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UNAMA - UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - CCET


CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
3º SEMESTRE – 3EPMA

A IMPORTÂNCIA DA REFRIGERAÇÃO NO MOTOR DE COMBUSTÃO


INTERNA

Belém - PA
2016
1
ADRIANA TEIXEIRA TAVRES
ALESSANDRA JALENE SILVA LIMA
IANN CAVALCANTE DOS SANTOS
JACQUELINE DAYANASILVA MIRANDA
MICHEL ALVES MANFREDINI
RAYANE LIMA MIRANDA

A IMPORTÂNCIA DA REFRIGERAÇÃO NO MOTOR DE COMBUSTÃO


INTERNA

Trabalho apresentado na Universidade da Amazônia –


UNAMA como requisito para avaliação da disciplina
Fundamentos de Termodinâmica. Tem como base
apesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa.

Orientador (a): Prof. Francisco Xavier Lima da Silva

Belém - PA
2016

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Sumário
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................2
2. JUSTIFICATIVA...................................................................................................................2
3. OBJETIVOS...........................................................................................................................2
3.1. Geral

3.2. Específicos

4. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................2
4.1. Os tipos de motores á combustão.........................................................................................5
4.1.1. Motor de combustão interna.............................................................................................5
4.1.1.2.Motor de ignição comandada (4 tempos)...................................................................5

4.1.1.3.Motor de ignição por compressão (diesel)................................................................6

4.1.1.4.Motor Wankel...........................................................................................................7

4.1.1.5.Motor a dois tempos. ................................................................................................8

4.2. O principal mercado: Veículos automotores........................................................................9


5. METODOLOGIA.................................................................................................................11
6. O MOTOR A COMBUSTÃO..............................................................................................11
6.1. O funcionamento do motor a combustão interna...............................................................11
6.2. Os mecanismos de refrigeração do motor..........................................................................12
6.3. Os impactos da refrigeração do motor..............................................................................18
6.3.1 Vantagens da refrigeração............................................................18
6.3.2. Desvantagens da refrigeração......................................................18
7. Considerações finais.............................................................................................................19
8. Referências bibliográficas.....................................................................................................20

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1. Introdução

O estudo das perdas de calor no motor é importante não apenas do ponto de vista da
eficiência, mas também para o projeto do sistema de refrigeração, e talvez, por uma razão
ainda mais forte como o entendimento do efeito de fluxo de calor sobre as temperaturas de
operação dos componentes do motor.

2. Justificativa

Os processos de transmissão de calor ocorrem em função das leis da termodinâmica,


ciência a qual define as transformações do calor e do trabalho mecânico e o estudo das leis ás
quais obedecem aos gases durante suas evoluções desde sua entrada no cilindro até sua saída
para atmosfera. Especificamente no caso dos trabalhos dos motores de combustão interna, os
gases são comprimidos, queimados, dilatados e expandidos sob o efeito da temperatura ou de
um trabalho mecânico. A mistura da temperatura ideal de trabalho evita o desgaste, detonação
da mistura. A perda de calor do sistema durante os cursos de compressão e expansão contribui
para redução em potência e eficiência em cerca de 10% do ciclo equivalente ar/combustível.
Um motor moderno, em geral, aproveita aproximadamente 30% da energia do combustível
para seu movimento. Os demais 70% são eliminados pelo calor. Entender os conceitos por
trás dessa engrenagem toda é garantir que o trabalho do motor ocorra numa faixa ideal de
funcionamento, permitindo maior vida aos componentes internos e reduzindo o consumo de
combustível.

3. Objetivos
3.1. Geral

Entender a importância da refrigeração no motor á combustão interna.

3.2. Específico

I. Entender o funcionamento de um motor á combustão interna;


II. Aferir os sistemas de refrigeração;

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III. Verificar os benefícios do sistema de refrigeração no funcionamento do motor.

