadoras de deficiência, trata de um serviço da Assistência Social
e não da Previdência Social, como as provas muitas vezes tentam
enganar o candidato. Preste atenção nesse detalhe!

Da mesma forma, o inciso V, que versa sobre garantia de um


salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e
ao idoso, trata de um benefício da Assistência Social e não da
Previdência Social. Tome cuidado com essa diferença!

A Assistência Social é tratada apenas na CF/1988? Não, ela é


tratada em lei própria, a Lei n.º 8.742/1993, conhecida como Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS).

Essa lei traz critérios que definem quais portadores de deficiência


e idosos terão direito ao benefício da Assistência Social. A norma é
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objetiva, e reza que fará jus ao benefício mensal de um salário


mínimo:

✓ O idoso, com idade superior a 65 anos, cuja família tenha uma


renda mensal de no máximo 1/4 (25%) de salário mínimo por
pessoa, e;

✓ A pessoa portadora de deficiência, que deverá comprovar que


a deficiência obstrui a sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas
e, assim como os idosos, que sua família não perceba renda
mensal superior a 1/4 (25%) de salário mínimo por pessoa.

São critérios objetivos e bem rígidos! A intenção da norma


realmente é ajudar somente a camada mais pobre e necessitada da
sociedade.

Por sua vez, devo ressaltar a grande polêmica que paira sobre o
Art. 20, § 3.º da LOAS, que assim dispõe:

Art. 20, § 3.º Considera-se incapaz de prover a manutenção da


pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal
per capita seja inferior a 1/4 (25%) do salário mínimo.

Até pouco tempo atrás, a jurisprudência considerava


constitucional tal requisito para mensurar a miserabilidade do indivíduo.

Entretanto, a partir de 2013 e de 2014, com o julgamento dos


Recursos Extraordinários (RE) n.º 567.985 e 580.963, bem como a
Reclamação n.º 4.374, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou atrás
em seu posicionamento, passando a entender ser inconstitucional o
requisito da renda per capita de 1/4 (25%) do salário mínimo para a
concessão do benefício assistencial, ou seja, o cidadão pode receber
mais de 25% de salário mínimo e ainda ser considerado necessitado.

Essa reversão de entendimento deu-se por diversos fatores,


sendo que o principal foi o advento de várias novas leis que
estabeleciam critérios mais elásticos para a concessão de outros
benefícios assistenciais.

O que levar para a prova? O entendimento legal ou o


jurisprudencial? Em regra, adote o legal, caso a prova cobre

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expressamente o conhecimento da jurisprudência no enunciado, adote o


jurisprudencial. Esse é o caminho mais seguro na prova. =)

Não obstante, neste ponto da disciplina, também considero


importante trazer o inteiro teor do julgado PE 2009/0071096-6 da
Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Federais (TNUJEF) que
trata de quais verbas devem, ou não, ser consideradas para o cálculo
da renda mensal do BPC. Observe:

1. A finalidade da Lei n.º 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), ao


excluir da renda do núcleo familiar o valor do benefício
assistencial percebido pelo idoso, foi protegê-lo, destinando
essa verba exclusivamente à sua subsistência (não é
considerado no cálculo da renda mensal do BPC);

2. Nessa linha de raciocínio, também o benefício


previdenciário no valor de um salário mínimo recebido
por maior de 65 anos deve será afastado para fins de
apuração da renda mensal per capita objetivando a concessão
de benefício de prestação continuada (benefício
previdenciário de até um salário mínimo não é
considerado no cálculo da renda mensal do BPC);

3. O entendimento de que somente o benefício assistencial não


é considerado no cômputo da renda mensal per capita
desprestigia o segurado que contribuiu para a Previdência
Social e, por isso, faz jus a uma aposentadoria de valor
mínimo, na medida em que este tem de compartilhar esse
valor com seu grupo familiar, e;

4. Em respeito aos princípios da igualdade e da razoabilidade,


deve ser excluído do cálculo da renda familiar per capita
qualquer benefício de valor mínimo recebido por maior de
65 anos, independentemente se assistencial ou previdenciário,
aplicando-se, analogicamente, o disposto no parágrafo único
do Art. 34 do Estatuto do Idoso (nenhum benefício
previdenciário ou assistencial de até um salário mínimo
é considerado no cálculo da renda mensal do BPC).

Em resumo, conforme a jurisprudência supra apresentada do


TNUJEF, tem-se que:

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- O benefício assistencial do idoso (Estatuto do Idoso) não


é considerado no cálculo da renda mensal do BPC, e;

- Qualquer outro benefício previdenciário ou assistencial,


de até um salário mínimo, não é considerado no
cálculo da renda mensal do BPC.

Após esse breve passeio pela jurisprudência (STF e TNUJEF), fica


a seguinte questão: Quem financia a Assistência? A Seguridade Social,
conforme CF/1988, Art. 195, será financiada pelos orçamentos dos
entes políticos e pelas contribuições sociais. Afinal, a Assistência é
apenas um ramo da Seguridade, assim como a Previdência e a Saúde.

O Art. 204 trata do financiamento e das diretrizes da Assistência


Social:

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência


social serão realizadas com recursos do orçamento da
seguridade social, previstos no Art. 195, além de outras fontes,
e organizadas com base nas seguintes diretrizes:

I - Descentralização político-administrativa, cabendo a


coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e a execução dos respectivos programas às
esferas estadual e municipal, bem como a Entidades
Beneficentes e de Assistência Social (EBAS), e;

II - Participação da população, por meio de organizações


representativas, na formulação das políticas e no controle
das ações em todos os níveis.

Como se pode extrair dos incisos acima, a coordenação geral da


Assistência Social pertence à esfera federal, enquanto que a execução
das ações concernentes a ela cabe à esfera estadual, municipal e às
EBAS. Por isso podemos classificar a Assistência Social como

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descentralizada. E a população não fica de fora! Participa da


formulação das políticas e no controle das ações realizadas.

O constituinte derivado (aquele que altera a CF por meio de


emendas constitucionais) ainda criou a faculdade para que os Estados
e o Distrito Federal vinculassem até 0,5% da Receita Tributária
Líquida de sua arrecadação a programas de apoio, inclusão e
promoção social.

E não é só isso! Proibiu os governantes de utilizarem esse dinheiro


para outras finalidades que não sejam essas, ou seja, não podem
empregar esse dinheiro para pagar servidores públicos ou amortizar a
dívida pública. Essas disposições estão no parágrafo único do Art. 204,
e são obras da Emenda Constitucional n.º 42/2003, como disposto
abaixo:

Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal


vincular a programa de apoio à inclusão e promoção
social até cinco décimos por cento de sua receita tributária
líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:

I - Despesas com pessoal e encargos sociais;

II - Serviço da dívida, e;

III - Qualquer outra despesa corrente não vinculada


diretamente aos investimentos ou ações apoiados.

02. Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

01. Introdução à LOAS.

Conforme disposições constitucionais, a Assistência Social é um


dos ramos da Seguridade Social a qual é composta de três partes:
Previdência Social, Assistência Social e Saúde.

Diferentemente da Previdência Social, que possui caráter


contributivo, e da Saúde, que possui abrangência universal, a
Assistência Social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social.

Por sua vez, a Lei n.º 8.742/1993 (atualizada até a Lei n.º
13.146/2015) tem o dever de regular a Assistência Social em todo o

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território nacional, essa lei recebe o nome de Lei Orgânica da


Assistência Social (LOAS).

02. Definições e Objetivos da Assistência Social.

Conforme dispõe a parte inicial da LOAS em consonância com a


CF/1988, a Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é a
Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos
sociais, realizados através de um conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às
necessidades básicas.

Em suma, a Assistência Social será prestada às pessoas que dela


necessitar para prover os seus mínimos sociais. Os mínimos sociais,
no Brasil, foram definidos como sendo o salário de subsistência
necessário para suprir as necessidades fundamentais do ser humano.
Devo ressaltar que cabe ao Ministério Público zelar por esse direito do
cidadão à Assistência Social.

Por seu turno, a LOAS, com redação dada pela Lei n.º
12.435/2011, dispõe que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à


adolescência e à velhice;

b) O amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

c) A promoção da integração ao mercado de trabalho;

d) A habilitação e reabilitação das pessoas com


deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária, e;

e) A garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal à


pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família.

2. A vigilância socioassistencial, que visa a analisar


territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a
ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e
danos, e;
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3. A defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos


direitos no conjunto das provisões socioassistenciais.

É de suma importância o candidato conhecer os objetivos da


Assistência Social definidos pela LOAS, logo, estude com carinho os
objetivos supracitados. =)

Por definição, a Vigilância Socioassistencial tem como


responsabilidade precípua a produção, sistematização e análise de
informações territorializadas sobre as situações de risco e
vulnerabilidade que incidem sobre famílias e indivíduos, assim como, de
informações relativas ao tipo, volume e padrões de qualidade dos
serviços ofertados pela rede socioassistencial.

Constitui-se, portanto, como uma área essencialmente dedicada à


gestão da informação, mas fortemente comprometida com o efetivo
apoio às atividades de planejamento, gestão, supervisão e execução
dos serviços e benefícios socioassistenciais. Deve produzir e disseminar
informações e conhecimentos que contribuam para efetivação do
caráter preventivo e proativo da política de assistência social, assim
como para a redução dos agravos.

Conforme a legislação assistencial, para o enfrentamento da


pobreza, a Assistência Social realiza-se de forma integrada às
políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de
condições para atender contingências sociais, promovendo a
universalização dos direitos sociais.

Para a LOAS, consideram-se Entidades e Organizações de


Assistência Social (EOAS) aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou
cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos
beneficiários abrangidos pela Assistência Social, bem como as que
atuam na defesa e garantia de direitos. E por definição legal, temos
que:

a) São de atendimento aquelas entidades que, de forma


continuada, permanente e planejada, prestam serviços,
executam programas ou projetos e concedem benefícios de
prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e
indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e
pessoal, nos termos da LOAS, e respeitadas as deliberações do
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS);

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b) São de assessoramento aquelas que, de forma


continuada, permanente e planejada, prestam serviços e
executam programas ou projetos voltados prioritariamente
para o fortalecimento dos movimentos sociais e das
organizações de usuários, formação e capacitação de
lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social,
nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS,
e;

b) São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de


forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e
executam programas e projetos voltados prioritariamente para
a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção
de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das
desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de
defesa de direitos, dirigidos ao público da política de
assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as
deliberações do CNAS.

03. Princípios e Diretrizes da Assistência Social.

Em consonância com a carta magna, a LOAS dispõe dos seguintes


princípios da Assistência Social:

1. Supremacia do atendimento às necessidades sociais


sobre as exigências de rentabilidade econômica;

2. Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o


destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais
políticas públicas;

3. Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu


direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à
convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer
comprovação vexatória de necessidade;

4. Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem


discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência
às populações urbanas e rurais, e;

5. Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e


projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo
Poder Público e dos critérios para sua concessão.

Por sua vez, a lei traz apenas 3 diretrizes a serem seguidas pela
Assistência Social, sendo que as 2 primeiras são cópias daquelas
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previstas no Art. 204 da CF/1988. A 3.ª diretriz foi proposta pela


própria LOAS e a 4.ª diretriz não está presente nem na CF nem na
LOAS, mas no Plano Nacional de Assistência Social (PNAS). Compilando
tudo, tem-se as seguintes diretrizes:

1. Descentralização político-administrativa para os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único
das ações em cada esfera de governo (CF e LOAS);

2. Participação da população, por meio de organizações


representativas, na formulação das políticas e no controle das
ações em todos os níveis (CF e LOAS)

3. Primazia da responsabilidade do Estado na condução da


política de assistência social em cada esfera de governo
(LOAS), e;

4. Centralidade na família para concepção e implementação


dos benefícios, serviços, programas e projetos (PNAS).

Não vamos confundir, guarde bem:

Diretrizes (CF, LOAS e


Princípios (LOAS)
PNAS)
1. Supremacia das 1. Descentralização (CF
necessidades Sociais. e LOAS).
2. Universalização dos 2. Participação da
direitos sociais. população (CF e LOAS).
3. Primazia da
3. Respeito à dignidade
responsabilidade do
do cidadão.
Estado (LOAS).
4. Igualdade de direitos, 4. Centralidade na
sem discriminação. família (PNAS).
5. Divulgação dos
benefícios e serviços.

04. Organização e Gestão da Assistência Social.

As disposições referentes a organização e gestão da Assistência


Social são a parte mais extensa da LOAS, totalizando quase 50% de
todo o texto legal.

Esse tópico da legislação sofreu inúmeras alterações e inclusões


com o passar dos anos, mas as grandes mudanças são recentes,
operadas pela Lei n.º 12.435/2011 que criou o Sistema Único de

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Assistência Social (SUAS), um “primo-irmão” do SUS, como veremos


a seguir.

Desde o advento da Lei n.º 12.435/2011 em 06 de julho, a gestão


das ações na área de Assistência Social fica organizada sob a forma de
sistema descentralizado e participativo, o SUAS, com os seguintes
objetivos:

1. Consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a


cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo
articulado, operam a proteção social não contributiva;

2. Integrar a rede pública e privada de serviços, programas,


projetos e benefícios de assistência social, por meio dos
Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos
Centros de Referência Especializado de Assistência Social
(CREAS);

3. Estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na


organização, regulação, manutenção e expansão das ações de
Assistência Social;

4. Definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades


regionais e municipais;

5. Implementar a gestão do trabalho e a educação


permanente na assistência social;

6. Estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios, e;

7. Afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de


direitos.

Como podemos observar, as ações ofertadas no âmbito do SUAS


têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à
adolescência e à velhice e, tem como base de organização o território
nacional.

O SUAS é integrado pelos entes federativos (União, Estados


Membros, Distrito Federal e Municípios), pelos respectivos Conselhos de
Assistência Social e pelas entidades e Organizações de Assistência
Social (EOAS) previstas na LOAS.

O referido Sistema possui caráter público, e organiza de forma


descentralizada os serviços socioassistenciais no Brasil. Com um
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modelo de gestão participativa, ele articula os esforços e recursos


dos três níveis de governo para a execução e o financiamento da
Política Nacional de Assistência Social (PNAS), envolvendo
diretamente as estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais,
municipais e do Distrito Federal.

Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário


(MDSA), o SUAS é composto pelo poder público e sociedade civil, que
participam diretamente do processo de gestão compartilhada.

Conforme disposições legais, a Assistência Social organiza-se


pelos seguintes tipos de proteção:

1. Proteção Social Básica: conjunto de serviços, programas,


projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir
situações de vulnerabilidade e risco social por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e;

2. Proteção Social Especial: conjunto de serviços, programas e


projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução
de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o
fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de
famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de
violação de direitos.

A Vigilância Socioassistencial é um dos instrumentos das


proteções da assistência social que identifica e previne as situações
de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território.

Por sua vez, as Proteções Sociais Básica e Especial serão


ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente
pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência
social vinculadas ao SUAS, respeitadas as especificidades de cada ação.

A vinculação ao SUAS é o reconhecimento pelo Ministério do


Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) de que a entidade de
assistência social integra a rede socioassistencial. Para se obter tal
reconhecimento, e consequentemente a vinculação, a entidade deverá
cumprir os seguintes requisitos legais:

1. Constituir-se em conformidade com a LOAS, ou seja, ser


uma entidade sem fins lucrativos que, isolada ou
cumulativamente, presta atendimento e assessoramento aos

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beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam


na defesa e garantia de direitos;

2. Inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal


de Assistência Social, e;

3. Integrar o sistema de cadastro de entidades referente a


Política Nacional de Assistência Social.

As Entidades e Organizações de Assistência Social (EOAS)


vinculadas ao SUAS celebrarão convênios, contratos, acordos ou ajustes
com o poder público para a execução de serviços, programas,
projetos e ações de Assistência Social aos beneficiários abrangidos
por esta Lei, garantindo o financiamento integral por parte do Estado
nos limites das disponibilidades orçamentárias.

A celebração de tais atos será informada ao Ministério do


Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) pelo órgão gestor local da
Assistência Social.

As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas


precipuamente no Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS) e no Centro de Referência Especializado de Assistência
Social (CREAS), respectivamente, e pelas Entidades e Organizações de
Assistência Social (EOAS), que não apresentam fins lucrativos. Mas
professor, qual a diferença entre CRAS e CREAS? A própria lei define:

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CRAS é a unidade pública CREAS é a unidade pública


municipal, de base territorial, de abrangência e gestão
localizada em áreas com municipal, estadual ou
maiores índices de regional, destinada à
vulnerabilidade e risco social, prestação de serviços a
destinada à articulação dos indivíduos e famílias que se
serviços socioassistenciais no encontram em situação de
seu território de abrangência e risco pessoal ou social, por
à prestação de serviços, violação de direitos ou
programas e projetos contingência, que demandam
socioassistenciais de proteção intervenções especializadas
social básica às famílias. da proteção social especial.

Devo ressaltar que o CRAS e o CREAS são unidades públicas


estatais instituídas no âmbito do SUAS, que possuem interface com as
demais políticas públicas, e articulam, coordenam e ofertam os serviços,
programas, projetos e benefícios da assistência social.

As instalações dos CRAS e dos CREAS devem ser compatíveis com


os serviços neles ofertados, com espaços para trabalhos em grupo e
ambientes específicos para recepção e atendimento reservados às
famílias e aos indivíduos, assegurada a acessibilidade às pessoas idosas
e com deficiência.

Quanto à parte financeira, os recursos do cofinanciamento do


SUAS, destinados à execução das ações continuadas de Assistência
Social, poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que
integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e
oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério
do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) e aprovado pelo CNAS.

A formação das equipes de referência deverá considerar o número


de famílias e indivíduos referenciados, os tipos e modalidades de
atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários,
conforme deliberações do CNAS.

As ações de assistência social, no âmbito das Entidades e


Organizações de Assistência Social (EOAS), observarão as normas
expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

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O funcionamento dessas Entidades e Organizações depende de


prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social,
ou no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal, conforme o
caso.

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,


observados os princípios e diretrizes estabelecidos na LOAS, fixarão
suas respectivas Políticas de Assistência Social. Esses entes políticos
podem celebrar convênios com entidades e organizações de assistência
social, em conformidade com os Planos aprovados pelos respectivos
Conselhos.

Devo ressaltar que as ações das três esferas de governo na área


de assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a
coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e
execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios.

Com a inclusão legal operada pela Lei n.º 12.435/2011 na LOAS,


a União apoiará financeiramente o aprimoramento à gestão
descentralizada dos serviços, programas, projetos e benefícios de
assistência social, por meio do Índice de Gestão Descentralizada
(IGD) do Sistema Único de Assistência Social.

Segundo sítio eletrônico do MDS, essa é a definição de IGD:

O IGD é um indicador que mostra a qualidade da gestão


descentralizada do Programa Bolsa Família (PBF), além de
refletir os compromissos assumidos pelos estados e municípios
na sua adesão ao Programa, como a gestão do Cadastro Único
e das condicionalidades. O índice varia entre zero e 1. Quanto
mais próximo de 1, melhor a avaliação da gestão desses
processos. Com base nesse indicador, o MDS repassa recursos
a estados e municípios para a realização da gestão do Bolsa
Família. Quanto maior o valor do IGD, maior será também o
valor dos recursos a serem repassados.

Podemos concluir, portanto, que o IGD, no âmbito dos Estados,


Municípios e Distrito Federal, será destinado sem prejuízo de outras
ações a serem definidas em regulamento, a:

1. Medir os resultados da gestão descentralizada do SUAS, com


base na atuação do gestor estadual, municipal e do Distrito
Federal na implementação, execução e monitoramento dos

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serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social,


bem como na articulação intersetorial;

2. Incentivar a obtenção de resultados qualitativos na gestão


estadual, municipal e do Distrito Federal do SUAS, e;

3. Calcular o montante de recursos a serem repassados aos


entes federados a título de apoio financeiro à gestão do SUAS.

Os resultados alcançados pelo ente federado na gestão do SUAS,


serão considerados como prestação de contas dos recursos a serem
transferidos a título de apoio financeiro.

As transferências para apoio à gestão descentralizada do SUAS


adotarão a sistemática do Índice de Gestão Descentralizada do
Programa Bolsa Família, previsto na Lei n.º 10.836/2004, e serão
efetivadas por meio de procedimento integrado àquele índice.

Para fins de fortalecimento dos Conselhos de Assistência Social


dos Estados, Municípios e Distrito Federal, percentual dos recursos
transferidos deverá ser gasto com atividades de apoio técnico e
operacional àqueles colegiados, na forma fixada pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), sendo vedada a utilização
dos recursos para pagamento de pessoal efetivo e de gratificações de
qualquer natureza a servidor público estadual, municipal ou do Distrito
Federal.

