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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

NILSON CÉSAR DA SILVA SOBRAL

RAVEL CARVALHO MONTE

THAIS ANDRADE DE SOUSA

WESLEY OLIVEIRA SILVA

CONSTANTE ELASTICA DAS MOLAS

Teresina - Piauí

2019
Sumário
1) Introdução..........................................................................................................................................3
2) Objetivos............................................................................................................................................4
3) Materiais Utilizados............................................................................................................................4
4) Procedimento Experimental...............................................................................................................4
5) Resultados e Discussões.....................................................................................................................5
6) Conclusões.......................................................................................................................................11
7) Referências.......................................................................................................................................11
3

1) Introdução
A lei de Hooke é uma lei da elasticidade que descreve a relação entre a força aplicada
em um objeto e as deformações causadas nele de modo que a razão entre a força e deformação
serão iguais a uma constante que depende da composição, tamanho, forma e outros fatores do
material que está sendo deformado.

Normalmente a lei de Hooke é utilizada para descrever o comportamento de molas


quando são comprimidas ou esticadas até a posição de equilíbrio, o que é descrito de forma
matemática pela fórmula (1)

F=k∗x (1)

Onde F é a força que está sendo aplicada na mola, x é o comprimento da deformação


da mola (Que é dado pela subtração entre o comprimento da mola não deformada e da
deformação da mola no equilibrio) e k é a constante elástica que tem um valor próprio
dependendo da mola (ENCYCLOPÆDIA BRITANNICA, 2017).

Também é possível descrever o comportamento de múltiplas molas quando estão


associadas. Ao se associar duas molas com elas estando em paralelo a constante elástica do
conjunto é dado pela soma das constantes elásticas individuais das molas que formam o
conjunto (2). Já se as molas estiverem associadas em série então o inverso da constante
elástica do conjunto é dado pela soma dos inversos das constantes elásticas das duas molas (3)
(S. RAO, 2010).

k equivalente=k 1 +k 2 (2)

1 1 1
= + (3)
k equivalente k1 k2

É possível suspender a mola verticalmente em equilíbrio e a ligar com objetos de


massas conhecidas, desse modo é possível utilizar o peso dos objetos como equivalente da
força que é utilizada para distorcer a mola. O peso da mola pode ser descoberto através da
segunda lei de newton (4) (ENCYCLOPÆDIA BRITANNICA, 2017)

P=F=m∗g(4 )
4

Onde P é a força peso, também descrita por F que representa qualquer força, m é a
massa do corpo e “g” é igual a aceleração da gravidade na superfície da Terra equivale a 980
cm/s² (R. LIDE, 2005).

Assim é possível unir as equações (1) e (4) para formar uma equação (5)

m∗g=k∗x (5)

2) Objetivos
O objetivo desse experimento é determinar a constante elástica de duas molas, tanto
individualmente quanto associadas e verificar se os resultados adquiridos são comparáveis aos
resultados esperados na teoria determinados pela lei de Hooke.

3) Materiais Utilizados
Neste experimento foram utilizados:

1. Duas molas;
2. Objetos de massa conhecidas;
3. Suportes para os objetos de massa conhecidas e para as molas;
4. Régua Milimetrada.

4) Procedimento Experimental
1. Uma das molas é sustentada verticalmente e ligada ao suporte que onde os objetos
serão colocados e tem sua posição de equilíbrio inicial registrada;
2. Adiciona-se um dos objetos de massa conhecida no suporte, se espera a mola atingir
um novo estado de equilíbrio e então registrasse o comprimento da mola neste estado
e a massa que foi adicionada ao sistema massa-mola;
3. Repete-se o segundo passo progressivamente com todos os objetos disponíveis sempre
anotando o novo comprimento da mola e a massa total que está sendo sustentada na
mesma;
4. Repete-se os primeiro, segundo e terceiro passos dessa vez com a segunda mola;
5. Repete-se os primeiro, segundo e terceiro passos dessa vez associando as duas molas
em série;
6. Repete-se os primeiro, segundo e terceiro passos dessa vez associando as duas molas
em paralelo;
5

