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Aula 00

Administração Pública p/ TREs - Analista Judiciário - Área Administrativa

Professores: Rodrigo Rennó, Tulio Gomes


Administração Pública p/ Analistas dos TREs - 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 00

Aula Demonstrativa: Direção

Olá pessoal, tudo bem?


Meu nome é Rodrigo Rennó e tenho o grande prazer de iniciar com
vocês um curso de Administração Pública para os próximos concursos
de Analista dos Tribunais Regionais Eleitorais - TREs.
Este curso foi pensado para você que quer se preparar com
antecedência para esses cargos. Iremos abordar os temas que costumam
ser cobrados pelas bancas que realizam estes concursos.
Meu objetivo é o de lhe preparar para conseguir a aprovação em um
concurso deste nível.
Professor, e como será o curso?
O curso que iniciaremos hoje será recheado com questões anteriores
da FCC, Cespe e das principais bancas do país. Vamos comentar as
questões dos últimos concursos.
Irei trabalhar a teoria necessária e comentar centenas de
questões para que você chegue pronto para o que “der e vier” no
dia da prova!
Não se preocupe, sei que você não tem apenas essa matéria para
estudar. Minha proposta é trabalhar os tópicos na abrangência e
profundidade necessárias, sem mais nem menos. Vamos fazer um estudo
direcionado, focando apenas no que a banca costuma cobrar!
Tenho o hábito de escrever como se estivesse conversando com o
aluno, portanto não estranhem o estilo “leve”, pois acredito que fica mais
fácil de passar o conteúdo, e, principalmente, mais agradável para vocês
dominarem essa matéria.
Estarei junto a você, comentando os principais temas e as
“pegadinhas” da banca, de modo que você, em pouco tempo, esteja
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preparado para dominar essa matéria.


Além disso, temos um fórum de dúvidas que você poderá interagir
conosco e ver não só as suas, mas também as dúvidas dos colegas
respondidas. Tenho certeza de que esse curso fará a diferença na sua
preparação!
Antes de qualquer coisa, vou dizer um pouquinho sobre mim: como
você, já fui concurseiro e disputei diversos concursos da área de
Administração e sei como é encarar esse desafio.
Quando eu estudava para concursos, eu trabalhava durante o dia e
tinha somente poucas horas para me dedicar aos estudos. Raramente,
conseguia estudar mais de 3 horas por dia (só nos meus finais de semana
conseguia dar um “gás” maior em algumas matérias).

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Teoria e exercícios comentados
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Sei o que é chegar em casa cansado e enfrentar duras horas de


estudo, abrindo mão do lazer e do convívio com a família. Por isso mesmo,
tento montar um material mais leve e focado, sem “firulas” e temas que
não costumam ser cobrados.
Sou professor de Administração especializado em concursos há
muitos anos e tive o prazer de ajudar milhares de candidatos a atingir seu
sonho: alcançar o objetivo de ser aprovado!
Atualmente, sou Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental no Ministério do Planejamento, tendo sido também Auditor
de Controle Interno na Secretaria de Fazenda do Governo do Distrito
Federal. Sou carioca e formado em Administração pela PUC do RJ, com Pós-
Graduação em Gestão Administrativa.
Além disso, sou autor de três livros na área:

Administração Geral para Concursos 2° Edição


Teoria e mais de 800 questões

Administração Geral e Pública Cespe/UnB


Mais de 900 questões comentadas

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Administração de Recursos Materiais para


Concursos - Teoria e mais de 370 questões
comentadas

Para me ajudar nesse curso, conto com a ajuda de uma “fera” na


área: o professor Marco Túlio, gestor federal como eu, aprovado em
diversos concursos públicos que. Ele estará presente no fórum de dúvidas.

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Teoria e exercícios comentados
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Tenho certeza de que esse material fará a diferença na sua


preparação, e, além disso, estarei presente no fórum do curso, que vocês
terão acesso exclusivo!
Se aparecer uma dúvida qualquer estarei disponível para
esclarecer de modo direto e individualizado.
Os tópicos cobrados pela banca serão disponibilizados de acordo o
cronograma abaixo:
Aula 0: Processo organizacional: direção.
Aula 1: Características básicas das organizações formais modernas:
tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de
departamentalização.
Aula 2: Processo organizacional: planejamento. Gestão estratégica:
planejamento estratégico, tático e operacional.
Aula 3: Processo organizacional: comunicação. Comunicação na
gestão pública e gestão de redes organizacionais.
Aula 4: Processo organizacional: controle e avaliação.
Aula 5: Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão
privada. Gestão de resultados na produção de serviços públicos.
Aula 6: Gestão de desempenho. Gestão de pessoas do quadro
próprio e terceirizadas.
Aula 7: Gestão por Processos.
Aula 8: Gestão por Projetos.
Aula 9: Gestão de contratos.
Aula 10: Gestão da Qualidade: excelência nos serviços públicos.
Aula 11: Modelos de Gestão - A nova gestão pública.
Aula 12: Evolução da administração pública no Brasil (após 1930),
reformas administrativas.
Vamos então para o que interessa, não é mesmo?
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Observação importante: este curso é protegido por


direitos autorais (copyright), nos termos da Lei
9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação
sobre direitos autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a


lei e prejudicam os professores que elaboram o
cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe
adquirindo os cursos honestamente através do site
Estratégia Concursos ;-)

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Sumário
Processo Organizacional de Direção. ............................................................. 7
Motivação .......................................................................................... 7
Teorias de Processo e Teorias de Conteúdo ................................................... 8
Teoria das Necessidades de Maslow. .......................................................... 9
Teoria X e Y de McGregor. .................................................................. 11
Teoria dos dois fatores de Herzberg. ......................................................... 13
Teoria do Reforço ............................................................................. 15
Teoria ERC (ou ERG) - Alderfer ............................................................ 16
Teoria da Expectância de Vroom. ............................................................ 18
Teoria das Necessidades Adquiridas, de McClelland. ...................................... 20
Teoria da Equidade ........................................................................... 21
Teoria do Estabelecimento de Objetivos (Autoeficácia) .................................... 22
Motivação e o Contrato Psicológico ......................................................... 23
“Empoderamento” ou Empowerment .......................................................... 25
Liderança ......................................................................................... 29
Liderança X Chefia ........................................................................... 31
Tipos e Fontes de Poder ...................................................................... 32
Abordagens de Liderança..................................................................... 33
Teoria dos Traços de Liderança. ............................................................. 34
Teoria Comportamental – Os Estilos de Liderança.......................................... 35
Os Estilos de Liderança de Likert. ........................................................... 37
Grid Gerencial de Blake e Mouton. .......................................................... 39
Liderança Contingencial ou Situacional ..................................................... 41
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Teoria da Contingência de Fiedler. .......................................................... 42


Teoria Caminho-Meta ........................................................................ 43
Teoria Situacional ............................................................................. 45
Liderança Transacional x Transformacional. ................................................ 47
Liderança Carismática ........................................................................ 49
Liderança Visionária .......................................................................... 52
Questões Comentadas............................................................................ 53
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 73
Gabarito .......................................................................................... 83

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Bibliografia ...................................................................................... 83

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Processo Organizacional de Direção.

De acordo com Chiavenato, a direção é a função administrativa que


se refere ao relacionamento interpessoal do administrador com os seus
subordinados1. Com a direção, o gestor busca guiar o comportamento dos
servidores para que a organização consiga atingir seus objetivos.
Como esta função depende diretamente desta relação com pessoas,
torna o trabalho do gestor bem complexo, pois cada pessoa reage de uma
maneira e deve-se ter muita sensibilidade para saber como agir em cada
caso específico.
Para cumprir esta função, o administrador deve saber se comunicar,
liderar e motivar sua equipe de funcionários.

Motivação

De acordo com Daft2, a motivação é relativa às forças internas ou


externas que fazem uma pessoa se entusiasmar e persistir na busca de um
objetivo! Como a motivação afeta a produtividade, a organização deve
canalizar a motivação para os objetivos organizacionais.
Desta forma, Robbins3 diz que, no ambiente organizacional, a
motivação é a vontade de exercer altos níveis de esforço para
alcançar os objetivos organizacionais.
Entretanto, a dificuldade existe no fato de que as pessoas são muito
diferentes umas das outras. O que pode motivar uma pessoa, pode não
motivar outras. Existe uma diversidade de teorias motivacionais 4, mas em
geral os autores abordam dois tipos de fatores, os extrínsecos (de fora da
pessoa) e os intrínsecos (de dentro da pessoa).
De acordo com Bergamini, 10096054700

“No primeiro caso, pressupõe-se que a força que


conduz o comportamento motivado está fora da
pessoa, quer dizer, nasce de fatores extrínsecos
que são, de certa forma, soberanos e alheios à sua
vontade. No segundo caso, subjaz a crença de que
as ações humanas são espontâneas e gratuitas,

1
(Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010)
2
(Daft, 2005)
3
(Robbins & Coulter, Administração, 1998)
4
(Bergamini, 1990)

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uma vez que têm suas origens nas impulsões


interiores; assim sendo, o próprio ser humano traz
em si seu potencial e a fonte de origem do seu
comportamento motivacional. ”
Podemos dizer, portanto, que a motivação para o trabalho deriva da
própria pessoa, além da instituição em que ela trabalha, do seu ambiente.
Assim, os elementos que afetam a motivação podem ser internos ao
indivíduo e externos. Dizendo de outra forma, a motivação vem de
dentro de cada um, mas os estímulos e incentivos externos também
afetam o nível motivacional.
Desta forma, existem diversas teorias que se baseiam nos fatores
externos e/ou internos do indivíduo. Quando uma empresa oferece um
prêmio para o funcionário que bater uma meta está se baseando nos
fatores externos (você não teria vontade de bater a meta, mas como existe
um estímulo externo –o prêmio – você se esforça para isso).
Já quando você deseja fazer um trabalho bem feito, pois acha seu
trabalho interessante e importante, está se baseando em fatores internos
(sua preocupação com os outros ou seu orgulho de fazer um trabalho bem
feito). Abaixo no gráfico podemos ver um resumo dos tipos de motivação:

Motivações Necessidades e motivos da própria pessoa,


fatores psicológicos;
Internas / Ex: Satisfação que a pessoa sente a atingir um
Intrínsecas bom resultado.

Motivações Geradas por métodos de reforço e punições;


Ex: Recompensa dada por outra pessoa, como
Externas / aumentos e promoções.
Extrínsecas
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Figura 1 - Tipos de Motivação

Teorias de Processo e Teorias de Conteúdo

As teorias de motivação podem ser divididas entre teorias de


conteúdo e teorias de processo. Essas teorias de conteúdo se concentram
nas razões que levam uma pessoa a ficar motivada (seria o QUE motiva
alguém).
Naturalmente, a grande maioria das pessoas deseja ou necessita de
coisas que não têm. Quando queremos algo (seja um carro melhor, uma
viagem ao exterior, ou que nossa família coma todos os dias), temos uma

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“motivação” para alcançar este objetivo, não é mesmo? As teorias que se


preocupam com as necessidades que nos “impulsionam” são as teorias de
conteúdo5.
Já as teorias de processo se concentram no modo em que o
comportamento é motivado (seria o COMO esta motivação ocorre). Os
teóricos que trabalham com estas teorias acreditam que as pessoas são
mais propensas a se comportar com “motivação” se três condições
aconteçam: as pessoas creem que as ações atingirão o desempenho
desejado; que esse desempenho levará ao resultado buscado e o resultado
é realmente desejado por elas6.
Abaixo no gráfico podemos ver as principais teorias motivacionais.

Teorias de Processo Teorias de Conteúdo

Teoria dos dois fatores -


Teoria da Equidade - Adams
Herzberg

Teoria da Expectativa -
Teoria ERC - Alderfer
Vroom

Hierarquia das
Teoria do Reforço - Skinner
Necessidades - Maslow

Teoria do Estabelecimento Necessidades Adquiridas -


de Objetivos (Autoeficácia) McClelland

Teoria X e Y

Figura 2 - Teorias de Conteúdo e de Processo

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Teoria das Necessidades de Maslow.

A teoria da hierarquia das necessidades, também conhecida como a


pirâmide de Maslow (nome de seu criador, o psicólogo Abraham Maslow),
é uma das mais intuitivas teorias de motivação. De acordo com Maslow, o
comportamento do ser humano é motivado por diversos estímulos internos
ou por necessidades.

5
(Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008)
6
(Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008)

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Estas necessidades são diversas e ele as classificou em uma


hierarquia, desde as mais básicas, como as fisiológicas e de segurança,
como as de nível superior (estima e autorrealização), conforme o gráfico
abaixo.

Crescimento profissional

Auto-realização
Reconhecimento, status
Estima

Sociais Amigos, bom ambiente de trabalho

Segurança
Trabalho seguro, sem poluição
Fisiológicas
Salário Básico, comida, água

Figura 3 - Hierarquia de Maslow

O ponto chave desta teoria é exatamente a hierarquia destas


necessidades. A teoria diz que as necessidades devem ser satisfeitas em
uma ordem, ou seja, é necessário suprir as necessidades fisiológicas (as
mais básicas) antes que deva existir um trabalho de atendimento das
necessidades de estima.
Um exemplo seria uma pessoa que está faminta. Esta pessoa buscará
a todo custo suprir esta carência (alimento) antes de se preocupar com a
sua realização, status e reconhecimento, não é mesmo?
Com isso, o gestor que busca implantar um programa de motivação,
deve analisar em que estado se encontra seu funcionário e passar a
trabalhar sempre o nível hierárquico de necessidades atual, ou o primeiro
nível de necessidades acima do atual, ou seja, do que se encontra no
momento sendo atendido!
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Assim que uma necessidade é atendida, ela perde importância, sendo


ativada então a necessidade de nível superior.
Uma dúvida constante dos alunos se concentra na diferença entre as
necessidades sociais e de estima. Bom, vamos imaginar uma situação
prática. As necessidades sociais seriam ligadas ao amor, as amizades, etc.
Uma pessoa pode desejar uma vida simples, sem luxos, sem notoriedade,
não é verdade? Mas acho que quase todos desejam ter amigos, ter uma
namorada (o), etc.
Assim, uma pessoa que buscasse ser um pescador em uma pequena
vila não busca notoriedade, status, prestígio, não é mesmo? Mas se ele
gosta de ter amigos, de namorar, etc. tem uma necessidade social.

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Vamos praticar agora?


(CESPE – UNIPAMPA - ADMINISTRADOR) Caso o administrador
pretenda motivar sua equipe baseando-se na teoria de motivação
chamada hierarquia das necessidades, a primeira providência a
ser tomada deverá ser a adoção de um programa que vise
preservar e desenvolver as relações sociais no grupo de
empregados.

A teoria da hierarquia das necessidades, também conhecida como


pirâmide de Maslow, estabelece que as necessidades que devem ser
supridas primeiro são as fisiológicas (alimentação, descanso, água,
etc.), e não as sociais (integração, afeto, amizade, etc.)!
Além disso, antes de iniciar qualquer programa, o gestor deve
diagnosticar em que nível da pirâmide se encontra sua equipe, para
saber qual aspecto deve focar. O gabarito é questão errada.

Teoria X e Y de McGregor.

A teoria X e Y de McGregor, uma das teorias mais simples e intuitivas


no estudo da Administração, é também uma das mais cobradas em provas
de concurso!
McGregor trouxe a ideia de que existem duas “maneiras” de se ver
as pessoas. Estas visões seriam contrárias, ou seja, antagônicas. Uma
seria mais positiva e moderna (a teoria Y, baseada na confiança nos
indivíduos), e a outra seria negativa e antiquada (teoria X, baseada na
desconfiança)7.
Pela teoria X, as pessoas seriam naturalmente preguiçosas, pouco
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ambiciosas e sem iniciativa própria. A ideia é a de que o ser humano não


gosta de trabalhar e irá fazer o menor esforço possível!
Se o gestor tem esta visão negativa das pessoas, ele tende a ser mais
fiscalizador e controlador, pois acredita que quando “virar as costas” o
trabalhador parará de trabalhar.
Ele irá tratar os subordinados de modo mais rígido e será autocrático
(decidirá tudo sozinho), pois acha que o empregado não gosta de assumir

7
(Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008)

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responsabilidades e não consegue tomar decisões! Não delegará


responsabilidades, porque acha que os funcionários são dependentes.
Esta visão seria mais “antiga”, e adequada a uma organização em um
ambiente estável e com um modelo burocrático de gestão.
Já a teoria Y seria mais embasada na confiança nas pessoas!
Nesta situação, o gestor acredita que seus funcionários são ambiciosos,
gostam de trabalhar, têm capacidade de decidir e iniciativa.
A ideia é a de que as pessoas buscam assumir responsabilidades e
desafios! Desse modo, o próprio empregado se controla, não havendo a
necessidade de coerção!
Como o administrador acredita no potencial de seus subordinados,
ele busca a participação deles, delega poderes para que eles assumam
responsabilidades e cria um ambiente mais democrático e empreendedor
no trabalho!
Esta teoria seria mais adequada a uma organização que esteja em
um ambiente instável e dinâmico e que busque a inovação nos processos
de trabalho. Hoje em dia, esta é a visão mais recomendada!

