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Ribeirão Preto - SP
2013
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
1.1 MÉTODO DE COE E CLEVERGER.........................................................................3
2 OBJETIVO.........................................................................................................................4
3 METODOLOGIA..............................................................................................................5
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................19
5 CONCLUSÕES................................................................................................................28
6 REFERÊNCIAS...............................................................................................................31
1
1 INTRODUÇÃO
tempo
Neste método, que é a base dos demais, considera-se que a área de um espessador
contínuo deve ser suficiente para permitir a decantação de todas as partículas alimentadas,
através das diversas zonas do espessador em funcionamento normal. Se a área for insuficiente
começará havendo acúmulo de sólidos em uma dada seção do espessador e finalmente haverá
partículas sólidas arrastadas no líquido clarificado. Esta seção ou zona que constitui o fundo
da base cônica do espessador da operação é denominada zona limite [1].
Este é um método gráfico que permite localizar com exatidão o ponto crítico (início da
zona de compressão), que às vezes é difícil de determinar pelo método anterior. Com os dados
do ensaio de decantação traça-se um gráfico da altura de sedimentação versus o tempo, o que
permite determinar o tempo crítico com precisão [1].
2 OBJETIVO
3 METODOLOGIA
O Método de Coe e Clevenger define uma zona limite em que todas as partículas tem
de passar para que sejam coletadas na base. Nessa região a condição limite é |u|=|v|, ou seja,
a vazão do líquido ascedente dividida pela área do sedimentador deve ser no máximo igual à
velocidade terminal das partículas.
Então a velocidade ascencional do líquido é definida pela Equação 1.
Q−QE (1)
v=
S
Sendo:
S = área de decantação (seção transversal do sedimentador) (m²);
v = velocidade de sedimentação (m/s)
7
Mas como |u|=|v|, a velocidade de sedimentação das partículas é dada pela Equação 2.
Q−Q E (2)
u=
S
Sendo:
QA = vazão volumétrica de alimentação (m³/h)
CA = concentração da suspensão na alimentação (kg/m³)
QE = vazão do espessado (m³/h)
CE = concentração do espessado (kg/m³)
C0 = concentração na altura da interface zo (kg/m³)
C = concentração na altura da interface z (kg/m³) = zona limite
Z = altura da interface desejada (cm)
Z0 = altura da proveta no inicio (cm)
u = velocidade de sedimentação na zona limite (m/s)
v = velocidade ascencional do líquido (m/s)
8
QA . CA = Q . C = QE . CE (3)
QA . CA (4)
Q=
C
QA . CA (5)
Q E=
CE
1 1 (6)
Q A . C A .( − )
C CE
S=
u
Ao traçar uma tangente na curva obtém-se a variação do espaço pelo tempo (u):
Então a velocidade de sedimentação das partículas pode ser obtida pela Equação 8.
Z i−Z (8)
u=
θ
Z=v . θ (9)
Zi =u .θ+ Z (10)
C . (u + v) . S = (C + dC) . (u . du + v) . S (11)
Sendo θ o tempo necessário para o sólido atingir a zona limite no ensaio em proveta:
C . (u + v) . S .θ = Z0 . S . C0 (12)
Z0. C 0 (13)
C=
u .θ+ v .θ
10
Z 0 .C 0 (14)
C=
u .θ+ Z
Z 0 .C 0 (15)
C=
Zi
1 1 (6)
Q A . C A .( − )
C CE
S=
u
11
Figura 8 – Gráfico de Log das alturas da interface pelo tempo para a determinação do
tempo crítico no eixo x.
A partir do θc (tempo crítico) traça-se uma reta tangente na curva de sedimentação para
obter no eixo y o valor da altura crítica (Zc) e também de Zic conforme Figura 9
Figura 9 – Curva de sedimentação com a reta tangente para a obtenção da altura crítica
(Zc) e também de Zic
12
Z iC −Z C (16)
uC =
θC
Z 0 .C 0 (17)
C C=
ZiC
1 1 (6)
Q A . C A .( − )
C CE
S=
u
Figura 11 – Prolongação da reta tangente na curva de sedimentação até o eixo das abcissas
para a determinação da altura referente à concentração de espessado (ze) sabendo o tempo do
espessado (θe).
Sendo:
Z ic −Z C Z ic −Z E (18)
tanu= =
θC θE
Z ic −Z E (19)
uC ¿ u E=
θE
Z 0 . S .C 0=Z E . S . C E (20)
Z0. C0 (21)
CE=
ZE
1 1 (22)
Q A . C A .( − )
CC CE
S=
Z ic−Z E
θE
Porém, CC provém do Método de Roberts pela Equação 17, e CE provém da Equação 21,
substituindo ambas na Equação 22 obtém-se portanto a área do sedimentador para o método
de Talmadge e Fitch.
Q A . C A .θ E (23)
S=
Z 0 .C 0
0,5
4 . S projeto (26)
D= ( π )
O volume da zona de compressão (V) pode ser obtido através do Método de Coe e
Clevenger, pela Equação 27.
