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GLICOSAMINA SULFATO

Peso molecular: 605,52


Fórmula molecular: (C6H14NO5)2SO42KCl
CAS: 38899-05-7
Ação Terapêutica: antiinflamatório, estimulador da síntese de
proteoglicanos. Inibidor das enzimas responsáveis pela degradação dos
condrócitos: Promotor da lubrificação entre a membrana sinovial e a
cartilagem.

1. Propriedades: a glicosamina é uma substância de ocorrência natural


(aminoaçúcar), produzida pelo organismo humano dentro de células
denominadas condrócitos a partir de moléculas de glicose, na presença de
glutamina (um aminoácido essencial). Nos aminoaçúcares, um grupo
hidroxila (mais comumente no carbono 2) é substituído por um grupo
amino. A glicosamina está envolvida na formação da cartilagem articular
atuando como precursora de unidades de dissacarídeos formadores dos
glicoaminoglicanos. A glicosamina estimula os condrócitos e aumentam a
secreção de glicoaminoglicanos e proteoglicanos. Além de promover a
síntese de proteo nos condrócitos, também estimula a produção do ácido
hialurônico nolíquido sinovial. A biotransformação da glicose propicia a
distribuição de glicosamina na articulação. Ela parece ter um papel na
recuperação da degeneração cartilaginosa, atravéz da substituição da
matriz hialínica e interferindo na sua degradação. Como conseqüência,
retarda a progressão da osteoartrite. Sua ação, no alívio dos sintomas, é
comparável à do ibuprofeno.
Suplementos fontes de glicosamina já demonstraram conseguir manter
nossas articulações resistentes e saudáveis através da lubrificação e
restauração dos tecidos de conectividade. A glicosamina ganhou imensa
popularidade devido à sua habilidade de lubrificar e ajudar na regeneração
da cartilagem, ligamentos e tendões. Fortalecer os tecidos de
conectividade ajuda a manter articulações saudáveis e flexíveis para
servirem de amortecedores eficientes de impacto e combater lesões
causadas por treinos intensos, exercícios repetitivos ou os efeitos naturais
da idade.
Dados científicos recentes mostram que, para o tratamento específico dos
sintomas da osteoartrite, o Sulfato de Glicosamina reduz especificamente
a degradação estrutural da cartilagem. Em ensaios clínicos, a glicosamina
mostrou-se mais efetivo do que o placebo e pelo menos tão efetivo quanto
um grande número de drogas convencionais utilizadas no tratamento da
osteoartrite (antiinflamatórios não esteroidais), até mesmo nos casos de
osteoartrite da coluna vertebral.
Os resultados dos estudos mostram que a glicosamina alivia os sinais e
sintomas a partir de 2 semanas do início do tratamento, possuindo um

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efeito prolongado de pelo menos 8 semanas após o tratamento de 3
meses.

Portanto, o Sulfato de Glicosamina é útil para:


9 Manter uma estrutura saudável e função da cartilagem nas suas
articulações.
9 Apóia o movimento e flexibilidade.
9 Condições Artríticas e degenerativas das articulações.
9 Falta e/ou decomposição do líquido sinovial.
9 Danos nos músculos, tecidos, ligamentos, tendões, vasos
sanguíneos, e nervos das articulações.
9 Inflamação dos discos na coluna.
9 Inflamação das articulações já velhas e para as dores no nervo
ciático.
9 Para a construção e manutenção do tecido conjuntivo e dos fluídos
lubrificantes do organismo, incluindo tendões, ligamentos, cartilagem,
osso, pele, líquido sinovial, etc.

2. Indicações: tratamento da artrose, primária ou secundária (dor e limitação


do movimento), da osteocondrose, espondilose, condromalácia patelar,
periartrite escapulo-umeral. Reumatismo articular; redução de lesões
artrósicas com ação antiinflamatória, rigidez articular e diminuição de
mobilidade articular; protetor das cartilagens. Fortalecimento dos tecidos
de conectividade (cartilagem, ligamentos e tendões), mantendo-os
saudáveis e resistentes. Regeneração de cartilagem danificada para
reparar as funções da articulação e mobilidade, e ajudar na recuperação
de lesões. A Glicosamina pode agir de forma mais efetiva quando junto da
vitamina C, ajudando o corpo a produzir e estabilizar colágeno saudável
nos tecidos de conectividade.

3. Posologia: a dose diária preconizada para a glucosamina é de 1500 mg


No início do tratamento, administrar 500mg duas vezes ao dia, para
comprometimento leve da articulação. Em casos mais graves, 500mg três
vezes ao dia durante oito semanas. Para manutenção, administrar 500mg
duas vezes ao dia. Pode ser administrado sozinho ou associado com
alguma droga anti-osteoartrítica não específica, como os antiinflamatórios,
por exemplos, além de relaxantes musculares.

4. Reações adversas: cefaléia, prurido, desconforto gástrico, diarréia e


náuseas. O perfil de tolerância do Sulfato de Glicosamina quando
comparado com os antiinflamatórios não esteroidais, foi estatisticamente
significativo, com poucos efeitos colaterais gastrintestinais relatados.

5. Interações: a glicosamina pode aumentar a absorção da tetraciclina, e


pode diminuir as absorções de penicilina e cloranfenicol.

6. Contra-indicações: pessoas que possuem hipersensibilidade ao


medicamento, gravidez e lactação. Em casos de fenilcetonúria o uso
também é contra-indicado. Não se encontram descritos efeitos prejudiciais
nos indivíduos idosos, doentes renais ou hepáticos. No entanto, a
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administração a doentes com insuficiência renal ou hepática grave deve
ser feita sob vigilância médica.

7. Sugestões de Fórmulas:
Uso Externo (para 100 g)
Sulfato de Glucosamina.................. 10 g
Gel transdérmico..................... qsp 100g

Condroitina e Glucosamina 1 sachê


Condroitina Sulfato 1,2g
Glucosamina Sulfato 1,5g
Flavorizante 1,0%
Aspartame 0,7%
Acessulfame K 0,7%
Baseffer 2,7g
Passo 1: Pesar a condroitina, glucosamina,
flavorizante, acessulfame e aspartame triturar em gral
com pistilo.
Passo 2: Pesar o Baseffer.
Passo 3: Misturar os produtos do passo 1 com
Baseffer.
Passo 4: Envasar em saches e selar. Armazenar em
local seco e dispensar os sachês numa embalagem
com saches de sílica para evitar o acúmulo de
umidade.
(Estabilidade aproximada: 60 dias)

8. Referências bibliográficas:

P.R. Vade-mécum. São Paulo


DEF 2007-2008, Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. São Paulo.
BATISTUZZO, J.A.O.; ITAYA, M.; ETO, Yukiko. Formulário Médico
Farmacêutico, 2ª edição, São Paulo, Tecnopress, 2002.
KOROLKOVAS, ANDREJUS. Dicionário Terapêutico Guanabara, 14ªed., Rio
de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan, 2007.
NAKAMURA H., TANAKA M, Clinical effects and possible mechanisms of
glucosamine in the treatment of osteoarthritis. Program and abstracts of
the American College of Rheumatology. 65th Annual Scientific
Meeting; 2001.

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