Teoria X Teoria Y

Pessoas não gostam de Maioria das pessoas não


trabalhar desgostam do trabalho;
Pessoas devem ser Pessoas são capazes de se
ameaçadas e forçadas a autocontrolar e dirigir
atingir os resultados quando estão
Pessoas preferem não comprometidas;
assumir responsabilidades, Pessoas buscam desafios e
tem pouca ambição e buscam assumir responsabilidades;
segurança. Pessoas são, em sua maioria,
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criativas e ambiciosas.

Figura 4 - Teoria X e Y

Vamos praticar agora?


(CESPE – BASA - ADMINISTRAÇÃO) A adoção de um controle
rigoroso por parte de um gerente sobre seus colaboradores, por
entender que estes são desmotivados e dependem de uma
liderança forte, identifica-se com os pressupostos da teoria X
proposta por Douglas McGregor.

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Como podem ver, as questões sobre a teoria X e Y de McGregor


são bem simples! Se você já conhece o assunto não deverá ter
problemas. Como já estudamos, a necessidade de um controle rígido e
rigoroso sobre os funcionários se identifica com a teoria X de McGregor.
O gabarito é certo.

Teoria dos dois fatores de Herzberg.

A teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg é uma das mais


importantes no estudo da Administração e uma das que mais se presta a
“pegadinhas” de bancas de concurso. A teoria basicamente diz que os
fatores que levam à satisfação são diferentes dos que levam à insatisfação,
portanto o nome da teoria: dois fatores!
Os fatores motivacionais seriam os relacionados com necessidades
do mais alto nível, como o reconhecimento das pessoas, o conteúdo do
trabalho, a possibilidade de crescimento profissional e de aprendizagem e
o exercício da responsabilidade.
Herzberg disse que quando estes fatores motivacionais não existem,
as pessoas são neutras em relação à motivação (não ficam motivadas nem
desmotivadas). Mas quando estes fatores estão presentes geram um alto
nível de motivação no profissional.
Já os fatores higiênicos influenciam a insatisfação, ou seja, podem
gerar insatisfação se forem negativos, mas não geram satisfação se forem
positivos! Dentre estes fatores estão relacionados: condições de trabalho,
remuneração, segurança, relações pessoais, políticas da empresa e
supervisão.
No caso da organização que forneça bons salários, boas condições de
trabalho e segurança, ela pode gerar um ambiente harmônico, mas não
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necessariamente um ambiente altamente motivador. Prestem bem atenção


nisso: o salário não é fator motivacional! A relação interpessoal
também não é motivadora! Ou seja, nem dinheiro nem pessoas motivam
os funcionários.

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Fatores Fatores
Motivadores Higiênicos

Influenciam a satisfação Influenciam a insatisfação

Crescimento pessoal Salários


Conteúdo do trabalho Relacionamentos Pessoais
Exercício da responsabilidade Condições de trabalho
Reconhecimento Supervisores
Realização Segurança
Políticas da empresa

Vamos imaginar um caso hipotético: Você passa em um concurso


público e é nomeado para um cargo em um órgão federal. Se sente muito
feliz de passar a ganhar um ótimo salário, com estabilidade e, além disso,
acha o ambiente de trabalho ótimo! Todos os seus companheiros de
trabalho são pessoas simpáticas e atenciosas. A vida está linda, pensa
você!
Mas o trabalho que te deram é passar fax e tirar cópias. Pense agora,
você não vai ficar muito motivado no trabalho, não é verdade? Isto foi o
que Herzberg notou em sua pesquisa.
De acordo com Herzberg, o trabalho do gestor seria o de remover os
fatores higiênicos que estejam criando insatisfação e criar os fatores
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motivadores para que seus funcionários atinjam um alto grau de


desempenho.
Estes fatores também podem ser chamados de intrínsecos
(motivacionais, ou relacionados com o conteúdo do cargo e ao funcionário
em si) e extrínsecos (higiênicos, ou relacionados ao ambiente da
empresa).

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Teoria e exercícios comentados
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Vamos praticar agora?


(CESPE – UNIPAMPA - ADMINISTRADOR) Segundo a teoria dos
dois fatores, proposta por Herzberg, ao conceder aumento na
remuneração de seus colaboradores, o administrador atuará em
um fator motivacional.

Esta é a pegadinha mais recorrente em concursos de


Administração! Prestem atenção: O salário não é fator motivador
segundo Herzberg, e sim fator higiênico.
Se seu salário for muito baixo, te trará insatisfação, mas se seu
salário for bom não te motivará por si só! Fatores motivacionais seriam:
o conteúdo do trabalho, a possibilidade de crescimento e aprendizado, o
reconhecimento, etc. O gabarito é questão incorreta.

Teoria do Reforço

Esta teoria afirma que o reforço condiciona o comportamento. Ou


seja, de que os indivíduos podem ser manipulados a se comportarem de
certa maneira, de acordo com os estímulos aplicados a eles8.
Assim, se queremos que os funcionários cheguem sempre cedo,
deveremos instituir um prêmio de assiduidade. Se quisermos que os
vendedores atinjam as metas, deveremos pagar um bônus aos que
atingirem. Esta teoria, como já devem estar pensando, é uma das mais
utilizadas no meio organizacional.
A teoria do reforço não toma conhecimento do que se passa no
“interior” da pessoa (como as emoções, expectativas, atitudes etc.),
apenas o que acontece com o indivíduo quando ele age9.
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Assim, essa teoria é muito criticada pelo seu aspecto “manipulador”


das pessoas. Apesar disso, seu impacto não é renegado. Apenas não se
acredita mais que o reforço seja o único fator que gera uma maior
motivação e, por consequência, um melhor desempenho.

8
(Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010)
9
(Robbins, Organizational Behavior, 2004)

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Características da Teoria do Reforço


Busca entender como A relação entre o O reforço é uma
as conseqüências dos comportamento e tentativa de causar a
comportamentos suas conseqüências repetição ou inibição
anteriores influenciam segue uma idéia de de um
as ações futuras aprendizagem cíclica comportamento

De acordo com a teoria, as ferramentas que um gestor de pessoas


poderia utilizar iriam desde um estímulo positivo (um prêmio, por exemplo)
até um estímulo negativo (uma punição).
Estímulos positivos tenderiam a reforçar o comportamento, ao passo
que os estímulos negativos buscariam anular um comportamento
indesejado. As estratégias seriam quatro: reforço positivo, reforço
negativo, punição e extinção.

Dar recompensa quando um


Reforço Positivo comportamento desejado ocorre

Retirar conseqüência negativa quando


Reforço Negativo um comportamento desejado ocorre

Aplicação de medida negativa quando


Punição um comportamento indesejado ocorre

Retirada de recompensas positivas


Extinção
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quando um comportamento indesejado


ocorre

Figura 5 - Estratégias de Modificação do Comportamento

Teoria ERC (ou ERG) - Alderfer

Basicamente, esta é uma adaptação da teoria da hierarquia das


necessidades de Maslow. Alderfer procurou adequar os estudos de Maslow

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para que a teoria pudesse refletir os dados empíricos (os dados das
pesquisas)10.
A primeira diferença entre as duas teorias é o fato de que Alderfer
“condensou” os níveis hierárquicos. Para ele, são apenas três os níveis de
necessidades: de existência, de relacionamento e de crescimento.

Crescimento

Relacionamento

Existência

O primeiro nível – existência – engloba os primeiros níveis de Maslow


(fisiológico e segurança). Já o segundo nível – relacionamento - engloba o
nível social de Maslow e alguns fatores externos do nível de estima.
Finalmente, o nível de crescimento engloba os componentes internos de
estima e o nível de autorrealização de Maslow.
A segunda diferença entre as teorias está no fato de que, para
Alderfer, não existe uma hierarquia tão rígida entre os níveis de
necessidades quanto Maslow acreditava.
Na teoria ERC, vários níveis de necessidades podem estar sendo
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estimulados ao mesmo tempo. Ou seja, a satisfação de um nível anterior


não seria um “pré-requisito” para que o nível seguinte se manifestasse.
Além disso, na teoria ERC existe a noção de que se um nível de
necessidade superior não for atendido, isso pode levar a pessoa a aumentar
a necessidade de nível inferior.
Assim, uma pessoa que não conseguisse status e reconhecimento em
seu trabalho poderia aumentar a demanda por melhores salários, por
exemplo.

10
(Robbins, Organizational Behavior, 2004)

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Teoria da Expectância de Vroom.

A teoria de motivação considerada mais completa até o momento é a


teoria da expectância de Victor Vroom11. A teoria da expectância (ou
expectativa) diz que a motivação é um produto das expectativas das
pessoas em relação a suas habilidades de atingir os resultados e o valor
que elas dão às recompensas.
Ou seja, o indivíduo primeiro analisa se a meta que a empresa
estipulou é possível de ser atingida com seus próprios esforços. Se a meta
for inalcançável, ou não depender do seu trabalho, não irá gerar motivação!
Após isso, ele analisa se a recompensa é desejável, pois pode ser que o
“prêmio” não seja atrativo para todas as pessoas da mesma forma.
Portanto, Vroom levou em consideração as diferenças pessoais, pois
cada indivíduo tem uma habilidade específica e desejos e necessidades
diferentes.
No gráfico abaixo podemos ver um esquema resumido dos fatores
envolvidos. O indivíduo naturalmente se faz estes questionamentos:
trabalhar mais tarde a noite fará a meta ser batida? Se a meta for alcançada
ganharei um prêmio interessante?

Desempenho
Trabalhar Bônus,
até tarde Bater meta prêmios,
da noite individual promoção.
Esforço Resultados

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Figura 6 - Teoria da Expectância

Para Vroom, a motivação seria o resultado da soma dos seguintes


fatores ou elementos: valência, expectativa e instrumentalidade.
Podemos ver melhor esses elementos abaixo:

11
(Robbins & Coulter, Administração, 1998)

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Valência Expectativa Instrumentalidade

Valor ou peso que a Probabilidade da ação Percepção de que a


pessoa dá às levar ao resultado obtenção de um
recompensas obtidas desejado resultado está
associado à uma
recompensa

De acordo com Macedo et al12, esta teoria sugere três expedientes


para gerar motivação, os quais podem servir de base para a atuação do
líder:

 Criar um ambiente propício ao bom desempenho, oferecendo


treinamento, apoio e estímulo, de modo a aumentar a
expectativa;
 Garantir que o bom desempenho seja recompensado com
elogios, avaliações positivas, aumentos de salário ou de cotas
de participação nos resultados;
 Identificar as recompensas com maiores valências.

Características da Teoria

Motivação depende da expectativa das pessoas sobre


sua habilidade de atingir resultados e conseguir
recompensas
Motivação é o produto do valor previsto da recompensa
e da probabilidade de alcançá-la
Vroom levou em consideração as diferenças individuais!
Cada pessoa tem seus objetivos e necessidades
10096054700

Vamos praticar agora?


(CESPE – MTE - ADMINISTRAÇÃO) Segundo o modelo de Vroom,
a motivação para produzir em uma entidade está calcada
estritamente nas recompensas ofertadas pela organização.

12
(Macêdo, Rodrigues, Johann, & Cunha, 2007)

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No modelo contingencial de Vroom a motivação é função de


três fatores determinantes: as expectativas, as recompensas e a
relação entre as expectativas e as recompensas. O gabarito é questão
errada.

Teoria das Necessidades Adquiridas, de McClelland.

De acordo com McClelland, a motivação é relacionada com a


satisfação de certas necessidades adquiridas dos indivíduos. Para ele, estas
necessidades seriam três13:

 Necessidade de afiliação – relativas ao desejo de ter bons


relacionamentos e amizades;
 Necessidade de poder – ligadas ao controle e a influência de
outras pessoas e em relação aos destinos da organização, e;
 Necessidade de realização – ligada aos desejos de sucesso,
de fazer bem algum trabalho, de se diferenciar dos outros.

Estas necessidades seriam geradas através da própria experiência


das pessoas, de sua vivência. De acordo com o autor, pessoas com uma
alta necessidade de realização deveriam trabalhar com tarefas em que não
necessitassem do trabalho dos outros (ou seja, em tarefas em que
pudessem “mostrar serviço” sozinhas).
Além disso, são melhor aproveitadas em áreas em que as tarefas são
difíceis o bastante para motivá-las, mas não tanto que as façam perceber
que o sucesso depende da “sorte” ou da ajuda de outros. Assim, estas
pessoas não costumam ser boas gerentes.
Já as pessoas com uma alta necessidade de poder se adequam
10096054700

melhor às posições de gerência. De acordo com McClelland, pesquisas


comprovam que a grande maioria dos ocupantes de cargos altos têm alta
necessidade de poder e baixa necessidade de afiliação.

Vamos praticar agora?


(CESPE – ABIN - OFICIAL TÉCNICO) As organizações modernas
devem reduzir os objetivos iniciais para satisfazer as
necessidades adquiridas, e não, ajustar o atendimento das
necessidades adquiridas aos seus objetivos iniciais.

13
(Robbins, Organizational Behavior, 2004)

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Pela Teoria das Necessidades Adquiridas, de McClelland, a


motivação é relacionada com a satisfação de suas necessidades
adquiridas. Estas necessidades seriam geradas através da própria
experiência das pessoas, de sua vivência.
Para o autor, estas necessidades seriam três: Necessidade de
afiliação (se relacionar bem com os outros), de poder (controlar e
influenciar os destinos da organização) e de realização (atingir
determinados objetivos).
Não faz sentido se dizer que os objetivos devem ser reduzidos para
se “encaixar” nas necessidades adquiridas, pois a motivação é que deve
buscar harmonizar os objetivos individuais com os organizacionais. O
gabarito é questão errada.

Teoria da Equidade

Esta teoria afirma que a equidade, ou seja, a percepção de que o que


ganhamos está em linha com o que oferecemos em troca (e em relação aos
outros) é um aspecto motivador. Assim, a noção de que esta relação é justa
teria um impacto significativo na motivação.
De acordo com Stacy Adams, todos nós fazemos uma comparação
entre o que “entregamos” e o que “recebemos” em troca pela empresa. Se
pensarmos que estamos sendo favorecidos, nos sentiremos culpados. Se
sentirmos que estamos sendo desfavorecidos (recebendo menos do que
entregamos) teremos raiva14.
Além disso, comparamos também esta “relação” de troca com os
nossos colegas de trabalho e até de pessoas que trabalham em outras
empresas e/ou profissões. Dessa maneira, se sentimos que a relação de
troca não tem equidade, iremos tomar alguma “providência” para resolver
10096054700

essa inequidade.
De acordo com Adams, existem seis possibilidades de ação frente à
uma inequidade:

 Mudança nas “entregas”, ou seja, passar a trabalhar


menos;
 Mudanças nos resultados – ocorre quando pessoas que
ganham por produção começam a produzir mais com menos
qualidade (ou seja, na “pressa”);

14
(Robbins, Organizational Behavior, 2004)

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 Distorção na sua percepção – o indivíduo pode começar a


mudar sua ideia sobre si mesmo (“achava que trabalhava
pouco, mas vendo sicrano trabalhando já começo a achar que
sou muito trabalhador”);
 Distorção na percepção dos outros – o indivíduo passa a
achar que a posição dos outros é que não é satisfatória;
 Mudança no referente – Se a pessoa que nos comparamos
está em situação melhor, podemos passar a nos comparar com
alguém que está pior do que nós mesmos;
 Sair do “jogo” – por exemplo: sair do emprego atual.