4. Referencial teórico
4.1. Os tipos de motores á combustão
4.1.1. Motor de combustão interna

Segundo (Martins, 2006) O motor de combustão interna aproveita o aumento de


pressão resultante da combustão da mistura ar-combustível para imprimir um movimento de
rotação ao veio motor. O motor é constituído por cilindros, dentro dos quais deslizam ligados
a uma manivela (veio motor, aqui denominado cambota). A seguir alguns tipos de motores a
combustão.

4.1.2. Motor de ignição comandada (4 tempos)

Este é um motor a gasolina e ele e o mais conhecido no meio da combustão interna, de


acordo com (Martins, 2006) sua combustão iniciam-se por uma descarga elétrica de elevada
tensão (faísca) dentro da câmara de combustão. Este motor apresenta diferentes estágios de
funcionamento em seu ciclo. (Martins, 2006) afirma ainda que existem pelo menos duas
válvulas (de escape e admissão),a culassa, que e abeta e fechada de acordo com um
mecanismo mostrado a seguir:

Admissão: o pistão irá realizar um processo descendente, estando à válvula de


admissão aberta. O pistão no seu movimento descendente provoca uma depressão no interior
do cilindro, o que induz alimentação para dentro do cilindro. Assim se dá o enchimento do
cilindro, com o pistão movimentando-se.

Compreensão: Nesta etapa estando as válvulas fechadas, o pistão sobe, comprimindo


os gases que foram admitidos durante a admissão. Assim a compressão vai e elevar o grau de
agitação das moléculas de temperatura e a turbulência da mistura, vaporizando alguma
gasolina ainda no estado líquido e homogeneizando a mistura. A combustão está liberando
mais calor e uma menor quantidade de produtos não queimados, altamente poluentes. No
entanto, a temperatura no final da compressão deverá ficar bastante abaixo da temperatura de
auto-ignição da mistura.

Expansão: nesta terceira etapa, o pistão chega ao fim do curso de compressão, uma
faísca elétrica é lançada entre os eléctrodos da vela na câmara de combustão. A mistura, já

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aquecida e comprimida, queima rapidamente e realiza uma explosão. A pressão obtida é
muito elevada, o que resulta o pistão seja empurrado violentamente a ré. É esta descida do
pistão que impulsiona o veio motor, sendo a única altura em que o motor fornece trabalho.

Escape: A válvula de escape abre-se no final do tempo motor e os gases queimados


escoam-se por ela a grande velocidade. Em seguida a válvula e novamente fechada para
começar um novo ciclo.

Portanto podemos perceber que o ciclo e composto por 4 etapas: admissão,


compressão, expansão e estas 4 etapas realizadas e 4 tempos ou em duas rotações, realizador
um ciclo completo de 720°.

4.1.3. Motor de ignição por compressão (diesel)

Basicamente, este motor (de ignição por compressão) utiliza os mesmos componentes
que o vulgar motor a gasolina, mas o seu funcionamento difere sensivelmente deste último.
( Martins, 2006)

No motor de ignição comandada, o combustível é misturado com ar no interior do


cilindro e toda essa massa se inflama na câmara de combustão, por meio da faísca
proporcionada pelo sistema de ignição. O motor de ignição por compressão apresenta clara
diferença por não apresentar sistema de preparação da mistura exterior nem sistema de
ignição. ( Martins, 2006) apresenta as etapas de funcionamento do motor de ignição:

Admissão: A válvula de admissão encontra-se aberta durante este período,admitindo


ar puro dentro dó cilindro, enchendo-o.

Compressão: Com as válvulas fechadas, o pistão realizado processo, comprimindo o ar


puro encerrado no cilindro.

Combustão-Expansão: o combustível é injetado no seio do ar quente, inflamando-se


espontaneamente no contato com este. A injeção (e a combustão) continua durante parte da
descida do pistão, sendo este o tempo motor.

