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HANSENIASE TUBERCULÓIDE:
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PALOMA TONANI - TXVIII
Placa ovalar bem delimitada na região. Forma
microtubérculos (pápulas), com borda
papulosa que delimita bem a área. Lesão
exuberante em forma de placa.
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pé esquerdo. Sem alterações da
sensibilidade.
Diagnostico Diferencial:
Primeiramente pensar em leishmaniose
tegumentar como diagnostico diferencial e
investigar hanseníase.
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PALOMA TONANI - TXVIII
Tem uma característica específica que é uma Diagnostico Diferencial:
lesão hiperemiada, com bordas mal definidas e
uma área central com aspecto de pele
normal= manchas foveolares.
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Diagnostico diferencial:
Neurofibromatose= máculas
Tumores de Hansen. ferruginosas, pápulas e nódulos. Os
nódulos e as pápulas têm consistência
- Disseminação de lesões de pele que podem amolecida e são herniados. Não há
ser eritematosas, infiltrativas, de limites distúrbio sensitivo e a baciloscopia é
imprecisos, brilhantes e distribuição simétrica; negativa. (faz biopsias, para não
- Pode haver infiltração difusa na face (fácies mostrar que tem bacilos de Hansen ou
leonina) e pavilhões auriculares; o teste de monte negro).
- Madarose superciliar e ciliar (além de varias
outras alterações);
- Globo ocular, laringe, fígado, baço, supra-
renais, sistema vascular periférico, linfonodos,
testículos, rins, podem ser afetados;
- Portanto, é uma doença sistêmica;
- Nódulos e tubérculos; Quelóide= pápulas e lesões tuberosas
- Comprometimento de mucosas; consistentes, múltiplas, de tonalidade
- Acometimento dos troncos nervosos marrom-avermelhada em todo o tronco
periféricos; posterior. Sem alterações. Sem
- Baciloscopia positiva (classificação alterações sensitivas. Baciloscopia
multibacilar); negativa.
- Mitsuda negativo (margem anérgica=
ausência de Fator Natural (N) de Rotberg,
1937).
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TRATAMENTO - Para o tratamento nas unidades de atenção
- Os esquemas PQT-U/MDT-U recomendados básica não há necessidade de especialistas ou
levam à cura! de equipamentos sofisticados (é padronizado).
- O tratamento é feito em regime ambulatorial - A pessoa atingida pela hanseníase em
pelo SUS nas UBS, USF e outras unidades de tratamento pode conviver com a família, no
referências. trabalho e na sociedade sem qualquer
- Observação= não existe tratamento restrição.
particular para hanseníase.
- Não há necessidade de internação; Nota Técnica MS n° 4 de 27/02/2020, entrou
em vigor em setembro de 2020:
Tratamento varia com a idade: adulto (>15 Exemplo de cartela para tratamento.
anos) e crianças. O tratamento muda apenas
na dosagem. Dose Supervisionada:
Toma 1X a cada 28 dias na presença de um
Alta por cura medicamentosa. profissional de saúde (desde um ACS,
enfermagem, medico, farmacêutico)= 1
Duração do tratamento:
comprimido de Dapsona, 2 capsulas de
- PB= 6 blisters/cartelas em ate 9 meses;
Rifampicina e 3 drágeas de Clofazimina.
- MP= 12 blisters/cartelas em ate 18 meses.
Profissional deve anotar que o usuário recebeu
a dose após vê-lo ingerindo.
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Para casa o paciente leva a dose auto - Cutâneos= ressecamento da pele, que pode
administrada que é os comprimidos da parte evoluir para ictiose, alteração na coloração da
inferior da cartela (adultos vão tomar o pele e suor. Nas pessoas de pele escura, a cor
casalzinho de comprimidos, já crianças vão pode se acentuar; nas pessoas claras, a pele
tomar em dias alternados). pode ficar com uma coloração avermelhada ou
adquirir um tom acinzentado, devido à
PQP-ROM: impregnação e ao ressecamento. Esses efeitos
Rifampicina 600mg ocorrem mais acentuadamente nas lesões
Ofloxacina 400mg hansênicas e regridem, muito lentamente, após
Minociclina 100mg a suspensão do medicamento.
Esse tratamento só é oferecido em SJRP. É uma Bromidrose (suor muda de cor)- mancha as
dose única supervisionada que pode ser roupas.
administrada em paucibacilares com lesão Bebê pode nascer marrom (da cor do
única e sem comprometimento de nervo. Não medicamento) e vai voltar só 1 ano a 1 ano e
pode ser administrada para menores de 5 anos meio depois volta a cor biológica, quando
e gestantes. gravida faz o tratamento. Se não proteger o
corpo, usar protetor solar, pois se pigmentar a
pele não por inteiro fica pigmentado igual
EFEITOS COLATERAIS DE CADA MEDICAMENTO zebra. Hiperpigmentação da pele.
