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Introdução à engenharia de poços

Cimentação
Cimentação

Operação que é
realizada bombeando
uma pasta de cimento
pelo interior do
revestimento,
posicionando-a no
espaço anular
revestimento/poço
Cimentação

Objetivos:
Preencher o espaço entre o revestimento e a parede do poço
e promover a aderência entre a parede externa do
revestimento e formação rochosa / parede interna do
revestimento anterior
Deslocar e posicionar a pasta de cimento no anular entre
revestimento e poço
Isolar as formações impedindo entrada de fluidos e perdas
de circulação
Fornecer suporte mecânico para o revestimento
Isolar um poço para abandono
Cimentação

A pasta de cimento é preparada com cimento, água e


aditivos e após o seu posicionamento aguarda-se um
tempo pré-definido (tempo de pega) quando ocorre o
seu endurecimento.
Histórico

O primeiro uso do cimento em poço de petróleo


ocorreu na Califórnia em 1883;
Somente em 1902 se passou ao uso do cimento
Portland;
Em 1910, Almond A. Perkins patenteou o método de
bombear a pasta para o poço, com tampões
metálicos a frente e atrás desta, para evitar
contaminação;
Em 1922, Erle P. Halliburton patenteou o misturador
com jatos (“jet mixer”), automatizando a mistura da
pasta;
Histórico

Nessa época aguardava-se de 7 a 28 dias para o


endurecimento do cimento;
A partir de 1923, foram desenvolvidos cimentos
especiais para a indústria do petróleo, com alta
resistência inicial;
Com o advento dos aditivos químicos, o tempo de
pega foi sendo progressivamente reduzido:
72 horas até 1946;
24 a 36 horas a partir de 1960.
Histórico

Hoje as pastas podem se manter fluidas por certo


tempo, a altas temperaturas e pressões (4 horas,
em geral), permitindo seu deslocamento em poços
profundos;
A partir deste tempo a pasta endurece rapidamente
e as atividades no poço podem ser retomadas
apenas 6 a 8 horas após a cimentação.
Tipos de cimentação:
1) Cimentação primária – é a cimentação que é
realizada após a descida da coluna de revestimento;

seu objetivo básico é colocar a pasta em determinada


posição do anular, coluna de revestimento/poço, de
modo a se obter uma vedação eficiente e permante
deste anular. A qualidade desta cimentação é
verificada através de perfis acústicos, também
chamados perfis de avaliação da cimentação.
Tipos de cimentação
2) Cimentação secundária – são operações corretivas
que são realizadas quando ocorrem problemas na
cimentação primária e são classificadas como:

2.1) Tampões de cimento – consiste no bombeamento


para o poço de volumes relativamente pequenos de
pasta de cimento, que cobre um trecho do poço. É
usado nos casos de perda de circulação, abandono
total ou parcial do poço, como base para desvios,
etc.
2.2) Compressão de cimento ou squeeze –
consiste na injeção forçada de cimento sob
pressão em canhoneados ou furos no
revestimento, visando corrigir a cimentação
primária, sanar vazamentos no revestimento
ou impedir a produção de zonas que passaram
a produzir fluidos indesejáveis.
Tipos de cimentação:
2.3) Recimentação – é a correção da
cimentação, quando o cimento não alcança a
altura deseja no anular. A circulação da pasta
é feita através de canhoneados no anular,
quando isto é possível.
Cimento – O cimento utilizado é do tipo Portland,
preparado a partir do cozimento de calcário e
argila, que formam o clinquer ao qual é adicionado
gesso (sulfato de cálcio hidratado). Seus principais
componentes químicos são:

Cal virgem (CaO) – 60% a 75%


Sílica (SiO2) – de 17% a 25%
Alumina (Al2O3) – de 3% a 8%
Óxido de Ferro (Fe2O3) – de 0,5% a 6%
Os componentes químicos combinados formam os seguintes
compostos:
- 3CaO.SiO2 – Silicato tricálcico ou celita (C3S) – é o principal
componente do cimento e o que responde pela sua resistência
inicial . O cimento deve ter uma maior percentual deste
componente.
- 2CaO.SiO2 – Silicato dicálcio de alumínio ou belita (C2S) –
apresenta baixa resistência mecânica inicial mas contribui para o
aumento da resistência do cimento a longo prazo.
- 3CaO.Al2O3 – Aluminato tricálcico ou alita (C3A) – controla a pega
inicial e tempo de endurecimento da pasta, mas apresenta baixa
resistência aos sulfatos.
- 4CaO.Al2O3.Fe2O3 – Ferro aluminato tetracálcico ou ferrita (C4AF)
– controla a resistência à corrosão química do cimento.
Classes de cimento

O API padronizou processo de fabricação e composição


química do cimento em 8 classes, cujas propriedades
diferem quanto às faixas de pressão e temperatura, à
resistência inicial e retardamento, a resistência ao
ataque de sulfatos e ao calor de hidratação.

Estas propriedades estão relacionadas à proporção


destes compostos, a profundidade dos poços e aos
fluidos nela contidos.

Os cimentos mais usados na indústria do petróleo são


os das classes G e H.
Ensaios de compressão

Medem o esforço necessário para romper corpos de prova


moldados em condições que simulem as do fundo do
poço;
Os corpos de prova são preparados em moldes
padronizados e deixados em câmara de cura;
Os testes são realizados a tempos padronizados 8, 24, 48 e
72 horas; s
A resistência à compressão mínima a 8 horas de cura varia
de 300 a 1500 psi para o cimento classe G, a depender
da natureza da operação.

s
Características e ensaios da pasta de cimento
A pasta deve apresentar baixa viscosidade, não
gelificar quando estática, manter a viscosidade
constante até a ocorrência da pega, ter baixa
perda de filtrado sem separação de água livre
ou decantação de sólidos. A verificação dessas
características é feita através de testes
laboratoriais:
Reologia: consiste de leituras feitas em viscosímetro
Fann, a partir das quais é feito o estudo do regime
de fluxo e do modelo reológico a adotar para o
deslocamento. As propriedades reológicas estão
relacionadas ao comportamento mecânico da
pasta. Seu entendimento e controle nas
operações com cimento visam a otimizar a
eficiência com que a pasta de cimento desloca o
fluido do espaço anular sob determinado regime
de fluxo e a real pressão exercida sobre as
paredes do poço.
Perda de fluido: O teste de filtrado estático visa medir a
taxa de desidratação da pasta. A redução do filtrado
de uma pasta através da adição de redutores de
filtração – previne sua desidratação prematura, protege
formações sensíveis a dano e gera reboco de menor
espessura e baixíssima permeabilidade. O teste
consiste em confinar um volume de pasta em filtro
prensa e aplicar pressão de 100 a 1000psi por 30min.
O volume recolhido é o filtrado que deve ser menor que
200ml em operações normais e menor que 500ml em
compressões do cimento.
Água livre: Visa determinar a quantidade de
água que tenderá a migrar através da pasta.
Este valor deve ser limitado principalmente
para evitar canalizações de gás após a
cimentação e para evitar diferenciamento do
endurecimento da pasta. O teste consiste em
medir a quantidade de água acumulada acima
da pasta após deixá-la em repouso em proveta
graduada de 250ml; o limite máximo aceitável
é de 3,5ml
Peso específico: Determinado através da
balança densimétrica pressurizada, é expresso
em lb/gal.

Finura: Determina a granulometria do cimento


expressa em função da superfície específica
dos grãos de cimento da amostra em cm2/kg. É
realizado como verificação de fábrica
Tempo de espessamento ou de consistência: É o
teste mais importante pois indica o tempo em
que a pasta tem fluidez para ser bombeada nas
condições de pressão e temperatura do poço. O
teste é feito num equipamento chamado
consistômetro pressurizado, que permite o
aumento gradual da temperatura e pressão ao
mesmo tempo que simula o movimento da
pasta; a unidade é a Uc (unidade de
consistência); a pasta deixa de ser bombeável
ao atingir 100Uc
Aditivos para cimentação
São os compostos químicos adicionados à
mistura água/cimento com o objetivo específico
de conferir características desejadas a pasta de
cimento:

Aceleradores de pega – visam diminuir o tempo


de espessamento e aumentar a resistência
compressiva inicial da pasta. O mais comum é
o CaCl2 de 0,5% a 2%, mas também pode ser
usado o NaCl a concentrações de até 6%.
Retardadores: Permitem o retardamento do início da pega da
pasta, quando a pressão e temperatura são muito altas para o
uso de cimento sem aditivos, permitindo seu deslocamento.
Agem por absorção superficial ou por formação de
precipitados superficiais impermeáveis que retardam o
processo de hidratação.
Estendedores: Permitem obter maior rendimento (volume de
pasta produzido por volume aparente de cimento) de pasta
ou reduzir sua densidade, possibilitando maiores alturas de
pasta por causarem menor pressão hidrostática. Funcionam
por absorção de água ou por adição de agregados de baixa
densidade. Utilizam-se os seguintes compostos: argilas,
silicatos, pozolana, gilsonita, microesferas de cerâmica e
nitrogênio.
Redutores de fricção ou dispersantes: Atuam nas cargas elétricas
superficiais das partículas da pasta de cimento, alterando
suas propriedades reológicas, provocando um afinamento
desta – permitindo maiores vazões com menores perdas de
carga;
Controladores de filtrado: Visam evitar a desidratação
prematura da pasta frente a zonas permeáveis, mantendo a
bombeabilidade e impedindo que se cause danos a formação
produtora, reduzindo a permeabilidade do reboco de cimento
e/ou aumentando a viscosidade do filtrado. Os polímeros
derivados da celulose e outros polímeros sintéticos são os
mais utilizados.
Definições básicas:
Rendimento da pasta de cimento (R): É o volume de pasta produzido
por cada pé cúbico de cimento, expresso em pés cúbicos de
cimento;
Peso específico da pastas (P): É a relação do peso da pasta e seu
respectivo volume, expresso em libras por galão;
Fator água-cimento (FAC): é a relação, em peso, entre água doce
e/ou do mar e o cimento. É expresso em percentual;
Fator água de mistura (FAM): ou simplesmente água de mistura. É o
volume total de água doce e/ou do mar e os demais aditivos nelas
dissolvidos e/ou disperso por cada pé cúbico de cimento, expresso
em galões por pé cúbico de cimento.
Algumas propriedades típicas do cimento:

Saco de cimento Saco de cimento


Propriedades
Brasil EUA

Massa 50 kg 94 lb

Volume aparente 33.1 dm3 1 ft3

Volume de sólidos 15.92 dm3 0.48 ft3

Massa específica 3.14 g/cm3 195.8 lb/ft3

Densidade 3.14 3.14

.
PREPARANDO A PASTA
DE CIMENTO

HOMOGENEIZANDO NA
SUPERFÍCIE

DESLOCANDO PARA
DENTRO DO POÇO
Caminhão de cimentação Skid
Cabeça de cimentação - equipamento que é conectado no topo da
coluna de revestimento, recebe a linha de cimentação. Pode abrigar em seu
interior tampões de borracha de deslocamento e pode ter entrada para até 3
linhas, rolamento para permitir giro da coluna e sistema de conexão especial.

Cabeça de cimentação Tampão de borracha


Sapata: Colocada na extremidade
da coluna, serve de guia para a
introdução do revestimento no poço,
podendo ter um mecanismo de
vedação que evita o retorno da pasta
após seu deslocamento.

Sapata Sapata
Flutuante Cega
Cabeça de cimentação - equipamento que é conectado no topo da coluna de
revestimento, recebe a linha de cimentação. Pode abrigar em seu interior
tampões de borracha de deslocamento e pode ter entrada para até 3 linhas,
rolamento para permitir giro da coluna e sistema de conexão especial.

Cabeça de cimentação Tampão de borracha


Colar: Posicionado 2 a 3 tubos acima da
sapata serve para reter os tampões de
cimentação, alem de poder ter
mecanismo de vedação.

