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DOI:http://dx.doi.org/10.29276/redapeci.2019.19.211396.165-176
Resumo: O presente artigo está voltado para problemática na área das Tecnologias Digitais da Informação e
Comunicação (TDIC) e Educação, no tocante à investigação do cuidado das crianças no uso da Internet. O tema
foi abordado por meio de uma revisão de literatura, objetivando responder de que forma os estudos dos últimos
10 anos abordam a utilização da Internet pelas crianças, levando em consideração a concepção delas, e nesse
processo, como compreendem os riscos e benefícios que as mesmas podem oferecer diante da sua interação com
a rede. A busca pelos dados se deu por meio do Periódico Capes e SciELO, sendo selecionados 10 artigos para
análise, nos quais foi constatada a abordagem de questões essenciais acerca dos riscos e benefícios oferecidos pela
Internet diante da interação online realizada por crianças. De acordo com os estudos analisados, constatou-se que
as crianças possuem domínio tecnológico e que sua interação online ocorre de forma fluente e que, diante de sua
interação online, possuem concepções claras dos riscos que Internet pode oferecer.
Abstract. The present article is oriented to problematic in the area of Digital Technologies of Information
and Communication (TDIC) and Education, regarding the investigation of the care of children in the use of
the Internet. The theme was approached through a literature review, aiming to respond to how the studies
of the last 10 years address children’s use of the Internet, taking into account their conception, and in this
process, how they understand the risks and benefits that the can interact with the network. The search for
the data was made through the Capes and SciELO Periodical, and 10 articles were selected for analysis, in
which it was verified the approach of essential questions about the risks and benefits offered by the Internet
in front of the online interaction carried out by children. According to the analyzed studies, it was found that
children have a technological domain and that their online interaction occurs fluently and that, given their
online interaction, they have clear conceptions of the risks that the Internet can offer.
Resumen. Este artículo está dirigido a la problemática en el área de Tecnologías Digitales de Información y
Comunicación (TDIC) y Educación, en relación con la investigación del cuidado de niños en el uso de Internet. El tema
se abordó a través de una revisión de la literatura, con el objetivo de responder a cómo los estudios de los últimos
10 años abordan el uso de Internet por parte de los niños, teniendo en cuenta su concepción y, en este proceso,
cómo entienden los riesgos y los beneficios que tienen. Puede interactuar con la red. La búsqueda de los datos se
realizó a través de la publicación periódica Capes y SciELO, y se seleccionaron 10 artículos para su análisis, en los
que se verificó el enfoque de las preguntas esenciales sobre los riesgos y beneficios que ofrece Internet frente a la
interacción en línea realizada por los niños. De acuerdo con los estudios analizados, se encontró que los niños tienen
un dominio tecnológico y que su interacción en línea ocurre con fluidez y que, dada su interacción en línea, tienen
concepciones claras de los riesgos que puede ofrecer Internet.
40% das crianças de 5 a 8 anos já têm seu A questão norteadora deste estudo en-
próprio tablet. A pesquisa também indica contra-se voltada para a seguinte problemá-
que 76% das crianças acessam o computa- tica: de que forma os estudos dos últimos 10
dor diariamente e que 59% das crianças de anos abordam a utilização da internet pelas
até 2 anos passam de 30 minutos a 2 horas
crianças, levando em consideração a concep-
usando o smartphone todos os dias (REIS,
ção delas, e nesse processo, como compreen-
2013, s/p).
dem os riscos e benefícios que a mesma pode
oferecer diante da sua interação com a rede?