Teoria do Estabelecimento de Objetivos (Autoeficácia)

Será que funcionamos melhor quando procuramos “fazer o nosso


melhor” ou quando temos uma meta específica? De acordo com Locke15, a
intenção de atingir um objetivo é um grande fator motivador.
Ou seja, quando temos uma meta em mente, e aceitamos essa meta,
tendemos a conseguir resultados melhores do que quando apenas
“tentamos o nosso melhor”. Além disso, quanto mais difícil a meta, melhor
será o nosso desempenho (desde que, obviamente, aceitemos a meta, ou
seja, realmente tentemos atingi-la).
Outro fator importante é a retroação. Se soubermos como estamos
nos saindo, diz a teoria, tenderemos a obter melhores resultados. Assim, a
retroação afetaria o desempenho. Este é um fato bastante intuitivo, não é
mesmo?
Locke também cita como um fator motivador a Autoeficácia. De
acordo com o autor, essa característica seria a habilidade que as pessoas
podem ter de acreditar que serão capazes de atingir os resultados de uma
10096054700

atividade.
Se realmente acreditamos em nossa habilidade de realizar uma
tarefa, a teoria afirma, tenderemos a nos motivar e conseguir melhores
resultados. Indivíduos com um alto nível de Autoeficácia tenderão a ter
resultados melhores do que pessoas com baixo nível de Autoeficácia.
De acordo com Yassuda e outros16,
“A teoria da Autoeficácia prevê que o nível de
confiança do indivíduo em suas habilidades é um

15
(Locke, 1968) apud (Robbins, Organizational Behavior, 2004)
16
(Yassuda, Lasca, & Neri, 2005)

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forte motivador e regulador de seus


comportamentos. Bandura defende que o indivíduo
que se percebe capaz de realizar uma determinada
tarefa, faz maior esforço para realizá-la, tem maior
motivação para concluí-la e persevera mais tempo
na sua realização do que o indivíduo com baixa
Autoeficácia. ”

Motivação e o Contrato Psicológico

O contrato psicológico é considerado um vínculo que liga os


empregados às organizações17. Este “contrato” é derivado de um
conjunto de expectativas das partes relacionadas com as necessidades
tanto dos empregados quanto das empresas.
Este tema é importante porque são associados resultados positivos
quando este contrato é cumprido e resultados negativos quando estes são
descumpridos18. Dentre os fatores positivos teríamos: o aumento do
empenho, satisfação no trabalho, comportamentos de cidadania
organizacional e a intenção de continuar na empresa.
Já os resultados negativos do descumprimento do contrato
seriam: diminuição do empenho e aumento do absenteísmo, dentre
outros.
Para Guzzo e Nooan19,
“Os Contratos Psicológicos podem ser entendidos
como o conjunto dos termos altamente subjetivos
e específicos para cada empregado, termos estes
que podem ser elementos concretos (salário,
condições de trabalho) ou abstratos (segurança,
desafio pessoal) de uma relação de troca entre
empregado e empregador.”
Esta “relação de troca”, expressa no contrato, teria seu início no
10096054700

processo de recrutamento e seleção do empregado e se prolongaria por


toda a duração do vínculo do empregado com a organização20.
Todos nós temos certas expectativas ao entrar em uma organização,
não é mesmo? As empresas também têm certas expectativas ao nos

17
(Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009)
18
(Leiria, Palma, & Cunha, 2006)
19
(Guzzo e Nooan, 1994) apud (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009)
20
(Lester e Kickul, 2001) apud (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009)

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contratar. Quando estas expectativas mútuas são cumpridas, existe um


equilíbrio e o desempenho individual e organizacional é maior.
Quando isto não ocorre, temos uma queda na motivação dos
empregados e problemas na relação da empresa com os empregados.
O Contrato psicológico permitiria, assim, tanto ao empregado como
ao empregador, preencher os espaços em branco deixados pelo contrato
formal de trabalho21.
Uma classificação muito conhecida dos contratos psicológicos é a de
MacNeil. Para este autor, os contratos são divididos entre os contratos
transacionais e relacionais22.
De acordo com o autor,
“Acordos transacionais são aqueles que
apresentam termos de troca bem definidos,
normalmente termos monetários, específicos e com
tempo de duração definido, assim como contratos
entre os donos de equipamentos caros e complexos
(ex: aquecedores e refreadores de ambientes) e as
companhias que vendem estes equipamentos. Os
contratos relacionais, por sua vez, são menos
definidos do que os transacionais. Seus termos
são mais abstratos, tendem a não apresentar
fácil monetarização e costumam dizer respeito
à relação entre o indivíduo e a organização.
Por exemplo, receber o salário prometido está
relacionado ao contrato transacional, já ser
tratado com respeito por um superior está
relacionado ao contrato relacional“.
Desta maneira, todo contrato psicológico tem uma parte relacional e
outra parte transacional. A empresa determina que o empregado fique, por
exemplo, um número de horas diariamente na empresa (parte
transacional), mas também espera um comprometimento especial do
funcionário – que chamamos de “vestir a camisa” – que seria a parte
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relacional.
Do mesmo modo, o empregado espera receber certo valor mensal de
salário (parte transacional), mas também espera ter oportunidades de
crescimento profissional na empresa (parte relacional).
O equilíbrio entre a parte relacional e a parte transacional dependerá
das ações e políticas de Recursos Humanos da organização, que deve

21
(Rousseau, 1995) apud (Leiria, Palma, & Cunha, 2006)
22
(MacNeil, 1985) apud (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009)

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inserir aspectos mais básicos com aspectos ligados às necessidades mais


avançadas dos indivíduos23.

“Empoderamento” ou Empowerment

O “empowerment”, ou “empoderamento”, é o processo de


fortalecimento do papel das pessoas e equipes dentro de uma organização.
De acordo com Slack24,
“O empowerment significa dar ao pessoal a
autoridade para fazer mudanças no trabalho em si,
assim como na forma em que ele é
desempenhado”.
Deste modo, busca-se ampliar as responsabilidades e autoridades
para que estes possam tomar suas decisões e agir25.
O empowerment surgiu na segunda metade do século XX, como uma
possível solução para empresas que operavam ainda com modelos
burocráticos e baseados na hierarquia, na formalidade e na cadeia de
comando rígida como base do controle no ambiente de trabalho.
Estes ambientes de trabalho tradicionais geram uma desmotivação e
uma alienação do trabalhador, pois este não entende qual é o objetivo geral
da organização, nem se sente parte importante da empresa.
O modelo burocrático, tradicional, não proporciona uma liberdade
para que estes funcionários possam contribuir com ideias e tomar decisões
sobre o próprio trabalho. De acordo com o modelo tradicional, deveria
existir uma separação entre a tomada de decisão (feita pela cúpula) e a
execução das tarefas (feita pelos trabalhadores da base).
Entretanto, no atual contexto da nossa sociedade, a maior
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preocupação das organizações é com o conhecimento agregado que os seus


empregados detêm e podem oferecer para a organização, de modo que
esta consiga atuar com maior competitividade e atingir seus objetivos
estratégicos. O empowerment é, assim, um instrumento de liberação das
“forças“ criativas dos trabalhadores.

23
(Guzzo e Nooan, 1994) apud (Rosolen, Silva, Leite, & Albuquerque, 2009)
24
(Slack, 1997) apud (Rodrigues & Santos, 2001)
25
(Chiavenato, Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações, 2004)

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De acordo com Sykes, Simpson e Shipley26, as principais diferenças


entre uma organização clássica e uma organização pós-moderna seriam,

Organização Clássica Organização Pós-moderna

Estrutura simples (relativamente) Complexa (fronteiras indistintas)


Hierárquica (comunicação Horizontalizada (redes de
vertical) trabalho)
Mecânica (linear e interligada) Holográfica (grupos de trabalho
Causalidade linear é assumida autônomos integrados pela
(lógica) cultura)
Objetiva, solução ordenada de Indeterminada (capacitada para
problemas decisões, instável e imprevisível)
Imutável Causalidade mútua (pensamento
sistêmico)
Entendimento subjetivo
Espontaneamente mutável

Figura 7 - Fonte: (Sykes, Simpson & Suipley, 1997) apud (Rodrigues & Santos, 2001)

Desta maneira, o empowerment está diretamente relacionado com a


delegação e a descentralização de poder dentro da empresa27. A ideia por
trás deste conceito é a de que o funcionário que lida diretamente com o
problema terá melhores condições de tomar uma decisão acertada e,
principalmente, no tempo necessário.
Portanto, a empresa que decide implantar o empowerment deve
delegar poder aos funcionários e servidores que trabalham diretamente no
“chão de fábrica”, ou seja, que estão na base da pirâmide, atendendo os
clientes, supervisionando o funcionamento das atividades, etc.
Desta forma, estes terão mais autoridade e responsabilidade nos
assuntos operacionais que lidam diariamente. Esta maior participação e
autonomia dos empregados acabam gerando uma maior motivação e,
10096054700

consequentemente, melhores resultados.


Isto ocorre porque as pessoas sentem-se mais importantes e sentem
também que suas ideias são ouvidas e que elas fazem parte da tomada de
decisões. Como participam das discussões das alternativas de resolução de
problemas e das metas, acabam comprometendo-se mais com os
resultados.
Atualmente, o empowerment vem sendo mais utilizado nas empresas
por dois motivos principais: o primeiro é a necessidade, no ambiente

26
(Sykes, Simpson & Shipley, 1997) apud (Rodrigues & Santos, 2001)
27
(Robbins & Coulter, Administração, 1998)

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dinâmico e competitivo em que vivemos, de tomar as decisões de modo


mais rápido.
O segundo é que o processo de downsizing dos anos 80 e 90 do século
passado deixou as empresas com uma estrutura mais achatada, portanto
o gerente não teve outra alternativa a não ser delegar poder aos seus
subordinados28.
Alguns autores apresentam o empowerment como um contraponto
ao estilo de “comando e controle”, que seria característico do modelo
burocrático tradicional29.

Modelo de
Empowerment

Estes dois estilos de gestão (empowerment e “comando e controle”)


poderiam ser relacionados a dois tipos de comprometimento. No
comprometimento externo, o funcionário tem pouco controle sobre o
seu destino. Já no comprometimento interno, o funcionário possui
autonomia decisória sobre seu trabalho30.
De acordo com Argyris31, os tipos de comprometimentos seriam,

10096054700

28
(Robbins & Coulter, Administração, 1998)
29
(Rodrigues & Santos, 2001)
30
(Rodrigues & Santos, 2001)
31
(Argyris, 1998) apud (Rodrigues & Santos, 2001)

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Comprometimento Externo Comprometimento Interno

Atividades são definidas por Indivíduos definem atividades


outros Indivíduos definem o
O comportamento necessário comportamento necessário
para realizar as atividades é para realizar as atividades
definido por outros Gerência e indivíduos, em
Metas de desempenho são conjunto, definem metas de
definidas pela gerência desempenho que são
A importância da meta é desafiantes para o indivíduo
definida por outros Indivíduos definem a
importância da meta

Figura 8 - Fonte: (Argyris, 1998) apud (Rodrigues & Santos, 2001)

Entretanto, o empowerment não funciona em todas as organizações,


nem em todos os setores. Para que os funcionários possam receber estas
autoridades e responsabilidades maiores, é necessário um esforço de
capacitação e treinamento.
Portanto, um processo de empowerment deve ser iniciado com uma
preocupação de preparar estes funcionários para tomar mais decisões e
agir com mais liberdade.
Para Chiavenato32, o empowerment aumenta o controle dentro da
organização, incrementando a autoestima das pessoas e aumentando a
qualidade dentro da organização.
Assim, o empowerment busca captar a energia, esforço e criatividade
de todos os membros da empresa e canalizar estas para os objetivos
organizacionais. De acordo com Kanter33, existem nove princípios para o
empowerment funcionar:
1. Dar às pessoas um trabalho em que elas se sintam
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importantes;
2. Dar às pessoas plena autoridade e responsabilidade,
independência e autonomia em suas tarefas e recursos;
3. Permitir que as pessoas tomem decisões a respeito de seu
trabalho;

32
(Chiavenato, Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações, 2004)
33
(Kanter, 1983) apud (Chiavenato, Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos
humanos nas organizações, 2004)

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4. Dar visibilidade às pessoas e proporcionar reconhecimento


pelos seus esforços e resultados;
5. Construir relacionamentos entre as pessoas, ligando-as com
pessoas mais importantes e apoiando-as através de líderes e
impulsionadores;
6. Mover a informação em todos os níveis. Informação é poder e
habilita as pessoas a penar e a agir melhor;
7. Pedir a opinião das pessoas a respeito dos assuntos de
trabalho. Fazer com que elas se sintam as donas dos processos
de trabalho. Fazer com que elas tenham orgulho de pertencer
à organização;
8. Acentuar a colaboração e o espírito de equipe. Empoderar
pessoas é empoderar equipes;
9. Ajudar as pessoas empoderadas a empoderar as demais.

Liderança

Um líder ideal deve saber conduzir sua equipe de modo a que todos
atinjam seus resultados esperados. Para isso, deve se utilizar do
conhecimento sobre sua equipe e de uma comunicação eficaz para guiá-los
ao encontro dos objetivos da organização.
Naturalmente, o processo de liderança é um dos mais importantes no
trabalho de um administrador. Além disso, é um dos mais difíceis. Milhares
de livros são lançados anualmente em todo mundo, tentando ensinar os
gestores a serem melhores líderes.
Basicamente, a liderança envolve a habilidade para influenciar
pessoas para que sejam alcançados determinados objetivos. É mostrar o
10096054700

caminho a ser seguido.


É vender uma visão de futuro sobre a organização. É incentivar os
membros da empresa em torno dos objetivos que são almejados.
Algumas definições de Liderança podem ser vistas abaixo:
“O conceito de liderança é relacionado com a
utilização do poder para influenciar o
comportamento de outras pessoas .”
34

34
(Zaleznik, 1992)

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“Liderança é a habilidade de influenciar pessoas


em direção ao alcance das metas
organizacionais35.”

“É um fenômeno tipicamente social que ocorre


exclusivamente em grupos sociais e nas
organizações. A liderança é exercida como uma
influência interpessoal em uma dada situação e
dirigida através do processo de comunicação
humana para a consecução de um ou mais objetivos
específicos36.”
Ao buscar liderar nossos subordinados e colegas, estamos lidando
com seres humanos, pessoas. E cada indivíduo responde de maneira
diferente a cada estímulo. Alguns colegas provavelmente precisarão de um
contato mais constante, uma atenção maior do líder.
Já outros, provavelmente, têm maior maturidade e não demandam
muita supervisão e atenção de seus superiores, pois tem maior iniciativa e
capacidade de autogerenciamento. Com isso, o líder deve ter uma
percepção de como cada indivíduo deve ser “envolvido” para que cada
membro possa contribuir o seu máximo.
Desta forma, O exercício da liderança é algo dinâmico e que envolve
diversos fatores das relações pessoais, como a influência pessoal, o poder,
a comunicação, para que os objetivos organizacionais da instituição sejam
alcançados.
As teorias de liderança são muitas, mas iremos ver aqui as que são
recorrentemente citadas em provas. Basicamente, são as seguintes: dos
traços,
Abaixo, podemos ver as principais:

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35
(Daft, 2005)
36
(Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008)

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Ideia é que os líderes nascem com


características inatas e o objetivo deve ser a
Baseada nos Traços identificação dos traços individuais dos
líderes para identificar potenciais líderes

analisavam o efeito de diversos estilos dos


Comportamentais / líderes no desempenho das organizações e
na satisfação das pessoas
Estilos de Liderança

levam em conta diversos fatores ambientais


Contingenciais / para determinar qual seria o melhor estilo
de liderança em cada situação
Situacionais

Figura 9 - Teorias da Liderança

Liderança X Chefia

A liderança não é um papel executado exclusivamente pelos chefes


ou gerentes. Isto muitas vezes acontece assim, mas não sempre.
Naturalmente, a capacidade de liderar uma equipe é um dos aspectos que
leva alguém a ser promovido a um cargo de chefia.
Muitos indivíduos que chegam nestas posições, como vocês devem
imaginar, não têm o perfil e as capacidades necessárias para liderar
pessoas. Alguns não gostam de falar em público, outros têm dificuldades
nas negociações e no envolvimento dos seus subordinados.
Não é incomum, por exemplo, que o líder de um grupo seja um
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colega, alguém mais experiente ou envolvente, que consegue com seu


comportamento guiar os membros em direção dos objetivos.
Assim sendo, não é absolutamente necessário que o chefe de uma
equipe seja o seu líder, na prática. Muitos chefes não querem fazer esse
papel. O líder pode ser uma pessoa sem poder hierárquico ou de comando,
sem problema.
Prestem atenção nesse ponto: O líder não é, necessariamente, o
superior hierárquico, o chefe. Isto é muito cobrado em provas de concurso,
pois é o “senso comum”, apesar de estar errado.

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Liderança
Chefia

Figura 10 - Relação entre chefia e liderança. Adaptado de: (Rennó, 2013)

Vamos praticar agora?


(CESPE – TRT-17 - PSICOLOGIA) Liderança é definida como a
influência exercida por aqueles que possuem autoridade formal
na organização.

Pegadinha na área! Como já vimos, não é sempre que o chefe


(quem tem autoridade formal) será o líder de um grupo. A liderança não
é necessariamente realizada por este chefe, pois ele pode não ter perfil
para isto, por não dar atenção a este fator, dentre outros motivos. O
gabarito é mesmo questão errada.