Colar Colar
Cego Flutuante
Tampão de fundo – é um tampão de borracha com uma
membrana de baixa resistência em sua parte central.
Lançado na coluna à frente da pasta de cimento, e
empurrado por esta até que toque no colar retentor (ou
flutuante, quando a membrana se rompe permitindo a
passagem da pasta. O objetivo principal é raspar o
filme de sólidos do fluido de perfuração aderido à
parede da coluna de revestimento.

Tampão de topo – é um tampão rígido de


borracha lançado após a pasta, que a separa
do fluido de perfuração de deslocamento para
evitar contaminação. É retido pelo colar,
causando um aumento de pressão o que indica
o término do deslocamento.
Centralizadores – são peças compostas de lâminas curvas
externas à coluna de revestimento e tem como finalidade
centralizar a coluna, afastando-a das paredes do poço, o que
irá garantir a distribuição do cimento no anular e evitar a
prisão da coluna por diferencial de pressão. Em poços
direcionais usa-se centralizadores rígidos, para evitar o
amassamento ou quebra das lâminas do centralizador
comum. As extremidades das lâminas são encaixadas em
anéis bipartidos para facilitar sua instalação, sendo fechados
em volta dos tubos por meio de pinos que unem os anéis.
Arranhadores – são utilizados para remover o reboco formado
pelo fluido de perfuração na parede do poço. Essa remoção é
feita através de movimentos verticais (reciprocações) ou de
rotação da coluna
Colar de estágio:
Posicionado em algum
ponto intermediário da
coluna, ele permite a
cimentação em mais de
uma etapa, quando o
trecho a cimentar é
muito extenso ou
quando existam zonas
críticas muito acima da
sapata.
Obturador externo ou ECP (External Casing
Packer) – equipamento que tem em sua parte
central uma borracha inflável, que é instalado
na coluna de revestimento para promover a
obstrução do espaço anular. É utilizado para
proteger intervalos de interesse. Também é
usado abaixo do colar de estágio, garantindo
que o cimento do 2° estágio não desça pelo
anular
Colchões de lavagem e espaçadores – são volumes
relativamente pequenos de fluidos - 10 a 50bbl (água +
aditivos químicos) que são deslocados antes e após a
cimentação:
Colchão lavador – preparado com detergentes para a
remoção do fluido de perfuração aderido ao
revestimento, tendo ainda uma atuação na remoção
mecânica do reboco da formação
Colchão espaçador – são colchões viscosos e com
densidade ajustável com a finalidade de evitar a
contaminação da pasta de cimento
Seqüência operacional da cimentação primária

- Montagem das linhas de cimentação;


- Circulação para o condicionamento do poço.
Simultaneamente é feita a preparação do colchão de
lavagem;
- Bombeio do colchão de lavagem;
- Teste de pressão das linhas de cimentação, usualmente feito
com as linhas de colchão de lavagem. As linhas são testas até
uma pressão superior á máxima pressão prevista durante a
operação;
- Lançamento do tampão de fundo;
- Mistura da 1 pasta, mais leve, devendo cobrir o intervalo
programado;
Seqüência operacional da cimentação primaria

- Mistura da 2 pasta, de maior densidade e resistencia


à compressão para cobrir a parte inferior da coluna.
È mais e cara e eficiente;
- Lançamento do tampão de topo;
- Deslocamento do fluido de perfuração;
- Pressurização do revestimento par teste de vadação
do tampão de topo
- Após a pega do cimento, é descida a coluna com
broca para cortar as partes internas dos acessórios e
condicionar o revestimento.
3. Avaliação da qualidade da cimentação:

CORRENDO O PERFIL
CBL/VDL/GR/CCL • A cimentação tem a função de promover a
vedação hidráulica entre os diversos
intervalos permeáveis, impedindo a
intercomunicação de fluidos por detrás do
revestimento e propiciar suporte mecânico ao
revestimento;

• Para se inferir a existência ou não de


FALHA DA CIMENTAÇÃO intercomunicações entre os intervalos de
interesse, avalia-se a qualidade da
cimentação, se negativo, procede-se a
correção da cimentação primária, efetuando
canhoneio (furos no revestimento) e a
compressão de cimento nos intervalos
deficientes;
3. Avaliação da qualidade da cimentação:

CORRENDO O PERFIL
CBL/VDL/GR/CCL
• Na avaliação da qualidade da cimentação
são utilizados perfis acústicos, que
medem a aderência do cimento ao
revestimento e do cimento à formação. O
perfil mais utilizado é o CBL/VDL.

