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PROJUDI - Recurso: 0001260-38.2013.8.16.0131 3 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Alan Rodrigues Beni


20/08/2020: ATO ORDINATÓRIO PRATICADO. Arq: Agravo

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
1685785-5/01 EmbDecCr -nccr

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJYW7 UQMGG K6BNL 63BTB


JUNTADA
Nesta data, faço juntada a estes autos da
petição protocolada sob n. 2020.00000121, que
em frente se vê.

Curitiba, 10 de julho de 2020.

PiChefe de Seção
»
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RENÉ ARIEL DO
CIA NOMES + ALERANDE NO! FERNANDA PEDERNEIRAS FRANCISCO ZARDO
y A SCHEREMETA JOSÉ ROBERTO 1
+
JSTAVO SCANBEL ASI


VANESSA CANI
BERUSTEIN + ANIIHE
+ CÍCERO LUVIZOTTO
MERMALZ
+ LUIS
DIANA GERRA
OTAVIO

» BR
SALES +
UML AI GUIMARÃES
NANDA LOVATO » CIULIANT GABALDO
FERNANDA MACKADO EDUARDO KNESCHECK * URNA O
SENTRIZ ROCUIA
MAIO PACIORND VICTORIA DE
BARROS É S
AmIssA mass

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR


DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ.
1º VICE-PRESIDENTE
Autos de RecursoEspecial nº 1.685.785-5/02.

ANA epígrafe, vêm,


MILTON LUIZ ZUCcHI e SILVIO HASSE, já qualificados nos autos em
respeitosamente, por seus advogados, com fundamento nos aris. 1.042
e 1.030, 81º, do Código de Processo Civil,
TRIBUNAL DE

Especial, o presente

requerendo seja admitido e remetido ao Egrégio


conhecimento
e provimento.
Agravo,

Pedem deferimento.
Curitiba, Em 14 de janeiro de
e
art. 253 do Regimento Interno do SurERIOR
JUSTIÇA, interpor, contra a decisão que negou seguimento ao Recurso

SUPERIOR TRIBUNAL

2020.
DE JUSTIÇA para

Gustavo Luis Otávio SALES


E
DAB-PR 40.675 OAB-PR 45.531

Ra Meca o

0,47 13 ame
81 2306 8000
«
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EGRÉGIO
COLENDA TURMA,
E SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,

EMINENTES MINISTROS.

1- OBJETO DO AGRAVO
E RETROSPECTO PROCESSUAL

1. Osagravantes se insurgem contra decisão da 1º Vice-Presidência do TJPR

que negou seguimento ao REsp manifestado com fundamento no art. 105, III, “x”, da
CF,
para a reforma do acórdãode Apelação Criminal proferido pela Colenda 2º Câmara
Criminal do Eg. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ — bem assim, a própria condenação

dos agravantes -, pois o aresto recorrido (integrado por acórdão de Embargos de

Declaração) chancelou a ILÍCITA cautelar probatória de interceptações


telefônicas, essencial ao desfecho condenatório (CPP, art. 157 — ilicitude por

derivação),

2. O Tribunal a quo manteve a condenação pelo crime de corrupção passiva


(CP, art. 317), mas reduziu a pena-base de ambos os recorrentes. O agravante MiLTON

Luiz Zucer foi condenado à pena de 2 anos de reclusão e 10 dias-multa, em regime

aberto, e agravante
o
Sit vIO Hasst teve sua pena definitiva fixada em 3 anos e 3 meses

de reclusão e 25 dias-multa, igualmente em regime aberto.

3. A condenação dos agrauantes se apoiou fundamentalmente no conteúdo


das interceptações telefônicas - as quais, porém, não observaram a legislação de
regência (violação ao art. 2º, 1, II e p. único; e art. 5º, da Lei 9.296/96).
A sentença consignou o seguinte a respeito do papel probatório da

cautelar de interceptações:

ua Meca Deodoro, 497 13 andar 80020-320. Conti. Paraná


Tel 55

Já) vb dado —

amanda
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Após a juntada de documentos pela vítima,
inclusive de mídias com gravações de conversas entre parte dos envolvidos,
Autoridade Policial, visando apurar as denúncias, representou. pela
a
interceptação de comunicação é quebra de sigilo de dados telefônicos dos
acusados,

A investigação prosseguiu, com a decretação de


novas interceptações, bem como promrogações, que se tratam provas de
cautelares, a parir das quais o Ministério Público ofereceu denúncia em
desfavor das acusados.

El
A palavra da vítima foi corroborada pelas
telefônicas
informações colhidas por meio da quehra de sigilo e interceptações
deferidas por este Juízo. Neste sentido, saleiar a transcrição de conversas
mantidas entre os envolvidos:
De clareza solar, portanto, a existência de
inúmeras ligações que compravam o efetivo vínculo entre os acusados Sílvio
Hasse e Milton Luiz, voltado à prática de solicitação de valores indevidos,
inelusive o caso dos autos.

O acórdão de Apelação Criminal referendou a importância da cautelar

probatória de interceptações telefônicas para a condenação dos agravantes (CPP, art. 157),
como se infere, exemplificativamente, neste trecho:

Quanto as interceptações telefônicas, importante reproduzir


parte dos diálogos obtidos através da escuta, 8 fim de corroborar as provas
mencionadas anteriormente, vejamos

As
violações à legislação infraconstitucional (Lei 9.296/96) aduzidas no
REsp foram as seguintes, em resumo:

Ra Mv) Deodero, 497. 15: andor «80020-320 Cria Paraná


Tel 55

[4 3306 000 vestia or


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a) ofensa postulado
ao
da
subsidiariedade (Lei 9.296/96, art. 2º, 1): primeira a

decisão de quebra do sigilo contra os agravantes, de janeiro de 2013, se saiu com um


argumento inusitado: não obstante a apuração dos fatos ainda estivesse totalmente
no início; fosse inequivocamente
incipiente, portanto, e só contasse com informações
trazidas unilateralmente pela pretensa vítima, o Sr. Uusses Vicanó, o MM. singular Juízo

entendeu, na ocasião, o seguinte: “no atual estágio das investigações não se


vislumbram outros meios de comprovar o envolvimento de agentes em atos
criminosos”. Foi apenas esse o fundamento que ressalvou aplicação do postulado da
subsidiariedade; nenhum outro mais.

