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Á HOJRSE
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k ANNO o I # 3 4 / 5 1 M A IO 1981
Liahona
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REGISTRO: Está assentado no cadastro da DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSÕES PÜBLICAS, do D .P.F ., sob o n? 1151 E 209/73 de
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A LIAHONA — © 1977 pela-Corporação da Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Todos os direitos reserva
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93 do Livro B. n? 1, de M atrículas e Oficinas Impressoras de Jornais e Periódicos, conforme o Decreto n? 4857 de 9-1 f 1930. «International
Magazine» ê publicado, sob outros títulos, tam bém em alemão, chinês, coreano, dinam arquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, in
glês, italiano, japonês, norueguês, sam oano, sueco e tonganês. Composta c impressa por Bandeirante S. A. Gráfica Editora, Rua Joaquim
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blicar somente os artigos solicitados pela redação. Não obstante, serão bem-vindas as colaborações para apreciação da redação e da equipe
internacional do «International Magazine». Colaborações espontâneas e m atérias dos correspondentes estarão sujeitas a adaptações edito
riais. Redação e Administração, Av. Prof. Francisco M orato, 2.430.
Mensagem da Prim eira Presidência
A
Voz do
Espírito
Presidente M arion G. Rom ney
Segundo conselheiro
na Primeira Presidência
gradantes e até mesmo ilegais, e que o tempo e eternidade depende dessas
sempre hão de destruir a alma, estão decisões.
sendo advogadas e toleradas como E obvio e evidente que Deus, nos
aceitáveis por nossa sociedade deca so Pai Celeste, e seu Amado Filho Je
dente. sus Cristo, nosso Redentor, não nos
Não devemos — e nem precisa colocariam nessa posição em que
mos — deixar-nos iludir nem cor tanto depende de nossas escolhas,
romper por esses ensinamentos e sem nos dar o meio para distinguir
práticas malignos. E se nos lem brar entre o bem e o mal. Este meio é a
mos sempre de quem somos e usar voz do Espírito, e todos seremos res
mos os meios providos pelo Senhor ponsabilizados pela maneira como a
para discernir e evitá-los não sere atendemos.
mos afetados por eles. O Senhor nos instruiu a esse res
Jamais nos esqueçamos de que so peito como segue:
mos almas — espíritos imortais re “E agora vos dou o mandamento
vestidos de um corpo mortal de car de que vos acauteleis de vós mesmos,
ne e ossos; que atendais diligentemente às pala
Nosso espírito foi gerado por pais vras de vida eterna.
celestes, imortais; “Pois vivereis de toda a palavra
O principal propósito de nossa que sai da boca de Deus.
passagem pela m ortalidade aqui na “Pois a palavra do Senhor é a ver
terra é sermos provados para ver se dade, e tudo o que é verdade, é luz,
cumprimos a vontade do Senhor. e tudo o que é luz, é espírito, mesmo
(Ver Abraão 3:25.) o Espírito de Jesus Cristo.
Estamos sujeitos a influências “E o Espírito dá luz a todo homem
opostas — a influência de Satanás e que vem ao mundo; e o Espírito alu-
seus asseclas de um lado e a influên mia a todo homem no mundo que
cia de Cristo e seus seguidores, do atende a sua voz.
outro; “E todo aquele que atende à voz
Mesmo sujeitos a essas duas in do Espírito vem a Deus, sim, o Pai.
fluências, temos liberdade de “esco “E o Pai ensina-o quanto aos co-
lher a liberdade e a vida eterna, por vênios que ele renovou e confirmou
meio da grande mediação de todos sobre vós, o qual é confirmado sobre
os homens, ou... (de) escolher o cati vós para vosso bem, e não somente
veiro e a morte, de acordo com o ca para vosso bem, mas para o do m un
tiveiro e o poder do dem ônio...” (II do inteiro.
Néfi 2:27.) “E o mundo todo se acha em pe
É muito importante lembrarmo- cado, e geme sob trevas e sob a es
nos de que, ao optar entre o bem e o cravidão do pecado.
mal, estamos tomando as decisões “E por isto podereis saber que es
mais importantes de nossa vida. tão sob a escravidão do pecado, por
Nossa felicidade ou miséria durante que eles não vêm a mim.
2 A LIAHONA
“Pois quem não vem a mim, está ninguém a fazer o bem, nem a um só
sob a escravidão do pecado. que seja; tampouco o fazem seus an
“E quem não recebe a minha voz, jos, ou os que a ele estiverem sujei
não a conhece e não é meu. tos.
“E por isto podereis discernir os “E agora, meus irmãos, vendo que
justos dos iníquos, e saber que mes conheceis a luz pela qual podeis jul
mo agora o mundo todo geme sob o gar, essa luz que é a de Cristo, tende
pecado e trevas.” (D&C 84:43:53; cuidado para que não julgueis erra
grifo nosso.) damente; pois da mesma forma que
Mórmon nos explica especifica julgardes, assim sereis julgados.
mente como distinguir entre o bem e “Portanto, suplico-vos, irmãos,
o mal: que busqueis diligentemente, na luz
“Portanto, tende cuidado, meus de Cristo, a fim de que possais dife
amados irmãos, a fim de que não rençar o bom do mau; e se vos ape-
julgueis ser de Deus o que é mau, ou gardes a tudo o que for bom e não o
que seja do demônio aquilo que é condenardes, certamente sereis fi
bom e de Deus. lhos de Cristo.” (Moroni 7:14-19;
grifo nosso.)
“Pois, meus irmãos, dado vos foi A luz destes e outros ensinamentos
julgar, a fim de que possais distin das escrituras, antigas e modernas,
guir o que é bom do que é mau; e a toda alma honesta que se familiari
maneira de julgar, para que tenhais zar com os ensinos de Jesus e seus
um conhecimento perfeito, é tão cla profetas, saberá que as citadas práti
ra como a luz do dia comparada cas corruptas são repreensíveis e
com as trevas da noite. abomináveis aos olhos de Deus, as
“Porque eis que o Espírito de sim como todas as coisas discordan
Cristo é concedido a todos os ho tes dos Dez Mandamentos, Sermão
mens, para que eles possam conhe da M ontanha e revelações m oder
cer o que é bom e o que é mau; por nas.
tanto, eu vos estou ensinando o m o A segurança está em conhecer e
do de julgar; porque tudo o que inci seguir os ensinamentos de Jesus e
ta à prática do bem e persuade a seus profetas, e em discernir e aten
crer em Cristo é enviado pelo poder der estritamente à orientação do Es
e dom de Cristo; por conseguinte, pírito de Cristo que “dá luz a todo o
podeis perfeitamente saber que é de homem que vem ao mundo; e
Deus. (que)... alumia a todo o homem no
“Mas tudo quanto persuade o ho mundo que atende à sua voz.
mem ao mal e a não crer em Cristo, “(Pois)... todo aquele que atende
negando-o e não servindo a Deus, à voz do Espírito (evita qualquer
podeis considerar com certeza que é prática antinatural, ímpia e impura,
do demônio; pois é desta forma que e) vem a Deus, sim, o Pai.” (D&C
obra o demônio, não persuadindo 84:46-47.)
MAIO DE 1981 3
Como Obter
Revelação Pessoal
Élder Bruce R . M cConkie
do Q uorum dos Doze
4 A LIAH O N A
opera pelo princípio da revelação. velação, poderá saber exatamente
Bem, quanto a isto não há dúvi tudo o que o Presidente Kimball sa
da: a organização a que pertence be, pode falar com anjos exatamente
mos é literalmente o reino do Se como Joseph Smith falou, e pode es
nhor, destinado a preparar e quali tar em sintonia com todas as coisas
ficar-nos para entrar no reino celes espirituais.
tial, e esta Igreja é guiada por reve Diz o Profeta Joseph Smith:
lação. Tenho participado com os “A leitura das experiências alheias
apóstolos de diversas reuniões em ou as revelações dadas a outras pes
que o profeta de Deus na terra de soas, jamais poderão dar-nos um en
clarou humildemente e com fervoro tendimento de nosso estado e de nos
so testemunho que o véu é tênue, sa verdadeira relação com Deus. O
que o Senhor guia e dirige os negó conhecimento dessas coisas se pode
cios da Igreja, que ela é a igreja dele obter tão somente pela experiência,
e ele está manifestando sua vontade. mediante as ordenanças que Deus
Existe inspiração à testa da Igreja estabeleceu para esse propósito. Se,
e ela está cumprindo seu propósito, por cinco minutos, pudésseis con
progredindo de acordo com a vonta templar o que há nos céus, aprende-
de do Senhor, para que, tão rapida ríeis mais do que se lesseis tudo o que
mente quanto nossas forças o perm i já se escreveu sobre o assunto.” (En
tirem, sua mensagem chegue aos sinamentos do Profeta Joseph Smith,
seus outros filhos espalhados pelo p. 316.)
mundo, e para que nós, como mem Penso ser de nosso interesse obter
bros do reino, possamos purificar e revelação pessoal, conhecer pessoal
aperfeiçoar nossa vida, tornando- mente o pensamento e a vontade do
nos merecedores das mais altas bên Senhor no que concerne a nossa pró
çãos aqui e no além. pria pessoa, e receber confirmação
Todavia, a revelação não está res do que pensa e deseja para sua igre
trita ao profeta de Deus na terra. As ja-
visões da eternidade não estão reser Existem dois tipos de conhecimen
vadas às Autoridades Gerais. A reve to - intelectual e espiritual. Durante
lação é algo a ser recebido indivi os tempos escolares buscamos pri
dualmente. Deus não faz acepção de mordialmente o conhecimento inte
pessoas (V. D&C 1:35); toda alma é lectual, o qual é provavelmente ad
tão preciosa aos olhos dele como a quirido pelo raciocínio e através dos
alma daqueles chamados para car sentidos. E um conhecimento extre
gos de liderança. Como ele opera mamente importante e vital — in
baseado em princípios eternos, na lei centivamos todos os que desejam
universal, toda pessoa que obedecer progredir na vida a aprim orar seu
à lei que lhe dá direito a receber re intelecto.
