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Biologia e Geologia

Geologia”

Módulo 1 – “A geologia, os geólogos e os seus métodos”

“A Terra e os seus subsistemas em interacção”

Sistema Isolado  Não existe permuta de matéria nem de energia através


das suas fronteiras.

Sistema Fechado  Ocorre intercâmbio de energia através dos seus limites,


mas não há permuta de matéria.

Sistema Aberto  Ocorre intercâmbio de energia e de matéria através dos


seus limites.

O caso da Terra:

A Terra estabelece trocas energéticas com o Universo. Recebe energia


emanada do Sol, que é utilizada em vários processos biológicos e geológicos, e
transfere energia para o Espaço sob a forma de energia térmica. O intercâmbio
de matéria da Terra, com o exterior é, diminuto e insignificante, quando
comparado com as dimensões do nosso planeta. Por isso, o nosso planeta é
considerado um sistema quase fechado.

Consequências deste facto:

Num sistema fechado, os recursos são finitos e, ao ritmo que os


consumimos, podem não ser suficientes para as gerações futuras.

“Subsistemas Terrestres”

Atmosfera  Camada gasosa que envolve a Terra, com aproximadamente


700 km de espessura.

Geosfera  É a parte sólida do nosso planeta, constituída por rochas e os


seus produtos de alteração.

Hidrosfera  Totalidade da água existente na Terra.

Biosfera  é constituída por todos os seres existentes na Terra e pela matéria


orgânica não decomposta (biomassa).

“Interacções entre os subsistemas terrestres”

Geosfera > Atmosfera  Quando ocorre uma erupção vulcânica gases,


poeiras e vapor de água libertam-se para a atmosfera.

Biosfera > Atmosfera  Existem trocas gasosas durante a fotossíntese.


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Biosfera > Geosfera  Restos de plantas podem ser transformados ao


abrigo do ar e contribuir para a formação de carvões.

Hidrosfera > Geosfera  A água das chuvas infiltra-se no solo para formar
águas subterrâneas.

Biosfera > Atmosfera  … respiração dos seres vivos …

Biosfera > Hidrosfera  Mia de 70% do nosso corpo é constituído por água.

Um conjunto de componentes que se relacionam constitui um Sistema…

“As rochas, arquivos que relatam a história da Terra”

(exercícios relativos ao texto da pag.19)

a) Com base no texto comentar a afirmação: “As rochas são


páginas de um livro onde está escrita a história da Terra”. As
trilobites contidas nestas rochas, indicam-nos que esta zona, na altura
em viveram as trilobites era um ambiente marinho. Estas rochas, como
têm trilobites, são da idade das trilobites.
b) Qual o tipo de rochas que apresentam mais frequentemente
fósseis? As rochas sedimentares.
c) A deformação da trilobite da figura anexa o que indica? A
deformação do fóssil indica movimentos tectónicos, relacionados com o
movimento das placas.
d) A que se deve o nome “trilobite”? Devido a terem o corpo divido em
3 lobos longitudinais.

Possíveis causas para algumas extinções:

Geológicas:

 A derivação dos continentes;


 Erupções vulcânicas;
 Sismos;
 Aquecimento global.

Cosmológicas:

 Transgressões e regressões;
 Queda de cometas e meteoros;
 Proximidade da estrela irmã ao Sol;
 Explosão de uma supernova próxima da nossa galáxia;
 Passagem do Sistema Solar por zonas poeirentas do espaço.

“Tipos de rochas”

Rochas sedimentares  Deposição, afundimento e litificação de detritos


provenientes de outras rochas, de materiais provenientes da precipitação de
substâncias dissolvidas ou da actividade de seres vivos. Ex: Arenito.
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Rochas magmáticas  Solidificação do magma em profundidade ou


à superfície. Ex: Granito.

Rochas metamórficas  Transformações mineralógicas e texturais de outras


rochas, ocorridas no estado sólido, devido, principalmente, ao calor e a
tensões. Ex: Xisto.

Rochas sedimentares

 5% do volume da crosta;
 75% da área dos continentes;
 Espessura média de cerca de 2 km.

Sedimentogénese  Conjunto de processos que intervêm na forma de


sedimentos. Inclui a formação de materiais a partir de rochas preexistentes,
ou de restos de seres vivos, o seu transporte e a sua deposição.

Sedimentos detríticos (clastos)  Fragmentos de dimensões variadas


provenientes da alteração de outras rochas.

Sedimentos biogénicos  Restos de seres vivos (conchas, ossos,


fragmentos de plantas, pólen, etc).

Sedimentos de origem química  Resultantes da precipitação de


substâncias dissolvidas na água.

A génese das rochas sedimentares envolve a erosão (remoção, pela água,


vento e gelo, dos materiais resultantes da meteorização das rochas). As rochas
sofrem alteração física e química e os materiais resultantes são removidos.

Todas as rochas à superfície sofrem erosão, porque foram formadas em


diferentes condições de pressão e de temperatura.

A alteração das rochas – Meteorização – alterações das rochas por acção de


agentes externos (água, vento, ar, variações térmicas, seres vivos, etc).

A meteorização pode ser física havendo desagregação mecânica das rochas,


ou química, havendo transformação dos minerais noutros, mais estáveis face
às novas condições ambientais em que se encontram.

Os materiais resultantes da erosão das rochas são transportados pela água,


vento e também pelos seres vivos.