Tipos e Fontes de Poder

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A autoridade não é a única fonte do poder dentro de uma


organização. Segundo Sobral e Alketa37, o conceito de poder é mais
abrangente que o conceito de autoridade, visto que pessoas sem nenhuma
autoridade têm, às vezes, muito poder na organização. Quem tem
autoridade tem poder, porém, nem todo poder deriva da autoridade.
O poder pode ser conceituado como a possibilidade de influenciar
pessoas ou um grupo de pessoas e modificar seu comportamento. Entre os
principais tipos de poder estão38:

37
(Sobral & Peci, 2008)
38
(Sobral & Peci, 2008)

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Tipos de Poder Descrição


Quem detém este poder pode punir através de
sanções, de penas, de castigos. O medo da
Poder coercitivo punição altera assim o comportamento das
pessoas;

Neste tipo o poder se exprime pela capacidade do


detentor do poder de incentivar através de
Poder de
salários, de bônus, de prêmios as outras pessoas.
recompensa
Desta forma ele pode alterar o comportamento
das pessoas de maneira positiva;

Este tipo é derivado da posição hierárquica na


organização, da estrutura formal da empresa. É o
Poder legítimo
tipo de poder que os superiores hierárquicos
detêm;

Também chamado de carismático, é decorrente


de uma percepção positiva das pessoas sobre
Poder referente alguém, geralmente um herói, um líder. Como
muitos admiram sua personalidade, suas ideias,
são influenciadas por esta pessoa;

Este tipo se origina do reconhecimento de que


uma pessoa detém um know-how, um
conhecimento especial que o diferencia dos
Poder de
demais em algum tema. Esta competência em
competência
uma área específica gera uma “obediência” por
parte dos outros, quando o assunto for ligado a
esta área.

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Abordagens de Liderança

Como falamos acima, existem teorias distintas que tentam “explicar”


o funcionamento do processo de liderança nos grupos humanos. A primeira
teoria é a dos traços de liderança.
Esta teoria não é mais aceita pelos principais teóricos da área, mas
ainda é cobrada em provas, ok? Por isso, vamos conhecê-la um pouquinho.
Mas vocês verão que este tema é bem gostoso!

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Teoria dos Traços de Liderança.

A teoria dos traços ou das características é uma das mais antigas no


estudo da administração. Ela se baseia em uma noção antiga de que os
líderes teriam certos “traços” de personalidade que os definiriam, que
seriam característicos destas pessoas.
Ou seja, a teoria dizia que será possível de certa forma “mapear”
quais seriam estas características e, após isso, poderíamos buscar pessoas
semelhantes na população, para que fossem alçadas ao papel de
liderança39.
E quais seriam estes traços, professor?
Basicamente, seriam características pessoais como a inteligência, a
capacidade de oratória, a confiança, os valores, dentre outros aspectos
vistos como positivos para que um líder possa desempenhar este papel.
De acordo com Krumm40,
“Os primeiros teóricos dos traços achavam que os
bons líderes já nascem com esses traços e que
esses traços são uma parte constituinte da
personalidade do administrador. Essa posição foi,
posteriormente, modificada para indicar que os
traços podem ser desenvolvidos pela experiência;
mas os traços eram considerados como aspectos
centrais da personalidade do líder”.
Ou seja, os traços seriam a princípio características natas, ou de
nascença. Com o desenvolvimento da teoria, alguns autores consideravam
que os traços poderiam ser adquiridos ou aprendidos com a experiência.
E como funcionaria, na prática?
Vamos imaginar que você conhecesse um líder, ou pelo menos sua
descrição, como Júlio Cesar, Alexandre o Grande, ou Felipão (sei...peguei
pesado!). Tentaríamos “mapear” depois quais seriam as suas principais
10096054700

qualidades.
Com estas qualidades definidas, tentaríamos achar alguém com as
mesmas características e “voilá”, teríamos um líder em potencial nas mãos!
Como você pode imaginar, as coisas não foram tão simples. Fazer
esse mapeamento já era algo complicado. Muitas destas características são
mensuradas pela percepção de outras pessoas. Comparar aspectos como
inteligência, flexibilidade e valores é algo muito difícil.

39
(Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010)
40
(Krumm, 2005)

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Além disso, muitas vezes uma característica que tinha sido muito
positiva em um caso, poderia ser desastrosa em outra situação. Um líder
muito “firme” com sua equipe poderia ser a “solução” em um caso de um
general na segunda guerra mundial, mas seria um fracasso em um líder de
governo no Senado, por exemplo.
Isto acontece porque estas situações diferentes “pediriam” líderes
diferentes. A teoria não estava considerando o ambiente externo, o
contexto, dentro de sua análise. Não existiria um líder perfeito para todas
as situações.
Desta maneira, o modelo aos poucos foi sendo desacreditado e
superado por novas teorias que buscaram analisar a influência do meio
externo no papel do líder.

Teoria Comportamental Os Estilos de Liderança.

A teoria dos estilos de liderança (ou comportamental) buscou analisar


a liderança não pelas características dos líderes, mas pelo seu
comportamento em relação aos seus subordinados.
A teoria ficou conhecida através dos estudos de Lewin, Lipitt e White,
autores americanos, com suas pesquisas na Ohio State University41. Eles
estudaram o comportamento de grupos de pessoas, principalmente em
relação ao controle de seus subordinados, e “mapearam” três estilos
diferentes: autocrático, democrático e liberal.
O líder autocrático seria aquele que controla mais rigidamente seus
empregados. Ele toma todas as decisões e não delega autoridade nenhuma
para seus funcionários.
Na empresa dele, até compra de caneta Bic tem que ser autorizada
por ele antes! Ele define em detalhes como será a atuação de cada pessoa
em seu departamento. A participação dos funcionários nos “rumos” e
10096054700

decisões é quase nula.


Já o líder democrático seria aquele que contaria com a participação
de sua equipe na tomada de decisões. Seria um controle compartilhado,
feito em conjunto. Existiria um nível de delegação de autoridades e
responsabilidades pelo líder.
Alguns autores dividem esse estilo de liderança em dois: o modo
consultivo e o participativo.

41
(Lewin, Lippitt e White, 1939) apud (Krumm, 2005)

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Democrático Consultivo
Líder toma a decisão depois de
ouvir

Democrático Participativo
Decisão é feita em conjunto

Figura 11 - Tipos de Liderança Democrática

A diferença básica entre os dois tipos é sobre quem toma a decisão


final. No caso do tipo consultivo, como o nome já indica, a decisão cabe ao
líder depois que ele “consulta” sua equipe.
No caso do tipo participativo, a equipe participa da decisão. A tomada
de decisão é feita pelo grupo, em conjunto com o líder.
Finalmente, a liderança liberal (também chamada de “laissez-
faire”, algo como “deixar fazer” em francês) é o estilo em que existe pouco
ou nenhum controle do líder sobre seus empregados.
A equipe tem liberdade quase total de “tocar” o trabalho como melhor
escolher. A liderança teria somente um papel consultivo, de um
esclarecedor de dúvidas e de fornecedor dos recursos para as tarefas.
Os autores buscavam determinar qual seria o melhor estilo de
liderança. As descobertas foram um pouco decepcionantes. Os empregados
se mostraram mais satisfeitos em trabalhar para os líderes democráticos
(nenhuma surpresa, não é mesmo?).
Mas os resultados objetivos do trabalho pareciam indicar que para
muitas situações os líderes autocráticos eram os que conseguiam
“entregar” os melhores resultados. Já o estilo liberal não trazia nem
10096054700

satisfação aos empregados nem resultados práticos.


Assim sendo, uma das críticas à esta teoria foi a de que não existiria
uma liderança “superior”, mas que o melhor estilo dependeria da situação
em que o líder estivesse envolvido. Abaixo, podemos ver um resumo dos
estilos:

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L -
Autocrático Democrático

O líder controla Líder envolve seus Líder praticamente


rígidamente seus funcionários, "ausente". Equipe
funcionários e delegando liberdade quase
centraliza as autoridades e total. Lider apenas
decisões. responsabilidades. responder dúvidas
Tem dois tipos: e fornecer os
consultivo (lider recursos
decide) e necessários.
participativo
(grupo decide).

Figura 12 - Teoria comportamental ou dos estilos de liderança.

Vamos praticar agora?


(CESPE – BASA - ADMINISTRAÇÃO) Na atualidade, inexiste
situação que comporte a aplicação da liderança autocrática no
âmbito de uma organização, pois essa é uma teoria sem
aplicabilidade prática.

A liderança autocrática tem sim aplicabilidade prática. Existem


diversas situações em que a liderança democrática ou a liderança liberal
não funcionam, como casos em que não temos tempo para tomar uma
decisão, por exemplo.
Quem já serviu ao Exército, por exemplo, sabe que o estilo de
liderança nas forças armadas não é o democrático, não é mesmo? O
gabarito é questão errada.
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Os Estilos de Liderança de Likert.

Outra teoria comportamental ligada aos estilos de liderança é a criada


por Likert, que se baseou no estilo de autoridade do líder. Para ele, os
quatro estilos de liderança são os seguintes: autoritário-coercitivo,
autoritário-benevolente, consultivo e participativo.
Abaixo, podemos ver uma descrição de cada estilo:

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Estilo de
Descrição
Liderança

O líder é autocrático, centralizando a tomada de decisões, tendo


um controle rígido sobre o funcionamento da instituição.
Se comunica raramente com seus subordinados e utiliza ameaças
e punições frequentemente.
Autoritário-
Costuma gerar uma submissão dos subordinados, uma
Coercivo
dependência deles perante o chefe, além da inibição e uma
desmotivação.
Como ponto positivo, temos uma rapidez na tomada de decisão. É
comum em empresas de setores com mão de obra intensiva.

Seria um caso mais "brando" do estilo autoritário-coercitivo.


O líder continua autocrático, mas seria menos rígido e faria
algumas consultas eventuais a equipe e delegaria algumas tarefas
e decisões.
Autoritário- Neste estilo, as ameaças seriam utilizadas também com prêmios e
Benevolente recompensas.
As consequências desse estilo seriam semelhantes ao do estilo
autoritário-coercitivo, mas em menor escala.
Ocorre com mais frequência em empresas industriais com
profissionais ou pouco mais especializados.

É um estilo em que o líder envolve mais seus funcionários e discute


os objetivos e metas com eles.
A comunicação com os subordinados é melhor e existe um clima
mais propenso ao trabalho colaborativo e em equipe.
Consultivo
A motivação dos liderados costuma ser maior e o clima
organizacional é mais ameno. Entretanto, o trabalho se torna um
pouco mais moroso.
Costuma ser utilizado em organizações do setor de serviços.

O líder tem uma postura mais democrática e cria um ambiente em


que todos participam na tomada de decisões.
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A comunicação entre a equipe é boa e as pessoas sentem real


responsabilidade pelo seu trabalho. A motivação é claramente
Participativo superior.
Costuma ser utilizada em empresas de setores de tecnologia e com
profissionais altamente capacitados que atuam em atividades
complexas.

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Grid Gerencial de Blake e Mouton.

Esta é uma das teorias comportamentais da liderança mais


conhecidas. A grade gerencial de Blake e Mouton foi uma evolução da teoria
de Tannenbaum e Schmidt, que postulava que a liderança era um
“continuum” entre a liderança orientada para pessoas e a orientada para
tarefas, pois questionou esta visão antagônica (ou era focada em pessoas
ou tarefas, e não nas duas!)42.
Para Blake e Mouton, tanto a preocupação com as pessoas e com
a produção são fundamentais para se alcançar um bom resultado43.
Eles montaram a grade gerencial baseada nas duas dimensões
comportamentais: preocupação com as pessoas e preocupação com a
produção (por isso é chamada visão bidimensional do estilo de
liderança)44.
A ideia por trás da teoria é a de que o líder não deveria ser totalmente
focado nas pessoas, pois provavelmente tenderia a não atingir os
resultados da empresa (oferecendo benefícios em excesso e cobrando
pouco os resultados).
Por outro lado, também não poderia ser totalmente voltado para os
resultados (ou para a produção), pois poderia alienar as pessoas e criar um
ambiente desmotivador e afastar os melhores empregados45.
Abaixo podemos ver mais facilmente o grid gerencial:

10096054700

42
(Daft, 2005)
43
(Robbins & Coulter, Administração, 1998)
44
(Blake e Mouton, 1985) apud (Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008)
45
(Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008)

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Figura 13 - Grade gerencial. Adaptado de (Sobral & Peci, 2008)

Cada uma das dimensões é avaliada por meio de uma escala de 1 a 9,


contendo 81 posições possíveis para o estilo de liderança. As cinco posições
chaves que Blake e Mouton identificaram foram46:

O líder se esforça minimamente


Líder negligente ou liderança para fazer o trabalho e justificar sua
empobrecida (1.1) permanência na posição. O líder é
basicamente ausente.

O líder se preocupa com a eficiência


na produção, mas pouca
preocupação com a motivação e o
Líder-tarefa (9.1) desenvolvimento dos funcionários.
Todo o foco se concentra nos
10096054700

resultados. É a liderança na base


do “chicote”!

Toda a preocupação está focada nas


necessidades dos funcionários e em
proporcionar um ambiente
Líder-pessoa ou clube de agradável, sem preocupar-se
campo (1.9) muito com a eficiência e eficácia
da produção. Neste tipo de
liderança, existe pouca pressão por
resultado!

46
(Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011)

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O líder mantém uma eficiência da


produção razoável e um moral
satisfatório. Busca equilibrar sua
Líder meio-termo (5.5)
preocupação com as pessoas e
com a produção, sem maximizar
nenhum dos fatores.

Segundo Blake e Mouton, esse é o


estilo mais eficaz para uma
organização! O líder se esforçaria
Líder-equipe (9.9) tanto para obter eficiência na
produção, como em manter seus
funcionários motivados e em
constante desenvolvimento.

A teoria de Blake e Mouton foi muito importante por sintetizar as teorias


comportamentais de liderança, mas os estudos posteriores não
confirmaram que o estilo líder-equipe seja realmente o mais eficaz
em todos os casos.
A falha de não levar em consideração os fatores situacionais acabou
levando ao desenvolvimento posterior das teorias contingenciais ou
situacionais de liderança.

Liderança Contingencial ou Situacional

Depois das falhas encontradas na teoria comportamental (ou dos


estilos de liderança), a preocupação voltou-se para a influência do ambiente
ou do contexto no processo de liderança.
Não existiria, assim, um líder “perfeito” para todas as situações. A
10096054700

liderança deveria incluir também a percepção do líder para que ele tivesse
como se “moldar” a cada situação específica.
Além do aspecto do ambiente que envolve a situação, as teorias
contingenciais também consideram como importantes tanto o
comportamento dos líderes, bem como a maturidade dos liderados 47.

47
(Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009)

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Teoria da Contingência de Fiedler.

De acordo com o autor, as características das personalidades são


desenvolvidas durante diversas experiências vividas durante a vida e
dificilmente são alteradas48.
Para Fiedler, existem dois tipos de líderes: líderes orientados para
tarefas e líderes orientados para pessoas. Os primeiros seriam mais focados
nos resultados e nos objetivos organizacionais. Já os segundos,
naturalmente, estariam mais voltados para o bem-estar de sua equipe.
A teoria engloba três aspectos principais: o relacionamento entre o
líder e seus empregados, o poder de autoridade que este líder detém e a
estrutura da tarefa/atividade. Os fatores combinados formam oito
dimensões, desde a mais desfavorável a mais favorável para o líder.
O conceito principal da teoria é que o gestor deve analisar qual é o
perfil do líder para que possa posteriormente inseri-lo dentro do contexto
que mais se adapte ao seu comportamento49.

Figura 14 - Teoria da Contingência de Fiedler. Fonte: (Rennó, 2013)


10096054700

A conclusão do trabalho foi interessante. O autor percebeu que a


liderança orientada para tarefas era mais eficaz na maioria das situações
(ver gráfico acima).
Tanto em situações altamente favoráveis quanto nas altamente
desfavoráveis, o líder focado na tarefa se saía melhor. Somente em
situações intermediárias era que a liderança orientada para pessoas era a
mais adequada.

48
(Krumm, 2005)
49
(Sobral & Peci, 2008)

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Teoria Caminho-Meta

Esta teoria da contingência afirma que os líderes devem ser flexíveis


e, portanto, devem moldar o tipo de liderança à situação, envolvendo
fatores contingenciais ambientais e fatores contingenciais do subordinado.
Seus autores postulam que o líder tem a responsabilidade de
aumentar a motivação dos funcionários mostrando os comportamentos
necessários para o alcance das metas e as recompensas disponíveis no caso
de sucesso.
Uma das principais ideias da teoria Caminho-Meta é de que o líder
será aceito pelos liderados quando estes o virem como fonte de satisfação,
imediata ou futura.

Fonte: Bass, Bernard. Leadership: good, better, Best. Organizational Dynamics, Winter 1985.

O trabalho do líder é o de esclarecer quais são os comportamentos


10096054700

adequados para que os objetivos sejam atingidos e mostrar quais são as


recompensas disponíveis, além de equalizar as recompensas com as reais
necessidades dos empregados (eles querem recompensas materiais ou
buscam recompensas intrínsecas, como melhor ambiente de trabalho,
trabalho mais gratificante e maior realização?).
O desafio, para o líder, seria o de usar o estilo de liderança que seria
o mais adequado às necessidades motivacionais dos seus liderados. Os
autores classificam os estilos de liderança em quatro:

Estilo Descrição

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Compreensivo O líder mostra preocupação com as


(apoiador) necessidades dos empregados e seu
comportamento é aberto e amistoso,
tratando-os como iguais e criando um clima
favorável.

Diretivo O líder diz em detalhes como os empregados


devem fazer seu trabalho, definindo as
metas, normas e as recompensas
específicas. É semelhante ao estilo focado
em tarefas que já vimos anteriormente.

