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Questionário 1

1 O que é trabalho ?
Tudo que advêm da energia humana pode ser considerado trabalho, desde que usado para
se obter uma finalidade de produção. E isto pode ser tanto físico quanto intelectual. Quando
realizado pelo homem, usando-se a manipulação da matéria, temos o trabalho manual.
Quando usado determinados símbolos ou signos, encontramos o trabalho intelectual.

2 O homem passa a desenvolver seu trabalho em três principais fundamentos. Quais


são ?
Produção, Lazer e Formação. Todos com objetivo de satisfazer suas próprias necessidades
ou a de terceiros.

3.Como o trabalhador é visto na Escravidão ?


o trabalhador é visto como uma coisa, não considerado sujeito de direitos, e muito menos,
direitos trabalhistas.

4.Quais as tres condições de escravidão ?


A primeira condição de escravo era derivada, basicamente, da dominação do prisioneiro
que não era morto. O prisioneiro podia continuar em sua terra, ou ser levado para a terra de
seu conquistador, para trabalhar na parte agrária, escravo industrial ou escravo doméstico,
verificando-se esta última condição especialmente em relação à escravidão das mulheres.
A segunda condição de escravo era resultante dos filhos de pai ou mãe escravo, e no caso
de mãe escrava, mesmo quando o pai era livre.Existia a hipótese de escravidão, também,
pelo endividamento, prática de crimes, entre outras.

5. O que é escravo semovente ?


Existiam escravos de níveis superiores aos outros, principalmente aqueles que ocupavam
cargos de confiança nas fazendas em que trabalhavam, comando em navios, cultivo de
terras particulares, existindo neste período ainda uma classe dos homens livres pobres, os
mendigos, cujas condições de sobrevivência eram extremamente inferiores às dos
escravos.Inexistiam deveres jurídicos do amo com o escravo, sendo que para garantir a
produtividade do escravo, o amo recompensava o trabalho escravo remunerando-o com o
necessário para sua manutenção. O escravo tinha obrigação de produzir bens e serviços
aos seus senhores.

6. O que eram as manumissões ?


As manumissões eram um instituto que teve sua origem histórica fundamentada pelo
endividamento dos proprietários de escravos e tem como consequência a libertação de
escravos através da compra da liberdade pelo próprio escravo, no começo, sendo que
depois este mesmo instituto limita o número de escravos manumissíveis por testamento, e,
finalmente, limita a possibilidade de transferência de escravos a qualquer título. Este
instituto teve seu fortalecimento com a expansão do Cristianismo, que colocava como ação
altruísta e favorável dar liberdade aos escravos, principalmente para aqueles nascidos na
casa, os escravos domésticos. Era dada a liberdade pelo mérito do escravo.

7. Como funicionava a liberdade aos escravos ?


Os libertos não ficavam completamente livres de seus senhores, pois na maioria
das vezes ficava devendo favores e obrigações para com seus antigos senhores,
o que faz a transição da escravidão para a servidão, em que ocorria uma quase
liberdade.

8. O que era a servidão ?


A servidão era ainda caracterizada pela involuntariedade do trabalho prestado, entretanto
distinguia-se da escravidão por que o servo era sujeito de direitos, e não podia ser visto
nem tratado como uma coisa, como o era o escravo. O fato gerador desta mudança foi a
revolução no pensamento humano, com origem na Grécia, em que se constatou que o
escravo não o era por natureza, mas sim por decisões humanas, ou seja, não era produto
da natureza, mas do costume. O Cristianismo exerceu profunda interferência nesta
mudança reconhecendo a condição humana independentemente de sua condição de
membro da comunidade, ideia tão estranha no mundo Grego, que sequer houve vocábulo
para expressar.

9. O que é Colonato ?
O colonato surge em Roma, devido aos grandes latifúndios lá existentes. Em muitos
latifúndios, o trabalho não era realizado por escravos, mas por trabalhadores livres,
agregados aos proprietários das terras a quem pagavam altas taxas pelo uso da terra.
Em realidade, o cultivo era produzido em minifúndios de famílias de servos, de forma
rudimentar ou tecnicamente retrógrado, economia de subsistência, ressaltando o
pagamento da quantia devida ao proprietário da terra. Era o contrário do que acontecia com
o serviço escravo, que pelas condições em que se realizava dava lucro tão elevado que
compensava a aquisição do escravo.

10. Como os colonos eram tratados ?


Os colonos eram tratados como parte da terra, sendo de tal forma limitada a liberdade dos
colonos, que existia uma lei Romana do ano de 332 a.C que ordenava a remoção do colono
fugitivo à terra que “servia”. Na realidade coloca-se que o proprietário da terra não era dono
do colono, mas sim a terra a dona do colono, ficando o colono adstrito a terra também por
nascimento. A principal finalidade desta adstrição do colono à terra era o recolhimento de
impostos

11. Durante a sociedade pré industrial qual regime de trabalho predominou ?


Durante o período da sociedade pré-industrial, predominou o trabalho escravagista porque
não havia um sistema de normas jurídicas de direito do trabalho no mundo. Foi o trabalho
escravo o principal impulsor inicial da humanidade, pois o trabalhador era simplesmente
uma coisa, já que sequer se comparava a sujeito de direito.

12. Como a escravidão era realizada ?


A escravidão consistia na subjugação de pessoas a outras, o que podia acontecer em razão
de conquistas de um povo por outro, em guerra; como forma de pagamento de dívidas ou
pelo nascimento, já que filho de escravo, escravo seria.

13. O que era o sistema de servidão ?


SISTEMA DE SERVIDÃO, ocorrido no período do FEUDALISMO, no qual, apesar de não
ter havido muita evolução, o trabalhador recebia certa proteção militar e política por parte do
senhor feudal, que era o dono das terras.
14. O que era o direito de primicias ?
havia um costume chamado “direito de primícias”, pelo qual o senhor feudal, dono das
terras, tinha o direito de passar a primeira noite de núpcias com qualquer mulher que se
casasse, sem que o marido pudesse reclamar.