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Entretanto, sugiro que devemos retidão e fidelidade pessoal. (V. 2
dedicar uma porção maior de nosso Cor. 5:17; D&C 33:15.)
tempo à busca do conhecimento es Agora afirmo que temos direito à
piritual. Com referência às realida revelação. Todo membro da Igreja
des espirituais, não se trata de ad tem direito a receber revelação do
quirir alguma coisa unicamente pela Espírito Santo; tem direito a visitas
razão ou através dos sentidos, mas de anjos; tem direito a visões da eter
sim de revelação — de aprender co nidade; e tem direito a ver Deus exa
mo obter conhecimento das coisas de tamente como qualquer profeta de
Deus, sintonizando nosso espírito co fato o viu.
mo o Espírito eterno de Deus. É as Pensamos em termos de profetas
sim que a revelação chega ao indiví predizendo o destino futuro, da Igre
duo. ja e do mundo. O fato, porém, é que
Não me preocupa muito quando toda pessoa deveria ser profeta para
alguém avalia um problema doutri si própria e para os seus negócios.
nário ou da Igreja, seja qual for, se o É Moisés quem diz: “Oxalá que
fizer unicamente do ponto de vista todo o povo do Senhor fosse profeta,
intelectual. Qualquer coisa espiri que o Senhor lhe desse o seu
tual está em total e completo acordo espírito!” (Núm. 11:29.)
com as realidades intelectuais a que E diz Paulo: “... procurai com ze
chegamos pela razão. Porém, com lo profetizar...” (I Cor. 14:39.)
parando o mérito relativo das duas, Eles recomendam que, como indi
as mais importantes são as coisas es víduos, busquemos de todo o cora
pirituais e não as intelectuais. As ção e com todas as nossas forças o
coisas de Deus conhecem-se apenas dom de profecia para os nossos as
pelo Espírito de Deus. suntos pessoais.
É bem verdade que se pode arra- Gostaria de ler uns poucos trechos
zoar sobre questões doutrinárias, das revelações do Profeta Joseph
mas é impossível instilar religião na Smith que dão a fórmula para se vir
própria vida até sentir-se algo na al a conhecer as coisas de Deus pelo po
ma, até haver uma m udança no co der do Espírito. Diz o Senhor: “... eu
ração, até tornar-se uma nova cria falarei à tua mente e ao teu coração
tura, uma criatura do Espírito San pelo Espírito Santo que virá sobre ti
to. Graças a Deus, todo membro da e habitará em teu coração.
Igreja tem oportunidade de assim “Agora, eis que este é o espírito de
fazer, porque, em virtude do batis revelação.” (D&C 8:2-3.)
mo, pode obter “o dom do Espírito Esta revelação fala de Espírito fa
Santo”, que significa que tem direito lando a espírito — do Espírito Santo
à companhia constante deste m em falando ao meu espírito, mas de m a
bro da Deidade, dependendo de sua neira incompreensível à mente. T o
6 A LIAH O N A
T
odo membro da Igreja poderá ter visões, falar
com anjos, contemplar a face do Senhor e
receber todo conhecimento e sabedoria que têm
sido derramados sobre as pessoas fiéis de todos os
tempos.
davia, é simples e claro para o enten narei, e pelo meu poder eu lhes farei
dimento espiritual — transmitindo conhecer os segredos da minha von
conhecimento, dando inteligência, tade - sim, mesmo as coisas que o
verdade e certeza das coisas de Deus. olho não viu, nem ouvidos ouviram,
E isto se aplica a qualquer pessoa. nem ainda entraram no coração do
“Pelo seu Santo Espírito, sim, pelo hom em.” (D&C 76:5, 7, 10.)
inexprimível dom do Espírito Santo, Pois bem, eu afirmo que podemos
Deus vos dará conhecimento que falar com anjos, ter sonhos e visões,
não foi revelado desde a fundação contemplar a face do Senhor. Aqui
do mundo até agora; está uma promessa neste sentido:
“O qual os nossos antepassados “Em verdade, assim diz o Senhor:
com expectativa ansiosa esperaram Acontecerá que toda a alma que re
fosse revelado nos últimos tem pos...” nunciar aos seus pecados e vier a
(D&C 121:26-27.) mim, e clamar ao meu nome, e
Eis uma passagem gloriosa, dirigi guardar os meus mandamentos, verá
da a toda alma vivente na Igreja. minha face e saberá que eu sou.”
Em outras palavras, uma promessa (D&C 93:1.)
de revelação pessoal. O Profeta afirmou que o véu po
“Pois assim diz o Senhor — Eu, o deria abrir-se hoje ou outro dia
Senhor, sou misericordioso e afável qualquer, desde que nos reunísse
para com aqueles que me temem, e mos como élderes do reino em fé e
me deleito em honrar aqueles que em retidão, estando qualificados pa
me servem em retidão e verdade até ra as visões da eternidade. Eis a de
o fim. claração de Joseph Smith: “A salva
“E a eles (a cada um no reino de ção não pode vir sem revelação (e
Deus) revelarei todos os mistérios, não me refiro à revelação que trou
sim, todos os mistérios ocultos do xe a dispensação em que vivemos —-
meu reino desde os dias antigos, e falo da revelação pessoal ao in
por muitos séculos tornar-lhes-ei co divíduo); e de nada adianta uma pes
nhecida a boa vontade do meu dese soa exercer seu ministério sem ela.
jo concernente a todas as coisas rela Homem algum pode ser ministro de
tivas ao meu reino. Jesus Cristo sem ser profeta. Nin
“Pois pelo meu Espírito os ilumi guém pode ser ministro de Cristo, se
MAIO DE 1981 7
não tem o testemunho de Jesus; e o mente, ser despertados por uma cor
testemunho de Jesus é o espírito de rente de idéias, de modo que,
profecia. Quando administramos a notando-o, vereis que se cumprem
salvação, o fazemos pelo testemu no mesmo dia ou pouco depois; (isto
nho. Os homens desta época testifi é) as coisas que o Espírito de Deus re
cam do céu e do inferno, e jamais vi velou à vossa mente; e assim, por co
ram um ou outro; e eu direi que nin nhecer e aceitar o Espírito de Deus,
guém sabe dessas coisas sem o espíri podereis crescer no princípio da re
to de revelação.” (Ensinamentos, p. velação até que chegueis a ser perfei
155.) tos em Cristo Jesus.” (Ensinamentos,
Nós temos direito à revelação. A pp. 146-47.)
revelação pessoal é básica para nossa As escrituras fazem muitas refe
salvação, e as escrituras contêm m ui rências à revelação, assim como os
tas ilustrações disso. Eis o que Néfi profetas falaram muito a respeito.
registrou: Para nós, significa que precisamos
“Se não endurecerdes vossos cora de experiência religiosa, de um re
ções e se pedirdes com fé, acreditan lacionamento pessoal com Deus.
do que sereis atendidos e guardando Precisamos fazer o que dizia o Profe
diligentemente os meus m andam en ta Joseph Smith: “Contemplar inten
tos, certamente estas coisas vos serão samente os céus por cinco minutos.”
dadas a conhecer.” (I Néfi 15:11.) Religião é introduzir o Espirito
O Livro de Mórmon fala de mis Santo na vida de uma pessoa. Nós
sionários de muito sucesso, os filhos precisamos estudar, é lógico, e ava
de Mosiah: liar. E em virtude désse estudo, con
"... eram homens de inteligência seguimos certo estado de espírito que
sã e haviam examinado diligente nos permite buscar as coisas do Espí
mente as escrituras para poder co rito, e acabamos tendo a alma toca
nhecer a palavra de Deus. da pelo Espírito de Deus.
“E não só isso; tinham-se entrega Gostariam de uma fórmula para
do a muitas orações e jejuns; por is obter revelação pessoal? Ela pode ser
so, tinham o espírito de profecia e de explicada de várias maneiras. A m i
revelação, e quando ensinavam, nha é simples:
faziam-no com o poder e autoridade
de Deus.” (Alma 17:2-3.) 1. Examinar as escrituras.
Quero citar mais uma passagem, 2. Guardar os mandamentos.
desta vez do Profeta Joseph Smith: 3. Pedir com fé.