Participativo Líder é aberto às ideias dos empregados e


encoraja a participação na tomada de
decisões.

Realizador O líder define metas arrojadas e busca com


os empregados atingir um alto desempenho
e o constante aprimoramento. O líder
incentiva o aprendizado contínuo e a busca
por melhorias em vez de resultados
momentâneos.

A teoria do caminho-meta foca no relacionamento entre o estilo do


líder, as características dos subordinados e o conjunto do trabalho.

10096054700

Fonte: Yukl, Gary. Leadership in Organizations. Ed Prentice Hall. 1981.

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Teoria Situacional

A teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard pôs o foco da


liderança nos subordinados, e não nos líderes50. Para eles, a “chave do
sucesso” da liderança está na escolha correta de um estilo de liderança que
esteja adequado ao nível de maturidade dos funcionários.
Para os autores, os líderes devem analisar o nível de maturidade para
saber como devem se comportar em relação a eles. Um conceito muito
importante nesta teoria é o de adaptabilidade. Um líder é adaptável (ou
adaptativo) quando consegue variar o estilo de liderança de acordo com o
contexto51.
Ao contrário, um líder rígido só consegue ser eficaz quando seu estilo
de liderança é adequado ao ambiente que o cerca. Naturalmente, os líderes
adaptáveis são mais adequados aos nossos tempos.
Isto acontece porque os funcionários não são todos iguais. De acordo
com Hersey e Blanchard, eles têm um nível de maturidade variável. Aqui
estamos definindo maturidade não só de acordo com o aspecto psicológico
do trabalhador, mas também em relação à sua capacidade de realizar o
trabalho.

10096054700

50
(Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009)
51
(Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009)

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Figura 15 - Estágios de Maturidade. Fonte: (Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009)

Assim, um funcionário com alta maturidade seria capaz de fazer suas


tarefas de forma independente, de se autogerenciar e de buscar as metas
necessárias.
Já um funcionário com baixa maturidade demandaria uma maior
atenção do líder, de modo a compensar sua baixa capacidade de realizar
as atividades, somado com sua pouca disposição de assumir
responsabilidades. 10096054700

Os autores montaram um quadrante com dois fatores:


comportamento focado nas tarefas e comportamento focado nos
relacionamentos.
Os líderes teriam quatro “estilos” ou comportamentos possíveis, de
acordo com a combinação destes fatores (tarefa e relacionamento):
direção, delegação, persuasão e participação.
De acordo com Schermerhorn52, os estilos seriam os seguintes:

52
(Schemerhorn Jr., 2008)

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 Direção (ou Determinação) – determinar o que cada


subordinado fará em detalhes, com rígida supervisão. Um estilo
com alta preocupação com a tarefa e baixa preocupação com o
relacionamento;
 Persuasão – explicar a necessidade de cada tarefa de forma
persuasiva e dar um suporte ao empregado sempre que
possível. Um estilo com alta preocupação com a tarefa e
também alta preocupação com o relacionamento;
 Participação (ou compartilhamento) – enfatizar o
compartilhamento de ideias e a participação dos funcionários
na tomada de decisões em relação ao trabalho que será
desenvolvido. Seria um estilo com baixa preocupação com a
tarefa e alta preocupação com o relacionamento;
 Delegação – deixar o funcionário ou o grupo tomar suas
próprias decisões em relação ao trabalho e assumir suas
responsabilidades. Seria um estilo com baixa preocupação com
a tarefa e baixa preocupação com o relacionamento.
O conceito da teoria é bem simples: o líder deve perceber em que
situação está seu empregado e aplicar o estilo adequado. Para funcionários
que tenham sido recentemente contratados, com pouca experiência
prática, o líder deve adotar um comportamento mais focado no que deve
ser feito, sem dar muita autonomia, supervisionando de perto.
Já com funcionários com muito tempo de casa e com experiência
prática nas tarefas, o líder deve dar autonomia e delegar autoridade e
responsabilidade. Estes empregados têm capacidade para se
autogerenciar.

Liderança Transacional x Transformacional.

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Grande parte das teorias de liderança se baseia no relacionamento


entre líderes e subordinados. Existem, porém, estudos que abordam o tipo
de recompensa que o líder oferece, ao invés de analisar o
comportamento do líder em relação aos liderados. Estes estudos apontam
dois tipos de líderes: líderes transacionais e transformacionais.
Liderança transacional é aquela onde existe uma relação de troca
entre líder e subordinado. Seu nome vem exatamente desta troca, de
transação! O líder define as metas que devem ser alcançadas e promete os
“prêmios” caso os objetivos sejam atingidos.
O líder transacional deve então esclarecer quais serão as tarefas e os
objetivos, motivar seus funcionários para que eles atinjam suas metas, e

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fornecer apoio aos liderados no trabalho, buscando suprir suas


necessidades.
De acordo com muitos autores, a liderança transacional funciona bem
quando a organização está em um ambiente estável. Para que ela seja
eficaz, ambos os lados (líder e liderado) devem estar “satisfeitos com o
negócio”, ou seja, deve existir um equilíbrio entre as recompensas e os
esforços.

Lembre-se!
O líder transacional é o líder tradicional, que busca motivar
através de incentivos materiais

Já na liderança transformacional, o papel do líder é de inspirador


de seus subordinados. Esse líder busca que seus liderados transcendam
seus objetivos pessoais em benefício da organização!
Ele não se apoia somente nas recompensas materiais para
motivar os seus liderados, mas usa também outros aspectos, como a
visão, os valores compartilhados e as ideias para que seus subordinados se
superem.
Existe uma via de mão dupla neste tipo de liderança. Há um estímulo
mútuo, em que ambas as partes se incentivam para que façam um esforço
extra, para que o mais alto nível de motivação seja atingido.

É aquela onde existe uma relação de troca


entre líder e subordinado. O líder define as
Transacional metas que devem ser alcançadas e promete

atingidos.

10096054700

O líder é um inspirador de seus


subordinados. Não se apóia somente nas
Transformacional recompensas materiais para motivar os seus
liderados.

Figura 16 - Liderança Transacional e Transformacional

O líder transformacional é um agente de mudanças e inovações


na organização. Este líder tem características do líder carismático, mas
vai além deste! O líder carismático pode querer que os liderados sigam seu
modo de pensar, e nada além disso.

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No caso do líder transformacional, ele quer que os seus seguidores


sejam questionadores e empreendedores, que busquem o novo, que
sejam criativos!
Assim sendo, a liderança transformacional seria construída em cima
das bases da liderança transacional. Ela geraria esforços e resultados acima
dos que a liderança transacional poderia atingir!
Abaixo, podemos ver um quadro comparativo entre os líderes
transacionais e transformacionais53:

Líderes Transacionais Líderes Transformacionais

Recompensa Contingente: negocia os Carisma: Fornece uma visão e um sentido


esforços em troca de recompensas, de missão, introduz o orgulho, ganha o
promete recompensas por bom respeito e a confiança.
desempenho, reconhece os bons
resultados.

Gerenciamento pela exceção (ativa): Inspiração: comunica altas expectativas,


observa e procura por desvios das regras utilizando símbolos para focar os esforços
e padrões, toma as ações corretivas. e expressa os objetivos mais importantes
de forma simples.

Gerenciamento pela exceção Estímulo intelectual: promove a


(passiva): Intervém somente quando os inteligência, racionalidade e a solução de
padrões não são alcançados. problemas de forma cuidadosa.

Laissez-faire: Abdica das suas Consideração Individualizada: fornece


responsabilidades, evita tomar decisões. atenção personalizada, trata cada
funcionário de forma individual, treina e
aconselha.

Tabela 1 - Quadro comparativo entre líderes transacionais e transformacionais. Adaptado de: (Robbins, Organizational
Behavior, 2004)

Liderança Carismática
10096054700

A teoria da liderança carismática está centrada na noção de que


certos líderes podem, pelo poder de seu carisma, motivar as pessoas a
atingir seus objetivos. Eles formariam grupos coesos e voltados para esses
objetivos, com um alto grau de confiança no líder.54
De acordo com Clegg et al,55

53
(Robbins, Organizational Behavior, 2004)
54
(Clegg, Kornberger e Pitsis 2008)
55
(Clegg, Kornberger e Pitsis 2008)

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“A liderança carismática é o tipo de liderança que


faz uma ênfase na articulação de uma visão e de
uma missão que promete uma vida melhor. “
De certa forma, a teoria da liderança carismática aponta o carisma
como uma característica que fariam os subordinados dedicarem-se
mais e a seguirem fielmente o líder em torno de uma meta
idealizada por ele.
Mas como um líder torna-se um líder carismático? Ou melhor, como
desenvolvemos um carisma? Segundo uma análise de Conger e Kanengo,
as principais características de um líder carismático seriam:56

Características Descrição

Possuem confiança plena no próprio julgamento


Autoconfiança
e habilidade;

Apresentam uma meta idealizada que propõe


um futuro melhor que o status quo. Quanto
Visão maior a disparidade entre essa meta idealizada
e o status quo, mais os seguidores tenderão a
atribuir ao líder uma visão extraordinária;

Eles podem esclarecer e formular sua visão de


maneira compreensível para os demais,
Habilidade de demonstrando uma compreensão das
articulação necessidades dos seguidores e,
consequentemente, atuando como força
motivadora;

Os líderes carismáticos são tidos como


fortemente comprometidos, dispostos a assumir
Forte convicção elevados riscos pessoais, arcar com custos altos
e dedicar-se ao autossacrifício para realizar o
que pretendem;
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Os que têm carisma adotam atitudes vistas


como modernas, não convencionais e contrárias
Comportamento
as normas. Quando bem-sucedidos, esse tipo de
fora do habitual
comportamento desperta surpresa e admiração
nos seguidores;

Os líderes carismáticos são percebidos como


Agentes de
agentes de mudança radical, em lugar de
mudança
mantenedores do status quo;

56
(Conger e Kanengo) apud (Robbins, 2002) apud (Cavalcanti, et al. 2009)

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Fazem avaliações realistas das imposições


Sensibilidade ao
ambientais e dos recursos necessários para
ambiente
provocar a mudança.

Deste modo, os líderes carismáticos são vistos pelos seus


subordinados como obstinados, autoconfiantes e agentes de
mudança em sua organização. Não se comportam como chefes
conservadores e buscam o risco, o novo, a mudança.
De acordo com Robbins,57 existem três passos principais para que um
líder possa desenvolver carisma:

Deve desenvolver uma aura de carisma,


sendo otimista em relação aos desafios
e utilizando uma comunicação não só
de palavras, mas do corpo inteiro.

Um indivíduo atrai outras pessoas


criando um compromisso qua as inspire
a segui-lo.

O líder extrai o máximo do potencial


dos outros reconhecendo e explorando
suas emoções, através de incentivos e
encorajamento.

Naturalmente, existem adeptos 10096054700

e críticos deste tipo de liderança.


Pesquisas mostram que pessoas que trabalham com líderes
carismáticos são mais motivadas e dedicam-se mais. Além disso,
como gostam de seus chefes, são mais felizes no ambiente de
trabalho.58
Entretanto, alguns apontam que este estilo pode criar problemas.
A autoconfiança e busca obstinada por um objetivo pode “cegar” o líder,
fazendo com que ele não escute críticas e sugestões de pessoas com outras

57
(Robbins, Organizational Behavior 2004)
58
(Robbins, Organizational Behavior 2004)

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visões.59 Assim, esse tipo de líder seria mais adequado a empresas


emergentes ou que necessitem de uma grande mudança.

Liderança Visionária

Da mesma forma que a liderança carismática, o próprio nome da


liderança visionária indica qual é o seu enfoque. Os autores que criaram
esse termo, Bennis e Nanus, apontaram que a capacidade de criar e
compartilhar uma visão de futuro seria fundamental na atuação de
um líder.60
Mas afinal, o que seria uma visão? Esse conceito está relacionado
com o destino desejado – um “macro objetivo”. Seria, basicamente,
responder a pergunta: “como queremos estar daqui a cinco ou dez anos?
”.
Para Albrecht,61 para chegar à visão, uma empresa deve perguntar:
como queremos ser vistos pelas pessoas e pelo mercado?
Mas uma visão não pode ficar somente na “cabeça” do líder. Um líder
visionário “vende” a visão aos membros da organização. Ele utiliza
esse “alvo”, esse macro objetivo, como um fator motivador e que cria uma
coesão no grupo.
Essa visão serve para que todos tenham uma noção clara de quais
são os objetivos buscados e auxilia na priorização de esforços e de recursos.
De acordo com Bennis e Nanus,62
“É, portanto, um elemento motivador, além de
atuar como critério de seleção para a alocação de
esforços, filtrar as informações a serem analisadas,
e disciplinar as ações, de modo a canalizar todos os
esforços para um único fim. ”
Assim sendo, um líder visionário não só escolhe uma visão
correta para a empresa, mas também comunica essa visão a todos
10096054700

os membros e consegue que estes “comprem” essa visão e se


dediquem ao máximo para que a mesma vire realidade.

59
(Cavalcanti, et al. 2009)
60
(Bennis e Nanus, 1988) apud (Cavalcanti, et al. 2009)
61
(Albrecht) apud (Boyett e Boyett, 1999) apud (Cavalcanti, et al. 2009)
62
(Bennis e Nanus, 1988) apud (Cavalcanti, et al. 2009)

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Questões Comentadas.

1. (FCC – TRE-PB – ANALISTA – 2015) A palavra motivação refere-


se ao impulso que leva à ação, seja ele interno ou externo. Nesse
sentido, em um ambiente de trabalho, pode-se identificar a
motivação intrínseca dos colaboradores, bem como a motivação
extrínseca, sendo esta última gerada, na maioria dos casos,
por processos de:
(A) identificação das necessidades individuais e do grupo.
(B) interação e reconhecimento.
(C) reforço e punição.
(D) avaliação e capacitação.
(E) mapeamento e neutralização de comportamentos adversos.

O termo motivação extrínseca já indica que se trata de um conceito


relacionado aos fatores externos ao indivíduo, elementos que se originam
no ambiente externo e influenciam a motivação da pessoa.
Utilizando um caso hipotético, a pessoa não gosta muito da atividade
que está fazendo, mas existe a oferta pela empresa em que ela trabalha
de um bônus salarial para que venha a desempenhar bem a atividade.
Desta forma, esse aspecto externo pode ser positivo (como no caso
citado) ou negativo, como a ameaça de uma demissão no caso de um
projeto que não seja cumprido no tempo acordado.
De acordo com a teoria do reforço, as ferramentas que um gestor de
pessoas poderia utilizar iriam desde um estímulo positivo (um prêmio, por
exemplo) até um estímulo negativo (uma punição). Desta forma, o gabarito
da questão é a letra C.

2. (FCC – TRE-AP – TÉCNICO – 2015) Herzberg e seus associados


10096054700

desenvolveram um modelo de motivação baseado em fatores


motivacionais e de
(A) expectativa.
(B) autorrealização.
(C) manutenção.
(D) valência.

(E) reforço intermitente.

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O termo que costuma ser utilizado pelos principais autores quando


descrevem a teoria de Herzberg é fatores "higiênicos". Estes fatores
influenciam a insatisfação, ou seja, podem gerar insatisfação se forem
negativos, mas não geram satisfação se forem positivos.
A banca apresentou, portanto, um termo que é menos utilizado
(manutenção) como tradução ao termo higiênico, mas que está correto. A
letras A e D estão relacionadas com a teoria da expectativa. A letra D está
associada a teoria de Maslow. Finalmente, a letra E está relacionada a teoria
do reforço. O gabarito é mesmo a letra C.

3. (FCC – TRE-AP – ANALISTA – 2015) As cinco necessidades


básicas de Maslow foram substituídas por Alderfer em sua teoria
da motivação, por três necessidades a saber: necessidades de
existência, relacionamento e
(A) credibilidade.
(B) confiança.
(C) consciência do eu.
(D) consciência do outro.
(E) crescimento.

A teoria de Alderfer é mesmo uma adaptação da teoria da hierarquia


das necessidades de Maslow. A primeira diferença entre as duas teorias é
o fato de que Alderfer “condensou” os níveis hierárquicos. Para ele, são
apenas três os níveis de necessidades: de existência, de relacionamento e
de crescimento.
O nível de existência abrange os primeiros níveis de Maslow,
fisiológico e segurança. O nível de relacionamento engloba o nível social de
Maslow e alguns fatores externos do nível de estima. Finalmente, o nível
de crescimento engloba os componentes internos de estima e o nível de
autorrealização de Maslow. Portanto, o gabarito é mesmo a letra E.
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4. (FCC – TRE-AP – ANALISTA – 2015) Considere a seguinte


afirmação acerca da motivação no trabalho: “O homem médio
não gosta do trabalho e o evita". Tal preceito
(A) não encontra suporte em nenhuma das teorias
motivacionais, pois a premissa de todas é de que o dispêndio de
esforço no trabalho é algo natural.
(B) é a base das chamadas teorias de processo, que buscam
explicar como os processos cognitivos se sobrepõem ao
comportamento instintivo do ser humano.