Transporte  Os materiais resultantes da meteorização são, em regra,


transportados pela água e pelo vento para outros locais.

Durante o transporte sofrem modificações como arredondamento e


granotriagem.
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Granotriagem
Grandes Reduzida
Médios Média
Pequenos Elevada

Arredondamento
Grandes Grãos subarredondados
Grandes & Pequenos Grãos angulosos
Pequenos Grãos muito arredondados

Os materiais transportados são:

 Detritos ou clastos;
 Substâncias dissolvidas;
 Restos de seres vivos (conchas, folhas, …).

O material transportado deposita-se quando a velocidade do agentes de


transporte diminui e a força da gravidade é superior à impulsão.

Sedimentação  Ocorre quando o agente de transporte perde energia e os


materiais transporte ficam depositados (sedimentos).

A deposição dá-se, geralmente, em camadas sobrepostas (estratos),


horizontais e paralelas, sobretudo quando ocorre em ambientes aquáticos.

A ordem da sedimentação é condicionadas por:

 Dimensão dos sedimentos;


 Densidade dos sedimentos.

Da sedimentação resulta uma acumulação de sedimentos, classificados


como uma rocha sedimentar não consolidada.

Diagénese  conjunto de processos físico-químicos que intervêm após a


sedimentação pelos quais os sedimentos se transformam em rochas
sedimentares coerentes e consolidadas.

Fenómenos que ocorrem:

 Pressão das camadas superiores;


 Perda de água;
 Diminuição dos espaços vazios;
 Precipitação das substâncias dissolvidas na água;
 Formação de um cimento que aglutina os grãos.

Etapas:

 Compactação;
 Desidratação;
 Cimentação.
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A sedimentação efectua-se em camadas paralelas e horizontais. As camadas


são limitadas por 2 superfícies.

As camadas distinguem-se pela:

 Cor;
 Espessura;
 Dimensão do material.

Uma camada significa a deposição de sedimentos num período de tempo.

Classificação das rochas sedimentares:

 Detríticas;
 De origem química;
 Biogénicas.

Meteorização física:

 Desagregação em fragmentos cada vez menores;


 Conservação das características do material original;
 Aumento da superfície de exposição aos agentes de meteorização.

Meteorização química:

 Instabilidade da estrutura dos minerais gerados em profundidade;


 Remoção ou introdução de elementos químicos na sua estrutura interna;
 Conversão noutros minerais mais estáveis ou em produtos solúveis;
 Água, oxigénio, dióxido de carbono e substâncias produzidas pelos seres
vivos são agentes de meteorização química.

Rochas magmáticas

São formadas em profundidade ou à superfície.

Têm a cor escura quando o magma é básico; e claras quando o mesmo é ácido.

A textura de uma rocha revela-nos, sobretudo qual o tipo de rocha em estudo,


como por exemplo pode-nos dizer que o Basalto é uma Rocha Magmática
Vulcânica e o granito, uma RM Plutónica.
Porquê?

Porque…

Rochas extrusivas Rochas intrusivas


Consolidação do magma À superfície Em profundidade
Arrefecimento do magma Rápido Lento
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Afanítica (agranular), Fanerítica (granular)


Textura porque não são visíveis a porque são bem visíveis a
olho nu os seus minerais. olho nu os seus minerais.
Minerais constituintes --------------------------------- Quartzo, feldspato e mica
Exemplo de rochas Basalto Granito

Rochas metamórficas

As rochas metamórficas formam-se nas zonas de subducção. Formam-se da


junção de 2 placas e, logo quando essas 2 placas se encontram, o magma
“escorrega” numa espécie de rio que é formado, e aí se formam as rochas
metamórficas.

Os principais factores de metamorfismo presentes na formação das rochas


metamórficas são: temperatura, pressão, fluidos e tempo.

As montanhas formam-se no encontro de 2 placas com a mesma densidade.


As rochas, nas zonas onde se formam as cadeias de montanhas, sofrem os
efeitos da pressão, da temperatura e do tempo.

Metamorfismo

Processo que transforma um tipo qualquer de rochas em rochas metamórficas.


Este processo ocorre no estado sólido. Neste processo, os minerais das
diferentes rochas vão se modificando, logo a sua textura também. Há 2 tipo de
metamorfismo:

Metamorfismo Regional Metamorfismo de


Contacto
Factores Pressão, temperatura e Calor, fluidos
tempo

Onde ocorre Zona de colisão de placas Proximidade dos corpos


(subducção e obducção) magmáticos
Que transformações Mineralogia, textura e Transformações
ocorrem estrutura mineralógicas e texturais
Exemplo de rochas Xisto, Gnaisse, Ardósia Corneana, Mármore
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Ciclo das rochas

