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INTRODUÇÃO GERAL
versos poluentes que carreiam, são também motivos para aqueles conflitos, em
especial quando confrontadas com o uso do corpo d’água em questão para o
abastecimento de água. Assim, denota-se a importância para a qualidade da água
de um corpo d’água, para um abastecimento seguro e para a proteção ambiental
no sentido mais amplo, dos sistemas adequados de esgotos sanitários e efluentes
industriais.
Essa importância torna-se maior quando se verifica que, inúmeros outros
fatores relacionados com as águas residuárias, necessitam uma maior atenção,
ou seja, o controle da qualidade das águas, ou o controle da poluição num senti-
do mais amplo, assume papel vital para os diversos usos mencionados. É ainda
necessário realçar que muitos daqueles fatores estão diretamente relacionados
com as atividades industriais com seus variados tipos de processos, produtos,
resíduos e efluentes; com as práticas agrícolas no tocante ao uso de solo, manejo
da água, fertilizantes e defensivos agrícolas; e com a crescente e muitas vezes, de
maneira desordenada, da urbanização. Para esse controle, é fundamental o co-
nhecimento e aplicação de diversas técnicas, em especial nas áreas de engenha-
ria, química e biologia. Na área de engenharia se destacam aquelas relacionadas
com os campos de saneamento ambiental, hidráulica e hidrologia.
Os objetivos do controle da qualidade das águas são relacionadas com a
conservação e melhoria das fontes ou mananciais, aplicação da tecnologia apro-
priada para a correção ou tratamento quando necessário e distribuição e uso se-
guro no destino final; e se estende para a coleta, transporte, tratamento e disposi-
ção adequados das águas residuárias no ambiente, após o uso da água. O próprio
esgoto tratado, dependendo novamente do uso, como é o do caso de irrigação
controlada, pode ser uma fonte de nutrientes e de água, esta de qualidade infe-
rior, comparada com água de abastecimento, evidentemente, porém, ainda assim
suficiente para aquele uso.
Para um eficiente controle da qualidade das águas, além do conhecimen-
to de suas propriedades naturais, é importante saber os conceitos, a importância,
a aplicação, como determinar analiticamente e o significado de cada um dos parâ-
metros que no conjunto conferem à água, as suas características físicas, químicas
e biológicas.
Estas características em geral são agrupadas ou consideradas nos aspec-
tos estéticos, como é o caso da cor e turbidez em excesso, odor e sabor objetá-
veis, presença de sólidos em suspensão ou material flutuante sólido ou líquido
(óleos) visíveis; fisiológicos ou organolépticos, como os sais dissolvidos e outros
constituintes microbiológicos (bactérias e algas) e químicos, inorgânicos e orgâ-
nicos, que conferem à água excessiva salinidade, patogenicidade, toxicidade ou
riscos à saúde se ingeridos; ecológicos, como é o caso do pH, temperatura, maté-
ria orgânica biodegradável, oxigênio dissolvido, nitrogênio e fósforo, importantes
para a sustentação e equilíbrio da vida animal e vegetal nos corpos d’água; eco-
nômicos, como a presença excessiva de dureza (cálcio e magnésio) que podem
provocar incrustações em paredes de tubulações e instalações, excesso de boro
e alumínio e sais em geral, que podem impedir o uso da água para irrigação de di-
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Qualidade das águas e poluição: aspectos físico-químicos