b) ausência de indicação de elementos concretos/razoáveis (Lei 9.296/96,


arts. 2º, | e p. único): a decisão inaugural se limitou a consignar, genericamente: “o
possibilidade da prática de crime contra a administração pública, especificamente
corrupção passiva”. Nada além disso. Não houve descrição com clareza da situação
objeto de investigação; não houve indicação dos indícios concretos e razoáveis contra

os agravantes. A sentença apelada, após esse questionamento defesa, argumentou da


que haveria, sim, “fundados indícios” de solicitação de propina por agentes públicos.
E o acórdão também. O problema é que
a
decisão inaugural de quebra de sigilo, lá
atrás, não fez referência a nada disso, então não poderia o MM. Juízo a quo, nem o
Tribunal local, data venia, buscar consertar o vício inaugural; não pode existir
convalidação nesse caso, com um tipo de argumentação retroativa, respeitosamente.

c) vícios nas decisões de prorrogação (Lei 9.296/96, arts. e 52); início de 2º no

fevereiro de 2013 sobreveio a primeira decisão de prorrogação que, igualmente, não


apontou o que justificaria concretamente a imprescindibilidade da medida; limitou-
se a afirmar que seria o “melhor meio para produção de provas”. Aqui também se
confundiu facilidade com indispensabilidade. Prova disso: não se explicou
minimamente por que, afinal, outros meios seriam inservíveis. É pacífica e recorrente
a jurisprudência sobre a necessidade de as decisões de prorrogação também
observarem os requisitos da lei de regência. No caso dos autos, não apenas primeira
decisão de prorrogação, as subsequentes repetiram o mesmo vício de fundamentação
a
inidônea, presente na decisão original.

5. Embora os agravantes tenham se insurgido, no REsp, contra a

fundamentação inidônea do decreto de interceptações telefônica e dos

subsequentes despachos de prorrogação (matéria genuinamente jurídica e recorrente


nos Tribunais Superiores), demonstrando, aliás, a contrariedade à lei de regência (art.

2,L Ile p. único, e art. 5º, da Lei 9.296/96) com base na inteligência jurisprudencial

Rua Maeeal codono, 497.13


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19020-320 Curitiba
e
Paraná
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desta Eg. Corte Superior, o Tribunal local se saiu com argumentos
inapropriados para
trancar o REsp, data máxima venia. Elencaram-se 03 (três) razões para o trancamento do
recurso, todas, porém, incompatíveis com caso em apreço, respeitosamente.
Primeiro, incidiria a Súmula 83/STJ, pois o “decisum contendido está de
acordo com o entendimento da Corte Superior”. Ignorou-se, porém, a exposição defensiva

escorada, justamente, em julgados deste STJ; os precedentes evocados pelos agravantes


foram, portanto, solenemente desconsiderados, como se inexistissem.

Segundo, incidiria a Súmula 7/STJ, pois a discussão sobre a “suficiência

dos fundamentos que autorizaram a interceptação, bem como sua prorrogação”, consistiria
em “revolvimento fático probatório dos autos”. Respeitosamente, o fundamento distorce

a exata compreensão da Súmula 7/STJ, que desencoraja pretensões de rediscussão

fática, que nada tem a ver com a tese jurídica de fundamentação inidônea de despachos

judiciais, Aliás, a fundamentação contra


a qual os agravantes se voltam foi debatida
e
reproduzida no acórdão de Apelação Criminal (prequestionamento — Súmula 211/STJ),
situação que afasta, com mais razão, o enunciado sumular evocado pela Corte de

origem.
Terceiro, o óbice da Súmula 7/5TJ também incidiria em relação à uma
suposta pretensão recursal contra a decisão de recebimento da denúncia. Contudo,
esse
venia.
tema não
é objeto do REsp, sendo a decisão teratológica quanto ao ponto, data

6.
Respeitosamente, não
se cogita daincidência das Súmulas 83 e 7/STJ.
Em suma, os temas discutidos no REsp são, todos eles, JURÍDICOS, não fáticos (os
questionamentos defensivos partem sempre do teor de decisões judiciais,
devidamente debatidas no acórdão de Apelação recorrido). Por outro lado, a pretensão
dos agravantes conta com
o devido amparo jurisprudencial deste Eg. STJ, não sendo

a Meca adoro,
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497.
2306
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A,
0020-420 Curia. Paran
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possível, portanto, a compreensão de que a orientação da Corte local estaria conforme
a jurisprudência deste Tribunal ad quer, data venia.

11- CONTRARIEDADE AO ART. 2º, II, DA LEI Nº 9,296/96.


Ofensa ao primado da subsidiariedade

7. O primeiro aspecto relativo à


ilicitude da cautelar corresponde à mácula
à subsidiariedade (Lei 9.296/96, art. 2º, ID), ou seja, a utilização da cautelar probatória

como medida preferencial, preterindo-se outros meios. A Corte recorrida afastou essa

tese com os seguintes fundamentos, no acórdão de Apelação Criminal (fls. 11 do

acórdão - prequestionamento);

Feitas tais considerações, tem-se que, ao


contrário do que
alegam as defesas, a interceptação telefônica não foi a primeira medida
investigativa a fim de averiguar a
ocorrência dos fatos, não se víslumbrando no
presente caso que
a prova pudesse ser obtida por outros meios que à autorização
de escuta, uma vez que os suspeitos são pessoas que supostamente estão
utilizando o aparato estatal com o objetivo de obter, direta ou indiretamente,
vantagem de qualquer natureza.

8. O acórdão de Embargos de Declaração, por sua vez, anotou que seria

incompatível com finalidade do recurso de Embargos de Declaração a insistência da

defesa em relação ao argumento de que é indevido o CONSERTO, a posteriori, da

fundamentação inidônea do Juízo a quo contida na decisão de quebra inaugural:


Na verdade, inconformados com a decisão que lhe é desfavorável, os
recorrentes trazem argumentos que não se mostram passíveis de procedência, até porque
contrários aos requisitos dispostos artigo 619 do Código de Processo Penal, que dispõe
no

acerca da conveniência dos embargos declaratórios.

a Nro Tel (8) 7. and, Cora


6de23 vem
Deodoro, [3 80020-320 Paraná
33068000.
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O v. Acórdão aponta, de forma clara
e coesa, os motivos que levaram
à manutenção da sentença condenatória, não havendo falar em vícios no v. acórdão, que se

restando evidente que o embargante visa, tão somente, o reexame de matéria


suficlentemente esclarecida e superada, revelando os presentes embargos mero
inconformismo com
a
decisão prolatada

Não obstante a resistência da Corte a quo, entende-se, respeitosamente,

que houve, sim, violação ao


art. 2º, II, Lei 9.296/96
da
(ofensa sui sidiariedade). Tanto

que a Corte local se viu obrigada a remendar, indevidamente, a fundamentação

do despacho original.