Escape: Quando o pistão desce válvula de escape abre-se permitindo que os gases
queimados descarreguem para a atmosfera, através do sistema de escape, durante a subida do
pistão.

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( Martins, 2006) afirma que este tipos de motores necessita de elevadas temperaturas
no final da compressão, pelo que apresenta elevados valores de taxa de compressão, entre 15 e
22, quase o dobro dos motores a gasolina.

4.1.4. Motor Wankel

O motor Wankel é constituído fundamentalmente de um rotor, aproximadamente


triangular e de um estator, cujo formato geométrico é gerado pela posição dos três vértices do
rotor durante o seu movimento. Apesar de ser considerado um motor rotativo, o rotor sofre
movimentos de translação associados à rotação. (Brunetti, 2012)

A estrutura desse motor e de fácil compreensão basta apenas acompanhar uma das
faces do motor, onde assim possa verificar que o mesmo realizar todos os processos de pistão
alternativo, sendo o mesmo de forma não fasada o processo acontecera nas ouras duas faces.
(Brunetti, 2012) ainda nos diz que uma das faces completará uma volta somente após três
voltas do eixo do motor, portanto, para cada face do rotor, será realizado trabalho positivo
somente a cada três voltas do eixo. Entretanto, como a cada volta do rotor as três faces
realizam trabalho positivo, conclui-se que se realiza trabalho positivo a cada volta do eixo do
motor, o que é equivalente a um motor alternativo – MIF a 2T. Este motor apresentar as
vantagens e as desvantagens do uso do mesmo: A ausência de válvulas e a simplicidade do
motor tornam seu uso interessante. As desvantagens básicas que apresenta são:

 Necessidade de lubrificante misturado com o combustível, como no motor a 2T.


 Desgaste prematuro das laminas de vedação dos vértices do rotor.
 Grande diferença de temperaturas entre o lado quente e o lado frio, provocando
deformação da pista do estator sobre a qual gira o rotor.
(Brunetti, 2012) a ressalva que para a produção de potências maiores, podem-se
utilizar dois ou mais rotores em série sobre o mesmo eixo, com posições defasadas, que ira
auxiliar no balanceamento.
4.1.5. Motor a dois tempos:

( Martins, 2006) diz que o motor de ciclos de 4 tempos, motores 4t, trás algumas
irregularidades como: baixa potência específica (potência por unidade de massa ou de
volume), irregularidade de funcionamento. Para diminuir o curso do ciclo do motor foram
eliminam-se a etapa de admissão e de escape, realizando o estas operações simultaneamente
quando o pistão se encontra perto do PMI. Temos, portanto assim uns têm assim, um ciclo
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com quatro fases (admissão, compressão, expansão e escape) realizadas somente em dois
tempos (cursos do pistão).

