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Universidade Federal da Paraíba

CCHLA – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes

Programa de Pós-Graduação em Antropologia

Disciplina: Teoria Antropológica 1

Docente: Márcia Reis Longhi / Discentes: Josilene; Matheus; Milene; Nádja; Priscila

Apresentação – A Antropologia de Marcel Mauss

- Vida e trajetória

• Segue a formação de filósofo, na Universidade de Bordeaux, sob influência do


tio, Durkheim;
• 1900 - torna-se assistente de Foucher, diretor de estudos de história de religiões
da Índia na “École Pratique des Hautes Études”;
• 1902 - assume a cátedra de história da religião de povos não-civilizados na mesma
instituição;
• 1917 - assume o papel de aticulador e organizador do legado da Escola
Sociológica Francesa; sucede o tio a frente Année Sociologique;
• 1925 - fundou junto com Lucien Lévy-Bruhl e Paul Rivet o Institut d'Ethnologie
de Paris;
• Em 1931 é eleito membro do Collège de France;

- O autor e sua obra

• Características: dispersão, fragmentação, multiforme; produção colaborativa com


outros pesquisadores;
• Periodização: 1898 - 1920 => escritos da juventude => quase 400 resenhas;
• 1924/1925 => escritos da maturidade => 86 resenhas apenas em 1925;
• Ensaio sobre a dádiva (1924/25); La Sociologie en France depuis 1914 (1933);
Fragmento de um plano de sociologia geral descritiva: classificação e método de
observação dos fenômenos gerais da vida social nas sociedades de tipos arcaicos
(1934); As técnicas do corpo (1934), Uma categoria do espírito humano: a noção
de pessoa, a de ‘eu’ (1938); Manuel d´étnographie (1947); “La nation”,
(publicação póstuma, 1956).

- Postura teórica e metodológica

• Influências: o quadro teórico durkheimiano;


• Pensador profundo dos fatos sócio-culturais, apresentava “esprit de système”,
defendia "pensar sociologicamente" e a explicação genética (explicação dinâmica
do conjunto dos fatos);
• Estímulo forte ao trabalho de campo / Coletor de observações de outros!
• Enfatiza o papel da definição como ponto de partida de qualquer investigação;
• Duplo tratamento metodológico: a) morfológico (acionando demografia, a
geografia humana e a “técnico-morfologia”); b) fisiológico (estudo dos fatos de
consciência, técnicas do corpo, estética, econômica, jurídica, religiosa, científica).

- Ensaio sobre a dádiva (1925)

→ Introdução

Programa

• Na civilização escandinava e em muitas outras, as trocas e os contratos se fazem


sob a forma de presentes, em teoria voluntários, na verdade obrigatoriamente
dados e retribuídos (p.187);
• Então, qual é a regra de direito e de interesse que, nas sociedades de tipo atrasado
ou arcaico, faz que o presente recebido seja obrigatoriamente retribuído? Que
força existe na coisa dada que faz que o donatário a retribua?

Método

• Método de comparação;
• Polinésia, Melanésia, Noroeste americano e alguns grandes direitos;
Prestação, Dádiva e Potlatch

• Nas economias e nos direitos que precederam os nossos, nunca se constatam, por
assim dizer, simples trocas de bens, de riquezas e de produtos num mercado
estabelecido entre os indivíduos;

- Sistema das prestações totais

• Tipo mais puro de instituição, representado pela aliança de duas fratrias nas tribos
australianas ou norte-americanas em geral, onde ritos, casamentos, sucessão de
bens, vínculos de direito e de interesse, posições militares e sacerdotais, tudo é
complementar e supõe a colaboração das duas metades da tribo (Tlingit e Haida);

- Potlatch

• Significa essencialmente "nutrir", "consumir" (MAUSS, p.198, 2017).