15. O que eram corporações de oficios ?


Nesta época ainda não havia as relações de trabalho com ordem jurídica. Havia, porém,
maior liberdade do trabalhador. O homem deixa o campo e instala-se em áreas urbanas em
torno dos castelos. As corporações de ofício surgem com as cidades, que representa um
progresso muito grande no que tange à humanização do trabalho. As cidades medievais
eram unidades com autonomia administrativa, sem interferência do poder feudal e senhorial
e generaliza-se a partir do século XI.

16. Por que surgiram cidades ?


O surgimento das cidades medievais dá-se devido à organização da igreja enquanto
instituição, que cria unidades episcopais nas cidades sede. Os senhores feudais preferiam
viver longe das cidades, ao contrário dos bispos. A organização episcopal era
fundamentalmente urbana, bem como as doações que recebiam eram bastante urbanas.
Inversamente acontecia a ruralização, devido à quantidade de saques que ocorriam nas
cidades, a anarquia militar, enfim, a falta de comando e controle nas cidades. Outro
fundamento para a criação das cidades é a possibilidade de efetuar troca e produção de
bens e serviços, movimentando a economia colonial. A cidade era o “centro de tráfego
mercantil”. Este só era possível pelo aumento da produção, principalmente com novos
inventos que aumentavam a produtividade das terras. As cidades também surgiram da
necessidade de agrupamento de pessoas para se conhecerem, formarem família,
defenderem-se mutuamente, etc.

17) Quais as três categorias de membros das corporações ?


Os mestres tornavam-se proprietários de oficinas, após terem aprovados uma “obra
mestra”. Os companheiros eram trabalhadores livres que ganhavam salários dos mestres.
Os aprendizes eram os menores que aprendiam com os mestres um ofício ou profissão.

18) O que é locação na sociedade pré industrial ?


É outro tipo de relação de trabalho na sociedade pré-industrial, em que o trabalhador
autônomo celebrava contrato com o interessado. Em Roma existiam inúmeras regras para
este tipo de trabalho, normalmente realizado por artesãos, trabalhadores livres, e muitas
vezes juntamente com escravos. Na locação de trabalho de obras o trabalhador cedia o
fruto de seu labor e recebia de acordo com a encomenda e o valor acordado. Existia a
presença de empresários, que assumiam o risco pela produção. Existia também a locação
de serviços, em que o trabalhador locava sua mão de obra na execução de determinado
tipo de serviço, de acordo com sua especialização.Em ambos os casos consideram-se
cessão de trabalho por que existe um contrato pelo qual o trabalhador recebe por algo a ser
feito. Este tipo de relação de trabalho dava-se ainda no tempo da escravidão, em que o
escravo podia ser locado para prestar determinado serviço a outrem, porém os proventos
geralmente pertenciam ao proprietário do escravo, daí a diferença da locação de serviço de
trabalhador livre (que trabalha por sua vontade), da locação de mão de obra escrava.

19) O que a Revolução Industrial representa no Direito do Trabalho ?


O marco divisório na história do Direito do Trabalho está na chamada Revolução Industrial.
Tudo o que existia antes dela chamamos de Pré-História do Trabalho. Era a época em que
o que mais predominava era o trabalho escravagista, o sistema de servidão, as corporações
de ofício e os colonatos.

20)Quando foi a primeira Revolução Industrial ?


A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII início do
século XIX, logo mais outros países como França, Bélgica, Holanda, Rússia, Alemanha e
Estados Unidos ingressaram nesse novo modelo de produção industrial. O enfraquecimento
das relações de servidão no campo e a eliminação de seus resíduos, com o fortalecimento
das relações de trabalho fundamentadas pelo contrato de trabalho das pessoas não
titulares dão direito sobre terra. Mas, no campo a situação não era boa, ressaltando fome e
pestes, nos anos pouco anteriores à revolução, situação que nas cidades não foi diferente.
Neste período, a fome e a peste predominavam.

21) Como surgiu a Revolução Industrial ?


Ela teve origem na Europa, no final do Século XVIII e início do Século XIX, entretanto, os
fatores que deram causa à revolução industrial começaram muito antes, caracterizada pelo
aparecimento de fatores novos, tais como o desenvolvimento tecnológico, a multiplicação
da tecnologia, a aceleração da tecnologia e a forma como ela apareceu que influiu
intensamente sobre a vida dos homens.

22) Porque o Direito de Trabalho surgiu ?


O direito do trabalho atual é produto da reação ocorrida no século XIX contra a exploração
da mão de obra operária pelos empresários, que estavam cada vez mais fortes e poderosos
com o aumento da produção, resultante da utilização da tecnologia, que fez com que
aumentasse em muito a produção, como os teares mecânicos e máquina a vapor, novos
meios de transporte, que são características da revolução industrial.

23) O que a revolução francesa representou ?


A Revolução Francesa representou um marco histórico social, sob o prisma político, no
meio jurídico, por meio dos conceitos de liberdade e igualdade, a revolução foi falha, posto
que ao colocar todos cidadãos em pé de igualdade formal, pela lei, trouxe a consequente
não intervenção do Estado nas relações contratuais

24) Quais as razão que originaram o direito do trabalho


Três foram as razões do seu aparecimento: econômicas, políticas e jurídicas. A Revolução
Industrial do Séc. XVIII foi a principal causa econômica. Ela decorreu das várias
transformações trazidas pela descoberta do vapor como fonte de energia e sua aplicação
nas fábricas e meios de transportes.
RESULTADOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL SEC. XVIII - CAUSA ECONÔMICA Com a
expansão da indústria e do comércio, substituiu-se o escravo pelo trabalho assalariado em
grande escala. A manufatura deu lugar à fábrica e, depois, à linha de produção.
CAUSA POLÍTICA A TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO LIBERALISTA E DA PLENA
LIBERDADE CONTRATUAL EM ESTADO NEOLIBERALISTA FOI A CAUSA POLÍTICA.
aula 2
25 O que é monopolio ?
Monopólio
Designa uma situação particular de concorrência imperfeita, em que uma única
empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço
conseguindo, portanto, influenciar o preço do bem comercializado.
Monopólios podem surgir devido a regulamentação governamental, o
monopólio coercivo

26. O que é Cartel ?

Um cartel acontece quando duas ou mais empresas, do mesmo ramo, atuam


em conjunto para o controle do mercado onde estão inseridas.
Quando existem empresas que formam um cartel, a quantidade produzida e os
preços são combinados de maneira que retornem uma grande fatia de lucro
para cada uma delas.