 A acção dos agentes da geodinâmica externa vão provocar a


meteorização e erosão das rochas existentes à superfície. Dá-se o
transporte dos detritos até bacias de sedimentação, onde os mesmos se
irão depositar.
 A completar este processo, dá-se a diagénese, e ocorre a formação de
rochas sedimentares. Estas, por sua vez, quando submetidas ao peso
das camadas suprajacentes e à compressão por parte das rochas
superiores, vão afundar.
 Quando afundam, são submetidas a pressões e temperaturas elevadas,
ocorrendo o metamorfismo, sempre no estado sólido. Formam-se, então,
as rochas metamórficas.
 Estas rochas, quando sujeitas a condições de temperatura e pressão
ainda maiores, vão se fundir, transformando-se em magma, e passando
ao domínio do magmatismo.
 O magma, devido às movimentações que experimenta na crosta
terrestre, pode sofrer um arrefecimento progressivo, levando à sua
consolidação e à consequente formação das rochas magmáticas.
 Estas rochas, geradas em profundidade podem ser soerguidas, devido a
movimentos da crosta terrestre ou então devido à erosão e remoção das
camadas suprajacentes que põe a descoberto as rochas mais profundas.
Estas vão experimentar novas alterações e novas condições, sofrendo as
acções do meio externo, dando origem a matérias, que por acumulação
vão formar as rochas sedimentares.
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“Datação relativa”

O que é?

Processo de datação que permite avaliar a idade de amuas formações


geológicas em relação a outras.

O que são fósseis estratigráficos?

Correspondem a restos ou vestígios deixados por seres vivos contemporâneos


da formação da rocha em que aparecem, que existiram durante intervalos de
tempo relativamente curtos à escala geológica e que apresentam uma ampla
distribuição geológica.

Princípios da estratigrafia:

Princípio da horizontalidade  As camadas formam-se horizontalmente.

Princípio da sobreposição de estratos  As camadas são colocadas umas


sobre as outras .

Princípio da identidade paleontológica  São da mesma idade os estratos


que contêm os mesmos fósseis.

Princípio da intrusão ou corte  A estrutura que atravessa (corta) outra é


mais recente do que aquela que é cortada.

Princípio da inclusão  Fracções de rochas que se encontram incluídas


noutra rocha são mais antigas que a rocha que as contêm.

Excepções ao princípio da sobreposição:

- Depósitos fluviais

- Depósitos subterrâneos em grutas

Dentro deles depositam-se sedimentos.

“Datação absoluta”

Consiste na determinação da idade das formações geológicas ou de certos


acontecimentos, referidos em valores numéricos, normalmente em anos.

“Datação radiométrica”

Baseia-se na desintegração regular de isótopos radioactivos naturais.


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“Semi-vida”

É o tempo que os isótopos-pai demoram a transformar-se em 50% de isótopos-


filhos. Pode também designar-se de meia-vida ou semi-transformação.

Átomo-pai  Isótopos instáveis.

Átomo-filho  Os que resultam da desintegração dos átomos-pai.

Tempo de semi-vida  O tempo necessário para que metade dos átomos-pai


de transforme em átomos-filho.

“Memória dos tempos geológicos”

Na história da Terra podem-se referir alguns acontecimentos:

 A vida deve ter aparecido na Terra há cerca de 3800 M.a.


 Os tempos pré-câmbricos conheceram uma diversificação importante das
formas de vida. Foi no início da Era Paleozóica, há cerca de 550 M.a.,
que apareceram formas de vida com concha e carapaça.
 Durante o Paleozóico foram surgindo formas cada vez mais complexas,
existindo já representantes de quase todos grandes grupos de
organismos actuais.
 O limite entre a Era Paleozóica e a Era Mesozóica corresponde ao
desaparecimento de espécies marinhas.

A Terra, um planeta em mudança

Explicações para a extinção dos dinossauros:

 Queda de um meteorito gigante;


 Enormes erupções vulcânicas.

Princípios básicos do raciocínio geológico

Catastrofismo

Segundo esta teoria, as grandes alterações ocorridas à superfície da Terra


foram provocadas por catástrofes como inundações. Segundo o catastrofismo,
as mudanças ocorridas seriam pontuais, dirigidas e sem ciclicidade.
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Uniformitarismo

O uniformitarismo pressupõe 3 princípios orientadores originais:

 As leis naturais são constantes no espaço e no tempo;


 Deve explicar-se o passado a partir do que se observa hoje, isto é, as
causas que provocaram determinados fenómenos no passado são
idênticos às que provocaram o mesmo tipo de fenómenos no presente –
princípio do actualismo ou das causas actuais – que pode resumir-
se na seguinte frase: “O presente é a chave do passado”.
 As mudanças geológicas são cíclicas.

Neocatastrofismo

Aceita os pressupostos do uniformitarismo, mas atribui também um papel


importante aos fenómenos catastróficos como agentes da evolução da Terra.

Mobilismo geológico

Alguns cientistas, como Wegener, admitiram que os continentes já estiveram


unidos num supercontinente (Pangeia), no passado. Esse supercontinente ter-
se-ia fragmentado em 2 continentes, um a Norte, chamado Laurássia, e outro a
Sul, Gonduana. Diferentes dados apoiam a hipótese da existência do continente
Gonduana, formado por continentes que se encontram hoje separados:

 A complementaridade dos contornos dos continentes;


 Rochas com a mesma idade que se encontram em regiões actualmente
distantes;
 Regiões com um determinado clima que possuem vestígios indicadores
de um clima diferente no passado;
 Existência de fósseis idênticos que se encontram em continentes
diferentes e encaixantes.

As placas tectónicas e os seus movimentos

Limites convergentes  Correspondem a zonas de fossas em que uma placa


oceânica mergulha sob outra e se verifica a destruição da placa litosférica que
mergulha.

Limites divergentes  Situam-se nas dorsais oceânicas e são zonas onde é


gerada crosta oceânica, originando a expansão dos fundos oceânicos.