9. Com base nas informações colhidas nos autos de Inquérito Policial nº


2013.320-0 e Pedido de Quebra de Sigilo nº 2013.65-1, a autoridade policial pediu, no dia

1701.2013, a interceptação das conversas telefônicas de diversos terminais

pertencentes aos então investigados. Após manifestação favorável do Ministério


Público,
a interceptação foi autorizada judicialmente nos seguintes termos”:

oi eleito, ate
Ir
4
mariaçãoo dontida nó pedido
Corcovado por ieoneis de declarações d
jato Vipand iss
«onteuides db
vagões de comenas dele com 05 representados
om Lilénes
Silsio, visto se a PO lidade “da prática de, come contra a

aadminintração pública. especilienitiente Lormjção passiva. eutcalvendo à

epresentado:

O datos relatados pela Antoridade Policial são,


imição pensa suticient pai o derem
de anbslida, senado corto que
constituem indícios. significativos da unilização dos felotones
conmtiiações felátivas ad menciogado alto.

'
Fls. 02 dos autos de
Medida Cautelar Sigilosa nº 2013.99-6
2
Fls. 66/68 dos autos nº 2013.99-6,

Ra Manel Deodoro, 47. andar «80020-320. Cont Praná


andado
13º

Te o EI) 2306
8000.

7de23
o
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lido, ndo dual
Por contido
estagio das
investigações não e vidambiam
meios de comprovar ooutros eivolvimemo:
entes eriminnsos.

não par melo
telefônicas, em face da manifesta dificuldade de produção de
a ser
de imfercepinções
cutims provas
ny deito ah patuniãa

ação a Som
senha” sequetida pela
ns

Autoridade Policial. enteado ser válido


pedido. pois asíliza, tal
«muto, 1 seu
tintbaliio, Combidotando que a informações indispensiiveis
js
jr
cotiração à

»eenidis mo ivimento em que são necessárias, sem precisar


presto espuicilices ape agitada ar
e
he vimento e
uma vez que prevalece ma
Asi, dei
espécie q imteresse da sociedade
postutada merece
ma
ser

apuração
deferida
da
he (principio da proporciianadidado)

Ademais. não: hã intrim; no testo,


cuiistitucional cuncenção de senha, pois esta não su refere au
“a

ntcondosraao to ou escuta de convernas telefônicas, amas tão somente de dido:


quis
posa ni a identificação localização de &

cel |

cada voz tais toma necessária a


Ainda. Se

relação
vista
decontiança entre Policia Jud a em Poder Judiciário. tendo em
trabalho em comjundo desses órgãos acaba por colaborar mu
investigação de crimes graves e que necessitam ma sesposte imediata à de
sent
(.)
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lerato, cum tunidantóito tio go SO
inciso XI, da Constituição Fedemilie amipo da Lai uº defiro E

9240,
pedido de quebra do sígita e êntencepa
|
Ônica, estala e exavação das,
mensagen de
teto des feledones supuaincnci nado», im cone
ct a
omecroao é

SEMIEES, pelo prazo de 15 (quinze) dia Deo euacensd ate pec

sinenta ação Bu exatas termos ade reguirido pobr


e Poficiai qr
observância das artigos reterida Les 6º Ta

10. Como se infere, a quebra de sigilo foi determinada em detrimento de


outras diligências possíveis menos invasivas, data venia. O MM. Juízo a quo, aludindo

genericamente dificuldade de obtenção de outras provas, sem base empírica ou

apoio em circunstâncias do caso concreto, determinou a interceptação telefônica com


uma decisão-tipo cabível a qualquer procedimento investigatório, com o devido
respeito. É sintomático que a representação da autoridade policial tenha sido efetuada

Tea Meca eo, AUT. 0020-900.


onda
13º Ambar. Curitiba Paraná
e ES A) 2306 00.
8de23
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apenas 1 (UMA) SEMANA APÓS a instauração do inquérito, SEM DILIGÊNCIAS PRÉVIAS OU

JUSTIFICATIVAS IDÔNEAS DE QUE SOMENTE AS INTERCEPTAÇÕES PERMITIRIAM AVANÇAR

COM A INVESTIGAÇÃO DOS FATOS. A medida teve como substrato, apenas, a notícia-
crime apresentada pelo denunciante ULISSES VIGANÓ JÚNIOR e as gravações de
conversas que ele manteve com alguns dos acusados em seu celular, mas isso não
era
suficiente para que fosse imediatamente afastado o sigilo telefônico dos agravantes

11. Na sentença, o MM. Juízo a quo buscou melhorar (corrigir) os


fundamentos da decisão de autorização da medida excepcional - como se aquele vício
absoluto originário pudesse ser consertado após o resultado da prova cautelar
favorável à acusação. Confira-se:

Ademais, quanto às interceptações telefônicas, a


Autoridade Policial lançou mão deste meio de prova após denúncias de que
funcionários públicos e demais agentes se utilizavam de
cargos e trânsito juntos
pional do Instituto Ambiental do Paraná em Pato Branco,
com o intuito de
receberem propina, “al circunstância justificou a
imprescíndibilidade do início
& continuidade da
investigação, haja vista à extrema dificuldade para elucidar
vma situação dessa magnitude utilizando-se dos outros meios,

As decisões
quo determinaram as interceptações
telefónicas contêm suficiente fundamentação a justificar x imprescindibilidade
« legalidade da medida, destacando-se, repita-se, os fundados indícios de
que
agentes corruptos lotados no referido órgão — estariam solicitando o
pagamento de valores indevidos.

Conforme sedimentada jurisprudência, não há


qualquer óbice ae prormgações e novas interceptações, desde
que
fundamentadas Frente às circunstâncias é a complexidade do fato,
que é o caso
dos autos. Neste sentido recente decisão do Supremo Tribunal Federal:

ea Mahal Deodoro,47 14 andar 80920-320 . Cria Paraná


TE
5[1] 306 . B00O
ro doniaduir
9de23
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"RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
CONSTITUCION,
PENAL DENÚNCIA
ANÔNIMA: ADMISSIBILIDADE. REOCIANAS

47.
LEGITIMADORES DO ACOLHIMENTO: PRECEDENTES. RECURSO
ORDINÁRIO DESPROVIDO. 1. O Supremo Tribunal Federal firmou
jurisprudência de que "nada impede a deflagrução «a
persecução peral pela
chamada “denôncia anónima, desde que esta seja sogmída de diligé
realizadas para averiguar os fatos nela noticiados” (HC 99,490,
Relator o
Ministro Jonquim Barbosa, DJ 31.1.2011). 2, É fícita
a prorrogação do prazo
fegal de autorização para interceptação telefônica, ainda
que sucessivamente.
suando O fato seja complexo e, como tal, exijr investigação
diferenciada é
contínua, 3. Pura à verificação de alegada nulidade de determinados
Jempo nos quais a lapsos, de
interceptação telefônica tenha sido realizada sem autorização
judicial, seria imprescindível o reexame de fatos +
provas, a que não se presta é
fecurso ordinário em habeas corpus, 4, Recurso go qual se nega provimento
Prejudicudo à agravo regimental interposto,” (RHC 125392,
Relstemtay: Min
CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, julgado em 17/05/2015,
PROCESSO
ELETRÔNICO Die-094 DIVULG 20-05-2015 PUBLIC
21-05-2015).