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(C) é uma das pressuposições da Teoria X de MacGregor, que, ao


contrário da Teoria Y, traduz a concepção negativa da natureza
humana.
(D) está presente na Teoria da Hierarquia das Necessidades
Humanas, de Maslow, que preconiza que o único fator
motivacional autêntico é a satisfação das necessidades básicas
(fisiológicas e de segurança).
(E) foi consolidada com o advento da Teoria ERC, de Clayton
Alderfer, de acordo com a qual a motivação é movida
majoritariamente pelo medo e, apenas em pequena escala, pela
busca de realização.

A questão trata da teoria X e Y de McGregor. Esse autor trouxe a ideia


de que existem dois modos de se ver as pessoas. Uma seria mais positiva
e moderna (a teoria Y, baseada na confiança nos indivíduos), e a outra
seria negativa e antiquada (teoria X, baseada na desconfiança)63.
Pela teoria X, as pessoas seriam naturalmente preguiçosas,
pouco ambiciosas e sem iniciativa própria. A ideia é a de que o ser
humano não gosta de trabalhar e irá fazer o menor esforço possível.
Já a teoria Y seria mais embasada na confiança nas pessoas! Nesta
situação, o gestor acredita que seus funcionários são ambiciosos, gostam
de trabalhar, têm capacidade de decidir e iniciativa. Dessa forma, o
gabarito é a letra C.

5. (FCC – DPE-RR – ADMINISTRADOR – 2015) Considere que


determinada organização pretenda incrementar os fatores
motivacionais de sua equipe, utilizando, como base, a Teoria
Bifatorial desenvolvida por Herzberg. Nesse contexto, a elevação
do salário dos seus colaboradores constituiria um fator
(A) extrínseco, gerador de satisfação pelo reconhecimento da
importância relativa do trabalho.
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(B) de motivação, associado a sentimentos positivos


relacionados ao cargo.
(C) intrínseco, ligado à autorrealização e crescimento
profissional.
(D) de higiene, que previne a insatisfação, mas não é
considerado um fator de motivação.
(E) endógeno, associado à satisfação de necessidades sociais.

63
(Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008)

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De acordo com a teoria de Herzberg, o salário não é um fator


motivador, mas sim um fator higiênico. Estes fatores influenciam a
insatisfação, ou seja, podem gerar insatisfação se forem negativos, mas
não geram satisfação se forem positivos.
De modo geral nessa teoria, os fatores externos, gerados no
ambiente de trabalho, são fatores higiênicos. O gabarito é a letra D.

6. (FCC – TRE-SE – ANALISTA – 2015) Para criar satisfação e


motivação, uma organização pode atribuir ao indivíduo trabalhos
estimulantes, responsabilidades e possibilidades de ascensão na
carreira. Tais ações são capazes de motivar e orientar o
comportamento positivo dos funcionários no trabalho por
atender
(A) às necessidades humanas de igualdade, relacionadas às
recompensas justas pelos esforços desempenhados.
(B) aos fatores motivacionais extrínsecos, relativos ao ambiente
e condições de trabalho.
(C) às necessidades humanas sociais, relativas à vida associativa
do funcionário.
(D) aos fatores motivacionais intrínsecos, relacionados ao
conteúdo próprio do cargo.
(E) às necessidades humanas de existência, relacionadas à
segurança e à estabilidade profissional.

Se a instituição oferece trabalhos estimulantes, responsabilidades e


possibilidades de ascensão na carreira ao empregado, está buscando
atender aos aspectos intrínsecos da motivação, relacionados com os fatores
motivacionais da teoria de Herzberg. O gabarito é a letra D.
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7. (FCC – CNMP – ANALISTA – 2015) Segundo a Teoria de


Herzberg, é considerado Fator Motivacional:
(A) Melhorar os móveis e a decoração do ambiente de trabalho.
(B) Conceder anualmente um aumento salarial para os
empregados com melhor desempenho.
(C) Desenvolver uma nova política de gestão na empresa.
(D) Fornecer mais responsabilidade e maior autonomia para as
pessoas no trabalho.
(E) Aumentar a periodicidade de confraternizações na empresa.

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Para Herzberg, os fatores motivacionais são aqueles derivados dos


fatores internos (ou intrínsecos), como o conteúdo do trabalho, o
reconhecimento dos colegas, a possibilidade de crescimento profissional, a
realização em fazer uma tarefa bem-feita, dentre outros.
Vejam que somente a letra D nos traz um aspecto relacionado com o
conteúdo do cargo e com a possibilidade de crescimento pessoal. Os demais
itens da questão, como a decoração do ambiente de trabalho e os aumentos
salariais são, de acordo com Herzberg, fatores higiênicos. Assim, o gabarito
é mesmo a letra D.

8. (FCC – CNMP – ANALISTA – 2015) O uso das teorias sobre


Motivação é visto como saída para melhorar o desempenho e a
satisfação dos trabalhadores. Tendo em vista essa temática, é
correto:
(A) A teoria de 2 Fatores diferencia-se das demais por
reconhecer a capacidade de planejamento do ser humano e é
aplicável na gestão compartilhada de carreiras.
(B) O tema central da Teoria da Expectativa é definido pela razão
entre o esforço e a recompensa que o indivíduo percebe na
situação profissional.
(C) A Teoria da Equidade, que envolve o trinômio valência-
expectativa-força, é considerada uma teoria de processo, e não
simplesmente de conteúdo, pois identifica relações entre
variáveis dinâmicas que explicam o comportamento humano das
pessoas no trabalho.
(D) A Hierarquia de Maslow afirma que todos os níveis de
necessidades humanas atuam simultaneamente, o que faz com
que a falta de satisfação de uma necessidade aumente a
importância das necessidades de níveis mais baixos.
(E) Uma aplicação frequente da teoria de Edwin Locke pode ser
encontrada no modelo de Administração por Objetivos, pois
10096054700

possui implicações fortes em avaliações de desempenho e


aferições de produtividade.

A letra A está incorreta, pois o conceito citado refere-se à teoria da


Expectativa, e não à teoria dos dois fatores de Herzberg. De acordo com
Tânia Casado64,
“A teoria da expectativa vê o indivíduo com um ser
pensante que tem desejos e crenças e atua com base na
antecipação e no planejamento dos eventos de sua vida,

64
(Casado , 2002)

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colocando em suas ações o esforço adequado e a direção


apropriada de modo a atingir seus objetivos. Ou, dito de
outra forma, a força da inclinação para uma ação
depende da força da expectativa (probabilidade) de que
o ato será seguido por um resultado de valência. É o
reconhecimento da capacidade de planejamento do
ser que diferencia essa teoria das demais, e ela tem
excelente aplicação dentro do modelo de gestão
compartilhada de carreiras”.
A letra B está errada, pois a teoria da Expectativa não envolve
somente os aspectos de esforço e recompensa. A letra C está também
incorreta, pois é a teoria da Expectativa, e não a Teoria da Equidade, que
envolve o trinômio valência-expectativa-força.
A letra D está igualmente errada, pois para Maslow as necessidades
funcionam em uma hierarquia, não atuam todas ao mesmo tempo. De
acordo com ele, sempre que uma necessidade é atendida, ela deixa de ser
importante para nós, que passamos a identificar “novas” necessidades.
Finalmente, a letra E está correta e é o nosso gabarito.

9. (FCC – TRT-PB – ANALISTA – 2014) A afirmação: “É necessário


estar motivado pela própria vida pessoal para ser capaz de estar
motivado pela vida de trabalho.”, de Cecília W. Bergamini
(2008), indica que a motivação é
a) intrínseca ao indivíduo.
b) extrínseca ao indivíduo.
c) dependente, exclusivamente, de fatores sociais.
d) independente, totalmente, de fatores ambientais.
e) dependente, exclusivamente, do ambiente organizacional.

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Existem diversas teorias de motivação que indicam que a motivação


é intrínseca, que deve partir de “dentro”. Essa afirmação da banca está na
linha dessas teorias, como é o caso da teoria dos dois fatores de Herzberg.
O gabarito é, portanto, a letra A.

10. (FCC – TRF 3º REGIÃO – ANALISTA – 2014) As teorias de


motivação, de Abraham Maslow, Fred Herzberg e David
McClelland, são, essencialmente, teorias de
a) traços.
b) processo.
c) conteúdo.

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d) desempenho.
e) percepção.

As teorias de motivação podem mesmo ser classificadas em teorias


de conteúdo e teorias de processo. As teorias de conteúdo enfatizam o
“que” motiva um indivíduo. Já as teorias de processo focam o modo como
as pessoas são motivadas.
As três teorias citadas pela banca são teorias de conteúdo, ou seja,
são voltadas para os fatores ou aspectos que geram motivação. O gabarito
é letra C.

11. (FCC – TRT 19º REGIÃO – ANALISTA – 2014) Clayton Alderfer


propôs uma modificação na teoria de Maslow em um esforço para
simplificá-la e para responder às críticas à ausência de
verificação empírica. Essa teoria identificou três categorias de
necessidades: de existência, de relacionamento e de
a) crescimento.
b) satisfação.
c) automotivação.
d) realização.
e) superação.

Questão bem “decoreba” da FCC. Alderfer fez uma “adaptação” do


modelo de Maslow e “condensou” os níveis hierárquicos em apenas três:
de existência, de relacionamento e de crescimento. Desse modo, o gabarito
só pode mesmo ser a letra A.

12. (FCC – MPE/AP – TÉCNICO – 2012) Maslow estabeleceu sua


10096054700

teoria baseada na afirmação de que os indivíduos se comportam


no sentido de suprir as suas necessidades mais imediatas. As
necessidades que surgem no comportamento humano quando
outras estiverem satisfeitas, são aquelas relacionadas à
participação em grupos, aceitação por parte dos companheiros,
amizade, afeto, amor etc. Dá-se a estas necessidades o nome de
a) fisiológicas.
b) sociais.
c) segurança.
d) estima.
e) autorrealização.

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As necessidades que estão relacionadas com a participação em


grupos, a aceitação por parte dos companheiros, dentre outras, são as
necessidades sociais. Com isso, o gabarito é mesmo a letra B.

13. (FCC – TRF 5° REGIÃO – ANALISTA – 2012) Há quatro


características específicas que servem de base para a definição
de motivação: aquela que é definida como um fenômeno
individual; a que é descrita, geralmente como intencional; a que
tem o propósito de predizer o comportamento e aquela
a) que é multifacetada.
b) que contém controle sobre o trabalhador.
c) que influencia o trabalhador na escolha da ação.
d) na qual a razão de cada pessoa é determinada pelo gestor.
e) que é racional.

Vejam que a FCC tirou essa questão do entendimento de Mitchell


sobre as características da motivação. Relembrando, ele considera que
existem quatro características básicas da motivação: a motivação
é definida como um fenômeno individual, a motivação é descrita,
geralmente, como intencional, e motivação é multifacetada e
o propósito das teorias de motivação é predizer comportamento.
Desta maneira, a única característica que ficou faltando no enunciado
foi a de que a motivação é multifacetada. Questão bem “decoreba” da
banca, infelizmente. O gabarito foi mesmo a letra A.

14. (FCC – MPE/AP – TÉCNICO – 2012) A teoria da hierarquia das


necessidades parte do princípio de que as pessoas são motivadas
continuamente pela satisfação de suas necessidades, que
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obedecem a uma hierarquia. As necessidades que têm relação


com as possibilidades de desenvolvimento das capacidades e
talentos das pessoas são conhecidas por:
a) autorrealização.
b) estima e prestígio.
c) sociais.
d) segurança.
e) fisiológicas e de sobrevivência.

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Questão tranquila da FCC. De acordo com Maslow, a necessidade de


autorrealização é que está relacionada com o desenvolvimento pleno das
capacidades das pessoas. Portanto, o gabarito é letra A.

15. (FCC – TRF 2° REGIÃO - ANALISTA – 2012) Dentre as teorias


da motivação, aquela que, numa primeira visão, sugere que os
gerentes devem coagir, controlar e ameaçar os funcionários a
fim de motivá-los e, numa segunda visão, acredita que as
pessoas são capazes de ser responsáveis, não precisam ser
coagidas ou controladas para ter um bom desempenho, é a
teoria
a) da motivação e higiene.
b) da hierarquia das necessidades.
c) X e Y.
d) dos motivos humanos.
e) do reforço positivo e de aversão.

A teoria da motivação que vê as pessoas por duas óticas distintas e


antagônicas é a teoria X e Y de McGregor. A teoria Y tem uma visão positiva
do ser humano, enquanto a teoria X entende que estes devem ser vigiados
de perto, pois são preguiçosos e não têm iniciativa. O gabarito é mesmo
letra C.

16. (FCC – TRT 6° REGIÃO – ANALISTA ADM – 2012) O estilo


tradicional de direção (Teoria X) está apoiado numa concepção
da natureza humana que enfatiza
a) o caráter egocêntrico dos homens e a oposição entre os
objetivos pessoais e os objetivos da organização.
b) o caráter naturalmente empreendedor e ativo dos homens
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quando motivados por objetivos organizacionais ambiciosos.


c) a natureza independente, a predisposição ao autocontrole e
facilidade ao comportamento disciplinado.
d) a capacidade de imaginação e de criatividade na solução de
problemas como atributo comum à maioria dos homens.
e) a responsabilidade da administração em proporcionar
condições para que as pessoas reconheçam e desenvolvam suas
potencialidades.

Esta questão é bem tranquila para quem se lembra do que a Teoria


X significa. Um gestor que tenha uma visão alinhada com a teoria X acredita

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que as pessoas não gostam de trabalhar, que elas precisam ser ameaçadas
e forçadas a atingir os resultados, que preferem não assumir
responsabilidades, têm pouca ambição e que buscam somente segurança.
A letra A da questão está bem relacionada com essa visão negativa
dos funcionários. O próprio trecho “a oposição entre os objetivos pessoais
e os objetivos da organização” indica que os trabalhadores terão de ser
“vigiados” de perto, pois não irão fazer um bom trabalho sozinhas.
As letras B, C e D passam uma imagem positiva dos funcionários, não
é mesmo? Assim, são alinhadas com a teoria Y. Finalmente, a letra E indica
o comportamento que um gestor relacionado com a teoria Y deve ter com
seus subordinados. O gabarito é questão A.

17. (CESPE – TRE-GO – ANALISTA – 2015) Caso se busque motivar


um colaborador que tenha alta necessidade de realização nos
termos propostos pela teoria das necessidades adquiridas, deve-
se considerar que pessoas com essa característica preferem
trabalhar sozinhas.

De acordo com McClelland, a motivação é relacionada com a


satisfação de certas necessidades adquiridas dos indivíduos. Para ele, estas
necessidades seriam três65:

 Necessidade de afiliação – relativas ao desejo de ter bons


relacionamentos e amizades;
 Necessidade de poder – ligadas ao controle e a influência de
outras pessoas e em relação aos destinos da organização, e;
 Necessidade de realização – ligada aos desejos de sucesso,
de fazer bem algum trabalho, de se diferenciar dos outros.

Para o autor, os indivíduos que tenham uma alta necessidade de


realização deveriam trabalhar com tarefas em que não necessitassem do
trabalho dos outros.
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Assim, essas pessoas só dependeriam de si mesmas e poderiam


“aparecer” ou “mostrar serviço” sozinhas. Desse modo, o gabarito é
questão certa.

18. (CESPE - STJ – TÉCNICO – 2015) A escassez de recursos no


setor público tende a conferir importância ao papel do líder na
motivação do servidor.

65
(Robbins, Organizational Behavior, 2004)

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O gestor público não dispõe de muitas ferramentas e recursos


comuns no setor privado para motivar seus funcionários, como: prêmios,
bonificações, viagens etc.
Portanto, deve conhecer outros elementos motivadores para
incentivar seus colaboradores. Se não dispõe de recursos para oferecer aos
trabalhadores, deve envolve-los de outra forma, como oferecer
reconhecimento do trabalho bem feito, passar um trabalho que envolva a
possibilidade de aprendizado, dentre outros aspectos. O gabarito é questão
certa.

19. (CESPE - TCU – TÉCNICO – 2015) Os indivíduos com elevada


autoeficácia prescindem da participação em programas de
treinamento e desenvolvimento.

A Teoria do Estabelecimento de Objetivos (ou Teoria da Autoeficácia)


de Locke66 indica que a intenção de atingir um objetivo é um grande fator
motivador.
Para ele, se nós realmente acreditamos em nossa habilidade de
realizar uma tarefa, tenderemos a nos motivar e conseguir melhores
resultados. Entretanto, a teoria não diz nada em relação às pessoas com
alta autoeficácia prescindirem (ou seja, não necessitarem) de programas
de treinamento e desenvolvimento.
Naturalmente, a capacitação é importante para todos os membros de
uma organização. O gabarito é questão errada.