“Uma pessoa poderá beneficiar- Qualquer pessoa que o fizer, aca
se, se percebe o primeiro embate do bará com o coração tão sintonizado
espírito de revelação. Por exemplo, com o Senhor, que a “voz mansa e
quando sentis que a inteligência pu delicada” lhe revelará os princípios
ra flui para vós, podereis repentina eternos da religião. E à medida que
A LIAHONA
progride e se achega mais a Deus, mos revelações. Eu recebi a revela
chegará o dia em que falará com an ção de que esta obra é verdadeira, e
jos, terá visões e finalmente contem assim o sei. Atesto, independente
plará a face de Deus. mente de qualquer estudo e pesqui
Religião é uma coisa espiritual. sa; sei, porque o Santo Espírito falou
Lancem mão de toda a sua intelec ao meu espírito e deu-me o testemu
tualidade para ajudá-los; porém, em nho. Por isso, posso ocupar a posição
última análise, terão de estar em sin de administrador legal e dizer em
tonia com o Senhor. verdade que Jesus Cristo é o Filho de
A primeira grande revelação que Deus, que Joseph Smith é seu profe
a pessoa precisa conseguir é saber da ta, que Spencer W. Kimball é o pro
divindade da Igreja. Nós a cham a feta atual, que A Igreja de Jesus
mos testemunho. Quando a pessoa Cristo dos Santos dos Últimos Dias é
consegue um testemunho, ela com a única igreja verdadeira e viva na
isso aprendeu a como colocar-se em face de toda a terra.
sintonia com o Espírito e obter reve E mais ainda, em conexão com o
lação. Colocando-se em sintonia, ela assunto de que estamos tratando,
pode obter conhecimento para posso testificar que toda alma viven-
orientá-la em seus negócios particu te que obedecer às leis de Deus, exa
lares. Depois, desfrutando esse dom minar as escrituras, guardar os m an
e nele progredindo, conseguirá todas damentos e pedir com fé, pode rece
as revelações da eternidade que o ber revelação pessoal do Todo-
profeta e todos os outros profetas re poderoso para a grande glória e sa
ceberam em todas as épocas. tisfação de sua alma aqui e salvação
Até certo ponto, todos nós recebe final nas moradas do alto.
O TRABALHO
Aquele que faz sua tarefa dia após dia,
Enfrentando tudo o que lhe aparece no caminho
Encontra em sua estrada alegria
E tem em Deus um amigo.
Aquele que se conserva vigilante,
zelando pelas coisas de Deus,
torna-se de pequeno, grande
e eleva-se da terra aos céus.
Aquele que trabalha com todas as suas forças
Tendo para com Deus lealdade,
verá realizadas as suas esperanças,
e não morrerá em dívida com a humanidade.
MAIO DE 1981
A n ô n im o 9
Esperei Quarenta
Anos pelo Batismo
Bessie Leeper Yoakum
A
o casar-me com dezoito anos, e procurei na Bíblia todas as passa
tinha lido a Bíblia de capa a gens que se referiam ao Livro de
capa, bem como freqüentado Mórmon. Em seguida, escrevi à sede
diversas igrejas — sem encontrardao Igreja, na Cidade de Lago Salga
que procurava em nenhuma delas. do, pedindo um Livro de Mórmon, o
Eu estudava as escrituras diariam en qual recebi além de mais folhetos.
te; jejuava um dia por semana e pro Quando tinha lido mais ou menos
curava viver os princípios ensinados um terço do Livro de Mórmon, já sa
pelo Salvador. E orava regularmente bia que ele era verdadeiro. Eu en
ao Senhor, pedindo que alguém me contrara a igreja verdadeira! Sabia
trouxesse o evangelho verdadeiro. que Jesus Cristo vivia e era realmente
Certo dia de 1920, quando meus o Filho de Deus! Meu primeiro im
quatro filhos ainda eram pequenos, pulso foi contar a todo o mundo.
um garoto trouxe-me um exemplar Mas, quando dei o Livro de Mór
do folheto Regras de Fé que missio mon à m inha cunhada, ela não se
nários haviam deixado num a escola interessou; pior ainda, ela ouvira e
da vizinhança. Disse-me ainda que acreditara em algumas coisas negati
os missionários realizariam uma reu vas a respeito da Igreja.
nião naquela noite. Como meu m a Quando falou com meu marido,
rido não estava interessado, não fo ele juntou e queimou todos os meus
mos à reunião, mas estudei o folheto folhetos, proibindo-me de criar nos
10 A LIAHONA
sos filhos nessa religião. Transtorna — durante os quais não tive nenhum
da com o fato de ver-me tolhida ante contato com a Igreja. Ainda assim,
o que há tanto almejara, escrevi à se sentia-me constantemente grata ao
de da Igreja expondo o meu proble Pai Celestial por dar-me oportuni
ma. Aconselharam-me a esperar dade de fazer alguma coisa pelos en
vivendo cada dia o melhor que pu tes queridos já mortos, e continuei
desse, e um dia eu teria condições de dedicando-me a essa obra com m ui
me batizar. Os missionários não po ta satisfação. ••ni-sni-?.
diam batizar uma mulher sem o con Senti-me grata, também, quando
sentimento do marido. em 1945, meus três filhòs mãifc' ve
Continuei a ler o Livro de Mór lhos voltaram em segurança‘-dá II
mon e tudo o mais que conseguia en Guerra Mundial. Pouco depois, pti-
contrar, tanto a favor como contra a rém, quando eles e Robert I.ee, ’tfwü
Igreja. E meu testemunho foi cres filho de dezesseis anos, ajudaVláfti’!b
cendo. Então nossa casa pegou fogo, pai a consertar uma casa, Ròbert
perdi o meu Livro de Mórmon e não Lee morreu eletrocutado. Naqüelà
podia encomendar outro. Mas, noite, ali deitada pensando há'tragé
quando reconstruímos nossa casa e dia, fiquei a me pergHntar: "O que
uma de minhas primeiras compras aconteceu com a minha fé? Eu tiriha
foi uma Bíblia, mamãe comentou: fé em que nada aconteceria à minha
“Você nunca perde a esperança, não família — e ali estava Robert deita
é?” do no esquife.”
Meu contato seguinte com a Igre E uma voz respondeu clara e cal
ja deu-se em 1940, quando já tínha mamente: “Robert Lee está bem, es
mos seis filhos, e fui visitar minha ir tá em segurança.”
mã em Waco, Texas, distante uns Então dei-me conta de que, em
cento e trinta quilômetros. Ela bora o Pai Celeste nem sempre aten
falou-me de uma amiga sua que era da às nossas preces como queremos,
SUD. Por meio dela, pude compare ele as responde. Meu testemunho
cer à reunião da Escola Dominical e voltou a ser fortalecido.
sacramental no pequeno ramo de Em 1963, meu marido adoeceu e
Waco. Ganhei outro Livro de Mór durante dois anos ficou entrando e
mon de uma missionária e encontrei saindo do hospital. Um dia, reno
coragem de falar do evangelho com vando minha coragem, perguntei-
minhas filhas, agora já casadas e lhe por que não lia o Livro de Mór
com filhos. mon para descobrir por si mesmo se
Nessa época, tive também meu era verdadeiro ou não. Sua resposta
primeiro contato com a obra genea foi imediata:
lógica, e foi ela que sustentou meu Sei tudo o que quero saber.
testemunho nos vinte anos seguintes Mas eu fiquei firme e respondi:
MAIO DE 1981
— Não, você sabe apenas o que morrendo, mas espero que tenhamos
outros lhe disseram. Ele é o evange a oportunidade de aprender o evan
lho para o continente americano, gelho depois de partirmos daqui...
exatamente como a Bíblia foi para o Incapaz de falar, só consegui orar
Oriente, e fala das grandes calami em silêncio, profundamente grata
dades sofridas por este continente por, finalmente, ele ouvir a respeito
por causa da iniqüidade. do evangelho restaurado.
Finalmente, ele disse: — Bem, su Um mês depois da morte de meu
ponho que não haja diferença entre marido, fui batizada. Um ano mais
os dois livros. tarde, fui à Cidade do Lago Salgado
Mas ele nunca o leu e eu também para ser selada ao meu marido no
não voltei a insistir. Quando ele templo, e nosso filho, Robert Lee,
adoeceu novamente, voltamos ao ser selado a nós. Quase todos os
hospital e certa noite ele entrou em meus outros filhos se haviam filiado
coma. Por volta das cinco da m adru a outras igrejas antes de eu poder
gada, ele recobrou a consciência, falar-lhes sobre o evangelho restau
apertou minha mão e perguntou: rado.
— Está vendo a mulher sentada aos Quando fui batizada em 1965, eu
pés da minha cama? tinha sessenta e nove anos, uns qua
— Não estou vendo, não. renta anos depois de obter um teste
A seguir indagou: — Posso falar munho do evangelho, mas esse teste
com toda essa gente? munho jamais vacilou. Fé, orações e
Pensando que estivesse vendo pa estudo constante do evangelho
rentes e amigos já falecidos, presen ajudaram-me a mantê-lo vivo. Eu
tes para dar-lhe as boas-vindas no sabia ter encontrado o evangelho
mundo espiritual, respondi afirm ati verdadeiro — e hoje testifico fervo
vamente, pois sabia que poderia de rosamente que Jesus Cristo é o Salva
pois de morto. dor do mundo e o cabeça desta Igre
Então ele disse: — Acho que estou ja.