Sendo assim, pode-se perceber que tais
O presente trabalho teve como principal
levantamentos apontam para a facilidade
objetivoanalisar de que forma os estudos,
do uso da internet por meio da implantação
realizados nos últimos 10 anos, abrangem as
de aparelhos tecnológicos no cotidiano das
concepções sobre riscos e benefícios na inte-
crianças. A Internet, para além de um possível
ração das crianças pela internet. No qual, es-
risco, é também, e sobretudo, um benefício.
pecificamente, buscamos:Investigar as ques-
Logo, se faz importante explicar previamente
tões dos riscos e benefícios que surgem com
qual o lugar que tais termos irão ocupar ao
a era digital oferecidos as crianças;avaliar de
longo deste estudo. Sendo assim, entende-se
que forma os estudos apontam a interação
por riscos tudo aquilo que está relacionado a
das crianças na rede da internet; identificar
situações em que as crianças relatam e que
se os estudos abordam a supervisão dos pais
podem gerar comprometimento de suas con-
frente o uso da internet pelas crianças e de
dições físicas e psicológicas, como por exem-
que forma ocorre;descrever quais são os si-
plos: conversa de cunho sexual com adultos,
tes mais utilizados pelas crianças na internet;
conversas que exponham a situação financei-
conhecer qual o conhecimento que a criança
ra dos pais, jogos de suicídios e de automuti-
tem frente a um risco posto pela internet.
lação, entre outros. Segundo estudo realiza-
Com o propósito de atender ao objetivo
do pelo Projeto europeu EU Kids Online, por
principal da pesquisa, foi realizado levanta-
Pontes e Vieira (2008, p. 2740), acerca dos
mento bibliográfico através da base de dados
riscos que a internet possa oferecer: “de uma
do Portal de Periódicos da Capes e SciELO
forma geral, os riscos que geram maior preo-
(Scientific Eletronic Library Online), no perío-
cupação são os que têm uma natureza social,
do de agosto a outubro de 2018.
ou seja, os que podem ter um forte impacto
O trabalho, além dessa introdução, está
na vida social, emocional e física de crianças
estruturado em outrascinco seções. Na seção
e jovens”.
2, abordaremos o referencial de teórico que
Em outra vertente, os benefícios que a in-
sustenta toda a pesquisa, através de estudos
ternet podem oferecer são muitos. Em todo
realizados acerca da Sociologia da Infância e
o mundo, as crianças utilizam cada vez mais
sua ressignificação. Na seção 3, discutiremos a
a Internet como uma fonte de informação,
relação da tecnologia na infância e a interação
comunicação, socialização e entretenimento,
da criança com a internet. Na seção 4, serão
seja através de situações que as crianças rela-
descritos os procedimentos metodológicos uti-
tam nas quais elas usufruem por meio de jo-
lizados na pesquisa. Na seção 5, os resultados e
gos, redes sociais, vídeos, músicas, entre ou-
discussões alcançados com a análise dos dados
tros. Segundo Pontes e Vieira (2008, p. 2740):
obtidos. Finalizando com a seção 5, na qual será
As vantagens e oportunidades que a Rede relatado as considerações finais deste estudo.
das redes oferece são evidentes. Em todo
o mundo, os mais jovens utilizam cada vez 2 RESSIGNIFICANDO A SOCIOLOGIA DA IN-
mais a Internet como uma fonte de infor- FÂNCIA
mação, comunicação, socialização e entre-
tenimento. A Internet permite aos jovens Por volta dos anos 2000, era muito di-
cultivar diferentes pontos de vista e oferece fícil encontrar estudos acerca das crianças,
um acesso à informação mais igualitário.
ao contrário dos dias atuais, que no cenário No entanto, percebe-se que as crianças
educacional há uma grande quantidade de possuem a capacidade de se posicionar e de
estudos relacionados à sociologia da infân- serem compreendidas em seu lugar na socie-
cia e das crianças. Segundo Corsaro (2011, dade, operando transformações sociais e cul-
p. 17): turais.De acordo com estudos realizador por
Lima, Moreira e Canhoto (2014, pp. 99-100),
A socialização da infância tem recebido acerca da Sociologia da Infância, a partir do
extensa cobertura em textos introdutórios olhar voltado para as crianças e suas culturas:
básicos da sociologia; novos periódicos e
seções de associações nacionais e interna- A criança é um ser humano também do
cionais dedicados à sociologia da infância hoje que não pode ser limitado ao aman-
foram criados; e cursos sobre a sociologia hã, precisa ser compreendida a partir de si
da infância são atualmente oferecidos com mesma e do seu próprio con¬texto. Repre-
frequência. senta um sujeito social, que não está pas-
sivo em seu processo de socialização, faz
Sendo assim, pode-se perceber que o in- história e produz cultura. Esse reconheci-
teresse do estudo por essa área foi crescen- mento de ator social ativo é um dos pres-
te desde 2000 até os dias atuais, é relevante supostos básicos propostos pela Sociologia
que o questionamento sobre o motivo das da Infância.