12. Respeitosamente, o proceder da sentença de corrigir uma decisão nula

pelo emprego de fundamentação inidônea bem demonstra violação ao art. 2º, II, da Lei
9.296/96. O acórdão de Apelação recorrido igualmente buscou consertar o vício

inaugural (acórdão — fls. 11), aludindo que a pretensa vítima ULISSES VIGANÓ teria sido
ouvida pela autoridade policial, ocasião em que confirmou a notícia-crime que

apresentara. Além disso, assentou que a medida seria “imprescindível ante a natureza do

crime praticado na clandestinidade, longe da presença de testemunha Confira-se, in verbis:

“A notícia crime inicial se deu por meio da declaração prestada pelo Sr. Ulisses
Viganó Junior junto 20 Departamento de Inteligência do Estado do Paraná, na
qual ele afirma ter sido achacado por funcionários do IAP, lotados nos
escritórios regionais de Pato Branco e Francisco Beltrão, os quais exigiram
propina para aprovar licenças ambientais de um empreendimento imobiliário,

apresentou
a
Visando demonstrar indícios de veracidade sua denúncia, o noticiante
gravação feita em seu celular, de uma conversa com Silvio, o
uma

qual estaria tratando os detalhes sobre a propina que o noticiante teria que
pagar em troca de concessão da
licença ambiental, Após a notícia, o Sr. Ulisses
foi ouvido pela autoridade policial, reforçando
acusado Silvio, £ o provável envolvimento
a
responsabilidade criminal do
de A ton Luiz inclusive com
Zi |,

a entrega dos áudios das gravações de diálogos


Milton Zucchi [.
donde
se
extrai a menção do sr.

ua MenecalDeuloro, 13 amém 0020-329 Cunia Poraná


TEL (89) 2906 BODO roma dotiadul
10 de 23
o
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Assim, verifica-se que, de fato, houveram
diligências anteriores sic]
às

interceptações telefônicas, e, diante disso, o Delegado de Polícia solicitou a


quebra sigilo telefônico dos apelantes, o que
do
mostrou imprescindível ante
a natureza do crime praticado na clandestinidade, longe da presença de
se
testemunhas. Feitas tais considerações, tem-se que, ao contrário do que
alegam as defesas, a interceptação telefônica não foi a primeira medida
investigativa = fim de averiguar a
ocorrência dos fatos, não se vislumbrando no
presente caso que a prova pudesse ser obtida por outros meios que a
autorização de escuta, uma vez que os suspeitos são pessoas que supostamente
estão utilizando o aparato estatal com o objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza. Diante do exposto, tem-se que
não houve nenhuma nulidade nas interceptações telefônicas realizadas,
considerando que as mesmas foram deferidas com base em indícios robustos
de autoria e materialidade adquiridos após investigação formalmente
instaurada. [..]”

13. A questão fundamental, ao contrário da compreensão da Corte local,


data venia, é que NÃO HOUVE EFETIVA INVESTIGAÇÃO POLICIAL ENTRE A DECLARAÇÃO

DO DENUNCIANTE E A REPRESENTAÇÃO PELA INTERCEPTAÇÃO. O Tribunal local

considerou a titulo de “diligências anteriores” apenas a colheita do depoimento da

pretensa vítima (baseado em elemento que ela produziu unilateralmente: uma


conversa gravada em seu celular com o agravante SNVIO Hasse), mais nada!

Respeitosamente, como se pode considerar “diligências anteriores” apenas a oitiva da


vítima pela autoridade policial, sem a mais singela sondagem sobre quem seriam as
pessoas acusadas, suas eventuais atribuições públicas e se a acusação do denunciante

seria minimamente factível? A verdade é que A MANIFESTAÇÃO DO DENUNCIANTE,

APENAS ELA, DETERMINOU DIRETAMENTE A REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL

PELA QUEBRA DE SIGILO,


eisso Lei 9.296/96 não permite. Noutras palavras: 0 único

subsídio, a causa original e exclusiva da decretação da medida extrema

correspondeu

o que
à
contraria art.
versão apresentada pelo denunciante Ulisses Viganó Junior,
2º, Te Tl e art. 5º, da Lei 9.296/96.

Rasa
Marea! euro, AT, 14 md. 80020-120 Curta Paraná
Tel 55 (4) 3306 8000.
armada
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14, Em
paralelo, a autoridade responsável pela cautelar probatória não
demonstrou, contemporaneamente, a real necessidade da medida extrema, apenas

anotou a dificuldade de se produzir provas nos crimes dessa natureza. Pergunta-se, a


propósito: então toda a suspeita corrupção exigira,
de
necessariamente, interceptação
telefônica como prova inaugural, por ser “dificil” produzir provas? É o que dá a

entender à fundamentação inaugural. Portanto, a decisão original não indicou

elementos empíricos, indicativos concretos recomendando desde logo a cautelar

extrema. Mas há mais: a decisão inaugural de quebra de


sigilo, de janeiro de 2013, não
referiu os argumentos com os quais a defesa depara, após
o julgamento
da Apelação, ao insistir na nulidade. Ora, se o Juízo a quo não poderia, data

venia, consertar extemporaneamente o vício primitivo na sentença —


pois essa
ilegalidade não está sujeita à convalidação posterior -, não poderia, pela mesma

razão, a Corte recorrida justificar a nulidade lançando mão de

fundamentação com força retroativa, com o devido respeito.

15. Nesse caso, a mácula à subsidiariedade se deve mais porque a decisão

original não respeitou à lei quando proferida, e não pelo dilema sobre se o
Juízo
a quo tinha ou não motivos para priorizar a cautelar extrema — em que pese não
houvesse. A propósito do assunto, citem-se estes julgados do SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL,
que coíbem a “complementação de motivação por instância Superior” para

“suplementar” decisão nascida desprovida de fundamentação idônea:

“1.13. A invocação, por instância superior, de outros fundamentos para


justificar a decretação da prisão preventiva impugnada representa não um
mero reforço argumentativo, mas a inovação da causa determinante da

Rua Mitch Deodoro, 47. 13 andar «80020-320. Cora Paraná


Tel SS JA)
2306 Odo
12de23

vetada
=
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cautelar, com o objetivo de suplementar a decisão originária, o que não tem
o beneplácito da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. [..]"*

[..] 3. Configura constrangimento ilegal o decreto prisional, o qual deixa de


apontar elementos fáticos concretos justificadores da indispensabilidade da
custódia cautelar. 4 A Constituição Federal elegeu Princípio do Juiz Natural
o
como critério condicionante
à
relativização da regra da prisão penal, de modo
que não se admite, com assento no Princípio Acusatório, que o vicio de
fundamentação seja suprido, de ofício, pelas instâncias superiores. 5, Habeas
corpus não conhecido, mas com concessão da ordem de ofício.”*

16. Apesar da indevida correção de fundamentação pelas instâncias

precedentes, é realmente inidôneo, data venia, o argumento utilizado pelo e.