• O perfil CBL registra boa aderência


FALHA DA CIMENTAÇÃO cimento revestimento quando detecta
presença de valores baixo no perfil;

• O perfil VDL registra boa aderência


cimento formação quando detecta
ausência de sinal de revestimento e
presença de sinal de formação.
Perfil sonico

Sistema de perfilagem acústica


composto basicamente por
transmissor,um receptor e um
aparelho de medição;
Transmissor acionado por energia
elétrica, emitindo pulsos
sonoros de curta duração que
se propagam através do
revestimento, cimento e
formação, antes de atingirem os
dois receptores ( 3 pés e 5 pés
do transmissor );
Receptores reconvertem pulsos
sonoros em sinal elétrico que
são enviados para um medidor
na superfície, através de cabos
condutor
CBL: Cement Bond Logging - Controle de aderência da
cimentação
Cimento - revestimento
Interpretação:
• Amplitude atenuada: indica boa aderência do
cimento ao revestimento;
• Amplitude alta: indica má aderência do cimento
ao revestimento;

VDL: Variable Dendity Logging - Densidade Variavel


Interpretação:
Boa aderência cimento-formação:ausência de sinal
de revestimento e presença de sinal de formação
no perfil VDL;
Revestimento livre:
• Altos valores de amplitude no perfil CBL;
• Padrão de faixas paralelas, retas, claras e
escuras no perfil VDL
Perfil de Raios Gama- GR
Tem a função de correlacionar a profundidade
do perfil CBL/VDL com o GR de poço aberto.
Mede a radioatividade natural das formações.
Os elementos radioativos se concentram mais
em rochas argilosas.
Perfil CCL –Casing Collars Locator
A ferramenta responde a alterações no volume
de metal, tal como presença de luvas e
canhoneios
REGISTRO DO PERFIL CBL/VDL/GR/CCL – ULTRA SÔNICO
PERFIL ULTRASONICO
• Dispõe de 8 sensores de medição;
Uma parcela de energia é refletida e o restante
entra em ressonância com as paredes nas
paredes de revestimento, gerando reflexões
múltiplas;
As parcelas relativas a energia refletida R e
transmitida T são obtidas por uma equação
especifica;

A presença de cimento em volta do


revestimento é detectada através de uma
amplitude pequena de onda acústica e um
rápido decaimento exponencial de ressonância;

A ausência de cimento corresponde a uma


grande amplitude e uma longa queda
exponecial do sinal
Equeeze - Compressão da Cimentação

CIMENTAÇÃO – CORREÇÃO DA CIMENTAÇÃO PRIMÁRIA

COMPRESSÃO DE CIMENTO (SQUEEZE):

É o processo de comprimir a pasta de cimento, colocada no anular


revestimento-poço em frente aos furos que se deseja isolar. Pode
ser a baixa pressão, quando a pasta é desidratada no fundo a uma
pressão inferior a pressão de fratura da formação, ou a alta pressão,
quando a desidratação da pasta é a uma pressão maior que a
fratura.
A maior parte das operações atende a esta
finalidade porém, ocorrem outras aplicações:
- correção da cimentação primária;

- recimentação primária (com uso de C.R);

- correção de furo ou vazamento no revestimento;

- abandono definitivo de intervalos (Block Squezze);

- abandono temporário ou definitivo do poço.


Exercício: Estime o volume de pasta de cimento necessário para o
processo de cimentação de um revestimento de produção,
cimentando até a superfície, com diâmetro de abertura de 10” e
diâmtro interno de 9.5”. O poço está situado a uma profundidade
total TVD de 5000, em um ambiente offshore de 1000m de lamina
d’água.

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