DAPSONA: - Gastrointestinais= diminuição da peristalte e
Droga bacteriostática. dor abdominal, devido ao depósito de cristais
de clofazimina nas submucosas e linfonodos
- Cutâneos= síndrome de Stevens-Johnson intestinais, resultando na inflamação da porção
(qualquer medicamento pode provocar essa terminal do intestino delgado. Esses efeitos
síndrome), dermatite esfoliativa ou poderão ser encontrados, com maior
eritrodermia; frequência, na utilização de doses de
- Hepáticos= icterícias, náuseas e vômitos; 300mg/dia por períodos prolongados,
- Hemolíticos= tremores, febre, náuseas, superiores a 90 dias.
cefaleia, às vezes choque, podendo também
ocorrer icterícia leve, anemia
metahemoglobinemia, cianose, dispneia, RIFAMPICINA:
taquicardia, fadiga, desmaios, anorexia e Droga bactericida.
vômitos;
- Outros efeitos colaterais raros= podem - Cutâneos= rubor de face e pescoço, prurido
ocorrer insônia e neuropatia motora periférica. e rash cutâneo generalizado;
- Gastrointestinais= diminuição do apetite e
náuseas. Eventualmente, podem ocorrer
CLOFAZIMINA: vômitos, diarreias e dor abdominal leve;
Droga bacteriostática. - Hepáticos= mal-estar, perda do apetite,
náuseas e icterícia. São descritos dois tipos de
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icterícias: a leve ou transitória e a grave, com - A secreção pulmonar avermelhada não deve
danos hepáticos importantes. A medicação ser confundida com escarros hemoptoicos.
deve ser suspensa e o doente, encaminhado à - A pigmentação da conjuntiva não deve ser
unidade de referência, se as transaminases confundida com icterícia.
e/ou bilirrubinas aumentarem mais de duas
vezes o valor normal;
- Hematopoéticos= trombocitopenia, púrpuras São reações doESTADOS
sistema imunológico
REACIONAIS em
ou sangramentos anormais, como epistaxes. Reação ao basilo de Hansen, variando de
Podem também ocorrer hemorragias gengivais acordo com o Th1 e Th2.
e uterinas. Nesses casos, o doente deve ser
encaminhado ao hospital. São reações do sistema imunológico do
doente ao Mycobacterium leprae.
Anemia hemolítica= tremores, febre, Apresentam-se através de episódios
náuseas, cefaleia e, às vezes, choque, podendo inflamatórios agudos e subagudos. Podem
também ocorrer icterícia leve. Raramente ocorrer nos paucibacilares como nos
ocorre uma síndrome pseudogripal, quando o multibacilares.
doente apresenta febre, calafrios, astenia, São a principal causa de lesões de nervos e de
mialgias, cefaleia, dores ósseas. Esse quadro incapacidades físicas provocadas pela
pode evoluir com eosinofilia, nefrite intersticial, hanseníase.
necrose tubular aguda, trombocitopenia,
anemia hemolítica e choque. Há basicamente dois tipos de reações (ha 3
Essa síndrome pseudogripal, muito rara, se tipos, mas a literatura só trás 2): uma que
manifesta a partir da 2ª ou 4ª dose ocorre em pacientes com predomínio da
supervisionada, devido à hipersensibilidade preservação da imunidade celular específica
por formação de anticorpos antirrifampicina, contra o M. leprae, denominada de reação tipo
quando o medicamento é utilizado em dose 1; e outra que ocorre em pacientes com esta
intermitente. Pode levar a óbito. Orientar imunidade pouco preservada ou ausente,
procura de atendimento medico. Vai avaliar denominada de reação tipo 2 ou Eritema
função pulmonar e renal; em alguns casos Nodoso Hansênico (URA, 2007).
precisa de internação e ate hemodiálise.
Os quadros reacionais podem ocorrer
Existem classes de antibióticos que diminuem espontaneamente, antes, durante ou após o
o efeito do anticoncepcional oral. Orientar tratamento específico ou, ainda, estarem
paciente a procurar médico sobre método associados a situações clínicas como:
contraceptivo. vacinação, anemia, puberdade, gestação,
parto, intervenção cirúrgica, stress físico e/ou
Observações: psicoló- gico e infecções intercorrentes (virais,
- A coloração avermelhada da urina não deve bacterianas, etc), e uso de drogas, sendo as
ser confundida com hematúria. mais comuns: antibióticos, iodeto de potássio,
progesterona e vitamina-A.
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REAÇÃO DO TIPO 1 OU REAÇÃO
REVERSA:
- Ocorre em todas as formas clínicas,
porem mais comum nas paucibacilares
(polo tuberculoide);
- Clinicamente a reação tipo 1 se
apresenta com lesões cutâneas de
aparecimento agudo, tipo placas
eritemato-edematosas, bem Começam a ter febre, dor, mal estar geral, não
delimitadas. Histologicamente há
consegue fazer nada, dor intensa devido às
reação inflamatória granulomatosa com
neurites. Em uso de PQT, não suspende
padrão tuberculoide ou dimorfo, mas
durante essas reações.
associado a fenômenos exsudativos
com edema, deposição de fibrina,
necrose tecidual e frequentemente há
concomitância de comprometimento REAÇÃO DO TIPO 2 OU ERITEMA
neurológico (URA, 2007). NODOSO HANSÊNICO:
- Envolve as formas BB, BV e o polo V,
reconhecidas como multibacilares,
porque os pacientes apresentam
grande número de bacilos (FOSS, 2003).