Sendo:
Vzc = volume de suspensão na zona de compressão (m3);
θE = tempo necessário para o sólido atingir a concentração CE da lama espessada (h);
θC = tempo necessário para o sólido atingir a concentração Cc na entrada da zona de
compressão (h);
ρS = densidade do calcário dolomítico (kg/m3);
ρL = densidade da água a 25 ⁰C (kg/m3);
ρm = densidade média da suspensão durante a compressão (kg/m3)
ρC + ρE
ρm = (28)
2
Sendo:
ρC = massa específica da suspensão na concentração crítica (kg/m3);
ρE = massa específica da concentração do espessado (kg/m3).
CC (29)
V SC =
ρS
V LC=1−V SC (30)
Sendo:
VSC = volume de calcário dolomítico no ponto crítico;
VLC = volume de água no ponto crítico;
CC = concentração no ponto crítico.
mSC =V SC × ρS (31)
m LC =V LC × ρ L (32)
Sendo:
mSC = massa de calcário dolomítico no ponto crítico;
mLC = massa de água no ponto crítico.
CE
V SE = (33)
ρS
V ¿ =1−V SE (34)
Sendo:
VSE = volume de calcário dolomítico no final da sedimentação;
VLE = volume de água no final da sedimentação;
CE = concentração no final da sedimentação.
17
m SE =V SE . ρ S (35)
m ¿ =V ¿ . ρL (36)
Sendo:
mSE = massa de calcário dolomítico no ponto crítico;
mLE = massa de água no ponto crítico;
mSE + m¿
ρ E= (37)
V SE +V ¿
4 . V zc
Z zc = (38)
π . D R2
Sendo:
Zzc = altura da zona de compressão.
DR = diâmetro do reservatório (Equação 26).
18
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
0.30
0.25
Altura da Interface, Z (m)
0.20
0.15
0.10
0.05
0.00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Tempos, θ (s)
0.25
0.20
Altura da Interface, Z (m)
0.15
0.10
0.05
0.00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Tempo, θ (s)
0.30
0.25
Altura da Interface, Z (m)
0.20
0.15
0.10
0.05
0.00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Tempos, θ (s)
0.25
0.20
Altura da Interface, m
0.15
0.10
0.05
0.00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Tempo, θ (s)
0.30
0.25
Altura da Interface, Z (m)
0.20
0.15
0.10
0.05
0.00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Tempos, θ (s)
21
0.25
0.20
Altura da Interface, m
0.15
0.10
0.05
0.00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Tempo, θ (s)
16
14
12
10
Área , S (m2)
0
100 300 500 700 900 1100 1300
Concentração, C (kg/m3)
16.00
14.00
12.00
10.00
Área, S (m3)
8.00
6.00
4.00
2.00
0.00
259.00 459.00 659.00 859.00 1059.00 1259.00
Concentração, C (kg/m3)
Na Tabela 1 estão descritos valores obtidos nos gráficos pelo método de Talmadge e
Fitch e através de dados de projeto. Nas Tabelas 2 e 3 estão descritos os valores obtidos
utilizando o método de Kynch.
Por meio dos resultados obtidos, determinou-se a área de projeto, a altura total do
sedimentador e o volume da zona de compressão dos sedimentadores com concentrações
iniciais de 100 kg/m3 e 250 kg/m3, demonstrados na Tabela 4 e 5 respectivamente:
Tabela 4 – Dados para o projeto do sedimentador com concentração inicial 100 kg/ m3.
S S projeto ρm Vs DR
ZT (m)
(m2) (m2) (kg/m3) (m3) (m)
Kynch 13,86 27,72 2,0012 5,94
0,03191
Talmadge e 1681,07
10,42 16,67 5 2,0019 4,61
Fitch
Tabela 5 – Dados para o projeto do sedimentador com concentração inicial 250 kg/ m3.
S S projeto ρm Vs DR
ZT (m)
(m2) (m2) (kg/m3) (m3) (m)
Kynch 13,55 27,10 2,0062 5,87
Talmadge e 1669,55 0,1681
13,40 21,43 2,0078 5,22
Fitch
deverá ser realizada pelo Método de Coe e Clevenger. A vazão de alimentação para ambos os
experimentos é de 30m³/h.
28
26
24
22
20
18
Posição (cm)
16
14
12
10
8
6
4
2
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
Tempo (s)
0,1 144,
0500 3,78 27,3 2308
0,1 144,
0500 3,78 27,3 2308
0,0 187,
5250 1,89 21 5
0,1 28,3 138,
0500 3,78 5 8889
0,1 28,3 138,
0500 3,78 5 8889
0,0 17,8 220,
5250 1,89 5 5882
0,0 17,8 220,
5250 1,89 5 5882
0,0 17,8 220,
5250 1,89 5 5882
0,0 568,
1050 0,378 6,93 1818
0,0 3,30 1190
0044 0,01575 75 ,476
0,0 3,30 1190
0044 0,01575 75 ,476
0,0 3,04 1293
0000 0 5 ,103
0,0 1250
0009 0,00315 3,15
0,0 2,99 1315
0000 0 25 ,789
0,0 2,99 1312
0000 6,51E-05 9005 ,935
Para a determinação da área através do Método de Kynch que utiliza o Método de Coe e
Clevenger foi necessário recorrer ao Método de Talmadge and Fitch para o cálculo da
Concentração do Espessado (kg/m³) de acordo com a Equação 14, com os valores de Co =
150 kg/m³, zo = 26,25 cm e ze = 3,0 cm (altura final do espessado no fim do experimento). O
valor encontrado de Ce foi de 1315,789 kg/m³.