27. O que é um Oligopolio ?


O oligopólio se dá quando um número pequeno de empresas detém parcela
significativa de algum mercado. A origem da palavra vem do grego.
“Oligo” significa poucos e “pólio” representa venda ou comércio.
Ele pode ser considerado como um meio termo entre um mercado competitivo
e um monopólio.
Este é um conceito utilizado na economia política, ciência que se dedica a
estudar os processos e as relações econômicas de uma sociedade.

28. O que é o estado liberalista ?


No estado liberalista, o capitalista podia impor suas condições de trabalho, sem
interferência do Estado.

29. O que é o estado neoliberalista ?


No neoliberalismo, o Estado passa a intervir na ordem econômica e social
limitando o poder de liberdade das partes da relação do trabalho.

30 ) Compare o corporativismo e soliciasmo com o neoliberalsmo


O corporativismo e o socialismo foram formas de intervenção, pois tinham
presenças fortemente autoritárias do estado, que transfere a ordem trabalhista
para a esfera das relações de natureza pública.
Ao contrário do neoliberalismo que, embora restritivo da liberdade de contratar,
mantém as relações de trabalho no âmbito das relações de direito privado.

31)O que é causa juridica ?


Já a causa jurídica foi a reivindicação justa dos trabalhadores de um sistema
de direito destinado à sua proteção, no qual são reconhecidos alguns direitos
básicos como: o direito de união, de onde surgiu o sindicalismo.
Nasce o direito de contratação, em dois âmbitos: as convenções coletivas e a
individual.
32) Quais as primeiras leis trabalhistas ?
A necessidade da elaboração normativa para o direito do trabalho resulta dos
abusos praticados contra o proletariado, em especial a exploração do trabalho
infantil e da mulher.
A falta de normatização permitiu a utilização de mão de obra de crianças de 6,
7, 8 anos de idade nas fábricas, e para as mulheres era adotada uma jornada
de trabalho excessiva, que fez com que surgisse normatização acerca da idade
mínima para o trabalho e o máximo de jornada diária. Também se fez
necessária a criação do sistema chamado seguridade social.

33) Considerando a pergunta a cima cite as ?


O destaque para as leis ordinárias da Inglaterra, Lei de Peel, em 1802, que
protegia o trabalho de crianças nas fábricas, limitando a 12 horas suas
jornadas de trabalho (o que ainda é excessivo), na França, em 1814 lei
proibindo o trabalho de menores de 8 anos de idade, na Alemanha, proibindo o
trabalho de menores de 9 anos de idade, e em 1833 as leis sociais de
Bismarck e as leis de proteção do trabalho da mulher e das crianças na Itália
em 1886.

34) O que surgiu após a técnica legislativa ?


Posteriormente a técnica legislativa começa a se aprimorar na normatização do
direito do trabalho, criando, ao invés de leis esparsas, codificações, como o
“Code du Travail” na França. (NASCIMENTO, 2004b, p.50)
As primeiras leis trabalhistas foram ordinárias, para depois atingirem o nível
constitucional. A finalidade da normatização era proibir o trabalho em
determinadas condições, como o trabalho infantil e o trabalho de mulheres em
alguns casos determinados.

35) Quais foram as primeiras constituições do mundo ?


Constituição do México
A primeira constituição a conter leis trabalhistas foi a do México (1917).
No artigo 123 ela definia:
• a jornada diária de 8 horas;
• jornada máxima noturna de 7 horas;
• proibia o trabalho de menores de 12 anos;
• limitava a jornada do menor de 16 anos a 6 horas;
• dava descanso semanal, proteção à maternidade,
• direito a salário mínimo, igualdade salarial,
• proteção contra acidentes no trabalho, direito de sindicalização, de
greve, de conciliação
• e arbitragem dos conflitos,
• de indenização de dispensa e de seguros sociais.

Constituição de Weimar
A segunda constituição foi a de Weimar (1919), da Alemanha, que repercutiu
na Europa e é considerada a base das democracias sociais.
Ela disciplina a participação do trabalhador nas empresas, cria um direito
unitário do trabalho, a liberdade de coalização para defesa e melhoria das
condições de trabalho, direito a um sistema de seguros sociais, de colaboração
dos trabalhadores com os empregadores na fixação dos salários e a
representação dos trabalhadores na empresa.

Constituição da Itália
A Itália elaborou a “Carta del Lavoro” Carta do Trabalho) em 1927, que é a
base do regime corporativista, adotada na Espanha, Portugal e Brasil, que tem
como princípio a intervenção do Estado na ordem econômica, o direito coletivo
do trabalho, e a concessão legal de direitos aos trabalhadores, frisando que
nada pode estar fora do Estado, contra o Estado, e tudo deve estar dentro do
Estado, que expressa o regime corporativo.
Nesta, os sindicatos não tiveram autonomia, e a organização sindical foi
modelada pelo Estado, não dando aos sindicatos a devida liberdade de
organização e ação. A ampla legislação que ampara o trabalhador, neste
sistema, é paternalista. (NASCIMENTO, 2004b, p.49)

A “Carta del Lavoro” representa um marco no processo de implantação do


regime fascista na medida em que, nela, se explicitam os princípios do estado
fascista como expressão da grandeza da nação italiana, onde se exaltava o
trabalho em todas as suas formas como fator de produção e dever social.

36) O que foi a revolução 1930 ?