Limites conservativos  Situam-se em falhas onde as placas litosféricas


deslizam lateralmente em relação à outra , sem acréscimo ou destruição de
crosta.
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Módulo 2 – “A Terra, um planeta muito especial”

Constituição do Sistema Solar

 Nave espacial
 Estação espacial internacional
 Telescópio Hubble
 Via Láctea
 Estrela:
 Corpo celeste formado por plasma;
 Coeso devido à sua força gravitacional;
 Produz energia porque tem massa superior a 81 vezes a massa de
Júpiter.
 Planeta:
 Corpo celeste;
 Gira numa órbita em torno de um estrela;
 Tem massa suficiente para ter gravidade própria e assumir forma
aproximadamente esférica;
 Órbita desimpedida de outros astros.
 Planeta anão:
 Corpo celeste;
 Orbita em volta do Sol;
 Possui gravidade suficiente para assumir uma forma com
equilíbrio hidrostático (aproximadamente esférica);
 Não possui uma órbita desimpedida (Plutão cruza a órbita de
Neptuno).
 Asteróide:
 Corpo menor do Sistema Solar: geralmente da ordem de algumas
centenas de km;
 Deriva do grego “áster”, estrela, e “óide”, sufixo que denota
semelhança.
 Grupo de Asteróides:
 Cintura de asteróides entre Marte e Júpiter;
 Asteróides próximos da Terra podem colidir com a Terra devido a
órbita muito mais elíptica;
 Asteróides Troianos movimentam-se na órbita de Júpiter;
 Asteróides Centauros que orbitam na zona externa do Sistema
Solar.
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 Cintura de Kuiper:
 Região exterior do Sistema Solar;
 Localizada para lá de Neptuno;
 Orbitam os planetas anões Plutão, Haumea, Éris, etc;
 Órbitas muito inclinadas.
 Corpo transneptuniano:
 Corpo pequeno;
 Composto por rocha e gelo;
 Orbita o Sol a uma distância superior à de Neptuno.
 Cometas:
 Corpos com órbitas excêntricas relativamente ao Sol;
 Núcleo rochoso envolvido por água e gases congelados;
 Cabeleira formada por partículas sólidas resultantes da
fragmentação do material quando aquece e gases libertados;
 Cauda prolongamento do lado oposto ao Sol , cuja orientação é
devida à repulsão dos gases pela radiação solar.
 Meteoróide:
 Corpo que torna incandescente ao atravessar a atmosfera;
 Geralmente proveniente da cintura de asteróides ou dos cometas.
 Meteorito:
 Corpo que atinge a superfície da Terra;
 Proveniente de cometas e asteróides.
 Meteoro:
 Rasto luminoso deixado pelo meteoróide.
 Estrela-Cadente:
 Fragmento que ao atravessar a atmosfera se torna incandescente.
 Chuva de estrelas:
 Fragmentos que ao entrarem na atmosfera se tornam
incandescentes.
 Planetas telúricos:
 São essencialmente constituídos por materiais sólidos;
 Provavelmente têm um núcleo metálico;
 Têm um diâmetro inferior ou próximo do diâmetro da Terra;
 As atmosferas, quando existentes, são pouco extensas
relativamente às dimensões dos respectivos planetas;
 Os movimentos de rotação que descrevem são lentos;
 Possuem poucos satélites, ou mesmo nenhum.
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 Planetas gasosos:
 Possuem diâmetros bastante superiores aos planetas telúricos;
 Têm baixa densidade;
 São essencialmente formados por gases;
 Possuem um pequeno núcleo;
 Movem-se com maior velocidade;
 Têm, na generalidade, inúmeros satélites.

Origem do Sistema Solar – Teorias

Colisão entre 2 estrelas:

 O Sol já existia;
 Uma estrela deambulava pelo espaço;
 Chocou com o Sol;
 A colisão arrancou fragmentos ao Sol;
 Fragmentos condensaram e deram origem aos planetas.

Obstáculos: Cálculos demonstram que os fragmentos se desintegravam e não


constituíam planetas por causa da temperatura.

Aproximação sem colisão:

 2 estrelas aproximam-se;
 Campos gravíticos interagem;
 Deformam-se;
 Fragmentos são arrancados;
 Formam-se os planetas.

Objecções:

 Fragmentos arrancados voltariam a cair no Sol;


 Fragmentos não originavam planetas;
 Improvável passagem de uma estrela junto do Sol.

Teoria Nebular Reformulada

 Os planetas encontram-se no mesmo plano equatorial do Sol;


 As órbitas dos planetas têm movimentos na sua órbita no mesmo
sentido;
 A densidade dos planetas mais próximos do Sol é maior que a dos mais
afastados;
 Os corpos do Sistema Solar têm idade idêntica.
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2 objecções:

 Baixa velocidade de rotação do Sol;


 Vénus e Úrano têm movimentos de rotação oposto ao dos outros
planetas.

Comparações
Teoria Nebular Teoria Nebular Reformulada
 Existência de uma nébula  Existência de uma nébula
 Contracção de uma nebulosa gasosa  Contracção
em rotação  Aumento da velocidade de rotação
 Aumento da velocidade de rotação  Gases condensam-se sob a forma de
 Gases foram ejectados pelo Sol e planetas.
espalharam-se pelo Espaço.