A área do sedimentador foi calculada através da Equação 9 com os valores de QA =
30m³/h, CA = 150kg/m³, CE = 1315,789kg/m³, e C e u variando ponto a ponto. Os dados
estão descritos na Tabela 3.
10 35,15873
20 35,15873
30 12,14286
40 4,309524
50 7,349206
60 7,349206
80 7,349206
100 7,349206
120 7,349206
140 10,88889
180 7,666667
200 7,666667
220 8,984127
240 8,984127
260 8,984127
360 11,90476
480 22,85714
600 22,85714
Vários pontos após o tempo decorrido de 600 s foi excluídos da Tabela 3 pois
apresentaram valores nulos e negativos.
35
30
25
Area (m²)
20
15
10
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300
Concentração (kg/m³)
Nota-se através da Figura 10 que vários pontos estão fora da curva que é uma
parábola, descrevendo assim erros cometidos no experimento. A área máxima foi notada no
ultimo ponto com o valor de 22,85714286 m².
Então a área de projeto com o fator de segurança de 1,6 foi calculado através da
Equação 16.
S projeto = 36,5712 m²
3.2
3
2.8
2.6
2.4
2.2
2
1.8
1.6
1.4
1.2
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 10 2 0 30 40 5 0 60 7 0 8 0 90 0 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 0 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2
Para a determinação da altura da zona de compressão foi realizado alguns cálculos para
obter ρc (densidade na concentração crítica) e ρe (densidade na concentração de espessado) e
posteriormente calcular ρm, V e H.
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
Posição (cm)
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300
Tempo (s)
Figura 14 - Dados da Posição (z) pelo Tempo (s) da Concentração de 175g/500 ml.
35
Para a determinação da área através do Método de Kynch, que utiliza o Método de Coe
e Clevenger, foi necessário recorrer ao Método de Talmadge and Fitch para o cálculo da
Concentração do Espessado (kg/m³) de acordo com a Equação 14, com os valores de Co =
350 kg/m³, zo = 21,5 cm e ze = 5,6 cm (altura final do espessado no fim do experimento). O
valor encontrado de Ce foi de 1346,154kg/m³.
A área do sedimentador foi calculada através da Equação 9 com os valores de QA =
30m³/h, CA = 350kg/m³, CE = 1346,154kg/m³, e C e u variando ponto a ponto. Os dados
estão descritos na Tabela 6.
9,302326 160
12,4031 170
10,07752 176
11,70543 185
12,2093 195
9,883721 200
12,0155 210
12,0155 220
12,0155 230
12,0155 240
12,0155 250
014,8062 272
15,96899 300
20,93023 330
18,75969 352
20,15504 385
19,57364 405
22,67442 450
22,09302 490
29,06977 620
45,73643 900
46,51163 1200
46,51163 86400
50
45
40
35
30
Area (m²)
25
20
15
10
0
200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500
Concentração (kg/m³)
Nota-se através da Figura 15 que vários pontos estão fora da curva que é uma
parábola, descrevendo assim erros cometidos no experimento. A área máxima foi notada no
ultimo ponto com o valor de 46,51162791 m².
Então a área de projeto com o fator de segurança de 1,6 foi calculado através da
Equação 16.
S projeto = 74,4186m²
2.8
2.6
2.4
2.2
2
1.8
1.6
1.4
1.2
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440
Através da junção de ambas as curvas foi encontrado o tempo critico para esse
experimento. O procedimento está descrito na Figura 17.
40
Através do uso da Figura 14 foi traçado o ponto crítico (θc = 280s e zc = 7,7cm, tempo
crítico e altura crítica respectivamente). Nesse ponto desenhou-se a reta tangente encontrando
o valor de zic de 13,25cm. No término da reta tangente com o eixo x, no caso tempo (s), com
o valor da altura do espessado (ze) como 5,6 cm encontrou-se, portanto o tempo do espessado
(θe). O procedimento está descrito na Figura 18.
41
Para a determinação da altura da zona de compressão foi realizado alguns cálculos para
obter ρc (densidade na concentração crítica) e ρe (densidade na concentração de espessado) e
posteriormente calcular ρm, V e H.
5 CONCLUSÕES
1º grupo)
2° grupo)
............................
escala. Hipótese nem sempre verdadeira como sabemos pela literatura técnica disponível.
Portanto, adota-se o fator de segurança para os métodos.
47
6 REFERÊNCIAS
[3] FOUST, A. S. et.al. (1982). “Princípios das Operações Unitárias” – Ed LTC, Rio de
Janeiro – RJ, 2ª edição.
[4] GEANKOPLIS, C. J. (1993). “Transport Processes and Unit Operations” – Ed Allyn and
Bacon, London.