12 A LIAHONA
D
avi, professor universitário, es que acontecera e o que poderia sig
tava com a esposa no hospital nificar em suas vidas.
quando esta faleceu. Sua Nos dias subseqüentes, as crianças
falaram de suas ansiedades ao pai e
doença fora breve e a morte inespe
rada. A despeito de sua grande tris outros familiares. Como as pessoas
teza e dor, a preocupação imediata da família aceitaram o fato com se
foram os sete filhos pequenos. Como renidade e fé, as crianças também se
o hospital ficava um pouco longe de conformaram com a morte da mãe,
casa, Davi telefonou a um ex-bispo, sabendo que seu espírito continuava
pedindo-lhe que desse a notícia ao vivo e algum dia ressuscitaria. Sa
resto da família. O amigo assim fez biam que voltariam a estar juntos, e
e, guiado pelo evangelho, contou às que o amor e cuidado que ela lhes
crianças, simples e calmamente, o devotava, não haviam cessado. Eles
Como
Explicar
a Morte
a Crianças
Jon M. Taylor
MAIO DE 1981 13
claramente consideravam a situação gistros familiares e pessoais, confir
como temporária. maram a fé em que voltariam a estar
Histórias semelhantes a este caso com a mãe.
verídico são contadas por muitas fa 2. A elucidação acimá menciona
mílias que perderam um ente queri da ajuda a evitar explicações capazes
do. .Poucas situações trazem maior de confundir a maneira como as
apçeço pela esperança que o evange crianças encaram os vivos, ou criar
lho nos dá. Os ensinos do evangelho temores desnecessários. Caso se diga
restaurado são uma bênção inesti a uma criança que a irmã “foi leva
mável nessas ocasiões. da por ser muito boa para esta
Durante minha missão, conhecia vida”, ela poderá pensar que os vivos
numa cidade do Meio-Oeste ameri não prestam. Quando se diz que o
cano uma família com treze filhos. vovô está “apenas dormindo”, a
Embora já fossem adultos e não mo criança pode ficar com medo de ir
rassem em casa, era uma família para a cama.
muito unida e afetuosa. Dez dos fi 3. Descobri que a compostura dos
lhos vivos moravam num raio de dois adultos influencia a criança. Se os
quarteirões da casa da mãe. Quando pais encaram a morte como inevitá
esta faleceu, os filhos, acabrunha vel mas não final, a criança também
dos, pediram-nos que lhes explicás o fará. Um pai ou mãe acabrunhado
semos o plano de salvação. Durante demais para conversar na hora com
nossa conversa, a aflição foi substi a criança, deve deixar outros fam i
tuída por interesse e, finalmente, liares ou amigos falarem com ela até
por gratidão ao Senhor. que consiga controlar-se.
A verdade revelada nos dá força e Todavia, é preciso externar a dor,
esperança; ainda assim, a perda de a tristeza. Certa mãe ficou tão arra
um membro querido da família é sada com a morte do esposo, que pe
uma época de tristeza e dificuldade diu a uma tia que conversasse com
emocional. Quando minha mulher suas filhas. As duas meninas recebe
morreu, deixando-me com duas ram a notícia como que petrificadas.
crianças em idade pré-escolar, bus Pareciam querer afastar-se da tia
quei diretrizes que ajudassem meus que continha estoicamente as iágri-
filhos a aceitarem a sua ausência. Eis mas enquanto falava. Quando, fi
um pouco do que aprendi: nalmente, se pôs a chorar, as garotas
1. Convêm ensinar às crianças, de a abraçaram e choraram com ela. E
modo simples, os conceitos da exis a dor foi desabafada e atenuada. Se
tência pré-mortal, mundo espiritual os pais demonstram e compartilham
e ressurreição. A lembrança do sela- suas emoções, as crianças dão-se con
mento no templo deu aos nossos fi ta de que a dor e o pesar são naturais
lhos a certeza de que nossa família, e necessários.
no fim, estaria reunida. Casos edifi 4. O melhor meio, talvez, que en
cantes da história da Igreja e dos re contrei para aliviar a ansiedade de
14 A LIAHONA
meus filhos, foi deixá-los desabafar. meios de preparar as crianças antes
Se a criança quiser chorar, deixe-a que, de fato, cheguem a perder um
chorar. Se tiver sentimentos de cul parente póximo. A noite familiar é
pa, deixe-a falar livremente. Q uan uma excelente oportunidade para
do a criança perde um dos pais, ela um debate franco a respeito da m or
pode querer saber que o remanes te, assim como o falecimento de um
cente ainda a ama e não vai amigo ou parente mais distante.
abandoná-la. Confirmações simples, Comparecer a um funeral pode aju
sinceras, satisfazem a criança. dar crianças maiores a apreciar e en
5. Aprendi que, embora fosse im frentar a morte. Contudo, não con
portante o que eu dizia, as mensa vém levar crianças menores (abaixo
gens não-verbais eram mais im por de sete anos) a funerais.
tantes. Tom de voz sincero, abraços Até mesmo a morte de animais
carinhosos e uma atitude afetuosa pode ser instrutiva. Certa vez, meu
conseguem comunicar sentimentos filho Jonathan trouxe para casa uma
mais profundos. cobra morta. Havia enfaixado sua
6. A criança precisa ser distraída, cauda partida, tentando revivê-la.
participar de atividades de que gos Foi preciso muita persuasão para
ta, tais como natação, campismo ou convencê-lo de que nem todas as
esportes. A convivência com paren bandagens do mundo conseguiriam
tes e amigos é particularmente pro trazê-la de volta à vida.
veitosa. Um bichinho de estimação Uma vez que aceite a perda de um
também dá muito consolo e é uma ente querido, a criança é capaz de
válvula segura para expressar senti nos assombrar com sua fé e capaci
mentos. dade de recuperar-se rapidamente.
7. É proveitoso também cultivar a Após a morte de minha mulher, Ce-
memória da pessoa falecida. Embo lende, nossa filhinha que não tem
ra desejando que a criança aceite a papas na língua, assumiu o papel da
morte de um dos pais, não queremos “patroa”. Aos vendedores e outras
que se esqueça dele. Admirando fo pessoas que perguntavam pela mãe,
tografias da família ou fazendo per ela respondia: “Mamãe não está. Ela
guntas, ela desenvolverá apreço e foi pro céu.” Sua franqueza deixou
compreensão pelo pai ou mãe ausen muita gente perplexa.
te.
8. Se a ansiedade, sentimento de E confortador observar a capaci
culpa ou apatia da criança persistir, dade infantil de absorver uma per
é preciso recorrer à ajuda profissio da. Entretanto, a criança precisa
nal — porém deve ser alguém capaz sentir-se amada e receber apoio
de explicar esses conceitos segundo o emocional. Como em tudo na vida,
evangelho. o evangelho de Jesus Cristo fornece a
Essas sugestões são úteis em caso segurança, a esperança de restitui
de morte, mas também existem ção e da vida eterna.
MAIO DE 1981 15
Falemos
Algumas Sugestões
para Debates
em Família
A s noites familiares de segunda-
feira têm bastante sucesso em nossa
família o manual nos fornece a
16 A LIAHONA
orientação bãsica. Porém, às vezes mais tempo para a família aos do
torna-se difícil realizar um debate mingos. As famílias são incentivadas
proveitoso durante a noite familiar a usar parte desse tempo livre para o
ou outros períodos de estudo." estudo em conjunto das escrituras —
“Não há dificuldade para nossa além da noite familiar regular nas
família divertir-se junta. Mas, quan segundas-feiras. Como no manual
do chega a hora de debater o evan de noite familiar não existem lições
gelho, parece que repentinamente suficientes para todas essas reuniões
ninguém mais sabe abrir a boca.” suplementares, onde a família pode
Em sua família o problema é se rá conseguir material?
melhante? Obviamente, as escrituras devem
Um dos benefícios do programa ser a fonte principal. E as revistas da
de reuniões combinadas é restar Igreja são igualmente proveitosas.
Muitos dos artigos da A Liahona,
por exemplo, prestam-se muito bem
para troca de idéias - as mensagens
da Primeira Presidência, os discur
sos de conferência e outros artigos
sobre a família, casamento, necessi
dades individuais, programas e cur
rículo da Igreja, aplicação do evan
gelho no cotidiano, experiências ins-
piradoras de santos contemporâneos
etc.
Depois de ler um artigo indivi
dualmente ou em família, procurem
debatê-lo e fazer perguntas a respei
to. No caso de crianças maiores, evi
tem perguntas simples que podem
ser respondidas com “sim” ou “não”
- substituindo-as por perguntas que
requeiram raciocínio e análise. O
“debate” pode ser a hora em que a
família conversa francamente sobre
determinado problema ou assunto.
Juntos, os familiares fornecem e pro
curam informes e opiniões, fazem
perguntas, analisam idéias, dão su
gestões e, às vezes, chegam a conclu
sões conjuntas.
Como Conduzir um Debate
MAIO DE 1981 17
Mas, como começar? O que se de a família entenda claramente o obje
ve ter em mente ao conduzir um de tivo do debate. Não deixem que a
bate? Os nove pontos a seguir (adap introdução consuma todo.o tempo.
tado de How to LeacL a Discussion: 3. Depois de ler ou recapitular o
Some Practical Suggestions for Dis artigo que pretendem debater, pas
cussion Leaders, elaborado para a sem para as maneiras de aplicá-lo a
Conferência de Junho de 1973 pela sua família. Por exemplo, vocês po
AMM do Sacerdócio de Melquisede- deriam trocar idéias sobre a perso
que), são bastante úteis para se con nagem central do artigo: O que fez?
duzir um debate familiar: Que proveito tirou da experiência?
