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Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CAMPUS II – ALAGOINHAS
COLEGIADO DE LETRAS, LÍNGUA INGLESA E LITERATURAS.
Abstract: This article intends to analyze the poem "Humanity" of the writer Carolina
Maria de Jesus and the song "Neurotic Society" of the singer Lauryn Hill, in order to
provoke intertextual dialogues between the works. In fact, it reveals discursive
approximations and distances, as well as modes of representations of post-
contemporary society, demonstrating that the relationship between literature and music
among other things serves to humanize.
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1. Apresentação das autoras
Lauryn Hill começou sua carreira no grupo de hip hop chamado The
Fugees. Começando a se destacar em algumas canções, a artista lança
seu primeiro disco solo em 1998, o “The Miseducation of Lauryn Hill”
paralelo a banda, e vê, logo após o lançamento, o reconhecimento da
obra. Alcançou o topo das paradas de sucesso internacionais e vendeu
18 milhões de cópias, além de conquistar cinco troféus no Grammy
Award, o maior e mais prestigioso prêmio da indústria musical
americana.
Quando eu morrer...
Não quero renascer
é horrivel, suportar a humanidade
Que tem aparência nobre
Que encobre
As pesimas qualidades
“[...] Cold world kills softly, whole world runs savagely. [...] Quick fast,
the poison has entered the blood stream
Psychological master, consequences of tragedy
Mythological characters, men and women is parody
Superficial vanity, borderline insanity.
Out of order humanity, crime committed so passively. [...] Predisposed
to complacency, jealousy, and audacity. Contagious social gluttony,
stages of mass malignancy [...]”. (LAURYN HILL, 2013)
A fim de apontar as causas dessa desordem social, Lauryn Hill traz em sua
abordagem aspectos que conversam com o poema da poetisa Carolina Maria:
ambas as obras procuram trazer pontos que caracterizam a situação atual da
sociedade. Com uma escrita mais circunscrita, Carolina aborda vivências que a
possibilitaram ter essa visão. É uma obra que explana o lado pessoal, trazendo
em suas abordagens algo sofrido. O que difere de Lauryn, onde a mesma
versa sobre o assunto por um olhar mais coletivo; o que, ainda assim, legitima
a questão.
3. Literatura e humanidade
Matura e Varela, no livro “A árvore do conhecimento” (2001), dizem
quais pontos são fundamentais para viver em um ambiente assaz social
(...) O amor, (…) a aceitação do outro junto de nós na convivência, é
o fundamento biológico do fenômeno social. Sem amor, sem
aceitação do outro junto a nós, não há socialização, e sem esta não
há humanidade. Qualquer coisa que destrua ou limite a aceitação do
outro, desde a competição até a posse da verdade, passando pela
certeza ideológica, destrói ou limita o conhecimento do fenômeno
social. Portanto, destrói também o ser humano. (MATURA e VARELA,
2001, p.269)