O movimento de 1930 foi um movimento político que atingiu diretamente a
vocação trabalhista do País. Este movimento propunha a transformação do
País que era ancorado numa estrutura rural e antiquada, calcada na extração
de matéria –prima, consumo de produtos estrangeiros industrializados, para
uma sociedade não industrializada. (PINTO, 2003, p. 42)
Pode-se dizer que a revolução de 1930 é a revolução industrial brasileira, com
ressalvas. Tendo em vista o atraso em que o Brasil se encontrava, se
comparado a outros Países que haviam passado pela revolução industrial
antes. Getúlio Vargas fez o movimento queimando etapas, implantando no
Brasil uma legislação de direito de trabalho.

37) O que mais influenciou o direito do trabalho Brasileiro ?


Fatores Externos:
Se deram com as transformações que ocorriam na Europa e o crescimento da
elaboração de leis de proteção ao trabalhador.
Também teve muita influência o compromisso internacional assumido pelo
Brasil ao entrar para a Organização Internacional do Trabalho - (OIT), criada
pelo Tratado de Versalhes (1919), tendo, portanto, que observar normas
trabalhistas.

Dentre os fatores INTERNOS, os mais influentes foram:


1 - O MOVIMENTO OPERÁRIO iniciado pelos imigrantes italianos, com
inspirações anarquistas, caracterizado por muitas greves em fins de 1800 e
início de 1900;
38) O que foi o Surto Industrial ?
O Surto Industrial, foi um efeito da Primeira Guerra Mundial, quando elevou-se
o número de fábricas e operários e, por fim, a política de Getúlio Vargas

39) Qual a importância do Tratado de Versalhes ?


O Tratado de Versalhes firmado ao final da 2ª guerra mundial consistiu em
importante instrumento de trabalho, em que fixou princípios, absorvido por
países industrializados ou em fase de industrialização, acerca da duração da

jornada de trabalho, descanso, isonomia salarial, proteção à mulher e às


crianças, direito de associação, entre outros, que ainda hoje fazem parte do
direito do trabalho.

40) Havia outras leis antes da ClT ? O que é CLT ?


A CLT, não foi a primeira Lei a proteger trabalhadores, já que, antes, havia a
Lei n.º 62, de 1935, destinada a industriários e comerciários e inúmeros
decretos dispondo sobre cada profissão.
• Integra da LEI Nº 62, DE 5 DE JUNHO DE 1935
• No Português da época:
• EMENTA: Assegura ao empregado da industria ou do commercio uma
indemnização quando não exista prazo estipulado para a terminação do
respectivo contracto de trabalho e quando for despedido sem justa
causa, e dá outras providencias.
A CLT é a sistematização das leis esparsas que existiam na época, acrescidas
de novas pelos juristas que a elaboraram. Ela é a primeira lei geral que se
aplica a todos os empregados sem distinguir a natureza do trabalho técnico,
manual ou intelectual. Ela não é um código, pois sua principal função foi reunir
as leis existentes.

41) O que foi a revolução de 64 ?


A revolução de 1964 é também um dos marcos históricos do direito do
trabalho, corrigindo rumos que o direito do trabalho na fase anterior tomava.
(PINTO, 2003, p. 45)
Trouxe a Previdência Social, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o
declínio da garantia de emprego e surgimento da estabilidade definitiva,
regulamentou o direito de greve, a inclusão (superficial) do empregado
doméstico no regime trabalhista, a integração do empregado rural na ordem
trabalhista, a instituição do Programa de Integração Social (PIS), criação de
regime de previdência para trabalhadores domésticos e rurais, reformulou a
questão da Medicina e Segurança do Trabalho na CLT.
Neste período houve uma mudança na sociedade que passou a ser bem mais
urbana, implantação de indústrias, que contribuíram para a busca de
qualificação profissional do trabalhador brasileiro.

42) O que são Leis Esparsas e Códigos ?


Leis Esparsas e Códigos
Abaixo da Constituição, existem as leis federais que podem ser esparsas ou
codificadas.
Quando o legislador entende ser mais prático juntar todas as regras sobre o
assunto em uma lei só, ele cria um código, como o Código de Defesa do
Consumidor ou o Código Penal.
Se isso não for possível, ele cria várias leis separadas, que chamamos de leis
esparsas.

43) Quais os aspectos da técnica da legislativa ?


No Brasil existe uma lei que estabelece a forma de escrever as leis (Lei
Complementar nº 95 de 1998).
• PARTE NORMATIVA - DESDOBRAMENTO DE ARTIGOS
• ARTIGO – PARÁGRAFO – INCISO - ALÍNEA – ITEM
• OU SOMENTE
• ARTIGO – INCISO – ALÍNEA – ITEM

44) Explique:
Artigo: Os artigos são simbolizados pela expressão “Art.” e são a
unidade básica de uma lei, com numeração ordinal até o nono e
cardinal, acompanhada de ponto, a partir do décimo: Art. 1º, ..., Art.
9º Art. 10., Art. 11.
• Parágrafo: O parágrafo é o desdobramento de um artigo e é
representado pelo símbolo “§” quando tiver mais de um ou então
“parágrafo-único” se for só um.

• O símbolo corresponde a dois ésses (S) entrelaçados, iniciais da


expressão latina signum sectiōnis (em português, 'sinal de secção' ou
'sinal de corte').
• Inciso: Os incisos são desdobramentos dos artigos e dos parágrafos e
são simbolizados por algarismos romanos, como X (que quer dizer
inciso dez).
• Alínea: São os desdobramentos dos incisos e são representadas por
letras minúsculas, por exemplo, “a” (que quer dizer alínea a).
• Item: Os itens são os desdobramentos das alíneas, representados por
número arábicos, como “1)” (que quer dizer item 1).

45) O que surgiu com a chegada da Constituição de 1988 ?


Com a chegada da Constituição de 1988, os direitos trabalhistas que estavam
incluídos nas Normas de Organização Econômica e Social da Constituição de
1946, passaram a ser considerados, agora, como de Direitos Fundamentais de
Natureza Individual e Coletiva do Art. 5º com seus 78 incisos.

46) A Constituição pode ser ?


Outorgada quando é imposta unilateralmente pela vontade dos governantes.
Constituições outorgadas no Brasil: de 1824, D. Pedro I; de 1937 (Getúlio
Vargas) e a de 1967 (Ditadura Militar)
Promulgada: é a constituição democrática, ou seja, feita pelos representantes
do povo.
Aula 3

1)Quando a nova CLT foi aprovada ?


