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90 Questões Discursivas Comentadas

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE

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A cópia, venda, distribuição ou reprodução deste material, total ou parcial
mente, é expressamente proibido.

Autor: Cleiton Mendes Lopes


Texto: Murilo Patrício da Silva e Fernanda Eneas Gomes da Silva
Capa, projeto gráfico e diagramação: Jorge L. G. M. Herrero
Revisão geral: Murilo Patrício da Silva e Fernanda Eneas Gomes da Silva

Este material foi desenvolvido para contribuir na preparação do aluno para o


processo de estudos na área de saúde. Os protocolos do ministério da
saúde e conteúdos das provas da UFMT serviram de principal base para o
desenvolvimento deste conteúdo, sendo assim, podem existir divergências em
relação às demais fontes (livros, associações, instituições, etc).

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Sumário Questões UFMT 2018 ......................................................................... 06
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 06
Clínica Médica..................................................................................... 08
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 10
Pediatria................................................................................................ 11
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 13
Questões UFMT 2017 ......................................................................... 15
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 15
Clínica Médica..................................................................................... 17
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 18
Pediatria................................................................................................ 19
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 21
Questões UFMT 2016 ......................................................................... 23
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 23
Clínica Médica..................................................................................... 25
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 27
Pediatria................................................................................................ 28
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 30
Questões UFMT 2015 ......................................................................... 31
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 31
Clínica Médica..................................................................................... 33
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 35
Pediatria................................................................................................ 36
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 37
Questões UFMT 2014 ......................................................................... 38
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 38
Clínica Médica..................................................................................... 40
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 41
Pediatria................................................................................................ 42
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 44
Questões UFMT 2013 ......................................................................... 46
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 46
Clínica Médica..................................................................................... 47
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 49
Pediatria................................................................................................ 50
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 52
Questões UFMT 2012 ......................................................................... 53
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 53
Clínica Médica..................................................................................... 55
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 57
Pediatria................................................................................................ 58
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 61
Questões UFMT 2011.......................................................................... 63
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 63
Clínica Médica..................................................................................... 65
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 67
Pediatria................................................................................................ 68
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 69
Questões UFMT 2010 ......................................................................... 70
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 70
Clínica Médica..................................................................................... 71
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 73
Pediatria................................................................................................ 74
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 75

Gabaritos com Questões comentadas


Gabarito UFMT 2018 .......................................................................... 76
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 77
Clínica Médica..................................................................................... 79
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 81
Pediatria................................................................................................ 83
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 85
Gabarito UFMT 2017 .......................................................................... 86
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 86
Clínica Médica..................................................................................... 87
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 88
Pediatria................................................................................................ 89
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 90
Gabarito UFMT 2016 .......................................................................... 91
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 91
Clínica Médica..................................................................................... 92
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 93
Pediatria................................................................................................ 94
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 95
Gabarito UFMT 2015 .......................................................................... 96
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 96
Clínica Médica..................................................................................... 97
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 98
Pediatria................................................................................................ 99
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 100
Gabarito UFMT 2014 .......................................................................... 101
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 101
Clínica Médica..................................................................................... 102
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 103
Pediatria................................................................................................ 104
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 105
Gabarito UFMT 2013 .......................................................................... 106
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 106
Clínica Médica..................................................................................... 107
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 108
Pediatria................................................................................................ 109
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 110
Gabarito UFMT 2012 .......................................................................... 111
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 111
Clínica Médica..................................................................................... 112
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 113
Pediatria................................................................................................ 114
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 117

Gabarito UFMT 2011........................................................................... 118


Clínica Cirúrgica.................................................................................. 118
Clínica Médica..................................................................................... 119
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 120
Pediatria................................................................................................ 121
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 122
Gabarito UFMT 2010 .......................................................................... 123
Clínica Cirúrgica.................................................................................. 123
Clínica Médica..................................................................................... 124
Ginecologia e Obstetrícia.................................................................. 125
Pediatria................................................................................................ 126
Medicina de família, comunidade e saúde coletiva........................ 127
QUESTÕES UFMT 2018
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - T.X., 65 anos, com colecistectomia agendada. A pressão arterial é 230/120 mmHg e o pulso, 60
bpm. Apresenta os seguintes exames: Hematócrito= 38%, Na = 140 mmol/L e K= 2,7 mmol/L. Refere que está em uso
das seguintes medicações: propranolol e hidroclorotiazida. A partir das informações dadas, responda aos itens.

(I) - Como deve ser feita e quais critérios devem ser considerados para a correta avaliação clínica pré operatória desse
paciente? (Valor: 1,0 ponto)
(II) - Quais exames complementares devem ser solicitados, minimamente, para a correta avaliação desse paciente? Justifi-
que e fundamente cientificamente sua resposta. (Valor: 1,0 ponto)
(III) - Considerando os critérios hemodinâmicos e/ou pressóricos desse paciente, qual é a orientação / conduta correta
em relação à realização do procedimento proposto? Justifique e fundamente cientificamente sua resposta. (Valor: 2,0
pontos)
(IV) - Qual deve ser a correta monitorização transoperatória para esse paciente? (Valor: 1,0 ponto).

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QUESTÕES UFMT 2018
02 - Paciente feminina, 34 anos, moradora em zona rural, procura atendimento médico por estar “sen-
tindo cansaço severo” que a impede de trabalhar “como antes”, sentindo “palpitações” nos últimos seis meses. Tonsilites
estreptocócicas de repetição. Exame físico: pressão arterial de 110 x 60 mmHg; frequência cardíaca de 118 batimentos por
minuto; sopro diastólico em foco mitral, rude (++/4+); estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares, discreta
dor à palpação profunda em hipocôndrio direito; edema perimaleolar bilateralmente (+/4+). Submetida a eletrocardiogra-
ma em seis derivações (abaixo).

Considerando a história clínica e o eletrocardiograma, responda aos itens.


(I) - Qual o diagnóstico semiológico completo atual? (Valor: 1,5 ponto)
(II) - Qual a classe funcional dessa paciente, segundo a classificação NYHA (New York Heart Association)? (Valor: 0,5
ponto)
(III) - Cite 2 (dois) aspectos eletrocardiográficos patológicos evidentes no exame acima. (Valor: 0,5 ponto).
(IV) - Cite o tipo de tratamento cirúrgico indicado (Valor: 0,5 ponto) e os critérios para a sua indicação (Valor: 2,0 pontos).

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QUESTÕES UFMT 2018
CLÍNICA MÉDICA
03 - O TSH é o principal regulador da função tireoidiana, a biossíntese e a liberação de T3 e T4 são
controladas por mecanismos reguladores tipo feedback negativo que mantêm constante a síntese, o estoque e os níveis
dos hormônios no sangue. A partir das informações dadas, responda aos itens.

(I) - Faça um esquema do retrorregulação hormonal do eixo Hipófise-Hipotálamo-Tireoide. (Valor: 2,0 pontos)
(II) - Identifique, nesse esquema, as alterações decorrentes da tireoidite de Graves desse eixo. (Valor: 2,0 pontos)
(III) - Cite 4 (quatro) principais manifestações clínicas associadas à tireoidite de Graves. (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2018
04 - Paciente C.A.M, feminino, 42 anos, foi levada por seu esposo ao pronto atendimento do Hospital
Municipal com queixa de cefaleia intensa difusa associada a náuseas e vômitos e iniciada há 2 horas. Ela descreve a dor
como "a pior dor de cabeça da minha vida" e afirma que começou de repente, após uma discussão com a filha por proble-
mas familiares. A cefaleia não teve melhora mesmo após tomar 2 comprimidos de 500mg de dipirona e a intensidade da
dor agravou-se. Nega qualquer trauma, esforço físico intenso, alterações visuais, fotofobia ou crise convulsiva, mas afirma
“estar sentindo o corpo quente”, iniciado minutos depois da precipitação da cefaleia e está muito preocupada em ser febre.
Nega qualquer problema médico significativo pregresso. Nega qualquer cirurgia anterior e faz uso há 12 anos de contra-
ceptivos orais. Afirma trabalhar como atendente de telemarketing e nega uso de drogas ilícitas, tabagismo ou etilismo.
Religião católica, mas não frequenta a igreja.

Exame Físico: Regular estado geral, levemente ansiosa, inquieta, lúcida e orientada no
tempo e espaço, desidratada 1+/4+, corada, Tax: 37,2º C. O pulso . regular (85 bpm),
PA . 150/85 mmHg (que ela afirma estar mais alto que o habitual), e a FR . 20 irpm.

Neurológico: Escala de Coma de Glasgow 15, pupilas pequenas, de 2 mm, isocóricas e


fotorreagentes. A força motora e os reflexos profundos são simétricos e sem cl.nus. Os
olhos estão normais, com movimentos extra oculares normais e sem fotofobia ou
nistagmos. Fundoscopia: normal. Nenhuma nodulação é detectada no exame do
pescoço, mas apresenta leve rigidez de nuca. Exames do aparelho respiratório, cardía-
co, abdominal sem alterações. As análises de hemograma, eletrólitos, bioquímica e a
análise da urina são normais. Realizou tomografia computadorizada de crânio sem
contraste (imagem ao lado).

De acordo com o caso clínico, responda aos itens.


(I) - Cite 2 (duas) manobras do exame neurológico que devem ser executadas em suspeita de irritação meníngea. (Valor:
1,0 ponto)
(II) - Em caso de não possuir o exame de imagem disponível em seu pronto atendimento, como proceder a investigação
para confirmação diagnóstica? (Valor: 1,5 ponto)
(III) - Qual a principal hipótese diagnóstica para o caso descrito? (Valor: 1,0 ponto)
(IV) - Considerando os dados clínicos e radiológico disponíveis, cite 3 (três) diagnósticos diferenciais. (Valor: 1,5 ponto).

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QUESTÕES UFMT 2018
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Esquematize o fluxograma de diagnóstico de Diabetes Mellitus gestacional em situação de viabili-
dade financeira e disponibilidade técnica total, conforme orientações do Ministério da Saúde do Brasil. (Valor: 5,0 pontos)

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06 - Descreva a classificação BI-RADS. (4 edição) em relação aos achados da mamografia, ultrassono-


grafia e ressonância magnética. (Valor: 5,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2018
PEDIATRIA
07 - A asma é uma doença inflamatória das vias respiratórias, que se caracteriza por obstrução reversí-
vel dessas vias. É doença crônica muito comum na infância e motivo frequente de atendimento em unidades de Pronto
Atendimento. A partir das informações dadas, responda aos itens.

(I) - Cite 5 (cinco) sinais de crise asmática grave. (Valor: 2,5 pontos)
(II) - Esquematize a sequência de tratamento da asma aguda grave na unidade de atendimento. No caso de medicações,
cite a via de administração. (Valor: 2,5 pontos).

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08 - Criança do sexo masculino, 9 anos completos, está sendo avaliada no ambulatório da Unidade de
Atenção Básica. O escolar apresenta 45 kg e 140 cm de altura. Utilizando as curvas de crescimento da Organização Mun-
dial de Saúde (OMS), responda aos itens.
(I) - Estabeleça o diagnóstico nutricional dessa criança em função de Peso, Altura e índice de Massa corporal (IMC).
(Valor: 3,0 pontos)
(II) - Cite 3 (três) orientações gerais a serem feitas à família e à criança em função desse diagnóstico. (Valor: 2,0 pontos)

11
QUESTÕES UFMT 2018

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QUESTÕES UFMT 2018
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - Dione, 25 anos, grávida de 3 meses, foi ao PSF Jardim das Flores fazer pré-natal. Na consulta com
a médica de família, ela referiu ter tido tratamento adequado de sífilis primária há mais de 4 anos. O exame solicitado de
VDRL deu positivo de 1/128. A partir das informações dadas, responda aos itens:

(I) - Explique o diagnóstico. Pertence a algum grupo ou síndrome? (Valor: 1,0 ponto)
(II) - Considerando o exposto, seria reação cruzada, doença atual, infecção pregressa ou cicatriz sorológica? Justifique.
(Valor: 2,0 pontos)
(III) - Quais seriam as devidas condutas? (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2018
10 - Dona Renata Najura procurou a UBS responsável pelo seu bairro para consultar-se com a médica
dra. Jaqueline Fasta. Dona Renata é manicure, relatou que, durante seu trabalho, tinha notado uma “mancha mais branca”
em seu braço direito. Notara também que tinha queimado essa “mancha enquanto cozinhava há 10 dias e não tinha senti-
do nada na mancha”. Negou traumas físicos pr.vios no MSD. Relatou também que seu falecido pai (morreu de “infarto
fulminante” há 05 anos) tinha tratado de “lepra” há cerca de 06 anos. Refere que nunca casou e sempre morou com os
pais. Dra. Jaqueline percebeu, ao exame físico da Dona Renata, uma lesão hipocrômica com ausência de pelos, sensibilida-
de térmica, tátil e dolorosa praticamente ausentes, localizada no antebra.o anterior direito. Também notou os nervos ulnar
direito e auricular posterior direito espessados na paciente. Após análise do caso, responda aos itens.

(I) - Qual o diagnóstico mais prov.vel? Qual é a sua classificação (operacional)? Trata-se de uma doença a ser notificada?
Justifique. (Valor: 2,0 pontos)
(II) - Descreva o tratamento (medicamentos, dose, prazo) para esse caso. (Valor: 3,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2017
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - MASL, gênero feminino, branca, com 14 anos de idade, natural e procedente de Alta-Floresta-MT,
deu entrada no Hospital Universitário Júlio Muller (Cuiabá-MT), com queixa de sangramento retal. O exame colonoscópi-
co mostrou pólipo séssil de 2 cm localizado a 10 cm do ânus. Próximo à transição retossigmoideana, encontrou-se grande
tumor polipoide de aproximadamente 10 cm e pólipos sésseis em todo o cólon, com tamanho variando entre 2 mm a 10
mm. Além disso, havia grande quantidade de pólipos em todo o segmento ileal examinado. Foi submetida à colectomia
total com íleo-reto anastomose, tendo recebido alta após uma semana. O exame anátomo-patológico revelou presença de
numerosos adenomas tubulares, bem como um adenocarcinoma vilo-tubular do sigmoide. Após três meses, foi internada
no mesmo hospital apresentando cefaleia, vômitos e alteração do nível de consciência. A tomografia computadorizada
craniana revelou tumor cístico frontobasal à esquerda. Foi submetida no mesmo dia à craniotomia frontal com exérese
subtotal do processo. O exame anátomo-patológico revelou tratar-se de glioblastoma multiforme. A paciente foi submeti-
da à radioterapia no segmento cefálico. Evoluiu assintomática por um ano, quando novamente apresentou sinais de hiper-
tensão intracraniana, causada por recidiva do processo frontal. Foi reoperada e recebeu alta após 10 dias, sem sequelas
neurológicas. A paciente faleceu 5 meses após a última cirurgia, em sua cidade de origem. Com base na história clínica
apresentada, responda aos itens.

I - Qual o diagnóstico sindrômico para o caso? (Valor: 2,5 pontos)


II - Tendo em vista o estudo genético, qual a conduta a ser tomada em crianças com alto risco para essa doença, ao início
da primeira década de vida? (Valor: 2,5 pontos).

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QUESTÕES UFMT 2017
02 - M.A, 50 anos, foi encaminhado à clínica de dor para avaliação de dor abdominal e com diagnósti-
co de adenocarcinoma de pâncreas. A dor está localizada na região epigástrica e mais intensa à noite. O paciente está
usando sulfato de morfina de liberação rápida de 6/6 horas. Queixa-se de controle inadequado da dor, de náusea, vômito
e constipação. Sobre o caso acima, responda aos itens.

I - Cite duas causas de dor em pacientes com câncer. (Valor: 2,0 pontos)
II - Em que consiste a conduta em “escada”, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para o controle da
dor oncológica? (Valor: 3,0 pontos) .

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QUESTÕES UFMT 2017
CLÍNICA MÉDICA
03 - Mulher negra, 17 anos, prostituta, em uso irregular de contraceptivo oral, refere dor pélvica súbita,
acompanhada de sangramento vaginal discreto há 24 horas. Refere leucorreia crônica, amarelada, com odor fétido. Ao
exame físico, apresenta-se febril, hipocorada, PA: 90×60 mmHg, FC: 110 bpm, com dor à palpação da fossa ilíaca direita,
com compressão e descompressão local dolorosa. A partir das informações dadas, responda aos itens.

I - Cite três hipóteses diagnósticas prováveis, justificando-as. (Valor: 3,0 pontos)


II - Cite quatro exames indicados, inicialmente, para esclarecimento diagnóstico, justificando-os. (Valor: 2,0 pontos)

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04 -Homem branco, 40 anos, mestre de obra, hipertenso, diabético, tabagista moderado há 20


anos, refere início do quadro há 24 horas, com febre alta e calafrios, acompanhados de dor, rubor e edema na
perna direita. Evoluiu após 48 horas sem tratamento com piora do quadro, com mal estar geral, aumento da dor,
do edema e aparecimento de lesões bolhosas na perna e febre alta contínua. Ao exame físico: algo confuso, FC:
120 bpm, FR: 26 irpm, PA: 110×80 mmHg, com sinais flogísticos em toda extensão do membro inferior direito,
com bolhas necro-hemorrágicas na perna e sinais de síndrome compartimental, cordão eritematoso e doloroso
ao longo da coxa e linfonodos inguino-femurais dolorosos. A partir das informações dadas, responda aos itens.
I - Qual o diagnóstico clínico nas primeiras 24 horas e após as 48 horas subsequentes? Justifique-os. (Valor: 3,0
pontos)
II - Qual a conduta terapêutica indicada? Justifique-a. (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2017
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - O aumento uterino é comum e costuma ser o resultado de gravidez ou de leiomioma. Estes são
neoplasias benignas do músculo liso que com frequência originam-se no miométrio, são referidos como miomas uterinos
e, como seu conteúdo considerável de colágeno produz uma consistência fibrosa, são erroneamente denominados fibro-
mas. A partir das informações dadas, responda aos itens.
I - Cite quatro fatores de risco para o leiomioma uterino. (Valor: 1,0 ponto)
II - Cite quatro sintomas do leiomioma uterino. (Valor: 1,0 ponto)
III - Qual é a classificação dos leiomiomas? (Valor: 2,0 pontos)
IV - Cite quatro medicamentos usados no tratamento clínico do leiomioma. (Valor: 1,0 ponto)

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06 - No Brasil, o câncer de endométrio é menos frequente que o de colo uterino. O câncer de endomé-
trio é doença ginecológica maligna comum e de relevante importância no climatério, devendo ser lembrada e pesquisada
em toda paciente com história de sangramento e achado de espessamento endometrial nessa fase. A partir das informa-
ções dadas, responda aos itens.
I - Cite dez fatores de risco para o câncer de endométrio. (Valor: 2,0 pontos)
II - Defina neoplasia intraepitelial endometrial. (Valor: 1,0 ponto)
III - Caracterize a propedêutica da paciente com hiperplasia endometrial. (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2017
PEDIATRIA
07 - Surtos de bronquiolite ocorrem nos meses das estações outono-inverno e, por vezes, na primave-
ra. A transmissão da doença se faz por via aérea, por meio de gotículas de saliva ou por contato com secreções contamina-
das. Fatores genéticos e ambientais, como fumaça de cigarro, contribuem para a gravidade da doença. Alguns estudos
sugerem que existe uma predisposição genética à bronquiolite, por exemplo, crianças com bronquiolite têm mais chance
de ter um portador de asma ou outra doença causadora de sibilância na família. Em relação à bronquiolite aguda do lacten-
te, responda aos itens.

I - Cite os dois principais agentes etiológicos. (Valor: 1,0 ponto)


II - Descreva três sinais ou sintomas característicos. (Valor: 1,0 ponto)
III - Cite dois fatores de risco para a gravidade da doença. (Valor: 1,0 ponto)
IV - Identifique a complicação imediata dessa patologia no lactente jovem. (Valor: 1,0 ponto)
V - Descreva duas formas de profilaxia primária. (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2017
08 - Neste ano de 2017, o Governo Federal fez alterações importantes no calendário vacinal com o
objetivo de aumentar a proteção de crianças, ampliar a imunidade de adolescentes e diminuir casos de caxumba entre adul-
tos. A medida já é válida em todos os postos de saúde do Brasil desde o início de 2017. As modificações acontecem com
frequência, sempre levando em conta estudos e pesquisas científicas que apontam a necessidade de incluir novos grupos
e ampliar a oferta de vacinas. Segundo a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI), “esta amplia-
ção permite aumentar a proteção às doenças imunopreveníveis, conforme os grupos definidos, além de elevar as cobertu-
ras vacinais, diminuindo assim a população suscetível a essas doenças”. Atualmente o Ministério da Saúde oferece gratuita-
mente, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
que atendem todas as idades. Cerca de 300 milhões de doses são ofertadas para combater mais de 20 doenças. A partir das
informações dadas, descreva o calendário vacinal PNI 2017 no:

I - Período neonatal. (Valor: 0,5 ponto)


II - Período de lactente. (Valor: 2,5 pontos)
III - Período pré-escolar. (Valor: 0,5 ponto)
IV - Período escolar e adolescente. (Valor: 1,5 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2017
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - A tuberculose latente (ou tuberculose infecção) é uma condição frequente em países endêmicos
dessa doença. Os portadores são assintomáticos. Uma pesquisa populacional foi feita para identificar a prevalência e os
fatores associados à tuberculose latente em uma população de baixa endemicidade, cuja prevalência (IC95%) esperada
regional é de aproximadamente 5% (3,2%; 6,8%). Participaram do estudo 1.800 indivíduos adultos da população local e a
prevalência (IC95%) encontrada foi de 10% (6,1%; 14%). Dos portadores de tuberculose latente, 90 relatavam tratamento
prévio de tuberculose na família. Por outro lado, dos não portadores, a infecção familiar foi relatada por apenas 162 pesso-
as. A partir das informações dadas, responda aos itens.

