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FOLHAJUS 

  FACEBOOK 

Facebook se adapta para combater campanhas enganosas


Rede afirma que desmantelou mais de 150 operações de manipulação da opinião pública desde 2017
27.mai.2021 às 11h44

 EDIÇÃO IMPRESSA 

SAN FRANCISCO | AFP O Facebook anunciou nesta quarta-feira (26) que desmantelou mais de 150
operações de manipulação da opinião pública desde 2017 e nomeou a Rússia como a maior
fonte deste tipo de campanha enganosa, que tem como objetivo influenciar certos usuários para
obter ganhos políticos, ou financeiros.

A rede social, que até 2016 não temia este tipo de operação, tornou-se uma máquina poderosa,
com milhares de funcionários de segurança em busca de ameaças.

As operações de CIB (comportamento enganoso coordenado, na sigla em inglês)


multiplicaram-se há cinco anos, quando uma campanha russa desenvolvida para manipular os
eleitores americanos revelou o potencial da plataforma para atores sem escrúpulos.

Desde então, a empresa de tecnologia investiu em recursos humanos e sistemas automatizados.


Também estabeleceu alianças com seus vizinhos californianos e as autoridades. Isso foi
suficiente para obrigar os grupos responsáveis por essas operações a adaptarem suas táticas.

"Eles buscam permanecer indetectáveis aos radares", disse o diretor de regulamentos de


segurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, em coletiva de imprensa sobre um relatório
apresentado por sua equipe nesta quarta-feira.
Facebook se adapta para combater campanhas enganosas - Olivier Douliery - 7.abr.21/AFP

Ao se tornarem mais discretos, os atores maliciosos também possuem um impacto mais


limitado.

O Facebook destaca ainda que as campanhas de influência confundem os limites entre


manipulação e liberdade de expressão.

"Ultrapassam os limites do comportamento aceitável on-line", afirmou Gleicher.

A rede social estima que os grupos especializados nessas manobras continuarão aproveitando


crises e momentos de incerteza, como a pandemia, ou as eleições, para ampliarem as divisões.

"Nós detectamos e eliminamos campanhas de influência que tentaram recrutar pessoas para
publicar conteúdo falsamente autêntico, sem que essas pessoas soubessem", diz o relatório.

"Também vimos vozes genuínas, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, promovendo
informação falsa amplificada por operações de vários países, como Rússia e Irã", completa o
informe.

A Rússia esteve por trás de 27 das 150 campanhas encontradas, orquestradas em cerca de 50
países. O Irã ocupa o segundo lugar, com 23 operações.

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