A LOAS define expressamente qual será a competência de cada


ente político. Por se tratar de listas decorativas, considero interessante
estuda-las através de um quadro resumido, para facilitar o estudo
comparado desse tópico. Vamos ao nosso quadro resumo:

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Competências por Esfera:


União: Estados: DF: Municípios:

1. Destinar recursos
1. Destinar recursos 1. Destinar recursos
financeiros aos
financeiros para financeiros para
1. Responder pela Municípios, a título
custeio do custeio do
concessão e de participação no
pagamento dos pagamento dos
manutenção dos custeio do
benefícios eventuais benefícios eventuais
benefícios de pagamento dos
de que trata a LOAS, de que trata a LOAS,
prestação benefícios eventuais
mediante critérios mediante critérios
continuada definidos de que trata a LOAS,
estabelecidos pelos estabelecidos pelos
no art. 203 da mediante critérios
Conselhos de Conselhos
Constituição Federal; estabelecidos pelos
Assistência Social do Municipais de
Conselhos Estaduais
Distrito Federal; Assistência Social;
de Assistência Social;

2. Cofinanciar, por
2. Cofinanciar, por
meio de
meio de
transferência
transferência
automática, o
automática, o 2. Efetuar o 2. Efetuar o
aprimoramento da
aprimoramento da pagamento dos pagamento dos
gestão, os serviços,
gestão, os serviços, auxílios natalidade e auxílios natalidade e
os programas e os
os programas e os funeral; funeral;
projetos de
projetos de
assistência social em
assistência social em
âmbito regional ou
âmbito nacional;
local;

3. Atender, em
3. Executar os 3. Executar os
conjunto com os 3. Atender, em
projetos de projetos de
Estados, o Distrito conjunto com os
enfrentamento da enfrentamento da
Federal e os Municípios, às ações
pobreza, incluindo a pobreza, incluindo a
Municípios, às ações assistenciais de
parceria com parceria com
assistenciais de caráter de
organizações da organizações da
caráter de emergência;
sociedade civil; sociedade civil;
emergência.

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4. Estimular e apoiar
4. Realizar o
técnica e
monitoramento e a
financeiramente as
avaliação da política 4. Atender às ações 4. Atender às ações
associações e
de assistência social assistenciais de assistenciais de
consórcios
e assessorar Estados, caráter de caráter de
municipais na
Distrito Federal e emergência; emergência;
prestação de
Municípios para seu
serviços de
desenvolvimento.
assistência social;

5. Prestar os serviços
assistenciais cujos
custos ou ausência
de demanda
municipal 5. Prestar os serviços 5. Prestar os serviços
justifiquem uma assistenciais de que assistenciais de que
rede regional de trata a LOAS. trata a LOAS;
serviços,
desconcentrada, no
âmbito do respectivo
Estado.

6. Realizar o 6. Cofinanciar o 6. Cofinanciar o


monitoramento e a aprimoramento da aprimoramento da
avaliação da política gestão, os serviços, gestão, os serviços,
de assistência social os programas e os os programas e os
e assessorar os projetos de projetos de
Municípios para seu assistência social em assistência social em
desenvolvimento. âmbito local; âmbito local;

7. Realizar o 7. Realizar o
monitoramento e a monitoramento e a
avaliação da política avaliação da política
de assistência social de assistência social
em seu âmbito. em seu âmbito.

É importante conhecer esse “quadrinho”. =)

Dando continuidade, a LOAS define quais são as instâncias


deliberativas do SUAS, de caráter permanente e composição paritária
entre o Governo e Sociedade Civil, a saber:

1. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS);

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2. Os Conselhos Estaduais de Assistência Social (CEAS);

3. O Conselho de Assistência Social do Distrito Federal (CAS-


DF), e;

4. Os Conselhos Municipais de Assistência Social (CMAS).

Os Conselhos de Assistência Social estão vinculados ao órgão


gestor de assistência social, que deve prover a infraestrutura
necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais,
humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens
e diárias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade
civil, quando estiverem no exercício1de suas atribuições.

Além do exposto, a LOAS instituiu o Conselho Nacional de


Assistência Social (CNAS), órgão superior de deliberação colegiada,
vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal
responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência
Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm
mandato de 2 anos, permitida uma única recondução por igual período.

O CNAS é composto por 18 membros e respectivos suplentes,


cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal,
de acordo com os critérios seguintes:

- 9 representantes governamentais, incluindo 1


representante dos Estados e 1 dos Municípios, e;

- 9 representantes da sociedade civil, dentre representantes


dos usuários ou de organizações de usuários, das Entidades e
Organizações de Assistência Social (EOAS) e dos trabalhadores
do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do
Ministério Público Federal.

O CNAS é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre


seus membros, para mandato de 1 ano, permitida uma única
recondução por igual período. Além disso, contará com uma Secretaria
Executiva, a qual terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder
Executivo.

Os CEAS, CAS-DF e CMAS, com competência para acompanhar a


execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta
orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências
nacionais, estaduais, distrital e municipais de acordo com seu âmbito de
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atuação, deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, pelo


Distrito Federal e pelos Municípios, mediante lei específica.

A LOAS ainda traz as competências do CNAS e do órgão da


Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política
Nacional de Assistência Social (OAPF-PNAS).

Novamente, considero o estudo por meio de quadro esquemático


a melhor estratégia, principalmente para o estudo comparado, com
intuito de evitar confusão entre o CNAS e o OAPF-PNAS. Segue outro
“quadrinho”:

7
Competência:
CNAS: OAPF-PNAS:
1. Aprovar a Política Nacional de 1. Coordenar e articular as ações no campo
Assistência Social; da assistência social;

2. Propor ao Conselho Nacional de


Assistência Social (CNAS) a Política
2. Normatizar as ações e regular a Nacional de Assistência Social, suas normas
prestação de serviços de natureza pública gerais, bem como os critérios de prioridade
e privada no campo da assistência social; e de elegibilidade, além de padrões de
qualidade na prestação de benefícios,
serviços, programas e projetos;

3. Acompanhar e fiscalizar o processo de


certificação das Entidades e Organizações 3. Prover recursos para o pagamento dos
de Assistência Social (EOAS) no Ministério benefícios de prestação continuada
do Desenvolvimento Social e Agrário definidos nesta lei;
(MDSA);

4. Apreciar relatório anual que conterá a


relação de EOAS certificadas como 4. Elaborar e encaminhar a proposta
beneficentes e encaminhá-lo para orçamentária da assistência social, em
conhecimento dos Conselhos de conjunto com as demais da Seguridade
Assistência Social dos Estados, Municípios Social;
e do Distrito Federal;
5. Zelar pela efetivação do sistema
5. Propor os critérios de transferência dos
descentralizado e participativo de
recursos de que trata esta lei;
assistência social;

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6. A partir da realização da II Conferência


Nacional de Assistência Social em 1997,
convocar ordinariamente a cada quatro
6. Proceder à transferência dos recursos
anos a Conferência Nacional de Assistência
destinados à assistência social, na forma
Social, que terá a atribuição de avaliar a
prevista nesta lei;
situação da assistência social e propor
diretrizes para o aperfeiçoamento do
sistema;

7. Apreciar e aprovar a proposta


7. Encaminhar à apreciação do Conselho
orçamentária da Assistência Social a ser
Nacional de Assistência Social (CNAS)
encaminhada pelo órgão da Administração
relatórios trimestrais e anuais de
Pública Federal responsável pelae
atividades e de realização financeira dos
coordenação da Política Nacional de
recursos;
Assistência Social (OAPF-PNAS);

8. Aprovar critérios de transferência de


recursos para os Estados, Municípios e
Distrito Federal, considerando, para tanto,
indicadores que informem sua
regionalização mais equitativa, tais como: 8. Prestar assessoramento técnico aos
população, renda per capita, mortalidade Estados, ao Distrito Federal, aos
infantil e concentração de renda, além de Municípios e às entidades e organizações
disciplinar os procedimentos de repasse de de assistência social;
recursos para as entidades e organizações
de assistência social, sem prejuízo das
disposições da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO);

9. Acompanhar e avaliar a gestão dos


9. Formular política para a qualificação
recursos, bem como os ganhos sociais e o
sistemática e continuada de recursos
desempenho dos programas e projetos
humanos no campo da assistência social;
aprovados;
10. Estabelecer diretrizes, apreciar e
10. Desenvolver estudos e pesquisas para
aprovar os programas anuais e plurianuais
fundamentar as análises de necessidades e
do Fundo Nacional de Assistência Social
formulação de proposições para a área;
(FNAS);
11. Coordenar e manter atualizado o
11. Indicar o representante do Conselho
sistema de cadastro de entidades e
Nacional de Assistência Social (CNAS) junto
organizações de assistência social, em
ao Conselho Nacional da Seguridade Social
articulação com os Estados, os Municípios
(CNSS);
e o Distrito Federal;

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12. Articular-se com os órgãos


responsáveis pelas políticas de saúde e
previdência social, bem como com os
12. Elaborar e aprovar seu regimento
demais responsáveis pelas políticas
interno;
socioeconômicas setoriais, visando à
elevação do patamar mínimo de
atendimento às necessidades básicas;

13. Divulgar, no Diário Oficial da União 13. Expedir os atos normativos necessários
(DOU), todas as suas decisões, bem como à gestão do Fundo Nacional de Assistência
as contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes
Social (FNAS) e os respectivos pareceres estabelecidas pelo Conselho Nacional de
emitidos. a Assistência Social (CNAS);

14. Elaborar e submeter ao Conselho


Nacional de Assistência Social (CNAS) os
programas anuais e plurianuais de
aplicação dos recursos do Fundo Nacional
de Assistência Social (FNAS).

Não preciso nem dizer que esse quadro é importantíssimo para


sua prova, não é? =) Bastante leitura, caro aluno!

05. Benefícios, Serviços, Programas e Projetos de Assistência


Social.

A LOAS divide essas benesses em cinco espécies:

1. Benefício de Prestação Continuada (BPC);

2. Benefícios Eventuais;

3. Serviços Socioassistenciais;

4. Programas de Assistência Social, e;

5. Projetos de Enfrentamento da Pobreza.

Observaremos as disposições legais referentes a cada uma dessas


benesses.

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05.01. Benefício de Prestação Continuada.

Conforme dispõe a LOAS, o Benefício de Prestação Continuada


(BPC) é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove não
possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por
sua família.

3
Não devemos confundir a idade do idoso exposta na LOAS
(65 anos) com a idade do idoso prevista no Estatuto do Idoso
(60 anos).

Para efeitos legais, a família é composta pelo requerente, o


cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a
madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados
solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo
teto.

Por seu turno, para a concessão do BPC, considera-se pessoa


com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas. Por sua vez, considera-se impedimento de longo prazo,
aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 anos.

Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com


deficiência ou idosa, a família cuja renda mensal per capita seja
inferior a 1/4 (25%) do salário mínimo. Isso mesmo prezado
aluno! A renda mensal per capita tem que ser de no máximo R$
197,00!

É um índice legal muito restritivo, pois aborda apenas os


casos extremos. Devo ressaltar que os rendimentos decorrentes de
estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados
para os fins de cálculo da renda familiar per capita.

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Não obstante, para concessão do BPC, poderão ser utilizados


outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo
familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento.

Por sua vez, devo relembrar a grande polêmica, já apresentada,


que paira sobre o Art. 20, § 3.º da LOAS, que assim dispõe:

Art. 20, § 3.º Considera-se incapaz de prover a manutenção da


pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal
per capita seja inferior a 1/4 (25%) do salário mínimo.

Até pouco tempo atrás, a jurisprudência considerava


constitucional tal requisito para mensurar a miserabilidade do indivíduo.

Entretanto, a partir de 2013 e de 2014, com o julgamento dos


Recursos Extraordinários (RE) n.º 567.985 e 580.963, bem como a
Reclamação n.º 4.374, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou atrás
em seu posicionamento, passando a entender ser inconstitucional o
requisito da renda per capita de 1/4 (25%) do salário mínimo para a
concessão do benefício assistencial, ou seja, o cidadão pode receber
mais de 25% de salário mínimo e ainda ser considerado necessitado.

Essa reversão de entendimento deu-se por diversos fatores,


sendo que o principal foi o advento de várias novas leis que
estabeleciam critérios mais elásticos para a concessão de outros
benefícios assistenciais.

O que levar para a prova? O entendimento legal ou o


jurisprudencial? Em regra, adote o legal, caso a prova cobre
expressamente o conhecimento da jurisprudência no enunciado, adote o
jurisprudencial. Esse é o caminho mais seguro na prova. =)

Não obstante, também cabe ressaltar o teor da Súmula n.º 48 da


Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, que
assim dispõe:

A incapacidade não precisa ser permanente para fins de


concessão do benefício assistencial de prestação continuada.

Guarde bem o enunciado dessa Súmula! =)

Dando continuidade, o BPC não pode ser acumulado pelo


beneficiário com qualquer outro no âmbito da Seguridade Social ou de

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outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de


natureza indenizatória.

É importante entender também que a condição de acolhimento


em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso
ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada, ou
seja, não perderá a condição de beneficiário caso encontre-se em
tratamento em instituições especiais.

A concessão do BPC ficará sujeita à avaliação da deficiência e


do grau de impedimento, composta por avaliação médica e avaliação
social realizadas por Peritos Médicos Previdenciários e por Assistentes
Sociais do INSS.

O benefício de prestação continuada será devido após o


cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e
regulamentares exigidos para a sua concessão, inclusive apresentação
da documentação necessária, devendo o seu pagamento ser efetuado
em até 45 dias depois de cumpridas as exigências de que trata a LOAS.

Cabe ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela


coordenação da Política Nacional de Assistência Social (OAPF-PNAS)
operar os BPC de que trata a LOAS, podendo, para tanto, contar com o
concurso de outros órgãos do Governo Federal.

Na hipótese de não existirem serviços no município de residência


do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o
seu encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal
estrutura.

O BPC deve ser revisto a cada 2 anos para avaliação da


continuidade das condições que lhe deram origem. O pagamento do
benefício cessa no momento em que forem superadas as condições
referidas no caput, ou em caso de morte do beneficiário. O benefício
será cancelado quando se constatar irregularidade na sua concessão ou
utilização.

O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou


educacionais e a realização de atividades não remuneradas de
habilitação e reabilitação, entre outras, não constituem motivo de
suspensão ou cessação do benefício da pessoa com deficiência.

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A cessação do BPC concedido à pessoa com deficiência não


impede nova concessão do benefício, desde que atendidos os requisitos
definidos em regulamento.

O benefício de prestação continuada será suspenso pelo órgão


concedente quando a pessoa com deficiência exercer atividade
remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual.

Extinta a relação trabalhista ou a atividade empreendedora e,


quando for o caso, encerrado o prazo de pagamento do Seguro
Desemprego e não tendo o beneficiário adquirido direito a qualquer
benefício previdenciário, poderá ser requerida a continuidade do
pagamento do benefício suspenso, sem necessidade de realização de
perícia médica ou reavaliação da deficiência e do grau de incapacidade
para esse fim, respeitado o período de revisão de 2 anos.

Ressalto que a contratação de pessoa com deficiência como


aprendiz não acarreta a suspensão do BPC, limitado a 2 anos o
recebimento concomitante da remuneração com o benefício.

05.02. Benefícios Eventuais.

Conforme dispõe a LOAS, entendem-se por benefícios eventuais


as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente
as garantias do SUAS e são prestadas aos cidadãos e às famílias em
virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária
e de calamidade pública.

A concessão e o valor dos benefícios eventuais serão definidos


pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e previstos nas respectivas
leis orçamentárias anuais (LOA), com base em critérios e prazos
definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social.

O CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e


Municípios dele participantes, poderá propor, na medida das
disponibilidades orçamentárias das 3 esferas de governo, a instituição
de benefícios subsidiários no valor de até 25% do salário mínimo para
cada criança de até 6 anos de idade.

Os benefícios eventuais subsidiários não poderão ser cumulados


com aqueles instituídos pela Lei n.º 10.458/2002 (Programa Bolsa
Renda) e pela Lei n.º 10.954/2004 (Programa de Resposta aos
Desastres e Auxílio Emergencial Financeiro).
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Por fim, com a implantação dos benefícios de prestação


continuada (BPC) e dos benefícios eventuais, foram extintos os
seguintes benefícios previdenciários previstos originalmente na Lei n.º
8.213/1991 (Planos de Benefícios da Previdência Social): Renda Mensal
Vitalícia, Auxílio Natalidade e o Auxílio Funeral.

05.03. Serviços Socioassistenciais.

Entende-se por serviços socioassistenciais as atividades


continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações,
voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos,
princípios e diretrizes estabelecidos na LOAS. O regulamento instituirá
os serviços socioassistenciais.

Na organização dos serviços da assistência social serão criados


programas de amparo, entre outros:

1. Às crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e


social, em cumprimento ao disposto no art. 227 da
Constituição Federal e na Lei n.º 8.069/1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), e;

2. Às pessoas que vivem em situação de rua.

Para constar, o Art. 227 da CF/1988 com redação dada pela


Emenda Constitucional n.º 65/2010, traz a seguinte redação:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à


criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.

05.04. Programas de Assistência Social.

Os Programas de Assistência Social compreendem ações


integradas e complementares com objetivos, tempo e área de
abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os
benefícios e os serviços assistenciais. Esses programas serão definidos
pelos respectivos Conselhos de Assistência Social, obedecidos aos

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objetivos e princípios que regem a LOAS, com prioridade para a


inserção profissional e social.

Por sua vez, os programas voltados para o idoso e a integração da


pessoa com deficiência serão devidamente articulados com o benefício
de prestação continuada (BPC).

A LOAS instituiu o serviço de Proteção e Atendimento Integral


à Família (PAIF), que integra a proteção social básica e consiste na
oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada,
nos CRAS, por meio do trabalho social com famílias em situação de
vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos
vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo
o direito à convivência familiar e comunitária.

Foi também instituído o serviço de Proteção e Atendimento


Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), que integra a
proteção social especial e consiste no apoio, orientação e
acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou
violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as
diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de
direitos.

Além disso, foi criado o Programa de Erradicação do Trabalho


Infantil (PETI), de caráter intersetorial, integrante da Política Nacional
de Assistência Social, que, no âmbito do SUAS, compreende
transferências de renda, trabalho social com famílias e oferta de
serviços socioeducativos para crianças e adolescentes que se encontrem
em situação laboral.

O PETI tem abrangência nacional e será desenvolvido de forma


articulada pelos entes federados, com a participação da sociedade
civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada de crianças e
adolescentes com idade inferior a 16 anos de situações de trabalho,
ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 anos.

05.05. Projetos de Enfrentamento da Pobreza.

Os Projetos de Enfrentamento da Pobreza compreendem a


instituição de investimento econômico-social nos grupos populares,
buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes
garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das

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condições gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de


vida, a preservação do meio-ambiente e sua organização social.

O incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se-á


em mecanismos de articulação e de participação de diferentes áreas
governamentais e em sistema de cooperação entre organismos
governamentais, não governamentais e da sociedade civil. São
exemplos de projetos de enfrentamento da Pobreza o Programa de
Saúde da Família, Programa Nacional de Reforma Agrária, Programa de
Combate à fome à desnutrição infantil, entre outros.

05.06. Preferência no pagamento dos benefícios.

Com o advento da Lei n.º 13.014/2014, os seguintes benefícios


monetários serão pagos preferencialmente à mulher responsável pela
unidade familiar, quando cabível:

- Benefícios Eventuais;

- Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), e;

- Projetos de Enfrentamento da Pobreza.

06. Financiamento da Assistência Social.

A priori, devemos ter em mente que as Entidades e Organizações


de Assistência Social (EOAS) que incorrerem em irregularidades na
aplicação dos recursos que lhes foram repassados pelos poderes
públicos terão sua vinculação ao SUAS cancelada, sem prejuízo de
responsabilidade civil e penal.

O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos


estabelecidos na LOAS far-se-á com os recursos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, das demais contribuições sociais
previstas na Constituição Federal, além daqueles que compõem o Fundo
Nacional de Assistência Social (FNAS).

Os recursos de responsabilidade da União destinados à assistência


social serão automaticamente repassados ao FNAS na medida em que
forem sendo realizadas as receitas.

Os recursos de responsabilidade da União destinados ao


financiamento dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC), previstos
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na LOAS, poderão ser repassados pelo Ministério do Desenvolvimento


Social e Agrário (MDSA) diretamente ao INSS, órgão responsável pela
sua execução e manutenção.

É condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao


Distrito Federal, a efetiva instituição e funcionamento de:

1. Conselho de Assistência Social, de composição paritária


entre governo e sociedade civil;

2. Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos


respectivos Conselhos de Assistência Social;

3. Plano de Assistência Social, e;

4. Comprovação orçamentária dos recursos próprios destinados


à Assistência Social, alocados em seus respectivos Fundos de
Assistência Social.

O cofinanciamento dos serviços, programas, projetos e benefícios


eventuais, no que couber, e o aprimoramento da gestão da política de
assistência social no SUAS, se efetuam por meio de transferências
automáticas entre os fundos de assistência social e mediante alocação
de recursos próprios nesses fundos nas 3 esferas de governo (Federal,
Estadual ou Distrital e Municipal).

Caberá ao ente federado responsável pela utilização dos recursos


do respectivo Fundo de Assistência Social o controle e o
acompanhamento dos serviços, programas, projetos e benefícios, por
meio dos respectivos órgãos de controle, independentemente de ações
do órgão repassador dos recursos.