- Prestações totais de tipo agonístico

• Diversos temas — regras e ideias — estão contidos nesse tipo de direito e de


economia. O mais importante, entre esses mecanismos espirituais, é
evidentemente o que obriga a retribuir o presente recebido;

1. As dádivas trocadas e a obrigação de retribuí-las (Polinésia)

1. Prestação total, bens uterinos contra bens masculinos (Samoa);

- Elementos essenciais do potlatch: o da honra, do prestígio, do mana que a


riqueza confere, e o da obrigação absoluta de retribuir as dádivas sob pena de perder
esse mana, essa autoridade, esse talismã e essa fonte de riqueza que é a própria
autoridade (p.195);

- Oloa e Tonga dentro do sistema presente em Samoa;

2. O espírito da coisa dada (Maori);

“Os taonga são, pelo menos na teoria do direito e da religião maori, fortemente
ligados à pessoa, ao clã, ao solo; são o veículo de seu mana, de sua força mágica,
religiosa e espiritual.” (MAUSS, p. 204, 2017)
Vou lhes falar do hau... O hau não é o vento que sopra. De modo
nenhum. Suponha que você possua um artigo determinado (taonga) e
que me dê esse artigo; você me dá sem preço fixado. Não fazemos
negociações a esse respeito. Ora, dou esse artigo a uma terceira pessoa
que, depois de transcorrido um certo tempo, decide retribuir alguma
coisa em pagamento (utu), ela me dá de presente alguma coisa
(taonga'). Ora, esse taonga que ela me dá é o espírito (hau) do taonga
que recebi de você e que dei a ela. Os taonga que recebi pelos taonga
(vindos de você), é preciso que eu os devolva. Não seria justo (tika) de
minha parte guardar esses taonga para mim, fossem eles desejáveis
(rawè) ou desagradáveis (hino). Devo dá-los de volta, pois são um hau
do taonga que você me deu. Se eu conservasse esse segundo taonga,
poderia advir-me um mal, seriamente, até mesmo a morte. Assim é o
hau, o hau da propriedade pessoal, o hau dos taonga, o hau da floresta.
Kali ena. (Basta sobre esse assunto.)" (MAUSS, p. 205, 2017)

Nesse sentido, é preciso retribuir a outrem o que na realidade é parcela de sua natureza
e substância; pois, aceitar alguma coisa de alguém é aceitar algo de sua essência
espiritual, de sua alma;

3. Outros temas: a obrigação de dar, a obrigação de receber;

-Prestação total e Potlatch

A prestação total não implica somente a obrigação de retribuir os presentes


recebidos, mas supõe duas outras igualmente importantes: obrigação de dar, de um
lado, obrigação de receber, de outro;

-Regime social, mentalidade definida

Tudo (alimentos, mulheres, filhos, bens, talismãs, solo, trabalho, serviços,


ofícios sacerdotais e funções) é matéria de transmissão e de prestação de contas. Tudo
vai e vem como se houvesse troca constante de uma matéria espiritual que
compreendesse coisas e homens, entre os clãs e os indivíduos, repartidos entre as
funções, os sexos e as gerações;

4. Observação - O presente dado aos homens e o presente dado aos deuses

Em todas as sociedades do nordeste siberiano e entre os Esquimós do


oeste do Alaska, assim como entre os da costa asiática do estreito de
Behring, o potlatch produz um efeito não apenas sobre os homens que
rivalizam em generosidade, não apenas sobre as coisas que eles se
transmitem ou consomem, sobre as almas dos mortos que assistem e
participam da cerimônia, e das quais os homens carregam o nome, mas
também sobre a natureza (MAUSS, p. 211, 2017).

- Troca-dádiva
- Sacrifício-contrato

As oferendas aos homens e aos deuses têm também por objetivo obter a paz
com uns e outros. Afastam-se assim os maus espíritos e, de maneira mais geral, as
más influências, mesmo não personalizadas.