A Terra – Acreção e diferenciação

A Terra formou-se há cerca de 4600 M.a., por um processo que se pensa


semelhante ao dos meteoritos, envolvendo um processo de acreção seguido
de diferenciação.

Sequências de acontecimentos que originaram o planeta Terra:

 A Terra teria tido origem na acreção de partículas da nebulosa que


colidiam por efeito da atracção gravítica. Durante a acreção, a
temperatura da Terra foi-se elevando progressivamente.

A temperatura aumenta devido:

 Impacto dos planetesimais;


 Compressão;
 Desintegração radioactiva;
 A energia resultante do impacto dos planetesimais era convertida em
calor, que se ia acumulando no interior do protoplaneta. Esta energia
não era totalmente dissipada para o Espaço, pois os protoplanetas
colidiam continuamente com planetesimais que os recobriam e que,
igualmente, convertiam a sua energia de choque em energia calorífica;
 A dimensão do protoplaneta aumenta e com este incremento por
compressão. A pressão dos materiais, associada ao aumento progressivo
da profundidade, leva ao aumento da temperatura dos materiais
constituintes do protoplaneta;
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 A temperatura atinge o ponto de fusão dos silicatos, ferro e níquel, que


constituem o protoplaneta Terra.

Inicia-se, então, a diferenciação, isto é, a separação dos materiais


constituintes da Terra:

 Os matéria mais densos, ferro e níquel, migram, por diferença de


densidade, para o centro da Terra, onde vão originar o núcleo. Os
materiais de média densidade, silicatos associados a ferro e níquel,
ocupam a zona média da Terra, dando origem ao manto terrestre.
Finalmente, os silicatos, pouco densos, atingem a sua temperatura de
solidificação, formando-se a crosta terrestre;
 A fusão dos materiais terrestres permitiu a diferenciação da Terra e a
formação das 3 grandes zonas litológicas da Terra – crosta, manto e
núcleo.

A energia da Terra que permitiu a sua fusão e diferenciação teve origem:

Fontes de energia terrestre:

 Energia libertada pelo impacto dos planetesimais;


 Contracção gravitacional dos materiais;
 Desintegração radioactiva de elementos radioactivos (Urânio, Tório,
Potássio).

A Terra e os outros planetas Telúricos

Manifestação da actividade geológica

A actividade geológica dos planetas telúricos manifesta-se de modos diversos:


por sismos, vulcões e movimentos tectónicos, sendo a Terra um dos planetas
mais activo.

A actividade geológica revela-se de formas muito diversas. Alguns dos agentes


modificadores são de origem interna e outros de origem externa.

Agentes modificadores
Internas (calor) Externas
 Acreção do planeta  Calor irradiado pelo Sol
 Contracção gravitacional  Energia cinética resultante do
 Radioactividade impacto meteorítico
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Sistema Terra – Lua

Génese da Lua

Teoria de fissão  Esta teoria sustenta que a rotação da Terra primitiva seria
tão rápida que, devido à força centrífuga, uma porção dela separou-se e foi
imanada para o espaço dando origem à Lua.

Teoria de co-acreção ou concepção binária  Teoria que afirma que a


Terra e a Lua se formaram, simultaneamente, a partir da condensação da
nébula solar primitiva.

Teoria da captura  Teoria que preconiza que a Lua se teria formado noutro
local do Sistema Solar e que, devido à força gravitacional da Terra, foi
capturada e começou a orbitar em torno desta.

Teoria da colisão com injecção (teoria mais aceite actualmente, pois é


apoiada, por dados geoquímicos, geofísicos e gravitacionais)  O
impacto de um grande planetesimal provocou a volatização e ejecção de parte
do interior e superfície da Terra, ainda em formação. Posteriormente, este
material sofreu acreção e diferenciou-se, formando, deste modo, a Lua.

Como se caracteriza a superfície lunar???

As designações “continentes” e “mares” não devem ser entendidas com o


mesmo significado que têm na Terra:

Os continentes são escarpados e constituídos por rochas mais claras,


essencialmente formados por feldspatos, que reflectem 18% da luz incidente
proveniente do Sol. Apresentam um maior número de crateras de impacto e
ocupam a maior extensão da superfície lunar.

Os mares lunares não têm água, apresentam a sua superfície mais plana do
que a dos continentes, fazendo lembrar a superfície livre de um líquido. São
escuros, constituídos por basaltos. A formação dos mares, que são mais
abundantes na face visível do que na face não visível, relaciona-se com os
impactos dos meteoritos.

A Terra, um planeta a proteger - Continentes e fundos oceânicos

Continentes diferem dos oceanos por:

 Altitude;
 Constituição (rochas menos densas);
 Idade;
 Distribuição (65% localizados no hemisfério Norte).
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Unidades básicas dos continentes:

 Escudos ou cratões;
 Plataformas estáveis;
 Cinturas orogénicas ou cadeias montanhosas.

Escudos ou cratões:

 Poucas centenas de metros acima do nível do mar;


 Rochas muito deformadas e metamorfizadas;
 Abundantes rochas intrusivas, sobretudo granitos;
 Rochas muito antigas (Pré-Câmbrico);
 Raízes de montanhas que foram erodidas.

Plataformas estáveis:

 Zonas de escudos que não afloram;


 Formadas por sedimentos marinhos depositados quando a área estava
coberta por mar;
 Apresentam características da deposição original;
 As sequências sedimentares podem atingir alguns km de espessura.

