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EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO: Este artigo tem o objetivo de apresentar o lugar que a brincadeira ocupa no
cotidiano das crianças da Educação Infantil na Creche. O interesse por esse tema surgiu
no decorrer do curso de Pedagogia, a partir de visitas às creches e pré-escolas, por
ocasião do estágio supervisionado e do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência). O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica, pautada
em autores que discutem o tema e na experiência observada ao longo do estágio e do
PIBID. Conclui-se que o educador deve estar atento às práticas de mediações e
intervenções a serem realizadas através das brincadeiras livres ou dirigidas, de modo que
essas contribuam para o desenvolvimento integral da criança.
INTRODUÇÃO
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1Estudante concluinte do curso de Pedagogia, da Universidade Vale do Rio Doce.-UNIVALE
E-mail: jordaniallopes@hotmail.com
2Estudante concluinte do curso de Pedagogia, da Universidade Vale do Rio Doce. - UNIVALE
E-mail: kamila.david@outlook.com
3Professora orientadora, Mestre do Curso de Pedagogia, da Universidade Vale do Rio Doce. - UNIVALE
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A partir de vivências percebemos, no entanto, que a consideração da brincadeira
como elemento potencializador do desenvolvimento da criança tem sido,para grande parte
dos professores, um desafio constante, já que, em algumas situações,os momentos
destinados ao brincar constituem-se em períodos não planejados.
As experiências vivenciadas por ocasião do Estágio Curricular Supervisionado em
Educação Infantil e como bolsistas do Programa de Iniciação à Docência - PIBID -
mostraram que, em algumas instituições, a brincadeira, por vezes, não possuía
intencionalidade, pois alguns alunos vivenciavam os momentos reservados ao brincar sem
que houvesse uma preparação das situações lúdicas por parte do professor. Assim, as
crianças brincavam aleatoriamente dentro da finalidade pré-estabelecida por elas mesmas,
pois não tinham uma atividade planejada pelo educador. Diante da situação observada,
surgiram algumas indagações, principalmente, no tocante à relação entre brincadeira, prazer
da criança e o envolvimento do professor. As questões levantadas seriam, a saber: Qual o
papel do professor frente à brincadeira? Como o brincar acontece na creche? Há tempo e
um espaço específico para o ato de brincar? Brincar é uma questão de hábito ou uma
necessidade?
Este artigo busca apresentar o lugar da brincadeira no cotidiano das crianças da
Educação Infantil, tendo em vista a mediação do professor. Para tanto, apresentamos, na
primeira parte, as concepções atuais que norteiam o trabalho na Educação Infantil, alguns
conceitos relacionados ao brincar, mostrando as contribuições do brincar para o
desenvolvimento das crianças. Já, na segunda parte, através das apresentações de dados de
observação, abordamos o papel que o professor deve desempenhar para favorecer o brincar,
fazendo com que a brincadeira contribua para o desenvolvimento integral da criança. O
artigo foi escrito a partir de uma revisão bibliográfica e tem como referência os estudos de
alguns autores, fazendo um contraponto entre as experiências observadas como estagiárias
e bolsistas do PIBID.
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Infantil, surgidas na segunda metade do século XX, essa realidade vem mudando. No
Brasil, foi a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –LDBEN 9394/96,
que a Educação Infantil passou a ser considerada como primeira etapa da Educação Básica.
As creches assumiram, então, uma perspectiva educativa, não ficando restritas apenas às
atividades do cuidado. Hoje, em nosso país, percebemos que a educação das crianças em
creches não passa apenas pelo acesso e o atendimento, mas por uma perspectiva educativa.
Às funções do cuidar, antes vistas como práticas assistencialistas,acrescenta-se o educar,
que traz consigo uma intencionalidade educativa nas ações de cuidados básicos. O cuidar e
o educar uma criança precisam ser vistos de forma articulada, proporcionando-lhe o
desenvolvimento integral.
Isso significa que às funções de cuidado estão aliadas as funções educativas, que
compreendem todo um olhar pedagógico para o desenvolvimento integral da criança. A
esse respeito, Craidy & Kaercher (2001) comentam que “atividades que envolvam o
cuidado e a saúde são realizadas diariamente nas instituições de Educação Infantil e não
podem ser consideradas na dimensão estrita de cuidados físicos.” (p.70). A dicotomia
vivida entre o cuidar e o educar deve ser desmistificada de modo que os momentos nas
creches se constituam em momentos pedagógicos e de cuidados com crianças. (CRAIDY &
KAERCHER, 2001, p.70).