IV. Conclusão

1. Conclusões de moral

• Considera que parte da nossa moral e da nossa vida se encontra nessa atmosfera
misturada que envolve dádivas, obrigações e liberdade e ressalta ainda que nem
tudo é classificado em termos comerciais (compra e venda) por mais que isso se
manifeste nos mecanismos da atual vida social;
• Em determinadas organizações sociais no ocidente há a presença da dádiva não
retribuída, que de certa forma cria situações em que isso traz inferioridade àquele
que não a retribuiu (principalmente quando a aceita sem intenção de retribuir-
caridade/esmola). Essa experiência se configura na vivência da dívida, aquela
retribuição que dentro da vida socioeconômica não foi cumprida;
• Exemplifica que as trocas ainda são feitas de forma “viva” ao trazer a ideia de
quando uma ovelha, cabra e outros animais são vendidos e como há um esforço
(místico ou não) para que sua alma e sua energia não o leve de volta para sua
origem/casa, querendo dizer que diversos costumes franceses apontam que há a
necessidade de separar a coisa vendida de sua origem para que não seja atingido
pela falta de retribuição. (MAUSS, p. 309, 2017);
• Traz então justamente essa questão em que toda presença da previdência social na
legislação é oriunda do entendimento que o trabalhador participa de uma dádiva
que envolve sua vida e sua força de trabalho dando-as para a coletividade e para
os patrões (a burguesia) e que essa dádiva se mantém através das colaborações
para previdência que não permitem que a retribuição se encerre no pagamento por
serviços/salário, permitindo ao Estado dar continuidade à essa troca e estabelecer
condições que permitam a vida continuar em cenário que essa troca se daria por
terminada (aposentadoria, desemprego e afins). (MAUSS, p-, 2017)

A previdência social, a solicitude das cooperativas, do grupo profissional,


de todas essas pessoas morais que o direito inglês honra com o nome
de 'Friendly Societies', valem mais que o simples seguro pessoal que o
nobre garantia a seu capataz, mais que a vida mesquinha que o salário
pago pelo patrão assegura, e mais até que a poupança capitalista -
baseada em um crédito variável. (MAUSS, p. 313, 2017)

2. Conclusões da sociologia econômica e de economia política

• Como se trata de conclusão, fala de forma bem direta que a economia pautada na
troca-dádiva está longe de obedecer às pautas da economia supostamente natural
que pertence ao utilitarismo e aponta que tendo conhecimento sobre fenómenos
econômicos desses povos é possível perceber que o fato de que consideráveis
tradições tenham permanecido em tempos seguintes já demonstra que a troca-
dádiva ultrapassa os modelos propostos pelos economistas;
• O que Mauss traz aqui é justamente que a noção de valor atribuída por essas
sociedades e presente em seus sistema de economia está embebida de
significações religiosas; a moeda permanece tendo poder e mágica ligada ao clã e
seus representantes, ainda existem ritos e direitos presentes em várias dessas
relações e suas ideias de valor – essas representações também caem naquilo que
se entendeu por tanto sempre como uma forma primitiva do utilitarismo, o
escambo, aquele que definiria um marco histórico da economia e sua própria
divisão social do trabalho. (MAUSS, p. 316, 2017);
• Percebe-se que em sociedades como os Maori e Tsimshian, o indivíduo ou o grupo
sempre têm o direito de recusar esse laço contratual, mas de forma geral não era
comum praticar essa recusa e muito menos as alianças e afins que vêm com elas,
há a presença do interesse, mas não o interesse retratado pelo ocidente e pela
sociedade capitalista.