(Martins, 2006) ainda afirma que existem outras vantagens, estes motores tem
possibilidade da supressão do sistema de distribuição por válvulas utilizadas no motor a 4
tempos. Em sua substituição, a mistura fresca e os gases queimados entram e saem no cilindro
através de aberturas feitas nas paredes do cilindro, chamadas janelas, que são fechadas e
abertas pelo pistão no seu movimento de vai e vêem.
Etapas de realização do ciclo 2t, segundo (Martins, 2006):
 Primeiro tempo:
Mistura é comprimida, a vela fornece uma faísca que provoca a sua combustão. O
pistão é impulsionado para baixo, fornecendo a energia da massa gasosa à cambota. No final
do processo o pistão descobre a janela de escape, por onde os gases queimados se escoam. Na
descida do pistão dá-se a compressão da mistura que se encontra sob o pistão (cárter). Em
seguida o pistão descobre a janela de transferência, permitindo que os gases frescos pré-
comprimidos no cárter entrem no cilindro, deslocando os restantes gases queimados para o
exterior.
 Segundo tempo:
O pistão sobe e fecha a janela de transferência e depois a de escape. O pistão vai
comprimir a mistura ar-gasolina que permaneceu no cilindro. Simultaneamente o pistão vai
descobrir a janela de admissão (ao cárter), e a pré-mistura vai ser admitida ao cárter. O
segundo tempo termina com a chegada do pistão a PMS.
4.2. O principal mercado: Veículos automotores
O automóvel é um bem extremamente valorizado pela sua facilidade de locomoção e
transporte. O primeiro veículo automotor construído para essa finalidade foi uma máquina
fabricada pelo alemão Karl Benz (1844-1929) que continha três rodas e um motor traseiro
movido á gasolina, era na realidade um triciclo motorizado (Escorsim; Kovaleski; Pilattiet al.,
2005) . Outro importante engenheiro alemão foi Gottlieb Daimler (1834-1900) que em 1886
inventou o primeiro veículo de 4 rodas com motor de combustão interna. Desde então, o
desenvolvimento surgiu com o primeiro carro de produção em massa idealizado por Henry
Ford (1863-1947), a qual fabricou um modelo de carro a preços populares dentro de um plano
de vendas e de assistência técnica de grande alcance, revolucionando a estratégia comercial da
época (SZEZERBICKI; PILATTI; KOVALESKI, 2004 apud CHIAVENATO, 1993).

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Impressionados com a aceitação do público em diversos países, outros fabricantes
iniciaram a venda em série, e o sistema adotado por estes ficou conhecido como fordismo.
Quando a Primeira Guerra Mundial terminou, os participantes desse mercado decidiram
investir em uma produção mais econômica, os automóveis seriam mais compactos e
produzidos em sequência.

No Brasil, assim como em outros países da América Latina o automóvel só chegou


após o fim da Segunda Guerra Mundial, na década de 30. Neste período, inúmeros
investidores implantaram linhas de produção no país, porém foi somente na década de 50 que
grandes montadoras como Ford e General Motors se inseriram para montar os automóveis.

O automóvel está presente no Brasil há mais de 50 anos, de acordo com levantamentos


recentes o Brasil apresenta um grande mercado doméstico e potencial, competente parque
produtor – tanto de veículos quanto de sistemas e autopeças -, sólidas base de engenharia
automotiva e rede de concessionários estruturada com abrangência nacional (CASSOTTI;
GOLDENSTEIN, 2008, p. 169).

Em 2007, o setor apresentava uma participação expressiva do PIB industrial e as


exportações eram concentradas principalmente em países da América do Sul.

Gráfico 01 – Exportação em Valores por país de destino (2006)

Fonte: Extraído e adaptado de Cossatti e Goldenstein (2008)

A evolução do mercado brasileiro passou por períodos de alinhamento produtivo ao


longo de uma sistemática consolidação, além de ter ser tornado importante setor de inovação
tecnológica. Até a década de 1990, as atividades de engenharia que as montadoras brasileiras
desenvolviam eram restritas ao que se convencionou chamar de “tropicalização” (COSOTTI;
GOLDENSTEIN, 2008, p. 181), uma forma de adequar as premissas necessárias de seu
funcionamento aos aspectos de clima e de infra estrutura de rodovias, bem como a legislação
pertinente.
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Com toda a evolução nos veículos de transporte, é considerável que os motores
sofressem melhorias ao longo dos anos. Uma dessas máquinas, o motor de combustão interna
ciclo Otto, é atualmente bastante utilizado em veículos de pequeno porte fabricados e
comercializados no mundo inteiro, utilizando combustíveis leves como álcool, gasolina ou gás
natural (HURTADO e SOUZA, 2013).

