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2º GQ – 1ª e 2ª Chamadas
Mariologia
R – Maria pode ser identificada na tipologia como Filha de Israel porque ela, como
participante da fé seu povo, teve a mesma esperança no Messias prometido. Como a
Israel inteira esperava a libertação do seu povo, assim também Maria aguardou cheia
de esperança a chegada desse dia. Ela é a figura do povo eleito, portadora da
promessa que se realizou na plenitude dos tempos. É como uma representante do
povo que, no último momento duma etapa deste, recebe o legado dos antepassados e
inaugura nova fase onde ela é ao mesmo tempo tipo dos que esperavam e modelo dos
que receberam a fé.
R - A profunda ligação entre Maria e a Igreja permite-nos fazer relação axiológica entre
ambas. Maria foi mulher sempre solícita às necessidades do próximo, como por
ocasião de sua visita à Isabel (cf. Lc 1,39-45) onde levou paz e alegria, e também no
episódio das bodas de Caná (cf. Jo 2,1-11), quando Ela percebeu que algo não ia bem
e intercedeu junto ao Filho. Outros dois momentos de grande significado para a relação
Maria-Igreja é a Mãe de Deus junto à cruz, e com os discípulos no Pentecostes. Tendo
Maria como exemplo, “a ação da Igreja no mundo é como que um prolongamento da
solicitude de Maria” (Marialis Cultus, 28). É dever da Igreja ter em seu seio essa
preocupação que brota do íntimo. Sem tal preocupação, isto é, sem esse algo de
marianamente materno, perde-se muito em profundidade, e o tríplice múnus da Mãe
Igreja para com o mundo corre o risco de se tornar um mero “fazer as coisas”
mecanicamente e sem espírito (ou mesmo não fazer), como uma mãe má que não ama
verdadeiramente seus filhos.
3ª Questão (Pontuação: 5,0): Na página 72, Von Balthasar diz: “Aquele a quem ela deu
à luz foi-lhe arrancado: Ele vem de Deus e a Deus pertence. Ela permanece no
deserto. Mas permanece aquilo que foi e será eternamente: a Mãe. E que filho – ainda
que seja Deus – esqueceria o papel de sua mãe, e sua postura diante dela?”. A frase
ressalta a importância da maternidade divina que é, salvaguardando a importância de
toda declaração dogmática, o dogma mais importante do ponto de vista da reflexão
mariológica/cristológica. Assim sendo, disserte sobre os quatro dogmas marianos
tendo o de Éfeso como referência.