3. Conclusão da sociologia geral e de moral

• Aponta que há uma questão a ser tratada por etnógrafos, que é a ideia de propor
investigações e não da solução de problemas ou uma teoria definitiva, o que
permite que a observação seja mais ampla e mais fatos sejam encontrados;
• Trata que esses "fenômenos" trabalhados no ensaio são fatos sociais totais, pondo
em ação toda sociedade e suas instituições, assumindo características jurídicas,
econômicas, religiosas e até mesmo estéticos, etc - para os Tlingit "tudo é causa
de emoção estética e não apenas da ordem da moral ou do interesse." (MAUSS,
pp. 325, 2017);
• Também argumenta que é necessário observar a sociedade de forma dinâmica e
não imóvel, pois é ao “considerar o conjunto que se observa o essencial”
(MAUSS, pp. 326, 2017) fazendo-se importante que se considere observar o
comportamento em sua totalidade e não de forma dividida em faculdades, levar
em consideração também psicologia, por exemplo;
• Tais observações são capazes de revelar que certas organizações sociais permitem
a existência de amizade em ambientes de rivalidade e que não há, na realidade,
essa proposta de que para haver conflito e afins é necessário ter inimizade e que
essas relações se dão assim;
• Termina por fazer uma valorização àquilo que foi observado nas sociedades
“arcaicas” e traz que talvez seja importante nos reconectarmos com certas noções
“tradicionais” de forma a melhor viver em coletividade:

As sociedades progrediram na medida em que elas mesmas, seus sub-


grupos e seus indivíduos souberam estabilizar suas relações, dar,
receber e, enfim, retribuir. [...] -se opor sem se massacrar, dando-se uns
aos outros sem se sacrificar. Esse é um dos segredos permanentes de
sua sabedoria e de sua solidariedade. (MAUSS. pp. 329, 2017)

- Uma categoria do espírito humano: a noção da pessoa, a de “eu” (1938)

I. O sujeito: a pessoa

• Busca uma desnaturalização da noção de pessoa. Vai trabalhar com a noção de


pessoa, de eu, e para isso percorre uma série de sociedades a fim de trazer
exemplos de como essa categoria adquiriu forma em diferentes lugares;
• Pergunta norteadora: “De que maneira, ao longo dos séculos, através de
numerosas sociedades, se elaborou lentamente, não o senso do "eu", mas a noção,
o conceito que os homens das diversas épocas criaram a seu respeito?” - algumas
das diferentes formas que o conceito de pessoa assumiu são usadas por Mauss
para fazer essa discussão;
II. O personagem e o lugar da pessoa

• O primeiro exemplo que usa é o dos indígenas pueblos, os zuñi. A noção de pessoa
desse povo se caracteriza por: posição/status social; a sua definição de confunde
com o clã e se separa dele ao mesmo tempo; “sobrevivência” de um indivíduo e
de seus bens, títulos, através da reencarnação em um descendente;
• O segundo exemplo é do povo os Kwakiutl. Assemelham-se aos Zuñi; cada
indivíduo tem um nome profano e sagrado, portanto, um nome de conhecimento
geral e outro secreto; os nomes garantem a manutenção da ordem social, por meio
da reencarnação e transmissão de bens e títulos; a manutenção dos nomes garante
a perpetuidade das pessoas;
• Entre esses dois povos, e outros indígenas pueblos, observa-se que a noção de
pessoa tem uma relação estreita com a noção de personagem;

III. A persona latina

• Para construir a noção de “Eu”, assim como era compreendida na época de Mauss,
ele parte do que considera ter fundamentado a noção de persona latina;
• Duas noções de pessoa teriam fundamentado a noção de persona latina, as noções
de pessoa da Índia bramânica e búdica e da China;
• A Índia seria a mais antiga civilização a propor a noção de “Eu”;
• Tanto hinduísmo quanto budismo defendem a inexistência do "Eu''. Evocam o
“Eu” para negar sua existência;
• Já na China observa-se a valorização do indivíduo - assemelha-se aos povos do
noroeste por manter uma estrutura social, pelos nomes traduzirem hierarquia,
classe, formas de vida, etc;
• Retirada do caráter perpétuo do nome e manutenção do seu caráter coletivo - a
pessoa aqui ainda não é uma entidade completa e independente (exceto das
divindades).

