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FAMILIARES
Andressa Guedes
Luísa Bragança
Andressa Guedes
Luísa Bragança
Kramer e Ramsburg (2002) destacam a idade como fator importante na resposta das
crianças, já que crianças mais velhas possuem habilidades sociais e cognitivas mais
desenvolvidas, permitindo-as compreender melhor as mudanças na dinâmica familiar. Em
contraponto, Pereira e Piccinni (2011), apontam que crianças em idade pré-escolar apresentam
dificuldades para se adaptar à nova rotina com o novo irmão. Os autores esclarecem que
“crianças muito pequenas, por carecerem de uma sofisticação sociocognitiva, não seriam
capazes de prever o impacto do nascimento do irmão em suas vidas, não o percebendo como
fonte de ameaça” (p. 68).
Segundo Pereira e Piccinni (2011), a experiência do primogênito se tornar irmão é
vivida de várias formas entre as crianças, tendo diversas reações que intercambiam desde
aspectos relacionais e situacionais até aspectos biológicos e pessoais, além de lidar com
transição de filho único e passar para o papel de irmão mais velho.
Pré-escolares que estão aguardando o nascimento do irmão mais novo, passam por
uma remodelação do seu autoconhecimento e sociabilidade, ao mesmo tempo que buscam
significar o bebê que está por vir. Ideias concretas sobre papeis de irmão mais velho como o
cuidado com o novo irmão, o companheirismo fraterno, os estímulos dos pais para maior
independência são importantes para que o primogênito lide com seu novo papel de irmão
(OLIVEIRA, et al., 2015).
Dessa forma, consideramos então que o nascimento de um segundo filho traz consigo a
necessidade de adaptações constantes por parte de toda a família, constituindo-se em um
evento potencial para mudanças em cada um dos membros familiares e em suas relações
intrafamiliares, bem como naquelas estabelecidas com o entorno social (PICCININI et al.,
2007).
Considerações finais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DESSEN, Maria Auxiliadora; BRAZ, Marcela Pereira. Rede social de apoio durante
transições familiares decorrentes do nascimento de filhos. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v.
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pid=S010237722000000300005&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 31 mar 2020.
KRAMER, L., & RAMSBURG, D. Advice given to parents on welcoming a second child:
a critical review. Family Relations (Mineápolis), v. 51, n. 1, p. 2-14, 2002. Disponível em:
https://psycnet.apa.org/record/2002-10315-001. Acesso em: 31 mar 2020.
OLIVEIRA, Débora Silva de et al. Impacto emocional da gestação materna para primogênitos
em idade pré-escolar. Arq. bras. psicol., Rio de Janeiro, v. 67, n. 3, p. 94-111, 2015.
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S180952672015000300008. Acesso em: 31 mar 2020.
PEREIRA, Caroline Rubin Rossato; PICCININI, Cesar Augusto. Gestação do segundo filho:
percepções maternas sobre a reação do primogênito. Estud. psicol. (Campinas), Campinas, v.
28, n. 1, p. 65-77, Mar. 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2011000100007. Acesso
em: 31 mar 2020.