Magistrado singular (replicado no acórdão de Apelação Criminal) de que “no

atual
estágio das investigações não se vislumbram outros meios de comprovar o envolvimento de
agentes em atos criminosos (..) em face da manifesta dificuldade de produção de outras
provas em delitos desta natureza”. Calha saber: qual seria o estágio anterior da

investigação, se a quebra de sigilo telefônico foi a primeira medida adotada:


Considerando-se o raciocínio de que “delitos desta natureza” representam dificuldade

para obtenção de provas, a interceptação seria, então, automática nos crimes de


corrupção passiva? Não poderia, é claro. Sobre este argumento, o Magistrado singular
ea Corte recorrida não se manifestaram, e tampouco conseguiram afastá-lo, data venia.
17. Francamente, apenas um único elemento de convicção subsidiou a

medida extrema: a versão unilateral da pretensa vítima, Sr. ULISSES VIGANÓ, seja por
escrito, seja por declarações orais. Independentemente do meio, somente a palavra

: STF — HC 125555 Rel. Min. THOR! ZAVASCKI - 2º Turma — j.


10/02/2015 - Dje 13-04-2015
Negritos nossos.
'
STF HC 129144 Rel. Min. EDSON FACHIN — 1º Turma- j. 25/08/2015 — DJe 29-09-2015. Sem
negritos no original
5
Antes da interceptação das comunicações, Juízo autorizou a quebra de sigilo de dadosdos
o

investigados, de modo identificar os terminais para posterior quebra (autos de nº 2013.65-1)

Cia
rr eta
Tea Marechal Deodoro, A. 14 andar 80020-320 Paraná
Bo 8] 1306 HO
13de23
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dela fundamentou a cautelar probatória. É inusitado, portanto, que o MM. Juízo
singular tenha justificado as interceptações: “ni al estágio das investigações” - não
havia um estágio atual; as investigações tinham acabado de começar; de investigação
efetiva só havia a colheita da versão unilateral da pretensa vítima e mais nada. A

cautelar probatória foi autorizada apenas 6 dias após a instauração do Inquérito


| baseado exclusivamente em relatos da vítima-- c nada além da versão trazida pelo

Sr, ULISSES VIGANÓ justificou a quebra de sigilo”. Como já se advertiu, não se pode

e confundir, com o devido respeito, conveniência com indispensabilidade.

proporcionada pela cautelar de interceptações não pode automaticamente


A facilidade

descartar
todos os outros meios de prova, sob o argumento de
que seria grande a dificuldade

de elucidar fatos dessa natureza. Mesmo porque, fosse assim, em se tratando de

o,
corrupção passiva, a interceptação telefônica seria sempre a medida número um no

protocolo de investigações.

18. Estas duas orientações jurisprudenciais pretorianas (STJ e STF) são

eloquentes e autoexplicativas sobre o assunto - e, inclusive, afastam a incidência das

Súmulas 7 e 83/STJ: a) “diante da ausência de fundamentação casuística, em genérico

5 decreto quebra cabivel a qualquer procedimento investigatório, é reconhecida a nulidade

o sa decisão e das decisões subsequentes de prorrogação e de ampliação, assim como das


provas derivadas, estas a serem aferidas pelo juiz do processo, oportunidade em que
também realizará análise acerca da existência de elementos outros à justificar a

manutenção da prisão preventiva do recorrente”?; b) “a validade da


investigação não
está
condicionada ao resultado, mas à observância do devido processo legal”.

' Fls, 66/68 dos autos de Medida Cautelar Sigilosa nº 2013.99-6.


:

CORDEIRO
STJ

-
6ºT.
RHC

—j.
66.887/SP —
06/10/2016
Rel.

- De
Min. MARIA THEREZA DE Assis MOURA
07/12/2016.
- Rel. p/ Acórdão Min. NEH

5
STF-HC 106152 - Rel. Min. Rosa WEBER= 1ºT. —j 29/03/2016 - DJe 23/5/2016,

a Marechal Deodoro,
Tel
5 (4)
47.13
2306 BOUO
andar. 20020-220
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Cori Paraná
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19. Ascircunstâncias indicadas na decis o de quebra são inerentes à maioria
dos contextos criminosos. Se simples dificuldade de produção de outras
a
provas
fosse suficiente para autorizar a interceptação, seria ela a primeira medida

empregada em qualquer investigação. A escolha da


interceptação antes de outras
formas de averiguação, sem justificativa idônea, é causa de nulidade. Eis a doutrina
de GUILHERME DE SOUZA NUCCI:

“constituindo a interpretação telefônica um meio de invasão de privacidade,


deve ser adotada como regra, mas como exceção, Por isso, há duas
hipóteses a considerar: a) se for bastante colher outras provas diversas da
interceptação telefônica, formando a materialidade da infração penal e
apontando a autoria, não há necessidade desse tipo de violação de intimidade
alheia; b) ainda que não existam outras provas, não a interceptaçã telefônica
a primeira a ser realizada, pois o seu caráter é subsidiário e não principal:
é
20. Reitere-se o entendimento deste Eg. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: “(..)5.
A
interceptação telefônica é subsidiária e excepcional só deve ser determinada quando
não houver
outro meio para se apurar os fatos tidos por criminosos, nos termos do art. 28,1, da Lei n.

9.296/1996"%, Assim também: “(..)


as interceptação deferidas no caso que ora se examina não

precederam de gualguer outra diligência, havendo a medida sido utilizada como a origem das

investigações, isto é, empregada a exceção como


se fosse a regra. [..]”.!