Atualmente, houve uma explosão de veículos que utilizam tecnologias sustentáveis,


como adverte Siqueira e Siqueira:

“Diante à tendência mundial para o desenvolvimento de tecnologia automotiva


voltada para a redução de consumo, de emissões de poluentes e para o estudo de
combustíveis automotivos alternativos surgem os veículos Flex Fuel ou
biocombustíveis, como também são conhecidos (SIQUEIRA e SIQUEIRA, 2004)”

Realizando uma comparação com as tecnologias de antigamente, os veículos


automotores são responsáveis por propiciar maior conforto e rapidez às necessidades
humanas, com características cada vez mais seguras e eficientes. Segundo Luchezi (2010),
trata-se de um bem de consumo de alto custo, embora mais acessível e popularizado á partir
de 2008 com redução de impostos proposta pelo governo.

5. Metodologia
Para atingir o objetivo do presente trabalho, será realizada pesquisa bibliográfica, a
fim de aferir a descrição do processo de funcionamento dos mecanismos auxiliares do motor à
combustão interna. Outras ações serão adotadas para coleta de dados, como pesquisa na
internet para ampliação dos conhecimentos e uma abordagem qualitativa presente juntamente
com avaliação indutiva.
6. O motor a combustão
6.1. O funcionamento do motor a combustão
Os motores a combustão interna, são aqueles onde o combustível é queimado dentro
do motor. Esse tipo de motor é constituído de: Bloco; cabeçote; cárter; pistão; biela;
virabrequim; volante; válvulas e outras partes que são consideradas complementares. E cada
uma delas tem uma função para o funcionamento do motor.

6.1.1. Bloco do motor

É a maior parte do motor e também a sua parte mais importe. Ele sustenta todas as
outras partes. É nele que, direta ou indiretamente, são acoplados os outros componentes do

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motor, como os cilindros. Geralmente os Blocos do motor são construídos de ferro fundido,
mas com a adição de outros componentes para a sua melhoria.
Alguns blocos possuem tubos removíveis que formam as paredes dos cilindros,
conhecidas como “camisas”. Estas camisas podem ser “úmidas” ou “secas”, conforme entrem
ou não em contato com a água de refrigeração do motor.

6.1.2. Cabeçote
Este componente tem como função, fechar a parte superior do bloco, ou seja, os
cilindros, onde a união do cabeçote com bloco é feita por parafusos, formando assim, a
câmara de combustão do motor. É aí que ocorrem as altas pressões por conta do pistão que
comprime a mistura.

6.1.3. Cárter

O cárter é a parte inferior do bloco, e tem como principal função depositar o óleo que
lubrifica o motor, e é nele que estão contidos o virabrequim e a bomba de óleo.

6.1.4. Pistão

É a parte do motor que recebe o movimento com as expansões dos gases. Encontram-
se dois tipos de anéis nos pistões: Anéis de vedação – que são aqueles que estão na parte
superior do pistão; Anéis de lubrificação – que estão localizados na parte inferior do pistão e
tem como função lubrificar as paredes do cilindro.

6.1.5. Biela

É a parte responsável por ligar o pistão ao virabrequim. A biela é dividida em três


partes: cabeça, que é presa ao pistão pelo pino; corpo, que é a parte que liga a cabeça ao pé;
pé, que é ligado ao virabrequim através de do casquilho ou bronzina.

6.1.6. Virabrequim

Virabrequim ou girabrequim, como também é conhecido possui dois tipos de


mancais: excêntricos – que são ligados aos pés das bielas; de centro – que sustentam o
virabrequim ao bloco.

6.1.7. Volante

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O volante é fixado ao virabrequim, e acumula a energia cinética, propiciando uma
velocidade angular uniforme no eixo de transmissão do motor. Ele tem a função de absorver
energia durante o tempo útil de cada pistão.

6.1.8. Válvulas

Existem dois tipos de válvulas: de admissão e de escape, que são acionadas por um
sistema de comando de válvulas. O comando de válvulas liga-se ao eixo dos balancins por
meio de uma vareta, acionando assim, as válvulas.