1. Criar uma atmosfera propícia. De que forma modificou sua atitu
Todos os presentes devem sentir-se à de? O que teriam feito no lugar de
vontade para contribuir, com parti la? Teriam reagido do mesmo jeito?
lhar idéias, raciocinar em voz alta Ou poderiam debater uma situa
com o grupo — sem medo de serem ção do artigo: Por que isto aconte
ridicularizados. Ajude os familiares ceu assim? Quais as outras soluções
a compreenderem que é bom que viáveis? O que poderíamos fazer p a
nem todos pensem da mesma forma ra causar — ou evitar — situação
e que os pontos de vista individuais idêntica em nossa família?
são importantes. Começar com um Ou poderiam debater a reação da
hino e oração, e acomodação con família para com o artigo: O que
fortável (de preferência em círculo) pensam do artigo em pauta? Que di
são pontos proveitosos. Não insista ferença pode fazer em nossa vida ou
em que a pessoa deva levantar a mão nossa família? Que lição podemos ti
quando deseja falar, nem respeite rar dele?
uma seqüência rígida. M antenha Ou procurem discutir uma idéia
uma atmosfera iivre e informal. do artigo: Vocês concordam com a
2. Iniciar com criatividade. explicação dada pelo autor sobre a
Quando forem debater uma escritu fé? Como vocês a definiriam? Que
ra, artigo ou discurso de A Liahona, experiências pessoais os levaram a
vocês poderiam ler em conjunto ou tal conclusão?
designar determinados familiares a Como líderes de debate, vocês não
lerem-no a sós, primeiro. Experi precisam propor todas as questões.
mentem outras maneiras de iniciar Peçam aos outros que contribuam.
um debate — analogias, histórias, Incentive-os a comentar o que sen
perguntas interessantes, exemplos tem a respeito do artigo ou debate.
do artigo, jogos, questionários ou 4. M anter o debate focalizado
outros materiais da biblioteca da ca num só tópico. Cabe a vocês evitar,
pela (como filmes, gravações, m a com firmeza e bondade, digressões
pas, gravuras). Cuidem de que os re demasiadas do tópico em pauta. En
cursos motivadores levem direta tretanto, não se preocupem se os fa
mente ao tópico a ser debatido e que miliares não dizem exatamente o
18 A LIAHONA
que vocês diriam, ou se o debate to si mesmos ou aos familiares se todos
ma um rumo diferente ao planeja tiveram vontade de participar e co
do. Permita que os outros abordem mo melhorar o próximo.
o assunto à maneira deles. Participação em Debate
5. Ouvir todos os comentários com Eis algumas sugestões para os par
atenção. Procurem entender igual ticipantes;
mente o sentido oculto de cada co (1) Aceitem a responsabilidade de
mentário — e incentivem os outros a compartilhar suas idéias, de respon
fazer o mesmo. Dessa m aneira, os fa der a perguntas.
miliares — particularmente as crian (2) Façam perguntas elucidado-
ças menores — perceberão que o que ras; se vocês estão confusos, outros
têm a dizer é realmente importante, provavelmente estão também.
predispondo-as a dizer o que pen (3) Não procurem preencher to
sam. das as pausas entre os comentários.
6. Incentivar a participação de to (4) Escutem os outros com aten
dos. Não permitam que uma ou ção, em lugar de ficarem pensando
duas pessoas monopolizem o debate. unicamente no que pretendem di
Mostrem-se sensíveis aos membros zer.
da família que se deixam intimidar (5) Dirijam seus comentários à fa
pelos comentários ou personalidades mília inteira, não apenas ao líder de
mais eloqüentes, incentivando-os a debate ou outra pessoa.
expor seus pontos de vista. Dêem a (6) Não tomem o tempo todo com
todos oportunidade de falar. comentários demasiadamente lon
7. Evitar mostrar-se muito dom i gos.
nante. Não pensem que precisam (7) Permitam que os outros te
conhecer todas as respostas ou expli nham seus próprios pontos de vista,
car cada comentário. Devolvam as mesmo que divirjam dos seus. Evi
perguntas ao grupo ou peçam que tem contendas; conservem a calma.
outros exponham idéias, soluções ou Caso se julguem obrigados a discor
façam comentários. Geralmente, dar, façam-no com delicadeza, bon
quanto mais o líder do debate se in dade e consideração.
tegrar no grupo, maior será a parti (8) Ajudem a família a tirar con
cipação de seus componentes. clusões apropriadas no final do de
bate.
8. Fazer um resumo do debate, no Acima de tudo, os membros da fa
final. Façam-no pessoalmente ou de mília devem lembrar-se de que o
signem outra pessoa. Não repitam propósito do debate é uni-los mais
simplesmente tudo o que foi dito; como família, aprender mais algu
procurem analisar. Perguntem à fa ma coisa sobre o evangelho, ajudar a
mília se o sumário representou ra fortalecer a fé e o compromisso — e
zoavelmente o que pensam. m anter abertos os canais de comuni
9. Avaliar o debate. Perguntem a cação familiar.
MAIO DE 1981 19
Ethel
Susan H . Aylw orth
20 A LIAHONA
Mil e Quinhentos
Quilômetros... Descalço
H al K night
Redator do Church News
MAIO DE 1981
cava mais que sobrevivência num am
biente hostil. Era um a jornada repleta
de sentido.
Ele se descreve, na época da jornada,
como garoto atarracado de nariz arrebi
tado, um a falha nos dentes da frente,
cabelos descoloridos cortados rente à ca
beça e roupas em frangalhos. Era um
garoto traquina e curioso. Alguns de
J seus problem as na viagem deveram-se a
B. H. Roberts, que m ais tarde viria a sua desobediência a regras.
ser renom ado historiador da Igreja, foi Por haver perdido os sapatos logo no
um dos que se arrastaram pelas planícies início da viagem, teve de andar mil e
desoladas. Era então um garoto de dez quinhentos quilôm etros descalço. Os
anos, fazendo a longa jornada com sua pês feridos, rachados e sangrando foram
irm ã Polly, que m al tinha dezesseis. F a a mais vivida lem brança de toda a jo r
ziam parte de um a com panhia de tre nada durante anos. Além das noites ge
zentas e setenta e cinco pessoas que p a r ladas.
tiu do fim da linha férrea em N ebraska, Os índios eram um a am eaça. Os
perto de Council Bluffs. Eles partiram adultos contavam casos e mais casos de
no dia 13 de julho de 1866. A m ãe, que desaparecim entos, tortura e resgate de
não viam havia quatro anos, os esperava crianças, adm oestando-as a ficarem
no Vale do Lago Salgado, sem saber ao perto dos carroções. Mas essas histórias
certo onde se encontravam . não bastavam para induzir B. H. R o
A jornada levaria dois meses. Como berts (conhecido então como Harry) a
todos os carroções estavam carregados ter cuidado.
com m antim entos, todos, inclusive Ele e outro garoto de sua idade esta
crianças, foram obrigados a cam inhar vam colhendo groselhas perto do Rio
os mil e quinhentos quilôm etros. Uma Platte, quando de repente se deram
pessoa adoeceu e m orreu durante a via conta de que o últim o carroção sumia
gem. E houve problem as com os índios. de vista. Partiram em m archa acelera
Na m aior parte, porém , a longa jo rn a da, porém sem correr, para não derru
da resumia-se sim plesm ente em canseira bar nenhum a groselha que levavam no
diária, frio, desânim o e até mesmo fo chapéu. No alto de um a colina deram
me. de cara com três índios m ontados. Em
Roberts, entretanto, sempre conside bora aquela visão causasse “magnificen-
rou a travessia das planícies não como te terro r”, os rapazes continuaram an
um a provação ou sofrim ento, mas um dando com os olhos pregados nos indí
esforço organizado que envolvia um a genas, que continuaram silenciosos e
prova e purificação dos santos. Signifi impassíveis.
Estes trechos das m em órias de R oberts foram extraídos do livro “D efender of the F aith, T h e B. H . R o
berts Story", de autoria de T ru m a n G. M adsen, editado por Bookcraft Inc. Usado com perm issão.
22 A LIAH O N A
Justam ente quando H arry chegou entrou no rio a cavalo e o rebocou até a
perto de um dos índios m jntados, este m argem , onde recebeu um a surra que
soltou um “grito agudo e selvagem”. suportou sem um pio sequer. “Estava
L argando chapéus e groselhas, os garo contente de ter-m e livrado da enrasca
tos saíram em disparada, arriscando d a .” A irm ã, Polly, ficara desesperada
apenas um olhar para trás, enquanto com sua ausência. A perda do paletó e
corriam quanto podiam . Os índios sapatos foi um problem a sério. Todas as
contorciam -se, rindo a valer. noites desejava ter o paletó e todos os
D urante muitos dias depois disso, dias — o dia inteiro — lam entava a fal
H arry obedeceu às regras do acam pa ta dos sapatos.
m ento, mas infelizm ente essa docilidade H arry, assim como os outros homens
não durou. e rapazes, dorm ia à noite no chão duro
Um dia, entusiasm ado com a prevista debaixo ou ao lado de um carroção. A
travessia de um rio, H arry saiu sorratei despeito de ainda ser verão, as noites
ram ente do acam pam ento ainda de m a eram bastante frias. Polly, que dorm ia
drugada, pensando que o rio ficasse a no carroção com outras m ulheres e m o
uns dois ou três quilômetros. Todavia, o ças, passava-lhe sua anágua no escuro,
rio ficava bem mais longe e jã era meio- mas isto pouco agasalhava contra o
dia quando o alcançou. Exausto e com chão úm ido e frio. H arry não tinha co
os pés m achucados, tirou os sapatos e bertor, só as roupas que usava dia e noi
adorm eceu debaixo de uns salgueiros. O te.
sono foi tão profundo, que nem sequer No W yoming, ele certa vez juntou
ouviu a caravana passar. excrem ento seco de búfalo e fez um a fo
O últim o carroção já cruzara o rio e gueira para se aquecer. Foi a noite mais
estava desaparecendo entre as árvores aquecida em m uitas semanas, mas antes
da m argem oposta, quando H arry acor do am anhecer acordou coberto de um a
dou e saiu correndo, gritando e agitan fina cam ada de neve.
do os braços. M andaram que atravessas Não tendo mais sapatos, H arry sim
se o rio a nado. A rrancou o paletó e sa- plesm ente teve de cam inhar quase mil e
patões e caiu na água. Já vencera três quinhentos quilôm etros descalço. Os
quartos de distância, quando suas for pés acabaram cheios de gretas, cortes e
ças falharam . O capitão da com panhia crestados pelo sol e pó, deixando rastros
de sangue por onde passava. Era época
de os cactos darem frutos, os quais ele
colhia levado pela fome, m achucando
ainda mais os pés feridos. T oda noite
Polly ficava arrancando os espinhos en
quanto os dois choravam — ele de dor e
ela de com paixão. Na m anhã seguinte,
lá ia ele de novo.