A utilização dos recursos federais descentralizados para os fundos


de assistência social dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal
será declarada pelos entes recebedores ao ente transferidor,
anualmente, mediante relatório de gestão submetido à apreciação do
respectivo Conselho de Assistência Social, que comprove a execução
das ações na forma de regulamento.

Os entes transferidores poderão requisitar informações referentes


à aplicação dos recursos oriundos do seu fundo de assistência social,
para fins de análise e acompanhamento de sua boa e regular utilização.

07. Disposições Gerais.


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Nesta parte final, apresentarei apenas alguns dispositivos


interessantes da parte final da LOAS! Observe:

Art. 31. Cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos
direitos estabelecidos nesta lei.

(...)

Art. 35. Cabe ao órgão da Administração Pública Federal responsável


pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social (OAPF-
PNAS) operar os benefícios de prestação continuada de que trata esta
lei, podendo, para tanto, contar com o concurso de outros órgãos do
Governo Federal, na forma a ser estabelecida em regulamento.

Parágrafo único. O regulamento de que trata o caput definirá as formas


de comprovação do direito ao benefício, as condições de sua suspensão,
os procedimentos em casos de curatela e tutela e o órgão de
credenciamento, de pagamento e de fiscalização, dentre outros
aspectos.

Art. 36. As entidades e organizações de assistência social (EOAS) que


incorrerem em irregularidades na aplicação dos recursos que lhes foram
repassados pelos poderes públicos terão a sua vinculação ao Suas
cancelada, sem prejuízo de responsabilidade civil e penal.

Art. 37. O benefício de prestação continuada será devido após o


cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e
regulamentares exigidos para a sua concessão, inclusive apresentação
da documentação necessária, devendo o seu pagamento ser efetuado
em até 45 dias após cumpridas as exigências de que trata este artigo.

Parágrafo único. No caso de o primeiro pagamento ser feito após o


prazo previsto no caput, aplicar-se-á na sua atualização o mesmo
critério adotado pelo INSS na atualização do 1.º pagamento de
benefício previdenciário em atraso.

(...)

Art. 39. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por decisão


da maioria absoluta de seus membros, respeitados o orçamento da
seguridade social e a disponibilidade do Fundo Nacional de Assistência
Social (FNAS), poderá propor ao Poder Executivo a alteração dos limites
de renda mensal per capita definidos nesta Lei.
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03. Regulamento do BPC (Decreto n.º 6.214/2007).

Para as provas de concurso, acredito que a leitura atenta e


criteriosa do Decreto n.º 6.214/2007 seja mais do que suficiente para
acertar qualquer questão sobre o tema.

Sendo assim, disponibilizo o referido diploma legal devidamente


atualizado e com os grifos dos pontos mais importantes. =)

Regulamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC),


instituído pela Lei n.º 8.742/1993 (LOAS).

Decreto n.º 6.214/2007


(Atualizado até o Decreto n.º 8.805/2016)

CAPÍTULO I
DO BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA E DO
BENEFICIÁRIO

Art. 1.º O Benefício de Prestação Continuada (BPC) previsto na Lei


n.º 8.742/1993 (LOAS), é a garantia de um salário mínimo mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso, com idade de 65 anos ou mais,
que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção
e nem de tê-la provida por sua família.

§ 1.º O Benefício de Prestação Continuada (BPC) integra a proteção


social básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), instituído pelo Ministério do Desenvolvimento Social e
Agrário (MDSA), em consonância com o estabelecido pela Política
Nacional de Assistência Social (PNAS).

§ 2.º O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é constitutivo da PNAS


e integrado às demais políticas setoriais, e visa ao enfrentamento da
pobreza, à garantia da proteção social, ao provimento de condições
para atender contingências sociais e à universalização dos direitos
sociais.

§ 3.º A plena atenção à pessoa com deficiência e ao idoso beneficiário


do Benefício de Prestação Continuada (BPC) exige que os gestores da
assistência social mantenham ação integrada às demais ações das
políticas setoriais nacional, estaduais, municipais e do Distrito Federal,
principalmente no campo da saúde, segurança alimentar, habitação e
educação.
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Art. 2.º Compete ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário


(MDSA) a implementação, a coordenação-geral, a regulação, o
financiamento, o monitoramento e a avaliação da prestação do
benefício, sem prejuízo das iniciativas compartilhadas com Estados,
Distrito Federal e Municípios, em consonância com as diretrizes do
SUAS e da descentralização político-administrativa.

Art. 3.º O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o


responsável pela operacionalização do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), nos termos deste Regulamento.

Art. 4.º Para os fins do reconhecimento do direito ao benefício,


considera-se:

I - Idoso: aquele com idade de 65 anos ou mais;

II - Pessoa com Deficiência: aquela que tem impedimentos


de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas;

III - Incapacidade: fenômeno multidimensional que abrange


limitação do desempenho de atividade e restrição da
participação, com redução efetiva e acentuada da capacidade de
inclusão social, em correspondência à interação entre a pessoa
com deficiência e seu ambiente físico e social;

IV - Família incapaz de prover a Manutenção da Pessoa com


Deficiência ou do Idoso: aquela cuja renda mensal bruta
familiar dividida pelo número de seus integrantes seja inferior a
1/4 (25%) do salário mínimo;

V - Família para Cálculo da Renda per Capita: conjunto de


pessoas composto pelo requerente, o cônjuge, o companheiro, a
companheira, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou
o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os
menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto, e;

VI - Renda Mensal Bruta Familiar: a soma dos rendimentos


brutos auferidos mensalmente pelos membros da família
composta por salários, proventos, pensões, pensões alimentícias,
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benefícios de previdência pública ou privada, seguro desemprego,


comissões, pró-labore, outros rendimentos do trabalho não
assalariado, rendimentos do mercado informal ou autônomo,
rendimentos auferidos do patrimônio, Renda Mensal Vitalícia e
Benefício de Prestação Continuada (BPC), exceto o Benefício de
Prestação Continuada (BPC) concedido a idoso, que não será
computado no cálculo para fins de concessão do Benefício de
Prestação Continuada a outro idoso da mesma família.

§ 1.º Para fins de reconhecimento do direito ao Benefício de Prestação


Continuada (BPC) às crianças e adolescentes menores de 16 anos de
idade, deve ser avaliada a existência da deficiência e o seu impacto na
limitação do desempenho de atividade e restrição da participação social,
compatível com a idade.

§ 2.º Para fins do disposto no inciso VI do caput, não serão


computados como renda mensal bruta familiar:

I - Benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e


temporária;

II - Valores oriundos de programas sociais de transferência de


renda;

III - Bolsas de estágio supervisionado;

IV - Pensão especial de natureza indenizatória e benefícios de


assistência médica;

V - Rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem


regulamentadas em ato conjunto do Ministério do
Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) e do INSS, e;

VI - Rendimentos decorrentes de contrato de aprendizagem.

§ 3.º Considera-se impedimento de longo prazo aquele que produza


efeitos pelo prazo mínimo de 2 anos.

Art. 5.º O beneficiário não pode acumular o Benefício de Prestação


Continuada com outro benefício no âmbito da Seguridade Social ou de
outro regime, inclusive o Seguro Desemprego, ressalvados o de
assistência médica e a pensão especial de natureza indenizatória.

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Parágrafo único. A acumulação do benefício com a remuneração


advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência é
limitada ao prazo máximo de 2 anos.

Art. 6.º A condição de acolhimento em instituições de longa


permanência, como abrigo, hospital ou instituição congênere não
prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao Benefício
de Prestação Continuada (BPC).

Art. 7.º O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é devido ao


brasileiro, nato ou naturalizado, e às pessoas de nacionalidade
portuguesa, em qualquer dos casos, residência no Brasil e atendam a
todos os demais critérios estabelecidos neste Regulamento.

CAPÍTULO II
DA HABILITAÇÃO, DA CONCESSÃO, DA MANUTENÇÃO, DA
REPRESENTAÇÃO E DO INDEFERIMENTO

Seção I
Da Habilitação e da Concessão

Art. 8.º Para fazer jus ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), o


idoso deverá comprovar:

I - Contar com 65 anos de idade ou mais;

II - Renda mensal bruta familiar, dividida pelo número de seus


integrantes, inferior a 1/4 (25%) do salário mínimo, e;

III - Não possuir outro benefício no âmbito da Seguridade Social


ou de outro regime, inclusive o seguro desemprego, salvo o de
assistência médica e a pensão especial de natureza indenizatória,
observado o disposto no inciso VI do caput e no § 2.º do Art. 4.º.

Parágrafo Único. A comprovação da condição prevista no inciso III


poderá ser feita mediante declaração do idoso ou, no caso de sua
incapacidade para os atos da vida civil, do seu curador.

Art. 9.º Para fazer jus ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), a


pessoa com deficiência deverá comprovar:

I - A existência de impedimentos de longo prazo de natureza


física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
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diversas barreiras, obstruam sua participação plena e efetiva na


sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, na
forma prevista neste Regulamento;

II - Renda mensal bruta familiar do requerente, dividida pelo


número de seus integrantes, inferior a 1/4 (25%) do salário
mínimo, e;

III - Não possuir outro benefício no âmbito da Seguridade Social


ou de outro regime, inclusive o Seguro Desemprego, salvo o de
assistência médica e a pensão especial de natureza indenizatória,
bem como a remuneração advinda de contrato de aprendizagem,
observado o disposto no inciso VI do caput e no § 2.º do Art. 4.º.

Parágrafo Único. A comprovação da condição prevista no inciso III


poderá ser feita mediante declaração da pessoa com deficiência ou, no
caso de sua incapacidade para os atos da vida civil, do seu curador ou
tutor.

Art. 10. Para fins de identificação da pessoa com deficiência e do idoso


e de comprovação da idade do idoso, deverá o requerente apresentar
um dos seguintes documentos:

I - Certidão de nascimento;

II - Certidão de casamento;

III - Certificado de reservista;

IV - Carteira de identidade, ou;

V - Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

Art. 11. Para fins de identificação da pessoa com deficiência e do idoso


e de comprovação da idade do idoso, no caso de brasileiro
naturalizado, deverão ser apresentados os seguintes documentos:

I - Título declaratório de nacionalidade brasileira, e;

II - Carteira de identidade ou Carteira de Trabalho e Previdência


Social (CTPS).

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Art. 12. São requisitos para a concessão, a manutenção e a revisão do


benefício as inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e no
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

§ 1.º O beneficiário que não realizar a inscrição ou a atualização no


CadÚnico, no prazo estabelecido em convocação a ser realizada pelo
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), terá o seu
benefício suspenso, conforme disciplinado em ato do Ministro de Estado
do Desenvolvimento Social e Agrário.

§ 2.º O benefício só será concedido ou mantido para inscrições no


CadÚnico que tenham sido realizadas ou atualizadas nos últimos 2
anos.

Art. 13. As informações para o cálculo da renda familiar mensal per


capita serão declaradas no momento da inscrição da família do
requerente no CadÚnico, ficando o declarante sujeito às penas
previstas em lei no caso de omissão de informação ou de declaração
falsa.

§ 1.º As informações de que trata o caput serão declaradas em


conformidade com o disposto no Decreto n.º 6.135/2007, que dispõe
sobre o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

§ 2.º Por ocasião do requerimento do benefício, o requerente ratificará


as informações declaradas no CadÚnico, ficando sujeito às penas
previstas em lei no caso de omissão de informação ou de declaração
falsa.

§ 3.º Na análise do requerimento do benefício, o INSS confrontará as


informações do CadÚnico, referentes à renda, com outros cadastros ou
bases de dados de órgãos da administração pública disponíveis,
prevalecendo as informações que indiquem maior renda se comparadas
àquelas declaradas no CadÚnico.

§ 4.º Compete ao INSS e aos órgãos autorizados pelo Ministério do


Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), quando necessário, verificar
junto a outras instituições, inclusive de previdência, a existência de
benefício ou de renda em nome do requerente ou beneficiário e dos
integrantes da família.

§ 5.º Na hipótese de as informações do CadÚnico serem insuficientes


para a análise conclusiva do benefício, o INSS:
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I - Comunicará o interessado, o qual deverá atualizar seu cadastro


junto ao órgão local responsável pelo CadÚnico no prazo de 30
dias;

II - Concluirá a análise após decorrido o prazo de que trata o


inciso I, e;

III - No caso de o cadastro não ser atualizado no prazo de que


trata o inciso I, indeferirá a solicitação para receber o benefício.

§ 6.º Quando o requerente for pessoa em situação de rua deve ser


adotado, como referência, o endereço do serviço da rede sócio
assistencial pelo qual esteja sendo acompanhado, ou, na falta deste, de
pessoas com as quais mantém relação de proximidade.

§ 7.º Será considerado família do requerente em situação de rua as


pessoas elencadas no inciso V do Art. 4.º, desde que convivam com o
requerente na mesma situação, devendo, neste caso, ser relacionadas
na Declaração da Composição e Renda Familiar.

§ 8.º Entende-se por relação de proximidade, para fins do disposto no §


6.º, aquela que se estabelece entre o requerente em situação de rua e
as pessoas indicadas pelo próprio requerente como pertencentes ao seu
ciclo de convívio que podem facilmente localizá-lo.

Art. 14. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) deverá ser


requerido junto às agências da Previdência Social ou aos órgãos
autorizados para este fim.

§ 1.º Os formulários utilizados para o requerimento do benefício serão


disponibilizados, por meio dos sítios eletrônicos:

I - Do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário;

II - Do INSS, ou;

III - Dos órgãos autorizados pelo Ministério do Desenvolvimento


Social e Agrário ou pelo INSS.

§ 2.º Os formulários a que se refere o § 1.º deverão ser disponibilizados


de forma acessível, nos termos estabelecidos pelo Decreto n.º
5.296/2004.
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Art. 15. A concessão do benefício dependerá da prévia inscrição do


interessado no CPF e no CadÚnico, este com informações atualizadas ou
confirmadas em até dois anos, da apresentação de requerimento,
preferencialmente pelo requerente, juntamente com os documentos ou
as informações necessárias à identificação do beneficiário.

§ 1.º O requerimento do benefício deve ser realizado pelos canais de


atendimento da Previdência Social ou por outros canais a serem
definidos em ato conjunto dos Ministros de Estado do Desenvolvimento
Social e Agrário, da Fazenda e do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, observado o disposto no Art. 13.

§ 2.º Na hipótese de não ser o requerente alfabetizado ou de estar


impossibilitado para assinar o pedido, será admitida a aposição da
impressão digital na presença de funcionário do órgão recebedor do
requerimento.

§ 3.º A existência de formulário próprio não impedirá que seja aceito


qualquer requerimento pleiteando o benefício, desde que nele constem
os dados imprescindíveis ao seu processamento.

§ 4.º A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo


de recusa liminar do requerimento do benefício.

§ 5.º Na hipótese de ser verificado que a renda familiar mensal per


capita não atende aos requisitos de concessão do benefício, o pedido
deverá ser indeferido pelo INSS, sendo desnecessária a avaliação da
deficiência.

Art. 16. A concessão do benefício à pessoa com deficiência ficará sujeita


à avaliação da deficiência e do grau de impedimento, com base nos
princípios da Classificação Internacional de Funcionalidades,
Incapacidade e Saúde (CIF), estabelecida pela Resolução da
Organização Mundial da Saúde (OMS) n.º 54.21/2001.

§ 1.º A avaliação da deficiência e do grau de impedimento será


realizada por meio de avaliação social e avaliação médica.

§ 2.º A avaliação social considerará os fatores ambientais, sociais e


pessoais, a avaliação médica considerará as deficiências nas funções e
nas estruturas do corpo, e ambas considerarão a limitação do

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desempenho de atividades e a restrição da participação social, segundo


suas especificidades.

§ 3.º As avaliações de que trata o § 1.º serão realizadas,


respectivamente, pelo serviço social e pela perícia médica do INSS, por
meio de instrumentos desenvolvidos especificamente para este fim,
instituídos por ato conjunto do Ministro de Estado do Desenvolvimento
Social e Agrário e do Presidente do INSS.

§ 4.º O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e o INSS


garantirão as condições necessárias para a realização da avaliação
social e da avaliação médica necessárias ao Benefício de Prestação
Continuada.

§ 5.º A avaliação da deficiência e do grau de impedimento tem por


objetivo:

I - Comprovar a existência de impedimentos de longo prazo de


natureza física, mental, intelectual ou sensorial, e;

II - Aferir o grau de restrição para a participação plena e efetiva


da pessoa com deficiência na sociedade, decorrente da interação
dos impedimentos a que se refere o inciso I com barreiras
diversas.

§ 6.º O benefício poderá ser concedido nos casos em que não seja
possível prever a duração dos impedimentos a que se refere o inciso I
do § 5.º, mas exista a possibilidade de que se estendam por longo
prazo.

§ 7.º Na hipótese prevista no § 6.º, e desde que o impedimento não


tenha sido considerado permanente, os beneficiários deverão ser
prioritariamente submetidos a novas avaliações social e médica, com
intervalo mínimo de dois anos, de acordo com o tipo de impedimento
constatado, na forma estabelecida em ato conjunto dos Ministros de
Estado do Desenvolvimento Social e Agrário, da Fazenda e do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

§ 8.º A avaliação da deficiência e do grau de impedimento observará os


instrumentos para avaliação da deficiência, de que trata o § 2.º do
Art. 2.º da Lei n.º 13.146/2015, a partir de sua criação, permitindo
inclusive que outras políticas para pessoas com deficiência se
beneficiem das informações.
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§ 9.º Sem prejuízo do compartilhamento das informações de que trata


o § 8.º, o acesso à avaliação da deficiência e do grau de impedimento,
com a finalidade de permitir que outras políticas para pessoas com
deficiência dela se beneficiem, dependerá de prévio consentimento do
titular da informação.

§ 10. O consentimento de acesso à avaliação poderá ser manifestado no


momento da prestação das referidas informações ou quando do
requerimento de acesso à política pública.

Art. 17. Na hipótese de não existirem serviços pertinentes para


avaliação da deficiência e do grau de impedimento no município de
residência do requerente ou beneficiário, fica assegurado o seu
encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal
estrutura, devendo o INSS realizar o pagamento das despesas de
transporte e diárias com recursos oriundos do Fundo Nacional de
Assistência Social (FNAS).

§ 1.º Caso o requerente ou beneficiário necessite de acompanhante, a


viagem deste deverá ser autorizada pelo INSS, aplicando-se o disposto
no caput.

§ 2.º O valor da diária paga ao requerente ou beneficiário e seu


acompanhante será igual ao valor da diária concedida aos beneficiários
do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

§ 3.º Caso o requerente ou beneficiário esteja impossibilitado de se


apresentar no local de realização da avaliação da deficiência e do grau
de impedimento a que se refere o caput, os profissionais deverão
deslocar-se até o interessado.

Art. 18. A concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC)


independe da interdição judicial do idoso ou da pessoa com deficiência.

Art. 19. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) será devido a mais


de um membro da mesma família enquanto atendidos os requisitos
exigidos neste Regulamento.

Parágrafo Único. O valor do Benefício de Prestação Continuada


(BPC) concedido a idoso não será computado no cálculo da
renda mensal bruta familiar a que se refere o inciso VI do Art.

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4.º, para fins de concessão do Benefício de Prestação


Continuada (BPC) a outro idoso da mesma família.

Art. 20. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) será devido com o


cumprimento de todos os requisitos legais e regulamentares exigidos
para a sua concessão, devendo o seu pagamento ser efetuado em até
45 dias após cumpridas as exigências.

Parágrafo Único. Para fins de atualização dos valores pagos em atraso,


serão aplicados os mesmos critérios adotados pela legislação
previdenciária.

Art. 21. Fica o INSS obrigado a emitir e enviar ao requerente o aviso de


concessão ou de indeferimento do benefício, e, neste caso, com
indicação do motivo.

Seção II
Da manutenção e da representação

Art. 22. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) não está sujeito a


desconto de qualquer contribuição e não gera direito ao pagamento
de abono anual.

Art. 23. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é intransferível,


não gerando direito à pensão por morte aos herdeiros ou sucessores.

Parágrafo Único. O valor do resíduo não recebido em vida pelo


beneficiário será pago aos seus herdeiros ou sucessores, na forma da lei
civil.

Art. 24. O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou


educacionais e a realização de atividades não remuneradas de
habilitação e reabilitação, dentre outras, não constituem motivo de
suspensão ou cessação do benefício da pessoa com deficiência.

Art. 25. A cessação do Benefício de Prestação Continuada (BPC)


concedido à pessoa com deficiência, inclusive em razão do seu ingresso
no mercado de trabalho, não impede nova concessão do benefício
desde que atendidos os requisitos exigidos neste Decreto.