6.2. Ciclos termodinâmicos

O funcionamento dos motores a combustão interna realiza-se em ciclos


termodinâmicos, que possuem quatro fases (ou quatro tempos): admissão; compressão;
explosão ou expansão; escape.

Conceitualmente falando, ciclo é uma série de processos ou transformações que


ocorrem quando um determinado sistema desloca-se originalmente de um estado inicial, para
retornar novamente a esse estado.

No caso dos ciclos termodinâmicos de uma máquina térmica, os elementos


fundamentais são: fonte quente (fonte de calor), fonte fria (atmosfera) e a realização de
trabalho.

É necessário medir três elementos fundamentais para que haja uma combustão
perfeita, que são: ar, calor e combustível. A combustão exige a presença destes componentes
que, ao se combinarem na proporção exata, causam uma explosão dentro do motor.

As fases que caracterizam o ciclo termodinâmico seguem os seguintes passos:

É introduzido ar e combustível no cilindro do motor. Daí, o pistão do cilindro é


comprimido por causa da entrada da mistura, consumindo assim, trabalho, que deve ser
fornecido pelo sistema. Após o ar e o combustível movimentar o êmbolo, ocorre à queima ou
a combustão da mistura, gerando assim, a expansão dos gases resultantes da combustão,
criando trabalho para o sistema. Logo, ocorre a expulsão dos gases.

No primeiro tempo, o pistão em movimento descendente, dá-se a admissão que se


verifica por aspiração automática da mistura, ou apenas do ar.

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No segundo tempo, ocorre a compressão do ar e combustível, com o pistão em
movimento ascendente, onde ocorre a ignição pouco antes do pistão completar seu curso.

No terceiro tempo, com o pistão novamente em movimento descendente, acontece a


ignição com a expansão dos gases e a transferência de energia ao tempo do motor.

No quarto tempo, o pistão novamente em movimento ascendente, empurra os gases


de escape para fora do motor, ou seja, para a atmosfera.

Esses quatro tempos são equivalentes a duas rotações do virabrequim, e durante esse
tempo, foi transmitido trabalho somente uma vez ao pistão. Para a realização dos quatro
tempos, é necessário que haja um sincronismo entre alguns elementos do motor, como as
válvulas, tanto de admissão, quanto de escapamento. Esse sincronismo entre o os tempos e as
válvulas garantem um bom funcionamento para o motor.

6.3. Sistema de arrefecimento do motor


Segundo o manual e-tec, o sistema de arrefecimento tem como objetivo controlar a
temperatura do motor para que não haja uma destruição do mesmo, quando os gases da
combustão entrar em contato com a temperatura dos elementos mecânicos.
Na figura 1.1 apresenta o circuito do sistema de arrefecimento de um motor.

Figura 1.1.Circuito de arrefecimento de um motor.

Fonte: Motores de combustão interna.

Sem o arrefecimento o motor atingiria uma temperatura máxima dentro da câmara de


combustão em um pico 2000°C, causando uma destruição no motor. Sendo que, cada
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componente trabalha com coeficientes de dilatação diferentes e que funcionam em atrito
constante; e com a ajuda do sistema de arrefecimento a temperatura interna do motor faz com
que o óleo trabalhe com viscidez, que as folgas internas sejam preenchidas, que a expansão da
frente de chama não atinja as paredes da câmara e principalmente, que a temperaturas
elevadas da câmara de combustão sejam evitadas, devido ao efeito nocivo da detonação.

O processo de refrigeração envolve o fluxo de calor dos gases, sempre que este
excede a da parede do cilindro. O atrito é outra causa de fluxo de calor para as diversas partes
do motor. O fluido eleva a temperatura do óleo lubrificante e das partes envolvidas causando
um fluxo de calor ao refreador. Porém o refreador não recebe somente dos gases, recebe
também um fluxo de calor do pistão mensurável, sendo assim, o fluxo de calor no sistema é
maior d que dos gases durante o ciclo de trabalho.