crianças terem passado despercebidas na
sociologia por tanto tempo seja levado em A ressignificação da sociologia da infância
consideração. De acordo com Corsaro (2011), foi ganhando espaço a partir do aumento das
as crianças por muito tempo foram excluídas, perspectivas interpretativas e construtivistas,
tornando-se submissas perante a sociedade, que segundo Corsaro (2011, p.19), “as crianças
inclusive, nas concepções teóricas da própria eram participantes ativos na construção social
infância, no qual eram comuns serem consi- da infância e na reprodução interpretativa de
deradas muitas vezes dentro da perspectiva sua cultura”, contrariando a ideia das teorias
do que se tornarão e não pelo que são. A in- tradicionais da sociologia, que visava a criança
visibilidade da criança é vista por Sarmento apenas como meros consumidores da cultura.
(2007) como processo que nasceu de uma No entanto, faz-se necessário compreender a
série de concepções historicamente constru- origem de tais teorias e suas significações, no
ídas sobre as crianças e seu papel no mundo qual grande parte se deram através da ideia de
social e cultural. socialização, em consequência disto, origina-
As perspectivas teóricas interpretativas e ram dois modelos diferentes neste processo,
construtivistas na sociologia também foram que foram: modelo determinista e o modelo
fundamentais na ressignificação do conceito construtivista (CORSARO, 2011).
da infância na perspectiva sociológica, levan- O modelo determinista apresentava a
do em consideração a origem de tudo. Corsa- ideia de a criança ser tomada pela sociedade,
ro (2011, p. 19) apresenta em seu argumento ou seja, para a criança ser integrada a socie-
a importância destas perspectivas quando dade, ela precisava ser moldada e treinada.
aplicadas à sociologia da infância: Dentro do modelo determinista, surgiram
dois tipos de abordagens, que são: os mode-
As perspectivas interpretativas e con- los funcionalistas e reprodutivistas. O Mode-
strutivistas argumentam que as crianças, lo funcionalista ganhou ênfase por volta dos
assim como os adultos, são participantes anos 1950-1960, no qual visava entender de
ativos na construção social da infância e que maneira as crianças se integravam na so-
na reprodução interpretativa de sua cul-
ciedade. Para ingressarem na sociedade, as
tura compartilhada. Em contraste, as teo-
mesmas precisariam ser moldadas a fim de
rias tradicionais veem as crianças como
“consumidores” da cultura estabelecida se apropriarem dos termos estabelecidos,
por adultos. evitando assim, tornar-se uma ameaça.
De acordo com Corsaro (2011, p. 20), 23), esta concepção se faz importante para o
tendo como base o pensamento de Talcott entendimento da sociologia das crianças, pois
Parsons, “o ingresso da criança nesse siste- permite compreender que elas “percebem e
ma é problemático porque, embora tenha organizam seus mundos de maneira qualitati-
potencial para ser útil ao seu funcionamento vamente diferente dos adultos”. Partindo da
contínuo, ela também é uma ameaça até que visão sociocultural do desenvolvimento hu-
seja socializada”. Ou seja, a criança deveria se mano de Vygotsky, a criança vai crescendo a
adequar às exigências da sociedade para que partir de suas ações coletivas, onde suas inte-
pudesse ser agregada a ela, aprendendo a rações sociais auxiliam na aquisição de novas
agir de acordo com as normas sociais e valo- competências e conhecimentos, habilidades
res, de forma que não fosse um risco, porém psicológicas e sociais.