Art. 26. O benefício será pago pela rede bancária autorizada e, nas
localidades onde não houver estabelecimento bancário, o pagamento
será efetuado por órgãos autorizados pelo INSS.
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Art. 27. O pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC)


poderá ser antecipado excepcionalmente, na hipótese prevista no §
1.º do Art. 169 do Decreto n.º 3.048/1999, a saber:

Art. 169, § 1.º Excepcionalmente, nos casos de estado de


calamidade pública decorrente de desastres naturais,
reconhecidos por ato do Governo Federal, o INSS poderá, nos
termos de ato do Ministro de Estado do Trabalho (MT),
antecipar aos beneficiários domiciliados nos respectivos
municípios:

I - O cronograma de pagamento dos benefícios de


prestação continuada previdenciária e assistencial,
enquanto perdurar o estado de calamidade, e;

II - O valor correspondente a uma renda mensal do


benefício devido, excetuados os temporários, mediante
opção dos beneficiários.

Art. 28. O benefício será pago diretamente ao beneficiário ou ao


procurador, tutor ou curador.

§ 1.º O instrumento de procuração poderá ser outorgado em formulário


próprio do INSS, mediante comprovação do motivo da ausência do
beneficiário, e sua validade deverá ser renovada a cada 12 meses.

§ 2.º O procurador, o tutor ou o curador do beneficiário deverá firmar,


perante o INSS ou outros órgãos autorizados pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), termo de responsabilidade
mediante o qual se comprometa a comunicar qualquer evento que
possa anular a procuração, a tutela ou a curatela, principalmente o
óbito do outorgante, sob pena de incorrer nas sanções criminais e civis
cabíveis.

Art. 29. Na hipótese de haver indícios de inidoneidade acerca do


instrumento de procuração apresentado para o recebimento do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou do procurador, tanto o
INSS quanto qualquer um dos órgãos autorizados pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) poderão recusá-los, sem
prejuízo das providências que se fizerem necessárias para a apuração
da responsabilidade e para a aplicação das sanções criminais e civis
cabíveis.

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Art. 30. Para fins de recebimento do Benefício de Prestação Continuada


(BPC), é aceita a constituição de procurador com mais de um
instrumento de procuração, nos casos de beneficiários representados
por parentes de 1.º grau e nos casos de beneficiários representados
por dirigentes de instituições nas quais se encontrem acolhidos, sendo
admitido também, neste último caso, o instrumento de procuração
coletiva.

Art. 31. Não poderão ser procuradores:

I - O servidor público civil e o militar em atividade, salvo se


parentes do beneficiário até o 2.º grau, e;

II - O incapaz para os atos da vida civil, ressalvado o disposto no


Art. 666 do Código Civil, a saber:

Art. 666. O maior de 16 e menor de 18 anos não emancipado


pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele
senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às
obrigações contraídas por menores.

Parágrafo Único. Nas demais disposições relativas à procuração


observar-se-á, subsidiariamente, o Código Civil.

Art. 32. No caso de transferência do beneficiário de uma localidade para


outra, o procurador fica obrigado a apresentar novo instrumento de
mandato na localidade de destino.

Art. 33. A procuração perderá a validade ou eficácia nos seguintes


casos:

I - Quando o outorgante passar a receber pessoalmente o


benefício, declarando, por escrito que cancela a procuração
existente;

II - Quando for constituído novo procurador;

III - Pela expiração do prazo fixado ou pelo cumprimento ou


extinção da finalidade outorgada;

IV - Por morte do outorgante ou do procurador;

V - Por interdição de uma das partes, ou;

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VI - Por renúncia do procurador, desde que por escrito.

Art. 34. Não podem outorgar procuração o menor de 18 anos, exceto


se assistido ou emancipado após os 16 anos, e o incapaz para os atos
da vida civil que deverá ser representado por seu representante legal,
tutor ou curador.

Art. 35. O benefício devido ao beneficiário incapaz será pago ao


cônjuge, pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta, e por
período não superior a 6 meses, o pagamento a herdeiro necessário,
mediante termo de compromisso firmado no ato do recebimento.

§ 1.º O período a que se refere o caput poderá ser prorrogado por


iguais períodos, desde que comprovado o andamento do processo legal
de tutela ou curatela.

§ 2.º O tutor ou curador poderá outorgar procuração a terceiro com


poderes para receber o benefício e, nesta hipótese, obrigatoriamente, a
procuração será outorgada mediante instrumento público.

§ 3.º A procuração não isenta o tutor ou curador da condição original de


mandatário titular da tutela ou curatela.

Art. 35-A. O beneficiário, ou seu representante legal, deve informar ao


INSS alterações dos dados cadastrais correspondentes à mudança de
nome, endereço e estado civil, a fruição de qualquer benefício no
âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, a sua admissão em
emprego ou a percepção de renda de qualquer natureza elencada no
inciso VI do caput do Art. 4.º.

Seção III
Do Indeferimento

Art. 36. O não atendimento das exigências contidas neste Regulamento


pelo requerente ensejará o indeferimento do benefício.

§ 1.º Do indeferimento do benefício caberá recurso à Junta de Recursos


do Conselho de Recursos da Previdência (CRP), no prazo de 30 dias, a
contar do recebimento da comunicação.

§ 2.º A situação prevista no Art. 24 também não constitui motivo para o


indeferimento do benefício.
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CAPÍTULO III
DA GESTÃO

Art. 37. Constituem garantias do SUAS o acompanhamento do


beneficiário e de sua família, e a inserção destes à rede de serviços
sócio assistenciais e de outras políticas setoriais.

§ 1.º O acompanhamento do beneficiário e de sua família visa a


favorecer-lhes a obtenção de aquisições materiais, sociais,
socioeducativas, socioculturais para suprir as necessidades de
subsistência, desenvolver capacidades e talentos para a convivência
familiar e comunitária, o protagonismo e a autonomia.

§ 2.º Para fins de cumprimento do disposto no caput, o


acompanhamento deverá abranger as pessoas que vivem sob o mesmo
teto com o beneficiário e que com este mantém vínculo parental,
conjugal, genético ou de afinidade.

§ 3.º Para o cumprimento do disposto no caput e para subsidiar os


processos de concessão e de revisão bienal do benefício, os
beneficiários e suas famílias deverão ser cadastrados no CadÚnico,
observada a legislação aplicável.

Art. 38. Compete ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário


(MDSA), sem prejuízo do previsto no Art. 2º:

I - Acompanhar os beneficiários do Benefício de Prestação


Continuada (BPC) no âmbito do SUAS, em articulação com o
Distrito Federal, Municípios e, no que couber, com os Estados,
visando a inseri-los nos programas e serviços da assistência social
e demais políticas;

II - Considerar a participação dos órgãos gestores de assistência


social nas ações de monitoramento e avaliação do Benefício de
Prestação Continuada (BPC), bem como de acompanhamento de
seus beneficiários, como critério de habilitação dos municípios e
Distrito Federal a um nível de gestão mais elevado no âmbito do
SUAS;

III - Manter e coordenar o Programa Nacional de Monitoramento e


Avaliação do Benefício de Prestação Continuada, instituído na
forma do Art. 41, com produção de dados e análise de resultados
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do impacto do Benefício de Prestação Continuada (BPC) na vida


dos beneficiários;

IV - Destinar recursos do Fundo Nacional de Assistência Social


(FNAS) para pagamento, operacionalização, gestão,
informatização, pesquisa, monitoramento e avaliação do Benefício
de Prestação Continuada (BPC);

V - Descentralizar recursos do orçamento do Fundo Nacional de


Assistência Social (FNAS) ao INSS para as despesas de
pagamento, operacionalização, sistemas de informação,
monitoramento e avaliação do Benefício de Prestação Continuada
(BPC);

VI - Fornecer subsídios para a formação de profissionais


envolvidos nos processos de concessão, manutenção e revisão
dos benefícios, e no acompanhamento de seus beneficiários,
visando à facilidade de acesso e bem-estar dos usuários desses
serviços;

VII - Articular políticas intersetoriais, intergovernamentais e


interinstitucionais que afiancem a completude de atenção às
pessoas com deficiência e aos idosos;

VIII - Atuar junto a outros órgãos, nas três esferas de governo,


com vistas ao aperfeiçoamento da gestão do Benefício de
Prestação Continuada, e;

IX - Garantir as condições necessárias para inclusão e atualização


dos dados do requerente e do beneficiário no CadÚnico.

Art. 39. Compete ao INSS, na operacionalização do Benefício de


Prestação Continuada (BPC):

I - Receber os requerimentos, conceder, manter, revisar,


suspender ou fazer cessar o benefício, atuar nas contestações,
desenvolver ações necessárias ao ressarcimento do benefício e
participar de seu monitoramento e avaliação;

II - Verificar o registro de benefícios previdenciários e de emprego


e renda em nome do requerente ou beneficiário e dos integrantes
do grupo familiar, em consonância com a definição estabelecida
no inciso VI do Art. 4.º;
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III - Realizar a avaliação médica e social da pessoa com


deficiência, de acordo com as normas a serem disciplinadas em
atos específicos;

IV - Realizar o pagamento de transporte e diária do requerente ou


beneficiários e seu acompanhante, com recursos oriundos do
FNAS, nos casos previstos no Art. 17.

V - Realizar comunicações sobre marcação de perícia médica,


concessão, indeferimento, suspensão, cessação, ressarcimento e
revisão do benefício;

VI - Analisar defesas, receber recursos pelo indeferimento e


suspensão do benefício, instruir e encaminhar os processos à
Junta de Recursos;

VII - Efetuar o repasse de recursos para pagamento do benefício


junto à rede bancária autorizada ou entidade conveniada;

VIII - Participar, em conjunto com o Ministério do


Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), da instituição de
sistema de informação e de alimentação de bancos de dados
sobre a concessão, o indeferimento, a manutenção, a suspensão,
a cessação, o ressarcimento e a revisão do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), além de gerar relatórios gerenciais e subsidiar
a atuação dos demais órgãos no acompanhamento do beneficiário
e na defesa de seus direitos;

IX - Submeter à apreciação prévia do Ministério do


Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) atos que disponham
sobre matéria de regulação e de procedimentos técnicos e
administrativos que repercutam no reconhecimento do direito ao
acesso, à manutenção e ao pagamento do Benefício de Prestação
Continuada (BPC);

X - Instituir, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento


Social e Agrário (MDSA), formulários e documentos necessários à
operacionalização do Benefício de Prestação Continuada (BPC), e;

XI - Apresentar ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário


(MDSA) relatórios periódicos das atividades desenvolvidas na

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operacionalização do Benefício de Prestação Continuada e na


execução orçamentária e financeira dos recursos descentralizados.

Art. 40. Compete aos órgãos gestores da assistência social dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios promover ações que assegurem a
articulação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) com os
programas voltados ao idoso e à inclusão da pessoa com deficiência.

CAPÍTULO IV
DO MONITORAMENTO E DA AVALIAÇÃO

Art. 41. Fica instituído o Programa Nacional de Monitoramento e


Avaliação do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social,
que será mantido e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento
Social e Agrário (MDSA), em parceria com o INSS, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, como parte da dinâmica do SUAS.

§ 1.º O Programa Nacional de Monitoramento e Avaliação do Benefício


de Prestação Continuada, baseado em um conjunto de indicadores e de
seus respectivos índices, compreende:

I - O monitoramento da incidência dos beneficiários e dos


requerentes por município brasileiro e no Distrito Federal;

II - O tratamento do conjunto dos beneficiários como uma


população com graus de risco e vulnerabilidade social variados,
estratificada a partir das características do ciclo de vida do
requerente, sua família e da região onde vive;

III - O desenvolvimento de estudos intersetoriais que


caracterizem comportamentos da população beneficiária por
análises geodemografias, índices de mortalidade, morbidade,
entre outros, nos quais se inclui a tipologia das famílias dos
beneficiários e das instituições em que eventualmente viva ou
conviva;

IV - A instituição e manutenção de banco de dados sobre os


processos desenvolvidos pelos gestores dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios para inclusão do beneficiário ao SUAS e
demais políticas setoriais;

V - A promoção de estudos e pesquisas sobre os critérios de


acesso, implementação do Benefício de Prestação Continuada
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(BPC) e impacto do benefício na redução da pobreza e das


desigualdades sociais;

VI - A organização e manutenção de um sistema de informações


sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com vistas ao
planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações, e;

VII - A realização de estudos longitudinais dos beneficiários do


Benefício de Prestação Continuada.

§ 2.º As despesas decorrentes da implementação do Programa a que se


refere o caput correrão com as dotações orçamentárias consignadas ao
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).

§ 3.º O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) e o


INSS deverão integrar suas bases de dados quanto às informações que
compõem a base de dados do CadÚnico e compartilhá-las com o
Cadastro-Inclusão, instituído pelo Art. 92 da Lei n.º 13.146/2015,
quando se tratar de informação referente a pessoa com deficiência.

§ 4.º Até que esteja concluída a integração das bases de dados de que
trata o § 3.º, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA)
deverá fornecer ao INSS, mensalmente, as informações do CadÚnico
necessárias à concessão e à manutenção do Benefício de Prestação
Continuada, em especial aquelas relativas à composição do grupo
familiar, à renda de todos os integrantes.

Art. 42. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) deverá ser revisto


a cada 2 anos, para avaliação da continuidade das condições que lhe
deram origem, passando o processo de reavaliação a integrar o
Programa Nacional de Monitoramento e Avaliação do Benefício de
Prestação Continuada.

§ 1.º A revisão do benefício de que trata o caput será feita na forma


estabelecida em ato conjunto dos Ministros de Estado do
Desenvolvimento Social e Agrário, da Fazenda e do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, e incluirá:

I - O cadastramento ou a atualização cadastral, a ser realizado


Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, dos beneficiários
inscritos no CadÚnico, a cada 2 anos;

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II - A confrontação contínua pelo INSS de informações do


CadÚnico com os cadastros de benefícios, emprego, renda ou
outras bases de dados de órgãos da administração pública
disponíveis, referentes à renda da família do requerente;

III - O cruzamento de dados para fins de verificação de acúmulo


do benefício com outra renda no âmbito da Seguridade Social ou
de outro regime, e;

IV - A reavaliação médica e social da condição de deficiência


constatada anteriormente, desde que o impedimento não tenha
sido considerado permanente e que o beneficiário não tenha
superado os requisitos de renda familiar mensal per capita.

§ 2.º Identificada a superação de condição para manutenção do


benefício, após a atualização das informações junto ao CadÚnico, o
INSS deverá suspender ou cessar o benefício, conforme o caso,
observado o disposto no Art. 47.

§ 3.º Serão definidos critérios de prioridade e de dispensa da


reavaliação da deficiência prevista no inciso IV do § 1.º, considerados o
tipo e a gravidade do impedimento, a idade do beneficiário e a duração
do benefício, nos termos do ato conjunto a que se refere o § 7.º do Art.
16.

CAPÍTULO V
DA DEFESA DOS DIREITOS E DO CONTROLE SOCIAL

Art. 43. O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA)


deverá articular-se com os Conselhos de Assistência Social, do Idoso,
da Pessoa com Deficiência, da Criança e do Adolescente e da Saúde
para desenvolver ações de controle e defesa dos direitos dos
beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Art. 44. Qualquer pessoa física ou jurídica de direito público ou privado,


especialmente os Conselhos de Direitos, os Conselhos de Assistência
Social e as organizações representativas de pessoas com deficiência e
de idosos, é parte legítima para provocar a iniciativa das autoridades do
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, do INSS, do Ministério
Público e dos órgãos de controle social, e para lhes fornecer
informações sobre irregularidades na aplicação deste Regulamento,
quando for o caso.

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Art. 45. Qualquer cidadão que observar irregularidade ou falha na


prestação de serviço referente ao Benefício de Prestação Continuada
poderá comunicá-la às Ouvidorias do Ministério do Desenvolvimento
Social e Agrário, observadas as atribuições de cada órgão e em
conformidade com as disposições específicas de cada Pasta.

Art. 45-A. As informações referentes às despesas com Benefício de


Prestação Continuado deverão ser incluídas, de forma individualizada,
no Portal da Transparência do Poder Executivo Federal.

Art. 46. Constatada a prática de infração penal decorrente da concessão


ou da manutenção do Benefício de Prestação Continuada, o INSS
aplicará os procedimentos cabíveis, independentemente de outras
penalidades legais.

CAPÍTULO VI
DA SUSPENSÃO E DA CESSAÇÃO

Art. 47. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) será suspenso se


identificada qualquer irregularidade na sua concessão ou manutenção,
ou se verificada a não continuidade das condições que deram origem ao
benefício.

§ 1.º Ocorrendo as situações previstas no caput será concedido ao


interessado o prazo de 10 dias, mediante notificação por via postal
com aviso de recebimento (AR), para oferecer defesa, provas ou
documentos de que dispuser.

§ 2.º Na impossibilidade de notificação do beneficiário por via postal


com aviso de recebimento, deverá ser efetuada notificação por edital e
concedido o prazo de 15 dias, contado a partir do primeiro dia útil
seguinte ao dia da publicação, para apresentação de defesa, provas ou
documentos pelo interessado.

§ 3.º O edital a que se refere o § 2.º deverá ser publicado em jornal de


grande circulação na localidade do domicílio do beneficiário.

§ 4.º Esgotados os prazos de que tratam os §§ 1.º e 2.º sem


manifestação do interessado ou não sendo a defesa acolhida, será
suspenso o pagamento do benefício e, notificado o beneficiário, será
aberto o prazo de 30 dias para interposição de recurso à Junta de
Recursos do Conselho de Recursos da Previdência (CRP).

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§ 5.º Decorrido o prazo concedido para interposição de recurso sem


manifestação do beneficiário, ou caso não seja o recurso provido, o
benefício será cessado, comunicando-se a decisão ao interessado.

Art. 47-A. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) será suspenso


em caráter especial quando a pessoa com deficiência exercer
atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor
individual, mediante comprovação da relação trabalhista ou da atividade
empreendedora.

§ 1.º O pagamento do benefício suspenso na forma do caput será


restabelecido mediante requerimento do interessado que comprove a
extinção da relação trabalhista ou da atividade empreendedora, e,
quando for o caso, o encerramento do prazo de pagamento do seguro
desemprego, sem que tenha o beneficiário adquirido direito a qualquer
benefício no âmbito da Previdência Social.

§ 2.º O benefício será restabelecido:

I - A partir do dia imediatamente posterior, conforme o caso, da


cessação do contrato de trabalho, da última competência de
contribuição previdenciária recolhida como contribuinte individual
ou do encerramento do prazo de pagamento do seguro
desemprego, ou;

II - A partir da data do protocolo do requerimento, quando


requerido após 90 dias, conforme o caso, da cessação do
contrato de trabalho, da última competência de contribuição
previdenciária recolhida como contribuinte individual ou do
encerramento do prazo de pagamento do seguro desemprego.

§ 3.º Na hipótese prevista no caput, o prazo para a reavaliação bienal


do benefício prevista no Art. 42 será suspenso, voltando a correr, se
for o caso, a partir do restabelecimento do pagamento do benefício.

§ 4.º O restabelecimento do pagamento do benefício prescinde de nova


avaliação da deficiência e do grau de impedimento, respeitado o prazo
para a reavaliação bienal.

§ 5.º A pessoa com deficiência contratada na condição de aprendiz terá


seu benefício suspenso somente após o período de 2 anos de
recebimento concomitante da remuneração e do benefício.

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Art. 48. O pagamento do benefício cessa:

I - No momento em que forem superadas as condições que lhe


deram origem;

II - Em caso de morte do beneficiário;

III - Em caso de morte presumida ou de ausência do beneficiário,


declarada em juízo, ou;

IV - Em caso de constatação de irregularidade na sua concessão


ou manutenção.

Parágrafo Único. O beneficiário ou seus familiares são obrigados a


informar ao INSS a ocorrência das situações descritas nos incisos I a III
do caput.

Art. 48-A. Ato conjunto do Ministério do Desenvolvimento Social e


Agrário (MDSA) e do INSS disporá sobre a operacionalização da
suspensão e cessação do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Art. 49. Cabe ao INSS, sem prejuízo da aplicação de outras medidas


legais, adotar as providências necessárias à restituição do valor do
benefício pago indevidamente, em caso de falta de comunicação dos
fatos arrolados nos incisos I a III do caput do Art. 48, ou em caso de
prática, pelo beneficiário ou terceiros, de ato com dolo, fraude ou má-
fé.

§ 1.º O montante indevidamente pago será corrigido pelo mesmo índice


utilizado para a atualização mensal dos salários de contribuição
utilizados para apuração dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS), e deverá ser restituído, sob pena de inscrição em
Dívida Ativa e cobrança judicial.

§ 2.º Na hipótese de o beneficiário permanecer com direito ao


recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou estar em
usufruto de outro benefício previdenciário regularmente concedido pelo
INSS, poderá devolver o valor indevido de forma parcelada,
atualizado nos moldes do § 1.º, em tantas parcelas quantas forem
necessárias à liquidação do débito de valor equivalente a 30% do
valor do benefício em manutenção.

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§ 3.º A restituição do valor devido deverá ser feita em única parcela,


no prazo de 60 dias contados da data da notificação, ou mediante
acordo de parcelamento, em até 60 meses, ressalvado o pagamento
em consignação previsto no § 2.º.

§ 4.º Vencido o prazo a que se refere o § 3.º, o INSS tomará


providências para inclusão do débito em Dívida Ativa.

§ 5.º O valor ressarcido será repassado pelo INSS ao Fundo Nacional de


Assistência Social (FNAS).