O estudo das perdas de calor no motor é importante não apenas do ponto de vista da
eficiência, mas também para o projeto do sistema de refrigeração e sobre as temperaturas de
operação dos componentes do motor.

6.3.1. Subsistema de arrefecimento

Existem basicamente dois tipos de subsistema de arrefecimento:


 Arrefecimento de ar;
 Arrefecimento a água;

O arrefecimento por água é divido em dois:

 Arrefecimento a água por termossifão;


 Arrefecimento a água forçado;

6.3.1.1. Arrefecimento de ar

De acordo com o manual MET, um motor arrefecido a ar são aqueles que produzem
menos calor; isto é, a temperatura do motor é controlada pela circulação de ar e troca de calor
por válvula termostatica.

Figura 1.2.- sistema de arrefecimento a ar.

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Legenda:

1- Aletas
2- Tubulação
3- Turbina
4- Válvula termostatica.

Fonte: Manual Mecânico de Automóveis


CBS SENAI – Sistema de Arrefecimento.

Pode se observa na figura 1.2 que, neste sistema são instaladas em volta do motor
chapas metálicas que direcionam o ar, forçado, pelos componentes. Então, o é direcionado
pelas aletas para se ter uma maior dissipação do calor.
Nesse tipo de arrefecimento, a refrigeração depende da velocidade do veiculo, já que
nos sistemas de ventilação natural o deslocamento é provocado pela circulação de ar em volta
dos cilindros, tornando este tipo de sistema insuficiente quando parado ou em plena potencia.
Os sistemas de ventilação forçada são compostos por um ventilador ou por uma
turbina acionada pelo motor permitindo uma boa condição ao funcionamento do motor.
Porém, quando o clima esta desfavorável, a ventilação acaba por se torna abundante, e com
isso a refrigeração leva o motor a funcionar em baixa temperatura. Este defeito é corrigido
utilizando-se um dispositivo termostático que é responsável pelo o controle da troca de calor
no motor.
O termostático localiza-se no Carter ou no óleo lubrificante para se controlar a
temperatura no motor.
Ou seja, a refrigeração a ar faz com que o motor tenha diferentes temperaturas. E por
possuir poucos componentes, este sistema praticamente não requer manutenção, a não ser o
cuidado com a correia da turbina.
6.3.1.2. Arrefecimento de água
Outro tipo de sistema é o arrefecimento a água, onde a maioria dos veículos utiliza.
Isso porque, a água possui um calor especifico forte capaz de estabilizar a temperatura dentro
do motor e as condições de funcionamento mais regulares.
Segundo o manual E-tec, o arrefecimento de água compreende-se:

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 Bomba centrifuga de baixa pressão e alta vazão que recalca a água do radiador para o
bloco do motor.
 Válvula termostática que atua como um dispositivo automático que permite
normalizar rapidamente a temperatura do motor e a estabilização ideal de
funcionamento do motor.
 Radiador cujo elemento de refrigeração tem a forma de um favo, tubular ou com tiras;
a parte superior do radiador possui sempre uma saída de segurança chamada
“registro”. Essa saída limita a pressão na circulação quando, por aquecimento, o
volume do liquido aumenta.
 Ventilador, que se destina a provocar uma intensa circulação de ar através do elemento
de refrigeração do radiador.
 Câmara de água em volta dos cilindros, dos assentos das válvulas e dos cabeçotes.
Essa câmara possui na sua parte inferior uma entrada de água fria e na parte superior
uma saída de água quente; frequentemente coloca-se um bujão de esvaziamento no
local mais baixo da câmara de água.
De acordo com a figura 1.3, o ventilador e a bomba situam-se a meia altura do sistema de
refrigeração. Ou seja, o papel da bomba é acelerar a circulação.

Figura 1.2.- sistema de arrefecimento a água.

Fonte: Manual Mecânico de Automóveis CBS


SENAI – Sistema de Arrefecimento.