7. Monta-se quatro tabelas, uma para cada um dos testes envolvendo as molas (Mola 1,
Mola 2, Associação em Série e Associação em Paralelo, onde o comprimento da mola,
a variação da elongação da mola (representada por x) e o peso nela sustentado
(representado por P ou F) são colocados lado a lado em locais determinados pelo
momento em que foram registrados;
8. Utilizando a variação do comprimento da mola como a distorção e a força peso de
resultado dos objetos na mola utiliza-se a equação (5) para descobrir a constante
elástica das molas em cada um dos momentos em que os pesos foram adicionados;
9. Utiliza-se as equações (2) e (3) para comparar os resultados que a fórmula dá sobre a
constante elástica das molas associadas com os resultados experimentais adquiridos no
passo anterior;
10. Monta-se quatro gráficos F versus x onde cada um dos dados anotados são inseridos,
se utiliza do processo de regressão linear para observar a relação entre as duas
variáveis em relação a uma função linear
F=m∗x +b
11. Compara-se os resultados das fórmulas adquiridas com a da lei de Hooke, se espera
que o valor de b se aproxime de 0 visto que esse é o valor previsto pela fórmula e “m”
é o coeficiente de elasticidade da mola, variações devem ser explicadas;
12. Utilize as fórmulas (3) e (4) com os valores de “m” adquiridos nos testes das duas
molas isoladas e verifique se o resultado dos coeficientes equivalentes dado pelas
fórmulas com os resultados adquiridos nos testes práticos;
13. Explique porque as molas quando estão em série tem uma maior elongação, mas em
paralelo a elongação é menor

5) Resultados e Discussões
Na Tabela 1 foram colocados os dados referentes a mola 1. Ao aplicar os dados da
fórmula (5) é preciso levar em conta que o “x” é representado pela subtração da elongação
final com a elongação inicial.

Na medição inicial o máximo que conseguimos posicionar a mola foi em 0,001


metros, logo esse valor deverá ser subtraído da elongação nos outros instantes e então ser
aplicado na fórmula (5), por exemplo:

m∗g=k∗x (5)

0,01∗9,8=k∗ ( 0,017−0,001 )
6

k =6,12

Isso também foi feito com nas Tabelas 2, 3 e 4.

Nº Objetos Massa (kg) Peso (N) Elongação (m) Variação (m) Constante Elástica (N /m)
0 0 0 0,001 --------- --------------
1 0,01 0,098 0,017 0,016 6,12
2 0,02 0,196 0,032 0,031 6,32
3 0,03 0,294 0,045 0,044 6,68
4 0,04 0,392 0,060 0,059 6,64
5 0,05 0,49 0,074 0,073 6,71
6 0,06 0,588 0,088 0,087 6,75
Tabela 1: Massas, pesos, elongações e constantes elásticas referentes a mola 1

Nº Objetos Massa (kg) Peso (N) Elongação (m) Variação (m) Constante Elástica (N /m)
0 0 0 0 --------- --------------
1 0,01 0,098 0,011 0,011 8,90
2 0,02 0,196 0,021 0,021 9,33
3 0,03 0,294 0,032 0,032 9,18
4 0,04 0,392 0,042 0,042 9,33
5 0,05 0,49 0,053 0,053 9,24
6 0,06 0,588 0,063 0,063 9,33
Tabela 2: Massas, pesos, elongações e constantes elásticas referentes a mola 2

Nº Objetos Massa (kg) Peso (N) Elongação (m) Variação (m) Constante Elástica (N /m)
0 0 0 0,001 --------- --------------
1 0,01 0,098 0,026 0,025 3,92
2 0,02 0,196 0,051 0,050 3,92
3 0,03 0,294 0,071 0,070 4,2
4 0,04 0,392 0,101 0,100 3,92
5 0,05 0,49 0,126 0,125 3,92
6 0,06 0,588 0,152 0,151 3,89
Tabela 3: Massas, pesos, elongações e constantes elásticas referentes as molas 1 e 2
associadas em série

Nº Objetos Massa (kg) Peso (N) Elongação (m) Variação (m) Constante Elástica (N /m)
0 0 0 0,001 --------- --------------
1 0,01 0,098 0,006 0,005 19,6
2 0,02 0,196 0,012 0,011 17,81
7

3 0,03 0,294 0,019 0,018 16,33


4 0,04 0,392 0,025 0,024 16,33
5 0,05 0,49 0,031 0,030 16,33
6 0,06 0,588 0,037 0,036 16,33
Tabela 4: Massas, pesos, elongações e constantes elásticas referentes as molas 1 e 2
associadas em paralelo

Para complementar essa informação utilizamos o programa Vernier Graphical


Analysis para criar gráficos utilizando a varrição da elongação como uma incógnita x e o peso
como uma incógnita y. Tendo ideia de que a lei de Hooke é uma função linear e, portanto,
deve obedecer a fórmula (6)

y=m∗x+ b(6)

e se observa que ao comparar a lei de hooke com a forma geral de uma função linear que o
valor de “b” é equivalente a 0. Tendo em vista que os valores da constante elástica variaram,
se espera que caso o teste tenha sido feito de forma correta que os valores de “b” sejam muito
próximos de 0 e que “m” seja próximo do valor real da constante elástica das molas.