Q uando não aguentava mais andar,
H arry procurava meter-se sorrateira
23
m ente num carroção. Q^uando era pego,
apanhava. Mas o capitão acabou encon
trando um a form a de ajudar o “coitadi
nho”. Nos trajetos mais longos, dava
permissão a Polly para lavar as roupas
do rapaz que então tinha pretexto de fi
car “escondido” num carroção, aprovei
tando a carona, enquanto suas roupas pés, provocando risos de todo m undo.
secavam. Como não havia meios de rem over o me
laço, teve de agüentá-lo “até que a poei
Ao cruzarem um rio, ele viu um a g a ra e o sol m inoraram um pouco o incô
rota esconder-se num carroção para evi m odo”.
tar ter de vadeá-lo, e resolveu im itá-la. Por causa dos piolhos que pegou na
Mas o carroção acabou encalhando viagem de navio da Inglaterra, o cabelo
num banco de areia e foi deixado ali de H arry fora raspado rente. N um a p a
mesmo durante a noite com os dois jo rada perto de um acam pam ento ín
vens. Foi nessa noite que H arry perdeu dio no W yoming, ele foi atraído pela
seu mais precioso tesouro — um canive prim eira cerim ônia de cachim bo da paz
te de quatro lâm inas que com prara na que via. Mas ele próprio virou um a es
Inglaterra como presente para sua m ãe. pécie de curiosidade, e saiu correndo de
Caiu no Rio Platte, “perdido para sem m edo, quando um deles, pondo a mão
pre”. E Polly passou mais um a noite an- sobre sua cabeça, gritou: “N ada de es
gustiosa, preocupada com a ausência do calpo”.
irmão. Chegando ao Vale do Lago Salgado,
Os sacos de açúcar costum avam ficar a com panhia acam pou logo à saída do
m olhados nas travessias de rio e depois desfiladeiro. Aos primeiros sinais do
iam pingando m elado pelo cam inho. am anhecer no dia seguinte, eles saíram
H arry e outras crianças deitavam -se de em parada, tendo H arry à frente como
baixo dos carroções de suprim entos, baliza. Polly se escondeu, quando o po
procurando apanhar com a boca os pin vo acorreu para ver a últim a caravana
gos doces. Infelizmente, a m aior parte de carroções, com vergonha das roupas
caía na roupa, em lugar de na boca. rasgadas e rosto e cabelos queim ados de
D urante um a cam inhada noturna, sol. Parecia não haver ninguém espe
H arry, exausto, decidiu esconder-se rando por eles. Passado algum tempo,
num carroção. E ncontrando um barril H arry viu um a m ulher que não lhe p a
aparentem ente vazio, meteu-se dentro recia estranha. Dando um puxão na
dele e teve de abafar um grito de dor, saia dela, exclamou: “Olá, m ãe”.
quando os pés feridos afundaram na Baixando os olhos, ela perguntou: “E
grossa cam ada de melaço que existia no você, Harry? E onde está Polly?” En
fundo. Não lhe restou outra alternativa quanto os três choravam juntos, de vez
senão dorm ir ali mesmo. em quando a m ãe sorria entre lágrim as
Na m anhã seguinte, saiu do carroção “e parecia suprem am ente feliz”, dizia
lam buzado de melaço da cabeça aos H arry.
24 A LIAHONA
o
Caderno de Notas
Janet Brigham
C
omprei o primeiro, anos atrás, saí muito mal na prova de História,
numa papelaria em Alexan mas à noite Mike, o da classe de
dria, Virginia, o mais barato francês, me telefonou.'')
que consegui encontrar. Na época, Eram anotações de pouca subs
eu não sabia que estava começando tância emocional, mas pelo menos
um diário, apenas que precisava de eram anotações. Lamentavelmente,
algo para organizar meus pensamen quando passei para a faculdade, fi
tos. quei “ocupada demais” para m anter
Antes disso, costumava anotar um diário.
idéias em qualquer papelucho à mão Por isso, ao comprar o caderno de
— no verso dos recibos de dízimo, notas, não estava pensando em m an
programas da Igreja e beiradas de ter um diário. Estava apenas cansada
folhinhas. Perdendo esses papelu- de perder os pensamentos e idéias que
chos, eu perdia o único registro de dariam talvez discursos aceitáveis.
minhas melhores idéias. Era hora de Ao começar a escrever naquele pri
torná-las mais duradouras. meiro caderno, fascinou-me a facili
dade com que me vinham as pala
Desde o Primário até o fim do Co vras. Comecei a esperar com satisfa
legial, mantive um diário, mas as ção a hora de anotar minhas idéias.
páginas pequenas não permitiam Às vezes tomava notas de idéias que
anotaçòes mais longas. Além disso, o
Diário da capa parecia-me muito pretendia
dias acordava
registrar à noite. Certos
de madrugada e me
presunçoso, como se fora o registro punha a escrever
de uma exploração da Antártida. cinco minutos ou animada até mesmo
durante
uma
Nele eu anotava apenas as atividades hora, sem pressa de ter de levantar
do dia a dia, jamais meus pensamen me aprontar. Certas noites escreviae
tos. (Uma anotação típica: "Hoje me
MAIO DE 1981 25
uma porçao, outras não escrevia coi losofia que procurava contestar o
sa alguma. evangelho, escrevi um longo trecho a
Eu gostava daqueles cadernos ba respeito do que cria. Pô-lo por escri
ratos porque neles não tinha medo to era como que testificar. Naquela
de errar nem de contar os erros noite, percebi quão honesta e since
que cometia. Comecei a reservar ra eu era com meu diário — prova
tempo para escrever. Escrevia sem velmente muito mais franca do que
pre no mesmo lugar sentada no com qualquer amiga. Frustrada com
sofá ao lado da lâmpada. Nas m ar minha capacidade de pensar e
gens, eu anotava acontecimentos im expressar-me, escrevi: “Meu cérebro
portantes - tal como a compra de um parece um aspirador, sorvendo toda
carro novo ou a data de vacinação espécie de detritos e sujeira. E ouro
de minha gatinha. O espaço pro em pó. Por isso tenho de esvaziá-lo e
priamente dito era reservado para separar partícula por partícula, até
registrar minhas reações do dia, m i que reste apenas o ouro.”
nhas observações e conclusões. Pôr minhas idéias em palavras,
Somente quando voltei à papela dava-me oportunidade de analisá-
ria para adquirir outro caderno, é las. As vezes, chegava a perceber
que me dei conta de que estava que minhas atitudes eram baseadas
mantendo um diário. Então decidi em egoísmo ou preconceito. Outras,
dar um nome à série de cadernos — sentia o prazer de verificar que eram
Janet. O primeiro, Janet 1, não ti boas. Ocasionalmente, chegava a rir
nha propriamente caráter de diário, alto diante de minhas reações aos
visto que poucas anotações eram da traumas do dia. Num dia particular
tadas e nenhuma delas mencionava mente ruim, escrevi um enorme
atividades e impressões do dia-a-dia. BUUUUUU! Até que ajudou.
Quando percebi estar escrevendo Comecei a intitular as anotações.
um diário, modifiquei o formato, a Um de meus títulos prediletos — e
fim de poder saber, pelo menos, a anotação predileta — aconteceu
data em que anotara determinada quando tentava aprofundar minha
coisa. fé. Dizia o título: “Janet Combate a
Passei a interessar-me, igualmen Dúvida”. Outros refletiam uma ati
te, onde eu estava quando escrevia. tude mais calma. Um deles em Janet
Não importava onde estivesse via 3, “Dias, Noites e Coisas que Amo”,
jando ou em visita a amigos — eu introduzia uma passagem que gosto
era sempre a mesma pessoa com a de reler:
mesma personalidade. “Adoro as noites claras e frias,
Certa vez, quando visitava uma quando posso ver as estrelas e falar
amiga, dei-me conta do potencial do em, voz alta com elas. E gosto das
diário no incentivo de crescimento primeiras horas da manhã, levantar,
espiritual e emocional. Após horas sentir- me viva, estar ao ar livre
debatendo com uma estudante de fi quando o dia ainda é criança. Adoro
26 A LIAHONA
bòòò6òòòòòòòòòòòòòòòòòòòòòòòbòòòò
novos inícios, quando ainda em or Um dia em que achei a vida muito
ganização. E lençóis limpos, roupa cruel, comecei o que desde aí é tra
limpa, corpo limpo, cabelos lavados dicional. Fiz um registro intitulado:
e uma razão para estar feliz. Adoro o “Pelo que Sou Grata”. Naquele dia
mundo quando minhalma trans me assombrou, como ainda me as
borda de esperança. ” sombra, quão variadas e grandes são
Nem sempre minha alma trans minhas bênçãos, e quão obscuras e
borda de esperança. As vezes trans até mesmo engraçadas, às vezes, são
borda é de frustração. Quando isto minhas provações.
acontece, posso voltar à rejuvenesce- Em todas as minhas mudanças e
dora anotação daquela noite de se andanças pelos Estados Unidos, em
tembro, e encontrar incentivo nou viagens e férias, em todos os momen
tra passagem escrita pouco depois: tos, os cadernos do meu diário têm
“Quando compreendo o que estou sido amigos constantes disponíveis
passando, acho mais fácil pérseve- numa prateleira ou guardados numa
rar. ” mala junto com as escrituras.