R: A Nova Reforma Trabalhista teve seu
texto aprovado na lei nº 13.467, em 13 de julho de 2017.

2)Por que é chamada Reforma ?


É Reforma porque foram feitas muitas mudanças na atual legislação, com novidades
a serem repassadas aos trabalhadores e à empresas.

3) Antes existiam acordos entre trabalhador e empregador ?


Acordos trabalhistas sempre existiram, sejam eles individuais ou coletivos. Contudo,
antes eles precisavam estar sempre em consonância com a CLT, e não sobrepô-la.No
entanto, acordos sempre foram feitos pelas empresas e os trabalhadores que,
obviamente, eram anulados pela Justiça do Trabalho, já que não se encontravam
dentro da lei.Para pôr fim a isto, a Reforma chegou para regular esses acordos coletivos e
individuais.

4) O que aconteceu após isso ?


Desde a entrada em vigor da Reforma, houve uma drástica redução às reclamações
trabalhistas nos tribunais. E era justamente isto, o fim do “demandismo”, que
queriam os empregadores.

5) Com a Reforma o que aconteceu aos sindicatos ?


Quanto aos sindicatos, esses tiveram que se reinventar com muita criatividade já
que acabou a contribuição sindical, devendo, portanto, ter fôlego somente com a
sindicalização. A ideia com isto é diminuir o número de sindicatos no país. Alguns se
fundiram com outros para não fecharem as portas.
Aqueles chamados de assistencialistas ainda vêm conseguindo sobreviver e isto
depende mais da ampliação do leque dos serviços prestados. Na verdade, aqueles
que que souberem negociar terão um pouco mais de fôlego para subsistir.

6) Quantos sindicatos existem no Brasil ?


No Brasil existe uma planilha contendo 16.906 sindicatos ativo, feitos pelo Ministério
do Trabalho

7)Como funciona as gratificações nos Sindicatos ?


O juízo de primeiro grau havia negado a justiça gratuita, por entender que o
sindicato não havia demonstrado a impossibilidade de arcar com as custas
processuais. Todavia, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) decidiu
que a entidade atuava como substituto processual e declarara a insuficiência
financeira dos trabalhadores substituídos, sendo devido o benefício.

8) O que é Hipossuficiência
É a insuficiência de recursos ?

9) Qual a nova regra das férias ?


1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas
em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos
e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
§ 3° É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia
de repouso semanal remunerado (DSR).

10)Qual a nova regra de jornada de trabalho ?


Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o
limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas
mensais.

11) Qual a nova regra de tempo na empresa Art. 58 º 2º ?


Não são consideradas dentro da jornada de trabalho as atividades no âmbito da
empresa como descanso, estudo, alimentação, interação entre colegas, higiene
pessoal e troca de uniforme.

12) Qual a nova regra de descanso Art. 71 § 4º ?


O intervalo dentro da jornada de trabalho poderá ser negociado, desde que tenha
pelo menos 30 minutos.
Além disso, se o empregador não conceder intervalo mínimo para almoço ou
concedê-lo parcialmente, a indenização será de 50% do valor da hora normal de
trabalho apenas sobre o tempo não concedido em vez de todo o tempo de intervalo
devido.

13) Qual a diferença entre salário e remuneração ?


O artigo 457 da CLT expressa a diferença entre salário e remuneração, nessa linha,
o salário é a contraprestação fixada no contrato de trabalho, já a remuneração é
mais ampla e abarca, além do salário, por exemplo, as gorjetas.São considerados de
natureza salarial os componentes como gratificações legais e
as comissões. Já à remuneração são incorporados os prêmios, as taxas de serviços,
as gueltas, etc.

14) O que são Gueltas ?


As gueltas, são valores pagos por fornecedores ou distribuidores para terceiros a
fim de incentivar vendas de produtos ou serviços.
A natureza salarial indica que os valores decorrentes são considerados verbas
trabalhistas e incorporadas ao salário para cálculos trabalhistas.

15) Qual a Nova regra de remuneração Art. 457 §§ 1º, 2º 3º, 4º e 5º


Dispõe que integram a remuneração, o salário a importância fixa estipulada, as
gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
Ainda que habituais, são excluídas da remuneração as importâncias pagas a título
de ajuda de custo, auxílio- alimentação (vedado seu pagamento em dinheiro), diárias
para viagem, prêmios e abonos, que não se incorporam ao contrato de trabalho e
não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Ainda acrescenta que o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou
odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-
hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes
modalidades de planos e coberturas, também não integram o salário do empregado
para qualquer efeito nem o salário de contribuição do INSS (arts. 457, 458, §5º, CLT
e alínea q do § 9º do art. 28 da Lei no 8.212/91).

16) Nova regra planos e salários ?


Hoje a lei desobriga a isso. As empresas vão optar em promover quem agregar valor
a ela.
O plano de carreira poderá ser negociado entre patrões e trabalhadores sem
necessidade de homologação nem registro em contrato, podendo ser mudado
constantemente.

17) Qual a nova regra Jornada In Itinere Art. 58 º § 2º


O tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à
disposição do empregador.

18)Trabalho intermitente (por período) Art. 443


O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para
prestação de trabalho intermitente.
§ 3º Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de
serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos
de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses,
independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto
para os aeronautas, regidos por legislação própria.
O trabalhador poderá ser pago por período trabalhado, recebendo pelas horas ou
diária. Terá direito a férias, FGTS, previdência e 13º salário proporcionais. No
contrato deve estabelecer o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao
valor do salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que
exerçam a mesma função.
O empregado deverá ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de
antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outros
contratantes.

19) Nova regra Trabalho Por Tempo Parcial. Art. 58A e §§


Art. 58ª. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares
semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais,
com possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas
funções, tempo integral.