21. Considerando, então, que não se cogita da incidência das Súmulas 83 e

7/STJ (em suma: [1] contestam-se o teor de decisões judiciais, sem reexame fático; [2]
o tema defensivo é amparado pela jurisprudência deste STJ), requer-se,
respeitosamente, o provimento deste Agravo, provendo-se, também, o REsp para o

NUCC], Guilherme
Revista dos Tribunais, p. 762-763,
de
Souza. Leis Penais
e Processuais Penais Comentadas, 4, ed. São Paulo:

4
STJ-HC 131225/8P -
Rel. Min. SEBASIÃO REIS JÚNIOR — 6º T- DJe 16.09.2013. Destacamos.
STJ - HC 116375/PB - Rel. Min. JANESI VA
6: - DJe 09.03.2009. Destacamos.

a Nena! Deodoro,
Tel 56 (4)
7,
3306
13
000,
and. &U020-20
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Curia P

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reconhecimento de violação ao art. 2º, II, da Lei 9.296/9
e, portanto, anulação da
cautelar probatória autorizada apenas 06 dias após a instauração do inquérito, em
razão da ausência de fundamentação idônea quanto à ineficiência de outras
diligências investigativas menos invasivas. Com as licenças devidas, não pode

prevalecer a fundamentação da sentença e do acórdão condenatório que buscaram


consertar o vício inaugural, como
se o resultado da cautelar pudesse convalidar o
defeito na sua produção. Como
a condenação se apoiou nessa prova ilícita, requer-se,
nos termos do art. 157, do CPP, a consequente anulação da condenação.

II — CONTRARIEDADE AO ART. 2º, L, E P. ÚNICO, DA LEI Nº 9.296/96


Ausência de menção a indícios “razoáveis” (concretos) no despacho inaugural

22. Osegundo aspecto da nulidade das interceptaçõe s telefônicas (ausência de

menção a indícios concretos — “razoáveis” foi também afastado no acórdão de Apelação


(prequestionamento - Súmula 211/STJ). Confira-se:

Ainda, insta mencionar que da leitura da decisão que deferiu


a medida, assim como
as
que autorização a prorrogação das escutas, não deflul
carência de motivação. No tocante 208 pressupostos do artigo 2º da Le! 9.296/1996
para a decretação da
interceptação, estariam eles satisfeitos, como bem analisou o
Magistrado condutor do feito (fls. 132/13, 166 e 217).

Não obstante, a decisão que deferiu as interceptações não observou lei


de regência também quanto à necessidade de menção a indícios concretos! razoáveis.

23. Não
é ocioso o registro de que, por sua excepcionalidade, a cautelar

probatória de interceptação telefônica depende dos seguintes requisitos cumulativos,


nos termos do art. 2º, da
Lei nº 9296/96: a) a existência de indícios razoáveis de crime;

b) se a prova não puder ser feita por outros mei s


disponíveis — subsidiariedade

Java
Manel Dendono, 7. 13 andar 020 Curia Paraná
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8000 advir
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probatória; c) quando o
fato investigado constituir infração punida com pena de
reclusão.

24. A decisão inaugural limitou-se a comentar brevemente os requisitos

legais: “crime punico com pena de reclusão” e “dificuldade da prova ser obtida por outro
meio”. Ignorou-se, porém, o essencial: a necessidade de fundamentação explícita

quanto aos indícios concretos/razoáveis de crime. Ou seja, uma decisão genérica,


insuficiente ao afastamento do sigilo, que exige menção às
circunstâncias do caso
concreto. Confrontado com esse argumento, o Juízo a quo se limitou a repetir os

fundamentos originais, que não mencionaram eventuais indícios concretos, nos

termos do
art. 2º, |, da Lei nº 9.296/96.
Este Eg. STJ é enfaticamente refratário a expedientes como esse:

“HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. IMPOSSIBILIDADE.


NÃO CONHECIMENTO. PREVISÃO CONSTITUCIONAL EXPRESSA DO RECURSO
ORDINÁRIO COMO INSTRUMENTO PROCESSUAL ADEQUADO AO REEXAME DAS
DECISÕES DE TRIBUNAIS DENEGATÓRIAS DO WRIT. DENÚNCIA. FURTO
QUALIFICADO, CORRUPÇÃO ATIVA E QUADRILHA. NULIDADE DAS
INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS BASEADAS UNICAMENTE EM NOTÍCIA
ANÔNIMA. ILICITUDE DAS PROVAS CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 9. A Lei nº
9.296/96, em consonância com a Constituição Federal, é precisa ao admitir a
interceptação telefônica, por decisão judicial, NAS HIPÓTESES EM QUE HOUVER
INDÍCIOS RAZOÁVEIS DE AUTORIA CRIMINOSA. Singeia delação não pode gerar,
só por si, a quebra do sigilo das comunicações. Adoção da medida mais gravosa
sem suficiente juízo de necessidade. 10. O nosso ordenamento encampou
doutrina dos frutos da árvore envenenada, segundo a qual não se admitirá no
a
processo as provas ilícitas, isto é, contaminadas por vício de ilicitude ou
ilegitimidade, sendo certo que todas as demais delas decorrentes também
estarão contaminadas com tal vício e deverão ser expurgadas do processo. 11.
Habeas corpus não conhecido. Writ deferido de ofício.”?

12
ST) - HC 204778/SP Rel. Min. OG FERNANDES
- 6º T —
j. D4/10/2012 —
DJe 29/11/2012. Negritos

ea Maca eodono, 637 13


andar. 80020-320. Cuida Paraná
Tel [e 1106 17 8000.
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de 23
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“..) INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. TESE DE NULIDADE POR DEFICIÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. OCORRÊNCIA, QUEBRA DE
SIGILO QUE SE AMPARA EM
FUNDAMENTOS GENÉRICOS E QUE NÃO DEMONSTRA
A IMPRESCINDIBILIDADE
DA MEDIDA. DESOBEDIÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS ESTABELECIDOS NA LEI
N.
9296/1996. OFENSA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. (..) 2. interceptação telefônica
A

é instrumento excepcional e subsidiário à persecução penal, cuja decisão


autorizadora deve observar rigorosamente 5º, XIl, da
o disposto no art.

Constituição Federal e na Lei n. 9.296/1996. 3. A decretação da medida cautelar


de interceptação não atendeu aos pressupostos e fundamentos de
cautelaridade, visto que, não obstante os
crimes investigados serem punidos
com reclusão e haver investigação formalmente instaurada, descurou-se da
demonstração da
necessidade da medida extrema da dificuldade para a sua
apuração por outros meios, carecendo, portanto, do fumus comissi delicti e do
periculum in mora. 4. Havendo o Juízo de primeiro grau deferido a gravosa
medida unicamente em razão do “esclarecimento dos fatos', de o “erime
ado ser punido com pena de
reclusão' e de “haver indícios de autoria
que mereçam ser investigados”, porém sem demonstrar, diante de elementos
concretos, qual seria o nexo dessas circunstâncias com a impossibilidade de
colheita de provas por outros meios, mostra-se inviável o reconhecimento de
sua legalidade. A mera menção genérica de tais elementos não satisfaz a
indispensável fundamentação acerca da necessidade da providência, que
quebranta a regra do sigilo, visto que, se assim o fosse, toda e qualquer
investigação ensejaria a necessidade da medida excepcional, de modo que, em
vez de exceção, tornar-se-ia regra (...)