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O papel da bomba d’ água é auxiliar a circulação da água pelo sistema de
arrefecimento do motor, que é acionada pela árvore de manivelas por intermédio de correia ou
engrenagens.

6.3.1.2.1. Arrefecimento a água por termofissão.


No sistema de termossifão, a água circula pela diferença de densidade entre a água
quente e a água fria. A água mais densa (fria) sai do reservatório inferior do radiador entra no
motor pela sua parte inferior circula em volta dos cilindros e sai pela parte de cima do motor,
entrando no reservatório superior do radiador. Na colméia é resfriada pela corrente de ar vinda
do ventilador.

6.3.1.2.2. Arrefecimento a água forçado

Neste tipo de sistema é possível obter um controle mais rígido da temperatura do


motor, diminuindo as dimensões do radiador, reduzindo a diferença de temperatura entre
pontos frios e quentes.

Para se ter o fluxo de ar sobre o radiador nulo, enquanto o veículo esta parado mas
com o motor em funcionamento, é empregado um eletro-ventilador controlado eletricamente
por um interruptor termostático para controlar a temperatura do fluido de arrefecimento. Ou
seja, esse eletro-ventilador será acionado sempre que a temperatura deste fluido superar os
95°C.
6.4. Os impactos da refrigeração do motor
6.4.1. Vantagens da refrigeração

Com o equipamento tendo a própria refrigeração não haverá o superaquecimento do


mesmo, pois quando ‘esquentar’, a parte responsável, resfriará de forma evitando que aja uma
combustão, e assim, elevando a vida útil do equipamento.
A importância do sistema de arrefecimento está no fato de que a temperatura interna
do motor deve ser tal que, o óleo consiga trabalhar com boa viscosidade, que as folgas
internas sejam preenchidas, que a expansão da frente de chama não atinja as paredes da
câmara e principalmente, que a temperaturas elevadas da câmara de combustão sejam evitadas
devido, ao efeito nocivo da detonação. Com isso o sistema de arrefecimento trabalha para
manter o motor em sua temperatura ideal, sendo esta cerca de 90-95°C, e consumindo entre
25-35% da potência do motor.

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Ter um motor refrigerado torna mais simples o projeto e a construção do sistema,
além de que é facilmente disponível, não requer reservatórios e tubulações fechadas para sua
condução, e o principal, não corre o risco de corrosão.
6.4.2. Desvantagens da refrigeração
A principal desvantagem em se ter arrefecimento nos motores é a constante
manutenção, pois ocorrem graves problemas de incrustação do calcário em suspensão no
fluído de arrefecimento.

As desvantagens de se ter um motor a refrigeração a ar é que não existe um dispositivo


para controlar a temperatura, o que acaba ocasionando formação de pontos quentes por todo o
motor. Isto é são facilmente susceptíveis de superaquecimento. Além de que, o calor
específico possui uma baixa capacidade de transferir calor entre o sistema e sua vizinhança. E,
principalmente trabalhos agrícola, precisa fazer a limpeza constante das aletas.

Já a desvantagem do arrefecimento de água a termossifão é que não pode haver um


baixo nível de água, pois ocasionará bolsões de ar acarretando superaquecimento. E Exige
camisas e tubulações mais amplas para facilitar a circulação da água.

7. Considerações finais

8. Referências bibliográficas

BRUNETTI, Franco. Motores de Combustão Interna – Volume 1.São Paulo: BLUCHER,


2012.

MARTINS, Jorge. Motores a combustão interna.São Paulo: PUBLINDUSTRIA, EDIÇÕES


TECNICAS, 2006.

TILLMANN, Carlos. Motores a combustão interna e seus sistemas.Pelotas: INSTITUTO


FEDERAK DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA, 2013.

18
CARVALHO, Márcio. Avaliação de um motor de combustão interna ciclo otto utilizando
diferentes tipos de combustíveis. Salvador: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA,
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