O cuidar e o educar devem estar entrelaçados às situações de brincadeira. As
Diretrizes que regulamentam o trabalho na Educação Infantil enfatizam a importância das
interações e brincadeiras no desenvolvimento das crianças, concebendo-as como eixos
norteadores de todo o trabalho escolar.
Sabemos que a presença da brincadeira no contexto infantil não é recente. Iniciou-
se com a criação dos jardins de infância, ainda no século XIX, fruto da expansão da
proposta Froebeliana, que influenciou a Educação Infantil de todos os países. Frederich
Froebel defendia que o brincar permite o estabelecimento de relações entre os objetos
culturais e a natureza. Froebel concebeu o brincar como atividade livre e espontânea,
responsável pelo desenvolvimento físico, moral e cognitivo;já, os brinquedos, objetos que
subsidiam atividades infantis. Para Oliveira (2002).
Froebel, partia também da intuição e da ideia de espontaneidade infantil,
preconizando uma auto educação da criança pelo jogo, por suas vantagens
intelectuais e morais, além de seu valor no desenvolvimento físico. Elaborou
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canções e jogos para educar sensações e emoções, enfatizou o valor educativo da
atividade manual, confeccionou brinquedos para aprendizagem[...] Além de propor
que as atividades educativas incluíssem conversas e poesias e o cultivo da horta
pelas crianças. (OLIVEIRA, 2002, p.11).
O brincar se constitui como o meio mais importante para o desenvolvimento e a
aprendizagem, pois propicia o exercício da imaginação. Encontramos em Vygotsky (1991)
apud Rojas (2007) uma definição clara desta contribuição:
O desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados, desde o
nascimento da criança. Ainda muito pequena, através das interações com o meio
físico e social, a criança realiza uma série de aprendizados. Então, as
experiências, realizadas por meio das brincadeiras, contribuem de forma
elementar para a aquisição de conhecimentos que alicerçam os saberes ao entrar
na escola. (ROJAS, 2007, p.30).
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Nas traduções dos textos de Vygotsky aparece o termo “brinquedo” quando o autor faz referência ao ato de brincar.
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Zona de desenvolvimento proximal é um conceito elaborado por Vygotsky. Define a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela
capacidade de resolver um problema sem a ajuda de outrem, pois os conhecimentos já estão consolidados; e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado pela resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração com outro companheiro. É a distância entre o nível de
desenvolvimento real (conhecimentos consolidados) e o potencial (conhecimentos prospectivos, que a pessoa tem a potencialidade de aprender, mas que
ainda estão em desenvolvimento).
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Vygotsky (2007) destaca a importância do “faz de conta” ou da vivência do jogo
simbólico para a criança. Segundo ele, esses são momentos em que a criança se utiliza de
um simples objeto para desenvolver uma brincadeira lúdica e que traz para si grandes
significados, quando, por exemplo, brinca de casinha; de escolinha ou com um cabo de
vassoura, como se fosse um cavalo. O autor valoriza e atribui grande importância à
brincadeira do “faz-de-conta”, por essa trabalhar o papel da imaginação, que coloca uma
estreita relação com a atividade criadora da criança, pois, no jogo simbólico,ela representa e
produz com desenvoltura aquilo que viu ou aquilo que lhe contaram.
Brougère (1998), em seus estudos, também reconhece a importância do jogo
simbólico para a criança. Sobre isso esclarece:
O jogo simbólico ou faz-de-conta, particularmente, é ferramenta para a criação da
fantasia, necessária a leituras não convencionais do mundo. Abre caminho para a
autonomia, a criatividade, a exploração de significados e sentidos. Atua também
sobre a capacidade da criança de imaginar e de representar, articulada com outras
formas de expressão. (BROUGÈRE 1998.p.159).
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As práticas lúdicas proporcionam subsídios para a compreensão da brincadeira
como ação livre da criança e o uso de dons e objetos. São valiosos suportes da
ação docente, que enriquecem o trabalho pedagógico, permitindo a aquisição de
habilidades e conhecimentos, justificando, assim, os jogos educativos.
