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10.1. MODELO
É uma representação idealizada do sistema físico real (SFR), que auxilia na análise dum
problema; imagem ou desenho que representa o objecto que se pretende reproduzir, esculpindo,
pintando ou desenhando; esquema teórico em matéria científica representativo de um
comportamento, de um fenómeno ou conjunto de fenómenos.
10.1.2. MODELAGEM
Modelar é representar o sistema físico real, ou parte dele em forma física ou simbólica,
convenientemente preparado para predizer ou descrever o comportamento do produto a ser
construído ou fabricado.
Modelos icónicos;
Modelos diagramáticos;
Modelos matemáticos; e
Representação gráfica.
Definição: É aquele que retrata, de forma mais fiel possível o SFR. Este pode ser bidimensional
(mapas, fotografias, plantas), ou tridimensional (estátuas e maquetas).
Este modelo tem como principal característica o alto grau de semelhança com o seu
equivalente real;
Tem como objectivo comunicar informações que permitam transmitir como era, como é
e como será o SFR;
A grande vantagem do modelo icónico é a possibilidade de, através dele, poder se alterar o
projecto com aperfeiçoamentos que melhorem a segurança de manutenção, ou mesmo definir de
forma mais realística detalhes construtivos, antes de se construir o SFR.
Este modelo, também, pode ser concebido em escala real, reduzida ou ampliada. Devendo
sempre preservar as proporções e forma.
E preciso ter-se em mente que o SFR, é de uma maneira geral complexo e que criando um
Modelo Matemático se simplifica sob maneira que o sistema seja analisado convenientemente e
com mais facilidade.
S- distância percorrida;
a- aceleração constante.
Em detrimento de se usar só com palavras as operações lógicas e suas operações o que seria
difícil de se realizar, pode-se utilizar símbolos, regras e outras convenções da matemática.
GRADUADOS EM 2009
No de estudantes
25
20
15
10
0
4.5 anos 5.5 anos 6.5 anos 7.5 anos 10.5 anos 11.5 anos
Gráfico
Pouca semelhança física entre o modelo e o seu equivalente real (uma característica
típica desta forma de representação);
Modelo é a representação idealizada do SFR, que auxilia na análise dos problemas. Assim,
sempre se estabelece uma correlação entre os modelos e a realidade correspondente. As
concepções da natureza do átomo, do universo da luz, ou as teorias de Darwin e de Einstein,
nada mais são do que modelos concebidos pelo Homem para explicar e analisar determinados
fenómenos.
O modelo v = mRT / pM
É conhecido como a equação dos gases perfeitos, e traduz a maneira pela qual o volume ocupado
por um gás qualquer depende da massa m e do peso molecular M desse gás, da temperatura T e
da pressão p a ele aplicada (R é a constante universal dos gases). Para deduzi-lo, foram
estabelecidas certas hipóteses principalmente com relação ao comportamento das moléculas que
sabe-se não serem verdadeiras para os gases reais, não obstante, as previsões fornecidas por esse
modelo são razoáveis para todos os gases, excepto para aqueles de densidade muito elevada.
Neste caso como em todos outros, há bons motivos para estabelecer hipóteses simplificadoras.
Muitas vezes, se a situação não fosse simplificada, seria virtualmente impossível o emprego de
um modelo matemático ou de qualquer outro tipo de modelo.
Por exemplo, a falta das poltronas e de detalhes no modelo de um avião, destinado a ensaios em
túneis aerodinâmicos, nenhum efeito tem sobre as características aerodinâmicas do modelo.
Aquelas propriedades de um modelo que pouco ou nada afectam as desejadas previsões devem
ser postas de lado, pois aumentam os custos do preparo e da aplicação do modelo, sem
contribuírem com coisa alguma de útil.
Em suma: devem ser feitas certas hipóteses simplificadoras e outras o são por motivos de
economia na preparação dos modelos.
a) Instrumento de pensamento
b) Instrumento de comunicação
c) Instrumento de previsão
d) Instrumento de controlo
Para garantir uma boa qualidade e quantidade de produção de uma fábrica de cimento, condições
como velocidade de rotação e temperatura interna do forno devem obedecer certos limites.
Devido a mudança de tais valores, verificada pela variação da composição química dos
materiais, uma unidade detectora, determina as características dos materiais que chegam ao forno
e transmite essa informação a um computador electrónico, no qual está armazenado um modelo
matemático.
e) Auxílio a instrução
A maioria dos modelos que servem a comunicação, podem ser usados para a instrução. Além
disso, durante a simulação participativa dos controladores de tráfego aéreo, pilotos e astronautas
adquirem instruções e adestramentos. A simulação participativa é de grande utilidade prática,
pois, neste caso o custo dos erros seria bastante dispendioso.