20. (CESPE - DEPEN – AGENTE – 2015) De acordo com a teoria


motivacional do estabelecimento de objetivos, pessoas
orientadas por gestores que adotam estilos mais participativos
de liderança e de gestão apresentam melhor desempenho
profissional, já que elas trabalham com objetivos claros,
específicos e desafiadores e recebem feedbacks gerenciais.
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A teoria do estabelecimento dos objetivos (também conhecida como


teoria da autoeficácia) diz que os indivíduos tendem a desempenhar melhor
suas funções quando têm metas desafiadores e confiam que alcançarão as
metas.
Para motivar um colaborador através desta teoria, o líder ou gestor
deveria desenvolver um estilo mais participativo com sua equipe,
estabelecendo metas e objetivos claros e desafiadores e, além disso, deve

66
(Locke, 1968) apud (Robbins, Organizational Behavior, 2004)

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fornecer continuamente um “feedback” dos seus resultados. Desta forma,


o gabarito é mesmo questão certa.

21. (CESPE - DEPEN – AGENTE – 2015) A motivação no trabalho


caracteriza-se pelo esforço despendido pelo indivíduo para
cumprir objetivos e metas previamente estipulados, ainda que
dificuldades e obstáculos afetem seu desempenho profissional
por um breve período.

De acordo com Robbins67,


“a motivação é a vontade de exercer altos níveis de
esforço para alcançar os objetivos organizacionais.”
Deste modo, a motivação envolve sim uma vontade de esforço para
alcançar algum objetivo estabelecido, mesmo que este seja difícil. O
gabarito é mesmo questão correta.

22. (CESPE - ANATEL – ANALISTA – 2014) Os construtos da teoria


da expectância de Vroom podem ser representados da seguinte
forma: um indivíduo deseja uma promoção (instrumentalidade —
grau de atração), passa a estender o seu horário de trabalho
(valência — visualização da relação entre a ação e a obtenção do
resultado), pois acredita que, assim, poderá ser promovido
(expectância — antecipação dos resultados e probabilidade
subjetiva).

Para Vroom, a motivação depende de três fatores: a valência, a


instrumentalidade e a expectativa. Pegando o caso citado pela banca,
podemos ver abaixo:
1. Um indivíduo deseja a promoção – se ele deseja a promoção,
isso significa que a proposta da empresa é interessante para
10096054700

ele. Isso é valência;


2. Passa a estender seu horário de trabalho – para alcançar seu
objetivo (ser promovido), ele deve se esforçar mais. Isso é
instrumentalidade;
3. Acredita que, assim, poderá ser promovido – a probabilidade
ou chance que ele tem de ser promovido é a sua expectativa.
Desta forma, vejam que a banca trocou o conceito de valência com o
da instrumentalidade no enunciado. Por isso, o gabarito é questão errada.

67
(Robbins & Coulter, Administração, 1998)

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23. (FCC – TRT-MT – ANALISTA – 2016) Entre as teorias


comumente mencionadas nas literaturas relativas à liderança
nas organizações, existe a Teoria Caminho − Meta ou Caminho −
Objetivo, que elenca entre os possíveis comportamentos do líder,
o
a) autoritário-coercitivo, que decide todo o processo, o que será
feito, quando será feito e como será feito.
b) diretivo, que deixa claro o que espera dos liderados,
organizando e proporcionando diretrizes claras sobre como as
tarefas deverão ser realizadas.
c) consultivo, que compartilha as decisões com os subordinados,
permitindo aos mesmos flexibilidade na realização das tarefas.
d) carismático, que motiva os subordinados em face de traços
próprios de personalidade e comportamento.
e) benevolente, que toma as decisões com base na satisfação das
necessidades dos subordinados.

A teoria do Caminho-Meta descreve quatro estilos de liderança:

Estilo Descrição

Compreensivo O líder mostra preocupação com as


(apoiador) necessidades dos empregados e seu
comportamento é aberto e amistoso,
tratando-os como iguais e criando um clima
favorável.

Diretivo O líder diz em detalhes como os empregados


devem fazer seu trabalho, definindo as
metas, normas e as recompensas
específicas. É semelhante ao estilo focado
em tarefas que já vimos anteriormente.
10096054700

Participativo Líder é aberto às idéias dos empregados e


encoraja a participação na tomada de
decisões.

Realizador O líder define metas arrojadas e busca com


os empregados atingir um alto desempenho
e o constante aprimoramento. O líder
incentiva o aprendizado contínuo e a busca
por melhorias em vez de resultados
momentâneos.

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Dessa forma, podemos ver que o gabarito só pode mesmo ser a letra
B.

24. (FCC – TRE-SE – ANALISTA – 2015) A modernização da


Administração pública no Brasil demanda mudanças em
aspectos culturais associados à gestão, inclusive em relação à
temática da liderança e suas implicações sobre o desempenho
das instituições públicas. Sobre os estilos de liderança, é correto
afirmar:
a) Centradas nas pessoas, definem claramente os padrões de
trabalho de cada colaborador.
b) Visionárias dão total liberdade e participam minimamente na
motivação e na tomada de decisão dos colaboradores.
c) Centradas nas tarefas tendem a produzir melhores resultados
em termos de eficiência e produtividade, principalmente no
médio e longo prazo.
d) Democráticas tendem a gerar desorganização e insatisfação
no grupo, levando a menor produtividade e resultados de menor
qualidade.
e) Transacionais são baseadas na autoridade,
recompensando esforços e desempenho dos colaboradores.

A letra A está incorreta, pois são as lideranças focadas nas tarefas


que definem claramente os padrões de trabalho dos funcionários. A letra B
está igualmente errada. O estilo de liderança liberal é o que dá total
liberdade na tomada de decisão aos subordinados.
A liderança visionária é aquela em que o líder escolhe uma visão
correta para a instituição e comunica essa visão a todos os membros,
conseguindo que estes “comprem” essa visão e se dediquem ao máximo
para que a mesma vire realidade. 10096054700

O erro da letra C é o de que a liderança focada nas tarefas costuma


produzir melhores resultados apenas no curto prazo. A letra D aponta os
efeitos que costumam ocorrer na liderança liberal, não na liderança
democrática.
Finalmente, a letra E está perfeita. Na liderança transacional existe
uma relação de troca entre líder e subordinado. O líder define as metas que
devem ser alcançadas e propõe os “prêmios” que serão concedidos caso os
objetivos sejam atingidos. O gabarito é mesmo a letra E.

25. (FCC – TCM-RJ – AUDITOR – 2015) Entre as diversas teorias


acerca da liderança nas organizações destaca-se a desenvolvida
por Robert Blake e Mouton, conhecida por grid (ou grade)

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gerencial. Segundo os autores, o gestor orienta sua ação para


dois aspectos fundamentais:
a) o organizacional, também denominado interpessoal, e o
intrapessoal.
b) a estrutura de iniciação e a consideração.
c) o comprometimento e o gerenciamento.
d) a ênfase na produção e a ênfase nas pessoas.
e) a maturidade no trabalho e a maturidade psicológica.

A teoria do Grid Gerencial diz que tanto a preocupação com as


pessoas e com a produção são fundamentais para se alcançar um bom
resultado68, por isso é chamada visão bidimensional do estilo de liderança.
Os autores montaram a grade gerencial baseada nas duas dimensões
comportamentais: preocupação com as pessoas e preocupação com a
produção. O conceito é o de que o líder não deveria ser totalmente focado
nas pessoas, pois provavelmente tenderia a não atingir os resultados da
empresa (oferecendo benefícios em excesso e cobrando pouco os
resultados).
Por outro lado, também não poderia ser totalmente voltado para os
resultados (ou para a produção), pois poderia alienar as pessoas e criar um
ambiente desmotivador e afastar os melhores empregados69. Deste modo,
o gabarito é mesmo a letra D.

26. (FCC – CNMP – TÉCNICO – 2015) São características dos


líderes transformacionais:
I. Negocia a troca de recompensas por esforço, promete
recompensas pelo bom desempenho, reconhece as conquistas.
II. Comunica suas altas expectativas, utiliza símbolos para focar
os esforços, expressa propósitos importantes de maneira
10096054700

simples.
III. Promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa
resolução de problemas.
IV. Intervém apenas quando os padrões não são alcançados.
Está correto o que consta APENAS em
a) III e IV.

68
(Robbins & Coulter, Administração, 1998)
69
(Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008)

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b) II e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

A liderança transacional é aquela onde existe uma relação de troca


entre líder e subordinado. Nela, o líder define as metas que devem ser
alcançadas e propõe os “prêmios” que serão concedidos caso os objetivos
sejam atingidos. O líder transacional é o líder tradicional.
Já na liderança transformacional o papel do líder é de inspirador de
seus subordinados, onde o líder busca que seus liderados transcendam seus
objetivos pessoais em benefício da organização!
A primeira frase está relacionada com a liderança transacional e está
errada. Já a segunda e a terceira frase está corretamente associadas ao
líder transformacional, que deve inspirar seus subordinados, estimulá-los
intelectualmente e se comunicar com eles de modo simples.
O líder transformacional quer que os seus seguidores sejam
questionadores e empreendedores, que busquem o novo, que sejam
criativos!
Finalmente, a quarta frase está alinhada com a descrição de um líder
transacional, que está focado em metas e recompensas imediatas. O
gabarito é, portanto, a letra B.

27. (FCC – TRT-15 – TÉCNICO – 2015) Sobre os modelos de


liderança comumente citados pela doutrina, considere:
I. A teoria do grid (grade) gerencial, é um modelo de análise
comportamental dos líderes, segundo a qual o gestor orienta a
ação para dois aspectos fundamentais: ênfase na produção e
ênfase nas pessoas. 10096054700

II. Os quatro estilos de Likert, baseados no estilo de autoridade


do líder, são: autoritário-coercitivo; autoritário-benevolente;
consultivo e participativo.
III. A teoria situacional, conhecida como caminho-meta, afirma
que os líderes são flexíveis e devem adequar o tipo de liderança
à situação, envolvendo fatores contingenciais ambientais e
fatores contingenciais do subordinado.
Está correto o que consta em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.

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d) III, apenas.
e) I, II e III.

A primeira frase aponta corretamente os elementos da teoria do grid


gerencial. Para seus autores, tanto a preocupação com as pessoas e com a
produção são fundamentais para se alcançar um bom resultado70.
A segunda frase também está certa. De acordo com Likert, os quatro
estilos de liderança são mesmo os seguintes: autoritário-coercitivo,
autoritário-benevolente, consultivo e participativo.
Finalmente, a terceira frase está perfeita. A teoria do Caminho-Meta
afirma que os líderes devem ser flexíveis e, portanto, devem moldar o tipo
de liderança à situação, envolvendo fatores contingenciais ambientais e
fatores contingenciais do subordinado.
Seus autores postulam que o líder tem a responsabilidade de
aumentar a motivação dos funcionários mostrando os comportamentos
necessários para o alcance das metas e as recompensas disponíveis no caso
de sucesso. O gabarito, portanto, é mesmo a letra E.

28. (CESPE – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2016)


Atualmente, a liderança que contribui para o desempenho eficaz
da equipe ampara-se em características ou qualidades pessoais
como carisma, propósito e realização, o que leva as pessoas a
perceberem a influência do líder em situações de maior ou menor
estabilidade.

A teoria que se ampara em características pessoais é a teoria dos


traços, que é ultrapassada. Atualmente, existem diversas teorias, como a
situacional e a contingencial, que apontam o contexto do ambiente, a
maturidade dos liderados, a posição do líder, que indicam qual o estilo de
liderança que seria o mais eficaz. O gabarito é questão incorreta.
10096054700

29. (CESPE – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2016) Segundo


as abordagens de traços e competências de liderança, a presença
de comportamentos orientados ao trabalho e ao relacionamento
interpessoal no modo de agir do líder favorece eficazmente o
alcance dos resultados de equipes e organizações.

A presença de comportamentos orientados ao trabalho (tarefa) ou ao


relacionamento não fazem parte da teoria dos traços, que baseia-se nas

70
(Robbins & Coulter, Administração, 1998)

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características pessoais do líder, ou seja, o conceito de que a liderança seria


algo que herdaríamos de nascença. O gabarito é questão errada.

30. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) Qualquer indivíduo tem


potencial para exercer a liderança e para utilizar todos os seus
estilos quando for conveniente, pois não existe um único estilo
de liderança a ser adotado permanentemente nas organizações.

Bom, a afirmação central da questão está correta: a liderança pode


ser aprendida, pode ser desenvolvida por qualquer pessoa. Não é uma
característica que “nasce” com a pessoa, como pensávamos antigamente.
Além disso, outra afirmação do enunciado está certa: não existe um
estilo único de liderança a ser adotado em todas as situações, ou seja, não
existe uma “receita de bolo” a ser seguida. O gabarito é questão correta.

31. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) As teorias de liderança


que defendiam uma abordagem situacional, flexível e
rapidamente adaptável às constantes mudanças das
organizações evoluíram para uma abordagem que descreve
traços e características pessoais necessários aos líderes eficazes
bem como ações que eles devem realizar.

A abordagem dos traços é a mais antiga do estudo da Administração.


Portanto, foi o contrário o que ocorreu: a abordagem dos traços evoluiu
para uma abordagem situacional, mais flexível. Deste modo, o gabarito é
questão errada.

32. (CESPE - MPOG – TÉCNICO – 2015) Na perspectiva da teoria


de traços, que compreende a liderança a partir das
características pessoais dos líderes, os atributos pessoais são
10096054700

inatos e capazes de exercer influência sobre as pessoas, o que


diferencia os líderes dos demais.

A abordagem dos traços realmente entende a liderança a partir de


características individuais que seriam congênitos, ou seja, que nasceriam
com a pessoa. Essa afirmação está certa.
Uma dúvida que pode aparecer em alguns de vocês é o significado de
“inato”, que representa algo semelhante a “nato”. São conceitos correlatos
e não antônimos, como pode parecer. Assim, o gabarito é mesmo questão
certa.

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33. (CESPE - MPOG – TÉCNICO – 2015) Os três estilos básicos de


liderança — autocrática, democrática e laissez faire — são
definidos com base no comportamento do líder nos grupos de
trabalho.

Perfeito. A teoria dos estilos de liderança buscou analisar a liderança


não pelas características dos líderes, mas pelo seu comportamento em
relação aos seus subordinados.
Basicamente, os estilos são os seguintes:

 Autocrático – Líder decide sozinho;


 Democrático – Líder decide em conjunto com a equipe;
 Liberal (laissez faire) – Equipe decide com participação mínima
do líder.
O gabarito é questão certa.

34. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) Na liderança autocrática,


as decisões são tomadas de forma demorada e as tarefas são
realizadas após os líderes consultarem seus subordinados.

É exatamente o contrário o que ocorre. O estilo autocrático envolve


uma centralização da tomada de decisão na figura do líder. Ora, se ele
decide tudo sem ouvir ninguém, leva menos tempo para decidir. O gabarito
é questão errada.

35. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) Na liderança democrática,


os membros da equipe reconhecem devidamente o papel do líder
no processo, a tomada de decisão tende a ser mais rápida e a
produtividade é elevada.
10096054700

No estilo de liderança democrática, a tomada de decisão é mais lenta.


Como várias pessoas participam do processo decisório, isso toma tempo.
Só por isso a questão já estaria errada, mas temos outro erro: os estudos
não comprovam que o estilo de liderança democrática sempre alcance
melhores resultados. Ou seja, existem situações onde ele não seria o
indicado. O gabarito, assim, é questão errada.

36. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) A liderança Laissez-Faire


é eficaz quando os subordinados não são dotados de capacidade
de auto-organização, gerando desempenho nas tarefas
satisfatórias.

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O estilo de liderança conhecido como “laissez faire” ou liberal só pode


funcionar se os membros da equipe são capacitados e têm capacidade de
auto-organização. Seria o contrário do que a banca afirmou no enunciado.
O gabarito é questão errada.

37. (CESPE - MPOG – TÉCNICO – 2015) São características que


evidenciam a liderança transformacional; trocas entre líderes e
liderados com vistas ao alcance das metas organizacionais;
monitoramento frequente para correção de desvios; e programas
de recompensas que permitam, por exemplo, que liderados
exerçam outras atividades no horário de trabalho.

Estas características são associadas com a liderança transacional


(aquela onde existe uma relação de troca entre líder e subordinado. Seu
nome vem exatamente desta troca, de transação) e não com a liderança
transformacional.
Na liderança transformacional, o papel do líder é de inspirador de seus
subordinados. Nela, o líder busca que seus liderados transcendam seus
objetivos pessoais em benefício da organização, não se baseando apenas
nas recompensas materiais para motivar os seus liderados. O gabarito é
questão errada.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1. (FCC – TRE-PB – ANALISTA – 2015) A palavra motivação refere-se ao


impulso que leva à ação, seja ele interno ou externo. Nesse sentido, em
um ambiente de trabalho, pode-se identificar a motivação intrínseca dos
colaboradores, bem como a motivação extrínseca, sendo esta última
gerada, na maioria dos casos, por processos de:
(A) identificação das necessidades individuais e do grupo.
(B) interação e reconhecimento.
(C) reforço e punição.
(D) avaliação e capacitação.
(E) mapeamento e neutralização de comportamentos adversos.