I - A tuberculose latente é mais prevalente no município estudado do que na região? Justifique. (Valor: 2,5 pontos)
II - Que conclusão pode ser feita sobre a investigação de potencial fator de risco da infecção familiar prévia? (Valor: 2,5
pontos)

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QUESTÕES UFMT 2017
10 - O Sr. JMF, pedreiro aposentado, tinha 50 anos quando procurou, pela primeira vez, o serviço de
saúde. Havia caído do andaime da construção civil onde trabalhava e sofreu fratura exposta de tíbia esquerda, cujo trata-
mento cirúrgico e imobilização não resultaram em sucesso. Evoluiu com osteomielite crônica que não respondeu bem ao
tratamento antimicrobiano e permaneceu, durante todo o resto de sua vida, com uma extensa úlcera de perna esquerda,
constantemente infectada e dolorosa. Impossibilitado de trabalhar, foi aposentado por invalidez aos 60 anos, já tendo
diagnósticos adicionais de hipertensão arterial e diabetes melito. Mantinha sua pressão arterial e glicemias bem controladas
com captopril, glibenclamida e metformina. Quando completou 70 anos, deu entrada no hospital regional com febre e
calafrios, além de descompensação do diabetes melito (glicemia = 400 mg/dL). A úlcera da perna esquerda mostrava volu-
mosa secreção purulenta e extensa celulite adjacente. Após 48 horas, evoluiu com sepsis, síndrome de angústia respiratória
e choque. Parada cardiorrespiratória foi constatada no dia seguinte. Considerando as informações clínicas e evolutivas do
Sr. JMF, preencha, de forma correta, o bloco VI da declaração de seu óbito. (Valor: 5,0 pontos)

22
QUESTÕES UFMT 2016
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - M. A. C., sexo feminino, 32 anos, do lar, refere que há um ano vem apresentando dores constantes
nos braços, pernas, quadris e região dorsal, que a impedem de realizar suas atividades diárias, precisando ficar a maior parte
do tempo deitada. Refere que as dores vão desde o “fio de cabelo até as pontas dos pés”. Por conta disso, está dormindo
mal, sente-se muito desanimada, apática e sem paciência com as pessoas e para cumprir suas obrigações. Ao exame físico,
não apresenta alterações neurológicas, apenas dor à palpação nos locais que já informara durante a anamnese. Traz exames
de ressonância da coluna cervical e lombar; screening metabólico, infeccioso e reumatológico e tomografias de tórax e
abdômen, todos normais. Refere que já passou por vários médicos, que a orientaram a conviver com a dor. A partir das
informações dadas, responda aos itens a seguir.

I - Qual é o diagnóstico dessa paciente? (Valor: 1,0 ponto)


II - Cite 2 diagnósticos diferenciais. (Valor: 2,0 pontos)
III - Cite 2 fármacos (princípio ativo) para o tratamento dessa patologia. (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2016
02 - L. M. S., 72 anos, gênero masculino, natural e procedente de Barra do Bugres-MT, aposentado.
Procurou há 4 dias pronto atendimento em sua cidade de origem, com queixa de dor abdominal, localizada em região
epigástrica, em forte intensidade, irradiada para hipocôndrios, acompanhada de vômitos e hiporexia. Relatou antecedentes
de hipertensão arterial sistêmica e epilepsia. Vem fazendo uso de enalapril 20 mg/dia, sinvastatina 40 mg/dia e valproato
de sódio 1,5 g/dia. A dor teve início após libação alimentar e ingestão de bebida alcoólica, cerveja, a qual referiu fazer uso
diariamente. Foi feito diagnóstico de intoxicação alimentar e liberado para seu domicílio com prescrição de medicações
sintomáticas. Cerca de 24 horas depois, retornou à mesma unidade, com piora dos sintomas, tendo sido internado com
quadro de desidratação aguda e iniciada reposição de líquidos e eletrólitos via endovenosa. Evoluiu com manutenção do
quadro de dor, vômitos, distensão abdominal, e confusão mental. Foi encaminhado para Cuiabá-MT em busca de maiores
recursos terapêuticos, dando entrada no Pronto Socorro Municipal em mal estado geral, rebaixamento do nível de consci-
ência, hipocorado ++/4+, ictérico +/4+, cianose labial
+/4+ e edema de membros inferiores ++/4+. Sinais vitais:
pressão arterial 90x40 mmHg, 110 b.p.m, 32 i.r.p.m., tempe-
ratura de 38 C, saturação de oxigênio de 91%. Abdome
distendido, hipertimpânico, com dor difusa à palpação
profunda, sem sinais de irritação peritonial e com ruídos
hidroaéreos diminuídos. Ao exame do abdome, chamou
atenção ainda do médico a presença da equimose observa-
da na imagem abaixo. Com base no caso apresentado,
responda aos itens:

I - Qual o diagnóstico? (Valor: 1,0 ponto)


II - Cite três prováveis etiologias relacionadas ao diagnóstico, justificando as mesmas com achados presentes no caso clíni-
co. (Valor: 1,0 ponto)
III - A que se deve a ocorrência do sinal clínico observado na imagem destacada no exame clínico? (Valor: 1,0 ponto)
IV - Considerando que esse paciente foi submetido a tratamento adequado e no quinto dia de internação apresentava-se
clinicamente estável e com parâmetros laboratoriais de melhora, é possível que seja iniciada alimentação por meio de
sonda nasojejunal? Justifique sua resposta. (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2016
CLÍNICA MÉDICA
03 - Homem negro, 50 anos, cobrador de transporte coletivo, tabagista de 2 maços/dia por 30 anos,
refere início do quadro há 90 dias, com astenia, anorexia, sudorese noturna e emagrecimento de 10 kg no período. Evoluiu
com tosse seca e chiado na porção superior direita do tórax. Há uma semana apresentou hemoptoicos e evoluiu com tosse
produtiva, expectoração amarelada, dispneia aos médios esforços e febre alta com calafrios, tendo realizado RX do tórax
(abaixo). Refere dois episódios de processo pneumônico anteriores no último ano.Em relação ao caso, responda aos itens.

I - Qual a abordagem propedêutica indicada para o diagnóstico


etiológico da doença de base,diante do quadro clínico e achados
radiológicos? (Valor 3,0 pontos)
II - Qual a conduta terapêutica imediata a ser adotada? (Valor 2,0
pontos)

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QUESTÕES UFMT 2016
04 - Homem, 60 anos, trabalhador rural, refere aparecimento de ferida no nariz há 60 dias, indolor,
envolvendo a porção anterior do septo nasal, associada à obstrução nasal e edema endurecido das asas nasais, com pouca
secreção. Refere duas feridas na perna direita há 2 anos, de características semelhantes, tratadas ambulatorialmente no
HUJM, por 30 dias, com resolução das lesões. Tem vários animais de estimação em casa, não vacinados, alguns cães com
problemas de pele e manqueira.

Exame físico: edema do nariz, com lesão ulcerada indolor, fundo seco e bordas
elevadas, com destruição parcial do septo nasal cartilaginoso e desabamento
com fibrose da ponta do nariz (“nariz de tapir”).

A partir das informações dadas, responda aos itens.


I - Qual o diagnóstico clínico sugerido pelo quadro? Justifique. (Valor: 2,0
pontos)
II - Cite três patologias que provocam destruição do septo nasal, descrevendo a
localização da lesão no septo e sua sintomatologia. (Valor: 3,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2016
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - O câncer de ovário é o quarto tumor ginecológico em frequência e o primeiro em mortalidade.
Cerca de 70% dos casos de câncer de ovário na gravidez são diagnosticados no estágio I. A partir das informações, respon-
da aos itens abaixo.
I - Qual a conduta nos cistos ovarianos na gestação? (Valor: 2,0 pontos)
II - Frente ao diagnóstico de câncer de ovário avançado, qual o tratamento recomendado:
a) No primeiro trimestre da gravidez? (Valor: 1,0 ponto)
b) No segundo trimestre da gravidez? (Valor: 1,0 ponto)
c) No terceiro trimestre acima da trigésima quarta semana de idade gestacional? (Valor: 1,0 ponto)

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06 - A presença de dois ou mais fetos na cavidade uterina define a gestação gemelar, cuja incidência
tem aumentado graças a alguns fatores predisponentes, entre os quais a maior frequência e o melhor resultado dos proce-
dimentos em reprodução humana assistida e a gestação em idade mais avançada. A ultrassonografia, idealmente realizada
já no primeiro trimestre, fornece subsídios importantes para o adequado acompanhamento da gestação gemelar. A partir
das informações, responda aos itens abaixo.
I - Cite dois dados de ultrassonografia que indiquem suspeita de transfusão feto-fetal. (Valor: 1,0 ponto)
II - Qual a recomendação de parto nas apresentações:
a) Cefálico Pélvico – com o peso do segundo feto maior que 1.500 g. (Valor: 2,0 pontos)
b) Cefálico Transverso – com o peso do segundo feto maior que 1.500 g. (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2016
PEDIATRIA
07 - A OMS recomenda que o perímetro cefálico seja medido utilizando técnica e equipamentos
padronizados, entre 24 horas após o nascimento e até 6 dias e 23 horas (dentro da primeira semana de vida). A microcefa-
lia constitui-se em um achado clínico, de etiologia complexa e multifatorial. A partir das informações dadas, responda aos
itens a seguir.

I - Qual o parâmetro estabelecido pela Organização Mundial de Saúde para definir microcefalia? (Valor 1,0 ponto)
II - Como é classificada a microcefalia quanto ao tempo de aparecimento? (Valor 1,0 ponto)
III - Cite cinco causas principais de microcefalia. (Valor 1,0 ponto)
IV - Que sinais e sintomas estão presentes na criança com microcefalia? (Valor 1,0 ponto)
V - Que exames são necessários na condução da criança com microcefalia? (Valor 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2016
08 - A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias
aéreas. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking mundial de ocorrência/prevalência de asma. Estima-se que nos grandes
centros urbanos brasileiros 20% da população pediátrica em idade escolar apresentam sintomas de asma. A partir das
informações dadas, responda aos itens a seguir.

I - Descreva o quadro clínico da asma na infância. (Valor 1,0 ponto)


II - Elabore o diagnóstico de asma na infância. (Valor 1,0 ponto)
III - Como é o tratamento da crise asmática? (Valor 1,0 ponto)
IV - O que é estado de mal asmático? (Valor 1,0 ponto)
V - Cite cinco patologias que fazem diagnóstico diferencial com a asma brônquica. (Valor 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2016
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - Sobre as segundas opiniões formativas no contexto do Programa Telessaúde do Ministério da
Saúde, descreva de forma sucinta:
I - O que significam. (Valor: 1,25 ponto)
II - De quem é a responsabilidade de elaborar. (Valor: 1,25 ponto)
III - Como são originadas. (Valor: 1,25 ponto)
IV - Para qual grupo de profissionais são destinadas. (Valor: 1,25 ponto)

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10 - O ensaio clínico aleatorizado e controlado para avaliação da eficácia de um medicamento é consi-


derado de alto nível de evidência para a tomada de decisão clínica se, e somente se, for alta a validade interna de seus resul-
tados. Cite e explique quatro dos vários critérios que devem compor a avaliação crítica da validade interna de um ensaio
clínico aleatorizado. (Valor: 5,0 pontos)
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QUESTÕES UFMT 2015
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - A moderna abordagem terapêutica ao paciente cirúrgico tem sido norteada nos últimos 15 anos
pelos chamados Protocolos Multimodais (ou Fast-track) de cuidados perioperatórios. O uso das condutas previstas em
tais protocolos tem demonstrado ao longo desses anos acelerar a recuperação pós-operatória, com impacto na diminuição
de complicações, custos hospitalares e alta mais precoce. À luz de tais protocolos, qual seria a conduta em termos de pres-
crição médica para um paciente de 68 anos, estável e sem comorbidades, que será submetido a uma colectomia devido a
um carcinoma não obstrutivo de cólon direito, em relação a:

I - Preparo do cólon. (Valor: 1,0 ponto)


II - Jejum pré-operatório. (Valor: 1,0 ponto)
III - Hidratação venosa pré-operatória. (Valor: 1,0 ponto)
IV - Terapia nutricional pré-operatória, considerando que o paciente apresentou perda de peso, tendo sido estratificado
como “B” pela avaliação subjetiva global e, no momento, ingere 80% de suas necessidades calóricas. (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2015
02 - E.M.C. chega à maternidade com 40 semanas de gestação, 4 cm de dilatação e bolsa rota. Sem
antecedentes pessoais dignos de nota. O obstetra a examina e encaminha ao pré-parto. Após 4 horas de permanência na
sala de parto e sem evolução, foi indicada cesariana. O anestesiologista de plantão vai conversar com a paciente para poste-
riormente encaminhá-la ao centro cirúrgico obstétrico. Chegando ao centro cirúrgico, o profissional monitora a paciente
e verifica que ela encontra-se estável hemodinamicamente. Em relação ao caso, responda os itens abaixo.

I - Qual a anestesia indicada a essa paciente? (Valor: 1,0 ponto)


II - Qual classificação ASA (American Society of Anesthesiologists) para essa paciente? (Valor: 1,0 ponto)
III - Cite as camadas da coluna vertebral, na sequência correta, a partir da pele até o espaço epidural e subaracnoideo.
(Valor: 3,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2015
CLÍNICA MÉDICA
03 - Homem, 28 anos, ornitólogo, natural e residente no Rio de Janeiro, refere febre alta diária, de
início há 5 dias, acompanhada de cefaleia intensa, calafrios e tremores, seguida de sudorese profusa. Procurou atendimento
médico, sendo diagnosticado como virose e tratado com sintomáticos. Há 24 horas houve piora do estado geral, com
confusão mental, hipotensão e diminuição da diurese. Irmão refere que outro participante da pesquisa em campo realizada
pela instituição em que trabalha, na Mata Atlântica, também desenvolveu, há 10 dias, quadro febril a esclarecer. A partir
dessas informações, responda os itens a seguir:
I - Qual o diagnóstico clínico para o quadro? Justifique. (Valor: 2,0 pontos)
II - Citar dois exames necessários ao diagnóstico etiológico, justificando-os. (Valor: 1,5 ponto)
III - Traçar a conduta terapêutica geral e específica (não precisa citar nomes comerciais de medicamentos ou doses).
(Valor: 1,5 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2015
04 -Mulher, 24 anos, refere dispneia súbita, aos pequenos esforços, acompanhada de “opressão toráci-
ca”, tosse seca, de início há 24 horas, quando retornou de uma viagem aérea com duração de 10 horas. Refere um
episódio de hemoptoico. Nega patologias prévias ou história de abortos. Refere uso de contraceptivos orais há
cerca de 10 anos e regime para emagrecer nos últimos três meses, com perda de 23 kg no período. Ao exame
físico:

• Obesa, regular estado geral, ansiosa, normocorada, normohidratada, acianótica e anictérica.


• ACV: ritmo cardíaco regular, em dois tempos, com desdobramento e hiperfonese de B2 em foco pulmonar.
• PA 120 × 80 mmHg. FC 110 bpm. • FR 32 irpm.
• Ap. respiratório: sibilos esparsos.
• RX TÓRAX: pequenas áreas hipertransparentes na periferia dos campos pulmonares, com elevação da hemicú-
pula frênica esquerda e velamento do seio costo-frênico homolateral. A partir das informações, responda os
itens.
I - Qual o diagnóstico provável? Justifique. (Valor: 2,5 pontos)
II - Citar o exame considerado “padrão ouro”para o diagnóstico etiológico. (Valor: 2,5 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2015
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - As gestantes com diagnóstico de pré-eclâmpsia grave deverão ser internadas, solicitados os exames
de rotina e avaliadas as condições maternas e fetais. Avaliar necessidade de transferência para unidade de referência, após
a estabilização materna inicial. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir.
I - Qual pressão arterial permite classificar em grave? (Valor: 1,0 ponto)
II - Cite 4 (quatro) situações que indicam necessidade de antecipação do parto. (Valor: 4,0 pontos)

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06 - Embora a prevenção da prematuridade continue a ser um desafio para a obstetrícia, alguns resul-
tados têm sido obtidos por meio da identificação e tratamento de fatores de risco associados. Assim como com a adapta-
ção laboral da grávida de risco. Alguns estudos recentes têm mostrado resultados com o uso de um tratamento hormonal
em grupos de risco. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir.
I - Qual o hormônio e o período recomendados para uso nesse tratamento? (Valor: 1,0 ponto)
II - Qual comprimento cervical à ultrassonografia tem um bom valor preditivo em mulheres com risco aumentado para
parto prematuro? (Valor: 1,0 ponto) III - Cite 2 (dois) fatores de risco associados à prematuridade. (Valor: 2,0 pontos)
IV - Cite 2 (dois) tocolíticos. (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2015
PEDIATRIA
07 - A meningite bacteriana no período neonatal é uma doença grave associada à mortalidade elevada
e ao aparecimento de complicações tardias nos sobreviventes. Sobre o assunto, responda:
I - Qual o principal agente etiológico nos países em desenvolvimento? (Valor: 1,0 ponto)
II - Qual a principal porta de entrada para essa patologia? (Valor: 1,0 ponto)
III - Que complicação obstétrica é a responsável por essa patologia? (Valor: 1,0 ponto)
IV - Como é feito o diagnóstico de meningite bacteriana em recém-nascido? (Valor: 1,0 ponto)
V - Qual é a maior complicação dessa doença? (Valor: 1,0 ponto)

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08 - A coqueluche (tosse comprida) é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório. Esta doença
acontece no mundo todo e afeta todas as faixas etárias, podendo adquirir caráter grave nas crianças pequenas e não imuni-
zadas. Sobre o assunto, responda:
I - Qual é o principal agente etiológico dessa doença? (Valor: 1,0 ponto)
II - Qual o período do ano em que ela ocorre com maior frequência? (Valor: 1,0 ponto)
III - Qual vacina pode prevenir o aparecimento dessa doença? (Valor: 1,0 ponto)
IV - Qual é o tratamento dessa doença? (Valor: 1,0 ponto)
V - Cite as três complicações mais importantes na criança. (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2015
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - As figuras abaixo mostram a evolução da incidência e da prevalência da AIDS no período de 1980
a 1990, em um determinado país.

As figuras abaixo mostram a evolução da incidência e da prevalência da AIDS no período de 1980 a 1990, em um determi-
nado país.

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10 - As equipes de Saúde da Família utilizam ferramentas de avaliação em sua prática na


atenção primária à saúde. Explique, de forma sucinta, em que consistem:
I - F.I.R.O. (Valor: 2,5 pontos)
II - P.R.A.C.T.I.C.E. (Valor: 2,5 pontos)
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37
QUESTÕES UFMT 2014
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - No paciente politraumatizado grave, tanto o tratamento inicial quanto o cuidado definitivo mais
tardio devem ser voltados à prevenção de lesões secundárias. Em relação a estas, responda os itens a seguir.
I - Qual a principal causa de lesões secundárias? (Valor: 1,0 ponto)
II - Quais os principais fatores relacionados ao prognóstico ruim ou à morte nesses casos? (Valor: 1,0 ponto)
III - Qual deve ser o objetivo em relação à pressão sistólica e à PaO2 no tratamento dessas vítimas? (Valor: 1,0 ponto)
IV - Quais as consequências da elevação da PaCO2 nesses pacientes? (Valor: 2,0 pontos)

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38
QUESTÕES UFMT 2014
02 - D.A.T., 62 anos, sexo feminino, negra, cozinheira, será submetida à toracotomia aberta para ressec-
ção de um nódulo pulmonar. Trata-se de uma paciente sem história de tabagismo, com antecedente de cinetose e hiperten-
são arterial. Relatou ainda tratamento para úlcera péptica há 4 anos. Faz uso de captopril, na dose de 25 mg ao dia. Foi
avaliada do ponto de vista cardiológico como classe 2 (risco intermediário) pelo índice de Goldman. Na avaliação pulmo-
nar pré-operatória, o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foi de 85% e a capacidade vital forçada
(CVF) de 75%.
Em relação ao caso, responda os itens abaixo.

I - Dentre todas as medidas para controle da dor no pós-operatório, qual a melhor estratégia a ser empregada para essa
paciente? (Valor: 1,0 ponto)
II - Visando à aceleração da recuperação no pós-operatório, é importante a profilaxia de náuseas e vômitos. Quais os fato-
res independentes de risco para este evento? (Valor: 3,0 pontos)
III - Segundo o score simplificado de Apfel, como a paciente pode ser classificada em relação ao grau de risco de ocorrên-
cia de náuseas e vômitos no pós-operatório? (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2014
CLÍNICA MÉDICA
03 - Mulher de 30 anos, referindo três episódios de dor cervical, com sinais flogísticos, no último ano.
Refere alguns sintomas de hipofunção da glândula com aumento do volume tireoideano, de consistência endurecida e
superfície levemente lobulada. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir.
I - Qual o diagnóstico provável? Justifique. (Valor: 2,5 pontos)
II - Cite 5 exames necessários ao diagnóstico, obrigatoriamente 2 de imagem, justificando-os. (Valor: 2,5 pontos)

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04 - Homem de 35 anos, com dor abdominal, febre baixa e diarreia intermitente, de início há 2 anos.
Refere lesão perineal com secreção purulenta há 6 meses, com cicatrização espontânea em cerca de 40 dias e sinais de artri-
te em joelho esquerdo e tornozelos que melhoraram em três meses. Ao exame físico, com plastão na fossa ilíaca direita,
drenando secreção e eliminando gases por pequeno orifício local.
A partir dessas informações, responda os itens abaixo.
I - Qual o diagnóstico provável? Justifique. (Valor: 2,0 pontos)
II - Descreva os achados esperados nos exames de imagem e endoscópicos que corroboram a sua hipótese diagnóstica.
(Valor: 3,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2014
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - A aloimunização materno fetal ainda é um problema de saúde pública e afeta 5,6:1.000 nascidos
vivos. Com objetivo de realizar a profilaxia da isoimunização Rh, cite cinco situações em que deva ser administrada a
imunoglobulina anti-D no ciclo gravídico-puerperal. (Valor: 5,0 pontos)

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06 - O Sulfato de Magnésio é droga recomendada para profilaxia das convulsões nos casos de iminên-
cia de eclâmpsia e de eclâmpsia. Seu uso deve ser monitorado para evitar a intoxicação magnésica, que pode ser
grave. A partir dessas informações, responda os itens a seguir.
I - Cite três parâmetros que devem ser avaliados nessa monitorização. (Valor: 3,0 pontos)
II - Qual droga deve ser utilizada como antídoto? (Valor: 2,0 pontos)

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41
QUESTÕES UFMT 2014
PEDIATRIA
07 - Observe as imagens abaixo:

A partir da observação das figuras, responda os itens a seguir.


I - Quais são os dois sinais que chamam a atenção? (Valor: 1,0 ponto)
II - Esses sinais são característicos de qual patologia? (Valor: 1,0 ponto)
III - Que exame é necessário para confirmar o diagnóstico? (Valor: 1,0 ponto)
IV - Qual é o tratamento preconizado? (Valor: 1,0 ponto)
V - Qual a principal complicação se essa patologia não for tratada? (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2014
08 - Uma doença exantemática febril grave, imunoprevinível, em vias de erradicação, ressurgiu no
cenário nacional em crianças de faixas etárias mais elevadas e principalmente em adultos, como pequenos surtos, reque-
rendo dos profissionais de sáude o pronto reconhecimento dos sinais e sintomas para diagnóstico precoce e
estabelecimento de medidas profiláticas com vacinação de bloqueio para impedir a sua propagação. Essa patologia em
décadas passadas teve um papel importante na morbidade e mortalidade infantil. A partir dessas informações, responda
os itens abaixo.

I - Qual é essa doença exantemática? (Valor: 1,0 ponto)


II - Qual é o agente etiológico? (Valor: 1,0 ponto)
III - Além da febre e exantema, cite outros três sinais ou sintomas que fazem parte do quadro clínico. (Valor: 1,0 ponto)
IV - Que vacina é utilizada para imunizar crianças contra essa doença? (Valor: 1,0 ponto)
V - Quais são as principais complicações dessa doença? (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2014
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - Um surto de uma doença infecciosa apresentou a seguinte distribuição:

I - Qual deve ser o tipo de fonte de transmissão mais provável para esse surto? (Valor: 2,0 pontos)
II - Se o período de incubação mínimo é de dois dias e o máximo, de 12 dias, qual a data provável de exposição? (Valor:
1,0 pontos)
III - Dê exemplo de uma doença que tem essa distribuição temporal de transmissão. (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2014
10 - Na tabela abaixo, são apresentados os dados de uma determinada doença em uma população de
uma cidade de médio porte, de 2010 a 2013. Analise esses dados e as fórmulas indicadas.

Quais são as medidas de frequência epidemiológicas representadas pelas letras X, Y, W e Z? (Valor: 5,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2013
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - Paciente de 60 anos, sexo masculino, negro, casado, procedente do interior de Minas Gerais, é
internado com quadro agudo de dor abdominal, vômitos e obstipação. O abdome encontra-se extremamente distendido
e timpânico. Tem frequência cardíaca de 88 bpm e temperatura axilar de 36,6°C. Realizado raio-X simples de abdome, o
mesmo revelou dilatação acentuada do cólon sigmoide, com a aparência de um "tubo interno dobrado" com seu ápice no
quadrante superior direito. Não há ar no reto. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir:

I - Qual a causa mais provável para esse quadro de obstrução intestinal? (Valor: 1,0 ponto).
II - Cite duas condições que sejam fatores predisponentes para essa entidade clínica. (Valor: 2,0 pontos).
III - Como deve ser conduzido o tratamento para esse paciente? (Valor: 2,0 pontos).

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02 -Jovem de 14 anos, sexo masculino, é submetido a procedimento cirúrgico sob anestesia


geral para tratamento de hipertrofia adenoamigdaliana. Sua avaliação pré-operatória, incluindo consulta
pré-anestésica, não mostrou fatores de risco consideráveis. Durante o ato anestésico, passa a apresentar rigidez
muscular, hipercarbia, hipoxemia e acidose. Há aumento progressivo da temperatura corpórea. A partir das
informações dadas, responda os itens a seguir:
I - Qual condição clínica deve ser imediatamente aventada? (Valor: 1,0 ponto) II - Quais medidas clínicas devem
ser adotadas para controle desse quadro? (Valor: 4,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2013
CLÍNICA MÉDICA
03 - Mulher, 42 anos, branca, do lar, há 6 meses com dor abdominal intermitente, em cólica, localizada
no hemiabdome direito, acompanhada de episódios de diarreia pastosa, sem restos alimentares ou muco, em pequena
quantidade, com vários episódios ao dia. Refere, quando questionada, dois episódios de hematoquezia no último mês, em
moderada quantidade, associada à astemia e à perda ponderal não quantificada no período.
Ao exame físico: obesa, hipocorada +/++++, ictérica +/++++, com o abdome globoso e doloroso à palpação do hipo-
côndrio e flanco direito, impedindo uma avaliação adequada do mesmo.
A partir das informações dadas, responda os itens a seguir:

I - Cite 3 (três) hipóteses diagnósticas para o caso, em ordem decrescente de importância, justificando-as. (Valor: 3,0
pontos)
II - Trace a conduta propedêutica para o diagnóstico topográfico e etiológico, justificando cada exame solicitado. (Valor:
2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2013
04 - Homem negro, 45 anos, natural e procedente de Ilhéus-BA, mecânico, há 18 meses com cansaço
fácil, dispneia progressiva aos grandes e médios esforços, dor discreta no hipocôndrio direito e edema dos membros
inferiores, ascendente, sem sinais flogísticos, acentuando-se à tarde. Refere febrícula e sudorese no período noturno, com
artralgias eventuais. Há 30 dias vem apresentando episódios de síncope em ortostatismo, sem fator desencadeante,
melhorando com decúbito dorsal. Há 15 dias apresentou hemiparesia à esquerda, regredindo em poucas horas. Há 6 dias
apresentou amaurose temporária à direita e dor, com palidez e resfriamento, no hálux esquerdo. Tabagista de 15 anos/ma-
ço, tendo parado há 2 anos. Etilismo de 200 mL de destilados/dia, há 15 anos. Nega uso de drogas ilícitas. Refere banhos
de açudes em vários municípios da Bahia e relações sexuais desprotegidas eventuais.

Exame físico: bom estado geral e nutricional, hipocorado +/++++, acianótico, anictérico, hidratado. Sem linfonodome-
galia. Tireoide normal.

Exame neurológico sem alterações. Ap. resp.: estertores crepitantes bibasais. ACV: ictus palpável no 5.º espaço intercostal
esquerdo, linha hemiclavicular. RR4T, com B3 e B4, bulhas hipofonéticas nos focos de ponta. Sopro holossistólico
++/++++ em foco mitral, modificando-se com a mudança de decúbito. Pulsos normais, sendo de forma episódica e
eventual impalpáveis, em posição ortostática. PA 110×70 mmHg. FC 105 bpm. Turgência jugular a 60 graus, com refluxo
hepato-jugular. Abdome: hepatomegalia dolorosa e espaço de Traube maciço. MMII: edema das pernas, frio, mole, indo-
lor, com cacifo. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir:

I - Qual a síndrome clínica apresentada pelo paciente? (Valor: 2,0 pontos)


II - Cite 3 (três) etiologias mais prováveis a serem responsabilizadas pela síndrome clínica desse paciente e os exames
necessários ao diagnóstico das mesmas, justificando-os. (Valor: 3,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2013
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Descreva os requisitos necessários para realização no Brasil de interrupção legal da gestação por
anencefalia fetal. (Valor: 5,0 pontos)

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06 - Paciente 38 anos G5P3A1, 36 semanas de gestação, comparece ao pronto atendimento com dor
abdominal e sangramento vaginal há aproximadamente 1 hora. Exame físico: PA 130 × 90 mmHg, tônus uterino aumenta-
do, batimentos cardíacos fetais 112 bpm. Exame especular: sangramento escuro pelo orifício externo do colo. Ao toque:
colo grosso, dilatado 2 cm. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir:
I - Qual a hipótese diagnóstica mais provável? (Valor: 1,0 ponto)
II - Cite 3 (três) fatores de risco para a hipótese levantada. (Valor: 3,0 pontos) III - Cite a conduta obstétrica adequada.
(Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2013
PEDIATRIA
07 - Analise a imagem do recém-nascido mostrado abaixo e o seu Raio X de tórax.

(Disponível em www.semiounivali.wordpress.com. Acesso em 30/05/2013.)

Trata-se de uma criança com Doença de Membranas Hialinas. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir:

I - Cite 3 (três) fatores de risco para desenvolvimento dessa doença. (Valor: 1,0 ponto)
II - Descreva o quadro clínico da Doença de Membranas Hialinas. (Valor: 1,0 ponto)
III - Descreva o tratamento. (Valor: 1,0 ponto)
IV - Cite 3 (três) complicações. (Valor: 1,0 ponto)
V - Elabore 2 (duas) medidas para profilaxia da Doença de Membranas Hialinas. (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2013
08 - A Síndrome de Larva Migrans Visceral acomete principalmente crianças entre 1 e 5 anos de idade.
A predominância do sexo masculino, nessa forma clínica, tem sido ressaltada na literatura, porém, no Brasil, a frequência
tem sido semelhante em ambos os sexos. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir:

I - Qual é o agente etiológico? (Valor: 1,0 ponto)


II - Cite duas manifestações clínicas mais frequentes. (Valor: 1,0 ponto)
III - Elabore o diagnóstico clínico e laboratorial. (Valor: 2,0 pontos)
IV - Descreva o tratamento. (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2013
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - Entre 2000 pessoas que receberam transfusão sanguínea e acompanhadas durante um ano, 20
contraíram hepatite. Em outro grupo de 5000 pacientes, que não receberam transfusão sanguínea e também acompanha-
das durante igual período, apenas cinco contraíram a doença. A partir das informações dadas, responda os itens a seguir:
I - Que tipo de estudo epidemiológico gerou esses resultados? (Valor: 1,5 ponto)
II - Quais medidas de frequência e de associação de hepatite foram utilizadas na análise dos resultados? (Valor: 1,5 ponto)
III - Qual a conclusão sobre o risco quantitativo de contrair hepatite? (Valor: 2,0 pontos)

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10 - Cite cinco critérios fundamentais e sua importância para a classificação, em nível de


evidência I, de uma informação científica sobre terapêutica de uma doença. (Valor: 5,0 pontos)
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QUESTÕES UFMT 2012
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - Paciente do sexo masculino, 58 anos, com quadro de emagrecimento progressivo nos últimos 6
meses (perda total de 12kg no período), astenia e dor abdominal é submetido a exame de tomografia computadorizada de
abdome total que diagnosticou tumor em cabeça de pâncreas com sinais de malignidade. Exames realizados para estadia-
mento mostraram doença restrita ao pâncreas (Estádio IB, T2N0M0), com critérios de ressecabilidade. É internado em
enfermaria de clínica cirúrgica de um hospital universitário para tratamento. No momento da internação, apresenta-se
ictérico +/4+, hipocorado +/4+, índice de massa corporal de 20 kg/m2 , classificado pela avaliação subjetiva global
como desnutrido grave (grau C). Está hiporético, relatando que a alimentação piora a dor abdominal. Além disso, apresen-
ta quadro de diarreia e vômitos pós-prandiais frequentes. Avaliado seu quantitativo de ingesta, concluiu-se que está conse-
guindo ingerir valores menores que 50% de suas necessidades energéticas diárias. Exames solicitados na internação
demonstraram hemoglobina de 11 g/dL, hematócrito 38%, bilirrubina total de 4 mg/dL com predomínio de bilirrubina
direta, albumina de 2,5 g/dL, coagulograma e demais exames sem alterações significativas. Foi realizado risco cirúrgico
cardiológico, estratificado como classe 2 de Goldman, ASA 2 pela classificação da Sociedade Americana de Anestesiolo-
gia.

A) Em relação aos cuidados pré-operatórios, do ponto de vista nutricional, qual planejamento terapêutico deve ser
proposto? (Valor: 2,5 pontos)
B) Grupos especiais de nutrientes e farmaconutrientes têm sido utilizados no pré e pós-operatório de pacientes cirúrgicos.
O que são nutrientes com função imunomoduladora? Quais as vantagens do uso dessa classe de nutrientes no paciente
em questão? (Valor: 2,5 pontos).

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53
QUESTÕES UFMT 2012
02 - Paciente do sexo feminino, 35 anos, sem comorbidades, com índice de massa corporal de 26
kg/m2 , ASA 1 pela classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia, tem indicação de realização de colecistecto-
mia vídeo-laparoscópica eletiva para o tratamento de colelitíase. Seus exames pré-operatórios são normais. É internada às
7 h para realização do procedimento. Já na sala de operação, questionada pelo médico anestesiologista, relata que, por
orientação de seu médico cirurgião, ingeriu 200 mL de uma bebida contendo carboidrato (maltodextrina) a 12%, às 5
horas. De posse dessa informação, o anestesiologista suspende o procedimento operatório até que se completem 6 h de
jejum.
Com base nos conhecimentos atuais acerca dos cuidados pré-operatórios para esse tipo de procedimento e suas principais
complicações, faça uma análise crítica das condutas dos especialistas apresentadas na questão. (Valor: 5,0 pontos)

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54
QUESTÕES UFMT 2012
CLÍNICA MÉDICA
03 - Homem branco, 23 anos, lavrador, natural e procedente de Chapada dos Guimarães-MT, há 90
dias com perda ponderal progressiva (12 kg no período), anorexia, astenia, febre baixa vespertina e sudorese noturna. Há
1 mês notou aumento do volume abdominal, sonolência e palpitações aos esforços. Tabagista de 1 maço/dia e etilista de
200 mL de aguardente/dia, desde 16 anos. Nega uso de drogas ilícitas. Refere vários parceiros sexuais, sem uso de preser-
vativos.
Ao exame físico: emagrecido, mal estado geral e nutricional, hipocorado (+++/4+), acianótico e anictérico. Linfonodos
fibroelásticos, móveis e indolores, palpáveis em cadeias cervicais, submandibulares, axilares e inguinais. AP. respiratório:
FR – 20 irpm, MV e FTV reduzido nas bases, sem ruídos adventícios ACV: RCR 2t , bulhas hipofonéticas, FC – 80 bpm,
PA – 90 × 60 mmHg braço direito e 93 × 65 mmHg braço esquerdo, pulsos finos e simétricos. Abdome: globoso, com
macicez móvel de decúbito, com fígado palpável a 10 cm do rebordo costal direito, linha hemiclavicular (hepatimetria de
19 cm), fibroelástico e pouco doloroso e o baço palpável a 8 cm do rebordo costal esquerdo, endurecido e pouco doloro-
so. Membros: sinais de punções venosas nos braços e edema perimaleolar nas pernas.

A) Cite 4 hipóteses diagnósticas para o caso, justificando-as. (Valor: 2,0 pontos)


B) Para cada hipótese elencada, cite os exames a serem solicitados para confirmação diagnóstica. (Valor: 1,5 ponto)
C) Caso esse paciente esteja neutropênico, quais as condutas propedêutica e terapêutica? (Valor: 1,5 ponto)

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55
QUESTÕES UFMT 2012
04 - Homem negro, 62 anos, advogado, casado, queixando-se de dor torácica de início súbito, há 1
hora, intensa, precordial com irradiação para o dorso, região interescapulo-vertebral, acompanhada de sudorese fria,
náuseas, palidez e lipotímia, após libação alcoólica e discussão no trânsito. HPP: HAS há 10 anos, de difícil controle;
cancro genital há 30 anos, tratado em farmácia. H. familiar: pai hipertenso, com AVE isquêmico; mãe com IAM e dislipi-
demia. H. social: Tabagismo de 1 maço/d há 35 anos; etilismo de 2 doses/d há 35 anos, destilados. Exame físico : agitado,
pálido, sudoreico, hipocorado ++/4+, com fácies de dor. AP. resp.: taquidispneico, com 24 irpm, ausculta normal. ACV:
RCR 3T ( B4), sem sopros, FC – 110 bpm, PA – 190 × 120 mmHg no braço direito, 150 × 100 mmHg no braço esquerdo
e 160 × 110 mmHg nas pernas. Abdome: sem alterações. Membros: extremidades frias, pulsos periféricos de difícil palpa-
ção, melhor identificado no braço direito.

A) Cite a principal hipótese diagnóstica, justificando-a. (Valor: 2,0 pontos)


B) Trace o plano propedêutico imediato para o caso, justificando cada exame solicitado. (Valor: 1,5 ponto)
C) Trace o plano terapêutico para o caso. (Valor: 1,5 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2012
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Paciente em acompanhamento pré-natal foi diagnosticada como portadora de síndrome antifos-
folípide. Descreva 3 critérios clínicos e 2 laboratoriais que estabelecem o diagnóstico. (Valor: 5,0 pontos)

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06 - Paciente de 22 anos veio à consulta no PSF queixando-se de ferida na região genital. Ao exame,
o médico constatou tratar-se de lesão única, ulcerada, de fundo limpo, indolor e de bordas endurecidas.

A) Qual o diagnóstico clínico da lesão? (Valor: 1,0 ponto)


B) Cite o agente etiológico da lesão. (Valor: 1,0 ponto)
C) Cite dois exames que podem confirmar o diagnóstico. (Valor: 2,0 pontos)
D) Qual o tratamento indicado? (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2012
PEDIATRIA
07 - Recém-nascido (RN), sexo masculino, filho de mãe diabética, nasceu por parto vaginal, cujo peso
foi 1900 g e DUM de 38 semanas. As condições de nascimento foram regulares com: Frequência cardíaca (FC) <100 bpm,
respiração irregular com choro fraco, flácido, com cianose generalizada e, ao aspirar as narinas, esboçou careta. Após aspi-
ração das narinas, foi-lhe administrado oxigênio sob más-
cara, respondendo com aumento da FC, melhora do
padrão respiratório e do tônus muscular, permanecendo
com cianose apenas em extremidades.

A) Qual é a condição clínica desse recém-nascido (RN)


antes e após oxigenioterapia? (Valor: 1,0 ponto)

B) Qual é a classificação deste RN segundo Lubchenco e


cols? (Utilize a Curva) (Valor: 1,0 ponto)

C) Descreva as repercussões da doença materna no RN,


filho de mãe diabética. (Valor: 2,0 pontos)

D) Elabore profilaxia para o distúrbio metabólico mais


frequente no filho de mãe diabética. (Valor: 1,0 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2012
08 - Mãe traz menina de oito meses de idade para fazer acompanhamento pediátrico, referindo que,
no momento, a criança não apresenta problema algum de saúde. Antecedentes fisiológicos: gestação esperada e desejada.
Nasceu a termo, de parto cesáreo, com peso de 3.420 g e comprimento de 48 cm, perímetro cefálico de 34 cm. Chorou
ao nascer e teve alta com 48h de vida. Alimentação: leite materno exclusivo até o 2º mês, após leite de cabra – 150 mL
6xx/dia. Não aceita qualquer outro alimento, além do leite. Não recebe suplementação de ferro. Desenvolvimento: senta
com apoio, pega objetos com a mão e emite só sons guturais. Vacinas: uma dose de BCG; duas doses de Hepatite B; uma
dose de Rotavírus; duas doses de Tetravalente e duas doses de Sabin. Ao exame físico: bom estado geral, hipocorada
++/4+, eupneica, afebril, anictérica, acianótica. Peso 6.800 g; comprimento 64 cm. Exame geral e segmentar sem altera-
ções. Com base nos dados dessa criança, descritos acima:

A) Calcule o BMI dessa criança, coloque o resultado na curva BMI-for-age GIRLS (WHO Child Growth Standards) e
interprete. (Valor: 1,0 ponto)
B) Coloque os dados antropométricos dessa criança nas curvas Weight-for-age GIRLS e Lenght/height-for-age GIRLS
(WHO Child Growth Standards) e classifique o seu estado nutricional. (Valor: 1,0 ponto)
C) Comente a alimentação dessa criança. (Valor: 1,0 ponto)
D) Como está o desenvolvimento dessa criança? Justifique. (Valor: 1,0 ponto)
E) Das vacinas atrasadas, cite qual(is) dela(s) essa criança, nessa data, não poderá receber para atualizar seu calendário
vacinal, de acordo com o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde-PNI/MS2012. Justifique. (Valor: 1,0
ponto)

59
QUESTÕES UFMT 2012

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QUESTÕES UFMT 2012
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - Na figura abaixo, apresentam-se as curvas de mortalidade proporcional de quatro municípios de
médio porte (I, II, III e IV).

A partir das informações da figura, descreva a interpretação de cada curva e a conclusão sobre o nível de saúde de cada
município. (Valor: 5,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2012
10 - Uma amostra probabilística de 476 crianças foi selecionada a partir da população de menores de 5
anos residentes numa cidade de médio porte, para se estudar a possível associação entre anemia e diversos fatores de risco.
A coleta de informações foi realizada por um questionário respondido pela mãe ou pelo responsável pela criança, ao longo
de três meses. O estudo também incluiu a dosagem de hemoglobina em sangue periférico das crianças, realizada simulta-
neamente à aplicação do questionário. Analisou-se possível associação entre anemia e variáveis demográficas e socioeco-
nômicas, dentre elas a escolaridade do pai. Analise a tabela abaixo.

A) É possível afirmar que existe associação entre as variáveis anemia e escolaridade do pai? Justifique. (Valor: 2,5 pontos)
B) Verificando um resultado de estudo semelhante feito numa cidade de grande porte, constatou-se que as prevalências
(Intervalos de confiança 95%) de anemia numa amostra de crianças da mesma faixa etária foram de 75,5% (62,3%-81,3%)
para filhos de pais com 0 a 8 anos de escolaridade e de 44,6% (41,2%-56,9%) para filhos de pais com mais de 8 anos de
escolaridade. Compare os resultados dos estudos feitos nas duas cidades e explique-os. (Valor: 2,5 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2011
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - JRS, 28 anos, sexo feminino. Paciente internada para realização de cirurgia otorrinolaringológica.
A operação teve cerca de 5 horas de duração e sem intercorrências. Evoluiu bem, recebendo alta no segundo dia de
pós-operatório com prescrição de antibiótico oral e anti-inflamatório não esteroidal para uso durante uma semana. Fez
uso das medicações prescritas e, no sexto dia de pós-operatório, retorna ao pronto atendimento com queixa de dor abdo-
minal de início súbito, há 8 horas, em grande intensidade logo após alimen-
tação. Refere ainda aumento de volume abdominal e parada na eliminação
de gases e fezes. Nega alterações urinárias e menstruais.

Ao exame: fáscies de dor, temperatura axilar de 38.5 °C, hipocorada +/4+,


pressão arterial 100x60mmHg, pulso 110 bpm, frequência respiratória 32
RPM. Desidratada ++/4. Abdome distendido, difusamente doloroso, com
presença de sinal do rebote. Hipertimpanismo difuso. Ruídos hidroaéreos
abolidos. Sem outros achados. O cirurgião assistente solicitou rotina radio-
lógica para abdome agudo, cuja grafia de tórax em PA ortostático é apre-
sentada na imagem.

A partir dessas informações, cite a principal hipótese diagnóstica e o trata-


mento a ser instituído, justificando sua resposta com base nos dados forne-
cidos. (Valor: 5 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2011
02 - Paciente do sexo masculino, 54 anos, com queixa de pirose retroesternal de longa data (há mais de
10 anos), com piora progressiva nos últimos 2 anos. Vem apresentando regurgitação, principalmente no período noturno.
Teve emagrecimento de 2 kg nos últimos 12 meses (índice de massa corporal atual de 33 kg/m2 ). Realizada endoscopia
digestiva alta, observou-se ulceração esofágica, com friabilidade e presença de mucosa de aspecto róseo-avermelhado,
circunferencial, com 4 cm de extensão, projetando proximalmente a partir da junção escamo-colunar. Foram realizadas
biópsias da região da junção gastro-esofágica, cujo corte histológico é apresentado abaixo.

Qual o diagnóstico, prognóstico e planejamento terapêutico a ser instituído para esse paciente? Justifique sua resposta com
base nos dados clínicos, endoscópicos e histológicos apresentados. (Valor: 5 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2011
CLÍNICA MÉDICA
03 - Homem branco, 20 anos, professor de natação, solteiro, referindo início dos sintomas há 10 dias,
com ardência na orofaringe, obstrução nasal, febre baixa, cefaleia e mialgias. Procurou atendimento médico no Pronto
Socorro municipal, tendo o diagnóstico de resfriado comum. Após 5 dias com persistência dos sintomas iniciais, passou
a apresentar cefaleia frontal intensa, contínua, com irradiação retro-orbitária, piorando com a flexão da cabeça e não
melhorando com analgésicos comuns. Houve piora da obstrução nasal, aparecimento de rinorreia amarelada, tosse seca e
febre alta que cedia temporariamente com uso de dipirona. No décimo dia de doença, notou aparecimento de eritema e
edema periorbitário, com grande piora do quadro clínico e febre alta contínua.

A) Qual o diagnóstico provável para o quadro clínico descrito até o décimo dia de evolução e qual exame poderia ser reali-
zado pelo médico assistente, durante o exame físico, para confirmar o diagnóstico? (Valor: 2,5 pontos)
B) Cite três hipóteses diagnósticas para os sinais e sintomas observados no décimo dia de evolução e qual exame deveria
ser solicitado para confirmar o seu diagnóstico clínico e as possíveis complicações, justificando-o. (Valor: 2,5 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2011
04 - Mulher branca, 35 anos, lavradora com atividade profissional em horta comunitária, natural da
Bahia, com história de dor abdominal recorrente de início há 10 dias, em cólica, acompanhada de diarreia líquida, em
pequena quantidade, com mais de 10 evacuações ao dia, com muco e sangue nas fezes em alguns episódios, com tenesmo
anal. Refere mais de dez episódios anteriores. Há 5 dias vem apresentando febre, aumento do volume abdominal e dor no
hipocôndrio direito. Gesta 5, para 5, aborto zero, em uso de contraceptivo oral há mais de 15 anos.Ao exame físico: Regu-
lar estado geral, bom estado nutricional, ictérica +/4, hipocorada +/4, hidratada e acianótica. Ao exame abdominal, foram
observados ruídos hidroaéreos presentes e aumentados, fígado palpável a 8 cm do rebordo costal direito, linha hemiclavi-
cular, com hepatimetria de 16 cm, consistência normal, com nodulação mal definida no lobo direito, bastante dolorosa à
palpação. Espaço de Traube timpânico, baço impalpável. Sem sinais de irritação peritoneal. A ultrassonografia realizada
em caráter de urgência, sem preparo intestinal, evidenciou hepatomegalia, com massa ecogênica arredondada, de contor-
nos irregulares e limites imprecisos, com pequenas áreas anecoicas de permeio,localizada no lobo direito do fígado. Vesí-
cula biliar não visualizada.

A) Qual a hipótese diagnóstica mais provável para o caso? Justifique-a. (Valor: 2,5 pontos)
B) Se for realizada colonoscopia nessa paciente e for identificado envolvimento do íleo terminal, cite quatro patologias
que podem estar envolvidas no diagnóstico etiológico da diarreia. (Valor: 2,5 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2011
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Cite duas drogas empregadas na aceleração da maturidade pulmonar fetal, com as respectivas
doses e vias de administração. (Valor: 5,0 pontos)

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06 - Cite as alterações de cinco dos principais parâmetros clínicos ou laboratoriais que classificam uma
pré-eclâmpsia como grave. (Valor: 5,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2011
PEDIATRIA
07 - Os itens A, B, C e D abaixo devem ser respondidos de acordo com a recomendação da OMS/Mi-
nistério da Saúde e considerando uma criança de 5 kg com quadro de desidratação.

A) Que volume de soro deve ser fornecido na fase de expansão (Plano B do Ministério da Saúde)? (Valor: 1,25 ponto)
B) Cite dois dos quatro componentes do soro de re-hidratação oral. (Valor: 1,25 ponto)
C) Em aleitamento materno deve ficar quanto tempo em jejum? (Valor: 1,25 ponto)
D) Sem aleitamento materno deve ficar quanto tempo em jejum? (Valor: 1,25 ponto)

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08 - Cite a classificação do recém-nascido (RN) prematuro de acordo com o peso de nascimento,


segundo critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. (Valor: 5 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2011
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - Além da universalidade, níveis hierárquicos e controle social, a equidade e a acessibilidade são
aspectos fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS), especificados na Constituição brasileira.

A) Conceitue equidade e acessibilidade aos serviços de Saúde. (Valor: 2 pontos)


B) Cite 3 (três) fatores que influenciam a acessibilidade. (Valor: 3 pontos)

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10 - O uso de indicadores epidemiológicos é o modo mais relevante na avaliação de qual-


quer atividade na área da Saúde no SUS, mormente nos serviços públicos.

A) Defina indicadores epidemiológicos. (Valor: 1 ponto)


B) Cite 3 (três) critérios a que deve obedecer um bom indicador, discutindo-os sucintamente. (Valor: 3
pontos)
C) Cite dois indicadores frequentemente utilizados na avaliação das condições de Saúde de uma população
da área de abrangência de uma Unidade Básica. (Valor: 1 ponto)

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QUESTÕES UFMT 2010
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - Paciente portador de neoplasia do cólon que tenha apresentado perda de peso de 15 % nos últimos
6 meses, sem quadro obstrutivo, é candidato a tratamento cirúrgico.

A) Que tipo de suporte nutricional deve ser realizado e por quanto tempo? (Valor: 2,5 pontos)
B) Qual o objetivo nutricional a ser alcançado? (Valor: 2,5 pontos)

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02 - Paciente do sexo masculino, 50 anos de idade, portador de hérnia inguinal direita,


apresentando, como comorbidades, IMC 31 e hipertensão arterial leve controlada com inibidores da ECA,
será submetido à cirurgia eletiva (herniorrafia), cujo ato anestésico planejado será um bloqueio peridural.

A) Esse quadro sugere risco de trombose venosa profunda (TVP)? Justifique. (Valor: 2,5 pontos)
B) Como deve ser realizada a profilaxia desse paciente, se houver risco de TVP? (Valor: 2,5 pontos)

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70
QUESTÕES UFMT 2010
CLÍNICA MÉDICA
03 - Homem, 21 anos, negro, garçom, evangélico, procurou o serviço médico queixando-se de febre
baixa há 30 dias, diária, vespertina, cedendo com antitérmicos, acompanhada de sudorese noturna profusa. Refere
emagrecimento de 4 kg no período, tosse seca e sensação de “cansaço de fôlego” nos últimos três dias.
Ao exame físico, apresenta-se em regular estado geral, regular estado nutricional, normocorado, desidratado ++/++++,
anictérico e acianótico. Língua com leucoplasia pilosa. ACV – ausculta cardíaca normal. PA 100X70 mmHg. FC 110 bpm.
Ap. respiratório – tiragem intercostal. Estertores subcrepitantes esparsos. FR 32 irpm. Abdome – normal.
Cromatográfico positivo.

A) Cite três hipóteses diagnósticas mais prováveis para justificar o quadro pulmonar, em ordem decrescente de probabili-
dade. (Valor: 1,5 ponto)
B) Cite seis exames complementares necessários para o embasamento das suas hipóteses e proposição do plano terapêuti-
co inicial. (Valor: 1,5 ponto)
C) Trace o plano terapêutico inicial (imediato), justificando cada item. (Valor: 2,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2010
04 - Paciente do sexo feminino, 60 anos, viúva, auxiliar de enfermagem, católica, com início dos sinto-
mas há 30 dias, com anorexia, astenia, adinamia, febre baixa diária que cede com antitérmicos e coloração amarela nos
olhos, que se acentuou com o passar dos dias. Há 20 dias percebeu escurecimento da urina, prurido cutâneo acentuado e
sensação de peso ou dolorimento no hipocôndrio direito. Refere perda de 4 kg no período. Nega
uso de álcool, drogas ilícitas, tabagismo, tatuagens ou hemotransfusão. Refere episódios prévios com o mesmo quadro
clínico, eventualmente com manifestações articulares. Exame físico: Bom estado geral, bom estado nutricional, ictérica
+++/++++, hipocorada ++/++++, normohidratada e acianótica. Pele seca e com sinais de coçadura. Ap. respiratório
e cardiovascular sem alterações significativas. Abdome globoso, sem macicez móvel de decúbito, doloroso à palpação do
hipocôndrio direito, com o fígado palpável a 5 cm do rebordo costal, borda fina, superfície lisa, consistência aumentada,
pouco doloroso, com hepatimetria de 15 cm.

A) Cite quatro hipóteses diagnósticas para o quadro, em ordem decrescente de importância em função dos dados forneci-
dos, justificando-as. (Valor: 2,0 pontos)
B) Quais exames laboratoriais e de imagem devem ser solicitados para esclarecer o diagnóstico e quais os resultados espe-
rados para as duas primeiras hipóteses elencadas por você no item A? (Valor: 2,0 pontos)
C) Na ausência de dilatação da árvore biliar, você reformularia as suas hipóteses? Em qual ordem? (Valor: 1,0 ponto)

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72
QUESTÕES UFMT 2010
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Paciente de 28 anos, com história de infertilidade primária, dispareunia e dismenorreia progressi-
va. O exame laparoscópico revelou presença de lesões acastanhadas em peritônio pélvico e cistose ovariana bilateral, de
coloração escura. Cite o diagnóstico sugerido por esse quadro e quatro tipos de medicamentos adequados à terapêutica
dessa paciente. (Valor: 5,0 pontos)

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06 - Na avaliação da vitalidade fetal, cite as cinco variáveis que compõem o Perfil Biofísico Fetal.
(Valor: 5,0 pontos)

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QUESTÕES UFMT 2010
PEDIATRIA
07 - Em relação à Pneumonia do lactente, descreva:

A)Diagnóstico (Valor: 2,5 pontos)


B) Tratamento (Valor: 2,5 pontos)

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08 - Sobre Icterícia no período neonatal:

A)Classificar quanto ao tempo de aparecimento. (Valor: 2,5 pontos)


B) Como investigar as causas? (Valor: 2,5 pontos)

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74
QUESTÕES UFMT 2010
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - Um médico foi contratado por uma Prefeitura do interior para trabalhar em uma Unidade Básica
de Saúde implantada em um novo bairro da sede do Município. Após realizar o diagnóstico da realidade da saúde no
bairro, o médico adotou as fases preconizadas pelo Ministério da Saúde, quais sejam:
1.Programação
2.Execução
3.Avaliação
A partir desses dados, como esse médico deve realizar as fases citadas? (Valor: Fase de Programação: 1,5 ponto; Fase de
Execução: 1,5 ponto; Fase de Avaliação: 2,0 pontos)

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10 - Em relação ao Sistema de Informação em Saúde no Brasil (SIS):

A) Cite três dos principais problemas que afetam esse Sistema. (Valor: 1,5 ponto)
B) Cite três das principais fontes de dados utilizadas pelo SIS. (Valor: 1,5 ponto)
C) Discuta a aplicação dos dados do SIS nas ações dos serviços de saúde e nas práticas de atenção à saúde. (Valor: 2,0
pontos)

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75
GABARITO
Questões comentadas
GABARITO UFMT 2018
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - Num primeiro momento deve ser feita através da anamnese e exame físico. O objetivo da avaliação
do paciente é detectar doenças não reconhecidas e fatores de risco que podem aumentar o risco de cirurgia e propor medi-
das terapêuticas para compensar as comorbidades. Alguns parâmetros norteadores para avaliação pré-operatória incluem
condição que tem como consequência o ato cirúrgico planejado, procedimento o qual vai ser submetido, história pessoal
e familiar de eventos cirúrgicos ou anestésicos, com atenção a desfechos desfavoráveis, alergias, história de sangramento
anormal, avaliação do estado físico (ASA), capacidade funcional (METs), etc.

II- Os exames laboratoriais pré-operatórios são indicados para pacientes com doenças subjacentes conhecidas ou fatores
de risco que afetam o gerenciamento cirúrgico ou aumentam o risco, e procedimentos cirúrgicos específicos de alto risco.
Os exames comumente solicitados para avaliação pré-operatória incluem hemograma completo, eletrólitos (sódio e potás-
sio), função renal (estimada por creatinina), glicemia, estudos da função hepática (AST e ALT), avaliação da hemostasia e
urinálise. As diretrizes de 2014 do ACC / AHA recomendam um ECG no pré-operatório para pacientes com doença
arterial coronariana conhecida, arritmia significativa, doença arterial periférica, doença cerebrovascular ou outra doença
cardíaca estrutural significativa, exceto aqueles submetidos à cirurgia de baixo risco.
III- Uma vez que trata-se de cirurgia eletiva, indica-se o controle pressórico antes do procedimento, uma vez que o
paciente possui hipertensão não controlada, além do ajuste de medicações pela hipocalemia. O ideal é controlar hiperten-
são e ajustar a dosagem de potássio para realização da cirurgia proposta.
IV- Durante uma anestesia, para manutenção adequada da anestesia geral, necessita monitorização clínica e monitores
convencionais. Monitorização da hemodinâmica da pressão arterial, frequência cardíaca e determinação do ritmo cardíaco.
Monitorização da Oxigenação do Sangue Arterial. Monitorização da Ventilação, com medida do gás carbônico expirado ,
nos casos de anestesia com respiração artificial.

Dicas! Veja o capítulo de Avaliação pré-operatória no livro REDBOOK Revalida 2º edição


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77
GABARITO UFMT 2018
02 - Diante do quadro exposto, o diagnóstico semiológico seria de febre reumática (secundária às farin-
gites estreptocócicas de repetição, possivelmente mal tratadas) com sequela valvar cardíaca (estenose mitral) e insuficiência
cardíaca de câmera direita.
Uma paciente, adulta jovem, do sexo feminino, moradora de zona rural, com queixa principal de dispneia (cansaço severo)
e palpitações. O histórico de tonsilites estreptocócicas de repetição deve ter levado a paciente e a um quadro de febre
reumática. Na febre reumática temos, dentro do acometimento, o cardíaco, com sequela valvar, principalmente estenose
mitral. O que reforça estenose mitral é o sopro diastólico no foco mitral durante ausculta cardíaca. Além da estenose
mitral, a paciente apresenta repercussão de insuficiência cardíaca, principalmente de câmera direita (a valva mitral represa
o sangue no lado esquerdo, refletindo em congestão pulmonar e hipertensão pulmonar com disfunção do ventrículo direi-
to). Assim, visualiza-se no eletrocardiograma sobrecarga atrial esquerda, visualizado pelo índice de Morris, na derivação
V1, além de sinais de sobrecarga ventricular direita, corroborando o diagnóstico da estenose mitral de insuficiência cardía-
ca de câmara direita com hepatomegalia, edema de membros inferiores e a queixa principal do cansaço.

II- Funcional 3 do NYHA, uma vez que a paciente apresenta uma limitação importante das atividades habituais.
III- A presença de sobrecarga atrial esquerda, evidenciada pelo índice de Morris na derivação V1, que é a fase negativa da
onda P, com uma área maior que 1mm2 e sobrecarga ventricular direita, evidenciada pelo qR na derivação V1, o que indica
sobrecarga ventricular direita importante.
IV- O tratamento clínico dessa paciente pode ser feito com betabloqueador, para diminuir a frequência cardíaca, na tenta-
tiva de aumentar o tempo diastólico do ventrículo esquerdo e melhorar o esvaziamento do átrio esquerdo. O tratamento
específico da valva mitral está indicado, porque ela tem, provavelmente, uma doença valvar importante, além de sintomas.
A abordagem inclui valvoplastia por balão, apenas se após o ecocardiograma (obrigatório nesse caso), que poderia dar
indícios para ser calculado, com o escore de Block e esse escore demonstrará que o aparelho subvalvar e as características
da valva são passíveis de tratamento percutâneo (valvoplastia por balão). Esse seria o ideal nessa paciente que tem, clinica-
mente, um quadro isolado de estenose mitral. Em caso de dupla lesão valvar, seria necessário de uma abordagem cirúrgica
(prótese valvar metálica, pois ela é jovem, para evitar novas cirurgias).

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78
GABARITO UFMT 2018
CLÍNICA MÉDICA
03 - O hipotálamo produz TRH, que é estímulo a produção de TSH pela hipófise, que por sua vez
estimula a tireoide a produzir T4 e T3. A produção de T3 e T4 inibe a hipófise e o hipotálamo ( feed back negativo).

II- Na doença de graves há aumento na produção de T4 e T3 pela tireoidite e, portanto, feedback negativo, inibe a secre-
ção de TSH e TRH.
III- As manifestações da tireoidite de Graves incluem dermopatia infiltrativa, hiperpigmentação cutânea, sudorese excessi-
va, oftalmopatia, taquicardia, hipertensão sistólica, irritabilidade.

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79
GABARITO UFMT 2018
04 - I- Pode-se buscar o sinal de Brudzinski, que é definida pela flexão involuntária da perna sobre a
coxa e desta sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente. Pode-se avaliar presença do sinal Kernig , que é resposta
em flexão da articulação do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco.

II- Em pacientes com alta suspeição diagnóstica para hemorragia subaracnóidea (HSA), como no caso exposto, na ausên-
cia de exame de imagem, deve-se proceder exame de punção liquórica com coleta de LCR em 4 tubos. Classicamente,
haverá manutenção na contagem de hemácias entre o primeiro e último tubo, excluindo a possibilidade de presença de
hemácias por acidente de punção.

III- A principal hipótese diagnóstica é hemorragia subaracnóidea. O quadro sugere por uma cefaleia, descrita como a
"pior da vida" , de instalação súbita, com sinais de irritação meníngea . Por fim, com a TC crânio documentando áreas de
hemorragia, confirma-se a hipótese de hemorragia subaracnóidea.
IV- São possíveis diagnósticos diferenciais: síndrome de vasoconstrição cerebral reversível, meningite, ataque isquêmico
transitório.

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80
GABARITO UFMT 2018
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Considerando Viabilidade financeira e disponibilidade técnica total (100% de taxa de detecção)

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81
GABARITO UFMT 2018
06 - O BI-RADS subdivide os achados mamográficos, de ressonância magnética e ultrassonográficos
em:

Classe 0 - Achados inconclusivos (deve-se realizar complementação)


Classe 1 - Achados normais ou negativos (não há alterações no exame)
Classe 2 - Achados benignos
Classe 3 - Achados provavelmente benignos
Classe 4 - Achados suspeitos
Classe 5 - Achados altamente suspeitos
Classe 6 - Achados com comprovação de malignidade

Dicas! Veja o capítulo de Câncer de Mama no livro REDBOOK Revalida 2º edição disponível
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82
GABARITO UFMT 2018
PEDIATRIA
07 - I- São sinais de crise asmática grave: fala palavras (lactente chorando ou irritado), presença de
retrações acentuadas, FR aumentada, Saturação de oxigênio entre 91-95% em ar ambiente, sonolência ou agitação.
II- A sequência de tratamento envolve manter paciente com máscara de oxigênio com fluxo mínimo de 3l/min, além de
monitorização com oximetria de pulso e monitor cardíaco com acesso venoso periférico. A terapia base se dá com beta-2
agonista de curta duração (salbutamol) por aerossol dosimetrado a cada 20 minutos por 1 hora, associado a glicocorticoide
EV (metilprednisolona 1 a 2mg/kg). É indicado ainda a solicitação de vaga em UTI.

08 - I- De acordo com a altura, o escolar encontra-se com uma altura adequada à idade (Z escore +1).
Ao avaliar o peso de acordo com a idade observamos um peso elevado para idade (Z escore entre +2 e +3). Nestes casos
o mais importante é correlacionar o peso a estatura, ou seja, ter o valor do IMC (kg/m2).O IMC do paciente encontra-se
entre Z score +2 e +3. Com este IMC o diagnóstico do paciente é de obesidade.

II-A família deve ser orientada quanto aos riscos a médio e longo prazo da obesidade com maior risco de desenvolver
doenças metabólicas, como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e hiperlipidemia. Uma atenção especial deve ser
dada a dieta do dia-a-dia, sempre prezando pelo equilíbrio e qualidade dos macronutrientes e sobre a necessidade da práti-
ca de exercícios. A perda de peso deve ser orientada, sendo feita de maneira gradual, respeitando-se as particularidades do
indivíduo. Uma sugestão comum é que se programe como alvo de perda de peso uma perda de 10% em 6 meses.

83
GABARITO UFMT 2018

Dicas! Veja o capítulo de Crescimento e Desenvolvimento no livro REDBOOK Revalida 2º edição


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GABARITO UFMT 2018
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - I- O diagnóstico é Sífilis Adquirida Latente em gestante. A história de tratamento adequado ante-
riormente não exclui esse diagnóstico, uma vez que pode ser um caso de reinfecção. O diagnóstico de sífilis pertence ao
grupo de Doenças Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

II- Uma vez que a titulação de VDRL é muito alta, trata-se de um doença atual, e não reação cruzada, infecção pregressa
ou cicatriz sorológica.

III- A paciente deverá ser imediatamente tratada com esquema de sífilis latente de duração ignorada: Penicilina G benzati-
na 2,4 milhões UI, intramuscular, semanalmente por 3 semanas (dose total de 7,2 milhões UI). Frente a esse ponto, reco-
menda-se a realização de VDRL mensal após tratamento, devendo o uso de condom ser sempre estimulado.O Teste
treponêmico pode ser solicitado para confirmar o diagnóstico, mas o tratamento não pode ser retardado. As sorologias
para hepatites e HIV devem ser solicitadas também. Deve ser realizada a avaliação fetal sonográfica para sífilis congênita.
O parceiro precisa ser convocado para tratamento e a doença deve ser notificada.

10 - I- A principal hipótese é hanseníase. Paciente com forma paucibacilar por conter até 5 lesões de
pele. A hanseníase é doença de notificação compulsória em todo território nacional.

II- O tratamento específico da hanseníase, recomendado pela OMS e preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil é
a poliquimioterapia – PQT, uma associação de Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. O tratamento será realizado com
rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada e dapsona: uma dose
mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária auto- administrada. A duração do tratamento são de 6 doses mensais
supervisionadas de rifampicina. Considera critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses de tratamento.

85
GABARITO UFMT 2017
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - I - Tendo em vista que o caso apresentado trata-se de uma Polipose adenomatosa familiar (PAF)
associado a tumores em sistema nervoso central, a paciente enquadra-se como portadora da Síndrome de Turcot.

II - Pelo fato da doença possuir padrão hereditário, é recomendado que crianças de alto risco sejam submetidas a testes
para detecção de mutação no gene APC, sendo este o responsável pela fisiopatogenia da PAF. Após a realização dos testes,
há a identificação do grupo com mutação do gene APC cuja intervenção específica varia. A cirurgia de proctocolectomia
total com bolsa ileoanal ou anastomose ileoretal são as mais indicadas nesses casos, a funcionam como

Comentários: O reconhecimento da Síndrome de Turcot eleva o grau de dificuldade da questão por ser uma entidade rara
e que exige do aluno o conhecimento manifestação extracolônica da Polipose adenomatosa familiar (PAF) , no caso, apre-
sentada por predisposição a desenvolvimento de câncer em sistema nervoso central (Síndrome de Turcot). A Polipose
adenomatose familiar é uma doença caracterizada pelo surgimento de múltiplos pólipos pré-cancerosos em intestino
grosso e reto precocemente (presentes em 50% das pessoas até os 15 anos de idade e em 95% das pessoas até os 35 anos
de idade).

02 - I - A dor relacionada ao câncer pode ser multifatorial . Frequentemente, a dor é causada pela
presença do próprio tumor (compressão nervosa, metástase óssea), efeito indireto do tumor (ativação de nociceptores),
consequência do tratamento do câncer, como quimioterapia, radioterapia ou cirurgia; mecanismos não relacionados, tais
como enxaqueca, dor miofascial.

II - Em 1986, a OMS apresentou uma escada analgésica para o controle de dor oncológica exclusivamente com medica-
mentos via oral, dependendo da intensidade e em parte do mecanismo da dor. Esse esquema preconiza como 1º degrau,
controle de dores leves com medicamentos não opioides (paracetamol, dipirona, AINEs), associados ou não a adjuvantes
(antidepressivos, ansiolíticos, neuromoduladores). Em caso de não controle com o 1º ou dor moderado, é proposto o 2º
degrau com uso de opioides fracos (codeína, tramadol, oxicodona em baixas doses) associados a analgésicos não opioides
e adjuvantes. O 3º degrau é reservado a dores não controladas ou em forte intensidade. Usa-se opioides fortes (como mor-
fina, metadona, fentanila, oxicodona em doses mais altas) associados a analgésicos não opioides e adjuvantes até que haja
analgesia completa.

86
GABARITO UFMT 2017
CLÍNICA MÉDICA
03 - I -O caso apresentado sugere abdome agudo, de provável etiologia hemorrágica ou inflamatória.
Considerando a história de sangramento relatada, sinais de hipovolemia ao exame físico (taquicardia, hipotensão, hipoco-
rada) associada a dor abdominal em mulher em idade fértil , a hipótese de gravidez ectópica complicada (tubária, ovariana
etc.) deve ser considerada. Outra hipótese diagnóstica seria cisto de ovário roto, que possui quadro de dor abdominal
súbita, podendo estar associada a sinais de hipovolemia (hemoperitônio), geralmente após relação sexual. A história de
leucorreia crônica, amarelada, de odor fétido, associada a sinais sistêmicos (febre, taquicardia) e dor abdominal em fossa
ilíaca direita pode ainda sugerir doença inflamatória pélvica (abscesso tubário ou ovariano, apendicite). Deve-se considerar
ainda a epidemiologia, com comportamento sexual de risco e idade jovem para sugerir doença inflamatória pélvica.

II - A dosagem de betaHCG deve ser solicitado para confirmar gravidez, tendo em vista a hipótese diagnóstica de gravi-
dez ectópica. O betaHCG é o principal método para avaliar a atividade trofoblástica .A ultrassonografia pélvica é indicada,
uma vez que pode revelar líquido livre em cavidade abdominal, uma gravidez ectópica, ou presença de abscesso tubo-
ovariano secundário à doença inflamatória pélvica. A solicitação de hemograma completo é útil para avaliar presença de
leucocitose, muitas vezes presentes em processos inflamatórios como a doença inflamatória pélvica.

04 - I- Considerando o caso exposto, o quadro sugere, inicialmente, celulite localizada ou erisipela ,


possuindo instalação e evolução rápidas, acompanhando-se de sintomas e sinais gerais de infecção (calor, rubor, edema,
dor) . A evolução com apresentação bolhosa necro-hemorrágica confere gravidade ao processo, sugerindo erisipela
bolhosa ou celulite complicada. A presença de sinais sistêmicos (febre, taquicardia, taquipneia) sugere septicemia pelo
agente etiológico.

II - Diante de um quadro séptico, como exposto, as condutas terapêuticas englobadas no "pacote de sepse" pelo "Surving
Sepsis Campaign (2018)", englobam: internação hospitalar preferencialmente em UTI, estabilização e monitorização
hemodinâmica e respiratória, coleta de hemoculturas antes da instituição de antibiótico, antibioticoterapia de amplo espec-
tro visando à cobertura de estafilococos, gram-negativos e anaeróbios, necessidade de desbridamento e descompressão
cirúrgica pelo quadro de síndrome compartimental associada.

87
GABARITO UFMT 2017
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - I - Alguns dos fatores de risco para desenvolvimento de leiomioma uterino são : Idade, paridade,
sobrepeso, raça negra, primeira gestação tardia, hereditariedade.

II - Os sintomas dos leiomiomas uterinos incluem menorragia, dor pélvica (dor, pressão ou dismenorreia),massa pélvica,
esterilidade, síndrome da eritrocitose miomatosa, Síndrome Pseudo Meigs.

III - Os leiomiomas podem ser classificados de acordo com a anatomia, podendo dividir-se em mioma submucoso (locali-
zado logo abaixo do revestimento endometrial), subseroso (localizado logo abaixo da serosa uterina) , intramural (localiza-
do dentro da camada muscular do útero).

IV - Dentre os medicamentos utilizados nos miomas uterinos, pode-se destacar: os antiinflamatórios não esteroidais,
anticoncepcional (acetato de medroxiprogesterona) , dispositivo contraceptivo intrauterino (DIU) de levonorgestrel, e
agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).

Comentários: A questão possui grau moderado de dificuldade, e exige conhecimentos básicos sobre quadro clínico, classi-
ficação e tratamento dos leiomiomas. O DIU de levonorgestrel é recomendada como tratamento de primeira linha para
mulheres com sangramento menstrual intenso associado a miomas com menos de 3 cm de diâmetro que não estejam
causando distorção da cavidade uterina. Os AINEs foram testados empiricamente no tratamento clínico de sangramento
excessivo, dismenorreia e dor pélvica. A classe dos agonistas de GnRH provocam um estado hipoestrogênico, induzindo
uma diminuição de 35-65% no tamanho dos miomas, com maior redução ocorrendo por volta do terceiro de mês de trata-
mento.

06 - I - Os fatores de risco para câncer de endométrio incluem obesidade, diabetes, idade avançada,
síndrome do ovário policístico, uso prolongado de contraceptivos orais combinados em alta dosagem, menarca precoce,
menopausa natural tardia, história de infertilidade, nuliparidade,tabagismo, irregularidade menstrual, altas doses cumulati-
vas de tamoxifeno.

II - O termo neoplasia intraepitelial endometrial (NIE) foi criado para descrever todos os endométrios classificados como
pré-malignos por uma combinação de três características morfométricas que refletem o volume glandular, a complexidade
da arquitetura e as anormalidades citológicas. Distingue duas categorias clínicas bastante distintas de hiperplasia: (1) endo-
métrio policlonal normal reagindo difusamente a ambiente hormonal anormal e (2) lesões monoclonais intrinsecamente
proliferativas que surgem focalmente e implicam risco elevado de adenocarcinoma (Mutter, 2000).

III - A hiperplasia endometrial representa uma proliferação não fisiológica e não invasiva do endométrio que resulta em
um padrão morfológico de glândulas com forma irregular e tamanhos variáveis. Uma vez que HE é um conceito definido
histologicamente, o diagnóstico é sempre histológico.A histeroscopia tem sido considerada como melhor método, orien-
tando o local adequado de coleta do material de biópsia. Na histeroscopia, a HE pode apresentar aparências variadas:
vascularização exuberante, áreas de necrose, regeneração irregular, hemorragia, espessamentos polipoides. Ainda que a
ecografia nos possa mostrar uma linha endometrial espessada, não faz o diagnóstico de hiperplasia. A ecografia revela-se
pouco útil, particularmente na pré-menopausa.

Dicas! Veja o capítulo de Câncer de Endométrio no livro REDBOOK Revalida 2º edição disponível
no site Quality Educação em Saúde.

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88
GABARITO UFMT 2017
PEDIATRIA
07 - I - O principal agente etiológico é o Vírus Sincicial Respiratório, seguido de Adenovírus.
II - Os sintomas incluem coriza, tosse e dificuldade respiratória; podendo também ser: sibilância, chiado e rinorreia.

III - Os fatores de risco envolver prematuridade e cardiopatia congênita, broncodisplasia.

IV - Insuficiência respiratória aguda.

V - Aleitamento materno exclusivo e imunização materna na gestação contra H1N1 e B. pertussis.

Dicas! Veja o capítulo de Bronquiloite no livro REDBOOK Revalida 2º edição disponível


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08 - I - Neonatal: BCG e Hepatite B (HB) ao nascer

II - Lactente

2 m: Polio (VIP- inativada) + Penta (DPT+Hib+HB) + Rotavírus humano + Pneumocócica Valente 10


3 m: Meningocócica C
4 m: Polio (VIP- inativada) + Penta (DPT+Hib+HB) + Rotavírus human + Pneumocócica Valente 10
5 m; Meningocócica C
6 m: Polio (VIP- inativada) + Penta (DPT+Hib+HB)
9 m: Febre Amarela
12 m: Tríplice viral (SRC) +Pneumocócica Valente 10 (reforço) + Meningocócia C (reforço)
15 m: Polio (VOP atenuada) + DPT + Tetraviral (SRCV) + Hepatite A

III - Pré-Escolar 4 anos: Polio (VOP atenuada) + DPT + Varicela atenuada

IV - Escolar e Adolescente 9 – 14 anos: HPV(meninas 9-14 anos e meninos dos 11-14anos) + Meningo C dos 11-14
anos+ dT (Dupla adulto).

89
GABARITO UFMT 2017
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - I - A prevalência de tuberculose latente no município é semelhante à prevalência regional. Tanto
no estudo municipal quanto no estudo feito anteriormente na região, os intervalos de confiança (95%) da prevalência se
sobrepõem.

II - A história de tratamento prévio de tuberculose em algum membro da família é um fator de risco considerável para
tuberculose latente no indivíduo.

10 - PARTE I
Doença ou estado mórbido que causou a morte: Choque Séptico (tempo estimado: 24 horas)
Devido ou como consequência de : Osteomielite crônica ou Celulite Purulenta (tempo estimado 20 anos/ 48 horas)
Devido ou como consequência de: Fratura exposta de tíbia esquerda (tempo estimado 20 anos)
Devido ou como consequência de: Queda de andaime ou Acidente de Trabalho
(tempo estimado 20 anos)

PARTE II
Diabetes melito e hipertensão (tempo estimado desconhecido)
Comentários: Para a correção desta questão considerou-se que a definição de causa básica da morte é a doença ou lesão
que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias do acidente
ou violência que produziram a lesão fatal. Vale ressaltar que segundo o Conselho Federal de Medicina e o Ministério da
Saúde, a utilização de termos vagos, tais como “parada cardiorrespiratória” ou “falência de múltiplos órgãos” é inadequa-
da e não deve ser praticada pelos médicos.

90
GABARITO UFMT 2016
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - I - Considerando o quadro exposto de dor crônica multifocal, sem outra causa de base para tal
condição, o diagnóstico é de Fibromialgia.

II - Alguns dos diagnósticos diferenciais incluem Síndrome Dolorosa Miofascial, Hipotireoidismo.

III - O tratamento utilizado inclui antidepressivos tricíclicos (ADTs) (por exemplo, amitriptilina, ciclobenzaprina), inibido-
res da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSNs) (por exemplo, duloxetina, milnaciprana) e gabapentinóides (por
exemplo, pregabalina, gabapentina).

02 - I- A hipótese principal é de pancreatite aguda.


II- A primeira causa etiológica em um quadro de pancreatite aguda é a presença de cálculos biliares, sendo que a presença
de icterícia corrobora para tal causa; Outra causa envolvida seria a alcoólica ,uma vez que o paciente tem histórico de
consumo excessivo de álcool (diariamente faz uso
de cerveja) e o quadro clínico manifestou-se após ingestão de bebida alcoólica; A etiologia medicamentosa deve ser consi-
derada, pois há relato de uso de medicações que conhecidamente podem desencadear quadros de pancreatite aguda, por
exemplo, o valproato de sódio; Uma outra causa importante para pancreatite é dislipidemia (em especial hipertrigliceride-
mia), relatado na história pelo uso de sinvastatina, que é um medicamento antilipêmico.

III - O sinal clínico indica a presença de hemorragia retroperitonial, podendo estar presente em casos graves de pancreatite
aguda , além de ser um sinal de mau prognóstico. A presença do sinal indica pancreatite aguda necro-hemorrágica.

IV - O uso da terapia nutricional enteral por sonda é possível, uma vez que o paciente se encontra clinicamente estável e
com boa evolução, sem prejuízo da função absortiva do intestino.O estresse oxidativo e o catabolismo, juntamente à
resposta inflamatória sistêmica, causam grande mobilização das reservas energéticas, especialmente da massa magra, refle-
tindo perda nitrogenada de grande proporção. A carência nutricional gerada pelo jejum prolongado prejudica a cascata
inflamatória da doença e acaba por acelerar os mecanismos de morte. A falta de nutrientes na luz intestinal ainda é
fator predisponente para a translocação bacteriana, causa importante de sepse em pacientes graves. Está bem consolidado
na literatura que, em casos de pancreatite aguda grave, a nutrição enteral é possível. Diante de um quadro de pancreatite
aguda grave, como exposto, a terapia nutricional deve ser iniciada tão logo haja estabilidade hemodinâmica. Jejum por
mais de 7 dias deve ser evitado, por piorar o catabolismo proteico e energético, induzindo à desnutrição e piorando o prog-
nóstico da doença.

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GABARITO UFMT 2016
CLÍNICA MÉDICA
03 - I - O quadro exposto sugere tuberculose pulmonar, não descartando a possibilidade de neoplasia
pulmonar pela síndrome consumptiva associada a fatores de risco (tabagista 60 maços/ano; tosse com hemoptise, disp-
neia progressiva). O manejo inicial seria a realização de broncoscopia com biópsia e lavado brônquico para elucidação
diagnóstica de neoplasia pulmonar e tuberculose. A realização de tomografia do tórax com biópsia é indicada ; Ainda pelo
quadro sugestivo de tuberculose, deve-se solicitar pesquisa para BAAR (2 amostras) com cultura, pesquisa para fungos e
citologia oncótica do escarro.

II -Deve-se realizar internação para elucidação diagnóstica, instituição de antibioticoterapia, com início de RIPE assim
que baciloscopia positiva. Considerar ainda a necessidade de oxigenoterapia.

Dicas! Veja o capítulo de Tuberculose no livro REDBOOK Revalida 2º edição disponível


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04 - I - O quadro sugere diagnóstico de Leishmaniose cutâneo-mucosa.


II - Algumas doenças que podem provocar destruição do septo nasal incluem paracoco, sífilis, granuloma da linha média,
vasculites, LES, esclerodermia, uso de cocaína.

Comentários: A leishmaniose cutânea é a forma mais comum e pode ser classificada em lesões cutâneas ulceradas no local
da picada (leishmaniose cutânea localizada), múltiplos nódulos cutâneos não ulcerativos (leishmaniose cutânea difusa),
inflamação destrutiva da mucosa (leishmaniose mucosa).

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GABARITO UFMT 2016
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - I - A maioria das massas simples e complexas apresenta resolução espontânea sem risco para a
gestação. Portanto, o tratamento inicial é conservador, com observação e ultrassonografia seriada. Entretanto, massas
ovarianas em relação às quais há suspeita de malignidade, >8 cm em diâmetro, e que geram queixas sintomáticas ou repre-
sentam um aumento do risco de torção ovariana, requerem uma intervenção cirúrgica. Se o cisto demonstrar característi-
cas de malignidade, a remoção cirúrgica durante a gestação deve ocorrer no segundo trimestre, por laparotomia. Se as
massas ovarianas persistirem ou aumentarem de volume, devem ser abordadas em torno da 18a semana de gestação.
Havendo diagnóstico de tumores epiteliais malignos, o manejo consiste no estadiamento cirúrgico adequado.

II -a) No diagnóstico de câncer de ovário avançado no primeiro trimestre da gravidez, a indicação é o tratamento cirúrgico
padrão: lavado peritoneal, histerectomia, salpingo-ooforectomia, omentectomia e linfadenectomia pélvica e para-aórtica,
com o feto in situ.
b) Se o diagnóstico for feito antes de 34 semanas de gestação, está indicada a realização do lavado peritoneal, salpingo-oo-
forectomia e omentectomia. Ao atingir a 34a semana, na viabilidade fetal, faz-se o parto cesariano, novo lavado peritoneal,
histerectomia e linfadenectomia pélvica e para-aórtica.
c) Nos casos do diagnóstico ser feito em gestantes com idade gestacional acima de 34 semanas, a gestação deve ser inter-
rompida com cesariana e, na sequência, é realizado o tratamento cirúrgico padrão. Os tumores de células germinativas, nos
estádios Ia e Ib, devem receber adjuvância quimioterápica após a salpingo-ooforectomia unilateral, a partir do 2o trimestre
da gravidez.

06 - I - Na gestação gemelar, o achado ultrassonográfico de polidramnio (maior bolsão vertical > 8 cm)
em uma das cavidades amnióticas associado a oligodramnio (maior bolsão vertical < 2 cm) na outra, independentemente
do tamanho dos fetos, atesta o fenômeno de transfusão feto- fetal. Ainda, a diferença de peso entre os fetos acima de
20–25% deve ser considerada como um fator de risco para maior morbidade e gestação de alto risco.

II -a) Cefálico/pélvico com o peso do 2o feto maior que 1.500 g: parto vaginal
b) Cefálico/Transverso com o peso do 2o feto maior que 1.500 g: indica-se versão externa intraparto e extração.

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GABARITO UFMT 2016
PEDIATRIA
07 - I - Em crianças nascidas a termo (≥37semanas), a OMS estabelece como microcefalia, o perímetro
cefálico para o sexo feminino ≤ 31,5cm e para o sexo masculino ≤ 31,9 cm.

II - Pode ser dividida em congênita –, quando a criança nasce com a microcefalia, ou pós-parto, quando a criança adquire
após o nascimento.

III - As causas de microcefalia incluem cromossomopatias, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovirus, Sífilis, Zika vírus.

IV - As crianças com microcefalia comumemente possuem alterações no sistema nervoso associada. 80 a 85% das crianças
com microcefalia apresentam: retardo mental, alterações do desenvolvimento neuropsicomotor e irritabilidade.

V - Os exames de imagem Ultrassonografia Transfontanela ou Tomografia Computadorizada e em alguns casos a Resso-


nância Magnética, Fundoscopia, Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE ou BERA), Eletroencefalo-
grama.

08 - I - O quadro clínico e os principais sintomas da asma incluem dispneia, tosse crônica, sibilância
(presença de 3 ou mais episódios de sibilância), aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas
primeiras horas da manhã, sendo esses sintomas episódios. Há melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas
para asma (broncodilatadores, anti-inflamatórios esteroides),com variabilidade sazonal dos sintomas e história familiar
positiva para asma. A presença de atopias (rinite, dermatite atópica) favorecem o diagnóstico.

II - Espirometria é o método de escolha na determinação da limitação ao fluxo de ar e estabelecimento do diagnóstico de


asma. O Pico de Fluxo Expiratório (PFE) é importante para o diagnóstico, monitoração e controle da asma. A variação
diurna do PFE pode ser utilizada para documentar a obstrução do fluxo aéreo.

III - Segundo o Consenso de Asma 2015, o tratamento da Asma é feito em etapas. Na primeira etapa, além das medidas
de higiene do ambiente, é utilizado broncodilatador de curta duração como os beta 2 adrenérgicos: salbutamol, fenoterol
e terbutalina, via inalatória. Na segunda etapa, utiliza-se corticoide inalatório em baixa dosagem.

IV - Pode ser definida quando, após realizadas 3 (três) administrações de broncodilatador via inalatória, os sintomas da
asma permanecem, havendo necessidade de internação do paciente.

V - O diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com:


1 – Rinossinusites que cursam com broncoespasmo;
2 – Malformações congênitas pulmonares;
3 – Fibrose cística do pâncreas ou Mucoviscidose;
4 – Síndromes aspirativas como Refluxo gastroesofágico;
5 – Corpo estranho em vias aéreas.

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GABARITO UFMT 2016
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - I - A Segunda Opinião Formativa (SOF) é uma fonte de informação (em formato de teleconsulto-
ria assíncrona) do Programa Telessaúde que apresenta respostas baseadas em boa evidência às perguntas relacionadas com
os problemas prioritários de atenção primária à saúde (APS).

II - As SOF são elaboradas pelos Núcleos de Telessaúde (NT), ou seja, por profissionais qualificados do Programa Teles-
saúde.

III - As SOF são originadas de teleconsultorias já respondidas, mas que tratam de assuntos relevantes para a APS.

IV - A todos os profissionais de saúde que compõem as equipes responsáveis pela APS (Unidade Básica de Saúde e Estra-
tégia Saúde da Família).

10 - Descrição dos critérios de elegibilidade, inclusão e exclusão no estudo.Os critérios de inclusão


ajudam a selecionar participantes com características semelhantes que possam reagir a um determinado tratamento de
uma forma uniforme e mensurável, ou que tenham uma evolução semelhante da doença. Por outro lado, os critérios de
exclusão identificam características específicas, tais como outras condições clínicas ou características pessoais, que podem
afetar a condição da pessoa de uma forma que torna a participação mais perigosa, ou que diminua a chance do indivíduo
completar o estudo com sucesso.
Inclusão aleatória dos participantes nos grupos. A randomização implica na distribuição aleatória dos pacientes, de modo
que cada caso possa ter a mesma chance de ser alocado nos diferentes grupos.
O cegamento deve ser realizado sempre que possível nas diversas partes do estudo. Essas compreendem o pesquisador
responsável por aplicar as intervenções, os participantes, avaliadores de desfecho e mesmo o responsável pela análise
estatística.
Descrição dos potenciais vieses (vícios) do estudo, uma vez que se faz necessário o conhecimento de uma possível distor-
ção sistemática dos efeitos de intervenções estimadas longe da evidência, causada por inadequação do desenho, condução
ou análise de um estudo.

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GABARITO UFMT 2015
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - I- Em relação ao preparo do cólon, os protocolos multimodais contraindicam sua prescrição, uma
vez que possui diversos efeitos adversos em detrimento de seus potenciais benefícios. Em diversos estudos de metanálise
e revisões sistemática em relação ao preparo do cólon, não foi comprovado diminuição de complicações pós-operatórias.
Portanto, a abolição do preparo de cólon é uma prática segura, não elevando risco de complicações infecciosas ou fístulas.

II- Em vista a atenuar a resposta metabólica ao trauma, além de diminuir a resistência periférica à insulina, deve-se evitar
a instituição de jejum prolongado . Indica-se neste caso, jejum para alimentos sólidos de 6 a 8 horas e uso de líquidos claros
enriquecidos com carboidratos (maltodextrina 12%) ou carboidratos + glutamina (10g), em volume de 200mL, até 2 horas
antes da operação.

III- Em caso de paciente estável, sem comorbidades ou complicações relacionadas à doença e que não foi indicado o
preparo do cólon e realizado a abreviação do jejum, não há indicação para hidratação venosa pré-operatória.
IV- Considerando o caso exposto, num paciente estável, apresentando tumor não-obstrutivo e que ingere 80% de suas
necessidades calóricas, a terapia nutricional deve ser feita, preferencialmente, por via oral com suplementaçào proteica. A
terapia nutricional deve durar de 7 a 14 dias.

02 - I- A anestesia para operação cesariana pode ser feita por raquianestesia, anestesia peridural ou com
anestesia combinada raqui-peridural. A raquianestesia é reservada para a maioria das cesáreas, frequentemente utilizadas
em pacientes hígidas e em cesáreas eletiva.

II- Considerando ser uma paciente sem comorbidades, é classificada como ASA-I.

III- A sequência é pele, tecido subcutâneo, ligamento supraespinhoso, ligamento interespinhoso, ligamento amarelo,
espaço peridural, dura máter e membrana subaracnóidea, espaço subaracnóideo.

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GABARITO UFMT 2015
CLÍNICA MÉDICA
03 - I - Diante de um alto índice de suspeita com sintomas sugestivos e um histórico de viagens recen-
tes apropriado, o diagnóstico clínico é de malária grave. O envolvimento cerebral, com alteração do nível de consciência,
oligúria, e hipotensão associam a gravidade do quadro. A suspeita diagnóstica se dá por quadro febril associado a manifes-
tações sistêmicas, após atividade em mata atlântica.

II - A detecção de parasitas da malária no sangue é essencial. A pesquisa de hematozoários na gota espessa confere diag-
nóstico da infecção, e quando executado adequadamente, é considerado padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). O esfregaço de lâminas – hematoscopia pode ser usado para identificação da espécie parasitária.

III- A conduta seria internação hospitalar, preferencialmente em ambiente de UTI, com medidas gerais de monitorização
hemodinâmica e oxigenoterapia (se necessário). O tratamento deve ser realizado com artesunato ou quinino, e se necessá-
rio, associação com outras drogas.

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04 - I- Considerando os fatores de risco da paciente (obesidade, uso de ACO por longo período,
viagem prolongada com provável pouca mobilização no período) associada ao quadro clínico de dispneia súbita, dor torá-
cica, tosse, hemoptise o provável diagnóstico é tromboembolismo pulmonar (TEP)

II- O padrão-ouro para diagnóstico etiológico do TEP é avaliação da vascularização da artéria pulmonar por meio de
exames de imagem – arteriografia pulmonar, angioTC ou angioRNM.

Dicas! Veja o capítulo de Tromboembolismo Pulmonar no livro REDBOOK Revalida 2º edição disponível
no site Quality Educação em Saúde.

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GABARITO UFMT 2015
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - I- PAS≥160mmHg e/ou PAD ≥110 mmHg

II- As indicações podem ser fetais ou maternas. Em relação as indicações fetais pode-se citar o sofrimento fetal (seja pela
cardiotocografia, ultrassonografia, dopplerVelocimetria, a partir da viabilidade) e maternas (falta de controle clínico mater-
no – uso de 3 drogas antihipertensivas em dose máxima e 50% das medidas de PA com PAD>100mmHg e/ou presença
de emergências hipertensivas), iminência de eclâmpsia ou síndrome HELLP.

Dicas! Veja o capítulo de Síndrome Hipertensivas da gravidez no livro REDBOOK 2º edição


disponível no site Quality Educação em Saúde.

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06 - I- O hormônio empregado é a progesterona natural cuja recomendação como medida profilática


em pacientes assintomáticas, com gestações únicas, com história de partos prematuros e/ou colo curto. Sua indicação
permanece somente na prevenção, tendo sua eficiência comprovada. Regime de administração disponível no nosso meio:
progesterona natural 100 a 200 mg/dia, via vaginal, uma vez ao dia, até 34 a 36 semanas.

II- O acompanhamento ultrassonográfico é indicado para as pacientes com suspeita de incompetência cervical e prematu-
ridade entre 16 e 24 semanas. É considerado comprimento de colo≤ 25 mm como de risco. Nesse caso, está indicado a
cerclagem. Em gestante sem histórico de prematuridade com colo <20mm está indicado o uso de progesterona como
profilaxia para parto prematuro.

III- Os fatores relacionados a prematuridade incluem tabagismo, antecedentes de parto prematuro, infecções urinárias,
gemelaridade, malformações fetais, uso de drogas ilícitas etc.

IV- Entre os agentes tocolítico, podemos citar:


1. Bloqueadores dos canais de cálcio: a droga mais utilizada, segundo a literatura, é a nifedipina. Tem mostrado ser droga
efetiva na sedação das contrações, com poucos efeitos colaterais. As principais reações adversas incluem taquicardia, cefa-
leia, hipotensão arterial, calor e rubor facial. Evitar o uso em pacientes hipertensas ou já com hipotensão importante.
2. Estimuladores dos receptores β -adrenérgicos: terbutalina e salbutamol. Segundo a literatura, o uso prolongado dessas
drogas levaria a dessensibilização dos receptores, determinando redução do efeito da droga.

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GABARITO UFMT 2015
PEDIATRIA
07 - I- O principal agente etiológico envolvido se dá por germes gram negativos entéricos, sendo
Escherichia coli a principal.

II- A transmissão da E.coli se dá principalmente pela via do canal de parto ou secundário a corioamnionite.

III- A rotura prematura de bolsa (amniorrexe prematura) é causa de meningite neonatal

IV- Os achados clínicos são inespecíficos e o diagnóstico de meningite bacteriana é estabelecido pela presença de bacté-
rias no exame bacterioscópico e/ou cultura do líquor (LCR), com células >20 leucócitos/mm3; neutrófilos >20%; proteí-
na >100mg/dL; glicose entre 5-75% da glicemia sérica ou hiperproteinorraquia.

V- A principal complicação envolvida é ventriculite.

08 - I- O agente etiológico é a Bordetella pertussis.


II- A coqueluche ocorre mundialmente, principalmente no outono e verão.

III- A vacina envolvida na profilaxia da coqueluche está presente na DTP, DTP acelular ou pentavalente.

IV- Além do suporte ventilátorio, o tratamento de primeiro linha envolve macrolídeos (eritromicina ou azitromicina ou
claritromicina).

V- As complicações envolvidas na coqueluche são pneumonia, convulsões e encefalopatia.

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GABARITO UFMT 2015
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - A principal hipótese relacionada ao perfil de morbidade no período de 1995-2010 está no amplo
acesso ao tratamento com drogas antirretrovirais dos pacientes. O controle viral instituído pelos medicamentos diminuem
o desenvolvimento da imunossupressão pelo vírus HIV, consequentemente com redução na incidência de AIDS. Ainda,
a terapia antirretroviral com redução da carga viral dos pacientes diminuíram as taxas de transmissão na comunidade. O
tratamento possibilitou uma maior sobrevida desses pacientes, aumentando, pois, a prevalência da doença na população.

10 - I- F.I.R.O é um instrumento baseado em Orientações Fundamentais nas Relações interpessoais,


que procura medir ou monitorar os sentimentos de cada membro da família em relação à inclusão, ao controle e à intimi-
dade no contexto familiar. Por exemplo, como a presença de um membro doente na família interfere nas relações de todo
o grupo familiar.

II- P.R.A.C.T.I.C.E é um instrumento que permite a avaliação do funcionamento das famílias, visando à elaboração de um
plano de intervenção construído com dados colhidos junto à família. É feito por meio de conferências familiares, com
participação da equipe de saúde da família.

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GABARITO UFMT 2014
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - I - A isquemia cerebral é o principal fator secundário ao trauma, causando alterações sistêmicas e
intracranianas que podem correr a qualquer momento durante a fase de reanimação e estabilização do paciente ou durante
o tratamento intensivo.

II - A hipotensão arterial e a hipoxemia são os fatores mais importantes relacionados ao pior prognóstico desses pacientes,
incluindo o risco de morte. As condutas e procedimentos a serem adotados no trauma cranioencefálico têm como alvo
otimizar a perfusão cerebral, a oxigenação tecidual e evitar lesões secundárias.

III - Considerando que a hipotensão e os estados de hipoxemia são fatores determinantes para desfechos negativos nos
pacientes vítimas de trauma. Fundamentalmente, a pressão arterial sistólica deve ser mantida, durante a reanimação, em
valores iguais ou superiores a 90 mmHg, a fim de manter a pressão de perfusão cerebral. Por sua vez, a meta em relação
à PaO2 (pressão arterial parcial de oxigênio no sangue) é que se mantenha superior a 60 mmHg ou SatO2≥90%.

IV - A elevação da PaCO2 (pressão parcial arterial de CO2 de oxigênio no sangue) no paciente politraumatizado grave
possui consequências relevantes em nível cerebral. Tal elevação está relacionada à ocorrência de fenômenos de vasodilata-
ção da circulação encefálica, levando, consequentemente, ao aumento do volume sanguíneo local. Considerando as pecu-
liaridades do encéfalo, esse aumento do volume de sangue, ainda que em pequenas quantidades, acarretará aumento agudo
na pressão intracraniana (PIC), havendo risco iminente de morte ou sequelas neurológicas graves.
Deve-se considerar ainda que, uma redução importante da PaCO2 causa vasoconstrição cerebral, reduzindo o volume
sanguíneo cerebral e, consequentemente, reduzindo a PIC. Por essas razões não deve usar hiperventilação fora dos cuida-
dos da UTI, em vista das inúmeras complicações e da necessidade de cuidados com o monitoramento.

02 - I - Uma variedade de técnicas analgésicas, como opioides sistêmicos, bloqueio do nervo intercos-
tal, analgesia intrapleural, administração de opioides por via epidural com ou sem analgésico local, crioanalgesia, bloqueio
paravertebral de nervos e estimulação elétrica transcutânea do nervo (TENS), é usada para tratamento da dor pós-toraco-
tomia. Dentre as diversas estratégias que podem ser empregadas para analgesia pós-operatória em operações em que, a
literatura aponta como melhor opção o uso da analgesia controlada pelo paciente (PCA). Tal método utiliza-se de bombas
de infusão específicas para tal fim, conectadas a um cateter peridural, onde o medicamento é diretamente infundido.

II - No caso exposto os fatores independentes de risco para náuseas e vômitos pós-operatórios, descritos pela literatura,
são sexo feminino, idade não tabagismo, histórico de cinetose.

III - Considerando o escore simplificado de Apfel, o qual é usado como maneira simples de estratificar o risco de náuseas
e vômitos no pós-operatório, a paciente em questão possui Risco Elevado (presença de 3 fatores de risco), corresponden-
do à possibilidade de ocorrência acima de 50%. Devido ao alto risco, a utilização de profilaxia para náuseas e vômitos deve
ser considerada.

101
GABARITO UFMT 2014
CLÍNICA MÉDICA
03 - I- O diagnóstico provável, considerando a clínica de episódios recorrentes de dor cervical, com
sinais flogísticos, acompanhada de aumento volumétrico da glândula, com contornos lobulados e algo endurecida,
evoluindo para hipotireoidismo, em indivíduo do sexo feminino, na faixa etária de maior incidência é de Tireoidite de
Hashimoto (tireoidite crônica autoimune).

II - Dentre os exames, deve-se realizar dosagem hormonal: T3, T4, T4 livre, TSH, para avaliação da produção da glândula,
dosagem anticorpos anti-tireoideanos: anti-TPO, anti-Peroxidase, anti-receptor TSH e outros, uma vez que grande maio-
ria dos tireoidite de Hashimoto apresenta níveis elevados desses anticorpos. A Ultrassonografia cervical com avaliação da
morfologia, dimensão, contornos e ecotextura da tireoide, buscando pela presença de nódulos e pelas características
sugestivas de malignidade dos mesmos (microcalcificações, irregularidades nos contornos, halo interrompido e espesso,
hipervascularização ao Doppler etc). Outro exame de imagem que pode ser empregado é a cintilografia da tireoide, para
avaliar a captação do iodo ou outro marcador pelo parênquima glandular (hipocaptação) e, na presença de nódulos, se os
mesmos são hipocaptantes (frios e suspeitos) ou hipercaptantes (quentes e hiperfuncionantes).

04 - I - O diagnóstico provável envolvido no quadro exposto é Doença de Crohn. A história clínica de


diarreia crônica e intermitente, febre baixa, dor abdominal e fistulizações cutâneas em abdome e períneo, associado a
manifestações extraintestinais (articulares) em indivíduo do sexo masculino, na faixa etária do caso, sugerem doença infla-
matória intestinal, mais especificamente a doença de Crohn. Retocolite ulcerativa, doença linfoproliferativa e ileite granu-
lomatosa infecciosa (tuberculose, paracoco etc) com envolvimento do íleo, fazem parte do diagnóstico diferencial, sendo
diferenciadas através de outros exames.

II - Em relação aos achados endoscópicos, melhor visualizados ao exame de colonoscopia a doença pode comprometer
a parede do tubo digestório da boca ao ânus (todo trato gastrointestinal), com envolvimento predominante do íleo termi-
nal, estendendo-se por toda a espessura da parede, de forma descontínua e grau variável de comprometimento, gerando
um aspecto que alterna segmento sadio com segmento lesado do tubo intestinal. Nos segmentos lesados, a mucosa apre-
senta ulcerações com áreas de mucosa preservada (pseudo-pólipos) com aspecto de paralelepípedos. Podem estar presen-
tes áreas de estenose com dilatações a montante e fistulas podem ser identificadas.
O estudo contrastado do delgado (trânsito) e o clister em duplo meio de contraste são usados para identificar acometi-
mento da DC em intestino delgado e podem identificar as áreas de espessamento parietal das alças, zonas de estenoses e
fístulas entero-entéricas e entero-cutâneas, ulcerações mucosas com aspecto em paralelepípedo (calçamento de pedras),
incompetência da válvula íleo-cecal. A tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética identificam as
zonas de espessamento segmentar das alças, áreas de estenoses intercaladas com áreas de dilatações, fístulas, abscessos
múltiplos na parede, retro-peritôneo, períneo e intracavitários. A ultrassonografia pode identificar alguns dos achados da
tomografia e ressonância.

Dicas! Veja o capítulo de Doença de Crohn no livro REDBOOK 2º edição disponível


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102
GABARITO UFMT 2014
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - O uso da imunoglobulina anti-D deve ser realizada nos seguintes casos:
• Após parto normal ou cesárea nas pacientes Rh negativo, Du negativo,Coombs indireto negativo e recém-nascido Rh
positivo com Coombs direto negativo, preferencialmente nas primeiras 72 horas.
• Na gestante com 28 semanas com Rh negativo, Du negativo, Coombs indireto negativo e marido Rh positivo.
• Após aborto em pacientes Rh negativo, Du negativo, Coombs indireto negativo e marido Rh positivo.
• Após aborto molar em pacientes Rh negativo, Du negativo, Coombs indireto negativo e marido Rh positivo.
• Na gravidez ectópica em pacientes Rh negativo, Du negativo, Coombs indireto negativo e marido Rh positivo.
• Na gestante que apresenta sangramento obstétrico como descolamento prematuro de placenta ou placenta de inserção
baixa com Rh negativo, Du negativo, Coombs indireto negativo e marido Rh positivo.
• Após procedimentos invasivos como amniocentese, cordocentese, biópsia de vilo corial em pacientes com Rh negativo,
Du negativo, Coombs indireto negativo e marido Rh positivo.

Comentários: A sensibilização materna e a produção de anticorpos devido à incompatibilidade de Rh podem ser evitadas,
na maioria dos casos, por meio da administração de imunoglobulina anti-D à mulher.Esse preparado contém altos títulos
de anticorpos anti-Rh que neutralizam os eritrócitos do feto Rh-positivo, no intuito de não haver sensibilização materna.

06 - I - Algum dos paramêtros analisados são a frequência respiratória (deve estar acima de 14 ipm),
presença reflexos tendinosos (patelares) e diurese horária (acima de 25ml/h)

II - O antídoto do sulfato de magnésio é gluconato de cálcio.

Comentários: O controle deve ser feito pela equipe médica pela avaliação de FR, reflexo patelar, controle de diurese, PA
e BCF. O sulfato de magnésio deve ser suspenso caso FR < 16rpm, abolição de reflexos patelares, diurese < 100ml em
4h. Em caso de comprometimento respiratório grave, como insuficiência respiratória ou parada cardiorrespiratória, admi-
nistrar gluconato de cálcio.

103
GABARITO UFMT 2014
PEDIATRIA
07 - I- Macroglossia e hérnia umbilical, respectivamente.

II - Hipotireoidismo congênito

III - O diagnóstico é feito através pelo exame de triagem teste do pezinho, pela dosagem de T3 e TSH.

IV - O tratamento baseia-se na reposição com hormônio tireoidiano (sintético) levotiroxina-T4

V - A principal complicação associada ao hipotireoidismo congênito não diagnosticado é o retardo mental.Uma vez que
o desenvolvimento do sistema nervoso central ocorre de forma mais intensa nos três primeiros anos de vida, a diminuição
hormônio tireoidiano nesta fase provocará lesões no cérebro, por vezes permanente.

08 - I- A doença em questão trata-se do sarampo.


II - O agente etiológico do sarampo é o Mixovírus, família Paramixoviridae, gênero Morbillivirus.

III - A manifestação clínica típica inclui febre com exantema eritematoso de início agudo após sintoma prodrômico de 2
a 4 dias com tosse, coriza e conjuntivite. Algumas características mais específicas incluem manchas de Koplik (manchas
vermelhas geralmente com um ponto branco-azulado no centro na mucosa bucal eritematosa).

IV - A vacina está contida na Tríplice viral (MMR ou SCR) ou Tetraviral.

V - As complicações do sarampo inclui otite média aguda, broncopneumonia, encefalite e tuberculose.

Dicas! Veja o capítulo de Sarampo no livro REDBOOK Revalida 2º edição disponível


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104
GABARITO UFMT 2014
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - I- Fonte única de transmissão
II - 08 de abril

III - Diarreia aguda ou diarreia por rotavírus ou cólera ou diarreia por toxina estafilocócica.

10 -X: Coeficiente (ou taxa) de prevalência


Y: Coeficiente (ou taxa) de incidência
W: Coeficiente (ou taxa) de mortalidade específica pela doença
Z: Coeficiente (ou taxa) de letalidade.

Comentários: A taxa de prevalência é relacionada com o número de casos existentes de uma doença dividido pelo número
de pessoas de uma população em tempo especificado. A taxa de incidência é definida como o número de casos novos de
uma doença ou outra afecção de saúde dividido pela população em risco da doença (população exposta). A taxa de morta-
lidade se relaciona com total de óbitos de um determinado local pela população exposta ao risco de morrer. A taxa de
letalidade é definida pelo número de óbitos por determinada causa e o número de pessoas que foram acometidas por tal
doença.

105
GABARITO UFMT 2013
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - I- A causa mais provável relacionada ao quadro exposto é volvo de sigmóide.
II- Algumas condições são consideradas fatores predisponentes ao volvo de sigmoide, como megacólon chagásico, consti-
pação crônica, uso contínuo de drogas psicotrópicas, ingestão exagerada de fibras e vegetais.

III- O manejo inicial inclui a compensação clínica do paciente, com hidratação adequada. A descompressão nasogástrica
deve ser parte do manejo inicial de qualquer causa, para descomprimir o trato intestinal e reduzir o fluxo ou conteúdo
gástrico ou ar para a obstrução. O uso de antibióticos são administrados no pré-operatório . A sigmoidoscopia flexível ou
rígida com a inserção de um tubo retal pode aliviar a obstrução e deve ser realizada após o diagnóstico, garantindo que
segmento afetado seja viável.
A distorção endoscópica é muito bem-sucedida e é realizada apenas quando não há suspeita ou evidência de isquemia ou
perfuração (nesse caso, há indicação cirúrgica). Se a distorção do volvo não puder ser realizada com um tubo retal ou com
um colonoscópio, é necessária laparotomia com ressecção do cólon sigmoide e colostomia terminal (operação de Hart-
mann).

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02 - I- A suspeita clínica deve ser para a condição de hipertermia maligna. O quadro clínico de hiper-
capnia, hipertermia e a rigidez muscular durante o período intraoperatório sugerem tal condição.

II- O foco principal do tratamento é normalizar o metabolismo, prevenir ou reverter a hipertermia e prevenir a rabdomió-
lise.A anestesia inalatória deve ser interrompida além de considerar a administração de dantroleno intravenoso e restaura-
ção de uma temperatura central normal. O paciente deve ser estabilizado na sala cirúrgica e transferido para a unidade de
terapia intensiva (UTI) para ser monitorado continuamente.

Comentários: Pode haver ainda algumas complicações decorrentes de lesão crítica por calor, como coagulopatia intravas-
cular disseminada e edema cerebral. As complicações decorrentes de rabdomiólise, como parada cardíaca hipercalêmica e
insuficiência renal mioglobinúrica, devem ser previstas.

106
GABARITO UFMT 2013
CLÍNICA MÉDICA
03 - I- Uma das hipóteses diagnósticas necessárias a descartar primeiramente seria a de câncer colorre-
tal. A história clínica de dor abdominal crônica, diarreia intermitente, associado a episódios de hematoquezia, perda pon-
deral podem sugerir quadro adjacente de neoplasia colorretal(com ou sem metástase hepática). A história associada de
icterícia pode sugerir neoplasia de papila de Vater ou neoplasia de fígado. Outras causas a se considerarem, compatíveis
pela história clínica de dor abdominal, diarreia, perda ponderal, icterícia são doença inflamatória intestinal, parasitoses.

II- Para elucidação diagnóstica será necessária realização de exames laboratoriais e de imagem. O exame de TC de abdome
total pode revelar massas abdominais, linfodomegalias, metástases e sinais de complicação associado ao quadro de neopla-
sia. Além disso, todos os pacientes com câncer retal devem passar por estadiamento pré-operatório com TC de tórax,
abdome e pelve para determinar a extensão local e distal. A realização de USG de abdome se faz necessária também para
confirmação diagnóstica e melhor estudo de vias biliares (descartar hipótese de calculopatia biliar associada). A colonos-
copia é imprescindível para estudo da mucosa, e visualização de possível neoplasia maligna subjacente. A colonoscopia
poderá dar informações sobre o estado do cólon direito, sinais de inflamação, além de permitir a realização de biópsia.
O exame laboratorial com hemograma (avaliar anemia, leucocitose etc), provas função hepática (bilirrubininas, TAP),
lesão hepatocelular (TGO e TGP) complementam diagnóstico e avaliam prognostico caso haja acometimento hepático.
Outros exames podem se fazer necessários à medida que há investigação diagnóstica, como marcadores tumorais específi-
cos, anticorpos específicos etc.

04 - I- Pode-se destacar a síndrome de insuficiência cardíaca congestiva, com acometimento de ventrí-


culo direito e esquerdo (quadro de dispneia progressiva, edema de membros inferiores, turgência jugular, refluxo hepato-
-jugular, hepatomegalia) e com fenômenos isquêmicos transitórios, embólicos (amaurose transitória, hemiparesia, artral-
gias etc) ou não.

II- Uma das etiologias etiologias prováveis que pode estar relacionada é endocardite infecciosa, apresentado pelo quadro
com sinais de insuficiência cardíaca congestiva (relacionado à provável insuficiência mitral associada – sopro holossistóli-
co em foco mitral), episódios de febrícula. Na endocardite infecciosa, fenômenos embólicos podem ainda estar associa-
dos, gerando quadro de artralgias, acidentes vasculares cerebrais. Uma outra causa poderia ser Mixomas do átrio esquerdo,
que resulta um quadro de obstrução da valva mitral (síncope, dispneia e edema pulmonar) seguida por manifestações
embólicas (explicadas por amaurose temporária, hemiparesia, resfriamento agudo do hálux), associados a outros sintomas:
perda de peso, fadiga, febre inexplicada e anemia.
Doenças que cursam com valvulopatia da mitral, como febre reumática aguda miocardite chagásica, miocardite por álcool
(positivo para história social do quadro exposto) podem estar relacionados e devem ser parte do diagnóstico diferencial.
As miocardites, de uma forma geral, podem incluir dor torácica, dispneia, ortopneia, síncope, fadiga e palpitações associa-
dos a achados do exame físico: estertores, estase jugular, B3 em galope e galope de somação B3 e B4.

Dicas! Veja o capítulo de Insuficiência cardíaca congestiva no livro REDBOOK Revalida 2º edição disponível
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107
GABARITO UFMT 2013
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Nos casos de interrupção da gestação de anencéfalo, o Estado tem o dever de garantir às mulheres
todas as condições para a sua prática de forma segura. O diagnóstico de anencefalia deve ser feito por exame ultrassono-
gráfico a partir da 12ª semana de gravidez (três meses de gestação), registrando duas fotografias em posição sagital (que
mostra o feto verticalmente) e outra em polo cefálico com corte transversal e além de um laudo assinado por dois médicos
especialistas.

06 - I- A hipótese mais provável relacionada ao quadro exposto é descolamento prematuro de placen-


ta.

II- Os fatores de risco associados incluem tabagismo, trauma, distúrbios hipertensivos e uso de cocaína.

III- Em decorrência da idade gestacional, BCF =112 bpm (indicando provável comprometimento fetal pela bradicardia),
associado ao sangramento, a melhor conduta terapêutica seria o parto rápido por cesariana.

Comentários: O tratamento depende da idade gestacional e das condições da mãe e do feto. Quando houver morte fetal,
o objetivo é minimizar a morbidade para a mãe, podendo esperar o parto vaginal, se sangramento discreto e estabilidade
hemodinâmica materna. Nos casos de feto vivo a termo, o parto imediato é indicado. Se a mãe estiver em uma condição
estável e o batimento cardíaco fetal for tranquilizador, pode-se tentar um parto vaginal. Quando houver evidência de com-
prometimento fetal ( casos de estado fetal não tranquilizador) o parto por cesariana geralmente é indicado.

108
GABARITO UFMT 2013
PEDIATRIA
07 - I - O principal fator de risco é prematuridade (principalmente <24 semanas), filhos de mãe diabéti-
ca (o aumento de insulina interfere na produção de surfactante e na sua qualidade), genéticos (mais comum na raça
branca), sexo masculino (questão hormonal, a maturidade pulmonar em homens ocorre mais tardiamente), malformações
torácicas.

II- O quadro clínico envolve sinais de insuficiência respiratória, sendo a taquipneia o sinal mais evidente e frequente
(FR>60 ipm), dispneia, gemido expiratório (resultado do fechamento parcial da glote no intuito de impedir colapso alveo-
lar) , batimento de asa do nariz (tentativa de diminuir a resistência das vias aéreas), retração da caixa torácica, cianose
(PaO2 <40 mmHg) .Os sinais e sintomas em geral começam nas primeiras horas com desconforto respiratório, e em geral
são progressivas, podendo se agravar nas próximas 36-48 horas (pioram ainda mais com a falta de tratamento).

III- O tratamento de base: aquecer, não alimentar pelo risco de aspiração, além de avaliação hemodinâmica e de infecção.
O tratamento inclui a reposição de surfactante, uma vez que seu uso tem melhorado muito índice de sobrevivência, dimi-
nuindo o pneumotórax e tempo de ventilação; Seu uso está indicado em recém-nascidos < 34 semanas e com evidência
de síndrome de desconforto respiratório. A oxigenoterapia é necessária podendo se usar um cateter ou CPAP (preferen-
cialmente). O uso de ventilação mecânica pode ser usada em casos mais graves.

IV- Uma das complicaCòes possíveis é o barotrauma (enfisema intersticial, pneumotórax e pneumomediastino), infecções
pulmonares secundárias pelo manuseio de medidas invasivas e cateteres, além de hemorragias intracranianas.

V- Evitar prematuridade, com melhora da assistência pré-natal e o uso de glicocorticóides como agentes estimuladores da
maturidade pulmonar nos casos de rotura precoce de membranas.

08 - I- O agente etiológico envolvido é a Toxocara canis.


II- As manifestações clínicas mais comuns incluem anemia, febre, hepatomegalia e manifestações pulmonares.

III- O diagnóstico da larva migrans visceral baseia-se em achados clínicos, epidemiológicos e sorológicos. Recomenda-se
imunoensaio enzimático para antígenos de Toxocara a fim de confirmar o diagnóstico.É comum haver hiperglobulinemia,
leucocitose e eosinofilia acentuada.

IV- Para pacientes assintomáticos e aqueles com sintomas leves não há necessidade de terapia porque a infecção costuma
ser autolimitada. Para pacientes com sintomas leves a graves, albendazol. Corticoides são indicados para pacientes com
sintomas graves.

109
GABARITO UFMT 2013
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - I- O estudo em questão trata-se de coorte ou estudo longitudinal ou estudo de coorte prospectivo.
II- Foram utilizadas incidência como medidas de frequência e risco relativo como medidas de associação.
III- De acordo com os dados, o risco de hepatite, no período do estudo, entre aqueles que receberam transfusão sanguí-
nea foi de 10 vezes mais em relação ao grupo de pessoas que não receberam transfusão sanguínea.
Risco relativo = incidência nos expostos / incidência nos não expostos
RR= 0,01/0,001 = 10

Comentários: O risco relativo estima a magnitude de uma associação entre a exposição e a doença e indica a probabilidade
de desenvolvimento da doença no grupo de exposto (E) relativa ao grupo de não exposto (E`). O risco >1 , como no caso
exposto, indica associação positiva ou risco aumentado entre os exposto atribuído ao fator estudado.

10 -Grupo controle ou ensaio clínico ou grupo de comparação;


Aleatorização ou randomização ;
Mascaramento (cegagem) de pacientes, examinadores e analisadores;
Ausência de erro sistemático ou alta validade interna ou controle de vieses;
Magnitude (força) da medida de associação ou alta precisão da associação.

110
GABARITO UFMT 2012
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - O planejamento terapêutico deve iniciar a terapia nutricional pré-operatória o mais precoce possí-
vel. Pacientes com avaliação subjetiva global C devem receber terapia nutricional por 7-14 dias antes da cirurgia. Não
estando o sistema digestório sadio e havendo hiporexia (ingestão menor que 70% da necessidade calórica diária), reco-
menda-se a terapia nutricional parenteral (TNP). Deve-se atentar ao risco de síndrome de realimentação, portanto, o
aporte calórico deve se dar de maneira lenta, e os níveis séricos de fósforo, magnésio e cálcio devem ser monitorados
diariamente. A terapia nutricional deve ser mantida no período pós-operatório, preferencialmente utilziando-se da vida
enteral (sonda ou jejunostomia) até que o paciente tenha condições de alimentar-se via oral.
São nutrientes que, se oferecidos em doses superiores às normais, podem determinar modificações favoráveis anti-infla-
matórias e moduladoras do sistema imunológico. São eles os aminoácidos glutamina e arginina, os nucleotídeos e ácidos
graxos poliinsaturados do tipo ômega-3 e ômega-6, além de vitaminas A, C, E, e minerais (Zn e Se). Esses nutrientes têm
sido usados via parenteral ou enteral isolados ou associados, com resultados benéficos. Os benefícios incluem redução do
estresse oxidativo, fortalecimento da capacidade imune e melhora na cicatrização. Tais fatores estão associados a diminui-
ção da morbidade e mortalidade, particularmente em doentes cirúrgicos e críticos. Segundo a literatura atual, o uso de
imunonutrientes para pacientes com câncer do aparelho digestivo possui nível A de evidência.

02 - A evidência atual tem demonstrado benefício no uso de solução líquida enriquecida com carboi-
drato (maltodextrina), possuindo maior satisfação, menor irritabilidade e aumento do pH gástrico, e especialmente, redu-
ção da resposta catabólica ao estresse cirúrgico, combatendo a resistência insulínica, com consequente melhora da recupe-
ração pós-operatória. Essas soluções podem ser usadas com segurança até 2 horas antes de procedimento cirúrgico (inde-
pendente da via operatória e do porte da cirurgia). Logo, a conduta do cirurgião segue as recomendações pela literatura
médica, uma vez que traria benefícios do ponto de vista metabólico e clínico na recuperação pós-operatória da paciente.

111
GABARITO UFMT 2012
CLÍNICA MÉDICA
03 - A primeira hipótese diagnóstica a ser levantada, considerando todos os sinais clínicos é a de tumo-
res hepáticos (hepatocarcinoma e metástases). As características clínicas típicas do carcinoma hepatocelular são dor abdo-
minal, icterícia, distensão abdominal (ascite), edema nos membros inferiores, saciedade precoce e perda de peso. Vale
ressaltar a presença do fator risco etilismo para desenvolvimento de hepatopatia crônica e de hepatocarcinoma (CHC).
Outra possibilidade seria hepatopatia crônica subjacente, por hepatopatia alcoólica ou hepatite viral crônica, pela quadro
de sistêmico de perda de peso, anorexia, fadiga, desconforto abdominal além de sinais ao exame físico de macicez móvel,
hepatomegalia, esplenomegalia.
Outras causas podem incluir infecção pelo HIV/AIDS (isoladamente ou com comorbidades), que se apresenta, na infec-
ção aguda, por um quadro sistêmico de perda de peso, febre baixa, anorexia. Vale ressaltar, que o paciente em questão
possui fator de risco para infecção por exposição sexual com vários parceiros desprotegida.

A ultrassonografia de abdome é o exame de imagem inicial de escolha e é usada para o rastreamento de hepatocarcinoma
nas populações de alto risco (etilistas crônicos, hepatopatas). Na tomografia de abdome, as lesões hipervasculares na
imagem da fase arterial, com washout na fase venosa portal ou tardia, são típicas do CHC. A AST e ALT séricas medem
a presença e, por vezes, a gravidade de lesões hepáticas induzidas pelo álcool. Em pacientes com hepatopatia alcoólica, o
nível da AST está quase sempre elevado (geralmente acima do nível da ALT). A proporção AST/ALT >2 clássica é obser-
vada em cerca de 70% dos casos. Para descartar a possibilidade de hepatite viral coexistente, sugere-se fazer os testes soro-
lógico para hepatite B (anti-Hbs, HbsAg, anti-HBc) para a hepatite C (anti-HCV), e para HIV .
A indicação de exames básicos para o paciente neutropênico (hemocultura, hemograma, PCR, VHS, cultura de orofaringe,
avaliação da função renal e hepática, exames de imagem – USG, TC/RNM) são indicadas. Além disso, deve considerar
internação hospitalar com isolamento reverso e instituição de antibioticoterapia de amplo espectro em dose terapêutica.
As demais medidas de suporte e de exames complementares, assim como a mudança da conduta inicial serão especificados
de acordo com as indicações específicas.

04 - Diante do quadro clínico exposto, a hipótese principal é dissecção aorta. O quadro clínico de dor
intensa, irradiada para região interescapulo-vertebral e dorso, associada a manifestações autonômicas e dissociação da
amplitude de níveis pressóricos entre os membros superiores (direito e esquerdo), além do déficit de pulsação nos mem-
bros inferiores sugerem dissecção de aorta. Vale ressaltar, que nestes grupos de pacientes a maioria tem hipertensão
prévia, geralmente mal controlada (igualmente ao quadro exposto).
A investigação inicial inclui radiografia torácica, ECG e enzimas cardíacas (troponinas, CPK-MB, CPK) para exclusão de
pneumonia, embolia pulmonar, infarto do miocárdio. Também devem ser solicitados exames de sangue incluindo um
perfil metabólico completo e um hemograma completo, tipo sanguíneo e prova cruzada. Se houver suspeita de dissecção
da aorta por causa da história do paciente ou mediastino alargado em radiografia torácica, a angiotomografia (ATG) é a
principal modalidade utilizada para o diagnóstico.
Inicialmente recomenda-se oxigênio suplementar e monitorização hemodinâmico com ressuscitação fluídica intravenosa
e uso criterioso de inotrópicos em casos de insuficiência renal incipiente e choque hipovolêmico. É indicado um anti-hi-
pertensivo potente para impedir progressão da doença. Em geral, o beta-bloqueador intravenoso é usado para atingir uma
frequência cardíaca menor que 60 bpm e pressão sistólica menor que 120 mmHg. Vale ressaltar a indicação da não utiliza-
ção de anticoagulação ou trombolíticos. A indicação de procedimentos terapêuticos mais invasivos é considerada em um
segundo momento, após realização dos exames de imagem.

112
GABARITO UFMT 2012
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Critérios clínicos:
Um ou mais episódios de trombose arterial, venosa ou de pequenos vasos
Um ou mais episódios óbitos de fetos após a 10a semana morfologicamente normais
Um ou mais partos prematuros até a 34a semana de gestação, decorrentes de pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia ou insuficiên-
cia placentária.
Três ou mais abortamentos espontâneos consecutivos e inexplicados

Critérios laboratoriais:
Anticoagulante lúpico presente em duas ou mais ocasiões com intervalo mínimo de 6/12 semanas
Anticorpo anticardiolipina IgG e/ou IgM presente no soro ou plasma materno com títulos moderados ou altos com inter-
valo mínimo de 12 semanas
Anticorpo anti-beta-2 glicoproteína IgG e/ou IgM presente no soro ou plasma maternos com títulos moderados ou altos
com intervalo mínimo de 12 semanas.

06 - A)Diagnóstico clínico da lesão é cancro duro ou sífilis primária


B)O agente etiológico envolvido é o Treponema pallidum
C)Os exames que podem dar o diagnóstico de sífilis primária é VDRL, FTA-Abs. O padrão-ouro para diagnóstico de
sífilis primária é microscopia em campo escuro.
D)O tratamento envolve Penicilina benzatina 2.400.000 UI, via intramuscular em dose única.

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Comentários: Na sífilis primária, o diagnóstico laboratorial pode ser feito pela pesquisa direta do Treponema pallidum por
microscopia de campo escuro. Os anticorpos começam a surgir na corrente sanguínea cerca de 7 a 10 dias após o surgi-
mento da lesão primária, por isso nessa fase os testes sorológicos são não-reagentes. O primeiro teste a se tornar reagente
em torno de 10 dias da evolução do cancro duro é o FTA-abs, seguido dos outros testes treponêmicos e não treponêmi-
cos. Quanto mais precocemente a sífilis primária for tratada maior será a possibilidade dos exames sorológicos tornarem
não-reagentes. Porém, mesmo após a cura, os testes treponêmicos podem permanecer reagentes por toda a vida.