Em síntese: o conceito de modelo é extremamente valioso, não só pela sua utilidade prática,
como pela visão do conjunto que ele facilita. Os modelos relacionam as diversas matérias que
constituem um curso de engenharia e muito podem contribuir para que o estudante perceba a
importância daquelas matérias na prática profissional.
Todos os modelos são imperfeitos portanto, é de se esperar um certo grau de discrepância entre
qualquer modelo e a realidade que ele representa. Contudo, os modelos são a base da engenharia
moderna, pois, eles facilitam a representação bem como a análise do projecto feito, podendo-se-
lhe aperfeiçoar continuamente no que concerne a sofisticação, segurança e redução de custos.
10.2. SIMULAÇÃO
O que e Simular? - é submeter determinados modelos a ensaios e sob diversas condições para
observar como elas se comportam e assim avaliar a resposta que deve ser obtida do Sistema
Físico Real (SFR).
Lançamento de satélites;
Prever possíveis cenários ( para dar suporte à tomada de uma certa decisão);
5. Na hipótese do modelo ser rejeitado, voltaremos a iniciar a nossa análise começando por
questionar a própria formulação do problema (processo iterativo);
7. Validade do modelo;
Icónica;
Analógica;
Matemática
Computacional (Digital) e
E representado através de modelos físicos (de dimensões diferentes das reais) com propósito
de verificar como funcionará.
o Os ensaios em túnel de vento para avaliar a influência da forma de um objecto no seu arraste
aerodinâmico (muito usado no projecto de carros e aviões);
Introdução à Engenharia Página 11
Capítulo 10 2020
Definição: é aquela que consiste na comparação de alguma coisa não familiar, ou de difícil
manipulação com outra familiar ou de fácil manuseio, ou seja, é feito um sistema comportar-se
de modo análogo com um outro.
Definição: É um modelo de uma previsão do tipo entrada - saída, onde são introduzidos os dados
iniciais e obtêm-se na saída, o resultado final. Pode-se classificar este tipo de simulação como
sendo simbólica.
o Previsão de carga.
a) Simulação Estatística
Descreve sistemas que são tanto estocásticos e estáticos e é usada para estimar valores
que não podem ser fácil matematicamente deduzidos. Este tipo de simulação técnica é
largamente usada numa análise de risco e benefício de caríssimas decisões.
b) Simulação Contínua
É usada para modelar sistemas que continuamente variam com o tempo. É um processo
contínuo que pode ser representado como uma equação diferencial que é largamente
usada na mecânica, produção e engenharia eléctrica. A variação em simulação contínua é
chamada sistema dinâmico e foi desenvolvida por Forester em 1960, para ser usada nos
problemas socioeconómicos.
c) Simulação Discreta
A simulação de eventos discretos, dedica-se a modelação de sistemas que podem ser
representados por uma série de eventos. A simulação descreve cada evento discreto
movendo de um para o outro seguinte com progresso do tempo.
Características:
Os sistemas modelados são dinâmicos e, maioritariamente invariáveis, estocásticos.
Por exemplo: Se a procura do item é encomendado e o tempo de chegada do item são assumidos
como determinantes, então o tamanho de cada encomenda pode ser calculada analiticamente. Se,
contudo as variáveis forem consideradas estocásticas, o problema é mais complexo e a
simulação de eventos discretos pode ajudar a determinar a melhor quantidade a encomendar.
Com a evolução dos computadores, e com a difusão do seu uso, um outro tipo de simulação tem-
se revelado um excelente instrumento de trabalho para o engenheiro: “A simulação
computacional ”. A evolução destes sistemas, ocorrida na década de setenta com a expansão de
periféricos cada vez mais eficientes, fez com que varias tarefas do processo de projecto
passassem a ser realizadas com o auxílio do computador. A utilização de computadores como
instrumentos de auxílio no processo de projecto na engenharia foi iniciada já com o surgimento
dos primeiros equipamentos computacionais.
De uma forma geral o computador pode ser usado de três formas, tais como:
Computadores Digitais
Funcionam interiormente e executam operações exclusivamente com números digitais
reservados.
Computadores Analógicos
Usam partes continuamente variáveis para representação interna de grandezas e para acompanhar
as suas operações inseridas.
Computadores Híbridos
Menos comuns, que usam técnicas de variável e técnicas digitais reservadas na sua operação.
10.3. OPTIMIZAÇÃO
10.3.1. Definição
Optimização é o processo de procura de uma solução que forneça o máximo beneficio possível
segundo algum critério. Afirma-se que é procura porque nem sempre a condição óptima é
alcançada embora o óptimo seja uma meta.
Por óptimo entende-se o melhor possível ou solução mais viável para um determinado problema
ou ainda a condição mais favorável de um parâmetro que pode aparecer de diversas formas.