25. O deferimento das interceptações telefônicas sem justificativa expressa


quanto a CADA UM DOS ALVOS — no caso, Os agravantes SILVIO HASSE e MILTON ZuccHi —

com indicação de elementos concretos/razoáveis de crime, torna-a ilegal. Considerando,


então, que não se cogita da incidência das Súmulas 83 e 7/STJ (em suma: [1]

contestam-se teor o
de decisões judiciais, sem reexame fático; [2] o tema defensivo é
amparado pela jurisprudência deste STJ), requer-se, respeitosamente, o provimento
deste Agravo, provendo-se, também, o REsp para o reconhecimento de violação ao art.
2,1 eart. 5º, da
Lei 9.296/96 €, portanto, a anulação da cautelar probatória. Como a

3
STJ-HC150.995/PR- Rel. Min. SEBASTIÃO REIS JÚNIOR 6º. - DJe 09.12.2015. Negritos nossos.

Ja Marechal Deodoro, 47-13 andar.


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condenação se apoiou nessa prova ilícita, requer-se, nos termos do art. 157, do CPP,
a
consequente anulação da condenação

IV-CONTRARIEDADE AO ART. 5º, DA LEI Nº9.296/96.


Repetição dos vícios em relação às decisões de prorrogação: “uma vez comprovada a
indispensabilidade do meio de prova”

26. Oultimo aspecto da nulidade das interceptações telefônicas (fundamentação

inidônea das decisões de prorrogação) foi igualmente afastado no acórdão de Apelação


e (prequestionamento
- Súmula 211/STJ)

Ainda, insta mencionar que da leitura da decisão que deferiu


à medida, assim como as que autorização a prorrogação das escutas, não deflui
carência de motivação. No tocante aos pressupostos do artigo 2º Lei 9.296/1996 da

para a decretação da interceptação, estariam eles satisfeitos, como bem analisou o


Magistrado condutor do feito (fis. 132/133, 166 e 217)

Com
o devido respeito, este fundamento também merece reforma.
27. Em fevereiro de 2013, sobreveio a 1º decisão de prorrogação. Tal

como na decisão inaugural, não foram apontadas as razões efetivas acerca da

e imprescindibilidade da manutenção da medida. Confira-se este


interceptação telefônica se mostra como O MELHOR MEIO PARA PRODUÇÃO DE
trecho:

PROVAS
“a

DA

CARACTERIZAÇÃO DO DELITO acompanhada de outras diligências que auxiliem as investigações.”s

Ora, o “melhor meio” em nada equivale à indispensabilidade do meio —

os termos da
lei de regência. Essa singela alusão desobedeceu, portanto, a exigência

legal para a viabilidade da prorrogação. É consolidado o entendimento segundo o

a
Fls. 132 do cademo de interceptações.
5
Idem. Destaques nossos,

a Nrhal Deodoro, 497. 13"


TELS
(61) 3306 od
andar «80020-320 Curia
ammdaniadyr
Paraná

19de2
PROJUDI - Recurso: 0001260-38.2013.8.16.0131 3 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Alan Rodrigues Beni
20/08/2020: ATO ORDINATÓRIO PRATICADO. Arq: Agravo

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJYW7 UQMGG K6BNL 63BTB
qual a validade da prorrogação das interceptações telefônicas depende de

fundamentação adequada quanto à necessidade estrita da medida excepcional, nos


termos do
art. 5º, Lei 9.296/96 (STF
da — 2º Turma - RHC 132115/PR - Rel. Min. DIAS

TOFFOLI — j. 6/2/2018). Não bastasse, as demais decisões de prorrogação"


também reincidiriam no vício de fundamentação inidônea. Veja-se:

2.
Prorrogação das
interceptações telefônicas

e investigação iniciada pela Autoridade Policial demanda tempo para ser


concluida com êxito,
À

se mostrando totalmente pertinente é indispensável sua continuação


conforme autorizado pelo artigo 5º da Lei nº. 9296/98, para a completa olucidação dos fatos

Tal fato mais se evidencia pelo conteúdo do re tório de investigação


acostado 20

novo requerimento,
1

Ame as informações trazidas pela Autoridade Policial, extremamente


necessária e útil a medida pleiteada para viabilizar a prova da prática de corrupção passiva
perpetrada por dingentes e funcionários do IAP.

O pedidotambém é cortaborado pelo relatório de investigação.

insta salientar que o delito apurado, previstos no artigo 317, 51º, da Código
Perl, é apeniado com reclusão.
Atém disso, a interceptação telefônica hoje em dia é um dos principais

e Pnstrumentos de colheita de provas contra a crime organizado, principaimente em se tratando


cormupção passiva perpelrada por servidores públicos que ocupam cargas de comando ejou
com significativa influência funciona! au política, como é o caso.

LJ

8 Fls. 166/1676 217/218, Autos da Ação Penal nº 2013-320-0.

Rua Manha Deodoro, 47 13 andar. B0020-320 Cora Paraná


Tels (4) 2306 060
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amada
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Não é demais ressaitar que a linha (46) 9975-1829, cuja
interceptação se
pede, é utlizada peio Chefe Regional da IAP que, pelas investigações,
esquiva-se dos contatos
com
a vítima, estabelecendo contatos com os demais investigados

Os meios ordinários de prova, neste caso, não são suficientes.


para
investigação o repressão de prática criminosa dessa envergadura e abrangência, sendo
ustiicável e recomendável a continuidade e a ampliação do monitoramento das ligações
efetuadas entre os supostos integrantes da organização.
2.
Prorrogação das interceptações telefônicas
à investigação iniciada pela Autoridade Policial demanda tempo para
ser concluida com êxito, se mostrando totalmente pertinente e indispensável sua
continuação, conforme autorizado pelo artigo 5º da Lei nº. 9.296/96, para a
completa elucidação das fatos.

tal fato mais se evidencia pelo conteúdo do relatório de investigação


scostado ao novo requerimento.