Cinturas orogénicas ou cadeias de montanhas:

 Relevos mais espectaculares;


 Resultam da colisão de placas litosféricas, magmatismo e metamorfismo.

Os fundos oceânicos:

 Planícies abissais;
 Dorsais oceânicas.

Domínio continental:

 Plataforma continental;
 Talude continental.

Impactos ambientais e desenvolvimento

Poluição:

 Alteração dos subsistemas terrestres;


 Provocada pelo Homem;
 Consiste na introdução de substâncias, vibrações, calor, ruído;
 Prejudicial à saúde humana e à qualidade do ambiente.
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Efeitos da poluição
A nível local: A nível global:
 Ar  Aquecimento global
 Água  Redução da camada do ozono
 Solo

Modelo de desenvolvimento Sistema Aberto.

Consequências do modelo de desenvolvimento actual:

 Esgotamento dos recursos naturais;


 Poluição;
 Ocupação de zonas de risco;
 Não sustentável a longo prazo.

Litoral:

 500 000 km de comprimento;


 80% da população mundial.

Risco geológico:

 Alterações produzidas nos processos geológicos;


 Capazes de produzirem prejuízos na população.

Existem sempre que pessoas, bens ou actividades possam ser prejudicadas.

Tomada de decisão face ao risco geológico:

 Consciência do risco geológico;


 Proibição de construções;
 Trabalhos de engenharia;
 Correcta gestão da interacção do Homem – espaço.

Ordenamento do território:

 Consiste no uso do espaço de acordo com a sua aptidão;


 Visa o desenvolvimento social e cultural sustentável das diferentes
regiões e aglomerados urbanos;
 Garante a preservação dos recursos;
 Conjunto de normas que regulam a ocupação e a utilização dos espaços
naturais.
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Desenvolvimento sustentável:

 Modelo que assenta na satisfação das necessidades presentes sem


comprometer o futuro dos nossos descendentes;
 Tem que funcionar com o sistema fechado.

Desenvolvimento sustentável:

 Energia a usar: energia solar;


 Favorecer a conservação em vez do desperdício;
 Controlar a poluição;
 Diminuir a produção de resíduos;
 Promover a reciclagem e a reutilização de materiais;
 Ordenar o território;
 Controlar o crescimento populacional.

Lixos:

 Reduzir;
 Reutilizar;
 Reciclar.

Reciclagem:

 Recuperação ou regeneração de diferentes matérias para a produção de


novos produtos;
 Promoção da gestão racional dos recursos naturais;
 Portugal está na cauda da EU.

Separação de lixos:

 Economia de recursos naturais;


 Redução de poluentes.

Património geológico  conjunto de geossítios inventariados e caracterizados


numa dada área.

Geossítio ou geomonumento  elemento geológico de valor científico,


pedagógico, cultural e turístico.

Problemas a que estão sujeitos os geomonumentos: falta de inventário,


delapidação, vandalismo.

Conservação do património geológico implica a implementação de estratégias


que permitam a conservação dos geomonumentos.
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Objectivos da geoconservação  utilização e gestão sustentável da variedade


de ambientes, fenómenos e processos geológicos.

Conferências mundiais e ambiente:

 São reuniões onde se discutem os problemas ambientais;


 A 1ª cimeira da Terra foi em Estocolmo, 1972.

Consequências da utilização do petróleo:

 Energia não renovável;


 Aumento do preço;
 Crises económicas;
 Emissão de gases com efeito de estufa,…

Protocolo de Quioto  estabelece metas para a redução da emissão de


gases com efeito de estufa.

Recuperação de áreas degradadas  transformação do espaço deteriorado


num espaço harmonioso, em equilíbrio físico e ecológico e em concordância
com a paisagem envolvente.

Desenvolvimento actual:

 Ocorreu de forma desordenada;


 Sem planeamento;
 Poluição;
 Degradação ambiental;
 Colocou em risco o equilíbrio dos subsistemas terrestres.

Tecnologia  resolve alguns problemas ambientais, mas não os resolve


todos.

Impactes na Geosfera: Um aumento crescente da população humana no


planeta implica a procura de alimento, água, energia, de todos os recursos
naturais de que a Terra dispõe e assim aumentará o impacte humano no
ambiente.

Recursos Naturais

Matérias-primas que o Homem extrai da Terra, por exemplo, através da


actividade mineira e que as sociedades humanas utilizam em seu proveito.

Recursos Minerais Materiais geológicos que se encontram no


subsolo ou à superfície.
Recursos não renováveis Tipo de recurso natural cujo processo de
reposição no meio natural demora
milhares ou milhões de anos.
21

Recursos renováveis Recurso natural cujo ciclo de reposição


ocorre num curto intervalo de tempo,
desde que utilizados de forma racional.

Módulo 3 –“Açores – porquê um “laboratório” das ciências da Terra?

Métodos para o estudo do interior da Terra

Métodos indirectos:
Métodos directos:
 Planetologia e
 Estudos dos materiais
astrogeologia;
que afloram;
 Gravimetria;
 Perfurações na crosta;
 Densidade;
 Materiais emitidos
 Geomagnetismo;
durante uma erupção
 Sismologia;
vulcânica.
 Geotermismo.