Importante esclarecer que o salário mínimo, que é fixado por lei, pode ser contratado
por hora, dia e mês, de forma que, sendo o empregado contratado para trabalhar 4
(quatro) horas por dia, por exemplo, receberá o salário proporcional às horas
trabalhadas.
Por meio da Medida Provisória nº 916/2019, foi aprovado o salário mínimo de R$
1.100,00 com vigência a partir de 1º de janeiro de 2020.

20) Como funciona o salário ?


Valor do salário mínimo horário e diário
O salário mínimo horário e diário é obtido dividindo o valor do salário mínimo mensal
por 220 horas e 30 dias, respectivamente ou seja:
a) o valor do salário mínimo/horário é igual a R$ 5,00, ou seja, R$ 1.100,00 dividido
por 220 horas/mês; e
b) o valor do salário mínimo/diário é igual a R$ 36,66, ou seja, R$ 1.100,00 dividido
por 30 dias.
O novo salário mínimo afeta
o valor das aposentadorias e pensões do INSS,
o teto dos benefícios previdenciários,
o seguro-desemprego,
o abono do PIS,
as contribuições dos autônomos e donas de casa,
além do pagamento atrasados em ações de segurados nos Juizados Especiais
Federais – JEFs e na Justiça Federal.
O valor representa uma alta de R$ 55, ou 5,26%, em relação aos R$ 1.045 vigentes
ao longo de 2020.
O salário mínimo é corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)

21) Como funciona Gratificação Natalina (13º salário) ao Parcial


Os trabalhadores contratados em regime de tempo parcial também têm direito ao
13º salário, tomando-se por base a remuneração devida no mês de dezembro, de
acordo com o tempo de serviço do empregado no ano em curso.
A gratificação mencionada corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração
devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente, sendo que a
fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho é considerada como mês
integral.
Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador paga como
adiantamento da gratificação natalina, de uma só vez, metade do salário recebido
pelo empregado no mês anterior.
Até o dia 20 (vinte) de dezembro de cada ano, deve ser paga a segunda parcela do
13º salário, sendo na ocasião compensada a importância que, a título de
adiantamento, o trabalhador houver recebido.

O adiantamento pode ser pago por ocasião das férias do empregado, sempre que
este o requerer no mês de janeiro do correspondente ano.
Fundamentação: "caput" do art. 19 da Lei Complementar nº 150/2015; art. 1º da
Lei
nº 4.090/1962; arts. 1º e 2º da Lei nº 4.749/1965; arts. 1º, 2º, 3º e 4º do Decreto nº
57.155/1965.

22) Como funciona o Contrato de trabalho em vigor – Alterações


Para o empregado que está trabalhando em regime de tempo integral, não é
possível alterar seu contrato para regime de tempo parcial, salvo se houver acordo
ou convenção coletiva prevendo a mudança.
23)Como funciona as Férias - art. 130-A da CLT; § 3º do art. 3º da Lei Complementar nº
150/2015
Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, na
modalidade do regime de tempo parcial, o empregado tem direito a férias, na
seguinte proporção:
Duração do trabalho semanal Período de férias
De 22 horas até 25 horas 18 dias
Superior a 20 horas até 22 horas 16 dias
Superior a 15 horas até 20 horas 14 dias
Superior a 10 horas até 15 horas 12 dias
Superior a 5 horas até 10 horas 10 dias
Igual ou inferior a 5 horas 8 dias

24) VII - Demais direitos do trabalhador parcial


Os trabalhadores contratados sob regime de tempo parcial fazem jus aos demais
direitos trabalhistas e previdenciários estendidos aos empregados normais, tais
como:
a) aviso-prévio;
b) Descanso Semanal Remunerado (DSR);
c) Adicionais (noturno, periculosidade e insalubridade);
d) Benefícios previdenciários (auxílio-doença, pensão por morte, salário-
maternidade, aposentadoria por invalidez, etc.)

25)Negociação dos trabalhadores – Art. 611A incisos e §§


Nova regra
Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação. Assim, os
sindicatos e as empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das
previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os
trabalhadores.
Em negociações sobre redução de salários ou de jornada, deverá haver cláusula
prevendo a proteção dos empregados contra demissão durante o prazo de vigência
do acordo. Esses acordos não precisarão prever contrapartidas para um item
negociado.
Acordos individualizados de livre negociação para empregados com instrução de
nível superior e salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos
benefícios do INSS (R$ 6.101,06) prevalecerão sobre o coletivo.

26 Qual a nova regra do Prazo de validade das normas coletivas Art. 611B
O que for negociado não precisará ser incorporado ao contrato de trabalho.
Os sindicatos e as empresas poderão dispor livremente sobre os prazos de validade
dos acordos e convenções coletivas, bem como sobre a manutenção ou não dos
direitos ali previstos quando expirados os períodos de vigência.
E, em caso de expiração da validade, novas negociações terão de ser feitas.

27) Qual a nova regra da Representação Art. 510 A a 510 D


Os trabalhadores poderão escolher 3 funcionários que os representarão em
empresas com no mínimo 200 funcionários na negociação com os patrões.
Os representantes não precisam ser sindicalizados. Os sindicatos continuarão
atuando apenas nos acordos e nas convenções coletivas.

28) Demissão em Comum Acordo Art. 484 A


O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de
metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS.
O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela empresa
na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego.

29) Danos morais Art. 223 A até G


A lei impõe limitações ao valor a ser pleiteado pelo trabalhador, estabelecendo um
teto para alguns pedidos de indenização. Ofensas graves cometidas por
empregadores devem ser de no máximo 50 vezes o último salário contratual do
ofendido.
A Lei 13.467/2017 introduziu na CLT o artigo 223, letras A a G, disciplinando o dano
moral (ou extrapatrimonial).
De acordo com a redação da MP 808/2017, que a modificou, em parte, são
objetivamente protegidos como bens morais do trabalhador a etnia, a idade, a
nacionalidade, a honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, o
gênero, a orientação sexual, a saúde, o lazer e a sua integridade física, assim como

a imagem, o nome, o segredo empresarial e o sigilo de correspondência das


pessoas jurídicas.
A nova lei estipula alguns critérios objetivos que o juiz deve examinar na fixação do
valor da indenização por dano moral, além de possibilitar a indenização dobrada nos
casos de reincidência entre as mesmas partes.
O artigo 223-G, da CLT, diz que o juiz, ao apreciar o pedido de indenização por
lesão moral, considerará:
I - a natureza do bem jurídico tutelado;
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;
III - a possibilidade de superação física ou psicológica;
IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;
VII - o grau de dolo ou culpa;
VIII - a ocorrência de retratação espontânea;
IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa;
X - o perdão, tácito ou expresso;
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas;
XII - o grau de publicidade da ofensa”.