Nem toda anotação é profunda ou Tornaram-se um meio de resolver
mesmo interessante. Mas todas elas, meus desafios pessoais de cada dia.
a sua própria maneira, traçam mi
nha conversão diária ao evangelho, Pensei, a princípio, anotar orde
as lutas com meu próprio eu e meu nadam ente meus mais profundos
deleite em descobrir a vida, linha so pensamentos, a fim de usá-los quan
bre linha. Cada uma ajuda outras a do tivesse de falar em reuniões sacra
assumirem uma perspectiva mais mentais. De fato, usei meu diário
clara. Não só refletem minha vida, uma ou duas vezes para esse fim,
como a afetam e se tornam parte de mas isto é apenas uma pequena par
la. te do grande benefício que me trou
Foi em Janet 4, quando minha xe. Ele não é um livro de referência
amiga se mudou, que escrevi: “Dói sobre minha vida, tampouco um tra
demais escrever. ” E em Janet 5, de çado dela. Não um quadro do meu
pois de haver mandado uma carta sucesso, mas uma obra de arte dinâ
impensada que magoou um amigo, mica, ainda que tosca.
anotei: “Em meio a todas as vozes A série Janet avança vigorosamen
confusas que ressoam em minha te em seif décimo-quinto volume. Al
mente, uma voz calma me invade e guns abrangem um ano, outros, al
diz que a coisa não terá conseqüên guns meses. Sou a única pessoa que
cias.” Depois de escrever a respeito leu todos eles e pretendo que conti
da “calma voz”, passei a notá-la com nue assim — por algumas décadas,
maior cuidado. A “voz” estava certa; ao menos. Os volumes passaram, no
quando pedi perdão a esse amigo, decorrer dos tempos, dos simples ca
ele respondeu que já me havia per dernos, a livros encadernados com
doado. folhas em branco.
MAIO DE 1981 27
{ { ' | ' udo começou quando eu mente começo a desenhar, e as
cursava a oitava série em idéias vêm surgindo à medida que o
Tucson, Arizona,” conta trabalho prossegue.”
Richard Olson. “Eu estava na classe Foi o pai de Richard quem pri
de matemática com quatro amigos. meiro teve a idéia de publicar os la
Certo dia, um deles trouxe um labi birintos em forma de livreto para fi
rinto que fizera e começou uma nanciar a missão do filho. “Prometi
competição para ver quem conse ao Senhor que todo o dinheiro iria
guia fazer um melhor. Passado al para meu fundo missionário”, diz
gum tempo, os outros quatro deixa Richard. “No começo, os livros não
ram de fazê-los, mas eu continuei. eram muito procurados, mas depois
“Costumava fazer labirintos na es recebemos mais encomendas do que
cola e em casa. Alguns colegas pas podíamos fornecer e tivemos que im
saram a interessar-se por eles e se pu primir mais.” Agora já publicaram
seram a copiá-los, o que manteve mais de mil exemplares.
meu entusiasmo. Richard serve atualmente na Mis
“Quando tenho vontade de fazer são Texas-San Antonio e os labirin
um labirinto, fico pensando em fil tos deixaram de ser importantes.
mes a que assisti, livros que li e ou “No campo missionário”, diz ele,
tras coisas capazes de me dar uma “não tenho tempo para fazê-los, pois
idéia. Fiz cursos de arte durante a es desenhar um leva de duas a três ho
cola inteira, mas não uso truques es ras. Além disso, existem coisas mais
peciais para desenhar labirintos, importantes a fazer.” Quando voltar
embora goste de prolongar determi para casa, todavia, provavelmente
nado caminho durante bastante voltará para a prancha de desenho.
tempo antes de truncá-lo, para de Eis alguns exemplos do trabalho
pois criar o certo. Em geral, simples dele.
Labirintos
M axw ell T. Stone
Chegada
28 A LIAHONA
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Mandamento
Rígido,
Porém
Suave
Élder N eal A . M axwell
T entarei tratar dos padrões as realm ente proporciona bênçãos e
sociados à castidade antes do casa conhecim ento adicional confor
m ento e à fidelidade depois dele, m e prom ete Pedro; seguir p rin cí
de um a form a um pouco diferen pios corretos acelera o saber. (V i
te. T odos esses padrões fazem de II Pedro 1:8.) T al é o caso
p arte do rígido, porém suave séti com o sétim o m andam ento.
m o m andam ento, talvez o m ais Falando francam ente, irm ãos
im popular de todos os dez. e irm ãs, devíam os estar-nos p re
A ssunto incom um em nossos p aran d o p ara viver num m undo
dias, o sétim o m an d am en to é m elhor. E m bora vital, esta vida
um a das m ais necessárias, em bo não passa de um m om ento. E se
ra m enos obedecidas leis de Deus. form os ligeiros em nos ad ap tar
E um excelente exem plo de com o aos cam inhos deste m undo passa
A Igreja de Jesus Cristo dos S an geiro e im perfeito, esse aju sta
tos do Últim os Dias difere do m ento nos desajustará p ara a vi
m undo nos princípios fu n d am en da no próxim o m undo — um a vi
tais de conduta. O m undo pouco da que será eterna! N ão adm ira,
se preocupa com a observância pois, que aquele que transgride
desse m andam ento, desde que as esse m andam ento “é falto de
pessoas pareçam adm iráveis em en ten d im en to .” (Prov. 6:32.)
outros aspectos. Com relação ao sétim o m a n d a
Creio há m uito que, no fundo m ento, existem certas p reo cu p a
de algum as doutrinas m ais seve ções que com partilham os com o
ras existem as m aiores verdades e m undo. T an to no reino com o no
os m ais preciosos princípios. Mas m undo, há o desejo de evitar as
estes não se descobrem casual ou doenças venéreas, com o tam bém
irreverentem ente. A obediência a gravidez de m oças solteiras.
30 A LIAHONA
U m a terceira preocupação com p ara se g u ard ar esse m an d am en
p artilh ad a em parte com o m u n to vão m uito além dessas três
do, é que a im oralidade sexual preocupações, por m ais legítim as
prejudica a vida m atrim onial e que sejam .
A razão prim ordial p ara obe
decer a todas as leis da castidade
é g u ard ar os m andam entos de
Deus. José tinha perfeita cons
ciência dessa razão, quando resis
tiu às insinuações da m ulher de
Potifar. (V ide Gên. 39:9.) Depois
de deixar claro sua lealdade p ara
com seu am o, José conclui: “C o
m o pois faria eu este tam anho
m al e pecaria contra Deus?” A
obediência de José foi um ato de
lealdade p ara consigo m esm o,
p ara com sua fu tu ra fam ília, p a
ra com Potifar, p ara com Deus e
Assim com o a falta de castidade, o aborto
até m esm o p ara com a m ulher de
produz... condições em que m uitos corações Potifar!
m orrem “profundam ente feridos”. O u tra grande razão p ara não
desobedecer ao sétim o m a n d a
m ento é que essa desobediência
fam iliar, fazendo au m en tar o n ú afasta o Espírito Santo de nossa
m ero de divórcios. alm a. Perdem os o precioso dom
Felizm ente, no reino, as razões de sua com panhia, pois ele não
MAIO DE 1981 31
pode h a b itar um a alm a pecam i tando-se de tudo o que possa re
nosa. E sem a ajuda dele, tor- presentar um a obrigação des
nam o-nos seres hum anos m enos cartando-se de am igos, p a re n
úteis, m enos perceptivos, m e tes e até com panheiros “usados” .
nos funcionais e m enos am áveis. Esse descarte de pessoas é um
Em certo sentido, ficam os in ca dos estágios finais do egoísm o, no
pacitados p ara o trab alh o do Se
nhor, justam ente quando somos
tão necessários.
A im oralidade sexual é perigo
sa por ser tão dessensibilizante. A
lascívia pode, ironicam ente, fa
zer aqueles que tão erradam ente
celebram sua capacidade de sen
tir, perder essa capacidade! Se
gundo as palavras de três diferen
tes profetas de três diferentes dis-
pensações, eles perdem o senti
m ento. (Vide I Néfi 17:45; Efé-
sios 4:19; M orôni 9:20.)
N orm an Cousins adverte: “As Se nossa m ente estiver repleta de coisas erradas,
pessoas que insistem em ver tudo não haverá nela lugar para o verdadeiro am or a
e fazer tudo correm o risco de não Deus e aos sem elhantes.
sentir n a d a ... Nossas m ais subli
mes reações estão sendo em b o ta
das sem o saberm os.”(“See Every- qual o indivíduo não quer assu
thing, Do Everything, Feel No- m ir nenhum com prom isso de c a
th in g ”, Saturday Review, 23 de ráte r d u rad o u ro nem ser respon
janeiro de 1971, p. 31.) sável por coisa algum a.