§ 6.º Em nenhuma hipótese serão consignados débitos originários de


benefícios previdenciários em Benefícios de Prestação Continuada
(BPC).

04. Resumex da Aula.

01. Conforme disposições constitucionais, a Assistência Social é um dos


ramos da Seguridade Social a qual é composta de três partes:
Previdência Social, Assistência Social e Saúde. Diferentemente da
Previdência Social, que possui caráter contributivo, e da Saúde, que
possui abrangência universal, a Assistência Social será prestada a
quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social.

02. É garantido o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no valor de


1 salário mínimo para as seguintes classes:

02.01. Ao idoso, com idade superior a 65 anos, cuja família tenha


uma renda mensal de no máximo 1/4 de salário mínimo por
pessoa, e;

02.02. À pessoa portadora de deficiência, que deverá comprovar


que a deficiência obstrui a sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas e,
assim como os idosos, que sua família não perceba renda mensal
superior a 1/4 de salário mínimo por pessoa.

03. A legislação prevê esse limite de 1/4 (25%) de salário mínimo por
pessoa para mensurar a miserabilidade do cidadão. Entretanto, a
jurisprudência atual do STF diz que tal dispositivo é inconstitucional, ou
seja, o cidadão pode receber mais de 25% de salário mínimo e ainda
ser considerado necessitado.
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04. Observe teor da Súmula n.º 48 da Turma Nacional de Uniformização


dos Juizados Especiais Federais, que assim dispõe:

A incapacidade não precisa ser permanente para fins de


concessão do benefício assistencial de prestação continuada.

05. A coordenação geral da Assistência Social pertence à esfera federal,


enquanto que a execução das ações concernentes a ela cabe à esfera
estadual, municipal e às EBAS.

06. Diretrizes e Princípios da Assistência Social:

Diretrizes (CF, LOAS e


Princípios (LOAS)
PNAS)
1. Supremacia das 1. Descentralização (CF
necessidades Sociais. e LOAS).
2. Universalização dos 2. Participação da
direitos sociais. população (CF e LOAS).
3. Primazia da
3. Respeito à dignidade
responsabilidade do
do cidadão.
Estado (LOAS).
4. Igualdade de direitos, 4. Centralidade na
sem discriminação. família (PNAS).
5. Divulgação dos
benefícios e serviços.

07. A exemplo que ocorre com a Saúde, a Assistência Social é


organizada na forma de sistema único desde 2011, no caso, o Sistema
Único de Assistência Social (SUAS).

08. A LOAS instituiu o Conselho Nacional de Assistência Social


(CNAS), órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à
estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela
coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos
membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2
anos, permitida uma única recondução por igual período. O CNAS é
composto por 18 membros e respectivos suplentes, cujos nomes são
indicados ao órgão da Administração Pública Federal.

09. A Assistência Social é composta de 5 espécies de benefícios:

09.01. Benefício de Prestação Continuada (BPC);

09.02. Benefícios Eventuais;


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09.03. Serviços Socioassistenciais;

09.04. Programas de Assistência Social, e;

09.05. Projetos de Enfrentamento da Pobreza.

10. os seguintes benefícios monetários serão pagos


preferencialmente à mulher responsável pela unidade familiar,
quando cabível:

10.01. Benefícios Eventuais;

10.02. Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), e;

10.03. Projetos de Enfrentamento da Pobreza.

(...)

Bem, acabamos aqui a teoria da aula! =)

A seguir, estão as questões comentadas, mas se você quiser


resolvê-las antes da leitura da resolução, adiante um pouco mais a
nossa aula e encontrará as questões sem os respectivos comentários e
com gabarito ao final. =)

Em caso de dúvida, escreva para mim:

ali.previdenciario@gmail.com

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Sucesso sempre e bons estudos! =)

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05. Questões Comentadas.

01. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: O CNAS, instância responsável pela coordenação da
PNAS, é presidido alternadamente pelo(a) ministro(a) da previdência
social e por um representante eleito da sociedade civil, sendo de dois
anos o mandato do seu presidente, permitida a recondução.

A LOAS instituiu o Conselho Nacional de Assistência


Social (CNAS), órgão superior de deliberação colegiada,
vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal
responsável pela coordenação da Política Nacional de
Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente
da República, têm mandato de 2 anos, PERMITIDA UMA ÚNICA
RECONDUÇÃO POR IGUAL PERÍODO.

O CNAS é composto por 18 membros e respectivos


suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração
Pública Federal, de acordo com os critérios seguintes:

- 9 representantes governamentais, incluindo 1


representante dos Estados e 1 dos Municípios, e;

- 9 representantes da sociedade civil, dentre representantes


dos usuários ou de organizações de usuários, das Entidades e
Organizações de Assistência Social (EOAS) e dos trabalhadores
do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do
Ministério Público Federal.

O CNAS é presidido por um de seus integrantes, eleito


dentre seus membros, para mandato de 1 ano, permitida uma
única recondução por igual período. Além disso, contará com uma
Secretaria Executiva, a qual terá sua estrutura disciplinada em ato
do Poder Executivo.

Errado.

02. (Analista do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item abaixo à luz da Lei n.º 8.742/1993 (LOAS) e do Decreto
n.º 6.214/2007, que regulamenta o BPC da assistência social devido à
pessoa com deficiência e ao idoso.

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Caso uma pessoa com deficiência que receba BPC passe a exercer
atividade remunerada na qualidade de microempreendedor individual, o
órgão concedente desse benefício deverá suspendê-lo.

O benefício de prestação continuada será suspenso pelo


órgão concedente quando a pessoa com deficiência exercer
atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual.

Certo.

03. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: É permitido ao beneficiário do BPC acumular o
recebimento desse benefício com o do seguro desemprego.

A questão foi blindada! Solicitou o disposto no Decreto n.º


6.214/2007 de forma literal, como foi apresentado na teoria, a
saber:

Art. 5.º O beneficiário não pode acumular o Benefício de


Prestação Continuada (BPC) com qualquer outro benefício no
âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o
Seguro Desemprego, ressalvados o de assistência médica e a
pensão especial de natureza indenizatória, bem como a
remuneração advinda de contrato de aprendizagem no caso da
pessoa com deficiência, observado o disposto no inciso VI do
caput e no § 2.º do Art. 4.º.

Errado.

04. (Auditor-Fiscal/TCE-SC/CESPE/2016):
Situação hipotética: João, com sessenta e cinco anos de idade, não
possui meios de prover a própria manutenção nem a de sua família,
cuja renda mensal per capita é inferior a um quarto do salário mínimo.
Assertiva: Nessa situação, João só pode requerer o benefício de
prestação continuada previsto na Lei Orgânica de Assistência Social se
tiver contribuído para a seguridade social.

Conforme dispõe a LOAS, o Benefício de Prestação


Continuada (BPC) é a garantia de um salário mínimo mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que

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comprove não possuir meios de prover a própria manutenção nem


de tê-la provida por sua família.

Por sua vez, diferentemente da Previdência Social, que


possui caráter contributivo, e da Saúde, que possui abrangência
universal, a Assistência Social será prestada a quem dela
necessitar, INDEPENDENTEMENTE de contribuição à
seguridade social.

Errado.

05. (Assistente Social/DPU/CESPE/2016):


Os direitos assistenciais têm características diferenciadas, pois
asseguram prestação monetária continuada e caracterizam-se por ser
um direito pessoal e intransferível, como, por exemplo, o benefício de
prestação continuada.

Exatamente. A Assistência Social se difere da Previdência


Social em alguns aspectos, entre outros, o caráter pessoal e
intransferível do benefício assistencial.

Conforme dispõe o Decreto n.º 6.214/2007:

Art. 23. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é


intransferível, não gerando direito à pensão por morte aos
herdeiros ou sucessores.

Parágrafo Único. O valor do resíduo não recebido em vida pelo


beneficiário será pago aos seus herdeiros ou sucessores, na
forma da lei civil.

Errado.

06. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que a condição de acolhimento
em instituições de longa permanência prejudica o direito do idoso ou da
pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada.

É importante entender que a condição de acolhimento em


instituições de longa permanência não prejudica o direito do
idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação
continuada, ou seja, não perderá a condição de beneficiário caso
encontre-se em tratamento em instituições especiais.

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Errado.

07. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item com base na Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a
organização da assistência social: A política de assistência social tem
como objetivos, entre outros, a promoção da integração do cidadão ao
mercado de trabalho e o amparo às crianças e aos adolescentes
carentes.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à


adolescência e à velhice;

b) O amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

c) A promoção da integração ao mercado de trabalho;

d) A habilitação e reabilitação das pessoas com


deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária, e;

e) A garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal à


pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família.

2. A vigilância socioassistencial, que visa a analisar


territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a
ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e
danos, e;

3. A defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos


direitos no conjunto das provisões socioassistenciais.

Certo.

08. (Assistente Social/MPOG/CESPE/2015):


O benefício de prestação continuada (BPC) garante um salário mínimo
mensal à pessoa com deficiência permanente ou ao idoso a partir dos
sessenta anos de idade que comprovem não possuir meios de prover a
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própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família; esse


benefício é revisto a cada quatro anos, para que se possa reavaliar a
continuidade das condições que lhe deram origem.

Conforme dispõe a LOAS, o Benefício de Prestação


Continuada (BPC) é a garantia de um salário mínimo mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que
comprove não possuir meios de prover a própria manutenção nem
de tê-la provida por sua família.

O BPC deve ser revisto a cada 2 anos para avaliação da


continuidade das condições que lhe deram origem. O pagamento
do benefício cessa no momento em que forem superadas as
condições referidas no caput, ou em caso de morte do
beneficiário. O benefício será cancelado quando se constatar
irregularidade na sua concessão ou utilização.

Errado.

09. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: O BPC do idoso que se encontre na condição de
acolhimento de longa permanência em hospital será suspenso até a
data da sua alta.

Conforme determina o Decreto n.º 6.214/2007:

Art. 6.º A condição de acolhimento em instituições de longa


permanência, como abrigo, hospital ou instituição congênere
não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência
ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Com isso, a condição de acolhimento não interfere em nada


no recebimento do BPC.

Errado.

10. (Advogado Autárquico/IPREV/FEPESE/2014):


O segurado obrigatório terá descontado onze por cento de sua
remuneração para o custeio da assistência social.

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A Assistência Social é devida para aquele que necessitar,


sem a exigência de nenhuma contribuição por parte do cidadão. A
Previdência Social, por outro lado, apresenta caráter contributivo,
sendo devida somente àquele que com ela contribuir previamente.

Errado.

11. (Assistente Social/DPU/CESPE/2016):


A política de mínimos sociais foi implementada por meio de benefícios
continuados no valor de um salário mínimo para idosos com sessenta
anos de idade ou mais e portadores de deficiência com renda familiar de
até metade do salário mínimo, per capita.

A norma (a LOAS) é objetiva, e reza que fará jus ao


benefício mensal de um salário mínimo:

✓ O idoso, com idade superior a 65 anos, cuja família tenha


uma renda mensal de no máximo 1/4 (25%) de salário
mínimo por pessoa, e;

✓ A pessoa portadora de deficiência, que deverá comprovar


que a deficiência obstrui a sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas e, assim como os idosos, que sua família
não perceba renda mensal superior a 1/4 (25%) de
salário mínimo por pessoa.

Errado.

12. (Defensor Público/DPU/CESPE/2007):


A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente da contribuição à seguridade social. Entretanto, no
tocante à garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios
de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, há
exigência de contribuição social.

A questão peca no final, ao afirmar que há exigência de


contribuição social do segurado para gozar dos benefícios da
Assistência Social.

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Essa parte está incorreta, pois não existe qualquer custo aos
cidadãos beneficiários da Assistência Social, como podemos
observar no texto constitucional:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela


necessitar, independentemente de contribuição à seguridade
social, e tem por objetivos:

V - A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à


pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem
não possuir meios de prover à própria manutenção ou de
tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Errado.

13. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: A idade mínima para que um indivíduo passe a
ter direito ao BPC do idoso é de sessenta anos.

Conforme dispõe o Decreto n.º 6.214/2007:

Art. 1.º O Benefício de Prestação Continuada (BPC)


previsto na Lei n.º 8.742/1993 (LOAS), é a garantia de um
salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao
idoso, com idade de 65 anos ou mais, que comprovem não
possuir meios para prover a própria manutenção e nem de tê-
la provida por sua família.

As bancas tentam confundir a idade de 65 anos para o idoso


da LOAS e do Decreto supracitado com a idade de 60 anos para o
idoso conforme definida no Estatuto do Idoso. Muita atenção com
isso! =)

Errado.

14. (Técnico Superior da Saúde – Assistência


Social/HOB/CONSULPLAN/2015):
A Lei n.º 8.742/1993, instituiu um programa de caráter intersetorial,
integrante da Política Nacional de Assistência Social que, no âmbito do
SUAS, compreende transferências de renda, trabalho social com
famílias e oferta de serviços socioeducativos para crianças e
adolescentes que se encontrem em situação de trabalho. A legislação
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prevê que o desenvolvimento desse programa, de abrangência nacional,


deve acontecer de forma articulada pelos entes federados, com a
participação da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a
retirada de crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos em
situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14
anos. No caso, estamos diante do benefício Bolsa Família.

Além disso, foi criado o Programa de Erradicação do


Trabalho Infantil (PETI), de caráter intersetorial, integrante da
Política Nacional de Assistência Social, que, no âmbito do SUAS,
compreende transferências de renda, trabalho social com famílias
e oferta de serviços socioeducativos para crianças e adolescentes
que se encontrem em situação laboral.

O PETI tem abrangência nacional e será desenvolvido de


forma articulada pelos entes federados, com a participação da
sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada de
crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos de situações
de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14
anos.

Não há dúvida, a questão está falando do PETI e não do


Bolsa Família. =)

Errado.

15. (Analista Judiciário – Área Judiciária/TRF-3/FCC/2014):


De acordo com a Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a organização
da Assistência Social, o conjunto de serviços, programas, projetos e
benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de
vulnerabilidade e risco social, por meio do desenvolvimento de
potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários, considera-se proteção socioeducativa.

Conforme disposições legais, a Assistência Social organiza-


se pelos seguintes tipos de proteção:

1. Proteção Social Básica: conjunto de serviços, programas,


projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir
situações de vulnerabilidade e risco social por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e;

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2. Proteção Social Especial: conjunto de serviços, programas e


projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução
de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o
fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de
famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de
violação de direitos.

Errado.

16. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que para efeito legais, a família, é
composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na
ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os
filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob
o mesmo teto.

Para efeitos legais, a família é composta pelo requerente, o


cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a
madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados
solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o
mesmo teto.

Certo.

17. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: No caso de morte do beneficiário do BPC, seus
familiares são obrigados a informar tal fato ao INSS, situação em que o
pagamento do benefício cessará.

Questão blindada e em conformidade com o Decreto n.º


6.214/2007 que assim define:

Art. 48. O pagamento do benefício cessa:

I - No momento em que forem superadas as condições que


lhe deram origem;

II - Em caso de morte do beneficiário;

III - Em caso de morte presumida ou de ausência do


beneficiário, declarada em juízo, ou;

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IV - Em caso de constatação de irregularidade na sua


concessão ou manutenção.

Parágrafo Único. O beneficiário ou seus familiares são


obrigados a informar ao INSS a ocorrência das situações
descritas nos incisos I a III do caput.

Certo.

18. (Assistente Social/DPU/CESPE/2016):


O benefício de prestação continuada constitui-se em benefício individual
que exige comprovação de não possuir meios de garantia do próprio
sustento nem tê-lo provido por sua família, e que dispensa a
contribuição com a Previdência Social para acessá-lo.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) previsto na Lei


n.º 8.742/1993 (LOAS), é a garantia de um salário mínimo
mensal à pessoa com deficiência e ao idoso, com idade de 65
anos ou mais, que comprovem não possuir meios para prover a
própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.

Diferentemente da Previdência Social, que possui caráter


contributivo, e da Saúde, que possui abrangência universal, a
Assistência Social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição!

Certo.

19. (Analista-Tributário/RFB/ESAF/2010):
Saúde e Assistência Social são direitos sociais organizados da mesma
maneira e com a mesma finalidade.

A Saúde tem como finalidade atender a todos, pobres ou


ricos, independentemente de contribuição. Já a Assistência atende
apenas as pessoas que dela necessitam, sem a necessidade de
contribuição prévia.

Quanto à organização, a Saúde possui uma Lei Orgânica


exclusiva (Lei n.º 8.080/1990) enquanto a Assistência Social
possui outra Lei Orgânica exclusiva (Lei n.º 8.742/1993).

Diante do exposto, podemos observar que a Saúde e a


Assistência Social são organizadas de maneiras distintas, e com
finalidades diversas.
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Errado.

20. (Oficial de Justiça Avaliador Federal/TRF-3/FCC/2014):


De acordo com a Lei n.º 8.742/1993, o Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) é composto por 18 membros e respectivos
suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração
Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de
Assistência Social.

A LOAS instituiu o Conselho Nacional de Assistência


Social (CNAS), órgão superior de deliberação colegiada,
vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal
responsável pela coordenação da Política Nacional de
Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente
da República, têm mandato de 2 anos, permitida uma única
recondução por igual período.

O CNAS é composto por 18 membros e respectivos


suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração
Pública Federal, de acordo com os critérios seguintes:

- 9 representantes governamentais, incluindo 1


representante dos Estados e 1 dos Municípios;

- 9 representantes da sociedade civil, dentre representantes


dos usuários ou de organizações de usuários, das Entidades e
Organizações de Assistência Social (EOAS) e dos trabalhadores
do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do
Ministério Público Federal.

Certo.

21. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: O CNAS tem caráter paritário: metade dos seus
membros são representantes governamentais e a outra metade é
composta por representantes da sociedade civil.

O CNAS é composto por 18 membros e respectivos


suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração
Pública Federal, de acordo com os critérios seguintes:

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- 9 representantes governamentais, incluindo 1


representante dos Estados e 1 dos Municípios, e;

- 9 representantes da sociedade civil, dentre representantes


dos usuários ou de organizações de usuários, das Entidades e
Organizações de Assistência Social (EOAS) e dos trabalhadores
do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do
Ministério Público Federal.

Certo.

22. (Promotor de Justiça/MPE-GO/2009):


A lei 8.742/93, dispõe sobre a assistência social - é conhecida também
como Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS. Nela são estabelecidos
critérios ao deferimento do amparo assistencial denominado benefício
de prestação continuada no valor de um salário mínimo à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso (para este, combina-se a aplicação
da lei 10.741/2003), desde que comprove não possuir meios de prover
a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

Está entre os objetivos da Assistência Social:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

e) A garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal à


pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família;

Além disso, conforme dispõe a LOAS, o Benefício de


Prestação Continuada (BPC) é a garantia de um salário mínimo
mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou
mais que comprove não possuir meios de prover a própria
manutenção nem de tê-la provida por sua família.

Certo.

23. (Assistente Social/CAERN/FGV/2010):


Segundo a Lei Orgânica da Assistência Social - Lei 8.742/93 -, o
funcionamento das entidades e organizações de assistência social
depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de
Assistência Social, ou no Conselho de Assistência Social do Distrito
Federal, conforme o caso.

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As ações de assistência social, no âmbito das Entidades e


Organizações de Assistência Social (EOAS), observarão as normas
expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

O funcionamento dessas Entidades e Organizações depende


de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de
Assistência Social, ou no Conselho de Assistência Social do
Distrito Federal, conforme o caso.

Certo.

24. (Advogado da União/AGU/CESPE/2015):


As diretrizes que fundamentam a organização da assistência social são
a descentralização político-administrativa para os estados, o Distrito
Federal e os municípios, e comando único em cada esfera de governo; a
participação da população, mediante organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações; e a prevalência da
responsabilidade do Estado na condução da política de assistência
social.

O Art. 204 da CF trata do financiamento e das diretrizes da


Assistência Social:

Art. 204. As ações governamentais na área da


Assistência Social serão realizadas com recursos do
Orçamento da Seguridade Social (OSS), previstos no Art.
195, além de outras fontes, e organizadas com base nas
seguintes diretrizes:

I - Descentralização político-administrativa,
cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera
federal e a coordenação e a execução dos
respectivos programas às esferas estadual e
municipal, bem como a Entidades Beneficentes e de
Assistência Social (EBAS), e;

II - Participação da população, por meio de


organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Como se pode extrair dos incisos acima, a coordenação


geral da Assistência Social pertence à esfera federal, enquanto

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que a execução das ações concernentes a ela cabe à esfera


estadual, municipal e às EBAS.

Por isso podemos classificar a Assistência Social como


descentralizada. E a população não fica de fora! Participa da
formulação das políticas e no controle das ações realizadas.

Certo.

25. (Especialista em Previdência


Social/RIOPREV/CEPERJ/2014):
Na proteção ao deficiente físico, incapaz de prover a sua manutenção,
deve ser concedido benefício equivalente ao salário mínimo, desde que
a renda familiar do beneficiado corresponda a 1/6 do salário mínimo per
capita.

Esses são os critérios legais:

Idoso: com idade superior a 65 anos, cuja família tenha


uma renda mensal de no máximo 1/4 de salário mínimo por
pessoa.