3 Portanto, o deferimento dos pedidos é medida que se impõe.

28. Ou
seja, uma mesma decisão foi adaptada para prorrogar a violação à

privacidade dos investigados por 03 (três) vezes, sem se demonstrar a

indispensabilidade do meio de prova. Como


já pontuado, há ilegalidade na opção
pelo meio investigativo mais célere quando outras medidas menos invasivas eram

perfeitamente viáveis. O MM. Juizo não explicou, data venia, por quais razões os
demais meios investigativos não seriam suficientes para a apuração dos fatos. Insista-
se; o “melhor meio” não é, necessariamente, o único meio, ou
seja, a utilização do

recurso que torna a obtenção da prova mais fácil não enseja, automaticamente, o

descarte de outros meios. A jurisprudência é enfática: “(.) Iv - Demonstrado que as


razões iniciais legitimadores da interceptação subsistem e que o contexto fático delineado pela

parte requerente indica a sua necessidade como único meio de prova para elucidação do
fato
criminoso, à jurisprudência desta Suprema Corte tem admitido a razoável prorrogação da

medida, desde que respeitado o prazo de 15


(quinze) dias entre cada uma delas. (..)'”,

'
STF HC 133148- Rel. Min. RICARDO LEMANDOWSKI=2ºT. —j 21/02/2017 = Dje 14-12-2017. Sem
destaques no original.

Ja Mata Deodoro, 497.13 andar. 19020-320 Cura Paraná


TE55 (1) 2306 BODO ima dotado
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29. Este Eg. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA preconiza que
a fundamentação
sobre a necessidade e indispensabilidade da medida deve acompanhar as
decisões de renovação da interceptação, sendo tão importante quanto a

demonstraçãode tais requisitos na decisão inaugural:

“COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS. SIGILO. RELATIVIDADE. [...) 3. Inexistindo, na


Lei nº 9.296/96, previsão de renovações sucessivas, como admiti-las não há

[..]9. Se trinta
não
dias, embora seja exatamente esse, com efeito, o prazo
de
lei(Lei nº 9.296/96, art. 5º), que sejam, então, sessenta dias do estado os
de defesa (Constituição, art. 136, 28), ou razoável prazo, DESDE QUE, CLARO, É

NA ÚLTIMA HIPÓTESE, HAJA DECISÃO EXAUSTIVAMENTE FUNDAMENTADA. ...)*.

30. No mesmo sentido, o Eg. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, neste julgado de


relatoria do e. Min. CELSO DE MELLO: “Intercep' o telefônica. Sucessivas prorrogações,

Possibilidade. Necessidade, porém, de a decisão que as autoriza possuir fundamentação

juridicamente idônea, sob pena de nulidade. Imprestabilidade do ato decisório que,


desprovido de base empírica idônea, resume-se a fórmulas estereotipadas consubstanciadas
em
textos padronizados revestidos de conteúdo genérico. [...]""*

31. Considerando, então, que não


se cogita da incidência das Súmulas 83 e
7/STJ (em suma: [1] contestam-se o teor de decisões judiciais, sem reexame fático; [2]

o tema defensivo é amparado pela jurisprudência deste STJ) e ainda, que uma decisão-

tipo foi mal adaptada para prorrogar a violação à privacidade dos investigados por 03

(três) vezes, sem demonstração efetiva da indispensabilidade do meio de prova,

apenas repetindo fundamentos anteriores inválidos, requer-se, respeitosamente, o


provimento deste Agravo, provendo-se, também, o REsp para o reconhecimento de

1 STJ -HC142045/PR, Rel. p/ Acórdão Min. NILSON NAVES — 6º T


- DJe 28/06/2010. Destacamos.
tr STF 129,646-MC-RCONISP
HC — Rel. Min. CELSO DE MELLO — |. 0603.2017 DJe 09.03.2017
(Informativo 855). Destaques nossos.

Ra Manha Modena, 497. 13º

dr «80020-320 Curta. Paraná


TE Só Ja) 3106 6000,
redonda
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violação ao art. 5º, da Lei 9.296/96 e, portanto, anulação da cautelar probatória. Como
a condenação se apoiou nessa prova ilícita, requer-se, nos termos do art. 157, do CPP,
a consequente anulação da condenação.

IV-PrpiDOs

32. Diante do exposto, considerando-se que não


se cogita da incidência das
Súmulas 83 e 7/STJ (em suma: [1] contestam-se o teor de decisões judiciais, sem

reexame fático; 2]
todos os temas defensivos estão amparados pela jurisprudência

deste STJ), requer-s e, respeitosamente, o provimento deste Agravo para destrancar o

REsp, provendo-o, ainda, para a reforma dos acórdãos recorridos (Apelação e Embargos
de Declaração), cte. as violações legais resumidas no item 4, anulando-se, em

consequência, a condenação dos agravante, haja vista o apoio fundamental na cautelar


probatória de interceptações telefônicas, conforme demonstrado no item 3 (CPP, art.

157). e último fundamentodo despacho da inadmissão


Por fim, em relação ao terceiro

a
da Corte local (incidência da Súmula 7/STJ quanto à uma suposta tese contra decisão

de recebimento da denúncia), insista-se


que isso não
é objeto do REsp,
Pedem deferimento.
Curitiba, 14 de janeiro fe 2020.
OM.
erh

uu
eiaDora UbcaSa]
René

Le )
12 |

Gus Luis OTÁVIO SALES”?


OAB-PR 45,531

ua Ninha! Deodoro, 497.13 andar. 80 Coto. Paraná

vedar
0.

TEL (81) 22058000.


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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
TERMO DE REGISTRO E AUTUAÇÃO


FLS

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJYW7 UQMGG K6BNL 63BTB


recebidos, foram reg
autuados por p. eletrônico,
discriminado:

1685785-5/03 AGRAVO CRIME AO STJ

OLUME(S) 9
APENSO(S] 1 ORTE 2Jp8
NR. NAT. 0 VOLUME(S
PROTOCOLO : 2020.00000121
COMARCA PATO BRANCO
VARA VARA CRIMINAL
GRUPO DA AÇÃ CRIMINAL
ESPECIALIZAÇÃO CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA*
AUTOS ORIG. : EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NR. 1685785-5/01 E)
JUTZ PROLATOR RDG
sim
não
*

auros zm ANEXO

AGRAVANTE : SILVIO Hi

AGRAVANTE : MILTON LUIZ ZUCCHI


ADVOGADO PRO4D675 - GUSTAVO SCANDELARI
ADVOGADO PRO45531 - OTÉVIO SALES
LUIS
DA SILVA JUNIOR
ADVOGADO PRO02612 - RENÉ ARIEL DOTTI
AGRAVADO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ.
INTERESSADO : ULISSES VIGANÓ JUNIOR
ADVOGADO : PRO67159 - RICARDO WYPYCH

AUTUADO POR +
ADRIANA ORMOND ZAPP ODA
O POR : ADRIANA ORMO) ? ODA

Curitiba, 10 de julho 2020.

JO)
QfcusrE DA SEÇÃO DE JTUAÇÃO

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