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- Se o estado reacional for identificado durante - Distúrbios metabólicos= redução de sódio e
o tratamento PQT, deve se manter o potássio; aumento das taxas de glicose no
tratamento, acrescentando o tratamento sangue; alteração no metabolismo do cálcio,
específico para a reação. levando à osteoporose; elevação do colesterol
- Se o estado reacional for identificado no e triglicerídios; síndrome de Cushing; síndrome
paciente pós-alta, o tratamento PQT não deve plurimetabólica;
ser reiniciado. Deve se fazer a avaliação geral - Gastrointestinais= gastrite e úlcera péptica;
do paciente e o tratamento imediato da - Urolitíase;
reação. - Catarata e glaucoma;
- Agravamento de infecções latentes, acne
Tratamento das reações tipo 1 ou Reação cortisônica e psicoses.
Reversa:
- Além de analgésicos e antitérmicos; Efeitos Colaterais da Talidomina:
- Tipo 1: Corticoterapia= Prednisona 1 a 2 - Principal é a teratogenicidade;
mg/kg/dia (não passar de 60mg) com - Sonolência, edema unilateral de membros
retirada gradual de 15 em 15 dias (nunca inferiores, constipação intestinal, secura de
suspender repentinamente); pesquisar mucosas e, mais raramente, linfopenia;
Strongiloydes stercolaris prevenindo a - Neuropatia periférica, não comum no Brasil,
disseminação sistêmica desse parasito. pode ocorrer em doses acumuladas acima de
40g, sendo mais frequente em pacientes acima
Tratamento do tipo 2: de 65 anos de idade.
- Analgésicos e antitérmicos;
- Corticoesteroides;
- Talidomida de 100 a 400 mg/dia. É uma
droga altamente teratogênica. RECIDIVA EM HANSENÍASE
Lei nº 10.651 de 16/04/2003 proibição de seu É considerado um caso de recidiva aquele que
uso por mulheres grávidas ou sob risco de completar com êxito o tratamento PQT e que,
engravidar, não será fornecida ou vendida em depois, venha, eventualmente, desenvolver
farmácias comerciais, somente o SUS poderá novos sinais e sintomas da doença. Os casos
fornecê-la. Pedir testes de BHCG antes da de recidiva em hanseníase são raros em
prescrição e orientar que não pode engravidar pacientes tratados regularmente, com os
(assinatura de documentos para garantir que a esquemas poliquimioterápicos preconizado.
pessoa foi bem orientada). Geralmente, ocorrem em período superior a 5
anos após a cura, sendo seu tratamento
realizado nos serviços de referência (municipal,
Efeitos Colaterais dos Corticosteroides: regional, estadual ou nacional).
- Hipertensão arterial;
- Disseminação de infestação por Nos paucibacilares, muitas vezes é difícil
Strongyloides stercoralis; distinguir a recidiva da reação reversa. No
- Disseminação de tuberculose pulmonar; entanto, é fundamental que se faça a
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identificação correta da recidiva. Quando se
confirmar uma recidiva, após exame clínico e
baciloscópico, a classificação do doente deve
ser criteriosamente reexaminada para que se
possa reiniciar o tratamento PQT adequado.
=
MANIFESTAÇÕES OFTALMOLÓGICAS
Lagoftalmo inicial- não fecham os olhos
corretamente.
Esclerite ou Epiesclerite.
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Dermatocalase ou Blefarocalase (vai formando
Madarose- queda dos cílios e dos supercílios.
pálpebras em cima de pálpebras= camadas)-
comum em idosos também.
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- Lesões Cutâneas por Diminuição de
Sensibilidade:
Hansenomas.
MANIFESTAÇÕES OTORRINOLARINGOCOLÓGICAS
- Obstrução nasal;
- Ressecamento;
- Sangramento;
Traumatismos nos joelhos por não perceber a
- Infiltração;
força que estava se fazendo sobre eles.
- Crostas;
- Perfuração de septo – nariz em sela;
- Acometimento de pavimento auricular (80%). - Paralisias:
Pé equino.
MANIFESTAÇÕES NERVOSAS
DEFORMIDADES:
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Mão equina.
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ou tenha residido com a pessoa com
hanseníase. Considera-se contato social toda e
qualquer pessoa que conviva ou tenha
convivido em relações familiares ou não, de
forma próxima e prolongada.
DECÁLOGO DA PROFILAXIA:
- Diagnóstico e Tratamento precoce com a
PQT-U/MDT-U;
- Avaliação das Incapacidades Físicas (olhos,
mãos e pés);
- Exame e vacinação dos contatos com BCG-id;
- Capacitação dos profissionais de saúde de
todos os níveis de formação profissional;
- Educação em Saúde para a comunidade em
geral com linguagem acessível;
- Fim do estigma, preconceito e discriminação;
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