tal modelo não se fortaleceu e foi perdendo a No conceito de reprodução interpretati-
preferência, dando abertura para os modelos va, a criança é vista como participante ativa
reprodutivistas, que acreditava que as crian- da sociedade, onde negociam, compartilham
ças de classe mais alta tinham mais acesso e criam culturas com a sociedade. Pode-se
ao acervo cultural da sociedade, portanto, a entender que:
condição financeira era um pressuposto para
um tratamento diferenciado, como afirma O termo reprodução inclui a ideia de que
Corsaro (2011, p. 21): as crianças não se limitam a internalizar
a sociedade e a cultura, mas contribuem
Os pais oriundos de grupos de classe so- para a produção e mudança culturais. O
cial mais elevada podem garantir que seus termo também sugere que as crianças es-
filhos recebam educação de qualidade tão, por sua própria participação na socie-
em prestigiadas instituições acadêmicas. dade, restritas pela estrutura social exis-
Teóricos reprodutivistas também apontam tente e pela reprodução social. (CORSARO,
para um tratamento diferenciado dos in- 2011, p. 32).
divíduos nas instituições sociais (especial-
mente no sistema educativo) que reflete e Sendo assim, as crianças vão conseguindo
apoia o sistema de classes dominante. espaço na sociedade por mérito delas, pois são
seres ativos e capazes de produzir transforma-
Tais modelos se preocupavam mais com ções culturais. Elas não são apenas crianças
os resultados que essa socialização das crian- que recebem a cultura que lhe são atribuídas,
ças iria causar, ignorando a verdadeira impor- mas a integra e produzem a partir de suas prá-
tância, que é, de fato, as crianças e a infân- ticas (SARMENTO, 2000). A partir da reprodu-
cia na sociedade, sendo consideradas como ção interpretativa a criança exerce seu papel
produtoras de sua própria cultura e não como produzindo coletivamente suas culturas de pa-
consumidoras. res e seus mundos, fornecendo uma base para
Adentrando aos modelos construtivistas, uma nova sociologia da infância.
segundo Corsaro (2011) teve bastante influ-
ência das teorias de psicologia do desenvolvi- 3 A TECNOLOGIA E O MUNDO INFANTIL
mento, nas quais a criança passou a ser vista
de forma mais ativa, possuindo a capacida- 3.1 A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA IN-
de de construir sua própria interação com FÂNCIA
o mundo. Jean Piaget e Lévy Vygotsky são
considerados estudiosos que trabalham bem Desde muito cedogrande parte do públi-
esta abordagem. co infantil tem o contato com algum tipo de
Dentro deste contexto, Jean Piaget acredi- tecnologia digital, seja um celular, um tablet,
tava que a criança se desenvolvia intelectual- um computador, TV, videogame, entre ou-
mente através de uma progressão de estágios tros, no qual a sua utilização acontece cada
diferentes. De acordo com Corsaro (2011, p. vez mais precoce e vem aumentando a cada
entre si e com o mundo, ao mesmo tempo bre o assunto. Existem, porém, pesquisas
em que rompem seus laços com o ambien- científicas que se baseiam unicamente na
te descontrolado que os cerca”. Sendo assim, pesquisa bibliográfica, procurando refer-
pode-se considerar a internet como uma das ências teóricas publicadas com o objetivo
de recolher informações ou conhecimen-
formas de transmitir cultura e conhecimento
tos prévios sobre o problema a respeito do
de forma rápida. Castells (2003), considera a
qual se procura a resposta.
internet como a maior invenção tecnológica
dos últimos tempos, principalmente pela sua
Esta metodologia possibilita a identifica-
capacidade de conectar pessoas do mundo
ção das possibilidades e lacunas no campo do
todo nas mais variadas ocasiões.