2. (FCC – TRE-AP – TÉCNICO – 2015) Herzberg e seus associados


desenvolveram um modelo de motivação baseado em fatores
motivacionais e de
(A) expectativa.
(B) autorrealização.
(C) manutenção.
(D) valência.

(E) reforço intermitente.

3. (FCC – TRE-AP – ANALISTA – 2015) As cinco necessidades básicas de


Maslow foram substituídas por Alderfer em sua teoria da motivação, por
três necessidades a saber: necessidades de existência, relacionamento
e 10096054700

(A) credibilidade.
(B) confiança.
(C) consciência do eu.
(D) consciência do outro.
(E) crescimento.

4. (FCC – TRE-AP – ANALISTA – 2015) Considere a seguinte afirmação


acerca da motivação no trabalho: “O homem médio não gosta do
trabalho e o evita". Tal preceito

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(A) não encontra suporte em nenhuma das teorias motivacionais, pois a


premissa de todas é de que o dispêndio de esforço no trabalho é algo
natural.
(B) é a base das chamadas teorias de processo, que buscam explicar
como os processos cognitivos se sobrepõem ao comportamento
instintivo do ser humano.
(C) é uma das pressuposições da Teoria X de MacGregor, que, ao
contrário da Teoria Y, traduz a concepção negativa da natureza humana.
(D) está presente na Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas,
de Maslow, que preconiza que o único fator motivacional autêntico é a
satisfação das necessidades básicas (fisiológicas e de segurança).
(E) foi consolidada com o advento da Teoria ERC, de Clayton Alderfer,
de acordo com a qual a motivação é movida majoritariamente pelo medo
e, apenas em pequena escala, pela busca de realização.

5. (FCC – DPE-RR – ADMINISTRADOR – 2015) Considere que determinada


organização pretenda incrementar os fatores motivacionais de sua
equipe, utilizando, como base, a Teoria Bifatorial desenvolvida por
Herzberg. Nesse contexto, a elevação do salário dos seus colaboradores
constituiria um fator
(A) extrínseco, gerador de satisfação pelo reconhecimento da
importância relativa do trabalho.
(B) de motivação, associado a sentimentos positivos relacionados ao
cargo.
(C) intrínseco, ligado à autorrealização e crescimento profissional.
(D) de higiene, que previne a insatisfação, mas não é considerado um
fator de motivação.
(E) endógeno, associado à satisfação de necessidades sociais.

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6. (FCC – TRE-SE – ANALISTA – 2015) Para criar satisfação e motivação,


uma organização pode atribuir ao indivíduo trabalhos estimulantes,
responsabilidades e possibilidades de ascensão na carreira. Tais ações
são capazes de motivar e orientar o comportamento positivo dos
funcionários no trabalho por atender
(A) às necessidades humanas de igualdade, relacionadas às
recompensas justas pelos esforços desempenhados.
(B) aos fatores motivacionais extrínsecos, relativos ao ambiente e
condições de trabalho.
(C) às necessidades humanas sociais, relativas à vida associativa do
funcionário.

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(D) aos fatores motivacionais intrínsecos, relacionados ao conteúdo


próprio do cargo.
(E) às necessidades humanas de existência, relacionadas à segurança e
à estabilidade profissional.

7. (FCC – CNMP – ANALISTA – 2015) Segundo a Teoria de Herzberg, é


considerado Fator Motivacional:
(A) Melhorar os móveis e a decoração do ambiente de trabalho.
(B) Conceder anualmente um aumento salarial para os empregados com
melhor desempenho.
(C) Desenvolver uma nova política de gestão na empresa.
(D) Fornecer mais responsabilidade e maior autonomia para as pessoas
no trabalho.
(E) Aumentar a periodicidade de confraternizações na empresa.

8. (FCC – CNMP – ANALISTA – 2015) O uso das teorias sobre Motivação é


visto como saída para melhorar o desempenho e a satisfação dos
trabalhadores. Tendo em vista essa temática, é correto:
(A) A teoria de 2 Fatores diferencia-se das demais por reconhecer a
capacidade de planejamento do ser humano e é aplicável na gestão
compartilhada de carreiras.
(B) O tema central da Teoria da Expectativa é definido pela razão entre
o esforço e a recompensa que o indivíduo percebe na situação
profissional.
(C) A Teoria da Equidade, que envolve o trinômio valência- expectativa-
força, é considerada uma teoria de processo, e não simplesmente de
conteúdo, pois identifica relações entre variáveis dinâmicas que
explicam o comportamento humano das pessoas no trabalho.
(D) A Hierarquia de Maslow afirma que todos os níveis de necessidades
10096054700

humanas atuam simultaneamente, o que faz com que a falta de


satisfação de uma necessidade aumente a importância das necessidades
de níveis mais baixos.
(E) Uma aplicação frequente da teoria de Edwin Locke pode ser
encontrada no modelo de Administração por Objetivos, pois possui
implicações fortes em avaliações de desempenho e aferições de
produtividade.

9. (FCC – TRT-PB – ANALISTA – 2014) A afirmação: “É necessário estar


motivado pela própria vida pessoal para ser capaz de estar motivado
pela vida de trabalho.”, de Cecília W. Bergamini (2008), indica que a
motivação é

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a) intrínseca ao indivíduo.
b) extrínseca ao indivíduo.
c) dependente, exclusivamente, de fatores sociais.
d) independente, totalmente, de fatores ambientais.
e) dependente, exclusivamente, do ambiente organizacional.

10. (FCC – TRF 3º REGIÃO – ANALISTA – 2014) As teorias de motivação,


de Abraham Maslow, Fred Herzberg e David McClelland, são,
essencialmente, teorias de
a) traços.
b) processo.
c) conteúdo.
d) desempenho.
e) percepção.

11. (FCC – TRT 19º REGIÃO – ANALISTA – 2014) Clayton Alderfer propôs
uma modificação na teoria de Maslow em um esforço para simplificá-la
e para responder às críticas à ausência de verificação empírica. Essa
teoria identificou três categorias de necessidades: de existência, de
relacionamento e de
a) crescimento.
b) satisfação.
c) automotivação.
d) realização.
e) superação.

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12. (FCC – MPE/AP – TÉCNICO – 2012) Maslow estabeleceu sua teoria


baseada na afirmação de que os indivíduos se comportam no sentido de
suprir as suas necessidades mais imediatas. As necessidades que
surgem no comportamento humano quando outras estiverem
satisfeitas, são aquelas relacionadas à participação em grupos,
aceitação por parte dos companheiros, amizade, afeto, amor etc. Dá-se
a estas necessidades o nome de
a) fisiológicas.
b) sociais.
c) segurança.
d) estima.

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e) autorrealização.

13. (FCC – TRF 5° REGIÃO – ANALISTA – 2012) Há quatro características


específicas que servem de base para a definição de motivação: aquela
que é definida como um fenômeno individual; a que é descrita,
geralmente como intencional; a que tem o propósito de predizer o
comportamento e aquela
a) que é multifacetada.
b) que contém controle sobre o trabalhador.
c) que influencia o trabalhador na escolha da ação.
d) na qual a razão de cada pessoa é determinada pelo gestor.
e) que é racional.

14. (FCC – MPE/AP – TÉCNICO – 2012) A teoria da hierarquia das


necessidades parte do princípio de que as pessoas são motivadas
continuamente pela satisfação de suas necessidades, que obedecem a
uma hierarquia. As necessidades que têm relação com as possibilidades
de desenvolvimento das capacidades e talentos das pessoas são
conhecidas por:
a) autorrealização.
b) estima e prestígio.
c) sociais.
d) segurança.
e) fisiológicas e de sobrevivência.

15. (FCC – TRF 2° REGIÃO - ANALISTA – 2012) Dentre as teorias da


motivação, aquela que, numa primeira visão, sugere que os gerentes
devem coagir, controlar e ameaçar os funcionários a fim de motivá-los
10096054700

e, numa segunda visão, acredita que as pessoas são capazes de ser


responsáveis, não precisam ser coagidas ou controladas para ter um
bom desempenho, é a teoria
a) da motivação e higiene.
b) da hierarquia das necessidades.
c) X e Y.
d) dos motivos humanos.
e) do reforço positivo e de aversão.

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16. (FCC – TRT 6° REGIÃO – ANALISTA ADM – 2012) O estilo tradicional


de direção (Teoria X) está apoiado numa concepção da natureza humana
que enfatiza
a) o caráter egocêntrico dos homens e a oposição entre os objetivos
pessoais e os objetivos da organização.
b) o caráter naturalmente empreendedor e ativo dos homens quando
motivados por objetivos organizacionais ambiciosos.
c) a natureza independente, a predisposição ao autocontrole e facilidade
ao comportamento disciplinado.
d) a capacidade de imaginação e de criatividade na solução de
problemas como atributo comum à maioria dos homens.
e) a responsabilidade da administração em proporcionar condições para
que as pessoas reconheçam e desenvolvam suas potencialidades.

17. (CESPE – TRE-GO – ANALISTA – 2015) Caso se busque motivar um


colaborador que tenha alta necessidade de realização nos termos
propostos pela teoria das necessidades adquiridas, deve-se considerar
que pessoas com essa característica preferem trabalhar sozinhas.

18. (CESPE - STJ – TÉCNICO – 2015) A escassez de recursos no setor


público tende a conferir importância ao papel do líder na motivação do
servidor.

19. (CESPE - TCU – TÉCNICO – 2015) Os indivíduos com elevada


autoeficácia prescindem da participação em programas de treinamento
e desenvolvimento.

20. (CESPE - DEPEN – AGENTE – 2015) De acordo com a teoria


motivacional do estabelecimento de objetivos, pessoas orientadas por
10096054700

gestores que adotam estilos mais participativos de liderança e de gestão


apresentam melhor desempenho profissional, já que elas trabalham com
objetivos claros, específicos e desafiadores e recebem feedbacks
gerenciais.

21. (CESPE - DEPEN – AGENTE – 2015) A motivação no trabalho


caracteriza-se pelo esforço despendido pelo indivíduo para cumprir
objetivos e metas previamente estipulados, ainda que dificuldades e
obstáculos afetem seu desempenho profissional por um breve período.

22. (CESPE - ANATEL – ANALISTA – 2014) Os construtos da teoria da


expectância de Vroom podem ser representados da seguinte forma: um

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indivíduo deseja uma promoção (instrumentalidade — grau de atração),


passa a estender o seu horário de trabalho (valência — visualização da
relação entre a ação e a obtenção do resultado), pois acredita que,
assim, poderá ser promovido (expectância — antecipação dos resultados
e probabilidade subjetiva).

23. (FCC – TRT-MT – ANALISTA – 2016) Entre as teorias comumente


mencionadas nas literaturas relativas à liderança nas organizações,
existe a Teoria Caminho − Meta ou Caminho − Objetivo, que elenca
entre os possíveis comportamentos do líder, o
a) autoritário-coercitivo, que decide todo o processo, o que será feito,
quando será feito e como será feito.
b) diretivo, que deixa claro o que espera dos liderados, organizando e
proporcionando diretrizes claras sobre como as tarefas deverão ser
realizadas.
c) consultivo, que compartilha as decisões com os subordinados,
permitindo aos mesmos flexibilidade na realização das tarefas.
d) carismático, que motiva os subordinados em face de traços próprios
de personalidade e comportamento.
e) benevolente, que toma as decisões com base na satisfação das
necessidades dos subordinados.

24. (FCC – TRE-SE – ANALISTA – 2015) A modernização da


Administração pública no Brasil demanda mudanças em aspectos
culturais associados à gestão, inclusive em relação à temática da
liderança e suas implicações sobre o desempenho das instituições
públicas. Sobre os estilos de liderança, é correto afirmar:
a) Centradas nas pessoas, definem claramente os padrões de trabalho
de cada colaborador.
b) Visionárias dão total liberdade e participam minimamente na
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motivação e na tomada de decisão dos colaboradores.


c) Centradas nas tarefas tendem a produzir melhores resultados em
termos de eficiência e produtividade, principalmente no médio e longo
prazo.
d) Democráticas tendem a gerar desorganização e insatisfação no
grupo, levando a menor produtividade e resultados de menor qualidade.
e) Transacionais são baseadas na autoridade, recompensando esforços
e desempenho dos colaboradores.

25. (FCC – TCM-RJ – AUDITOR – 2015) Entre as diversas teorias acerca


da liderança nas organizações destaca-se a desenvolvida por Robert

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Blake e Mouton, conhecida por grid (ou grade) gerencial. Segundo os


autores, o gestor orienta sua ação para dois aspectos fundamentais:
a) o organizacional, também denominado interpessoal, e o intrapessoal.
b) a estrutura de iniciação e a consideração.
c) o comprometimento e o gerenciamento.
d) a ênfase na produção e a ênfase nas pessoas.
e) a maturidade no trabalho e a maturidade psicológica.

26. (FCC – CNMP – TÉCNICO – 2015) São características dos líderes


transformacionais:
I. Negocia a troca de recompensas por esforço, promete recompensas
pelo bom desempenho, reconhece as conquistas.
II. Comunica suas altas expectativas, utiliza símbolos para focar os
esforços, expressa propósitos importantes de maneira simples.
III. Promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa resolução de
problemas.
IV. Intervém apenas quando os padrões não são alcançados.
Está correto o que consta APENAS em
a) III e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

27. (FCC – TRT-15 – TÉCNICO – 2015) Sobre os modelos de liderança


comumente citados pela doutrina, considere:
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I. A teoria do grid (grade) gerencial, é um modelo de análise


comportamental dos líderes, segundo a qual o gestor orienta a ação para
dois aspectos fundamentais: ênfase na produção e ênfase nas pessoas.
II. Os quatro estilos de Likert, baseados no estilo de autoridade do líder,
são: autoritário-coercitivo; autoritário-benevolente; consultivo e
participativo.
III. A teoria situacional, conhecida como caminho-meta, afirma que os
líderes são flexíveis e devem adequar o tipo de liderança à situação,
envolvendo fatores contingenciais ambientais e fatores contingenciais
do subordinado.
Está correto o que consta em
a) I e II, apenas.

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b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.

28. (CESPE – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2016) Atualmente, a


liderança que contribui para o desempenho eficaz da equipe ampara-se
em características ou qualidades pessoais como carisma, propósito e
realização, o que leva as pessoas a perceberem a influência do líder em
situações de maior ou menor estabilidade.

29. (CESPE – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2016) Segundo as


abordagens de traços e competências de liderança, a presença de
comportamentos orientados ao trabalho e ao relacionamento
interpessoal no modo de agir do líder favorece eficazmente o alcance
dos resultados de equipes e organizações.

30. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) Qualquer indivíduo tem


potencial para exercer a liderança e para utilizar todos os seus estilos
quando for conveniente, pois não existe um único estilo de liderança a
ser adotado permanentemente nas organizações.

31. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) As teorias de liderança que


defendiam uma abordagem situacional, flexível e rapidamente adaptável
às constantes mudanças das organizações evoluíram para uma
abordagem que descreve traços e características pessoais necessários
aos líderes eficazes bem como ações que eles devem realizar.

32. (CESPE - MPOG – TÉCNICO – 2015) Na perspectiva da teoria de


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traços, que compreende a liderança a partir das características pessoais


dos líderes, os atributos pessoais são inatos e capazes de exercer
influência sobre as pessoas, o que diferencia os líderes dos demais.

33. (CESPE - MPOG – TÉCNICO – 2015) Os três estilos básicos de


liderança — autocrática, democrática e laissez faire — são definidos com
base no comportamento do líder nos grupos de trabalho.

34. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) Na liderança autocrática, as


decisões são tomadas de forma demorada e as tarefas são realizadas
após os líderes consultarem seus subordinados.

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35. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) Na liderança democrática, os


membros da equipe reconhecem devidamente o papel do líder no
processo, a tomada de decisão tende a ser mais rápida e a produtividade
é elevada.

36. (CESPE - FUB – PSICÓLOGO – 2015) A liderança Laissez-Faire é


eficaz quando os subordinados não são dotados de capacidade de auto-
organização, gerando desempenho nas tarefas satisfatórias.

37. (CESPE - MPOG – TÉCNICO – 2015) São características que


evidenciam a liderança transformacional; trocas entre líderes e liderados
com vistas ao alcance das metas organizacionais; monitoramento
frequente para correção de desvios; e programas de recompensas que
permitam, por exemplo, que liderados exerçam outras atividades no
horário de trabalho.

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Gabarito

1. C 14. A 27. E
2. C 15. C 28. E
3. E 16. A 29. E
4. C 17. C 30. C
5. D 18. C 31. E
6. D 19. E 32. C
7. D 20. C 33. C
8. E 21. C 34. E
9. A 22. E 35. E
10. C 23. B 36. E
11. A 24. E 37. E
12. B 25. D
13. A 26. B

Bibliografia
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