KISHIMOTO (1999), apud ROJAS (2007, p. 52).
Visto dessa forma, a criança brinca por ser essa uma de suas necessidades básicas,
assim como se alimentar, tomar banho e dormir. Brincar é, portanto, uma ação essencial
para o desenvolvimento infantil. Em nosso estágio, percebemos o quanto as crianças
necessitam brincar, jogar, criar e inventar. Essas atividades lúdicas se tornam mais
significativas à medida que ela inventa e reinventa a brincadeira. A partir dos autores
citados, respondemos a um dos questionamentos apresentados no início deste artigo:
brincar é sim uma necessidade!
Maria Carmen Silveira Barbosa e Maria da Graça Souza Horn, autoras que
pesquisam sobre a organização do espaço e do tempo na Educação Infantil, sinalizam a
importância de percebermos as necessidades do grupo de crianças e do brincar, como
possibilidade para o desenvolvimento integral das mesmas. Nesse sentido, observam:
Organizar o cotidiano das crianças da Educação Infantil pressupõe pensar que o
estabelecimento de uma sequência básica de atividades diárias é, antes de mais
nada, o resultado da leitura que fazemos do nosso grupo de crianças, a partir,
principalmente, de suas necessidades. É importante que o educador observe o que
as crianças brincam, como estas brincadeiras se desenvolvem, o que mais gostam
de fazer, em que espaços preferem ficar, o que lhes chama mais atenção, em que
momentos do dia estão mais tranquilos ou mais agitados. Este conhecimento é
fundamental para que a estruturação espaço-temporal tenha significado. Ao lado
disto, também é importante considerar o contexto sociocultural no qual se insere
e a proposta pedagógica da instituição, que deverão lhe dar suporte. (BARBOSA;
HORN, 2001, p. 67)
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qualidade, em um espaço adequado, com materiais interessantes para as crianças
e que estimulem a criatividade. (NAVARRO, 2009, p.2.123).
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dirigidas. A livre se refere ao ato de brincar, o qual proporciona diversão para as crianças,
mas, não possui intervenção, nem regras estabelecidas pelo professor, pois acontece de
forma espontânea. Já a brincadeira dirigida é considerada uma atividade com regras,
supervisionada e orientada pelo docente. Favorecer a brincadeira na Educação Infantil
significa promover diferentes formas de interação e de ludicidade.
Desse modo, o professor deve ocupar-se da organização dos momentos de
brincadeira, dos brinquedos, da sala onde as crianças estão inseridas, dos materiais e da
forma como eles estão organizados. Um contexto bem organizado pelo professor é capaz de
estimular uma criança, como nos mostra Navarro (2009) apud Brougère (2001):
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Para abordarmos o papel do professor durante as situações das
brincadeiras,destacamos duas experiências observadas em instituições de Educação Infantil,
que aqui serão nomeadas como creche A e creche B, ambas no município de Governador
Valadares.Na primeira situação, atuávamos como bolsistas do PIBID(Programa de
Iniciação à Docência) e, na segunda, éramos estagiárias do Curso de Pedagogia.
Na creche A, participando como bolsistas do PIBID, desenvolvemos um projeto em
uma turma de 4 anos, que buscava resgatar as brincadeiras tradicionais. A escolha do
projeto se deu a partir de reuniões com os professores da instituição e por ir ao encontro do
projeto institucional da creche. No decorrer de dois anos, duas vezes por semana,
frequentávamos a creche, tendo como objetivo observar e resgatar as brincadeiras
tradicionais.
As brincadeiras desenvolvidas pela professora da creche A, na turma de 4 anos, a
qual acompanhávamos, ocorriam de forma livre, a docente sempre propunha brincadeiras
sem intervenção alguma. Durante o tempo em que estivemos na creche, não observamos a
professora da sala realizar brincadeiras dirigidas. As únicas brincadeiras dirigidas que
presenciamos foram as realizadas por nós e por uma professora de outra sala. Essa
professora sempre levava brincadeiras diferentes, como corrida de saco, jogo da memória,
corrida da colher, bambolês, entre outras. De outra forma,a professora que
acompanhávamos optava sempre por brincadeiras livres, que ocorriam nos espaços da
instituição.