conhecimento investigado a partir da litera-
De acordo com Fantin (2008), as crianças
tura existente. A busca pelos artigos foi rea-
devem ser consideradas como produtoras
lizada por meio da base de dados do Portal
de cultura, que elas recriam seus próprios
de Periódicos da Capes e SciELO (Scientific
significados a partir dos conteúdos que elas
Eletronic Library Online) que serviram como
recebem, sendo assim este processo “implica
instrumento para coleta de dados, durante
pensar que a criança também é criadora de
os meses de agosto a outubro de 2018. Fo-
cultura, e pode intervir em todo o processo
ram utilizados os seguintes termos de busca:
cultural” (FANTIN, 2008, p. 149), exigindo que
internet, criança (children), riscos, cultura
o indivíduo que adentra ao mundo da inter-
digital (digital culture). Como critérios de in-
net, necessita de uma postura reflexiva e in-
clusão das referências bibliográficas, buscou-
terativa, pois esse ambiente se encontrar em
-se trabalhos revisados por pares, publicados
constante movimento. E de acordo com Barra
no idioma português, no período de 2008 a
(2004), é através da interatividade e interco-
2018, com disponibilidade de texto comple-
nectividade que a internet vem ganhando es-
to em suporte eletrônico. Tais critérios foram
paço no dia a dia das crianças fazendo parte
selecionados pela credibilidade das informa-
do seu universo e cultura.
ções e pelo grau de exigência feita a estes es-
Porém, deve-se atentar que, ao mesmo
tudos em agregar o maior número de biblio-
tempo que a internet apresenta uma trans-
grafias relacionadas ao tema pesquisado.
formação positiva para o mundo, faz-se ne-
A coleta de dados foi realizada por meio
cessário compreender que a mesma também
de publicações de autores e análise crítica dos
apresenta algumas incertezas, podendo se
artigos selecionados na íntegra, sendo desta-
constituir em um lugar perigoso e imprevisí-
cado os elementos fundamentais para análise.
vel (BARRA, 2004).
O levantamento dos artigos se deu através
do acesso ao site do Periódico Capes e SciE-
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
LO, durante os meses de agosto a outubro de
2018, realizando a busca por assunto, é solici-
Levando em consideração a pretensão do
tado que se coloque palavras chaves que irão
estudo, o trabalho desenvolvido teve como
permear a investigação. A seleção da bibliogra-
suporte os preceitos de estudo exploratório,
fia se deu através da identificação do título do
através da análise bibliográfica, segundo Fon-
artigo e da leitura dos resumos, foram locali-
seca (2002, p. 32):
zados 2.659 estudos distribuídos nas bases de
dados utilizadas para presente investigação,
A pesquisa bibliográfica é feita a partir
do levantamento de referências teóricas
porém foram rejeitados 2.648 em razão de
já analisadas, e publicadas por meios es- incongruência com a metodologia escolhida.
critos e eletrônicos, como livros, artigos Deste total, apenas 21 artigos se enquadraram
científicos, páginas de web sites. Qualquer aos critérios de inclusão, sendo removidos 11
trabalho científico inicia-se com uma pes- deles por serem duplicados (os mesmos foram
quisa bibliográfica, que permite ao pes- encontrados em buscas diferentes), conforme
quisador conhecer o que já se estudou so- a representação na figura 1.
Revista 11
172 removidos EDaPECI
deles por serem duplicados (os mesmos foram encontrados em buscas
diferentes), conforme a representação na figura 1.