30) Quais as definições de indenização §1º do artigo 223, modificado pela MP 808/2017

a) — para ofensas de natureza leve, indenização de até três vezes o valor do limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
b) — para ofensas de natureza média, indenização de até cinco vezes o valor do
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
c) — para ofensas de natureza grave, indenização de até vinte vezes o valor do
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
d) — para ofensas de natureza gravíssima, indenização de até cinquenta vezes o
valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
(Limite máximo R$ 6.101,06).
Como a nova lei não diz o que se deve entender por lesões de natureza leve, média,
grave e gravíssima, ainda vai levar um tempo para que a doutrina e a jurisprudência
acomodem algum consenso sobre esses conceitos.

31) O que é o dano moral no ambiente de trabalho?


O dano moral nada mais é do que uma lesão direta à dignidade do trabalhador.
Qualquer conduta do empregador que prejudique a intimidade ou a privacidade, ou
ainda, promova o constrangimento, sofrimento, dor, angústia, tristeza, humilhação
pública, entre outros danos psíquicos, pode ser reconhecido como dano moral
sujeito à indenização ao empregado.
1. O que é o dano moral no ambiente de trabalho?
O dano moral nada mais é do que uma lesão direta à dignidade do trabalhador.
Qualquer conduta do empregador que prejudique a intimidade ou a privacidade, ou
ainda, promova o constrangimento, sofrimento, dor, angústia, tristeza, humilhação
pública, entre outros danos psíquicos, pode ser reconhecido como dano moral
sujeito à indenização ao empregado.

32. Quais os exemplos de dano moral no trabalho?


Existem diversas situações que podem ser lesivas gerando a condenação do
empregador por danos morais. Algumas dessas condutas são:
– Obrigar o empregado a realizar o teste do polígrafo (polígrafo é um aparelho com
conexões ao cérebro e pontos vitais da pessoa, com uma agulha altamente sensível,
que capta se as respostas dadas são verdadeiras ou mentirosas)
– Submeter o empregado à revista íntima;
– Instalar câmeras de segurança no interior de vestiários e banheiros;
– Anotar na Carteira de Trabalho valor de salário inferior ao efetivamente pago,
prejudicando no recebimento de verbas trabalhistas;
– Assédio moral e assédio sexual;
– Criar “listas negras” ou qualquer outra ferramenta que possa denegrir a imagem do
empregado dentro da empresa;
– Rasurar a CTPS do empregado;
– Acidente de Trabalho, entre outras.

33. O que não é considerado dano moral?


Chamar a atenção do empregado, advertir por falhas cometidas, descontar do
salário faltas não justificadas, e até retirar benefícios, em determinadas situações,
não é considerado dano moral.
O empregador possui o chamado poder disciplinar, onde pode aplicar medidas
visando a correção de condutas que prejudiquem o andamento da empresa como
um todo.
Além disso, em situações extremas, o empregado também pode tomar medidas
visando a preservação de empregos.
Embora essas condutas nem sempre agradem os trabalhadores, elas não são
passíveis de gerar o dano moral.
34. É possível o empregado sofrer dano moral antes mesmo de ser contratado?
Uma situação bastante comum que vem aparecendo na jurisprudência diz respeito
ao encaminhamento da documentação de admissão, sem o posterior fechamento do
contrato de trabalho.
Em outras palavras, se o trabalhador passou por um processo seletivo, foi aprovado
e encaminhou toda a documentação de admissão, porém, o empregador acaba não
realizando a contratação, tal conduta da empresa é passível de danos morais.

Para os tribunais, a chamada “frustração da contratação” é uma conduta lesiva ao


trabalhador e deve ser punida.

35. É possível o empregado sofrer dano moral depois do término do contrato de


trabalho?
Há possibilidade do empregado sofrer assédio moral por parte do seu empregador
após ser demitido.
No entanto, é fundamental que exista um nexo de causalidade entre a ação do
empregador e o dano sofrido pelo empregado.
Uma situação bastante típica, que enseja o pagamento de danos morais, é atribuir
ao empregado um falso motivo que acaba gerando a demissão por justa causa.
Caso o empregador acuse o empregado de qualquer conduta prevista na legislação
trabalhista que enseje a demissão por justa causa, porém, ela não tenha ocorrido de
fato, o empregador pode entrar com uma ação com pedido de danos morais, além
do pedido de reversão da demissão por justa causa.
Especialmente em casos onde houve uma falsa atribuição de furto, por exemplo,
esse tipo de ação pode existir e ter êxito.

36. Como comprovar o dano moral no trabalho?


Existem diversas formas de se comprovar o dano moral e para isso é preciso
analisar caso a caso.
Apenas para se ter uma ideia, no caso de instalação de câmeras de filmagem
dentro de vestiários, uma simples foto pode comprovar o ato lesivo.
Da mesma forma, o assédio sexual ou moral, pode ser comprovado por meio de
mensagens, gravações ou até testemunhas.
Porém, como se trata de uma questão subjetiva, nem sempre o trabalhador conta
com provas físicas para poder apresentar.
Quando o trabalhador possui elementos suficientes que comprovem o nexo entre a
conduta lesiva do empregado e o dano causado, também é possível usar tais
elementos como provas.