Gráfico 1: Gráfico do peso pela elongação da mola 1


8

Gráfico 2: Gráfico do peso pela elongação da mola 2

Gráfico 3: Gráfico do peso pela elongação das molas 1 e 2 em série


9

Gráfico 4: Gráfico do peso pela elongação das molas 1 e 2 em série

Disso os valores de “m” e “b”, respectivamente para cada gráfico, observados foram:

1. m = 6,84 e b = -0,01
2. m = 9,37 e b = -0,003
3. m = 3,86 e b = 0,007
4. m = 15,72 e b = 0,01

Verificando se os valores de “m” e “b” dos Gráficos 3 e 4 são próximos dos esperados na
teoria, vamos utilizar as fórmulas (2) e (3) com os valores das constantes adquiridas pelos
gráficos 1 e 2.

Para em paralelo:

k equivalente=k 1 +k 2 ( 2 )

k equivalente=6,84+9,37

k equivalente=16,21

Para em série:

1 1 1
= + (3)
k equivalente k1 k2

1 1 1
= +
k equivalente 6,84 9,37
10

1 16,21
=
k equivalente 64,09

k equivalente=3,95

Observando os primeiros resultados de 6,84 N/m e 9,37 N/m das constantes elásticas
das duas molas junto dos valores de “b” adquiridos se observa que houve sim uma variação
em relação aso resultados objetivos com os valores de “b” se aproximando de 0, tanto
negativamente quanto positivamente, e os valores das constantes são próximos dos valores
aos valores adquiridos na tabela, apesar de que nenhum foi exatamente igual.

As causas dessas variações podem ser explicadas por uma falta de precisão na hora de
medir a variação da elongação visto que nem sempre foi possível manter a mola parada em
uma posição que fosse possível medir o resultado do comprimento, é possível que tenhamos
medido alguns milímetros a mais ou a menos dependendo do momento, apesar de que nas
últimas tabelas foi mais comum os resultados se manterem parecidos uns com os outros com
poucas variações.

Sobre as associações se observa que ao associar as molas em paralelo resulta em na


maior constante elástica listada até então, o que significa que uma maior quantidade de força é
necessária para distorcer a mola por metro. Enquanto ao serem associados em série o
resultado adquirido foi o menor até então, o que significa que menos força necessita ser
aplicada para distorcer a mola por meto.

Os resultados adquiridos pelas fórmulas, 16,21 e 3,95, são diferentes dos resultados
adquiridos através de regressão linear (15,72 e 3,86), mas ainda assim os resultados são
próximos uns dos outros. O motivo da variação também se deve a erros na hora da medição,
como impressão quando a elongação da mola foi medida.

6) Conclusões
Esse teste teve os objetivos de encontrar constantes elásticas de acordo como descrito
pela lei de Hooke e depois analisar os resultados de molas associadas com o que era previsto
pelas fórmulas de associação em série e em paralelo.

Devido a imprecisões nas medidas que podem ter sido causadas por não haver uma análise
mais criteriosa na hora de medir a posição da elongação, os resultados variaram para muitos
dos momentos, mas ainda assim quando foi feita a regressão linear para verificar a formula
11

que representa os eventos observados para se comparar com a lei de Hooke o valor de “B” foi
muito próximo de 0, assim como podia ser esperado caso houvesse imprecisões nas medidas,
mas com a teoria sendo seguida de maneira coerente. Desse modo os resultados adquiridos
para a constante elástica das molas 1 e 2, respectivamente, 6,84 N/m e 9,37 N/m.

Depois utilizamos esses valores para prever os resultados da constante elástica da


associação de molas em série e em paralelo, a previsão pelas fórmulas (2) e (3) foram de 3,95
N/m e 16,21 N/m respectivamente. Ao utilizar os valores experimentais e realizar a regressão
linear o resultado das funções que representaram o experimento também tiveram um “B”
muito próximo de 0, o que se esperava, e os valores das constantes foram de 3,86 N/m e 15,72
N/m.

Conclui-se que apesar das imprecisões do experimento os resultados adquiridos se


aproximam muito com os esperados de acordo com a lei de Hooke e da associação de molas
que foram apresentados inicialmente.

7) Referências
ENCYCLOPÆDIA BRITANNICA. Hooke‘s law. [S. l.]: Encyclopædia Britannica, inc., 15
dez. 2017. Disponível em: https://www.britannica.com/science/Hookes-law. Acesso em: 18
ago. 2019.

ENCYCLOPÆDIA BRITANNICA. Newton's laws of motion. [S. l.]: Encyclopædia


Britannica, inc., 17 maio 2019. Disponível em: https://www.britannica.com/science/Newtons-
laws-of-motion. Acesso em: 18 ago. 2019.

S. RAO, Singiresu. Mechanical Vibrations. 5. ed. [S. l.]: Pearson, 2010.

R. LIDE, David. CRC Handbook of Chemistry and Physics: Internet Version 2005. Boca
Raton, Flórida: CRC Press, 2005.

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