Métodos Directos

Estudo da superfície visível  Permite o conhecimento mais ou menos


completo das rochas e de outros materiais que afloram ou que é possível ver
directamente em cortes de estradas, de túneis, etc. Esse estudo pode ser
complementado em laboratório, mas restringe-se a uma parte muito superficial
da Terra.

Exploração de jazigos minerais efectuada em minas e escavações 


Fornece dados directos até profundidades que oscilam entre os 3 e os 4 km.

Sondagens  Perfurações envolvendo equipamento apropriado que permitem


retirar colunas de rochas correspondentes a milhões de anos de história e que
contam ao geólogo muitos acontecimentos do passado da Terra.

Magmas e Xenólitos  embora a composição do magma não seja igual à do


manto que a originou, os cientistas podem, com as devidas reservas, inferir
acerca de certas condições em que foram gerados, como sejam as condições
de temperatura e de pressão e sobre a composição do manto terrestre.

O magma, ao movimentar-se, arranca e incorpora fragmentos de rochas do


manto e da crosta. Esses fragmentos são transportados e ficam incluídos na
rocha magmática após a solidificação, constituindo xenólitos ou encraves.
22

Métodos Indirectos

Planetologia & Astrogeologia  Determinar indirectamente a massa da


Terra aplicando leis físicas. É hoje determinado através de satélites. Conhecido
o diâmetro foi possível determinar o volume. A partir do volume e da massa
pôde determinar-se a massa volúmica média do planeta.

Métodos geofísicos

Geofísica  Ciência que estuda a Terra por métodos físicos quantitativos,


através da propagação das ondas sísmicas, determinações gravimétricas,
electromagnéticas, geomagnéticas e geotérmicas.

Gravimetria  Qualquer corpo situado à superfície da Terra experimenta uma


força (F) de atracção para o centro da Terra, que, segundo a lei da atracção
universal de Newton, é dada por uma expressão matemática. A força da
gravidade pode ser determinada com aparelhos chamados gravímetros.

, onde massa da Terra (M), raio terrestre (R), massa do corpo (m) e
a constante de gravitação determinada em laboratório.

Anomalias gravimétricas

Anomalia positiva

Anomalia negativa

Geomagnetismo  A Terra tem um campo magnético natural.

Gradiente geotérmico  Quantificação da variação da temperatura com a


profundidade, ou seja, o aumento da temperatura por km de profundidade.

Grau geotérmico  Número de metros que é necessário aprofundar para que


a temperatura aumente 1ºC.

Fluxo térmico  quantidade de calor libertada pela Terra por unidade de


superfície e por unidade de tempo.
23

Vulcanismo

O vulcanismo divide-se em:

 Vulcanismo activo  vulcões com as suas erupções.


 Vulcanismo secundário  fumarolas, géiseres, nascentes termais.

Produtos vulcânicos

Produtos vulcânicos
Piroclastos:  Materiais sólidos projectados durante uma erupção;
 Classificam-se em pedra-pomes, bombas e blocos,
lapilli ou bagacina e cinzas.
Pedra-pomes: Piroclasto que flutua na água, devido a conter gases.
Bomba vulcânica: Piroclasto cuja dimensão é superior a 64 mm.
Lapilli ou bagacina: Piroclastos cuja dimensão varia entre os 2 e os 64 mm.
Cinzas: Piroclastos cuja dimensão é inferior a 2 mm.
Lava: Material em fusão, pobre em gases e expelido pelo vulcão.

Tipo de erupções vulcânicas

• Liberta grande quantidade de piroclastos;


• Origina-se a partir de magmas muito viscosos;
• Dão origem a grandes explosões: o material fundido muito viscoso imnpede a
Erupção libertação de gases;
• O cone vulcânico é alto.
Explosiva

• Os magmas que dão origem a estas erupções são fluidos;


• Os gases libertam-se facilmente;
• Os cones vulcânicos são baixos.
Erupção
Efusiva

• Há alternância de períodos efusivos e explosivos;


• O cone vulcânico tem camadas de piroclastos que alternam com camadas de
Erupção lava.
mista
24

A maioria dos vulcões localiza-se nas zonas de fronteira de placas.

O que antecede as erupções vulcânicas???

 Sismos;
 Libertação de gases;
 Variação da temperatura do solo, da água dos poços, lagos, fumarolas,
fontes termais;
 Deformação do cone vulcânico.

Benefícios do vulcanismo:

 Solos férteis;
 Energia geotérmica;
 Exploração mineira;
 Turismo.

Vulcanismo secundário ou residual:

 Fumarolas;
 Géiseres;
 Nascentes termais.

Aprofundando conhecimentos…

Vulcanismo fissural:

 Lava expulsa através das fracturas alongadas;


 Associado a magmas basálticos;
 Ao nível dos continentes forma mantos basálticos de grandes extensões;
 Planaltos vulcânicos ocorrem na índia, EUA, Rússia;
 Ocorre nas dorsais oceânicas.

Vulcanismo central:

 Aparelho vulcânico é um vulcão;


 Vulcão é formado por cone vulcânico, chaminé e cratera;
 A saída do material vulcânico faz-se pela cratera.
25

Magma:

 Mistura silicata fundida;


 Cristais em suspensão;
 Gases.

Tipos de erupções dependem de:

 Composição do magma;
 Temperatura do magma;
 Quantidade de gases dissolvidos no magma.