Pessoa portadora de deficiência: Deverá comprovar que a


deficiência obstrui a sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas e, assim como os idosos, que sua família não
perceba renda mensal superior a 1/4 de salário mínimo por
pessoa.

Errado.

26. (Assistente Social/PC-PI/NUCEPE/2012):


De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social, atualizada pela Lei
n° 12.435, de 6 de julho de 2011, as ações na área da Assistência
Social realizam-se de forma articulada, sendo competência de os
municípios destinar recursos para custeio do pagamento dos benefícios
eventuais mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Municipais
de Assistência Social.

Entre as competências municipais, tem-se:

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1. Destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos


benefícios eventuais de que trata a LOAS, mediante critérios
estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistência Social;

Infelizmente é isso mesmo, tem que memorizar! =)

Certo.

27. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que a idade
mínima para as pessoas idosas terem direito ao BPC é de 60 anos.

Conforme dispõe a LOAS, o Benefício de Prestação


Continuada (BPC) é a garantia de um salário mínimo mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que
comprove não possuir meios de prover a própria manutenção nem
de tê-la provida por sua família.

Não devemos confundir a idade do idoso exposta na LOAS


(65 anos) com a idade do idoso prevista no Estatuto do Idoso (60
anos).

Errado.

28. (Juiz Federal/TRF-2/2014):


A incapacidade não precisa ser permanente para fins de concessão do
benefício assistencial de prestação continuada.

Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa


com deficiência ou idosa, a família cuja renda mensal per
capita seja inferior a 1/4 (25%) do salário mínimo. Isso
mesmo prezado aluno! A renda mensal per capita tem que ser de
no máximo R$ 197,00!

É um índice muito restritivo, pois aborda apenas os casos


extremos. Devo ressaltar que os rendimentos decorrentes de
estágio supervisionado e de aprendizagem não serão
computados para os fins de cálculo da renda familiar per capita.

Cabe ressaltar o teor da Súmula n.º 48 da Turma Nacional


de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, que assim
dispõe:

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A incapacidade não precisa ser permanente para fins de


concessão do benefício assistencial de prestação continuada.

A questão não cobrou claramente o entendimento


jurisprudencial, o que tornou a questão muito difícil, inclusive
cabia recurso. =/

Certo.

29. (Analista Judiciário – Assistente Social/TJ-PI/FCC/2010):


Em relação ao Benefício de Prestação Continuada, previsto no artigo 20
da Lei Orgânica da Assistência Social e regulações posteriores, é correto
afirmar: O benefício está sujeito a desconto de qualquer contribuição e
gera direito ao pagamento de abono anual.

Conforme disposições constitucionais, a Assistência Social é


um dos ramos da Seguridade Social a qual é composta de três
partes: Previdência Social, Assistência Social e Saúde.

Diferentemente da Previdência Social, que possui caráter


contributivo, e da Saúde, que possui abrangência universal, a
Assistência Social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social.

Abono anual só para os benefícios previdenciários.

Errado.

30. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que a concessão do benefício
ficará sujeita a exame médico pericial e laudos realizados pelos serviços
de perícia médica do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

A concessão do BPC da LOAS ficará sujeita à avaliação da


deficiência e do grau de impedimento da pessoa com
deficiência somente (não cabendo tal avaliação ao idoso
com mais de 65 anos), composta por avaliação médica e
avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes
sociais do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

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Logo, o exame médico pericial não é obrigatório em


todos os casos, somente para a comprovação da deficiência
e seus impedimentos decorrentes.

O benefício de prestação continuada será devido após o


cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e
regulamentares exigidos para a sua concessão, inclusive
apresentação da documentação necessária, devendo o seu
pagamento ser efetuado em até 45 dias depois de cumpridas as
exigências de que trata a LOAS.

Errado. ==17ea3==

31. (Advogado Autárquico/IPREV/FEPESE/2014):


As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas
com recursos do orçamento da seguridade social.

Conforme dispõe o texto constitucional:

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência


social serão realizadas com recursos do orçamento da
seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes,
e organizadas com base nas seguintes diretrizes (...)

Certo.

32. (Assistente Social/SES-SC/UFSC/2012):


O SUAS é um sistema público que organiza, de forma descentralizada,
os serviços socioassistenciais no Brasil.

As ações ofertadas no âmbito do SUAS têm por objetivo a


proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à
velhice e, tem como base de organização o território nacional.

O SUAS é integrado pelos entes federativos (União, Estados


Membros, Distrito Federal e Municípios), pelos respectivos
Conselhos de Assistência Social e pelas entidades e Organizações
de Assistência Social (EOAS) previstas na LOAS.

O referido Sistema possui caráter público, e organiza de


forma descentralizada os serviços socioassistenciais no Brasil.
Com um modelo de gestão participativa, ele articula os esforços
e recursos dos três níveis de governo para a execução e o

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financiamento da Política Nacional de Assistência Social


(PNAS), envolvendo diretamente as estruturas e marcos
regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito Federal.
Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário
(MDSA), o SUAS é composto pelo poder público e sociedade civil,
que participam diretamente do processo de gestão compartilhada.

Certo.

33. (Oficial de Justiça Avaliador Federal/TRF-3/FCC/2014):


De acordo com a Lei n.º 8.742/1993, o Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) não possui competência para normatizar as
ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada
no campo da assistência social.

Está entre as competências do CNAS:

2. Normatizar as ações e regular a prestação de serviços de


natureza pública e privada no campo da assistência social;

Errado.

34. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: Um dos critérios para o idoso habilitar-se à
concessão do BPC é não possuir outro benefício da seguridade social,
excetuados o de assistência médica e a pensão especial de natureza
indenizatória.

Realmente, o BPC não pode ser acumulado com outros


benefícios da seguridade social, exceto o de assistência médica e
a pensão especial de natureza indenizatória. Observe o Decreto
n.º 6.214/2007:

Art. 5.º O beneficiário não pode acumular o Benefício de


Prestação Continuada (BPC) com qualquer outro benefício no
âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o
Seguro Desemprego, ressalvados o de assistência médica e a
pensão especial de natureza indenizatória, bem como a
remuneração advinda de contrato de aprendizagem no caso da
pessoa com deficiência, observado o disposto no inciso VI do
caput e no § 2.º do Art. 4.º.

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Certo.

35. (Assistente Social/SES-SC/UFSC/2012):


O SUAS organiza as ações da assistência social em dois tipos de
proteção social: 1) Proteção Social Básica, destinada à prevenção de
riscos sociais e pessoais por meio da oferta de programas, projetos,
serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de
vulnerabilidade social; e 2) Proteção Social Especial, destinada a
famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que
tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-
tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.

Conforme disposições legais, a Assistência Social organiza-


se pelos seguintes tipos de proteção:

1. Proteção Social Básica: conjunto de serviços, programas,


projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir
situações de vulnerabilidade e risco social por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e;

2. Proteção Social Especial: conjunto de serviços, programas e


projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução
de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o
fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de
famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de
violação de direitos.

Certo.

36. (Oficial de Justiça Avaliador Federal/TRF-3/FCC/2014):


De acordo com a Lei n.º 8.742/1993, o Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito
dentre seus membros, para mandato de 2 anos, permitida uma única
recondução por igual período.

O CNAS é presidido por um de seus integrantes, eleito


dentre seus membros, para mandato de 1 ano, permitida uma
única recondução por igual período. Além disso, contará com uma
Secretaria Executiva, a qual terá sua estrutura disciplinada em ato
do Poder Executivo.

Errado.

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37. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo a proteção à
família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à


adolescência e à velhice;

Certo.

38. (Juiz Federal/TRF-2/2014):


O critério para aferir miserabilidade é o tipificado na Lei n.º 8.742/1993,
qual a renda mensal familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo.

Neste ponto da disciplina, cabe falar um pouco sobre a


polêmica do disposto no Art. 20, § 3.º da LOAS, que assim
dispõe:

Art. 20, § 3.º Considera-se incapaz de prover a manutenção da


pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal
per capita seja inferior a 1/4 (25%) do salário mínimo.

Até pouco tempo, a jurisprudência considerava


constitucional tal requisito para medir a miserabilidade do
indivíduo.

Entretanto, a partir de 2013 e 2014, com o julgamento dos


Recursos Extraordinários (RE) n.º 567.985 e 580.963, bem como
a Reclamação n.º 4.374, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou
atrás em seu posicionamento, passando a entender ser
inconstitucional o requisito da renda per capita de 1/4 (25%) do
salário mínimo para a concessão do benefício assistencial.

Essa reversão de entendimento deu-se por diversos fatores,


sendo que o principal foi o advento de várias novas leis que
estabeleciam critérios mais elásticos para a concessão de
outros benefícios assistenciais.

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O enunciado não foi claro, mas cobrou o entendimento


jurisprudencial. Particularmente, entraria com recurso por essa
falta de clareza. =/

Errado.

39. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo a reabilitação
das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à
vida comunitária.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

d) A habilitação e reabilitação das pessoas com


deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária, e;

Certo.

40. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item com base na Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a
organização da assistência social: O centro de referência especializado
de assistência social (CREAS) constitui unidade que presta serviços a
indivíduos e famílias que se encontrem em situação de risco pessoal ou
social decorrente de violação de direitos.

As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas


precipuamente no Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS) e no Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (CREAS), respectivamente, e pelas
Entidades e Organizações de Assistência Social (EOAS), que não
apresentam fins lucrativos. Mas professor, qual a diferença entre
CRAS e CREAS? A própria lei define:

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CRAS é a unidade pública CREAS é a unidade pública


municipal, de base territorial, de abrangência e gestão
localizada em áreas com municipal, estadual ou
maiores índices de regional, destinada à
vulnerabilidade e risco social, prestação de serviços a
destinada à articulação dos indivíduos e famílias que se
serviços socioassistenciais no encontram em situação de
seu território de abrangência e risco pessoal ou social, por
à prestação de serviços, violação de direitos ou
programas e projetos contingência, que demandam
socioassistenciais de proteção intervenções especializadas
social básica às famílias. da proteção social especial.

Devo ressaltar que o CRAS e o CREAS são unidades públicas


estatais instituídas no âmbito do SUAS, que possuem interface
com as demais políticas públicas, e articulam, coordenam e
ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da
assistência social.

As instalações dos CRAS e dos CREAS devem ser


compatíveis com os serviços neles ofertados, com espaços para
trabalhos em grupo e ambientes específicos para recepção e
atendimento reservados às famílias e aos indivíduos, assegurada
a acessibilidade às pessoas idosas e com deficiência.

Certo.

41. (Analista Judiciário – Serviço Social/TRT-5/FCC/2013):


Conforme dispõe o Decreto n.º 7.617/2011, que regulamenta o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), é correto afirmar que a
pessoa com deficiência, contratada por empresas na condição de
aprendiz, poderá acumular o benefício com a remuneração da
aprendizagem profissional, pelo prazo máximo de dois anos.

Conforme dispo o referido ato normativo:

Art. 47-A, § 5.º A pessoa com deficiência contratada na


condição de aprendiz terá seu benefício suspenso somente
após o período de 2 anos de recebimento concomitante da
remuneração e do benefício.

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Art. 5.º, Parágrafo Único. A acumulação do benefício com a


remuneração advinda do contrato de aprendizagem pela
pessoa com deficiência está limitada ao prazo máximo de 2
anos.

Certo.

42. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item com base na Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a
organização da assistência social: A assistência social organiza-se por
meio de um conjunto de serviços e programas que são estratificados
em ações de proteção social básica, ações de proteção social secundária
e ações de proteção social terciária, sendo essa última direcionada para
pessoas em situação de violência.

Conforme disposições legais, a Assistência Social organiza-


se pelos seguintes tipos de proteção:

1. Proteção Social Básica: conjunto de serviços, programas,


projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir
situações de vulnerabilidade e risco social por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e;

2. Proteção Social Especial: conjunto de serviços, programas e


projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução
de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o
fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de
famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de
violação de direitos.

Errado.

43. (Promotor de Justiça/MPE-GO/2009):


O amparo às crianças e adolescentes carentes não consta dos objetivos
da lei orgânica de assistência social- LOAS.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

b) O amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

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Errado.

44. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
O benefício de prestação continuada é um benefício vitalício garantido a
idosos com mais de sessenta anos de idade e a pessoas com
deficiência, desde que eles sejam considerados incapazes de prover a
sua própria manutenção ou de tê-la provida por suas famílias.

A Assistência Social é tratada apenas na CF/1988? Não, ela


é tratada em lei própria, a Lei n.º 8.742/1993, conhecida como
LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social).

Essa lei traz critérios que definem quais portadores de


deficiência e idosos terão direito ao benefício da Assistência
Social. A norma é objetiva, e reza que fará jus ao benefício
mensal de um salário mínimo:

Idoso: com idade superior a 65 anos, cuja família tenha


uma renda mensal de no máximo 1/4 de salário mínimo por
pessoa.

Pessoa portadora de deficiência: Deverá comprovar que


a deficiência obstrui a sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas e, assim como os idosos, que sua família não
perceba renda mensal superior a 1/4 de salário mínimo por
pessoa.

Errado.

45. (Promotor de Justiça/MPE-GO/2009):


A promoção da integração ao mercado de trabalho não está afeto aos
objetivos da lei 8.742/93-LOAS.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

c) A promoção da integração ao mercado de trabalho;

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Errado.

46. (Advogado Autárquico/IPREV/FEPESE/2014):


A assistência social tem como um de seus objetivos promover a
integração do adolescente ao mercado de trabalho.

Conforme dispõe a CF/1988:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela


necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos:

III - A promoção da integração ao mercado de trabalho;

Errado.

47. (Assistente Social/CAERN/FGV/2010):


De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social - Lei 8.742/93 - a
assistência social tem por objetivo universalizar os direitos sociais,
respeitando a dignidade do cidadão.

Esses são os objetivos da Assistência Social:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à


adolescência e à velhice;

b) O amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

c) A promoção da integração ao mercado de trabalho;

d) A habilitação e reabilitação das pessoas com


deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária, e;

e) A garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal à


pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família;

2. A vigilância socioassistencial, que visa a analisar


territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a

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ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e


danos, e;

3. A defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos


direitos no conjunto das provisões socioassistenciais.

Como vemos, não está entre os objetivos a universalização


dos direitos sociais, respeitando a dignidade do cidadão.

Errado.

48. (Analista Judiciário – Área Judiciária/TRT-16/FCC/2014):


Terá direito ao recebimento de um salário mínimo mensal, conforme
dispuser a lei, a pessoa com deficiência e o idoso que comprovem não
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por
sua família, desde que contribuam à seguridade social.

A pessoa com deficiência e o idoso que comprovem não


possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida
por sua família, independentemente de contribuição à seguridade
social.

Errado.

49. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que benefício de prestação
continuada é a garantia de 1 salário mínimo mensal à pessoa portadora
de deficiência e ao idoso com 70 anos de idade, que comprovem não
possuir meios de subsistência para si e sua família.

Conforme dispõe a LOAS, o Benefício de Prestação


Continuada (BPC) é a garantia de um salário mínimo mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que
comprove não possuir meios de prover a própria manutenção nem
de tê-la provida por sua família.

Errado.

50. (Assistente Social/INFRAERO/FCC/2011):


Os Programas de Assistência Social (Lei no 8.742, de 7 de dezembro de
1993) compreendem ações integradas e complementares com
objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar,
incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais.

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Conforme dispõe a LOAS, os Programas de Assistência


Social compreendem ações integradas e complementares com
objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar,
incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais.

Certo.

51. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: Situação hipotética: O CNAS, por decisão da
maioria simples de seus membros, aprovou a proposição, ao Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão, de alteração dos limites de
repasse mensal dos benefícios previstos em lei. Assertiva: Nessa
situação, a aprovação da proposição ocorreu em conformidade com o
que estabelece a Lei n.º 8.742/1993.

Essa questão foi extremamente maldosa ao trazer um dos


últimos dispositivos da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS),
presente no capítulo das disposições gerais e transitórias, que
assim dispõe:

Art. 39. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por


decisão da MAIORIA ABSOLUTA de seus membros,
respeitados o orçamento da seguridade social e a
disponibilidade do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS),
poderá propor ao Poder Executivo a alteração dos limites de
renda mensal per capita definidos na LOAS.

Errado.

52. (Procurador Federal/AGU/CESPE/2013):


Ao idoso que tenha, no mínimo, sessenta e cinco anos de idade e que
não possua meios de prover sua subsistência ou de a ter provida por
sua família, será assegurado o benefício de prestação continuada
previsto na LOAS, no valor de um salário mínimo.

A Assistência Social é tratada apenas na CF/1988? Não, ela


é tratada em lei própria, a Lei n.º 8.742/1993, conhecida como
LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social).

Essa lei traz critérios que definem quais portadores de


deficiência e idosos terão direito ao benefício da Assistência
Social. A norma é objetiva, e reza que fará jus ao benefício
mensal de um salário mínimo:
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Idoso: com idade superior a 65 anos, cuja família tenha


uma renda mensal de no máximo 1/4 de salário mínimo por
pessoa.

Pessoa portadora de deficiência: Deverá comprovar que


a deficiência obstrui a sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas e, assim como os idosos, que sua família não
perceba renda mensal superior a 1/4 de salário mínimo por
pessoa.

Certo.

53. (Analista Judiciário – Assistente Social/TJ-PI/FCC/2010):


Em relação ao Benefício de Prestação Continuada, previsto no artigo 20
da Lei Orgânica da Assistência Social e regulações posteriores, é correto
afirmar: O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou
educacionais e a realização de atividades não remuneradas de
habilitação e reabilitação, constituem motivo de suspensão ou cessação
do benefício da pessoa com deficiência.

Conforme dispõe a legislação, O desenvolvimento das


capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de
atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, entre
outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do
benefício da pessoa com deficiência.

A cessação do BPC concedido à pessoa com deficiência não


impede nova concessão do benefício, desde que atendidos os
requisitos definidos em regulamento.

Errado.

54. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
Com a transformação do Fundo Nacional de Combate à Fome em Fundo
Nacional de Assistência Social, os estados, o DF e os municípios ficaram
dispensados da exigência de comprovação orçamentária dos recursos
próprios destinados à assistência social, alocados em seus respectivos
fundos de assistência social.

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O financiamento dos benefícios, serviços, programas e


projetos estabelecidos na LOAS far-se-á com os recursos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das
demais contribuições sociais previstas na Constituição Federal,
além daqueles que compõem o Fundo Nacional de Assistência
Social (FNAS).

Errado.

55. (Especialista em Previdência


Social/RIOPREV/CEPERJ/2014):
No âmbito da Assistência Social emendou-se a Constituição Federal
para permitir-se aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa
de apoio à inclusão e promoção social percentual da receita tributária
líquida correspondente a até 5,00%.

O constituinte derivado (aquele que altera a CF por meio de


emendas constitucionais) ainda criou a faculdade para que os
Estados e o Distrito Federal vinculassem até 0,5% da Receita
Tributária Líquida de sua arrecadação a programas de apoio,
inclusão e promoção social.

E não é só isso! Proibiu os governantes de utilizarem esse


dinheiro para outras finalidades que não sejam essas, ou seja,
não podem empregar esse dinheiro para pagar servidores públicos
ou amortizar a dívida pública.

Errado.

56. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item com base na Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a
organização da assistência social: O centro de referência de assistência
social (CRAS) é uma unidade de base estadual e tem por finalidade
atender a população de baixa renda e as pessoas que estejam
submetidas ao cumprimento de pena de reclusão.

Não confundir!

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CRAS é a unidade pública CREAS é a unidade pública


municipal, de base territorial, de abrangência e gestão
localizada em áreas com municipal, estadual ou
maiores índices de regional, destinada à
vulnerabilidade e risco social, prestação de serviços a
destinada à articulação dos indivíduos e famílias que se
serviços socioassistenciais no encontram em situação de
seu território de abrangência e risco pessoal ou social, por
à prestação de serviços, violação de direitos ou
programas e projetos contingência, que demandam
socioassistenciais de proteção intervenções especializadas
social básica às famílias. da proteção social especial.

O CRAS tem caráter municipal e não tem correlação


nenhuma com o cumprimento de pena de reclusão.

Errado.

57. (Assistente Social/TJ-SC/2010):


A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) estabelece competências à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Com relação a
estas competências é correto afirmar que compete ao Distrito Federal
efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral.

Essa competência é comum ao Distrito Federal e aos


Municípios. Essa questão é do nosso famoso quadro-resumo de
algumas páginas de extensão. =)

Apesar de constar na LOAS, devo lembrar que com a


implantação dos benefícios de prestação continuada (BPC) e dos
benefícios eventuais, foram extintos os seguintes benefícios
previdenciários previstos originalmente na Lei n.º 8.213/1991
(Planos de Benefícios da Previdência Social): Renda Mensal
Vitalícia, Auxílio Natalidade e o Auxílio Funeral.

Em suma, a questão está correta porque traz o correto texto


da LOAS, mas se trata de “letra morta da lei”, ou seja, está no
texto, mas não tem eficácia. É o tipo de questão que cabe
recurso. =/

Certo.