Figura 1 –Etapas do processo de seleção de artigos para a revisão bibliográfica deste estudo
Figura 1 –Etapas do processo de seleção de artigos para a revisão bibliográfica deste estudo
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
A primeira busca se deu através do Periódico Capes, no qual no primeiro momento, foi
A primeira busca se deu através do Periódi- terceiro levantamento se deu através do ter-
co Capes, no qual no primeiro momento, foi mo “cultura digital AND criança”, resultando
feito o levantamento através dos termos “criança AND internet”, no qual foram encontrados
feito o levantamento através dos termos “cri- em 113 trabalhos, dentre estes foram selecio-
458 artigos que faziam menção a estas palavras, porém dentre eles só foram considerados06
ança AND internet”, no qual foram encontra- nados apenas 03 artigos relacionados com a
dos que
artigos 458 atenderamaos
artigos que faziam menção
critérios de inclusão, temática
a estas sendo abordada452
descartados na presente pesquisa.
trabalhos, por não
palavras, porém dentre eles só foram consid- A segunda busca ocorreu a partir da
apresentarem conformidade
erados06 artigos aos pontos
que atenderamaos essenciais
critérios da de
Base pesquisa,
dados no qual a maioria
da SciELO, no qual deles
o levan-
de inclusão, sendo descartados 452 trabalhos, tamento das informações foi realizado da
estavam voltados para área da saúde. Para melhor compreensão e autenticidade da análise
por não apresentarem conformidade aos pon- mesma forma, sendo efetuada através da
realizada acerca da
tos essenciais da relação das
pesquisa, nocrianças com a internet,
qual a maioria também
busca por foi utilizado
assunto. O primeiroos seguintes
deles ocor-
deles estavam voltados para área da saúde. reu a partir das seguintes palavras: children
termos: children AND internet, no qual foram levantados 769 artigos, sendo selecionados 05
Para melhor compreensão e autenticidade da AND internet, sendo encontrados 47 arti-
deles que atenderam aos critérios de inclusão da presente pesquisa. O segundo levantamento
análise realizada acerca da relação das crian- gos, dentre estes selecionados 04 artigos
foi ças com acom
realizado internet, tambémdescritores:
os seguintes foi utilizado os para
internet AND análise.
riscos, O
no segundo levantamento,
qual foram encontrados afim
seguintes termos: children AND internet, no de apresentar legitimidade a busca, se deu
1244 artigos relacionados a estas palavras, sendo considerados apenas 05 artigos, de acordo
qual foram levantados 769 artigos, sendo sele- através dos seguintes termos: criança AND
cionados 05 deles que atenderam aos critérios internet, porém não houve resultados, fato
com os critérios de inclusão. O terceiro levantamento se deu através do termo “cultura digital
de inclusão da presente pesquisa. O segundo que também se deu ao realizar a busca pelos
levantamento foi realizado com os seguintes seguintes vocábulos: cultura digital AND cri-
descritores: internet AND riscos, no qual foram ança. O terceiro levantamento foi realizada a
encontrados 1244 artigos relacionados a estas partir das palavras: internet e riscos, sendo
palavras, sendo considerados apenas 05 arti- encontrados 28 trabalhos, dentre estes sele-
gos, de acordo com os critérios de inclusão. O cionados 03 artigos.
ente. Diante da questão da supervisão dos pais CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: re-
frente o uso da internet pelas crianças, con- flexões sobre a internet, os negócios e a so-
clui-se que dentre os entrevistados nos estu- ciedade. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2003 (Trad.
dos, a maioria se preocupa com o que as crian- Maria Luiza X. de A. Borges).
ças fazem na internet, com isso busca sempre
estar por perto para dar suporte e aconselhar, CORSARO, William A. Sociologia da Infância.
quando necessário. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 384 p.
Assim, de acordo com os resultados desta
pesquisa, pode-se concluir que, é de suma im- DORNELLES, L. V. Infâncias que nos escapam:
portância e quase inevitável a relação da criança da criança na rua à criança cyber. Petrópolis,
com a internet, porém se torna necessário estar RJ: Vozes, 2005.
atento as possibilidades que a mesma oferece.
Tal estudo proporcionou aprendizagem signifi- FANTIN, M. Crianças e games na escola: entre
cativa para esse mundo que é tão utilizado nos paisagens e práticas. Revista Latino Americana
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Os autores gostariam de agradecer à Fundação
PIMENTEL, Fernando Silvio Cavalcante. A de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas
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Maceió: EDUFAL, 2017. 203 p. rado ao segundo autor e à Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
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