Essas observações nos levaram a refletir o quanto o educador pode e deve propor
situações significativas no cotidiano das crianças, que podem transformar a rotina dessas
crianças, além de contribuir para o desenvolvimento desses. A seguir, apresentamos um
relato do diário de campo realizado na creche A, demonstrando o lugar que a brincadeira
ocupava naquele contexto.
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quaisquer situações, nem se preocupando com quais brinquedos as crianças de 4
anos estavam brincando. (DIÁRIO DE CAMPO, 24/06/2014).
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propunham sempre brincadeiras como pular corda, bambolês, jogar bola, obstáculos, dentre
outros. O trecho de nosso diário de campo de estágio ilustra e confirma a descrição
apresentada:
A professora desceu com as crianças para a quadra, e organizou uma
movimentação com diversos obstáculos, sendo eles bambolês, jump, bancos e
cones, ocorrendo, naquele momento, um circuito. Percebemos o quanto a
professora desempenhava seu papel de mediadora e o quanto era importante para as
crianças realizarem as atividades dirigidas. Ela intervinha quando os alunos
realizavam a atividade de forma diferente do que ela propunha. (DIÁRIO DE
CAMPO 06-11-14).
Os episódios narrados acima nos mostram duas posturas distintas sobre o lugar da
brincadeira na creche. Uma que a privilegia como um momento importante e, portanto,
organizado pelo professor e a outra que a desconsidera como elemento potencializador do
desenvolvimento, deixando que as brincadeiras aconteçam, na maioria das vezes, de forma
livre, sem o olhar atento e a intencionalidade do professor. Essa última traz prejuízos à
criança, uma vez que essa fica privada de um momento que poderia ser mais enriquecedor e
significativo, se contasse com a participação ativa do professor e com uma intencionalidade
educativa.
A criança tem o direito de brincar. Entendê-la como sujeito de direitos é
proporcionar um brincar de qualidade, o que inclui pensar o tempo, o espaço, os materiais,
a formação continuada de professores, ou seja, um contexto bem organizado que possa
estimular a criança. Não basta apenas oportunizar momentos livres para brincar. Ao
professor cabe também fazer parte da brincadeira, inserindo-se no contexto lúdico, olhando
as crianças de forma atenta, percebendo suas necessidades, seus discursos, enquanto
brincam. Sendo assim, Santos (1999) apud Dallabona (2008) esclarece que a brincadeira é
uma necessidade para a criança.
Para a criança brincar é viver. Esta é uma afirmativa bastante usada e aceita, pois a
própria história da humanidade nos mostra que as crianças sempre brincam.
Brincam hoje e certamente, continuarão brincando. Sabemos que ela brinca porque
gosta de brincar e que, quando isso não acontece, alguma coisa pode não estar bem.
Enquanto algumas crianças brincam por prazer, outras brincam para dominar
angústias, dar vazão a agressividade. (SANTOS 1999, apud DALLABONA,
2008p.04).
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princípios previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Segundo Navarro (2009):
As formas de mediação da professora são decisivas para garantir que as crianças
realmente brinquem na escola, interajam com seus colegas, imaginem, criem
regras, utilizem brinquedos diferentes, de formas diferentes, em ambientes que
estimulem a imaginação. A aprendizagem decorrente da brincadeira vem da
experimentação que a atividade propicia. As maneiras de mediação que o
professor pode utilizar no ambiente da educação infantil são muitas, basta que ele
reconheça o valor dos objetos, do ambiente, da sua ajuda e orientação, e
principalmente da sua organização, para assim possibilitar uma qualidade no
brincar de seus alunos. (NAVARRO 2009, p. 2129).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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FARIA, Ana Lucia Goulart. de. Educação pré-escolar e cultura: para uma pedagogia
da educação infantil. 2. ed. Campinas - SP: Editora da Unicamp; São Paulo: Cortez, 2002.
OLIVEIRA, Vera B. de. (org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos.
Petrópolis: Vozes, 1990.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedo e Infância. Um guia para pais e
educadores. Rio de Janeiro. 1999. In: Sandra Regina Dallabona. O lúdico na educação
infantil. São Paulo. 2008.
SILVA, Paula Regina Gomes Da. Infância, história e mídia [Manuscrito]: do passado a
contemporaneidade/Paula Regina Gomes da Silva. 2014.
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VIGOTSKY, LevSemenovitch. (2007): A formação social da mente, 5.ª ed. São Paulo:
Martins Fontes.
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