37) Qual a nova regra Contribuição sindical – Art. 545, 578, 579, 582, 583, 587 e 602
A Lei 13.467/17 não extinguiu a contribuição Sindical. O que mudou foi a forma da
cobrança e a espontaneidade do pagamento.
Corresponde a um dia de trabalho por ano, que antes tinha caráter compulsório
(obrigatório), passa a ser voluntária, pois depende da prévia e expressa autorização
do trabalhador, no caso das categorias profissionais.
Isto significa que o desconto automático da contribuição deixou de existir, perdendo
seu caráter parafiscal, e a entidade sindical só receberá se o trabalhador, no caso
dos sindicatos de empregados, autorizar expressa e previamente o desconto.
Em nosso entendimento, porém, a autorização poderá vir através da assembleia da
respectiva categoria; seja profissional, seja econômica; convocada especificamente
para tal fim e na própria Pauta de Reivindicações, como cláusula específica.

38) Qual a nova regra de tercweirização ?


A terceirização já é regulamentada pela Lei n. 13.426/2017, sem qualquer restrição a
tipos específicos de atividades.
A Lei que modernizou as relações de trabalho, confirma esta permissão ao destacar
expressamente que a prestação de serviços a terceiros é possível na execução de
quaisquer atividades da empresa.
Conjuntamente estas leis estabelecem regras claras para a terceirização.

39 O QUE É TERCEIRIZAÇÃO?
Terceirização é a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de
suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado
prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua
execução.
A empresa de prestação de serviços deve provar sua inscrição no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica (CNPJ), seu registro na Junta Comercial e ter capital social
compatível com o seu número de empregados.
O contrato em si também tem requisitos a serem cumpridos:
1 - qualificação das partes,
2 - especificação do serviço a ser prestado,
2 - prazo para realização do serviço (quando for o caso) e valor.
Além disso, ao longo do contrato, são assegurados aos empregados da contratada
quando e enquanto os serviços forem executados nas dependências da tomadora,
as mesmas condições relativas a:
I - a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em
refeitórios;
b) direito de utilizar os serviços de transporte;
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante
ou local por ela designado;
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir; e
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de
instalações adequadas à prestação do serviço.
Não podem ser contratadas as pessoas jurídicas cujos titulares ou sócios tenham,
nos últimos 18 meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado
ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios
forem aposentados.
Haverá uma quarentena de 18 meses que impede que a empresa demita o
trabalhador efetivo para recontratá-lo como terceirizado.
40) Qual a regra GESTANTE E LACTANTE – TRABALHO INSALUBRE – Art. 394 A a 396
Art. 394 A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de
insalubridade, empregada deverá ser afastada de:
I – atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação;

II – atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo quando apresentar


atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento durante a gestação;
III – atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar
atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento durante a lactação.
(...)
§ 2º Cabe à empresa pagar o adicional de insalubridade à gestante ou lactante,
efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da CF, por ocasião
do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste
serviço.
§ 3º Quando não for possível que a gestante ou lactante afastada nos termos do
caput deste artigo exerça suas atividades em local salubre na empresa, a hipótese
será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-
maternidade, nos termos da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o
período de afastamento.
O afastamento ou desligamento do empregado no decorrer do mês ocasionará o
recebimento do adicional de insalubridade calculado proporcionalmente ao número
de dias trabalhados.

No caso de faltas injustificadas, o empregado estará sujeito a sofrer o desconto do


adicional de insalubridade proporcionalmente aos dias faltosos, além do desconto do
salário.

41) Quais os GRAUS DE INSALUBRIDADE


O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a
percepção de adicional, incidente sobre o salário base do empregado (súmula 228
do TST), ou previsão mais benéfica em Convenção Coletiva de Trabalho,
equivalente a:
- 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
- 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
- 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

42) Qual nova regra Gravidez – Art. 394 A a 396 ?


É permitido o trabalho de mulheres grávidas em ambientes considerados insalubres,
desde que a empresa apresente atestado médico que garanta que não há risco ao
bebê nem à mãe. Mulheres demitidas têm até 30 dias para informar a empresa
sobre a gravidez.

43) Qual a nova regra Banco de horas Art. 59, 59ª, 59B ?
O banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
compensação de jornada ocorra no período máximo de seis meses ou ainda no
mesmo mês.

44) Qual a nova regra Rescisão contratual – Art. 477 e 477A


A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita na empresa, na
presença dos advogados do empregador e do funcionário – que pode ter assistência
do sindicato.
A quitação deverá se dar em até dez dias contados a partir do término do contrato.

45) Qual a nova regra Ações na Justiça


Nova regra
O trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e,
caso perca a ação, arcará com as custas do processo. Para os chamados
honorários de sucumbência, devidos aos advogados da parte vencedora, quem
perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença.
O trabalhador que tiver acesso à Justiça gratuita também estará sujeito ao
pagamento de honorários de perícias se tiver obtido créditos em outros processos
capazes de suportar a despesa.
Caso contrário, a União arcará com os custos. Da mesma forma, terá de pagar os
honorários da parte vencedora em caso de perda da ação.
Além disso, o advogado terá que definir exatamente o que ele está pedindo, ou seja,
o valor da causa na ação.
Haverá ainda punições para quem agir com má-fé, com multa de 1% a 10% da
causa, além de indenização para a parte contrária.
É considerada de má-fé a pessoa que alterar a verdade dos fatos, usar o processo
para objetivo ilegal, gerar resistência injustificada ao andamento do processo, entre
outros.
Caso o empregado assine a rescisão contratual, fica impedido de questioná-la
posteriormente na Justiça trabalhista.
Além disso, fica limitado a 8 anos o prazo para andamento das ações.
Se até lá a ação não tiver sido julgada ou concluída, o processo será extinto.

46)Qual a nova regra para Multa a Empregador: Art. 153


A multa para empregador que mantém empregado não registrado é de R$ 3 mil por
empregado, que cai para R$ 800 para microempresas ou empresa de pequeno
porte.

47) Qual a nova regra MULTA POR EMPREGADO SEM REGISTRO E DUPLA VISITA
Nova regra
1 – Multa de R$ 3.000,00 por empregado sem registro em carteira e sem dupla visita
MICROS E PEQUENAS EMPRESAS
1 – Multa de R$ 800,00, mas com benefício da Dupla Visita

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