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58. (Assistente Social/SES-SC/UFSC/2012):


O SUAS é composto unicamente pelo poder público, que participa
diretamente do processo de gestão compartilhada.

Conforme determinada a LOAS, o SUAS é composto pelo


poder público e sociedade civil, que participam diretamente do
processo de gestão compartilhada.

Errado.

59. (Auditor-Fiscal/MTE/CESPE/2013):
A assistência social, como uma das ações integrantes da seguridade
social, deve prover os mínimos sociais, por meio de iniciativas do poder
público e da sociedade com o propósito de garantir o atendimento às
necessidades básicas, vedado o pagamento de qualquer benefício
pecuniário.

Pelo contrário! A Assistência Social prevê a garantia de um


salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família,
conforme dispuser a lei.

Errado.

60. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que o direito
ao BPC estabelece que a renda mensal per capita da família considerada
incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou
idosa tem que ser inferior a 1 (um) salário mínimo.

Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa


com deficiência ou idosa, a família cuja renda mensal per
capita seja inferior a 1/4 (25%) do salário mínimo. Isso
mesmo prezado aluno!

É um índice muito restritivo, pois aborda apenas os casos


extremos. Devo ressaltar que os rendimentos decorrentes de
estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados
para os fins de cálculo da renda familiar per capita.

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Errado.

61. (Assistente Social/PC-PI/NUCEPE/2012):


De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social, atualizada pela Lei
n° 12.435, de 6 de julho de 2011, as ações na área da Assistência
Social realizam-se de forma articulada, sendo competência de os
municípios responder pela concessão e manutenção dos benefícios de
prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal.

Essa competência pertence à União e não aos Municípios.

Errado.

62. (Procurador/Assembleia Legislativa-PB/FCC/2013):


A promoção da integração ao mercado de trabalho não se constitui em
objetivo da assistência social por falta de previsão legal.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à


adolescência e à velhice;

b) O amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

c) A promoção da integração ao mercado de trabalho;

d) A habilitação e reabilitação das pessoas com


deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária, e;

e) A garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal à


pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família;

Errado.

63. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo o
desenvolvimento de programa, no âmbito de habitação popular, para

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população idosa que comprove não possuir meios próprios ou ser


desprovida de condições materiais.

Habitação Popular? Isso não está previsto na LOAS! =)

Errado.

64. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que a
concessão do BPC ficará sujeita a exame médico pericial e laudo
realizados pelos serviços de perícia médica do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).

A concessão do BPC da LOAS ficará sujeita à avaliação da


deficiência e do grau de impedimento da pessoa com
deficiência somente (não cabendo tal avaliação ao idoso
com mais de 65 anos), composta por avaliação médica e
avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes
sociais do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Logo, o exame médico pericial não é obrigatório em


todos os casos, somente para a comprovação da deficiência
e seus impedimentos decorrentes.

O benefício de prestação continuada será devido após o


cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e
regulamentares exigidos para a sua concessão, inclusive
apresentação da documentação necessária, devendo o seu
pagamento ser efetuado em até 45 dias depois de cumpridas as
exigências de que trata a LOAS.

Errado.

65. (Analista Judiciário – Serviço Social/TRT-5/FCC/2013):


Conforme dispõe o Decreto n.º 7.617/2011, que regulamenta o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), é correto afirmar que há
possibilidade de acumulação do benefício com a atividade remunerada,
inclusive na condição de microempreendedor individual.

Conforme dispõe o Decreto n.º 7.617/2011:

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Art. 47-A. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) será


suspenso em caráter especial quando a pessoa com
deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição
de microempreendedor individual, mediante comprovação da
relação trabalhista ou da atividade empreendedora.

Errado.

66. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: Os conselhos estaduais de assistência social e os
conselhos municipais de assistência social, instâncias deliberativas do
SUAS, têm caráter permanente e composição paritária entre governo e
sociedade civil.

A LOAS define quais são as instâncias deliberativas do


SUAS, de caráter permanente e composição paritária entre o
Governo e Sociedade Civil, a saber:

1. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS);

2. Os Conselhos Estaduais de Assistência Social (CEAS);

3. O Conselho de Assistência Social do Distrito Federal (CAS-


DF), e;

4. Os Conselhos Municipais de Assistência Social (CMAS).

Certo.

67. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que a situação
de internado impede que a pessoa idosa ou portadora de deficiência
tenha direito ao BPC.

O BPC não pode ser acumulado pelo beneficiário com


qualquer outro no âmbito da Seguridade Social ou de outro
regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de
natureza indenizatória.

É importante entender também que a condição de


acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica
o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de
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prestação continuada, ou seja, não perderá a condição de


beneficiário caso encontre-se em tratamento em instituições
especiais.

Errado.

68. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
De acordo com a LOAS, os projetos de enfrentamento da pobreza
devem apoiar-se em mecanismos de articulação e de participação das
diferentes áreas governamentais bem como em sistemas de cooperação
entre organismos governamentais, não governamentais e da sociedade
civil.

Os Projetos de Enfrentamento da Pobreza


compreendem a instituição de investimento econômico-social nos
grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente,
iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de
gestão para melhoria das condições gerais de subsistência,
elevação do padrão da qualidade de vida, a preservação do meio-
ambiente e sua organização social.

O incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza


assentar-se-á em mecanismos de articulação e de participação de
diferentes áreas governamentais e em sistema de cooperação
entre organismos governamentais, não governamentais e da
sociedade civil.

São exemplos de projetos de enfrentamento da Pobreza o


Programa de Saúde da Família, Programa Nacional de Reforma
Agrária, Programa de Combate à fome à desnutrição infantil,
entre outros.

Certo.

69. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo a promoção
da integração ao mercado de trabalho.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

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1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

c) A promoção da integração ao mercado de trabalho;

Certo.

70. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que o benefício de prestação
continuada não será suspenso pelo órgão concedente quando a pessoa
com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual.

O benefício de prestação continuada será suspenso pelo


órgão concedente quando a pessoa com deficiência exercer
atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual.

Errado.

71. (Procurador/Assembleia Legislativa-PB/FCC/2013):


É competência estadual a prestação dos serviços assistenciais cujos
custos ou ausência de demanda municipal justifiquem uma rede
regional de serviços, desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado.

Conforme dispõe a LOAS, compete aos Estados:

5. Prestar os serviços assistenciais cujos custos ou ausência


de demanda municipal justifiquem uma rede regional de
serviços, desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado.

Certo.

72. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: O valor a ser pago ao beneficiário do BPC é de
um salário mínimo mensal.

Realmente, o BPC tem o valor de um salário mínimo


vigente! Observe o disposto no Decreto n.º 6.214/2007:

Art. 1.º O Benefício de Prestação Continuada (BPC)


previsto na Lei n.º 8.742/1993 (LOAS), é a garantia de um
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salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao


idoso, com idade de 65 anos ou mais, que comprovem não
possuir meios para prover a própria manutenção e nem de tê-
la provida por sua família.

Certo.

73. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo o amparo as
crianças e adolescentes carentes.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

Certo.

74. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: Compete ao CNAS aprovar a PNAS, assim como
convocar, ordinariamente, a cada quatro anos, a conferência nacional
de assistência social, que terá a atribuição de avaliar a situação da
assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do
sistema.

Essa foi uma questão extremamente maldosa ao exigir o


conhecimento de uma competência do CNAS!

Para constar, a LOAS ainda traz as competências do CNAS e


do órgão da Administração Pública Federal responsável pela
coordenação da Política Nacional de Assistência Social (OAPF-
PNAS).

Novamente, considero o estudo por meio de quadro


esquemático a melhor estratégia, principalmente para o estudo
comparado, com intuito de evitar confusão entre o CNAS e o
OAPF-PNAS. Segue outro “quadrinho”:

Competência:
CNAS: OAPF-PNAS:
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1. Aprovar a Política Nacional de 1. Coordenar e articular as ações no campo


Assistência Social; da assistência social;

2. Propor ao Conselho Nacional de


Assistência Social (CNAS) a Política
2. Normatizar as ações e regular a Nacional de Assistência Social, suas normas
prestação de serviços de natureza pública e gerais, bem como os critérios de prioridade
privada no campo da assistência social; e de elegibilidade, além de padrões de
qualidade na prestação de benefícios,
serviços, programas e projetos;

3. Acompanhar e fiscalizar o processo de


certificação das Entidades e Organizações 3. Prover recursos para o pagamento dos
de Assistência Social (EOAS) no Ministério benefícios de prestação continuada
do Desenvolvimento Social e Agrário definidos nesta lei;
(MDSA);

4. Apreciar relatório anual que conterá a


relação de EOAS certificadas como 4. Elaborar e encaminhar a proposta
beneficentes e encaminhá-lo para orçamentária da assistência social, em
conhecimento dos Conselhos de Assistência conjunto com as demais da Seguridade
Social dos Estados, Municípios e do Distrito Social;
Federal;
5. Zelar pela efetivação do sistema
5. Propor os critérios de transferência dos
descentralizado e participativo de
recursos de que trata esta lei;
assistência social;

6. A partir da realização da II Conferência


Nacional de Assistência Social em 1997,
convocar ordinariamente a cada quatro
6. Proceder à transferência dos recursos
anos a Conferência Nacional de
destinados à assistência social, na forma
Assistência Social, que terá a atribuição
prevista nesta lei;
de avaliar a situação da assistência social
e propor diretrizes para o
aperfeiçoamento do sistema;

7. Apreciar e aprovar a proposta


7. Encaminhar à apreciação do Conselho
orçamentária da Assistência Social a ser
Nacional de Assistência Social (CNAS)
encaminhada pelo órgão da Administração
relatórios trimestrais e anuais de
Pública Federal responsável pela
atividades e de realização financeira dos
coordenação da Política Nacional de
recursos;
Assistência Social (OAPF-PNAS);

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8. Aprovar critérios de transferência de


recursos para os Estados, Municípios e
Distrito Federal, considerando, para tanto,
indicadores que informem sua
regionalização mais equitativa, tais como: 8. Prestar assessoramento técnico aos
população, renda per capita, mortalidade Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios
infantil e concentração de renda, além de e às entidades e organizações de
disciplinar os procedimentos de repasse de assistência social;
recursos para as entidades e organizações
de assistência social, sem prejuízo das
disposições da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO);

9. Acompanhar e avaliar a gestão dos


9. Formular política para a qualificação
recursos, bem como os ganhos sociais e o
sistemática e continuada de recursos
desempenho dos programas e projetos
humanos no campo da assistência social;
aprovados;
10. Estabelecer diretrizes, apreciar e
10. Desenvolver estudos e pesquisas para
aprovar os programas anuais e plurianuais
fundamentar as análises de necessidades e
do Fundo Nacional de Assistência Social
formulação de proposições para a área;
(FNAS);
11. Coordenar e manter atualizado o
11. Indicar o representante do Conselho
sistema de cadastro de entidades e
Nacional de Assistência Social (CNAS) junto
organizações de assistência social, em
ao Conselho Nacional da Seguridade Social
articulação com os Estados, os Municípios
(CNSS);
e o Distrito Federal;

12. Articular-se com os órgãos


responsáveis pelas políticas de saúde e
previdência social, bem como com os
12. Elaborar e aprovar seu regimento
demais responsáveis pelas políticas
interno;
socioeconômicas setoriais, visando à
elevação do patamar mínimo de
atendimento às necessidades básicas;

13. Divulgar, no Diário Oficial da União 13. Expedir os atos normativos necessários
(DOU), todas as suas decisões, bem como à gestão do Fundo Nacional de Assistência
as contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes
Social (FNAS) e os respectivos pareceres estabelecidas pelo Conselho Nacional de
emitidos. Assistência Social (CNAS);

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14. Elaborar e submeter ao Conselho


Nacional de Assistência Social (CNAS) os
programas anuais e plurianuais de
aplicação dos recursos do Fundo Nacional
de Assistência Social (FNAS).

Certo.

75. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que o BPC
pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro benefício no
âmbito da seguridade social ou de outro regime, à exceção da
assistência médica.

Conforme dispõe a LOAS, O BPC não pode ser acumulado


pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da Seguridade
Social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da
pensão especial de natureza indenizatória.

É importante entender também que a condição de


acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica
o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de
prestação continuada, ou seja, não perderá a condição de
beneficiário caso encontre-se em tratamento em instituições
especiais.

Errado.

76. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
Concomitantemente à aprovação da Política Nacional de Assistência
Social ocorreu a implantação do SUAS, cujo objetivo consiste em
estimular as organizações da sociedade civil a executar somente ações
de assistência social para atender necessidades advindas de situações
de vulnerabilidade temporária, isentando a ação governamental.

Pelo contrário! O SUAS organiza e põe em prática todas as


disposições previstas na Lei Orgânica da Assistência Social
(LOAS). Não existe esta restrição de assistência social, muito
menos a isenção da ação por parte do governo, mantenedor da
Assistência Social pátria.

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Errado.

77. (Promotor de Justiça/MPE-GO/2009):


As proteções à família, à maternidade, à infância, não estão
relacionadas nos objetivos do LOAS, salvo o cuidado com a velhice.

O enunciado está errado! Todas essas proteções são


objetivos da Assistência Social:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à


adolescência e à velhice;

Errado.

78. (Assistente Social/CAERN/FGV/2010):


De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social - Lei 8.742/93 - a
assistência social tem por objetivo amparar as crianças e adolescentes
carentes.

A LOAS, com redação dada pela Lei n.º 12.435/2011, dispõe


que a Assistência Social tem por objetivos:

1. A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução


de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:

b) O amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

Certo.

79. (Procurador/Assembleia Legislativa-PB/FCC/2013):


Organização da assistência social tem como base a diretriz da
centralização político-administrativa e o comando único das ações
apenas pelos municípios, onde estarão inseridas as políticas sociais
próximas da população carente.

O Art. 204 trata do financiamento e das diretrizes da


Assistência Social:

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência


social serão realizadas com recursos do orçamento da

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seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes,


e organizadas com base nas seguintes diretrizes:

I - Descentralização político-administrativa, cabendo a


coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e a execução dos respectivos programas às
esferas estadual e municipal, bem como a entidades
beneficentes e de assistência social (EBAS), e;

II - Participação da população, por meio de organizações


representativas, na formulação das políticas e no controle
das ações em todos os níveis.

Errado.

80. (Analista – Serviço Social/MPE-SE/FCC/2009):


No âmbito da PNAS (Política Nacional de Assistência Social), garantir o
direito à convivência familiar e comunitária e contribuir para o processo
da autonomia e da emancipação social das famílias são alguns dos
objetivos específicos da Proteção Social Específica.

A questão está falando da Proteção Social Básica!

Na proteção básica, o trabalho com famílias deve considerar


novas referências para a compreensão dos diferentes arranjos
familiares, superando o reconhecimento de um modelo único
baseado na família nuclear, e partindo do suposto de que são
funções básicas das famílias: prover a proteção e a socialização
dos seus membros; constituir-se como referências morais, de
vínculos afetivos e sociais; de identidade grupal, além de ser
mediadora das relações dos seus membros com outras
instituições sociais e com o Estado.

Errado.

81. (Advogado Autárquico/IPREV/FEPESE/2014):


Os programas de assistência social na esfera da União, dos Estados e
dos Municípios não admitem a participação da iniciativa privada.

Desde o advento da Lei n.º 12.435/2011 em 06 de julho, a


gestão das ações na área de Assistência Social fica organizada sob
a forma de sistema descentralizado e participativo, o SUAS, com
os seguintes objetivos:

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1. Consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a


cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo
articulado, operam a proteção social não contributiva;

2. Integrar a rede pública e privada de serviços, programas,


projetos e benefícios de assistência social, por meio dos
Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos
Centros de Referência Especializado de Assistência Social
(CREAS);

3. Estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na


organização, regulação, manutenção e expansão das ações de
Assistência Social;

4. Definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades


regionais e municipais;

5. Implementar a gestão do trabalho e a educação


permanente na assistência social;

6. Estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios, e;

7. Afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de


direitos.

Errado.

82. (Analista Judiciário – Serviço Social/TRT-3/FCC/2009):


Conforme o disposto na PNAS-Política Nacional de Assistência Social,
cabe à assistência social, enquanto política pública, a proteção social, a
vigilância socioassistencial e a defesa social e institucional.

Conforme dispõe o PNAS: Os serviços socioassistenciais no


SUAS são organizados segundo as seguintes referências:
vigilância social, proteção social e defesa social e institucional.

Certo.

83. (Analista Judiciário – Serviço Social/TRT-5/FCC/2013):


Conforme dispõe o Decreto n.º 7.617/2011, que regulamenta o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), é correto afirmar que há
impossibilidade de acumulação do benefício com a remuneração
advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência.

Conforme dispõe o referido Decreto:


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Art. 5.º O beneficiário não pode acumular o Benefício de


Prestação Continuada (BPC) com qualquer outro benefício no
âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o
Seguro Desemprego, ressalvados o de assistência médica e a
pensão especial de natureza indenizatória, bem como a
remuneração advinda de contrato de aprendizagem no caso da
pessoa com deficiência, observado o disposto no inciso VI do
caput e no § 2.º do Art. 4.º.

Parágrafo Único. A acumulação do benefício com a


remuneração advinda do contrato de aprendizagem pela
pessoa com deficiência está limitada ao prazo máximo de 2
anos.

Errado.

84. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
Consideram-se entidades de atendimento de assistência social aquelas
que, de forma continuada, permanente e planejada, prestem serviços e
concedam benefícios de proteção social básica ou especial aos
indivíduos e às famílias em situações de vulnerabilidade ou risco social e
pessoal.

Para a LOAS, consideram-se Entidades e Organizações de


Assistência Social (EOAS) aquelas sem fins lucrativos que, isolada
ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento
aos beneficiários abrangidos pela Assistência Social, bem como as
que atuam na defesa e garantia de direitos. E por definição
legal, temos que:

a) São de atendimento aquelas entidades que, de forma


continuada, permanente e planejada, prestam serviços,
executam programas ou projetos e concedem benefícios de
prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e
indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e
pessoal, nos termos da LOAS, e respeitadas as deliberações do
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS);

b) São de assessoramento aquelas que, de forma


continuada, permanente e planejada, prestam serviços e
executam programas ou projetos voltados prioritariamente
para o fortalecimento dos movimentos sociais e das
organizações de usuários, formação e capacitação de

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lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social,


nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS,
e;

b) São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de


forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e
executam programas e projetos voltados prioritariamente para
a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção
de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das
desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de
defesa de direitos, dirigidos ao público da política de
assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as
deliberações do CNAS.

Certo.

85. (Questão do Autor/INÉDITA/AMJ/2017):


Está entre as diretrizes do Plano Nacional de Assistência Social (PNAS),
a supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as
exigências de rentabilidade econômica.

A questão traz um princípio e não uma diretriz do PNAS.


Preste atenção para não confundir:

Princípios: Diretrizes:
I - Descentralização político-
administrativa, cabendo a coordenação e
as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e execução dos respectivos
I - Supremacia do atendimento às programas às esferas estadual e
necessidades sociais sobre as exigências municipal, bem como a entidades
de rentabilidade econômica; beneficentes e de assistência social,
garantindo o comando único das ações em
cada esfera de governo, respeitando-se as
diferenças e as características
socioterritoriais locais;
II - Universalização dos direitos sociais, a II - Participação da população, por meio
fim de tornar o destinatário da ação de organizações representativas, na
assistencial alcançável pelas demais formulação das políticas e no controle das
políticas públicas; ações em todos os níveis;
III - Respeito à dignidade do cidadão, à
sua autonomia e ao seu direito a III - Primazia da responsabilidade do
benefícios e serviços de qualidade, bem Estado na condução da Política de
como à convivência familiar e comunitária, Assistência Social em cada esfera de
vedando-se qualquer comprovação governo, e;
vexatória de necessidade;

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IV - Igualdade de direitos no acesso ao


atendimento, sem discriminação de IV - Centralidade na família para
qualquer natureza, garantindo-se concepção e implementação dos
equivalência às populações urbanas e benefícios, serviços, programas e projetos.
rurais, e;
V - Divulgação ampla dos benefícios,
serviços, programas e projetos
assistenciais, bem como dos recursos
oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão.

Errado.

86. (Questão do Autor/INÉDITA/AMJ/2017):


Conforme a PNAS, a proteção social básica tem como objetivos prevenir
situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e
aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo
acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de
vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social (discriminações
etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).

A questão trouxe, na literalidade, o conceito de proteção


social básica. Certíssimo.

Certo.

87. (Questão do Autor/INÉDITA/AMJ/2017):


Conforme a PNAS, a proteção social especial é a modalidade de
atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se
encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de
abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de
substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas,
situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.

A questão trouxe, na literalidade, o conceito de proteção


social especial. Certíssimo.

Certo.

88. (Questão do Autor/INÉDITA/AMJ/2017):


O SUAS é um sistema público contributivo, descentralizado e
participativo que tem por função a gestão do conteúdo específico da
assistência social no campo da proteção social brasileira.

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O SUAS (Assistência Social) é um sistema não contributivo.


