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Não é praticado somente pelas partes do processo, pode ser também por terceiros como uma
testemunha, um perito, os auxiliares, o juiz, entre outros.
➔ Princípios específicos:
Art. 188, CPC: Os atos e os termos Art. 189, CPC: Os atos processuais são públicos, todavia
processuais independem de forma tramitam em segredo de justiça os processos:
determinada, salvo quando a lei I - em que o exija o interesse público ou social;
expressamente a exigir, considerando-se II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio,
válidos os que, realizados de outro modo, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças
lhe preencham a finalidade essencial. e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito
constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento
de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na
arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em
segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às
partes e aos seus procuradores.
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer
ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de
inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
➔ Classificação:
Das partes: -> de obtenção: são os que visão a satisfação de um pedido (ex:
pedido de deferimento de prova) Art.200, CPC;
Do juiz: -> sentença: o ato que vai pôr fim a uma fase do processo (fase de
conhecimento ou execução);
➔ Negócios processuais: ato jurídico bilateral e voluntário onde as partes vão delinear
manifestações processuais específicas. Art. 190, CPC: Versando o processo sobre direitos que
admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no
procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Em ambos não é necessária a autorização do juiz, salvo exceção sobre o calendário processual.
A INVALIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS: É inválido o processo que perde seus efeitos caso algum erro seja
reconhecido. Os atos somente serão declarados inválidos quando não houver possibilidade de correção
de defeitos.
O defeito de um ato processual pode viciar os seguintes que tenham o ato viciado como base.
➔ Teoria da invalidade dos atos: balizas para preservar os atos e sua validade.
O julgador deve avaliar a invalidade seguindo os princípios da legalidade (), razoabilidade (),
proporcionalidade (), segurança jurídica () e economia processual ().
Irrelevância: ato que, embora inválido, não gera prejuízo algum, nem para as partes nem para a
jurisdição.
Convalidação: diz respeito ao erro que deveria ter sido arguido em um determinado momento e não
foi.
Suprimento: quando o ato inválido é corrigido com a prática de outro em seu lugar. Pode ser um ato
igual ou um diferente que produz o mesmo efeito jurídico.
➔ Comunicabilidade dos atos viciosos: também conhecida como teoria dos frutos da árvore
envenenada. Art. 281, CPC.
➔ Boa-fé: a parte não pode alegar nulidade criada por ela mesma para beneficiá-la. Art. 276, CPC.
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: ocorre por meio de citação ou intimação. “Art. 238. Citação é
o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.”
1) Citação: só ocorre uma vez, é o primeiro contato com o réu (ou executado, ou terceiro), quando
ele fica ciente do processo. Se faz necessária nos processos de conhecimento e execução.
Também é requisito para a existência de uma relação processual válida.
Conceito: Art. 238, CPC: Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado
para integrar a relação processual.
Efeitos: Art. 240, CPC: A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos artigos 397
e 398 do CC.
• Induz litispendência: duas ações iguais que existem ao mesmo tempo são gêmeas, essa
característica nasce a partir da citação do réu. “a citação pode induzir à litispendência, pois ao
trazer o réu ao processo, podem-se analisar os elementos identificadores da ação, de modo a
poder constatar a litispendência (pressuposto processual negativo, consiste na existência de
duas ações idênticas).”
• Torna litigiosa a “coisa”: o processo contencioso pressupõe o litígio, que só existe quando há
pretensão resistida (lide). Também é a submissão da “coisa” sob a decisão jurisdicional.
“A citação vincula o objeto discutido no processo ao seu resultado. Qualquer alteração na
titularidade da coisa, em regra, não se opõe ao processo após a citação.”
• Constitui mora: ocorre quando não houve prazo para pagamento no contrato, por exemplo. A
mora passa a existir a partir do momento que o indivíduo é citado de modo que ele se torna um
devedor. “Tornar o devedor inadimplente para todas as consequências legais daí decorrentes.
Mas, tal disposição tem natureza geral, de modo que se houver qualquer norma especial que
determine a necessidade de constituição em mora do devedor por um meio específico (locação,
por exemplo), a mera citação não supre tal necessidade.”
• Interromper a prescrição (perda do exercício de um direito): ainda que o marco inicial seja o
despacho que ordena a citação, os seus efeitos retroagem à data da propositura da ação. Exceção:
Art. Art. 240, CPC: § 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências
necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1o.
Comparecimento espontâneo: Art. 239: Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do
executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. §1°-
O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta
data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
Improcedência liminar do pedido: Art. 332: Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos;
Pessoalidade: Art. 242: A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do
representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
o Exceções: Incapaz
Preposto, gerente, administrador...
Mandatário (atos originados dele)
Entes da federação
Modalidades: feitas por meio de AR, porteiro pode receber assim como funcionário. Art. 231:
o Ficta: presunção da citação Edital (quando nenhum outro meio foi efetivo)
Hora certa (feita pelo oficial de justiça quando ele não encontra a
pessoa ou quando há suspeita de ocultação.
2) Intimação: as demais comunicações no decorrer do processo (ou seja, após a citação).
Conceito:
Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
§ 1o É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do
correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
§ 2o O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença.
§ 3o A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública
responsável por sua representação judicial.
Personalidade: exceção -> atos processuais (art. 485, §1° e art. 528, CPC).
Em processos físicos as intimação se dá pelo Diário Oficial, atualmente o modo mais comum de intimação
e por meio eletrônico.
Modalidades (formas): Pelo advogado: o próprio advogado intima a outra parte;
Audiência: decisões que envolvam a prática de um ato pelas partes onde elas
saem intimadas da própria audiência. Ex.: boleto da TV.
Correio.
Prazos processuais: quanto tempo tenho para praticar um ato dentro do prazo? O tempo que a lei prevê.
Se não há prazo determinado na lei o juiz que indica. Se nem o juiz e nem a lei determinarem o prazo
então ele será de 5 dias para atos e 48hrs para comparecimento. Art. 218, §4°, CPC.
o Marco inicial X marco final:
o Unidades de contagem: dias, horas (art. 107, §3°), minutos (art. 364), meses (art. 313, II) e ano
(art. 485, II).
o Prazos: -> legais: aquele previsto na lei;
-> judiciais: aquele fixado pelo juiz;
-> convencionais: aqueles acordados entre as partes.
o Prazos: -> próprios: o que será motivo para represália se não for cumprido;
-> impróprios: não trazem prejuízos se não forem cumpridos.
o Contagem: os atos que dão início são a citação e a intimação.
No processo civil exclui-se o dia do início e Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de
inclui-se o do final. Contagem em dias úteis. escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para
todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal,
Art. 229, §2° da Lei 13.105/15 -> pegadinha -> independentemente de requerimento.
Disponibilização (dia que a intimação é colocada no Diário) -> publicação (1 dia útil depois da publicação)
-> 1° dia (a contagem o prazo inicia-se no primeiro dia útil após a publicação).
(tem até 10 dias – se aberta, o prazo passará a contar a partir do próximo dia útil)