O u tra razão ainda p ara se
Q uando perdem os a cap acid a g u a rd ar o sétim o m an d am en to é
de de sentir é porque destruim os que a falta de castidade dim inui
a sensibilidade da alm a. E m b o ta a auto-estim a, pois estam os p e
mos nossa capacidade de ap re cando contra nossa própria n a tu
ciar as sutilezas, aquela graciosi reza e contra quem realm ente so
dade e em patia pertencentes àque mos. (Vide I Cor. 6:18,19.) Em
le m undo m elhor que alm ejam os. m inha opinião, estam os ainda
Nossa sociedade egocêntrica queb ran d o prom essas feitas no
tende a viver levianam ente, afas m undo pré-m ortal, prom essas es-
32 A LIAHONA
tas indelevelm ente gravadas em Anos depois de ter sido desobri
nossa alm a. gado do bispado, li no jornal que
A falta de castidade tam bém fora presa, acusada de prostitui
causa um grave im pacto nos o u ção. N ão sei por onde anda hoje,
tros. O pai que acha que o seu m as não consigo tira r do pensa
adultério é justificado não avalia m ento as palavras de Jacó, verbe-
rando os pais que haviam p erd i
do a confiança dos filhos por seu
m au exem plo. (Vide Jacó 2:35.)
Os m ilhares de jovens soltei
ros que coabitam representam ,
igualm ente, um a brecha im p o r
tan te na vida fam iliar. As conse
qüências dessa brecha em nosso
am biente social serão sentidas
por gerações e gerações. Bainvil-
le, sábio filósofo francês, adver
tiu: “A gente precisa querer as
conseqüências do que q u e r.”
Assim com o nossos valores b á
sicos atuam uns sobre os outros,
N ão vivenciando na prática essas grandes ...
verdades... estarem os na “cela ilum inada de
nossas instituições tam bém . N ão
u m ” im pulso e apetite. podem os corrom per a fam ília e
esperar ter um bom governo!
Q uando, por exem plo, sugerim os
o im pacto de seu ato sobre a es com nossa conduta que os m a n
posa e filhos. A sua desobediên dam entos não têm im portância,
cia afeta outros igualm ente. surge o caos. O pai pode justifi
Uns dezoito anos atrás, com o car o peculato, o filho adulto, o
bispo de um a ala de estu d an adultério, e o neto adulto, a tra i
tes adjacente à universidade de ção. Se desobedecer não é e rra
U tah, procurei inutilm ente salvar do, então cada um pode escolher
um casam ento. A esposa fora in que m andam entos quer violar.
fiel e quando tentei aju d ar e Estas e outras preocupações u l
com preender, soube que quando trapassam em m uito as preocu
criança tivera um pai adúltero. pações m undanas com doenças e
E m bora injustificadam ente, ela gravidez. A Igreja, porém , tem
estava-se vingando dos hom ens. de ser resolutam ente, com o diz
O que ela fazia não era por am or. Paulo, “a coluna e firm eza da
MAIO DE 1981 33
verdade” . (I T im . 3:15.) A p reo guirão seu exem plo — alguns
cupação da Igreja com a guarda surpreendentem en te.
do sétim o m andam ento — m ed i 2. Assim com o não perm item
da pelos padrões das entrevistas que alguém ande com pés sujos
regulares com seus líderes e m em pela casa, não deixem que o fa-
bros — chega a ser exclusiva no
m undo de hoje, e isto não é aci
dental!
O u tra conseqüência d a grave
im oralidade sexual com sua in
fluência desensibilizante é que
rouba a esperança do hom em . E
quando o hom em está vazio de
esperança, aparece logo o deses
pero, pois com o diz um profeta:
“ ... o desespero vem por causa da
in iq ü id ad e.” (M orôni 10:22.) As
sim, iniqüidade e desespero refo r
çam -se terrível e reciprocam ente.
A alienação reinante n a terra é
resultante, m uito m ais do que O m undo pouco se preocupa com a obediência
pensam os, da crassa im oralidade apareçam
esse m andam ento, desde que as pessoas
adm iráveis sob outros aspectos.
sexual — d iante da qual sucum
bem a fé, a esperança e a c a rid a
de. çam em sua m ente.
Em sua m onum ental história 3. Form em um forte elo pes
da h u m anidade, W ill e Ariel Du- soal na cadeia de castidade e fi
ran t observam que o sexo é igual delidade fam iliar, p ara que se es
a um rio de fogo — ele precisa ser tenda dos avós até a posteridade
contido e arrefecido por centenas ainda por vir. Essa ligação é a
de restrições; do contrário, tanto m ais forte que existe. C onfirm em
o indivíduo com o o grupo a c a por m eio de ações que acreditam
bam destruídos. nos m andam entos, a despeito do
M eu últim o conselho está con que esteja acontecendo no m u n
tido nestas observações adicio do.
nais: 4. N ão andem em com panhia
1. Resistindo à persuasão do de fornicadores — não por serem
m undo, verão que logo outros se m elhores do que eles, m as por
34 A LIAHONA
não serem suficientem ente fo r dos, lem brem -se do glorioso e-
tes, conform e disse C. S. Lewis. vangelho do arrependim ento. O
Lem brem -se de que situações in m ilagre do perdão está à espera
convenientes conseguem vencer de todos os que se arrependem
até m esm o gente de bem . José sinceram ente. N ão se esqueçam ,
entretanto, de que nesses casos a
alm a tem de prim eiro ser cauteri-
zada pela vergonha, pois só d e
pois de lim pa realm ente pode a
ferida sarar. Mas o cam inho do
arrependim ento existe.
7. Q uando surgir o im pulso de
transgredir, com batam -no en
quanto ainda é fraco, e a força de
vontade, vigorosa. A hesitação le
va ao enfraquecim ento da vonta
de e fortalecim ento do im pulso.
Estejam sem pre diligentem ente
engajados nas boas coisas, pois a
ociosidade tem o m au hábito de
Ao lado do tradicional hom em predatório e insistir, sem p arar, que o que im
egoísta, existe agora a m ulher predatória e
egocêntrica. Im pelidos por seus apetites, am bos
p o rta é ag rad ar ao próprio ego.
sentem -se falsam ente livres. 8. Precisam os chegar ao ponto
de desprezar os pecados do m u n
não teve apenas bom senso com o do, porém sem desdenhar as pes
boas pernas, p ara fugir da m u soas do m undo, m as am ando-as.
lher de Potifar. C ontudo, tem os de desprezar os
5. Ao lado do tradicional h o pecados do m undo. O escárnio e
m em predatório e egoísta, existe zom barias do m undo são passa
agora a m ulher predatória e ego geiros. T iago, que não era tím ido
cêntrica. Im pelidos por seus ap e com relação à verdade, dizia:
tites, am bos sentem -se falsam en “A dúlteros e adúlteras, não sa-
te livres. E a m esm a espécie de li beis vós que a am izade do m undo
berdade vazia possuída por Caim é inim izade contra Deus?” (Tiago
(depois de haver m atado Abel), 4:4.)
quando, ironicam ente exclam ou: 9. Lem brem -se, os que estão
“Estou livre”, (Moisés 5:33.) errados não devem decidir sua
6. Em caso de erros já com eti m aneira de viver, pois quem se
MAIO DE 1981 35
vangloria de suas conquistas se E. C onhecerem os a bênção de
xuais apenas fala daquilo que o expandir o livre arbítrio, a p re n
venceu — assim com o as pessoas dendo a agir sabiam ente por nós
que contam piadas de bêbedos, m esm os em lugar de nos d eix ar
estão apenas ridicularizando aqui mos levar pelos apetites. (V er II
lo que zomba delas. Néfi 2:26.)
Evitando os m ales e conse F. Existe ainda a bênção signi
qüências da incontinência, g a ficativa de progredir m ais ra p i
nham os direito e acesso às b ên dam ente, decorrente da decisão
çãos que sem pre acom panham os de rejeitar o errado e escolher o
que g u ard am os m andam entos. certo. N ão basta chegar ao ponto
Se g u ard arem o sétim o m a n d a de não m ais nos agradarm os do
m ento, colherão inevitavelm ente pecado; tem os de sentir fom e e
estes resultados: sede de retidão.
A. T erão a bênção incom ensu-
rável de estar em harm onia com G. Além das dem ais, tem os
Deus e sua lei. ainda a im portante bênção da in
B. A obediência tra rá ainda a tegridade d ’alm a que leva à in tei
bênção de conhecer e realizarm os reza pessoal e destem ida fra n q u e
nosso potencial. O evangelho za. t
ajuda-nos a ver não só o que so M eus jovens am igos, o desvio
mos, m as o que poderem os tor- dos m andam entos de Jesus Cristo
nar-nos. os torna m enos cristãos. P arte do
C. G uardando o sétim o m a n ser um verdadeiro cristão é g u a r
dam ento, gozarem os a bênção da d ar o sétim o m andam ento. R eco
auto-estim a. nheçam os que ser casto antes do
D. A g u arda desse m a n d am en casam ento e fiel depois de casa
to abençoa-nos com a liberdade do, é a única m aneira de nossa
do m ais opressivo de todos os tira alegria ser com pleta. É m inha
nos - os apetites. Assim, seremos oração em nom e de Jesus Cristo.
m ais livres. A m ém .
36 A LIAHONA
Coro do Tabernáculo Faz Estrondoso Sucesso na
Posse do Presidente Reagan
Por J. Malan lleslop, Idilor Gerente do Deseret News.