113
GABARITO UFMT 2012
PEDIATRIA
07 - Antes da oxigenoterapia era um recém-nascido com asfixia (anoxiado) e, após a oxigenoterapia,
um recém-nascido recuperado da anóxia grave, porém de curta duração.
De acordo com a curva de Lubchenco e cols, o recém-nascido (RN) pode ser classificado em Pequeno para a Idade Gesta-
cional (PIG), uma vez peso < percentil 10 para IG (38 semanas).
As repercussões da doença materna no feto vão desde macrossomia fetal decorrente da hiperglicemia materna (que leva
à hiperglicemia fetal, e que responde pelo aumento da insulina – o hiperinsulinismo leva a macrossomia fetal. cardiomega-
lia, aumento do tecido adiposo, além de aumentar a taxa metabólica e consumo de oxigênio). Quando a mãe diabética
apresenta vasculopatia, levando a insuficiência placentária, pode haver restrição do crescimento intrauterino (baixo peso
ao nascer).
Outras repercussões ainda envolvem o feto como prematuridade, hipoglicemia, policitemia, malformações congênitas –
cardiopatias, distúrbios respiratórios – em especial síndrome do desconforto respiratório no RN.
O distúrbio mais frequente associado ao diabetes materno ao feto é a hipoglicemia e sua profilaxia é feita com:
monitoramento dos níveis glicêmicos com fitas reagentes com 1,3,6,9,12 e 24 horas de vida;alimentação deve ser iniciada
o mais precocemente possível e a intervalos frequentes - aleitamento materno já na sala de parto.

08 - A) IMC = peso em kg/ (comprimento em m)²


IMC = 6,8/ (0,64)² = 16.6 (entre P15-P50th). De acordo com o percentil, a criança encontra-se eutrófica.

114
GABARITO UFMT 2012

B) Peso = 6.800 g ou 6,8 kg no Gráfico fica entre 0 – (-2) no escore Z


Comprimento = 64 cm. No gráfico fica no -2 no escore Z

115
GABARITO UFMT 2012
Ambos estão de acordo para idade

C)A alimentação da criança está inadequada, uma vez que o leite de cabra não indicado para substituir o leite materno.
Neste caso, a criança deveria ter utilizado fórmula infantil, o qual possui as composições adequadas de proteína, carboidra-
tos e lipídios.
Nesta idade, a criança já deveria ter iniciado a alimentação complementar também, além da suplementação de ferro. Uma
vez que a criança é a termo com peso adequado para idade gestacional, a dose de ferro elementar é 1mg/kg/dia a partir
do 6 mês até os 2 anos. Aos 8 meses é indicado consumo papas de frutas, suco de frutas, além das duas refeições principais
(almoço e jantar) .

D) O desenvolvimento da criança deve ser avaliado pelos quatro setores : motor grosseiro, coordenação fina, linguagem
e pessoal-social. Aos oito meses, é esperado que a criança já esteja sentando sem apoio, já deva passar um cubo de uma
mão a outra; já deva ter deixado de emitir sons guturais e estar na fase de lalação. Vocaliza e escuta as próprias
vocalizações.

E) A única vacina que a criança de oito meses não pode receber nesta idade é a Rotavírus, pois a idade máxima para ser
ministrada é cinco meses e meio, e a partir dessa idade não deve ser administrada pela possibilidade de invaginação intesti-
nal, que é de 1/10.000 e está relacionada com o aumento da idade.

116
GABARITO UFMT 2012
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - A curva I mostra maior mortalidade nos extremos de idade, e possui nível de saúde regular ou
médio. A curva II possui uma mortalidade predominante em idosos com baixa mortalidade infantil, e caracteriza um nível
de saúde elevado ou ótimo. A curva III mostra uma mortalidade predominantemente em crianças e adultos na fase ativa,
revelando um nível de saúde muito baixo ou péssimo. A curva IV mostra uma mortalidade infantil predominantemente,
com nível de saúde baixo ou ruim.

10 - É possível afirmar associação entre as variáveis anemia e escolaridade do pai, uma vez que o valor
de p = 0.04 do teste qui-quadrado, indicando que há diferença observada entre as duas proporções, sendo estatisticamente
significante (IC95% - intervalo de confiança 95%).
Em ambas cidades estudadas, houve associação entre anemia e escolaridade do pai. As prevalências observadas foram
semelhantes nas duas cidades, uma vez que as proporções da cidade menor são contempladas pelo IC95% do estudo da
cidade de maior porte.

117
GABARITO UFMT 2011
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - A principal hipótese diagnóstica é úlcera péptica perfurada (abdome agudo perfurativo). Paciente
em pós-operatório de operação de longa duração, tendo feito uso prolongado de antiinflamatório não esteroidal (segundo
exposto em caso clínico) são fatores de risco para desenvolvimento e complicações de úlceras pépticas. No caso, chama
a atenção o quadro agudo de dor abdominal, de início súbito, bem caracterizada em termos cronológicos na história de
perfuração ulcerosa. Clinicamente, os achados de taquicardia, íleo associado ao sinal do rebote e hipertimpanismo difuso
sugerem irritação peritoneal em decorrência da peritonite química. Por fim, o achado radiológico de pneumoperitônio
confirma a presença de perfuração de víscera oca (presença de bolha de ar abaixo dos hemidiafragmas). Nota-se ainda ao
raio-X de abdome em ortostase, a presença de alça sentinela ao nível do epigástrio, bastante comum em casos como esse.
O tratamento em questão deve ser a operação de urgência, logo após a rápida compensação da paciente do ponto de vista
hidroeletrolítico.

02 - O quadro clínico descrito representa Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) complicada


com Esôfago de Barret. Trata-se de um paciente com queixas de queimação retroesternal e regurgitação, os dois sintomas
mais frequentes em pacientes portadores de DRGE. Observa-se ainda IMC de 33 (obesidade grau I), fator de risco para
DRGE. A endoscopia documenta a presença de esofagite erosiva e achados comuns ao esôfago de Barret. Esta condição
é confirmado pelo corte histológico, onde mostra áreas de epitélio colunar especializado ao nível da junção gastro-esofági-
ca. Em termos prognósticos, a incidência de adenocarcinoma é 40 vezes maior nos pacientes com esôfago de Barret,
quando comparado a população geral. Portanto, faz se necessário o acompanhamento a longo prazo. O principal marca-
dor de potencial maligno é a presença de displasia. No planejamento terapêutico, deve-se inicialmente controlar a inflama-
ção da doença de base (DRGE) com terapia antissecretória. Posteriormente, deve-se realizar nova biópsias visando
descartar a presença de displasias. A ausência de displasia implica no controle endoscópico a cada 2,3 anos. A displasia leve
requer controle semestral e posteriormente anual. Displasia de alto grau deve ser tratada com esofagectomia ou acompa-
nhamento com biópsia, inicialmente a cada mês, e posteriormente trimestrais. Não há tratamento curativo específico
usado rotineiramente para o esôfago de Barret. A DRGE deve ser controlada, assim como o acompanhamento endoscó-
pico, conforme sua evolução, com terapia clínica e/ou operatória.

118
GABARITO UFMT 2011
CLÍNICA MÉDICA
03 - O diagnóstico provável é rinossinusite aguda (de etiologia bacteriana), podendo ser diagnosticada
clinicamente pela rinoscopia – visualização de secreção muco purulenta no meato médio.
As três possíveis hipóteses diagnósticas incluem celulite periorbitária, que é um processo infeccioso que afeta os músculos
e gordura na órbita, posterior ou profunda ao septo orbitário, geralmente associado a uma sinusite bacteriana, trombose
do seio cavernoso e meningite. Os exames de imagens necessários para confirmar o diagnóstico incluem tomografia de
crânio (exame de ouro) e/ou ressonância nuclear magnética (melhor visualização de partes moles), análise do líquor (em
suspeita de meningite). As complicações envolvem abscesso subperiosteal, osteomielite, abscesso intracranial com subse-
quente perda de visão.

04 - A hipótese diagnóstica mais provável para o caso é de abscesso hepático amebiano. Diante do
quadro exposto, chama atenção o quadro de diarreia baixa aguda, dor abdominal, febre associado a aumento do volume
abdominal e hepatomegalia. vale ressaltar o valor epidemiológico apresentado pela paciente a qual trabalha e manipula
horticulturas. Por fim, o exame de ultrassom evidencia massa anecoica em fígado, sugerindo abscesso hepático amebiano.
Uma das patologias envolvidas é a Doença de Crohn (tem como o íleo terminal, o principal local de acometimento da
doença), doenças infecciosas granulomatosas com envolvimento intestinal (tuberculose, paracoccidiose, histoplasmose) e
doenças linfoproliferativas.

119
GABARITO UFMT 2011
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - Os medicamentos utilizados para acelerar a maturidade pulmonar fetal são os glicocorticoides.
Dexametasona 12mg/dia/dois dias ou 24 mg, por via intramuscular
Betametasona 12mg/dia/dois dias ou 24 mg por via intramuscular.

06 - Segundo o American College of Obstetricians and Gynecologists, são características graves da


pré-eclâmpsia:

-PA sistólica ≥160 mmHg e/ou PA diastólica ≥110 mmHg (em duas ocasiões com pelo menos 4 horas de intervalo, a
menos que a terapia anti-hipertensiva seja iniciada antes);
-Trombocitopenia, contagem de plaquetas <100,000/microlitros;
-Creatinina sérica >1.1 mg/L ou duplicação nos níveis de creatinina sérica na ausência de outra doença renal;
-Função hepática comprometida, concentrações séricas ;elevadas de transaminases hepáticas ;
-Edema pulmonar;
-Novo episódio de cefaleia sem resposta clínica ao medicamento e não levado em consideração por diagnósticos alternati-
vos;
-Distúrbios visuais.

120
GABARITO UFMT 2011
PEDIATRIA
07 - Como orientação inicial, o paciente deverá receber de 50 a 100 ml/kg para ser administrado no
período de 4 a 6 horas.
Os componentes incluem cloreto de sódio, glicose, citrato trissódico.
A criança em aleitamento materno não tem indicação de ficar em jejum, deve receber o SRO e leite materno.
A criança deve permanecer em jejum até que termine a fase de expansão ou fase rápida.

08 - Respostas:
Se peso ao nascer <2500 g: RN baixo peso ao nascer (inclui o de muito baixo peso e extremo baixo peso)
Se peso ao nascer <1500g: RN de muito baixo peso (inclui o de extremo baixo peso)
Se peso ao nascer <1000g : RN de extremo baixo peso.

121
GABARITO UFMT 2011
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - A equidade pode ser definida como igualdade de oportunidades no acesso à saúde em todos os
níveis hierárquicos dos serviços de saúde do SUS, sendo direito de todo cidadão. A acessibilidade configura a garantia do
ingresso do cidadão no sistema de saúde, sem obstáculo.
Os fatores que influenciam a acessibilidades são geográficos, econômicos e culturais.

10 - Os indicadores de saúde são números ou razões, caracterizados como índices, que indicam vários
aspectos da situação de saúde em uma população qualquer.

- Validade: é a propriedade de um indicador que representa o que se quer medir, bem como é capaz de detectar mudanças
no fenômeno em medição.
- Confiabilidade é a propriedade do indicador que muda pouco em relação ao tempo, portanto quanto mais utilizá-lo, os
resultados esperados são semelhantes.
- Representatividade significa que o indicador realmente representa a realidade que se mediu e deve ser obtido de maneira
mais simplificada possível.
O coeficiente de prevalência e coeficiente de incidência de doenças na população da área de abrangência.

122
GABARITO UFMT 2010
CLÍNICA CIRÚRGICA
01 - A) O suporte nutricional deve ser iniciado no período pré-operatório, e sempre que o trânsito
intestinal estiver livre, como nesse caso, prefere-se a via enteral. A duração do suporte nutricional deve ser de 7-10 dias
antes da intervenção.

B) O objetivo nutricional a ser alcançado é a reversão do estado de catabolismo.

02 - A) A paciente em questão apresenta risco intermediário para tromboembolismo venoso profundo


por ter mais de 40 anos e por ter de se submeter à cirurgia que pode ter duração igual ou superior a 60 minutos.

B) Deverá ser submetido à quimioprofilaxia para TVP com heparina de baixo peso molecular (HBPM) ou heparina não
fracionada (HNF) subcutânea, nas doses profiláticas baixas: HNF 5.000 UI a cada 12 h, enoxaparina 20 mg 1x ao dia,
dalteparina 2.500 UI 1x ao dia ou nadroparina (1.900 U se < 70 Kg ou 5.700 se > que 70 Kg) 1x ao dia, com duração de
7 a 10 dias. A primeira dose deverá ser administrada duas horas após a realização do bloqueio peridural.

123
GABARITO UFMT 2010
CLÍNICA MÉDICA
03 - A) A hipótese principal seria de Pneumocistose (doença oportunista no HIV de quadro respirató-
rio); Em seguida doença infecciosa granulomatosa (tuberculose, histoplasmose ou micose) disseminada ou não e por fim
Pneumonia comunitária (típica ou atípica).

B) Se a suspeita de Pneumocistose for baseada no quadro clínico, a radiografia torácica é o primeiro exame a ser solicitado,
além escarro induzido para visualização do Pneumocystis jirovecii, BAAR, histoplasma. A lactato desidrogenase (LDH)
(>220 unidades internacionais/L) tem importância tanto no diagnóstico quanto no prognóstico, com um nível de LDH
mais elevado associado ao aumento da mortalidade. A gasometria arterial deve ser obtida para determinar se há um
gradiente alvéolo-arterial (A-a) elevado. A avaliação de leucocitose, anemia deve ser feito pelo hemograma além de função
renal, ionograma, PCR / VHS.

C) o plano Terapêutico inicial envolve internação, pelo risco de falência respiratória, instituição antibioticoterapia (sulfa-
metoxazol/trimetoprima (SMX/TMP) venoso em dose terapêutica, pelo risco de pneumocistose.A oxigenioterapia, pelos
sinais de esforço ventilatório, além de hidratação venosa para correção dos distúrbios hidro-eletrolíticos e ácido-básicos.
A antibioticoterapia para germes comunitários (Exemplos: amoxilina, azitromicina, ceftriaxone ou outra associação), para
cobertura de gram-negativo, gram-positivo e anaeróbio.Os corticoides poderão ser aceitos pelo quadro pulmonar.

04 - A) O quadro em questão sugere hepatite viral (aguda de evolução arrastada, persistente ou crôni-
ca) com episódios recorrentes.Chama atenção o fato da
paciente ser auxiliar de enfermagem, com quadro infeccioso, icterícia com colúria, bom estado geral, com hepatomegalia
com os padrões do fígado próximos da normalidade. Outra hipótese diagnóstica seria por obstrução mecânica da árvore
biliar com ou sem infecção, sendo a calculosa é mais frequente, apesar de não apresentar cólica biliar, apresenta recorrên-
cias e dor no hipocôndrio direito. Os tumores envolvendo a árvore biliar distal, sendo o tumor de papila de Vater, por
apresentar icterícia colestática, com flutuação, anemia, sintomas gerais, 60 anos, apesar de seu bom estado geral e nutricio-
nal e não apresentar vesícula palpável. A hipótese de Hepatite autoimune precisa ser considerada, que além do quadro de
hepatite, há hepatomegalia, com manifestações articulares recorrentes e concomitantes.

Há de considerar colangite esclerosante, cirrose biliar primária, que apresenta quadro compatível, porém são mais raras.
B) As sorologias para hepatites virais e outros agentes hepatotrópicos precisam ser realizados, além exames bioquímicos
para avaliação de lesão e da função hepática e biliar (transaminases, bilirrubinas, Gama GT, Albumina, TAP) e marcadores
tumorais específicos. A pesquisa de anticorpos específicos devem ser realizados para as doenças com manifestações
imunes (FAN, Anticorpo antimúsculo liso, anticorpo antiactina , anticorpo antiLKM, anticorpo ALC, anticorpo antiSLA,
anticorpo antimitocôndria). Os exames de imagens indicados são US Abdominal para avaliação do fígado, vesícula biliar,
vias biliares intra e extra-hepática, sistema porta, pâncreas, etc. A TC abdominal para avaliação semelhante ao US.A Colan-
giopancreatografia endoscópica retrógrada para descartar a possibilidade de patologia que envolve as vias biliares, confir-
mando ou afastando a sua dilatação e, no caso de dilatação, localizar o
sítio de obstrução e suas características (obstrução, invasão ou compressão).

C) Uma vez que as hipótese diagnósticas são segundo consta em "letra b", não há necessidade de reformular as hipóteses
diagnósticas, se não a obstrução mecânica das vias biliares, que deve ser descartada.

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GABARITO UFMT 2010
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
05 - O diagnóstico envolvido é de Endometriose, e os medicamentos envolvidos são Gestrinona ou
Dimetrose Danazol ou Ladogal, Progestágenos ou Medroxiprogesterona, Análogos de GnRH, Anticoncepcional Combi-
nado.

06 - Os parâmetros para avaliar a vitalidade fetal incluem os movimentos fetais, movimentos respirató-
rios fetais, tônus fetal, líquido amniótico, Cardiotocografia.

125
GABARITO UFMT 2010
PEDIATRIA
07 - A) O diagnóstico para pneumonia do lactente costuma ser clínico. O quadro clínico pode variar
na dependência da faixa etária. Febre, tosse, taquidispneia, tiragem e alterações da ausculta pulmonar são observados em
praticamente todas as idades. Entretanto, lactentes jovens tendem a apresentar quadros menos específicos caracterizados
por gemidos, cianose, toxemia, hipotermia, distensão abdominal, vômitos e diarreia. Entre um e três meses, além dos
agentes bacterianos, os agentes da “pneumonia afebril do lactente” devem ser lembrados: C. trachomatis, U. urealyticum
e vírus respiratório sincicial. A partir de 3-4 anos os sintomas são mais específicos e semelhantes aos apresentados pelos
adultos, como dor torácica ventilatório-dependente, febre elevada e escarros hemoptoicos.Os exames inespecíficos
incluem hemograma e marcadores de resposta inflamatória que podem auxiliar no diagnóstico diferencial entre causas
virais e bacterianas. O achado de leucocitose acima de 15.000 mm3 , desvio para a esquerda, proteína C reativa > 40
mg/dL sugerem etiologia bacteriana. Ao Rx tórax, as alterações predominantes na pneumonia viral são padrão intersticial
ou alvéolo-intersticial, linfadenomegalia hilar e para-hilar, enquanto etiologia bacteriana associa pelo acometimento
segmentar ou lobar, broncopneumônico, broncograma aéreo, abscessos, pneumatoceles e derrame pleurais.
B) As medidas gerais como hidratação , lavagem nasal com soro fisiológico 0,9%, controle da febre e aporte nutricional
adequado são importantes. Em relação a antibioticoterapia, a penicilina ou ampicilina/amoxicilina permanecem como os
antibióticos mais efetivos para o tratamento da pneumonia comunitária em crianças.

08 -
A) A classificação quanto ao tempo pode ser classificada em:
Precoce : a icterícia que aparece antes das 24 horas de vida. (Icterícia neonatal não fisiológica)
Tardia :a icterícia que aparece após 24 horas de vida (em geral fisiológicas).

B) A abordagem inicial da icterícia parte da diferenciação básica dos casos patológicos para os casos fisiológicos. Nos
casos que se encaixam no perfil de icterícia fisiológica, normalmente não vai ser necessária uma investigação diagnóstica
específica, apenas orientação aos pais e acompanhamento rotineiro do recém-nascido.Todos os casos com características
de icterícia patológica devem ser investigados. Inicialmente, os exames de sangue básicos a serem solicitados devem ser:
dosagem de bilirrubina total e suas frações direta e indireta, tipagem sanguínea da mãe e do bebê, teste de coombs indireto
e direto, reticulócitos, esferócitos e hematócrito. Suspeitar de doenças hemolíticas e incompatibilidades sanguíneas, sendo
algumas vezes necessária a ampliação da investigação com pesquisa de anticorpos anti-D e para antígenos irregulares.
Pode-se ampliar a pesquisa para procura de outras causas, como, por exemplo, hipotireoidismo congênito e deficiência de
G6PD, que também são causas comuns de icterícia patológica.
Investigação direcionada inclui tipagem do RN (Rh negativo, independente do ABO ) e Coombs direto, tipagem materna
e Coombs indireto, pesquisas de anticorpos anti-ABO no sangue materno, esfregaço de sangue periférico (na incompatibi-
lidade ABO, a presença de esferócitos na lâmina é patognomônica), dosagem de G6PD. A Ultrassonografia abdominal e
de vias biliares pode ser anormal em casos específicos de doença hepatocelular ou causas obstrutivas de icterícia conjuga-
da. A biópsia pode ser anormal quando há redução dos ductos biliares intra-hepáticos, distúrbios metabólicos e de arma-
zenamento e infecção.

Dicas! Veja o capítulo de Icterícia na pediatria no livro REDBOOK Revalida 2º edição disponível
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126
GABARITO UFMT 2010
MEDICINA DE FAMÍLIA, COMUNIDADE
E SAÚDE COLETIVA
09 - 1.Programação: são definidos os objetivos, as metas, as estratégias que serão utilizadas, a caracteri-
zação dos Recursos Humanos e as estruturas existentes, bem como a disponibilidade dos Recursos Financeiros.
2.Execução: será realizada com prazos bem definidos: curto, médio e longo, conforme a programação.
3.Avaliação: é realizada durante as fases anteriores de programação e de execução, com utilização de indicadores da Saúde,
visando avaliar três aspectos: a estrutura, o processo e os resultados.

10 - A) Os principais problemas envolvem falta de treinamento de pessoas, ausência de registros confi-


áveis e ausência de integração do SIS com as estruturas prestadoras de serviços, no sentido de alimentação do sistema.

B) A principais fontes de dados são estruturas prestadoras de serviços de saúde: hospitais, policlínicas e a rede básica, labo-
ratórios clínicos e cartórios de registros.

C) As informações do SIS brasileiro são utilizadas na construção de indicadores de Saúde, baseadas na esfera clínica ligada
à prestação de serviços no sentido individual, como exemplo: indicadores de mortalidade e morbidade; nas informações
epidemiológicas, em que constam dados populacionais, informações demográficas, informações de caráter socioeconômi-
co; e por último as de caráter administrativo, ou seja, recursos humanos, financeiros e de processo de trabalho dos serviços
de saúde.

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