Preste atenção, a Previdência Social é contributiva.

Errado.

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06. Questões Sem Comentários.

Marque C (Certo) ou E (Errado):

01. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: O CNAS, instância responsável pela coordenação da
PNAS, é presidido alternadamente pelo(a) ministro(a) da previdência
social e por um representante eleito da sociedade civil, sendo de dois
anos o mandato do seu presidente, permitida a recondução.

02. (Analista do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item abaixo à luz da Lei n.º 8.742/1993 (LOAS) e do Decreto
n.º 6.214/2007, que regulamenta o BPC da assistência social devido à
pessoa com deficiência e ao idoso.

03. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: É permitido ao beneficiário do BPC acumular o
recebimento desse benefício com o do seguro desemprego.

04. (Auditor-Fiscal/TCE-SC/CESPE/2016):
Situação hipotética: João, com sessenta e cinco anos de idade, não
possui meios de prover a própria manutenção nem a de sua família,
cuja renda mensal per capita é inferior a um quarto do salário mínimo.
Assertiva: Nessa situação, João só pode requerer o benefício de
prestação continuada previsto na Lei Orgânica de Assistência Social se
tiver contribuído para a seguridade social.

05. (Assistente Social/DPU/CESPE/2016):


Os direitos assistenciais têm características diferenciadas, pois
asseguram prestação monetária continuada e caracterizam-se por ser
um direito pessoal e intransferível, como, por exemplo, o benefício de
prestação continuada.

06. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que a condição de acolhimento
em instituições de longa permanência prejudica o direito do idoso ou da
pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada.

07. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):

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Julgue o item com base na Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a
organização da assistência social: A política de assistência social tem
como objetivos, entre outros, a promoção da integração do cidadão ao
mercado de trabalho e o amparo às crianças e aos adolescentes
carentes.

08. (Assistente Social/MPOG/CESPE/2015):


O benefício de prestação continuada (BPC) garante um salário mínimo
mensal à pessoa com deficiência permanente ou ao idoso a partir dos
sessenta anos de idade que comprovem não possuir meios de prover a
própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família; esse
benefício é revisto a cada quatro anos, para que se possa reavaliar a
continuidade das condições que lhe deram origem.

09. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: O BPC do idoso que se encontre na condição de
acolhimento de longa permanência em hospital será suspenso até a
data da sua alta.

10. (Advogado Autárquico/IPREV/FEPESE/2014):


O segurado obrigatório terá descontado onze por cento de sua
remuneração para o custeio da assistência social.

11. (Assistente Social/DPU/CESPE/2016):


A política de mínimos sociais foi implementada por meio de benefícios
continuados no valor de um salário mínimo para idosos com sessenta
anos de idade ou mais e portadores de deficiência com renda familiar de
até metade do salário mínimo, per capita.

12. (Defensor Público/DPU/CESPE/2007):


A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente da contribuição à seguridade social. Entretanto, no
tocante à garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios
de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, há
exigência de contribuição social.

13. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com

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deficiência e ao idoso: A idade mínima para que um indivíduo passe a


ter direito ao BPC do idoso é de sessenta anos.

14. (Técnico Superior da Saúde – Assistência


Social/HOB/CONSULPLAN/2015):
A Lei n.º 8.742/1993, instituiu um programa de caráter intersetorial,
integrante da Política Nacional de Assistência Social que, no âmbito do
SUAS, compreende transferências de renda, trabalho social com
famílias e oferta de serviços socioeducativos para crianças e
adolescentes que se encontrem em situação de trabalho. A legislação
prevê que o desenvolvimento desse programa, de abrangência nacional,
deve acontecer de forma articulada pelos entes federados, com a
participação da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a
retirada de crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos em
situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14
anos. No caso, estamos diante do benefício Bolsa Família.

15. (Analista Judiciário – Área Judiciária/TRF-3/FCC/2014):


De acordo com a Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a organização
da Assistência Social, o conjunto de serviços, programas, projetos e
benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de
vulnerabilidade e risco social, por meio do desenvolvimento de
potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários, considera-se proteção socioeducativa.

16. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que para efeito legais, a família, é
composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na
ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os
filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob
o mesmo teto.

17. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: No caso de morte do beneficiário do BPC, seus
familiares são obrigados a informar tal fato ao INSS, situação em que o
pagamento do benefício cessará.

18. (Assistente Social/DPU/CESPE/2016):


O benefício de prestação continuada constitui-se em benefício individual
que exige comprovação de não possuir meios de garantia do próprio

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sustento nem tê-lo provido por sua família, e que dispensa a


contribuição com a Previdência Social para acessá-lo.

19. (Analista-Tributário/RFB/ESAF/2010):
Saúde e Assistência Social são direitos sociais organizados da mesma
maneira e com a mesma finalidade.

20. (Oficial de Justiça Avaliador Federal/TRF-3/FCC/2014):


De acordo com a Lei n.º 8.742/1993, o Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) é composto por 18 membros e respectivos
suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração
Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de
Assistência Social.

21. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: O CNAS tem caráter paritário: metade dos seus
membros são representantes governamentais e a outra metade é
composta por representantes da sociedade civil.

22. (Promotor de Justiça/MPE-GO/2009):


A lei 8.742/93, dispõe sobre a assistência social - é conhecida também
como Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS. Nela são estabelecidos
critérios ao deferimento do amparo assistencial denominado benefício
de prestação continuada no valor de um salário mínimo à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso (para este, combina-se a aplicação
da lei 10.741/2003), desde que comprove não possuir meios de prover
a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

23. (Assistente Social/CAERN/FGV/2010):


Segundo a Lei Orgânica da Assistência Social - Lei 8.742/93 -, o
funcionamento das entidades e organizações de assistência social
depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de
Assistência Social, ou no Conselho de Assistência Social do Distrito
Federal, conforme o caso.

24. (Advogado da União/AGU/CESPE/2015):


As diretrizes que fundamentam a organização da assistência social são
a descentralização político-administrativa para os estados, o Distrito
Federal e os municípios, e comando único em cada esfera de governo; a
participação da população, mediante organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações; e a prevalência da

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responsabilidade do Estado na condução da política de assistência


social.

25. (Especialista em Previdência


Social/RIOPREV/CEPERJ/2014):
Na proteção ao deficiente físico, incapaz de prover a sua manutenção,
deve ser concedido benefício equivalente ao salário mínimo, desde que
a renda familiar do beneficiado corresponda a 1/6 do salário mínimo per
capita.

26. (Assistente Social/PC-PI/NUCEPE/2012):


De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social, atualizada pela Lei
n° 12.435, de 6 de julho de 2011, as ações na área da Assistência
Social realizam-se de forma articulada, sendo competência de os
municípios destinar recursos para custeio do pagamento dos benefícios
eventuais mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Municipais
de Assistência Social.

27. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que a idade
mínima para as pessoas idosas terem direito ao BPC é de 60 anos.

28. (Juiz Federal/TRF-2/2014):


A incapacidade não precisa ser permanente para fins de concessão do
benefício assistencial de prestação continuada.

29. (Analista Judiciário – Assistente Social/TJ-PI/FCC/2010):


Em relação ao Benefício de Prestação Continuada, previsto no artigo 20
da Lei Orgânica da Assistência Social e regulações posteriores, é correto
afirmar: O benefício está sujeito a desconto de qualquer contribuição e
gera direito ao pagamento de abono anual.

30. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que a concessão do benefício
ficará sujeita a exame médico pericial e laudos realizados pelos serviços
de perícia médica do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

31. (Advogado Autárquico/IPREV/FEPESE/2014):


As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas
com recursos do orçamento da seguridade social.

32. (Assistente Social/SES-SC/UFSC/2012):


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O SUAS é um sistema público que organiza, de forma descentralizada,


os serviços socioassistenciais no Brasil.

33. (Oficial de Justiça Avaliador Federal/TRF-3/FCC/2014):


De acordo com a Lei n.º 8.742/1993, o Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) não possui competência para normatizar as
ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada
no campo da assistência social.

34. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: Um dos critérios para o idoso habilitar-se à
concessão do BPC é não possuir outro benefício da seguridade social,
excetuados o de assistência médica e a pensão especial de natureza
indenizatória.

35. (Assistente Social/SES-SC/UFSC/2012):


O SUAS organiza as ações da assistência social em dois tipos de
proteção social: 1) Proteção Social Básica, destinada à prevenção de
riscos sociais e pessoais por meio da oferta de programas, projetos,
serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de
vulnerabilidade social; e 2) Proteção Social Especial, destinada a
famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que
tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-
tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.

36. (Oficial de Justiça Avaliador Federal/TRF-3/FCC/2014):


De acordo com a Lei n.º 8.742/1993, o Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito
dentre seus membros, para mandato de 2 anos, permitida uma única
recondução por igual período.

37. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo a proteção à
família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.

38. (Juiz Federal/TRF-2/2014):


O critério para aferir miserabilidade é o tipificado na Lei n.º 8.742/1993,
qual a renda mensal familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo.

39. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):

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Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo a reabilitação


das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à
vida comunitária.

40. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item com base na Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a
organização da assistência social: O centro de referência especializado
de assistência social (CREAS) constitui unidade que presta serviços a
indivíduos e famílias que se encontrem em situação de risco pessoal ou
social decorrente de violação de direitos.

41. (Analista Judiciário – Serviço Social/TRT-5/FCC/2013):


Conforme dispõe o Decreto n.º 7.617/2011, que regulamenta o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), é correto afirmar que a
pessoa com deficiência, contratada por empresas na condição de
aprendiz, poderá acumular o benefício com a remuneração da
aprendizagem profissional, pelo prazo máximo de dois anos.

42. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item com base na Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a
organização da assistência social: A assistência social organiza-se por
meio de um conjunto de serviços e programas que são estratificados
em ações de proteção social básica, ações de proteção social secundária
e ações de proteção social terciária, sendo essa última direcionada para
pessoas em situação de violência.

43. (Promotor de Justiça/MPE-GO/2009):


O amparo às crianças e adolescentes carentes não consta dos objetivos
da lei orgânica de assistência social- LOAS.

44. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
O benefício de prestação continuada é um benefício vitalício garantido a
idosos com mais de sessenta anos de idade e a pessoas com
deficiência, desde que eles sejam considerados incapazes de prover a
sua própria manutenção ou de tê-la provida por suas famílias.

45. (Promotor de Justiça/MPE-GO/2009):


A promoção da integração ao mercado de trabalho não está afeto aos
objetivos da lei 8.742/93-LOAS.

46. (Advogado Autárquico/IPREV/FEPESE/2014):

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A assistência social tem como um de seus objetivos promover a


integração do adolescente ao mercado de trabalho.

47. (Assistente Social/CAERN/FGV/2010):


De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social - Lei 8.742/93 - a
assistência social tem por objetivo universalizar os direitos sociais,
respeitando a dignidade do cidadão.

48. (Analista Judiciário – Área Judiciária/TRT-16/FCC/2014):


Terá direito ao recebimento de um salário mínimo mensal, conforme
dispuser a lei, a pessoa com deficiência e o idoso que comprovem não
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por
sua família, desde que contribuam à seguridade social.

49. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que benefício de prestação
continuada é a garantia de 1 salário mínimo mensal à pessoa portadora
de deficiência e ao idoso com 70 anos de idade, que comprovem não
possuir meios de subsistência para si e sua família.

50. (Assistente Social/INFRAERO/FCC/2011):


Os Programas de Assistência Social (Lei no 8.742, de 7 de dezembro de
1993) compreendem ações integradas e complementares com
objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar,
incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais.

51. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: Situação hipotética: O CNAS, por decisão da
maioria simples de seus membros, aprovou a proposição, ao Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão, de alteração dos limites de
repasse mensal dos benefícios previstos em lei. Assertiva: Nessa
situação, a aprovação da proposição ocorreu em conformidade com o
que estabelece a Lei n.º 8.742/1993.

52. (Procurador Federal/AGU/CESPE/2013):


Ao idoso que tenha, no mínimo, sessenta e cinco anos de idade e que
não possua meios de prover sua subsistência ou de a ter provida por
sua família, será assegurado o benefício de prestação continuada
previsto na LOAS, no valor de um salário mínimo.

53. (Analista Judiciário – Assistente Social/TJ-PI/FCC/2010):

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Em relação ao Benefício de Prestação Continuada, previsto no artigo 20


da Lei Orgânica da Assistência Social e regulações posteriores, é correto
afirmar: O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou
educacionais e a realização de atividades não remuneradas de
habilitação e reabilitação, constituem motivo de suspensão ou cessação
do benefício da pessoa com deficiência.

54. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
Com a transformação do Fundo Nacional de Combate à Fome em Fundo
Nacional de Assistência Social, os estados, o DF e os municípios ficaram
dispensados da exigência de comprovação orçamentária dos recursos
próprios destinados à assistência social, alocados em seus respectivos
fundos de assistência social.

55. (Especialista em Previdência


Social/RIOPREV/CEPERJ/2014):
No âmbito da Assistência Social emendou-se a Constituição Federal
para permitir-se aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa
de apoio à inclusão e promoção social percentual da receita tributária
líquida correspondente a até 5,00%.

56. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item com base na Lei n.º 8.742/1993, que dispõe sobre a
organização da assistência social: O centro de referência de assistência
social (CRAS) é uma unidade de base estadual e tem por finalidade
atender a população de baixa renda e as pessoas que estejam
submetidas ao cumprimento de pena de reclusão.

57. (Assistente Social/TJ-SC/2010):


A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) estabelece competências à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Com relação a
estas competências é correto afirmar que compete ao Distrito Federal
efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral.

58. (Assistente Social/SES-SC/UFSC/2012):


O SUAS é composto unicamente pelo poder público, que participa
diretamente do processo de gestão compartilhada.

59. (Auditor-Fiscal/MTE/CESPE/2013):
A assistência social, como uma das ações integrantes da seguridade
social, deve prover os mínimos sociais, por meio de iniciativas do poder
público e da sociedade com o propósito de garantir o atendimento às
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necessidades básicas, vedado o pagamento de qualquer benefício


pecuniário.

60. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que o direito
ao BPC estabelece que a renda mensal per capita da família considerada
incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou
idosa tem que ser inferior a 1 (um) salário mínimo.

61. (Assistente Social/PC-PI/NUCEPE/2012):


De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social, atualizada pela Lei
n° 12.435, de 6 de julho de 2011, as ações na área da Assistência
Social realizam-se de forma articulada, sendo competência de os
municípios responder pela concessão e manutenção dos benefícios de
prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal.

62. (Procurador/Assembleia Legislativa-PB/FCC/2013):


A promoção da integração ao mercado de trabalho não se constitui em
objetivo da assistência social por falta de previsão legal.

63. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo o
desenvolvimento de programa, no âmbito de habitação popular, para
população idosa que comprove não possuir meios próprios ou ser
desprovida de condições materiais.

64. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que a
concessão do BPC ficará sujeita a exame médico pericial e laudo
realizados pelos serviços de perícia médica do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).

65. (Analista Judiciário – Serviço Social/TRT-5/FCC/2013):


Conforme dispõe o Decreto n.º 7.617/2011, que regulamenta o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), é correto afirmar que há
possibilidade de acumulação do benefício com a atividade remunerada,
inclusive na condição de microempreendedor individual.

66. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: Os conselhos estaduais de assistência social e os
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conselhos municipais de assistência social, instâncias deliberativas do


SUAS, têm caráter permanente e composição paritária entre governo e
sociedade civil.

67. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que a situação
de internado impede que a pessoa idosa ou portadora de deficiência
tenha direito ao BPC.

68. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
De acordo com a LOAS, os projetos de enfrentamento da pobreza
devem apoiar-se em mecanismos de articulação e de participação das
diferentes áreas governamentais bem como em sistemas de cooperação
entre organismos governamentais, não governamentais e da sociedade
civil.

69. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo a promoção
da integração ao mercado de trabalho.

70. (Assistente Social/UFRB/Funrio/2015):


Com base na LOAS, é correto afirmar que o benefício de prestação
continuada não será suspenso pelo órgão concedente quando a pessoa
com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual.

71. (Procurador/Assembleia Legislativa-PB/FCC/2013):


É competência estadual a prestação dos serviços assistenciais cujos
custos ou ausência de demanda municipal justifiquem uma rede
regional de serviços, desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado.

72. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Julgue o item seguinte à luz do Decreto n.º 6.214/2007, que
regulamenta o BPC da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso: O valor a ser pago ao beneficiário do BPC é de
um salário mínimo mensal.

73. (Assistente Social/Prefeitura de Manaus-AM/CETRO/2012):


Conforme a LOAS, a Assistência Social tem como objetivo o amparo as
crianças e adolescentes carentes.

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74. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):


Em relação às instâncias deliberativas do SUAS, julgue o item à luz da
Lei n.º 8.742/1993: Compete ao CNAS aprovar a PNAS, assim como
convocar, ordinariamente, a cada quatro anos, a conferência nacional
de assistência social, que terá a atribuição de avaliar a situação da
assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do
sistema.

75. (Assistente Social/MI/ESAF/2012):


A respeito do Benefício de Prestação Continuada (BPC), à luz da Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que o BPC
pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro benefício no
âmbito da seguridade social ou de outro regime, à exceção da
assistência médica.

76. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
Concomitantemente à aprovação da Política Nacional de Assistência
Social ocorreu a implantação do SUAS, cujo objetivo consiste em
estimular as organizações da sociedade civil a executar somente ações
de assistência social para atender necessidades advindas de situações
de vulnerabilidade temporária, isentando a ação governamental.

77. (Promotor de Justiça/MPE-GO/2009):


As proteções à família, à maternidade, à infância, não estão
relacionadas nos objetivos do LOAS, salvo o cuidado com a velhice.

78. (Assistente Social/CAERN/FGV/2010):


De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social - Lei 8.742/93 - a
assistência social tem por objetivo amparar as crianças e adolescentes
carentes.

79. (Procurador/Assembleia Legislativa-PB/FCC/2013):


Organização da assistência social tem como base a diretriz da
centralização político-administrativa e o comando único das ações
apenas pelos municípios, onde estarão inseridas as políticas sociais
próximas da população carente.

80. (Analista – Serviço Social/MPE-SE/FCC/2009):


No âmbito da PNAS (Política Nacional de Assistência Social), garantir o
direito à convivência familiar e comunitária e contribuir para o processo
da autonomia e da emancipação social das famílias são alguns dos
objetivos específicos da Proteção Social Específica.
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81. (Advogado Autárquico/IPREV/FEPESE/2014):


Os programas de assistência social na esfera da União, dos Estados e
dos Municípios não admitem a participação da iniciativa privada.

82. (Analista Judiciário – Serviço Social/TRT-3/FCC/2009):


Conforme o disposto na PNAS-Política Nacional de Assistência Social,
cabe à assistência social, enquanto política pública, a proteção social, a
vigilância socioassistencial e a defesa social e institucional.

83. (Analista Judiciário – Serviço Social/TRT-5/FCC/2013):


Conforme dispõe o Decreto n.º 7.617/2011, que regulamenta o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), é correto afirmar que há
impossibilidade de acumulação do benefício com a remuneração
advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência.

84. (Consultor Legislativo/Câmara dos


Deputados/CESPE/2014):
Consideram-se entidades de atendimento de assistência social aquelas
que, de forma continuada, permanente e planejada, prestem serviços e
concedam benefícios de proteção social básica ou especial aos
indivíduos e às famílias em situações de vulnerabilidade ou risco social e
pessoal.

85. (Questão do Autor/INÉDITA/AMJ/2017):


Está entre as diretrizes do Plano Nacional de Assistência Social (PNAS),
a supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as
exigências de rentabilidade econômica.

86. (Questão do Autor/INÉDITA/AMJ/2017):


Conforme a PNAS, a proteção social básica tem como objetivos prevenir
situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e
aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo
acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de
vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social (discriminações
etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).

87. (Questão do Autor/INÉDITA/AMJ/2017):


Conforme a PNAS, a proteção social especial é a modalidade de
atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se
encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de
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abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de


substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas,
situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.

88. (Questão do Autor/INÉDITA/AMJ/2017):


O SUAS é um sistema público contributivo, descentralizado e
participativo que tem por função a gestão do conteúdo específico da
assistência social no campo da proteção social brasileira.

07. Gabarito das Questões.

01. E 33. E 65. E


02. C 34. C 66. C
03. E 35. C 67. E
04. E 36. E 68. C
05. E 37. C 69. C
06. E 38. E 70. E
07. C 39. C 71. C
08. E 40. C 72. C
09. E 41. C 73. C
10. E 42. E 74. C
11. E 43. E 75. E
12. E 44. E 76. E
13. E 45. E 77. E
14. E 46. E 78. C
15. E 47. E 79. E
16. C 48. E 80. E
17. C 49. E 81. E
18. C 50. C 82. C
19. E 51. E 83. E
20. C 52. C 84. C
21. C 53. E 85. E
22. C 54. E 86. C
23. C 55. E 87. C
24. C 56. E 88. E
25. E 57. C
26. C 58. E
27. E 59. E
28. C 60. E
29. E 61. E
30. E 62. E
31. C 63. E
32. C 64. E
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