Viscosidade do magma:

Depende da:

 Composição do magma;
 Temperatura do magma;
 Resistência ao fluir;
 Mais sílica, maior viscosidade e menor temperatura para estar liquido.

Tipos de lava
Ácidas: Básicas:
 Magmas ácidos (ricos em sílica);  Magmas básicos (pobres em sílica
 Alta viscosidade; – entre 45 e 50%);
 Temperatura entre 800 e 1000 ºC;  Baixa viscosidade;
 Gases escapam-se com  Temperatura entre 1100 e
dificuldade; 1200ºC;
 Grande pressão de voláteis;  80% das lavas dos vulcões;
 Lavas solidificam dentro da  Pequena fracção volátil, que
própria cratera ou próximo dela; escapa facilmente;
 Dão erupções explosivas.  Dão erupções efusivas.

Lavas
•Lavas muito fluidas, lembram cordas.
encordoadas
ou pahoehoe

•Formam superfícies irregulares, com fragmentos soltos, devido a uma


Lavas
rápida perda de gases. Relacionadas com erupções efusivas, são menos
escoriáceas ou fluidas que as encordoadas.
aa

•Lavas fluidas que arrefecem debaixo de água, a sua superfície fica


Lavas em vitrificada, têm o aspecto de almofadas.
almofada ou
pillow lavas
26

Morfologia dos aparelhos vulcânicos:

 Agulhas vulcânicas;
 Domas ou cúpulas;
 Vulcões em escudo;
 Vulcões fissurais ou islândicos;
 Vulcões em caldeira;
 Estratovulcões.

Agulhas vulcânicas:

 Lava muito viscosa;


 Lava ácida;
 Lava rica em gases;
 Lava solidifica no interior da chaminé;
 Exemplo – montagne Pelée, na Martinica.

Nuvem Ardente  nuvem espessa e densa, carregada de cinzas


incandescentes que desceu rapidamente a encosta. Formada por cinzas e gases
incandescentes, desloca-se a grande velocidade, calcinando tudo à sua
passagem.

Domas ou cúpulas:

 Lava solidifica na cratera;


 Formam-se estruturas arredondadas;
 Lava muito viscosa, rica em gases;
 Lava ácida;
 Associam-se a erupções violentas;
 Exemplo – Sierra Nevada, Califórnia.

Piroclastos ou tefra
De queda: De fluxo:
 Ocorrem durante uma fase  Ocorrem durante a fase explosiva;
explosiva;  Fragmentos movimentam-se ao longo
 Fragmentos sólidos são ejectados; das encostas do aparelho vulcânico;
 Fragmentos caem devido ao seu  Fragmentos envolvidos em água e
peso; gases;
 Fragmentos podem ser de material  Fragmentos podem deslocar-se sob a
vulcânico e rochas encaixantes. forma de corrente ou escoada
piroclástica ou nuvem ardente.

Caldeiras de subsidência
Formam-se pelo afundimento da parte central do vulcão, após fortes erupções, em que grande
quantidade de materiais é rapidamente expelida, ficando um vazio na câmara magmática.
27

Sismologia

O que é um sismo???

 Movimento brusco da superfície da Terra;


 Consequência da propagação das ondas elásticas;
 Origina-se numa determinada zona;
 Corresponde a uma libertação súbita de energia.

Forças que actuam na Litosfera:

 Compressivas (  )
 Distensivas (  )
 Cizalhamento (forças actuam em sentidos opostos, experimentando os
materiais um alongamento na direcção do movimento e um
estreitamento na direcção perpendicular, é o caso das falhas
transformantes).

Deformação do material:
 Elástica;
 Plástica;
 Ruptura.

Ruptura:
 As tensões ultrapassam o limite de plasticidade do material rochoso;
 O material e rígido;
 Há libertação da energia acumulada.

Frente de onda  superfície esférica determinada pelos pontos que estão na


mesma fase de movimento.

Raio sísmico  linha radial perpendicular à frente de onda.

Ondas P

Ondas de volume Ondas S


Tipos de
ondas
Ondas love

Ondas superficiais

Ondas Rayleigh
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Ondas de volume ou internas


Ondas primárias, P, ou longitudinais Ondas secundárias, S, ou transversais

 Partículas vibram na direcção da  Partículas vibram perpendicularmente à


propagação da onda; direcção de propagação da onda;
 São as mais rápidas;  Propagam-se apenas em sólidos;
 Propagam-se em sólidos, líquidos e gases;  Têm velocidade inferior à das ondas P;
 Provocam compressões e distensões no  Distorcem e deformam;
material;  São de baixa amplitude, mas superior à
 São as que têm menor amplitude; das P;
 Originam-se no hipocentro.  Originam-se no hipocentro.

Ondas superficiais
Ondas Rayleigh Ondas love
 Partículas descrevem trajectória elíptica no  Partículas vibram perpendicularmente à
sentido contrário aos ponteiros do relógio; direcção de propagação da onda;
 São as que têm menor velocidade de  Propagam-se só em sólidos;
propagação;  Têm velocidade inferior às P e S;
 Propagam-se em sólidos e líquidos;  São de grande amplitude;
 São de grande amplitude;  Originam-se à superfície por interferência
 São as que causam maior destruição; das ondas P e S.
 Originam-se à superfície por interferência
das ondas P e S.

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