IV. A persona

• Foram os latinos que estabelecem parcialmente a noção de pessoa e deram o


sentido primitivo amplamente difundido na sociedade ocidental;
• A “pessoa” é um fato fundamental do direito, ou seja, mais do que um elemento
de organização, personagem ou nome;
• Elementos sociopolíticos, como a revolta da plebe e a conquista do direito à
cidadania, influenciam diretamente o conceito de noção de pessoa;

V. A pessoa: fato moral

• Influência da moral voluntária dos estoicos tanto em relação a noção romana,


quanto no enriquecimento do direito;
• Parte da hipótese de que as escolas de Atenas e de Rodes tiveram grande
influência no desenvolvimento do pensamento moral latino;
• Pontua a contextualidade em que as multiplicidade de significações estão
inseridas;
• “(...) a consciência moral introduz a consciência na concepção jurídica do direito”
(MAUSS, p. 411, 2017)

VI. A pessoa cristã

• A noção de pessoa passa a ser fundamentada a partir de uma entidade metafísica;


• Ideia de unidade de pessoa, da unidade de Igreja em relação à unidade de Deus e
a propagação pela Igreja do “mistério divino” da Trindade;
• A pessoa passa a ser uma substância racional indivisível e individual.

VII. A pessoa, ser psicológico

• A noção de pessoa transforma-se na categoria do Eu a partir da identificação


com o conhecimento de si e com a consciência psicológica;

• Se estabelece a noção: pessoa = o Eu; o Eu = a consciência – que é sua categoria


primordial.”;

• Fichte faz da categoria do “Eu” uma condição da consciência, da ciência e da


Razão Pura.

VIII. Conclusão

De uma simples mascarada à mascara; de um personagem a uma


pessoa, a um nome, a um indivíduo; deste a um ser com valor metafísico
e moral; de uma consciência moral a um ser sagrado; deste a uma forma
fundamental do pensamento e da ação; foi assim que o percurso se
realizou. (MAUSS, p. 417, 2017)
- Considerações Finais: Contribuições de Mauss à Antropologia

• Pensar antropologicamente:

o Construção de teorias parciais da sociedade;


o Utilização de documentação vasta e submissão dos dados à crítica
interna e externa;
o Observação do caráter relacional dos fenômenos (p.e: sagrado-profano);
o Importância do conhecimento prévio do etnógrafo;
o Trabalho de campo.
• Formação de uma geração de antropólogos: Marcel Griaule, Maurice Leenhardt,
Claude Lévi-Strauss; André Leroi-Gourhan, George Devereux, André
Schaeffner Denise Paulme, Louis Dumont e Roger Bastide ...

Referências Bibliográficas

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. Leitura de Mauss. SÉRIE


ANTROPOLOGIA, n. 19, 1977.

MAUSS, Marcel. (2017). Ensaio sobre a dádiva: forma e razão da troca nas
sociedades arcaicas. In Mauss, M. Sociologia e Antropologia. (P. Neves, trad.). (p.191-
330). São Paulo, SP: Ubu Editora. [1925]

MAUSS, Marcel. (2017). Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa,


a de “eu”. In Mauss, M. Sociologia e Antropologia. (P. Neves, trad.). (p.387-417). São
Paulo, SP: Ubu Editora. [1925]

Links e videografia

Univerité Paris. Retour aux sources : les archives de Marcel Mauss. Disponível
em: https://explore.psl.eu/fr/decouvrir/focus/retour-aux-sources-les-archives-de-marcel-
mauss Acesso em: 16 Mai, 2021

Mauss, segundo suas alunas [FILME]. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=y2FGGONVqpM

INDIVÍDUO, PESSOA E SOCIEDADE. 3 - Marcel Mauss e a Escola Sociológica


Francesa. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EtJ0PtpBdQw
Aulas abertas: Teorias & Histórias da Antropologia - Marcel Mauss e as
Categorias. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hirxZIJ2DvI

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