Na engenharia há sempre solução para todos os problemas, cabe ao engenheiro escolher a melhor
opção num universo de várias soluções.
Para este processo, o engenheiro usa a optimização que tanto pode ser feita para encontrar a
solução de um problema novo, como também para melhorar a solução de um problema já
detectado e resolvido, utilizando assim novas técnicas de cálculos ou visualizando o problema
sobre um outro ponto de vista.
Como cada caso contém particularidades específicas, o engenheiro vai ter de recorrer a outros
factores que também afectam na busca da melhor solução que são:
Nota: em muitos casos da vida real aplicam-se: no campo técnico, avançados processos
numéricos e computadores de grande velocidade pois os casos são muito complexos e os
modelos matemáticos usuais não conseguem conduzir ao valor óptimo.
Exemplo:
Peso: deve ser reduzido para minimizar os custos. Rendimento: aumentá-lo significa diminuir
perdas ou aumento de produção.
A Optimização muitas vezes é feita para procurar a melhor solução numa parte dum sistema
global de condições que devem ser consideradas prioridade, pois nem sempre é possível
optimizar um sistema inteiro devido a condições como o tempo ou recursos financeiros.
Modelo Optimizante
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Capítulo 10 2020
As variáveis do sistema são substituídas por valores numéricos apropriados (entrada) e destina-se
o valor de uma variável que é independente das demais (saída). Exemplo: Simulações
matemáticas onde são usadas substituições para obter soluções optimizadas.
Não existe um método específico para encontrar a melhor solução para todos os problemas, pois,
como vimos cada caso apresenta particularidades que devem ser levadas em consideração
dependente da natureza da função a ser optimizada (peso, custo, confiabilidade, produtividade,
rendimento, entre outras).
Este relacionado com evolução tecnológica. Acontece por derivação de um sistema já existente
que é aperfeiçoado por meio de alterações e melhorias na sua concepção tendo ao longo do
tempo um sistema mais eficiente e moderno.
Está presente no quotidiano das pessoas mas também esta presente na engenharia quando o
engenheiro tem que determinar critérios a empregar ou combinar sistemas que cumprem
diferentes funções para compor um objecto.
Este método efectua-se do seguinte modo: o projecto inicia com uma hipótese da solução, muitas
vezes pobre, através de emprego de novas concepções e novas definições, vai ser aperfeiçoada a
hipótese até chegar a solução mais apropriada.
Técnica Gráfica
Método Analítico
De entre os tipos de optimização que usam a matemática e que podem ser encontrados na
literatura técnica estão:
Este caso ocorre quando se tem uma variável envolvida. No caso em que se pretende optimizar
uma função do tipo Y= f (x) onde x é variável independente e Y é variável dependente de x.
Este tipo de optimização obedece um gráfico Y = f (x) (extremo “ Max / Min”) com o seguinte
formato:
Para melhor entender este tipo de optimização iremos abordar no ponto 1.8 um exemplo de
optimização em que a variável y representa o volume de uma caixa e a variável x a dimensão do
lado de um quadrado que condiciona o facto de o volume da caixa ser maior ou menor.
Surge quando existem vários critérios por observar para poder chegar a melhor solução, isto é, a
variável dependente esta relacionada com duas variáveis.
Muitas vezes é necessário encontrar um determinador comum entre os critérios, isto é, encontrar
um óptimo particular com base em cada condição que se propõe.
Óptimos particulares
Quando os critérios envolvidos são contraditórios deve-se verificar, optimizar com maior atenção
o que for considerado prioridade.
De um papelão quadrado, com lado a pretende-se fazer uma caixa aberta cortando-se quadrados
nos cantos do papelão e dobrando depois as partes salientes da figura em forma de cruz. Tem que
se ter em conta que a caixa deve ter maior capacidade possível.
a x a – 2x
Neste problema pretende-se maximizar a capacidade da caixa, para isso tem que se ter em conta
o tamanho do lado dos quadrados que deverão ser cortados na extremidade do papelão. O lado
do quadrado a ser cortado é a variável independente e é designado por x, e o volume é a variável
que depende de x.
Sabendo que a capacidade de uma caixa é dada pelo seu volume assim teríamos:
V = Ab x h Ab = c x l
Seja:
Portanto, teríamos:
a2 – 8ax + 12x2 = 0
x1 = a / 2 e x2 = a / 6
E evidente que x = a / 2 deve dar um mínimo, pois neste caso o papelão é todo cortado não
sobrando material para fazer a caixa. O outro valor crítico x= a / 6 fornece o volume máximo
V = 2a3 / 27,
Logo, o lado do quadrado a ser cortado de canto do papelão é um sexto do lado do papelão.
CORPO DOCENTE: